PT95313B

PT95313B - Agulha cirurgica aperfeicoada com seccao transversal pentagonal

Info

Publication number: PT95313B
Application number: PT95313A
Authority: PT
Inventors: John Wong; Thomas D Maurer; Robert J Baker; Robert Brown
Original assignee: Ethicon Inc
Priority date: 1989-09-15
Filing date: 1990-09-14
Publication date: 1998-06-30
Also published as: GR1000778B; DE69014786T2; KR910005828A; CA2025250A1; AU638742B2; IE903352A1; KR0171193B1; EP0418095A1; EP0418095B1; GR900100689A; IE66156B1; DE69014786D1; ES2064653T3; AU6244090A; US5030228A; BR9004614A; PT95313A; CA2025250C; NZ235301A

Description

A presente invenção refere-se genericamente a agulhas cirúrgicas aperfeiçoadas. Mais especificamente, a presente invenção refere-se a agulhas cirúrgicas que têm uma agu deza aperfeiçoada e uma resistência à penetração reduzida entre a agulha e o tecido durante a cirurgia. Mais especificamen1 te, a presente invenção refere-se a uma agulha cirúrgica com a qual se reduz a área da abertura da lesão para realizar melhor cirurgias sensíveis, minimizando a deformação do tecido e melhorando a aposição dos tecidos.

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Os critérios de eficácia das agulhas cirúrgicas podem medir-se de três maneiras interrelacionadas. Em primeiro lugar a agulha necessita de ter agudeza para reduzir a resistência à penetração entre a agulha a o tecido. Uma maior agudeza diminui a força exterior necessária para embeber a ί agulha no tecido durante a cirurgia. Em segundo lugar# é desejável melhorar a secção transversal da agulha de modo que a abertura no tecido, mais vulgarmente designada por sítio de

I | abertura da lesão, seja também reduzida. Como ê de suspeitar, í

; com uma melhor penetração também se reduz a abertura da lesão. Em terceiro lugar, quando se reduz a dimensão da abertura da lesão isso geralmente minimizará o valor da deformação do teI eido durante a penetração da agulha.

Com uma penetração melhorada, uma abertura da lesão reduzida e com a deformação do tecido minimizada, melhora-se em geral a aposição do tecido. Como consequência disso é possível uma cirurgia mais fina e mais aproximada.Assim, com uma maior agudeza da agulha, aumentam as possibilidades de efectuar cirurgia mais especialozada, em especial em domínios altamente refinados como a oftalmologia a microcirurgia ou a cirurgia plástica.

Em geral, verificou-se que a porta óptima de uma agulha tem de ter uma extremidade fortemente afilaί i da bem como uma secção transversal reduzida. Com uma extremidade fortemente afilada, é possível conseguir a penetração sem grande deformação do tecido. A secção transversal reduzida nes· te caso também reduzirá a área da abertura da lesão. Verificou-se que as agulhas de secção transversal triangular tem uma elevada eficácia em conjugação cora as extremidades afiladas.

Contudo, mesmo estas agulhas triangulares exigem uma refinação para melhorar os critérios de agudeza da agulha atrás mencionados. Isto ê, nenhuma das agulhas genericamente triangulares tem melhorado de maneira aceitável todos , os critérios para configurar uma agulha óptima. As agulhas com secção transversal triangular em geral sacrificam um critério em benefício de outro critério.

Portanto* o que é necessário é uma agulha com uma maior agudeza* que reduza também a resistência à penetração e reduzam também a área da abertura da lesão* minimizando também a deformação do tecido. Com esta secção de agulha optimizada* é possível uma melhor aposição do tecido* sendo em li geral mais provável uma cirurgia altamente refinada. Em alguns ΐ casos, certas secções transversais de agulhas optimizadas mostrar-se-ão úteis na cirurgia oftálmica refinada. Por outro lado* configurações semelhantes com curvaturas diferentes da agulha serão úteis para microcirurgia e outra cirurgia geral no interior do corpo.

Sumário da invenção j Por conseguinte, é um objecto da presente invenção proporcionar uma agulha com um gume ds corte afilado, com uma área da secção transversal reduzida para melhorar a penetração.

Outro objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma agulha cirúrgica com gume ds corte ; afilado, com facilidade de formar um gume de corte do qual rei sulte uma penetração melhorada e uma abertura da lesão mais pequena .

Outro objecto ainda da presente invenção consiste em proporcionar uma agulha cirúrgica para fins gerais* com gume de corte afilado, com facilidade de formar um gume de corte que conduza a uma melhor penetração, uma menor abertura da lesão e possibilidade de ssr usada em formas de cirúrgia geral.

Finalmente, ê um objecto da presente in• i venção proporcionar uma agulha com gumes contendo superfícies • I , que podem ser polidas para melhorar a sua agudeza.

- 3 % f'

Estes a outros objectos da presente invenção são conseguidos numa agulha cirúrgica que tem um gume de corte afilado contendo uma secção pentagonal. A secção transversal é genericamente formada por uma superfície superior plana que forma uma primeira face da agulha. A primeira face contém duas extremidades, formando cada uma das extremidades um primeiro e um segundo gumes angulares. Os gumes estriados compreendem a segunda a a terceira face da agulha, aproximando-se genericamente uma da outra angularmente ao longo dos lados opostos da primeira superfície superior plana. No par de gumes estriados forma-se um entalhe ao longo da secção transversal, de modo que os primeiro a segundos gumes estriaI j dos formam angularmente a quarta e a quinta faces para criar

I um outro gume estriado.

i

Assim, a presente invenção, contendo três gumes estriados bera como uma secção transversal com cavas conduz a uma área de secção transversal reduzida com gumes que são fáceis de afiar, optimizando portanto a penetração no interior do tecido.

Numa forma de realização alternativa, man· tém-se a disposição da secção transversal mas proporcionando uma forma simétrica, como um objecto e a sua imagem num espelho, para permitir ao cirurgião usar esta segunda configuração em forma de cirurgia geral.

A presente invenção será melhor compreendida na descrição que se segue com referência aos desenhos anexos.

Deacricao dos desenhos

As figuras dos desenhos anexos representam!

A fif· 1, uma vista em prespectiva de uma agulha cirúrgica segundo a presente invenção, com um desenho aperfeiçoado da secção transversal;

.» 4 —

A f ig. 2, segundo a presente invenção?

A fig» 3, segundo a presente invenção.

uma vista de cima de uma agulha uma vista de lado de uma agulha

A fig. 4, uma vista de baixo de uma agulha segundo a presente invenção;

A fig. 5, uma vista em corte transversal de uma agulha segundo a presente invenção, feito pelas linhas (5-5) da fig. 3;

A fig. 6, uma vista da secção transversal de uma agulha segundo a presente invenção sendo o corte feito pelas linhas (6-6) da fig. 3;

A fig. 7, uma vista em corte transversal de uma agulha segundo a presente invenção, sendo o corte feito pelas linhas (7-7) da fig. 3?

A fig. 8, uma vista em prespactiva de uma outra forma de realização de uma agulha cirúrgica segundo a presente invenção com um desenho aperfeiçoado da secção transversal;

fig. 9, uma vista de cima da outra forma de realização da agulha?

A fig. 10, uma vista de lado da outra for ma de realização da agulha;

A fig. 11, uma vista de baixo da outra forma de realização da agulha?

A fig. 12, uma vista em corte transversal da outra forma de realização da agulha sendo o corte feito pelas linhas (12-12) da fig. 10;

A fig. 13, uma vista em corte transversal de uma outra forma de realização da agulha, sendo o corte feito pelas linhas (13-13) da fig. 10; e

A fig. 14, uma vista em corte transversal de uma outra forma de realização da agulha fla presente invenção, sendo o corte feito pela linha 14-14 da fig. 19.

Descrição pormenorizada da invenção

Como pode ver-se nas fig. 1 a 4, a agulha (10) segundo a presente invenção ê genericamente curva e tem uma extremidade (11) afilada. A agulha tem uma forma côncava dupla, com um raio (R) em torno da sua superfície exterior ou superior (12). A agulha começa sob a forma oca (30), como pode ver-se na fig. 7 e sofre uma transição para uma forma (25) representada na fig. 6. Esta secção transversal rectangular (25) aumenta a resistência da agulha enquanto que a extremidade oca (30) torna a agulha leve e permite a fixação da sutura.

Na sua extremidade afilada (11), a agulha (10) tem uma secção transversal genericamente pentagonal, como pode ver-se na fig. 5. Na fig. 5, a superfície superior (12) forma a primeira face da secção transversal. Esta superfície (12) tem extremidades (12a) e (12b). As extremidades (12a) e (12b) ajudam a formar a segunda e a terceira faces (14) e (16), que são constituídas por dois gumes estriados. Estas faces (14) e (16) aproximam-se uma da outra no lado inferior da superfície superior ou exterior (12).

Mais ou menos a meio do início da superfície (12), os gumes (14) e (16) estriados sofrem um desvio angular nos entalhes (18) e (20). Estes entalhes ajudam a formar as quarta e quinta faces (22 e 24), como continuação da segunda e da terceira faces (14), (16). As quarta e quinta faces (22) e (24) ajudam a formar o gume estriado que culmina no gume (12c) da agulha.

A dimensão e a curvatura exactas da agulha são evidentemente livremente escolhias. Geralmnte, a agulhe.

eerá formada a partir de uma liga reforçada para ter uma espessura (diâmetro) dentro do intervalo de 0,1 mm a 1,55 mm (0,004 a 0,061). 0 raio de curvatura terá um valor entre cerca de 1,27 mm e cerca de 15,25 cm (0,050-6). O comprimen to do arco pode ser escolhido, selectivamente, entre 3/8 e 1/2 de uma circunferência. Selectivamente, naturalmente que algumas agulhas manter-se-ão rectilíneas. Em todos os casos, o ponto (P) deve ser o mais aguçado possível, geralmente entre I^a e 40^a.

Mas o mais importante são os ângulos formados pelos gumes estriados. Na presente configuração, é dese jável que os gumes (12a), (12b),(12c) tenham um ângulo da sec ção transversa de cerca de 45^a. Naturalmente que estes gumes podem ser mais finos ou mais largos, dentro do intervalo de 5^a a 80^a, embora se tenha verificado ser óptimo um ângulo de 45^a ou menor. 0 ângulo de 45^a conduz a uma penetração grossei ramente 15% a 20% melhor que as duas agulhas existentes. É importante notar que, com estes ângulos, a agudeza da agulha pode ser melhorada mediante várias técnicas de afiamento.

Para criar o terceiro gume estriado (12c) é necessário criar um entalhe ou cava em (18) e (20) e faces (22) e (24), com uma secção transversal com um ângulo de cerca de 30^a a cerca de 90^a. Genericamente, as cavas (18) e (20) têm um ângulo entre cerca de 190^a e cerca de 240^a.

Além disso, como pode ver-se a partir das fig. 7 a 14, uma agulha (110) representa uma outra forma de realização na qual a extremidade (111) curva e afilada mantém a forma duplamente côncava com o raio (R) em torno da sugerfí cie interior ou inferior (112) e o raio (R‘) em torno da superfície exterior ou superior (112c). A agulha (110) também começa com uma forma oca (130), como pode ver-se na fig. 14, e sofre uma transição para uma forma rectangular (125), como pode ver-se na fig. 13. Esta secção transversal rectangular aumenta a resistência da agulha, enquanto que a extremidade oca (130) torna a agulha leve e permite também a fixação da sutura.

Nesta outra forma de realizaçao na extremidade afilada (111) esta agulha (110) tem também uma secção transversal genericamente pentagonal, como pode ver-se na fig. 11. Como se vê na fig. 11, a superfície inferior (112) forma í a primeira face da secção transversal. A superfície inferior

II ι tem as extremidades (112a) e (112fo). A partir das extremidades (112a) e (112b) formam-se as segunda e terceira faces (114) e (116), que incluem os gumes estriados, de maneira semelhante à agulha (10) da forma de ralização das fig. 1 a 7. Estas duas ij faces (114) e (116) aproximam-se uma da outra na superfície exterior da agulha (112).

; Mais ou menos a meio, a partir da superfície inferior (112), os gumes estriados (114) e (116) sofrem igualmente um desvio angular, nas cavas (117) e (120). Estas cavas ajudam a formar as duas faces (122) e (124), a quarta e a quinta faces, que são também continuações das segunda e terceira faces (114) e (116). As quarta e quinta faces (122) e (124) ajudam a formar o terceiro gume estriado que culmina do cume (112c) da agulha. A dimensão e a curvatura exactas da agulha podem evidentemente ser escolhidas na segunda forma de realização, mas geralmente a agulha terá a mesma configuração que a agulha da primeira forma de realização. Mais uma vez o que é importante aqui são os ângulos formados pelos gumes estriados (112a), (112b) e (112c) com secções transversais de cerca de 45Θ. Os gumes podem ser mais finos ou mais largos, dentro do intervalo de 5S a 80⁵, como na primeira forma de realização.

Com os gumes estriados aperfeiçoados usando o desenho dos raios de curvatura internos da segunda forma de realização obtem-se também uma penetração entre 15% e 20% melhor que nas agulhas existentes com uma configuração seme• lhante, especialmente quando os ângulos das cavas (118) e (120) e das faces (122) e (124) estiverem entre cerca âe 30^s e cerca de 90⁵ e com as cavas ângulos entre cerca de 190^Q e cerca de 240⁵ verificou-se se realiza mais facilmente a penetração dos tecidos em formas de cirurgia geral. A área da abertura da lesão na cirurgia geral, comparada com a realizada na cirurgia oftálmica com a primeira forma de realização é também reduzida, primeiramente devido à secção transversal cavada da extremidade afilada (111) da agulha e aos gumes mais afilados nos , bordos (112A), (112B) e (112C). Minimiza-se mais uma vez a de5 formação dos tecidos e isso melhora a aposição dos tecidos como na primeira forma de realização.

j Portanto, com os gumes estriados aperfeiçoados segundo a presente invenção, atingem-se os objectivos mencionadas. A penetração dos tecidos é mais fácil. A área da abertura da lesão é reduzida, devido à secção cavada da agulha afilada na extremidade (11) e às arestas mais afiladas (12a), ( 12b) e ( 12c), Finalmente, minimiza-se a deformação dos tecidos, podendo contar-se com uma melhor aposição dos tecidos.

Embora a presenta invenção tenha sido descrita em relação a uma forma de realização particular, deve entender-se que a presente invenção deve ser determinada a partir das reivinicações anexas e seus equivalentes.

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- 1»

Agulha cirúrgica com uma aresta de corte de secção decrescente com uma secção transversal pentagonal, caracterizada por a referida secção transversal compreender:

uma superfície inferior plana que forma um primeiro lado e tendo duas extremidades, formando cada uma das referidas extremidades da superfície inferior uma primeira e uma segunda aresta estriadas?

ί\

sendo as arestas estriadas os segundo e terceiros lados e aproximando-se uma da outra era ©posição a refarida primeira superfície inferior plano, toado ao referidas arestas estriadas conprteatos iguais;

terminando as referidas arestas estriadas jação angular aos quatro e quisto lados* ©□d a GGfcaiiU tuca íiw.i li.o os çuart© e quinto lados ligados angnXarm&ate para formar uzsa terceira aresta estriada;

de modo que existe um denteado ao longe da referida secção transvsrral da agulha» formado quer nas primeiras o terceiras arestas estriadas» auer nas referidas segunda e ierceirn arestas estriadas .

Agulha cirúrgica de acordo com a reivindi ção 1, caracterizada por os ângulos da secção transversal das primeira» segunda e terceiras arestas estriadas serem todos de 4f f.

Agulha cirúrgica ôe acordo com a reivir*_ í dicação 7» caracterizado por os ângulos da secção transversal ]

i entre as primeira e- terceira crestas estriadas e a segunda a terceira arestas estriadas serem iguais a estarem compreendidos entre cerca de 190® e cerca áe 240®.

Agulha cirúrgica do acordo com a reivindicação 7, caracterizada por a referida agulha formar una superfície côncava dupla com a referida superfície inferior afcra^i gendo a referida terceira aresta estriada.

Agulha cirúrgica de acordo cora a reivindicação 1, caracterizada por a referida agulha formar uma superfíciecôncava dupla com a referida superfície inferior abrangendo a referida terceira aresta estriada.

Agulha cirúrgica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por o raio de curvatura da referida superfície inferior plana estar entre cerca de 1,27 mm 15,24 cm ( 0,050» a 6»).

- 7» Agulha cirúrgica com uma aresta de corte de secção decrescente com uma secção transversal pentagonal, caracterizada por a referida secção transversal compreender?

uma superfície superior que forma um primeiro lado e tendo duas extremidades, formando cada extremidade da referida superfície superior uma primeira e uma segunda arestas estriadas?

sendo as arestas estriadas o segundo a o terceiro lados e a^roximando-se uma da outra em oposição à referida superfície superior plana, tendo as referidas arestas estriadas comprimentos iguais?

terminando as referidas arestas estriadas numa ligação angular aos quarto e quinto lados, estando os referidos quarto e quinto lados ligados angularmente para formar uma terceira aresta estriada?

da modo que há um denteado ao longo da secção transversal da referida agulha formada nas duas referidas primeira e terceiraarestas estriadas e nas referidas segunda e terceira aresta estriadas.

Claims

Agulha cirúrgica de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por os ângulos da secção transversal das primeira, segunda e terceira arestas estriadas serem iguais a 45^.

- 9a Agulha cirúrgica de acordo com a reivindi caçao 8, caracterizada por os ângulos de secção transversal entre as referidas primeira e terceira arestas estriadas e a segunda e terceira arestas estriadas iguais s situarem-se entre cerca de 190^ q cerca de 240S.

- 103 Agulha cirúrgica de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por a referida agulha formar uma superfície côncava dupla com a referida superfície superior abrangendo a referida terceira aresta estriada.

A requerente reivindica as prioridades dos pedidos norte-americanos apresentados em 15 de Setembro de 1989, sob o número de série 408,011 e em 6 de Março de 1990, sob o número de série 489,417.

Lisboa, 14 de Setembro de 1990