PT91267B - Elemento de contacto eletrico - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

A presente invenção refere-se a um elemento de contacto eléctrico para estabelecer contacto eléctrico permanente com o núcleo metálico de um condutor eléctrico isolado.

Na patente US-A-3 867 005 está descrito um elemento de contacto eléctrico feito numa só peça, recortado por estampagem e modelado, para estabelecer contacto eléctrico permanente com o núcleo metálico de um condutor eléctrico isolado, compreendendo o elemento de contacto, que tem uma secção transversal substancialmente em forma de U, uma base e paredes laterais afastadas que se estendem no mes mo sentido, cada uma delas a partir de um bordo oposto da base, para definir um canal de recepção do condutor, sendo as porções opostas das paredes laterais abauladas uma para a outra, para o interior do canal, para definir uma ranhura

CR.

de recepção do núcleo estendendo-se substancialmente perpendi^ cularmente à referida base, e sendo cada porção abaulada sobrepujada por duas superfícies de corte de isolamento, conver gentes a uma para a outra, para o interior do canal e inclinadas para a base.

De acordo com a patente US-A-3 867 005, as superfícies de corte do isolamento de cada uma das porções abauladas são definidas por um entalho em forma de V na aresta da porção abaulada afastada da base.

núcleo metálico .do condutor é ligado electricamente ao elemento de contacto, forçando-o para baixo no interior do canal por meio de uma ferramenta de aplicaçao, de modo que as superfícies de corte do isolamento de cada uma das porções e abauladas cooperam para cortar o isolamento do condutor enquanto se força para o interior do canal, de modo que as cristãs das porções abauladas estabelecem contacto eléctrico com o núcleo do condutor.

Um objecto da presente invenção consiste em assegurar que uma vez que o condutor tenha sido forçado para baixo para interior do canal como atrás se descreveu ele já não pode subir dentro do mesmo de modo a prejudicar a integridade da ligação eléctrica entre as referidas cristãs e o núcleo metálico.

Segundo a presente invenção, cada superfí_ cie de corte do isolamento das referidas duas superfícies de corte do isolamento de cada porção abaulada é definida por uma asa que retém o condutor em baixo, estendendo-se a partir da parede lateral respectiva e estando dividida a partir da referida porção abaulada para dentro, convergindo as asas do referido par, a partir da referida parede lateral, no sentido da linha central do canal e sendo susceptiveis de se deformar plasticamente em relação à referida porção abaulada, para den tro, afastando-se uma da outra, substancialmente paralelas, para ficarem obliquamente no canal.

Quando o condutor está ser forçado para o interior do canal, torce-se a ferramenta da aplicação para provocar a torção das asas de cada par, afastando-as uma da .

outra, depois de um núcleo ter sido recebido na referida ranhura de recepção do condutor, de modo que as asas se aplicam sobre o isolamento do condutor, mantendo assim o mesmo em baixo no canal, em posições muito próximas da ligação eléctri. ca entre as cristãs das porções abauladas e o núcleo metálico do condutor, e de cada lado dessa ligação.

Embora a patente US-A-4 480 385 apresente a fase de cortar e eliminar segmentos das paredes laterais do elemento de contacto para manter o condutor em baixo no canal, esse expediente tem de prejudicar a rigidez do elemento de contacto quando o condutor tiver sido ligado como terminal no mesmo, sendo o condutor mantido apenas de um lado da ligação eiéctrica e a uma distancia substancial da mesma.

De preferência, vistas em corte transversal feito nas porções abauladas, as paredes laterais e a base são continuas, sendo a base abaulada para dentro, de modo que uma cavidade contínua e suavemente arqueada estende-se em tor no da periferia do elemento de contacto até às referidas asas. Como as porções arqueadas para dentro das paredes laterais não são divididas na parte da base, melhora-se grandemente a rigidez do elemento de contacto, bem como a força de contacto exercida pelas partes das paredes laterais abauladas para den tro contra o núcleo metálico do condutor, especialmente quando o núcleo for formado por vários filamentos.

Podem formar-se flanges dirigidos para dentro a partir das paredes laterais, em posições opostas ao longo das mesmas, para proporcionar uma ou mais ranhuras de recepção do núcleo auxiliares, podendo esses flanges ser proporcionados entre dois pares de porções abauladas para dentro, afastadas uma da outra longitudinalmente em relação ao canal, podendo ser formados com superfícies de corte do isolamento.

Para melhor compreender a presente invenção, faz-se agora referencia a título de exemplo, aos desenhos anexos, cujas figuras representam:

A fig. 1, uma vista lateral de um elemento de contacto eléctrico de um términal eléctrico;

fig.	2,
fig.	3,
fig.	4,
fig.	5,
fig·	6,
fig.	7,

A fig. 8,

A fig. 9,

A fig. 10,

A fig. 11, uma vista em planta do elemento de contacto;

uma vista ampliada segundo as linhas (3-3) da fig. 1;

uma vista ampliada segundo as linhas (4-4) da fig. 1;

uma vista segundo as linhas (5-5) da fig. 1;

uma perspectiva isométrica do terminal, incluindo o seu elemento de contacto;

uma vista em perspectiva isométrica que mostra o terminal quando ligado a um conductor eléctrico;

uma vista em perspectiva isométrica de uma versão modificada do terminal;

uma vista em corte transversal ampliada, feito o corte pelas linhas (9-8) da fig. 7 e que foi preparada a partir de uma fotogra fia do corte de um terminal real segundo a fig. 7;

uma outra forma de realização do terminal eléctrico mostrando os meios de retenção dos fios antes da posição retida final; e uma vista semelhante ã da fig. 10 mostrando os meios de retenção do fio na posição final.

Um terminal eléctrico (2), representado nas fig. 6 e 7, e que foi recortado por estampagem e modelado a partir de uma peça única de chapa metálica, compreende um elemento de contacto eléctrico (4) para estabelecer contacto eléctrico permanente com o núcleo metálico de um condutor iso lado e uma porção de adaptação (5) para receber um elemento de contacto macho (não representado). Na prática, a porção (5) recebe um receptáculo de metal elástico, que não está representado, para estabelecer contacto eléctrico elástico com o elemento macho. 0 receptáculo não é evidentemente formado integralmente com o terminal representado mas sim inserido na porção (5).

elemento de contacto (4) tem, como melhor se vê nas fig. 4 e 6, uma secção transversal substancial, mente em forme de U, compreendendo uma base (6) e paredes laterais (8) afastadas e estendendo-se no mesmo sentido, cada uma a partir de uma aresta oposta da base (6), para definir um canal ou calha (10) e recepção do condutor. Porções opostas (12) das paredes laterais (8) são abauladas uma para o lado da outra, de uma maneira suavemente curva, para dentro da calha (10) em duas posições ao longo da mesma, de modo a ter duas cristãs opostas (9), definindo as cristãs (9) de cada par de paredes laterais opostas (12) uma ranhura (14) de recepção do núcleo do condutor, estendendo-se substancialmente perpendiculares ã base (6). Cada uma das porções abauladas (12) é sobrepujada por duas superfícies dos bordos (18) de corte de isolamento, que convergem uma para a outra para o interior da calha (10) e estão inclinadas para a base (6).

Cada uma das superfícies de corte de isolamento (18) é formada numa asa (20) respectiva de retenção do condutor que se estende a partir da respectiva parede lateral (8), estando cada uma das asas (20) dividida, a partir da respectiva porção abaulada (12), para dentro, por uma fenda (22), tendo as fendas (22) substancialmente a mesma extensão que a periferia arqueada da porção abaulada (12). As asas do par de asas (20) que se situam por cima de cada porção abaulada (12) convergem uma para a outra a partir da parede lateral (8) para a linha do centro (C) da calha (10) e são susceptíveis de se deformar plasticamente, afastando-se uma da outra, substancialmente paralelas, para ficar transversalmente na calha (10). As asas (20) de cada par têm extremidades livres justapostas (24), que têm a forma rectangular e estão situadas contíguas, ou pelo menos muito próximas uma da outra. As fendas (22) que dividem as asas (20) de cada porção abaulada (12) terminam substancialmente no mesmo ponto com o seu bordo livre. As porções (12) de cada par de porções opostas (12) fundem-se numa cavidade arqueada (26) formada na base (6) do elemento de contacto (4) e têm uma cristã (27); de modo que, vistas em secção transversal de duas porções abauladas opostas (12), como se mostra na fig.

3, a secção transversal do elemento de contacto (4) tem substancialmente a forma ds um U e é contínua entre as fendas (22).

Para além das paredes laterais (8), num sentido em que nos afastamos da porção de adaptação (5), orelhas (30) envolvem o isolamento, desviadas uma da outra longitudinalmente em relação à linha central (C), estendem-se a partir das paredes laterais (8).

Para aplicar um terminal (2) num condutor eléctrico isolado (L) (fig. 7) com isolamento (I) e um núcleo metálico multifilamentos (C), aplica-se a ferramenta, não representada, para forçar o condutor (L) para baixo no sentido perpendicular ao seu eixo longitudinal, para o interior da calha (10) e entre as orelhas (30) para cravar o núcleo (C) do condutor nas ranhuras (14). Enquanto o núcleo (C) está a ser forçado para baixo, para o interior das ranhuras (14), as superfícies de corte (18) do isolamento, fazem um corte através do isolamento (I) do condutor (L) de lados opostos do mesmo, de modo que o núcleo (C) entre as ranhuras(18) para os fios, as cristãs opostas (9) das porções abauladas (12) de cada par entram nas incisões feitas no isolamento (I) pelas superfícies (18), de modo a encaixar com aperto o núcleo (C) entre as cristãs (9). Quando o condutor (L) tiver sido forçado a entrar no seu alojamento, para baixo contra a base (6), a ferramenta força as asas (20) de cada par para as afastar uma da outra, de modo a estender-se trans versalmente na calha (10) como se mostra na fig. 7, de modo que as asas (20) de cada par fiquem substancialmente paralelas, de modo que o condutor (L) fica retido permanentemente em baixo na calha (10) da forma que o núcleo (C) não pode subir nas ranhuras (14). Como será evidente a partir da fig. 9, as cristãs (9) das porções abauladas (12) associadas com cada ranhura (14) comprimem entre si os fios do núcleo (C) de modo que se consegue a resistência eléctrica mínima da ligação entre o núcleo (C) e o terminal (2). Como se mostra na fig. (9), a força de contacto exercida pelas porções abauladas (12) é suficientemente grande para deformar plasticamente os fios, de modo que se produz de facto como que uma ligação forjada entre o núcleo (C) e o elemento de contacto (4). A ferramenta também faz o rebordeamento das orelhas (30) em torno do isolamento (I) do condutor (L) para proporcionar uma protecção contra tensões nas ligações entre o núcleo (C) e o elemento do contacto (4).

Faz-se agora referência ã fig. 8, na qual as partes que correspondem a partes iguais atrás descritas com referência às fig. 1 a 7 e 9 recebem o mesmo número de referência, com adição de uma plica. De acordo com a variante da fig. 8, as paredes laterais (8') foram deslocadas para dentro substancialmente a meio, entre os pares de porções abauladas opostas (12'), as flanges (32), estendendo-se pares dos mesmos um para o outro através da calha (10') para definir ranhuras (34) de recepção do núcleo auxiliares. Cada flange (32) é formado numa posição afastada da base (6'), com uma superfície (38) de corte do isolamento convergindo as superfícies (38) das flanges (32) de cada par de flanges (32) opostos, no sentido de base (6'), e sendo as ranhuras (34) definidas pelas porções (40) dos bordos de fixação do núcleo, cada um dos quais se estende a partir de uma superfície do bordo respectiva (38), substancialmente perpendicularmente à base (6'), de modo que as superfícies (40) são substancialmente paralelas entre si. Quando se força o condutor (L) para o interior da calha (10') da maneira atrás descrita com referência à fig. 7, relativamente ao canal (10), as superfícies (48) dos flanges (32) cortam o isolamento (I) do condutor (L) de modo que as superfícies (40) que definem as ranhuras (34) aplicam-se ao núcleo (C) do condutor (L) de modo a aumentar a ligação eléctrica entre o núcleo (C) e o elemento de contacto (4').

Faz-se agora referência às fig. 10 e 11, nas quais as partes correspondentes a partes iguais descritas atrás com referência às fig. 7, 8 e 9 recebem os mesmos números de referência com a adição de duas plicas.

terminal (2) inclui asas (20) análogas que proporcionam uma ligação por deslocamento do isolamento com o núcleo (C) de um condutor isolado. Em vez de deslocar as asas (20) como nas formas de realização anteriores, de modo que os bordos inferiores das asas (20) fiquem sobre a parte superior do fio isolado para o reter no seu lugar, o terminal (2) inclui asas interiores (20) que formam uma só peça com uma aba (120) que é susceptível de ser dobrada em torno de um eixo paralelo ao comprimento do fio. As abas (120) são cortadas em torno do seu ponto médio em (110) de modo a permitir que essas abas actuem independentemente uma da outra e para evitar a formação de qualquer tensão no ponto médio das abas (120) durante o processo da dobragem.

Vantajosamente, todas as formas de realização atrás mencionadas utilizam pelo menos duas asas opostas que cortam o isolamento do condutor eléctrico (L) durante o movimento transversal do condutor para dentro da ranhura, provocando a continuação do movimento do condutor a terminação eléctrica no interior das porções abauladas (12), (12') e (12), não sendo já necessário o aspecto de corte das asas, podendo ser deslocadas relativamente às secções abauladas para reter o condutor isolado no seu lugar. Nas formas de realização representadas nas fig. 6 e 8, as asas são deslocadas em torno de um eixo que é perpendicular ao comprimento do condutor, enquanto que na forma·de realização da fig. 10, as asas formam uma peça com porções de abas (120), que são susceptíveis de ser dobradas em torno de um eixo que é paralelo ao comprimento do condutor (L).

Claims (1)

1. R Ε I V I N D I C AÇÕES

   - lê Elemento de contacto eléctrico (4) feito de uma só peça estampada e modelada para estabelecer contacto eléctrico permanente com o núcleo metálico de um condutor (L) eléctrico isolado, compreendendo o elemento de contacto (4), que tem uma secção transversal substancialmente em forma de U, uma base (6) e paredes laterais afastadas (8) que se esten dem no mesmo sentido, cada uma delas a partir de um bordo oposto da base (6), para definir un canal (10) de recepção do condutor, sendo porções opostas (12) das paredes laterais (8) arquedas uma para a outra, para o interior do canal (10), para definir uma ranhura (14) de recepção do núcleo, estendendo -se substancialmente perpendiculares à referida base (6), e sendo cada uma das porções arqueadas (12) sobrepujada por duas superfícies (18) de corte do isolamento convergentes uma para a outra para o interior do canal e estando inclinadas para a base (6), caracterizado por cada uma das superfícies (18) de corte do isolamento do referido par de superfícies de corte do isolamento de cada porção arqueada ser definida por uma asa (20) de retenção do condutor que se estende a partir da respectiva parede lateral (8) e sendo separada da referida porção (12) arqueada para dentro, convergindo as asas (20) do referido par da referida parede lateral para a linha central do canal (10) e sendo deformável plasticamente em relação ã referida porção (12) arqueada para dentro para se sobrepor ao condutor eléctrico.

   - 2ã Elemento de contacto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as asas (20) serem deformáveis em torno de um eixo que é perpendicular â base (6) e afastadas uma da outra numa relação substancialmente de paralelismo de modo a ficar transversalmente em relação ao canal (10).

   - 3ê 9

   Elemento de contacto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as asas (20) estarem integradas com uma aba (12) que é susceptível de ser dobrada em torno de um eixo paralelo ao comprimento do condutor eléctrico para se sobrepor ao condutor.

   - 4â Elemento de contacto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as asas (20) ficarem por cima de cada porção arqueda (12), que definem um V, visto em planta, e tendo extremidades livres (24) adjacentes ou contíguas.

   - 5é Elemento de contacto de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por as asas (20) que ficam por cima de cada porção arqueada (12) estarem separadas das mesmas por fendas (22) que são substancialmente coextensivas com a periferia arqueada da referida porção (12) arqueada para dentro.

   - 6ê Elemento de contacto de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a base (6) ser formada com uma depressão (26) com secção transversal arqueada que fica saliente para o interior do canal (10) e que fica alinhada com as referidas porções arqueadas (12) e se fundem com as mesmas, de modo que o elemento de contacto (4) tem uma forma em U suave, vista em secção transversal através das referidas porções arqueadas (12).

   - 7ê Elemento de contacto de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por as paredes laterais (8’) serem formadas com pelo menos dois flanges opostos (32) que se projectam para o interior do canal e tendo superfícies com arestas de corte do isolamento (38) que convergem a partir das paredes laterais (8') em posições

   - 10 afastadas da base, para a base, £ unem-se substancialmente paralelas„às superfícies (40) dos bordos dos referidos flanges (32) que prendem o núcleo, que se estendem substancialmente perpendiculares à base para definir uma ranhura de recepção do núcleo (34) auxiliar.

   A requerente reivindica a prioridade do pedido no Reino Unido apresentado em 26 de Julho de 1988, sob o n2. 8817783.7.