PT94947B

PT94947B - Processo para a formacao do rebordo de contentores de material sintetico termoplastico, abertos na parte superior e que terminam por um flange exterior encurvada para cima e prolongada para baixo, e maquina para a sua realizacao

Info

Publication number: PT94947B
Application number: PT94947A
Authority: PT
Inventors: Pietro Padovani
Original assignee: Omv Spa Off Mecc Veronese
Priority date: 1989-12-18
Filing date: 1990-08-08
Publication date: 1997-11-28
Also published as: NL9002610A; NO178756B; DK275690D0; PT94947A; GB9016948D0; FR2655946B1; SE9003686L; FI905884A0; DK275690A; AU633781B2; DE4030833A1; GB2239209B; JP2537702B2; IT1236862B; IT8985008A1; NO178756C; AU6807590A; AR246207A1; FI98716B; NO905019L

Description

A invenção refer.e-se a um processo pana a formação do rebordo dum contentor de material sintético termoplástico, aberto na parte superior e terminado por uma flange exterior encurvada para cima e prolongada para baixo, e à máquina para a rear lização do citado processo.

São conhecidos desde as patentes inglesas 951242 e 1.101. 031 processos para formarem o rebordo de contentores de material sintético termoplástico, abertos na parte superior e que terminam por uma flange exterior, os quais se baseiam na deformação da referida flange, aquecida a uma tal temperatura que o material se torna maleável, por meio de parafusos sem fim com uma secção variável. Com os mencionados processos a flange é deformada e enrolada na forma pretendida, com uma pluralidarde de elementos formadores de rebordo que rodam em relação ao contentor no qual se pretende formar um rebordo.

Nestes processos, o aquecimento da flange constitui uma parte integrante do ciclo da formação do rebordo e, no caso de retenção dos elementos para formarem o rebordo, uma pluralidade de contentores ficam aprisionados dentro dos canais formardos pelos cilindros de aquecimento, os quais, considerando a temperatura elevada a que se encontram, provocam rapidamente a fusão da flange dos contentores aprisionados, com os inconvenientes devidos à presença de materiais fundidos entre os filetes dos mencionados cilindros.

Nesta situação, torna-se necessário uma paralização prolongada da máquina, a fim de efectuar a retirada dos contentores aprisionados e a limpeza dos cilindros com filetes.

Uma ulterior perda de tempo faz-se necessária para aquecer os cilindros filetados até à temperatura devida, antes de retomar o processo de formação do rebordo. Nos processos para a formação do rebordo acima mencionados, o filete que dobra e se enrola na falange não consegue desempenhar a sua própria função quando a espessura da flange ultrapassa determinados valores.

Nos rebordos formados com filetes, cada elemento formador do rebordo comprime a flange radialmente nos pontos de tangência entre a flange e os cilindros rebordadores, tornando difícil a acção de manter perfeitamente circular o diâmetro da abertura do contentor, e também manter constante a espessura do rebordo produzido.

Com os processos mencionados para a formação dos rebordos, os contentores, por exemplo produzidos de polistireno cristalino, não suportam a torção devida à rotação do contentor em relação ao filete. As referidas torções dão origem a tensões que provocam o colapso do material em processamento. Com os contentores fabricados por exemplo em polipropileno, a operação de formação do rebordo permite um fácil desvio do rebordq visto que, à saída da máquina, ele não está suficientemente estabilizado.

objectivo primário da invenção consiste em tornar possível a formação do rebordo em contentores produzidos em polistireno cristalino, em polipropileno e semelhantes, eliminando, além disso, as dificuldades dos processos conhecidos para a formação de rebordos.

objectivo da invenção é alcançado conforme se descreve nas partes caracterizantes das reivindicações 1 e 2. De facto, o processo para formação do rebordo compreende as seguintes fases operacionais, que podem ser repetidas ciclicamente:— —alimentação a partir dum ou de vários conjuntos de pilhas de contentores;

-aquecimento da flange para permitir a formação do rebordo;

-afastamento de pelo menos o contentor dianteiro de cada um dos conjuntos de pilhas em relação aos restantes contentores ;

-separação do -contentor dianteiro que formam a pilha;

-colocação dos contentores dianteiros dentro de moldes-fêmea, que retêm os citados contentores coaxialmente em relação ao seu próprio eixo longitudiunal;

-formação e estabilização definitiva do rebordo por meio de compressão aplicada sobre toda a extensão da flange aquecida, por meio do fechamento dos moldes macho e fêmea;

-expulsão dos contentores dotados de rebordo, para fora dos moldes-fêmea, e sua colocação dentro de pelo menos um canal de empilhamento;

-arrefecimento natural ou forçado do molde-fêmea antes que um outro contentor venha colocar-se na referida posição para a formação de mais um rebordo, sendo as quatro primeiras fases operacionais desligáveis das outras e podendo ser realizadas mesmo quando as outras fases operacionais são sus6

pensas, permitindo escolher entre continuar a produzir, flanges aquecidas enquanto se espera a reactivação das outras fases operacionais, ou esvaziar completamente a zona de aquecimento dos contentores, sendo em ambos os casos efectuada a recuperação dos contentores com flange aquecida, não submetida à operação de formação do rebordo.

A máquina, por seu lado, compreende um dispositivo de alimentação a partir das pilhas de contentores com flange, um dispositivo de aquecimento das flanges; um dispositivo de separação dos contentores dianteiros de cada pilha; um dispositivo de colocação dos referidos contentores em moldes-fêmea; um dispositivo para a formação e estabilização definitiva dos rebordos; um dispositivo de expulsão e empilhamento, para retirar dos moldes abertos os contentores dotados de rebordo e descarregá-los para dentro dum canal de empilhamento.

A principal vantagem obtida com o processo que constitui o objecto da presente invenção, e com a máquina que o realiza, provêm do facto de que se torna possível também a formação de rebordos nos contentores fabricados em polistireno cristalino, em polipropileno e materiais semelhantes.

Uma outra vantagem é alcançado com o facto de que o citado processo e a referida máquina permitem a produção de conrtentores com a abertura perfeitamente circular e tendo um rebordo com altura e espessura constantes.

Mais uma vantagem resulta do facto de que, quando se empregam materiais plásticos especiais, como por exemplo o polistireno normal, é possível manter a temperatura de aquecimento da flange em valores mais baixos do que nos processos convencionais, enquanto no caso do polistireno resistente aos cho7

ques,um material geralmente utilizado na fabricação de copos para bebidas, a formação do rebordo pode ser realizada sem aquecimento algum da flange, permitindo, nomeadamente, economia energética e, portanto, uma redução dos custos da produção .

Uma vantagem adicional resulta do facto de que as primeiras quatro fases operacionais do processo podem ser desligadas das restantes fases opearcionais, pelo que, e no caso de danificação ou emperramento na estação de formação, os dispositivos que accionam as primeiras quatro fases podem ser orientados para recuperarem os contentores evitando o seu aprisionamento e sobre aquecimento, com os inconvenientes daí deriva^ dos, sem interromper assim a alimentação e o aquecimento. Depois de terminada a intervenção para reparações na estação para formação dos rebordos, a retomada da operação de formação dos rebordos segue-se imediatamente, recolocando os dispositivos que activam as primeiras quatro fases operacionais na sua posição normal de trabalho.

Outras vantagens evidenciar-se-ão no decorrer da seguinte descrição pormenorizada, na qual, a título de exemplo não limitativo, se expõe uma das possíveis concretizações da invenção, ilustrada nas quatro folhas de desenho anexadas, nas quais mostram:—

Figura 1 —uma vista em corte, parcialmente interrompida, duma máquina de acordo com a invenção com um grupo de alimentação, de aquecimento e de separação desviávei, incluindo no ciclo operacional;

Figura 2 —uma vista em corte, parcialmente interrompida, da máquina da Figura 1, com um grupo de alimentação, de aquecimento e de separação, retirado do ciclo operacioanl;

Figura 3 —uma vista em corte, parcialmente e interrompida, ortogonal à direcção de avanço dos contentores, do dispositivo de q aquecimento da máquina da Figura 1;

Figura 4 —uma vista em corte parcial, segundo a linha4-4 da Figura 3;

Figura 5 —uma vista em corte parcialmente interrompida e ampliada, dum pormenor da Figura 4;

Figura 6 —-uma vista anterior da placa de suporte dos mol· des-fêmea duma máquina de acordo com a presente invenção;

Figura 7 -uma vista em corte, parcialmente interrompida, dum molde-macho e dum molde-fêmea, aberto, tendo um copo colocado para formação do rebordo;

Figura 8 —uma vista análoga à anterior, com os moldes fechados e o copo dotado de rebordo;

Figura 9 —vista em corte, parcialmente interrompida, do dispositivo para insuflação de ar, para a colocação do copo dentro dos moldes-fêmea.

Tendo presente que, nas Figuras, a numerais de referência iguais correspondem partes iguais ou a equivalentes, observa-se na Figura 1 que, na entrada da máquina que realiza o processo objectivado pela invenção, vê-se um dispositivo de alimentação, constituído substâncialmente por uma correia trans-

portadora 30, montada sobre rolos 30' e 30, dos quais o rolo accionador.

Sobre a citada correia transportadora colocam-se as pilhes de copos 27, que, através da correia 30, são empurrados dentro de funis 29 de guiamento de cada pilha de copos 27 até um dispositivo de aquecimento da sua flange.

dispositivo de aquecimento compreende um conjunto de três cilindros 22, 22', 22, apoiados de forma a poderem roda? por meio duma armação móvel 25, com as partes dianteiras 24, 24' e movimentados por um motor mediante meios convenientes para a transferência do movimento, como por exemplo cintas, correntes ou rodas dentadas, não ilustrados nos desenhos. Os cilindros do citado conjunto de três, são externamente rosqueados de forma a constituírem um parafuso sem-fim, tendo os filetes da rosca um afastamento e uma secção constantes, conforme se pode ver nas Figuras 4 e 5, com uma parte superior 38 plana e uma cavidade 37 com fundo plano. 0 afastamento de tais filetes é maior do que o afastamento de empilhamento dos recipientes 27 que são colocados sobre a correia transportadora 30.

Embora também não esteja ilustrado nos desenhos, o afasíarmento de tais filetes pode ser igual ao do empilhamento dos recipientes 27, e ser variável no seu aumento no percurso final do referido conjunto de três rolos, a fim de distanciar pelo menos o contentor dianteiro 21 duma pilha em relação aos restantes contentores, com o objectivo de facilitar a separação do contentor dianteiro no fim da sua fase de aquecimento.

Como se vê na Figura 5, a cavidade 37 do parafuso tem as dimensões necessárias para conter a flange 35 para ser dotada com um rebordo, pela qual os recipientes são levantados, um de

cada vez, eafastados dos restantes recipientes da pilha.

Cada cilindro 22, 22', 22 é ligado a um aquecedor 28 de forma a aquecer todo o cilindro até à sua superfície exterior. A quantidade de calor fornecida é bastante para aquecer até a flange dos copos, eventualmente fabricados em polipropileno ou outros materiais plásticos muitos, que não são suficientemente deformáveis a uma temperatura reduzida.

Conforme se nota na Figura 3, os eixos dos mencionados três cilindros são dispostos simétricamente e têm, entre si, uma distância regulável mediante reguladores 32 de cremalheira, de forma que as três filas de copos 21 resultam alinhadas. A rotação dos cilindros aquecedores 22, 22', 22 faz-se rodar todo o corpo em torno do seu próprio eixo longitudional, até que os pontos de contacto entre os filetes das roscas dos três rolos e a flange 35 do copo mudam com a continuação do movimento e, portanto, na saída do parafuso sem-fim toda a flange fica aquecida.

Conforme se observa na Figura 9, por meio dum jacto de ar comprimido, proveniente de três respiradouros 36, montados parralelamente ao eixo longitudional dos copos para serem dotados com um rebordo, e ligados a um compressor de ar, não representado nos desenhos, os copos 21 são transportados desde a saída do dispositivo de aquecimento com cilindros rosqueados. A pressão do ar dos respiradouros é mínima, visto que os recipientes se apresentam já distanciados dos restantes no aquecimento.Os referidos respiradouros d'ar são orientados radialmente e na direcção do avanço indicada pela seta 20 na Figura 4, de forma a penetrar no espaço que separa o contentor dianteiro 21 dos restantes no aquecimento, produzindo no lado interior do fundo do recipiente uma pressão maior do que a pressão aplica11

da sobre o lado exterior do mencionado fundo. Sob a acção do referido impulso, os copos 21 inserem-se dentro dos moldes-fêmea 49 do dispositivo para a formação do rebordo, o qual, conforme se pode ver nas Figuras 1 e 2, é formado por duas placas 40 e 41.

A placa circular 40 possui doze moldes-fêmea, enquanto a placa 41 transporta três moldes-macho 50.

Os moldes=fêmea 49 são distribuídos por grupos de três moldes, ao longo dos lados dum quadrado, cujo centro coincide com o eixo de rotação da mencionada placa. Sobre o lado superior do referido quadrado encontram-se as três posições 42 para a entrada dos moldes-fêmea; sobre o lado direito encontram-se as três- posições 43 para a formação do rebordo; no lado inferior estão as três posições 44 para a expulsão; no lado esquerdo encontram-se, finalmente, as três posições 45 dos moldes»fêmea que permanecem sempre vazios e arrefecem por perda, natural ou forçada, do calor absorvido durante a formação e estabilização do rebordo.

Mediante uma sucessão contínua das rotações parciais, dum quarto de rotação da placa 40 aplicada à dita placa pelo veio 54, ligado, através dum suporte 53, a um mecanismo de redução 60, accionado por um motor não ilustrado, cada conjunto de três moldes-f êmea, através das diversas posições, é levado ciclicamente para a posição 43, para a formação do rebordo, em contraposição ao conjunto de três moldes-macho 50. Os citados moldes-macho são dotados dum movimento alternado, segundo a própria direcção axial, que lhes é aplicado um dispositivo 26 de rotação excêntrica, por intermédio duma biela 55, com um comprimento regulável, tendo a extremidade ligada ao perno 57, e por intermédio dos suportes 58 da placa 41 que suporta os

moldes-macho 50. Os ^feridos suportes 58 são corrediços entre guiamentos 59 solidários com a armação fixa 23, a qual suporta também a armação móvel 24, 24’, 25.

Cada molde-fêmea, no seu interior e por baixo das superfícies de formação conforme se pode ver nas Figuras 7 e 9, é dotado com um elemento de retenção 46, constituído por um anel, tendo uma orla 47 deformável elasticamente e saliente para o interior do próprio molde. Essa orla, em posição de repouso, tem a própria circunferência mínima ligeiramente inferior à do correspondente troçodo copo, sob o qual se faz a retenção, enquanto, em condições de esforço, assume a mesma dimensão da circunferência do troço do copo, com o qual entra em contacto.

copo 21, tendo substancialmente a forma dum cone truncado, empurrado polo jacto d¹ ar comprimido dos respiradouros 36, entra no molde-fêmea e completa a fase do seu posicionamento ilustrada na Figura 7, isto é, tendo a extremidade 35, da flange 35 quase em contacto com a periferia 48 do próprio molde-fêmea.

mencionado anel 46, com a orla 47, arrasta o copo para a devida posição durante as fases de rotação da placa 40, na transferência dos copos desde as posições 42 de entrada, até às posições 43 de formação do rebordo e, sucessivamente, destas últimas posições para as posições 44 de expulsão.

A fim de impedir que os copos, durante a fase de posicionamento, assumam posições indesejáveis e bloqueiem a máquina, na saída da zona de aquecimento da flange, três cilindros 39 de guiamento para a correcta translação dos copos, os quais cilindros são solidários com a placa 24 da armação móvel 25 que suporta, tanto o dispositivo de alimentação, como o dispositivo de aquecimento da flange.

Uma vez que os três copos 21 fiquem posicionados dentro dos moldes-fêmea 49 que se encontram nas posições 42, a placa 40 efectua uma primeira rotação, dum quarto de rotação, transferindo os moldes e os respectivos copos para a posição 43 e transportando a série de moldes vazios 49 da posição 45 para a posição 42.

fechamento dos moldes-macho 50 sobre os moldes-fêmea 49 realiza-se logo que os moldes-fêmea se encontram na posição 43 e determina a deformação mecânica da flange por compressão, enquanto uma nova série de copos 22 dianteiros é colocada nos moldes 49 que se aproximaram da posição 42.

Os moldes-macho 50,com os seus nichos anulares 50', conforme se pode observar nas Figuras 7 e 8, comprimem o troço, encurvado para cima, da flange 35 e obrigam os copos 27 a avançarem axialmente para dentro das cavidades dos moldes-fêmea 49. A medida que os copos avançam nas cavidades dos moldes, a circunferência das orlas 47 aumentam de diâmetro e terão o diâmetro máximo no término do avanço dos copos. Durante esta penetração dos copos 27 nos moldes-fêmea, a flange 35, tendo a aresta exterior da sua extremidade 35' em contacto com o perfil 48 do molde-fêmea 49, é empurrada pelo adelgaçamento 49' do perfil 48 do molde-fêmea e pela compressão exercida pelos nichos anulares 50 do molde-macho, que se dobram para dentro, a fim de assumirem a posição final, perfeitamente fechados, os moldes 49 e 50, conforme estão desenhados na Figura 8.

Da descrição acima resulta evidente que a acção de compressão combinada, predominantemente exercida pelos nichos anulares 50' e pelo adelgaçamento 49', efectua-se simultaneamente

com todo o desenvolvimento da superfície da flange 35. Consequentemente, sobre toda a extensão da flange se exerce também uma forte acção de arrefecimento, que estabiliza todo o rebordo dum modo definitivo.

diâmetro da abertura do contentor, cujo rebordo foi obtido conforme o processo acima descrito, deve obrigatoriamente, e exactamente corresponder ao diâmetro imposto pelo molde-macho com o seu nicho anular 50', enquanto a altura do citado rebordo não pode ser diferente da altura imposta pelos moldes machos e fêmea fechados um sobre o outro, segundo se pode notar na Figura 8.

Tais características de homogeneidade dimensional nos contentores dotados com rebordo, conforme se descreveu acima, assumem particular importância quando os contentores, por exemplo copos, devem ser utilizados em máquinas distribuidoras de bebidas,porque eles facilitam o vazamento, sem qualquer possibilidade de obstrução dos copos emplllhados dentro das máquinas distribuidoras. 0 mesmo se aplica ao caso dos contentores, por exemplo pequenas taças, copinhos de iogurte e semelhantes, utilizados em máquinas automáticas de enchimento e selagem.

Nas máquinas para formação dos rebordos descritas nas patentes inglesas 951 242 e 1. 101.301, as operações de compressão e de arrefecimento, exercidas sobre a flange dos contentores, realizavam-se somente por contacto rotativo nos pontos de contacto entre os rolos rosqueados e a flange, tendo consequentemente efeitos limitativos. Pelo contrário, de acordo com a presente invenção, as acções de compressão e arrefecimento, exercidas sobre as flanges dos contentores, decorrem por contacto, mais ou menos estático, em toda a extensão de cada uma das flanges, substancialmente correspondente às superfícies

de formação dos moldes macho e fêmea, com efeitos largamente superiores aos permitidos pelo estado da técnica.

Os ensaios práticos têm demonstrado que a compressão simultânea em toda a extensão da flange permite a formação dum rebordo na flange com notável espessura, ainda que seja realizado em materiais especialmente resistentes a um processamento operacional, os quais não podem ser envolvidos com elementos de rebordo por cilindros rosqueados.

Concluída a operação de formação do rebordo, os moldes 49 e 50 são abertos, para permitir que os moldes 49 sejam transferidos da posição 43 para a posição 44, através duma rotação posterior, dum quarto de rotação, da placa 40.

Enquanto os moldes 49 permanecem na posição 44, um dispositivo de expulsão, genericamente designado com o numeral de referência 51 empurra para fora dos moldes 49 os contentores dotados com um rebordo 34, retirados dos anéis 46, cujas orlas 47 retomam elasticamente a forma primitiva, ficando assim prontos para receberem novos copos para um sucessivo ciclo de formação de rebordo. 0 dispositivo de expulsão 51 obriga depois os contentores com rebordo 47 a entrarem nos canais de empilhamento, para serem sucessivamente enviados para os armazéns .

Ainda que não se encontre representado nos desenhos, o anel de retenção 46 pode ser substituído por uma pluralidade de segmentos anulares, tendo a mesma função do anel inteiriço, sem que, por isso, se saia do âmbito das concretizações possíveis da invenção.

Uma rotação posterior de 90^a da placa 40 leva os moldes 49, já libertados dos contentores dotados de rebordo, às posições 45. Durante a paragem nas posições 45, também não ilustrada nos desenhos, os moldes 49 podem ser facilmente submetidos a um arrefecimento forçado, por exemplo mediante jactos d'ar gelado, como pedem aetualmente as especiais exigências de fabricação.

Uma última rotação de 90^a da placa 40 leva os moldes 49 às posições 42, das quais tinham partido e, durante a paragem dos moldes nas citadas posições, novos contentores 21 serão posicionados para darem início a um novo ciclo de formação de rebordos.

Na máquina que constituí objecto da presente invenção, e que está ilustrada nas Figuras 1 e 2, os dispositivos que realizam as quatro primeiras operações do processo são apoiados numa armação móvel 25, em cujas partes anteriores 24 e 24', mediante parafusos alargáveis 31, 33 são fixados os cilindros de aquecimento 22, 22', 22, enquanto, atrás da parte anterior 24' ainda da armação móvel 25 é apoiado o dispositivo de alimentação 30, 30', 30. A citada armação 25, através de meios já conhecidos, pode ser deslocada da posição normal de trabalho ilustrada na Figura 1, em torno do eixo 52, para assumir a posição ilustrada na Figura 2.

Da direcção de alimentação indicada na Figura 1, pela fresta 20, passa-se assim para a direcção indicada na Figura 2, da fresta 20', pelas quais os copos 21 na saída dos canais de aquecimento 22, 22', 22 são empurrados pelos jactos de ar dos sopradouros 36, por sobre a placa 40.

Graças à possibilidade do grupo de alimentação a .aquecimento de rodarem em torno do eixo 52, as fases de alimentação, de aquecimento e de separação dos contentores 21 podem ser desligadas das restantes fases operacionais do processo de formação do rebordo. Isto permite, em caso de pequenas danificações no dispositivo de formação do rebordo, manter em funcionamento as referidas fases, enquanto se suspende a fase de formação do rebordo. Em tal caso, os objectos a serem dotados com um rebordo, que, entretanto, continuaram a passar através da zona de aquecimento, são descarregados para dentro dum contentor de recuperação anexado, ou então dentro de canais de empilhamento, não ilustrados nos desenhos.

Além disso, durante o período de breves suspensões, isto permite manter a temperatura da flange dos copos para serem munidos com um rebordo, dentro dum intervalo tal que permita uma retomada imediata das sucessivas fases de formação dos rebordos, e não apenas depois da avaria ter sido reparada.

Em caso de paralização prolongada, devida, por exemplo, a avarias que não podem ser reparadas imediatamente, desliga-se a alimentação do dispositivo de aquecimento dos rebordos, enquanto prossegue o avanço dos objectos contidos nos cilindros de aquecimento. Isto permite o esvaziamento completo dos próprios rolos e a recuperação dos objectos que se encontram dentro do dispositivo de aquecimento.

E evidente que, em lugar da forma de realização prática do processo, todas as variantes construtivas da máquina devem ser incluídas no âmbito da invenção, inclusive as necessárias para se formar o rebordo de contentores com abertura quadrada ou rectangular.

Claims

REIVINDICAÇÕES

15 - Processo para a formação do rebordo de contentores feitos de material sintético termoplástico, abertos na parte superior e que terminam por uma flange exterior, encurvada para cima e prlongada para baixo, caracterizado pelo facto de compreender as seguintes fases operacionais que podem ser repetidas ciclicamente:

— alimentação a partir de um ou vários conjuntos de pilhas de contentores;

—aquecimento da flange para permitir a formação do rebordo;

—afastamento de pelo menos o contentor dianteiro de cada um dos conjuntos de pilhas em relação aos restantes contentores;

—separação do contentor dianteiro dos restantes que formam a pilha;

—colocação do referido contentor dentro de um molde-fêmea, que retêm o citado contentor coaxialmente em relação ao seu próprio eixo longitudinal;

—formação e estabilização definitiva do rebordo por meio de compressão aplicada sobre toda a extensão da flange aquecida, por meio do fechamento dos moldes macho e fêmea;

—expulsão dos contentores dotados de rebordo dos moldes-fêmea e sua colocação dentro de pelo menos um canal de empilhamento ;

—arrefecimento natural ou forçado do molde fêmea antes que um outro contentor venha colocar-se na referida posição paraa formação de mais um rebordo; e sendo as quatro primeiras fases operacionais desligáveis das outras e podendo ser realizadas mesmo quando as outras fases são suspensas, permitindo escolher entre continuar a produzir flanges aquecidas enquanto se espera a reactivação s das outras fases operacionais ou esvaziar completamente a zona de aquecimento dos contentores, sendo em ambos os casos efectuada a recuperação dos contentores com flange aquecida não submetida à operação de formação do rebordo.
2^ã - Máquina para a realização do processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de compreender um dispositivo de alimentação a partir de uma pilha (27) de contentores (21) com flange (35); um dispositivo de aquecimento das flanges; um dispositivo de separação dos contentores dianteiros de cada pilha; um dispositivo de colocação dos citados contentores em moldes-fêmea (49); um dispositivo para a formação e estabilização dinitiva dos rebordos (35); um dispositivo (51) de expulsão e empilhamento, para retirar dos moldes abertos os contentores dotados de rebordo (34) e descarregá-los para dentro de um canal de empilhamento.
3^ã - Máquina de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo facto de o dispositivo de alimentação a partir da pilha (27) de contentores (21) com flange (35) ser constituído por uma armação (23, 24, 25) que dá apoio por meio de pernos pelo menos a três cilindros (22, 22', 22) roscados exteriormente constituindo parafusos sem-fim e por um motor para o accionamento dos citados cilindros, e em que o dispositivo (28) de aquecimento das flanges é constituído por um sistema com termopares, ligado aos citados cilindros (22, 22', 22) e em que o dispositivo de separação dos contentores dianteiros e o dispositivo de colocação dos referidos contentores nos moldes-fêmeas (49) são constituídos por um equipamento de ar comprimido ligado pelo menos a duas tubeiras (36) montadas paralelamente ao eixo longitudinal dos contentores no dispositivo de aquecimento e cujos jactos de ar são orientados radialmente e em direcção aos moldes-fêmea (49), de forma a penetrar no espaço que separa o contentor dianteiro (21) dos restantes contentores da pilha, criando no lado interno do fundo do contentor (21) uma pressão maior do que a pressão exercida sobre o lado exterior do referido fundo, de forma a empurrar o contentor para dentro do molde-fêmea.
4- - Máquina de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o dispositivo para a formação dos rebordos ser constituído por uma placa (40) que roda de forma intermitente, a qual suporta pelo menos um molde-fêmea (49) dotado interiormente e por baixo da superfície de formação com um elemento f de retenção de um troço do corpo do contentor, por uma placa (41), deslocável axial e alternadamente, que suporta pelo menos um molde-macho (50) para ser fechado sobre um molde-fêmea durante cada paragem da placa de base (40), e por meios de movimentação das mencionadas placas (40, 41).
5^ - Máquina de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto de o elemento (46) de retenção ser constituído por um anel, situado no troço posterior do molde-fêmea (49) e saliente para o seu interior, o qual apresenta um lábio (47) elasticamente deformável que, na condição de repouso,, têm a sua própria circunferência mínima ligeiramente menor do que a do correspondente troço do contentor sobre o qual se efectua a retenção, enquanto, em condição operacional, assume as mesmas dimensões da circunferência do troço do contentor com o qual entra em contacto.
6^â - Máquina de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo facto de o elemento de retenção ser constituído por uma pluralidade de sectores de anel salientes para o interior do molde e dotados, cada um deles, de um lábio elasticamente deformável.
7^ã - Máquina de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo facto de os dispositivos de alimentação, de aquecimento e de separação dos contentores dianteiros da pilha de contentores poderem ser desinseridos dos restantes dispositivos permitindo manter inalterada a temperatura pretendida nos rolos de aquecimento, e recuperar os contentores à saída da zona de aquecimento, sem interromper a alimentação dos contentores à zona de aquecimento, ou recuperar somente os contentores presentes nos rolos de aquecimento, interrompendo a alimentação dos contentores à referida zona de aquecimento.
8^ - Máquina de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo facto de o conjunto formado pela correia transportadora e pelos cilindros roscados poder rodar apoiadamente em torno de um eixo, situado correspondentemente à parte distante dos citados rolos e montado ortogonalmente à direcção de avanço dos contentores para a formação de rebordos e o citado conjunto continuar activo mesmo quando o dispositivo para a formação de rebordos é desactivado, e descarregar os contentores com a flange aquecida dentro de um dispositivo de recuperação .