PT87217B

PT87217B - Metodo para efectuar a vedacao de sapatos na zona da sola

Info

Publication number: PT87217B
Application number: PT87217A
Authority: PT
Inventors: Walter Bleimhofer; Thorger Hubner
Original assignee: Gore W L & Co Gmbh
Priority date: 1987-04-15
Filing date: 1988-04-12
Publication date: 1994-09-30
Also published as: JPS6420803A; JPH062081B2; PT87217A; CA1333318C; HUT57564A; DE3712901C1; DD284590A5; EP0286853A2; EP0286853A3; YU64088A; CN88102190A; EP0286853B2; DE3884843D1; KR880012184A; EP0286853B1; TR25076A; RO100073B1; ATE95676T1

Description

DESCRIÇÃO

DA

PATENTE DE INVENÇÃO

N.° 87 217

GORE & 00-, GmbH, alemã,com sede em

Wernher-von-Braun-Str. 18, D-8011 Putzbrunn, República Federal Alemã.

W.L.

MÉTODO PARA EFECTUAR A VEDAÇÃO DE SAPATOS NA ZONA DA SOLA

Thorger Húbner e Walter Bleimhofer.

Reivindicação do direito de prioridade ao abrigo do artigo 4.° da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883.

República Federal Alemã em 15 de Abril de 1987, sob o n^. P 37 12 901.5.

INPt. MOO. 113 R F 10732

MEMÓRIA DESCRITIVA

Resumo

O presente invento diz respeito a um método própria para se efectuar a vedação da ligação en tre a parte superior (1), impermeável, de um sapato e a palmilha (4) desse mesmo sapato de maneira a que essa vedação seja impermeável à água, sendo a referida vedação efectuada por meio de uma camada de um material que é capaz de poder ser liquefeito e que é impermeável à água depois de endurecer, e sendo a referida camada por injecção na zona da referida ligação com a ajuda de um molde de injecção (30). 0 méW.L. GORE & C0., GMBH

MÉTODO PARA EFECTUAR A VEDAÇAO DE SAPATOS NA ZONA DA SOLA

todo de acordo com o presente invento é caracterizado peio facto de contra a face inferior da parte superior (1) do sapato ser aplicado um molde de injecção (30) que apresenta uma aba de vedação (31) que fica apontada para a palmilha (4) e que circunda toda a zona da referida ligação que se pretende vedar, e por a referida camàda ser moldada no interior da zo na limitada pela referida aba de vedação (31).

Até ao presente momento eram fabricados sapatos cuja parte superior era constituída por um material impermeável à água e de, preferência, permeável ao vapor. Existem problemas no que respeita ao estabelecimento de uma ligação impermeável à água entre a parte superior do sapato e a sola que a esta deve ser fixada.

Nos processos de colagem já conhecidos a parte superior do sapato é, colada à palmilha do sapato por meio de um processo de fixação por colagem e a este conjunto colado vai então ser aplicada a sola que pode ser uma entressola ou directamente a sola. Os pontos fracos que então se formam no caso de se optar por esta solução são as zonas de colagem entre a palmilha e a parte superior do sapato, devido ao facto de a cola não promover logo desde o principio a vedação da totalidade da zona de transição entre a parte do sapato e a palmilha ou devido ao facto de a cola se poder tornar quebradiça e portanto permeável à água devido aos esforços de dobragem a que vai sendo submetida durante a utilização do sapato.

Para se dar uma solução a este pro blema, o conjunto constituído pela parte superior do sapato e pela respectiva palmilha que a esta foi colado tem vindo a ser revestido com um forro em forma de palmilha constituído por um material impermeável à água e permeável ao vapor. Para que fique com a forma desejada, o forro deve ser cosido e so£ dado por acção do calor na zona das costuras. Este método é não só complicado, e portanto caro, como também gerador de problemas visto que o forro tem tendência a formar pregas e outras deformações.

Além disso é também já conhecido o processo de se moldar uma sola de poliuterano contra a zona da sola da parte superior do sapato que assim vão estabelecer uma ligação topo a topo. Para se fazer isto é necessário dispor de um molde de injecção bipartida que irá ser aplicado à

parte superior do sapato em ambos os lados desta. Este molde de injecção é relativamente cara,,devido ao elevado custo dos moldes os fabricantes de calçado foram obrigados a adoptar um número muito limitado de configuração de sola. Além disso existe o facto de não ser possível fazer sapatos muito elegantes com este tipo de solas moldadas.

objectivo do presente invento consiste em aperfeiçoar o método do tipo inicialmente referido de maneira a ser possivel garantir que a ligação entre a parte superior do sapato e a respectiva palmilha seja impermeável à ãgua mesmo após longos períodos de uso do sapato, e ao mesmo tempo permitir que possam ser utilizados quaisquer tipos de solas.

A solução para este problema encoji tra-se indicada na reivindicação 1 do presente pedido de patente e pode ser aperfeiçoada de uma maneira conveniente de acordo com as reivindicações dela dependentes.

No caso do método de acordo com o presente invento é possivel utilizar um molde de injecção relativamente simples. E suficiente dispor de uma matriz de moldagem por injecção que se acha dotada de uma aba de vedação apontada para cima e que apresenta um perfil aproximadamente correspondente ao contorno da palmilha do sapato. Devida ao facto de a linha de aplicação da aba de vedação à parte superior do sapato equipada já com a palmilha não precisa em absoluto de ser exacta, este molde pode ser utilizado no fabrico de um grande número de sapatos de diferentes dimensões.

contorno da aba de vedação deverá correr de preferência ao longo de uma linha recuada em relação à periferia exterior da parte superior do sapato. Deste modo será portanto possível aplicar qualquer tipo de sola que se quiser contra a camada que foi moldada por injecção contra a parte superior do sapato da maneira de acordo com o invento.

-5A camada moldada já não precisa de ficar visível, de maneira que o aspecto estético do sapato não precisa de ficar prejudicado por essa camada.

Esta camada deverá ser de preferêr^ cia constituída por poliuretano que é liquefeito a fim de poder ser moldada par injecção e que depois é moldado por inje£ ção a uma pressão compreendida, de preferência, entre 3 e 5 atm. Esta pressão garante que o material líquido vá penetrar na zona a ser vedada, entre a palmilha e a parte superior do sapato, e faz com que esta ligação fique impermeável à água.

A fim de que a parte superior do sapato seja impermeável à água, pelo menos uma parte desta parte superior, e de preferência a totalidade da parte superior do sapato, deverá ser revestida com um material impermeável à água que deverá ser, de preferência, permeável ao vapor. Para se conseguir isto é conveniente aplicar, por exem pio, uma película de politetrafluoroetileno (PTFE) orientado por expansão, uma membrana de poliester ou um revestimento de poliuretano microporoso.

A seguir o invento irá ser descrito de uma maneira mais pormenorizada com base em modelos de realização que serão apresentados com referência aos desenhos anexos em que:

a Fig. 1 é uma vista esquemática e em corte segundo um plano vertical da parte superior de um sapato à qual foi aplicada uma palmilha, encontrando-se também representado nesta figura um molde de injecção aplicado contra a parte superior do sapato, bem como a camada de vedação que com este é produzida; e a Fig. 2 é uma vista esquemática da parte superior de um sapato à qual se acha ligada uma palmilha e à qual se acha plicado um molde de injecção.

Na Fig. 1 encontra-se representada a parte superior (1) de um sapato à qual foi colada por meio de uma cola de fixação ou substância adesiva (3) uma palmilha (4). A parte superior (1) pode ser feita de diferentes materiais. Na Fig. 1 acham-se representadas duas possibilidades. No lado esquerdo da figura encontra-se representada uma parte superior de sapato constituída por um laminado (7) compreendendo uma camada exterior (9), uma camada intermédia (11) for. mada por uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor, e uma camada interior (13). 0 laminada (7) pode ser revestido pelo lado de dentro com um revestimento (15).

No lado direita da Fig. 1 encontra-se representado um modelo de realização de uma parte superior de sapato que compreende uma camada exterior (17), por exemplo feita de couro, que se acha revestida com um laminado que se£ ve de revestimento e que também neste caso é formada por uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor.

rebordo de fixação (19) apresenta uma parte terminal livre (21) que não é colada à palmilha (4).

No caso do modelo de realização que se acha representado no lado esquerdo da Fig. 1, o revestimento (15) é de preferência concebida de maneira a ser mais curto do que o laminado (7) na zona do rebordo de fixação (7) e apenas a parte do laminado (7) que se acha coberta pelo revestimento (15) é que vai ser colada à palmilha (4). A parte do laminado (7) que se projecta para além do revestimento (15) vai constituir a parte ou bordo livre do rebordo de fixação (19).

No caso do modelo de realização que se acha representado no lado direito da fig. 1, a camada exterior (17) é mais curta na zona do rebordo de fixação (19) do que o laminado (7) aplicada sobre a camada exterior (17).

Depois de se ter procedido à colagem da parte superior (1) 3 palmilha (4), e extremidade dianteira (21) do laminado (7) mantem-se desligada da palmilha (4).

Além disso na Fig. 1 encontra-se também representado um molde de injecção (30) que apresenta uma aba de vedação (31) contínua, que se fecha sobre si própria, e que segue aproximadamente a forma da palmilha (4), conforme se pode ver na Fig. 2.

Na vista em corte que se acha representada na Fig. 1 encontra-se representada uma parte es querda (311) da aba de vedação e uma parte direita (31r) da aba de vedação. Durante a realização da operação de moldagem por injecção, as partes (311, 31r) da aba de vedação vão encostar contra os rebordos de fixação (19) por baixo da zona onde foi aplicada a substância adesiva de fixação (3). 0 molde de injecção (30) encontra-se dotado de uma abertura de admissão cuja boca de descarga se acha situada na zona localizada entre as duas partes (311) e (31r) da aba de vedação.

Para se proceder à injecção, o material de vedação (5) é liquefeito e depois injectado no interior do espaço limitado pela aba de vedação (31) sob uma pressão compreendida, por exemplo, entre 3 e 5 atm. Ao proceder assim o material de vedação no estado líquido também vai penetrar no interior da zona situada entre a palmilha (4) e as extremidades livres (21) do rebordo de fixação (19). Graças a esta operação de injecção todo o espaço situado entre a palmilha e o contorno interior do molde de injecção que se acha localizado entre a aba de vedação vai ser chei com o material de vedação. Depois de realizado o endurecimento do material de vedação obtém-se uma vedação impermeável à água na zona do fundo da parte superior (1) do sapato que se acha ligada à palmilha (4).

método de acordo com o presente Invento também pode ser aplicado no caso de a ligação ser feita pelo sistema topo a topo. Neste caso a aba de vedação (31) do molde de injecção (30) é calculado de maneira a que a costura de ligação topo a topo situada no interior da zona do molde de injecção (30) limitada pela aba de vedaçãp (31).

Claims

REIVINDICAÇÕES:

1⁹. - Método próprio para se efectuar a vedação da zona de ligação entre a parte superior, impermeável de um sapato e a palmilha desse mesmo sapato de maneira a que essa vedação seja impermeável à água, sendo a referida vedação efectuada por meio de uma camada de um material que é capaz de poder ser liquefeito e que é impermeável à água depois de endurecer, e sendo a referida camada moldada por injecção na referida zona de ligação com a ajuda de um molde de injecção, caracterizado pelo facto de contra a face inferior da parte superior do sapato que se acha ligada à palmilha desse mesmo sapato ser aplicado um molde de injecção que apresenta uma aba de vedação que fica apontada para a palmilha e que circunda toda a referida zona de ligação que se pretende vedar, e por a referida camada ser moldada por inje£ ção no interior da zona limitada pela referida aba de vedação.
2⁹. - Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida camada ser constituída por poliuretano.
3⁹. - Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida camada ser constituída por cloreto de polivinilo.
4³. - Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida camada ser constituída por borracha natural.
5⁹. - Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida camada ser consti-10- tuida por borracha sintética.
6^a. - Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de pelo menos uma parte da referida parte superior do sapato ser constituida por um material que é impermeável à âgua mas que é permeável ao vapor ou ser revestida por um material deste tipo.
7^a. ~ Método de acorda com a reivindicação 6, caracterizado por o referido material que é impermeável à água mas que é permeável ao vapor ser uma película de politetrafluoroetileno expandido, uma membrana de poliéster ou um revestimento de poliuretano microporoso.
8^a. - Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, próprio para se efectuar a vedação de um rebordo de fixação no caso de sapatos fixados por colagem, caracterizado por o bordo interior do rebordo de fixação ser mantido no estado de não colado, por o referido bordo não colado ser colocado no interior da referida zona limitada pela referida aba de vedação e por o material da camada ser aplicado sobre ambos os lados do referido bordo livre .