PT807019E

PT807019E - Processo para tornar nao inflamavel um componente em materia plastica pertencente a uma instalacao de distribuicao de um liquido inflamavel

Info

Publication number: PT807019E
Application number: PT96902307T
Authority: PT
Inventors: Jean-Claude Douchet; Andre Deltour
Original assignee: Nobel Plastiques
Priority date: 1995-02-02
Filing date: 1996-01-30
Publication date: 2000-08-31
Also published as: EP0807019A1; ES2145431T3; US6168738B1; AU4667196A; ATE191176T1; DE69607459D1; WO1996023656A1; DE69607459T2; EP0807019B1; BR9607162A

Description

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DESCRICÃO “Processo para tornar não inflamável um componente em matéria plástica pertencente a uma instalação de distribuição de um líquido inflamável” A tendência actual nos veículos automóveis é a de substituir as tubagens metálicas por tubagens em matéria plástica, nomeadamente, à base de poliamida (nilão). A preocupação constante dos construtores de automóveis é a de melhorar a resistência ao fogo das instalações que transportam um fluido inflamável. Eles definem assim, neste objectivo, as normas ou, pelo menos, as exigências a que devem satisfazer os componentes utilizados em tais instalações que tendem a aumentar o tempo de resistência ao fogo. Assim, hoje-em-dia, as exigências são tais que qualquer instalação que transporte um líquido inflamável deve resistir durante, pelo menos, dois minutos à chama.

As tubagens actuais que são à base de poliamida mono- ou multi-camada só apresentam, em média, uma resistência da ordem dos 30 segundos, aplicando um processo de teste imposto por certos construtores automóveis, tais como RENAULT ou MERCEDES.

Procurou-se assim proteger exteriormente tais tubagens, e existem técnicas que utilizam mangas de alumínio ou mangas de tecido de fibra de vidro, afastadas diversos milímetros da tubagem, a fim de evitar que o calor da chama se propague sobre a tubagem termoplástica e a conduza junto da fonte da matéria. Estas soluções são todavia caras devido ao material empregue.

Além disso, é conhecido tomar não inflamável uma conduta, quer recobrindo esta conduta com uma laca PVC (GB-A-1510994) quer recobrindo-a com um material composto que compreenda de 30 a 70% de PVC e de 70 a 30% de EVA ou de polietileno clorado. Os artigos resultantes não satisfazem as exigências actuais. A presente invenção pretende remediar estes inconvenientes do estado da técnica, propondo um processo para tomar não inflamável um componente para uma instalação destinada a transportar um fluido inflamável tal como gasolina.

Mais precisamente, a invenção tem assim por objectivo um processo para tomar não inflamável um componente em matéria termoplástica pertencente a uma instalação de distribuição de um líquido inflamável, tal como um carburante, que consiste em munir

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ΕΡ 0 807 019/PT 2 exteriormente este componente de um revestimento reticulado, feito a partir de uma composição de resina à base de poli (cloreto de vinilo) (PVC) enxertado, nomeadamente com organo-silanos, para poder ser reticulado na última fase de elaboração do produto por meio de uma subida da temperatura, em presença ou não de humidade, segundo o catalisador de iniciação da reticulação que foi adicionado à composição. Verificou-se que, de forma notável, a resistência à chama de uma tubagem revestida de uma tal camada (ou envolvida numa manga) em PVC assim reticulada era muito nitidamente melhorada, e isto a um custo muito inferior ao das técnicas conhecidas. Esta resistência à chama foi aumentada incorporando a este PVC reticulável uma carga mineral finamente dividida na razão de 80 a 100% em peso, em relação ao peso de resina. A quantidade de carga expressa em percentagem em relação ao peso de resina é comummente aceite neste campo; aqui, tal significa que o peso de carga mineral é praticamente igual ao peso da resina utilizada. A carga mineral pode ser de óxido de antimónio.

Tais PVC reticuláveis (PVC enxertados de organo-silanos) estão actualmente comercializados pela sociedade HYDROPOLYMERE, sob a referência RI 762-1-2. São igualmente conhecidos os que são comercializados por NORSK HYDRO PLAST, sob o nome NORVINEX (2801 - 2802 - 2900 - 3500 - 3600 - 4200).

Será de notar que, após fabrico de uma manga só ou co-extrusão, sobremoldagem ou co-injecção de uma camada protectora, a reticulação se efectua a partir de uma fase de tratamento de um produto em atmosfera quente, eventualmente húmida, que provoca a reticulação da manga ou da camada externa de PVC. Esta reticulação visa criar ligações entre as cadeias moleculares que reforçam a resistência à temperatura deste. Para controlar o momento em que se deve efectuar a reticulação na fase final do processo de fabrico do produto, acrescentou-se à composição de PVC enxertado um catalisador que permitirá iniciar a reticulação por entrada de calor (com ou sem presença de humidade) estando o produto acabado.

Utilizou-se igualmente com sucesso um PVC que comporta um aditivo cerâmico na razão de 25% a 50% em peso de resina mais uma matéria expandida. Com efeito verifíca-se que este tipo de revestimento, quando é submetido à chama, aumenta de volume devido ao aditivo expandido que contém, arrastando aquando da sua expansão as partículas de cerâmico que, quando submetidas à chama e quando a matéria expandida se pirolisa sob o efeito desta chama, constituem uma espécie de escudo térmico que protege o componente interior durante um tempo suficiente para satisfazer as normas ditadas pelos construtores de automóveis. ΕΡ Ο 807 019 / ΡΤ

Finalmente utilizou-se uma composição à base de PVC provida de uma carga intumescente como no domínio das pinturas. A título de exemplo, esta carga é do tipo das fabricadas pelos Laboratórios LURIE.

Numa primeira aplicação, o revestimento de acordo com a invenção é uma manga separada do componente no qual este componente a proteger está alojado. Esta aplicação é particularmente interessante no caso em que o componente é um fole ou uma tubuladura ondulada.

Mas um dos interesses do processo da invenção reside no facto de poder aplicar o revestimento, quer dizer esta composição à base de PVC, directamente sobre a superfície exterior de um componente em matéria termoplástica, e de assim poder integrar na própria instalação de fabrico do componente, a etapa de tomar este não inflamável.

Assim, se este componente é um tubo, o processo consiste em co-extrudir esta composição de PVC com o tubo. Pelo contrário, se este componente não é tubular, consistindo por exemplo numa ligação ou T de derivação, o processo consiste em realizar o envolvimento do componente quer por sobremoldagem, se o componente for tratado após fabrico, quer por efectuar, no momento do seu fabrico por injecção, uma injecção bi-componente, sendo o primeiro componente uma matéria termoplástica e o segundo componente uma das composições de PVC descritas acima. E, fmalmente, interessante notar que a compatibilidade dos materiais co-extrudidos, sobremoldados, ou co-injectados não tem muita importância dado que o material de revestimento não participa de maneira nenhuma nem na resistência mecânica da tubuladura de ligação ou do componente, nem nas funções de barreira que esta tubuladura ou este componente deve assegurar face ao líquido transportado. Trata-se apenas de uma função de ecra.

Lisboa, -χ jjjn 2οοϋ

Por NOBEL PLASTIQUES - O AGENTE OFICIAL -

£NG.· ANTÓNIO ΙΟλΟ DA CUNHA FERREIRA

ftwa das Flores, 74 - 4·' 1 1SQQ LISBOA H

Ag. 0[. Pr. Ind.

Claims

1 - Processo para tomar não inflamável um componente em matéria termoplástica pertencente a uma instalação de distribuição de um líquido inflamável, tal como um carburante, caracterizado por consistir em munir exteriormente este componente de um revestimento reticulado feito a partir de uma composição de resina à base de polifcloreto de vinilo) (PVC).
2 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a composição de PVC comportar uma carga mineral finamente dividida, na razão de 80% a 100% em peso em relação ao peso de resina.
3 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a composição de PVC comportar um carga cerâmica na razão de 25% a 50% em peso em relação ao peso de resina e uma matéria expandida.
4 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a composição de PVC comportar uma carga intumescente.
5 - Processo de acordo com uma das reivindicações anteriores aplicado a um tubo, caracterizado por consistir em co-extrudir a composição de PVC com a matéria termoplástica do tubo, e depois proceder à reticulação.
6 - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4 aplicado a um componente não tubular, caracterizado por consistir em proceder a um envolvimento do componente por sobremoldagem e depois proceder à reticulação.
7 - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4 aplicado a um componente não tubular, caracterizado por consistir em proceder a uma injecção bi-componente, sendo o primeiro componente injectado uma matéria termoplástica, sendo o segundo componente injectado a dita composição à base de poli(cloreto de vinilo) enxertado reticulável, e depois proceder à reticulação.
8 - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, aplicado a um componente em forma de fole ou de tubo anelado, caracterizado por consistir na realização de uma manga numa composição à base de PVC enxertado reticulável, em proceder à reticulação desta 85 055 ΕΡ 0 807 019/PT 2/2 manga e a aí alojar o componente. Lisboa, -2 Jlt 2000 Por NOBEL PLASTIQUES - O AGENTE OFICIAL -

)NI0 J0À0 DA CUNHA FÊRREIRA Àg. Of. Pr. Ind. Sua das Fleres, 74 - 4.* 16(30 LISBOA