PT796841E - Esteres bis alcanoilo de carnitina com actividade bactericida fungicida e anriprotozoaria - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO "ÉSTERES BIS ALCANOÍLO DE CARNITINA COM ACTIVIDADE BACTERICIDA, FUNGICIDA E ΑΝΤΙPROTOZOÁRIA" A presente invenção relaciona-se com ésteres de DL-, D- ou L-carnitina de fórmula (I)
em que R é um grupo alcanoilo linear ou ramificado, saturado ou insaturado com 2-16 átomos de carbono; Y é uma cadeia alcileno linear ou ramificada com 3-6 átomos de carbono, ou orto, meta ou para-xilileno; e X" é o anião de um ácido farmacologicamente aceitável.
Os compostos de fórmula (i) possuem dois centros quirais. Cada um deles pode apresentar, independentemente do outro, a configuração D ou L.
Os compostos de fórmula (I) estão dotados de actividade bactericida, fungicida e antiprotozoária potente. A presente invenção também se relaciona com processos para a preparação de compostos (I) e composições farmacêuticas para o tratamento de doenças da pele provocadas por bactérias, 1 leveduras, fungos ou protozoários como agentes patogénicos de infecções simples ou mistas.
Como exemplos de infecções cutâneas que podem ser tratadas com as composições da presente invenção estão as que são provocadas por dermatófitos (Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea capitis, Tinea pedis, Tinea barbae, Tinea unguis); por estirpes semelhantes a leveduras tais como candidiase, quilite, rinofaringite, vulvovaginite, balanopostite, intertrigo, pitiriase versicolor, otite, oniculise, perioniquia; por bactérias tais como impetigo, corrimento nasal devido a Staphylococcus, eritrasma, vaginose; e por protozoários, tais como Leichmaniose cutânea, ceratite provocada por Acanthamoeba, vaginite provocada por Trichomonas.
Entre as infecções cutâneas mistas deve mencionar-se vulvovaginite, vaginose, balanite e balanopostite, oniculise e perioniquia, úlceras cutâneas infectadas em doentes que sofrem de diabetes, infecções do ouvido externo, e infecções em doentes imunocomprometidos.
As composições da presente invenção também são úteis para o tratamento de patologias infecciosas provocadas por estirpes resistentes aos antimicóticos e antibióticos mais comuns e na desinfecção de tecidos expostos cirurgicamente.
Nos compostos de fórmula (I), R tem, preferencialmente, 9-13 átomos de carbono. R é preferencialmente decanoilo, undecanoilo e tridecanoilo. Y é preferencialmente seleccionado de trimetileno, tetrametileno, pentametileno, hexametileno e orto, meta ou para-xilileno. 2
X” é preferencialmente seleccionado de cloreto, brometo, metanossulfonato, fosfato, fumarato ácido, fumarato, tartarato ácido e tartarato.
Uma vez que os compostos de fórmula (I) são particularmente eficazes no tratamento de doenças da pele, as composições preferidas da presente invenção são preparações dermatológicas adequadas para aplicação tópica, tais como cremes, pomadas, geles, loções, soluções e outras semelhantes. Verificou-se que as composições adequadas contêm desde 0,5 até 2% em peso, preferencialmente desde 1 até 1,5% em peso, de um dos compostos de fórmula (I).
Os excipientes para utilização na preparação das composições da invenção são bem conhecidos e serão evidentes para os especialistas em farmácia e tecnologia farmacêutica relativamente à composição especifica a ser preparada.
Em relação ao estado da técnica, os compostos conhecidos pelos requerentes que são mais próximos dos compostos da presente invenção tanto em relação à estrutura como a considerandos de actividade, são os ésteres de cadeia longa de acil L-carnitina de fórmula:
R em que R é um grupo acilo linear ou ramificado com 2-16 átomos de carbono; n é um número inteiro desde 7 até 15 e X” é o anião de um ácido farmacologicamente aceitável, descritos no EP-A-0 552 137 e no EP-A-0 552 138 ambos em nome dos mesmos requerentes que os do presente pedido de patente. O EP-A-0 552 137 descreve a actividade bactericida e o EP-A-0 552 138 a actividade fungicida, respectivamente, desses compostos. 3 £
Entre esses compostos conhecidos, mostrou-se que o metanossulfonato do éster undecilico de isovaleril L-carnitina (código do composto: ST 1103) era o mais activo tanto como agente bactericida como fungicida.
Verificou-se agora que os compostos de fórmula (I) são dotados de actividade bactericida e fungicida ainda mais potente, melhor tolerância cutânea e menos citotoxicidade do que as dos compostos conhecidos.
Também se demonstrou que estes compostos apresentam actividade antiprotozoária, não descrita anteriormente para os compostos conhecidos.
Em relação ao esquema reaccional, quando A=0“ (o Cl” está, então, ausente), o processo compreende os passos seguintes: (a) suspensão de um sal interno de uma alcanoll L-carnitina num solvente orgânico inerte anidro tal como N,N-dimetilformamida, acetonitrilo ou cloreto de metileno; (b) adição à suspensão a 0°C-10°C de um compostos de fórmula Z-Y-Z em que Y tem o significado anteriormente referido e Z é seleccionado de halogéneo, preferencialmente cloro ou bromo, O-mesilo ou O-tosilo numa quantidade equivalente a metade dos moles da alcanoll L-carnitina; (c) manutenção da suspensão com agitação a 20°C-50°C durante 24 horas até a suspensão estar completamente solubilizada; (d) precipitação do produto reaccional em bruto por adição de um solvente tal como éter etílico ou hexano, remoção do produto por filtração e lavagem com acetona ou metil etil cetona até ser obtido um produto sólido; 4
Ζτ (e) dissolução do produto em água e eluição numa resina fortemente básica tal como Amberlite IRA-402 activada com um ácido adequado de fórmula HX para obter o produto na forma de sal procurada; (f) liofilização ou concentração do eluido para isolamento do produto sólido; e (g) purificação do sólido do passo (f) por cromatografia em sílica C8, eluindo com H2O/CH3N 70:30.
Alternativamente, quando A=C1, o processo compreende os passos seguintes: (a') suspensão do cloreto de ácido de alcanoíl L-carnitina num solvente orgânico inerte anidro tal como N,N-dimetilformamida, acetonitrilo ou cloreto de metileno; (b1) adição à suspensão à temperatura ambiente de um composto de fórmula Z-Y-Z em que y tem o significado anteriormente referido e Z é OH numa quantidade equivalente a metade dos moles da alcanoíl L-carnitina; (c' ) manutenção da suspensão com agitação à temperatura ambiente durante 16-24 horas até a suspensão estar completamente solubilizada; (d') concentração da solução até à secura sob vácuo; (e') purificação do produto em bruto assim obtido por cromatografia em sílica gel, eluindo com soluções de H2O/CH3CN; e (f1) isolamento do produto por concentração e subsequente liofilização. 5
ESQUEMA REACCIONAL
(I) A = 0“, Cl Y = tal como descrito anteriormente Z = Cl, Br, I, OMS, OTs, OH Ms = mesilo Ts = tosilo X- = anião de ácido farmacologicamente aceitável. 6 Λ* s?
Λ^ζ, A preparação e as caracteristicas físico-qulmicas de alguns compostos da invenção estão ilustradas nos seguintes exemplos não-limitativos. EXEMPLO 1
Preparação de diéster de p-xilileno de bis(cloreto de undecanoíl L-cartinina) (ST 1226)
Suspendeu-se sal interno de undecanoil L-carnitina (8,5 g; 0,025 moles) em 50 mL de Ν,Ν-dimetilformamida anidra. À suspensão, arrefecida a 0°C, adicionou-se α,α'-dibromo p-xileno (3,4 g; 0,013 moles). A mistura resultante foi mantida com agitação durante 4 horas até se conseguir solubilização completa. Adicionou-se éter etílico à solução até estar completada a precipitação de uma massa gelatinosa. O produto em bruto assim obtido foi lavado repetidamente com acetona e filtrado sob vácuo para dar 7 g de um produto sólido. Rendimento molar de 65% (calculado com base em α,α’- dibromo p-xileno). O produto foi dissolvido em água e eluido em IRA-402 (140 mL) activada na forma de Cl-.
Do eluido liofilizado, obteve-se 6,3 g de um produto ligeiramente higroscópico. 7
Análise Elementar para C44H78O8N2CI2 C% ,H% N% Cl% Calculada 62,68 10,40 3,32 8,41 Encontrada 60,25 8,98 3,03 8,10 H2O 1,4%
HPLC
Coluna: SGE-SXC (5 pm) 1 250 mm x 4,0 mm temp.: 30°C eluente: CH3CN/NH4H2PO4 50 mM 65/35 pH = 7 (NH4OH) caudal: 0,75 mL/min Rt: 17,6 min [cc]D25 = -17° (c=0,6% H2O) RMN CDCI3 2H δ 7,4 (4H, s, fenilo); 5,6 (2H, m, 2-<pH-);
OCO 5,2 (4H, s, 2CH2 fenilo); 4,2-4,0 (4H, dd, 2N+CH2); 3,4 (18H, s, 2(CH3)3N+); 3,0-2,8 (4H, m, 2CH2COO); 2,3 (4H, t, 20C0CH2); 1,6 (4H, m, 2CH2CH3); 1,1 (32H, m, 2(CH2)8); 0/9 (6H, t, 2CH3). EXEMPLO 2
Preparação (através da via do cloreto de ácido, ver esquema reaccional, A=C1) de diéster de p-xilileno de bis (cloreto de undecanoil L-cartinina) (ST 1226)
Suspendeu-se cloreto de undecanoil L-carnitina (18 g; 0,05 moles) em 50 mL de cloreto de metileno e adicionou-se cloreto de tionilo (7,5 mL; 0,1 moles) à mistura resultante. A mistura foi mantida com agitação à temperatura ambiente durante 3 horas. A mistura foi então concentrada sob vácuo, o resíduo foi lavado repetidamente com Et20 e concentrado. 0 produto da reacção foi suspenso em cloreto de metileno anidro (50 mL) e adicionou-se 1,4-benzenodimetanol à mistura em porções ao longo de 2 horas. A mistura resultante foi mantida com agitação à temperatura ambiente de um dia para o outro. A mistura reaccional foi concentrada sob vácuo. 0 produto da reacção em bruto foi purificado por cromatografia sobre sílica gel Cs, eluindo com H2O/CH3CN 70:30.
As fracções contendo o composto em epígrafe (ST 1226) foram concentradas e depois liofilizadas. O produto assim obtido apresentou as mesmas características que as do composto obtido no Exemplo 1. EXEMPLO 3
Preparação de diéster de trimetileno de bis(cloreto de tridecanoíl L-cartinina) (ST 1233)
Suspendeu-se sal interno de tridecanoíl L-carnitina (5,15 g; 0,0144 moles) em 50 mL de Ν,Ν-DMF anidra. À suspensão, arrefecida a 0°C, adicionou-se 1,3-dibromopropano (0,73 mL; 0,0072 moles). A mistura resultante foi mantida com agitação de um dia para o outro à temperatura ambiente.
Em seguida, adicionou-se um excesso de sal interno de tridecanoíl L-carnitina (0,5 g ) por duas vezes e a mistura foi mantida com agitação adicional de um dia para o outro até a mistura reaccional estar completamente dissolvida. 9 1'
No final da reacção, adicionou-se éter etilico até o produto da reacção em bruto ter precipitado completamente. 0 sólido foi separado por filtração dando 6 g de um produto que foi dissolvido em água e eluido em IRA-402 (120 mL) activada na forma de Cl~.
Obteve-se 5 g do composto em epígrafe (ST 1233). Rendimento de 44%.
Análise Elementar para C43H84O8N2CI2 C% H% N% Cl% Calculada com 3,35% de H2O 60,28 10,25 3,27 8,27 Encontrada 60,82 10,46 3,17 8,50 [cx]d25 = -13,2° (c=l% H2O) RMN CDCI3 1H δ 5,6 (2H, m, 2-CHOCO); 4/5 (2H, d, 2N+-CHH); 4,3-3,9 (6H, m, 2 N+-CHH; 2CH20); 3,5 (18H, s, 2(CH3)3N+); 3,0-2,8 (4H, 2CH2COO); 2,3 (4H, t, 20C0CH2); 2,0 (2H, m, -CH2-CH2-CH2-); 1,6 (4H, m, 2CH2CH3); 1,2 (36H, m, 2(CH2)9); 0,8 (6H, t, 2CH3). EXEMPLO 4
Preparação de diéster de o-xilileno de bis(cloreto de undecanoll L-cartinina) (ST 1249)
O 10
4
i i ! 0 composto em epígrafe foi preparado e isolado tal como descrito no Exemplo 1. Rendimento de 58%. i
Análise Elementar correspondente a C44H78O8N2CI2 j j
HPLC
Coluna: SGE-SXC (5 pm) 1 250 mm x 4,0 mm temp.: 30°C eluente: CH3CN/NH4H2PO4 50 mM 65/35 pH = 7,2 (NH4OH) caudal: 1 mL/min
Rt: 9,68 min [a]°25 = -16° (c=l% H2O) RMN correspondente, como no Exemplo 1. EXEMPLO 5
0 composto em epígrafe foi preparado e isolado tal como descrito no Exemplo 1. Rendimento de 78%.
Análise Elementar correspondente a C44H78O8N2CI2· HPLC tal como descrito no Exemplo 1.
Rt: 9,18 min RMN correspondente, tal como descrito no Exemplo 1 [cx]d25 = -18,2° (c=0,5% H2O)
I 11
I ! | A actividade bactericida, fungicida e ántiprotozoária potente dos compostos da presente invenção e a sua superioridade em relação aos compostos mais próximos do estado da técnica, tais como o metanossulfonato do éster undecílico de isovaleril L-carnitina (ST 1103) acima referido foi avaliada em vários ensaios farmacológicos, alguns dos quais são aqui descritos a seguir.
ACTIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO
ST1226 EM POSITIVAS E ISOLADOS
CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE BACTÉRIAS GRAM )
GRAM NEGATIVAS (COLECÇÃO LABORATORIAL CLÍNICOS FRESCOS DE INTERESSE DERMATOLÓGICO
MATERIAL E MÉTODOS i !
As suspensões bacterianas são preparadas numa cultura de um dia para o outro em meio Mueller-Hinton e são ajustadas, no mesmo meio, para uma concentração final de 5,0xlÓ4 células/mL em cada poço de uma placa de microtitulação com 96 poços. Adiciona-se diluições das substâncias (0,3 log) em meio Mueller-Hinton às suspensões de forma a obter uma gama de concentrações finais i desde 0,19 até 100 mcg/mL. j
As microplacas são então incubadas a 3|7°C durante 18 horas. (Ver L. D. THRUPP. Susceptibility testingj of antibiotics in liquid media, em: Antibiotics in laboratory medicine. V. LORIAN Ed., II Edição, 4, 93-150, Williams & Wilkins, Baltimore, MD 21202 E.U.A.).
RESULTADOS
Os resultados referentes às estirpesj da colecção laboratorial e isolados clínicos estão descritos Inas Tabelas 1 e j 2, respectivamente. Como se pode verificar tanto de resultados 12 1
únicos como de valores médios de MIC, o ST 1226 apresenta uma actividade mais elevada do que o ST 1103 em relação a bactérias Gram positivas (Tab. la e lb).
Pelo contrário, não se encontrou diferenças significativas entre as duas substâncias em relação a bactérias Gram negativas (Tabela 2a e 2b).
Tabela la Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra bactérias Gram positivas (colecção laboratorial)
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Gram+ B. pumilus CN 607 1,56 3,12 S. faecalis 509 1,56 1,56 S. faecalis 501 3,12 3,12 S. aureus 306 MR 3,12 6,25 S. aureus 303 3,12 6,25 MIC média 2,49 4,06 13 &
Tabela lb Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra bactérias Gram positivas (isolados clínicos)a. O diagnóstico da infecção cutânea da qual foram isoladas as estirpes bacterianas só está indicado quando era conhecido.
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Diaqnóstico Staph. sp. SG 1 II 3,12 6,25 Staph. aureus IDI 3530 3,12 3,12 úlcera Staph. aureus IDI 3593 3,12 3,12 úlcera Staph. aureus SG II 3,12 3,12 - Staph. epider. IDI 3482 3,12 1,56 ferida supurante Staph. capitis IDI 3502 1,56 3,12 pústula (couro cabeludo) Staph. warneri IDI 3482 3,12 6,25 ferida supurante Strept. faecalis IDI 3580 6,25 6,25 úlcera Strept. sp. SG 7 II 3,12 3,12 - Micrococcus sp. IDI 3502 1,56 3,12 pústula (couro cabeludo) MIC média 3,12 3,90 a = estirpes SG (do Hospital s. Gallicano de Roma). Estirpes IDI (do Instituto Dermatológico Immacolata de Roma). 14
Tabela 2a Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra laboratorial) bactérias Gram negativas (colecção Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Gram- S. typhimurium DS 25 25 E. aerogenes UM 6,25 25 P. vulgaris UM 50 50 K. oxytoca 552 25 12,5 E. coli 92 F 25 25 MIC média 26,25 27,5
Tabela 2b Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e
de ST 1103 contra bactérias Gram negativas (isolados clínicos)a. 0 diagnóstico da infecção cutânea da qual foram isoladas as estirpes bacterianas só está indicado quando era conhecido. Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Diagnóstico Pseudomonas aeruginosa IDI 50 25 úlcera 3530 Klebsiella pneumoniae SG 5 50 50 - II Enterobacter cloacae SG 3 12,5 25 - II Escherichia coli SG 4 II 12,5 25 - Proteus sp. SG 9 II 50 50 - MIC média 35,0 35,0 a = estirpes SG (do Hospital s. Gallicano de Roma). Estirpes IDI (do Instituto Dermatológico Immacolata de Roma). 15
CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE ST1226 EM COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS 6RAM POSITIVAS E 6 RAM NEGATIVAS (COLECÇÃO LABORATORIAL E ISOLADOS CLÍNICOS FRESCOS DE INTERESSE DERMATOLÓGICO)
MATERIAIS E MÉTODOS
As bactérias de culturas em meio WILKINS-CHALGREN (W.C.) em placas de Petri, cultivadas de um dia para o outro a 35°C num frasco anaeróbio, foram ressuspensas em meio de Brucella. As suspensões foram ajustadas para 1,0x10** células/mL e distribuídas (0,2 mL/poço) em placas de microtitulação (placa com fundo em U com 96 poços). Ao mesmo tempo, diluições 0,3 log das substâncias são misturadas com meio W.C. de agar em placas de Petri com quatro secções, que foram então semeadas com suspensão bacteriana por meio de um inoculador multipontas (Ι,ΟχΙΟ5 células/ponto). As placas são então incubadas a 35°C durante 48 horas num frasco anaeróbio). (Ver J. E. ROSENBLATT. Antimicrobial susceptibility testing of anaerobes, em: Antibiotics in laboratory medicine. V. LORIAN Ed., II Edição, 6, 159-180, Williams & Wilkins, Baltimore, MD 21202 E.U.A.).
RESULTADOS
Os valores de MIC (mcg/mL) dos compostos contra 3 estirpes bacterianas anaeróbias estão descritos na Tabela 3. O valor médio de MIC de ST 1226 é menor do que o de ST 1103. 16
Tabela 3
Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra bactérias anaeróbias. O diagnóstico da infecção cutânea da qual foram isoladas as estirpes bacterianas só é indicado quando era conhecido.
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Diaqnóstico Eubacterium lentum IDI 3502* 6,25 3,12 ferida supurante Propionibacterium acnes IDI3482* 6,25 6,25 acne supurante Bacteroides frágil is ATCC ‘25285** 12,5 25 MIC média 8,33 11,45 * = bactérias Gram positivas (isolados clínicos Dermatológico Immacolata de Roma). do Instituto ** = bactéria Gram negativa (colecção laboratorial). CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE ST 1226 EM COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE ESTIRPES SEMELHANTES A LEVEDURAS (COLECÇÃO LABORATORIAL E ISOLADOS CLÍNICOS).
MATERIAIS E MÉTODOS
Culturas de leveduras obtidas de um dia para o outro em meio Sabouraud são lavadas apropriadamente e diluídas em Base Azotada para Leveduras suplementada com asparagina e glucose (Y.N.B.s) para dar aproximadamente 5,0x10^ UFC/mL em poços de microtitulação. Adiciona-se diluições das substâncias (0,3 log) a estas suspensões até uma concentração final na gama desde 0,19 até 100 mcg/mL. As placas de microtitulação são então incubadas a 35°C durante 24-48 horas. (Ver PFALLER M., RINALDI M. G., GALGIANI J. M., BARTLETT M.S., BODY B. A., ESPINEL-INGROFF A., FROMTLING R. A., HALL G. S., HUGHES G. E., ODDS F. C., SUGAR A. 17 M. Collaborative investigator of variables in susceptibility testing of yeasts, Ant. Agent and Chemoth., 34, 9:1648-1656, 1990. COOK R., MeINTYRE K.A., GALGIANI J. M. , EffectS of incubation temperature, inoculum size, and médium on agreement of macro and microdilution broth susceptibility tests, results for yeasts, Ant. Agent and Chemoth. 34, 8:1542-1545, 1990. ANAISSIE E., PAETZNICK V., BODEY G. P., Fluconazole susceptibility testing of "Candida albicans" microtiter method that is independent of inoculum size, temperature, and time of reaching, Ant. Agent and Chemoth. 35, 8:1641-1646, 1991).
RESULTADOS
Os resultados relativos às estirpes da colecção laboratorial e aos isolados clínicos estão descritos nas Tabelas 4 e 5 , respectivamente. O ST 1226 apresenta actividade superior à do ST 1103, sobretudo contra isolados clínicos de Candida de interesse dermatológico.
Tabela 4 Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra estirpes semelhantes a leveduras (colecção laboratorial)
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 S. cerevisiae ATCC 7752 1,56 3,12 C. krusei ISS 1 3,12 3,12 C. tropicalis ISS 1 1,56 3,12 C. albicans ISS 1 3,12 1,56 C. albicans 562 3,12 3,12 MIC média 2,49 2,80 18
Tabela 5 Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra estirpes de Candida (isolados clínicos)3. O diagnóstico da infecção cutânea da qual foram isoladas as estirpes de Candida só é indicado quando era conhecido.
Estirpes ST 1226 ST 1103 Diagnóstico Tratamento^ microbianas _ _
Candida albicans SG 14 III 1,56 6,25 Vaginite Candida albicans SG 7 I 3,12 3,12 Tinea unguis (mãos) Candida albicans IDI D 3537 3,12 6,25 — Candida albicans IDI D 0297 3,12 3,12 Vaginite vulvar Pevaryl® Candida albicans IDI D 1088 3,12 3,12 — ““ Candida albicans IDI D 0101 1,56 6,25 Eczema (internatal) Versus® Candida albicans IDI D 1056 1,56 3,12 — Candida albicans SG 2 III 1,56 6,25 Vaginite — Candida albicans 1786/94 3,12 6,25 — — Candida albicans IDI D 1046 MIC média 3,12 2,49 3,12 4,68 Glossite Daktarin® a = Estirpes SG (do Hospital s. Gallicano de Roma). Estirpes IDI (do Instituto Dermatológico Immacolata de Roma). Estirpes SM (do Hospital S. Matteo de Pavia). b = Tratamento administrado antes do diagnóstico clínico. 19 CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE ST 1226 EM COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE FUNGOS FILAMENTOSOS (COLECÇÃO LABORATORIAL).
MATERIAIS E MÉTODOS
Os conldia são recolhidos de culturas com 72 horas em agar Sabouraud por lavagem com meio Sabouraud e 0,5% de Tween 80. Após uma filtração grosseira e lavagem, as suspensões resultantes são ajustadas para uma concentração final de aproximadamente 05,0xl04 UFC/mL numa placa de microtitulação. Adiciona-se as substâncias (diluições de 0,3 log em Y.N.B.s) às suspensões de fungo de forma a produzir uma gama de concentrações finais desde 0,19 até 100 mcg/mL. As placas de microtitulação são então incubadas a 35°C durante 48-72 horas.
RESULTADOS
Os resultados obtidos com os dois compostos estão apresentados na Tabela 6. Tanto os resultados individuais como os valores médios da MIC mostram claramente que o ST 1226 apresenta uma actividade acentuadamente mais elevada do que o ST 1103.
Tabela 6 Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra fungos filamentosos (colecção laboratorial)
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Fusarium sp. F 77 3,12 6,25 Penicillium sp. 1302 1,56 12,5 Mucor mucedo ATCC 7941 25 50 Aspergillus niger ATCC 16404 6,25 12,5 Aspergillus fumigatus ATCC 28212 6,25 12,5 MIC média 8,43 18,75 20
I CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE ST 1226 EM COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE DERMATÓFITOS (ISOLADOS CLÍNICOS DE INTERESSE DERMATOLÓGICO).
MATERIAIS E MÉTODOS
Recolheu-se fragmentos de micélio, micro e macroaleuriosporos de culturas de fungos com 7 dias cultivadas a 30°C em agar de Dextrose de Batata por lavagem com meio Sabouraud e 0,5% de Tween 80. Após uma filtração grosseira e lavagem, a suspensão de fungo resultante é ressuspensa em Meio Azotado para Leveduras suplementado com asparagina e glucose (YNBs) para dar uma concentração final de 1,0x1O5 unidades infectantes/mL numa placa de microtitulação.
Adiciona-se as substâncias (diluições de 0,3 log em Y.N.B.s) às suspensões de fungo de forma a produzir uma gama de concentrações finais desde 0,19 até 100 mcg/mL. As placas de microtitulação são então incubadas a 30°C durante 96-120 horas.
RESULTADOS
Os resultados obtidos com os dois compostos estão apresentados na Tabela 7. Pode verificar-se facilmente que o ST 1226 apresenta uma actividade mais elevada do que o ST 1103 contra dermatófitos. 21
Tabela 7 Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra dermatófitos (isolados clínicos)a. O diagnóstico da infecção cutânea da qual foram isoladas as estirpes bacterianas só é indicado quando era conhecido.
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Diagnóstico Tratamento^ Tr. mentagrophytes IDI D 1101 1,56 12,5 Epidermatomicose (face) - Tr. mentagrophytes SG 8 II 1,56 12,5 Tinea cruris Tr. mentagrophytes SG 3 I 1,56 12,5 Tinea pedis Tr. mentagrophytes SG 4 II 1,56 12,5 Tinea cruris Tr, mentagrophytes SG 5 III 3,12 12,5 Tinea pedis “ Tr. mentagrophytes IDI D 1027 3,12 12,5 Eczema impetiginoso (queixo) Tr. mentagrophytes IDI D 1049 1,56 12,5 Tr. quinckeanum NCPF 309* 1,56 6,25 “ Tr. rubrum IDI D 0222 1,56 12,5 Onicomicose (dedos grandes do pé esquerdo e direito) - Tr. rubrum IDI D 0261 1,56 12,5 Eczema dishidrótico (pé direito) Fargan® Gentalyn β® e cortisona continua ./. 22
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 Diagnóstico Tratamento^ Tr. rubrum SG 13 III 1,56 12,5 Tinea pedis - Tr. rubrum IDI D 1017 1,56 12,5 Onicomicose (dedo grande do pé direito) Azolmen® Tr. rubrum IDI D 0252 1,56 25 Impet igo (braço esquerdo) Rifocin® Tr. rubrum IDI D 1150 1,56 12,5 Epidermofitose (braços, pernas e nádegas) Gentalyn® Tr. rubrum IDI D 1155 1,56 3,12 • Microsporum canis IDI D 1123 1,56 12,5 Epidermofitose (costas) Gentalyn® Microsporum canis IDI D 0238 12,5 25 Tricofitose (braço direito) Nerisona® Microsporum canis IDI D 1011 3,12 12,5 Eczema (pescoço) Gentalyn® e cortisona Microsporum canis IMM 38681 1,56 12,5 • Epidermoph.floccosum IDI D 0011 12,5 12,5 Epidermofitose (interdigital plantar) Epidermoph.floccosum SG 6 II 6,25 12,5 Tinea pedis “· Epidermoph.floccosum SG 3 III MIC média 6,25 3,19 25 13,49 23 1 estirpes de colecção laboratorial. a Estirpes SG (do Hospital s. Gallicano de Roma). Estirpes IDI (do Instituto Dermatológico Immacolata de Roma), b Tratamento administrado antes do diagnóstico clínico.
CONCENTRAÇÃO INIBIDORA MÍNIMA (mcg/mL) DE ST 1226 EM COMPARAÇÃO COM ST 1103 SOBRE PROTOZOÁRIOS (Trichomonas vaginalis).
MATERIAIS E MÉTODOS
Prepara-se suspensões de protozoário a partir de culturas com 24 horas cultivadas a 37°C e 5% de C02 em meio DIAMOND T.Y.M. suplementado com 10% de FCS inactivado pelo calor.
As suspensões são ajustadas, no mesmo meio, para uma concentração final de 2,5x1O5 células/mL em cada poço de uma placa de microtitulação com 96 poços. Adiciona-se diluições das substâncias (0,3 log) às suspensões de forma a produzir uma gama de concentrações finais desde 0,19 até 100 mcg/mL. As placas de microtitulação são então incubadas a 37°C 5% de CO2 durante 24 horas. A MIC é referida como a concentração minima inibidora guer de protozoários quer de flagelos ou da motilidade da membrana ondulante (Cf. JULIANO c., MARTINOTTI M. G., CAPPUCCINELLI P., In vitro effect of microtubule inhibitors on T. vaginalis, Microbiologia, 8:31-42, 1985. LOVGREN T. e SALMELA I., In vitro sensitivity of T. vaginalis and C. albicans to chemotheurapeutic agents, Acta Path. Microbiol. Scand., 86:155-158, 1978).
RESULTADOS
Os resultados obtidos com as duas substâncias estão apresentados na Tabela 8: o ST 1226 apresenta uma actividade mais elevada (2 vezes) do que o ST 1103. 24 .
Tabela 8 Concentração Inibidora Mínima (mcg/mL) de ST 1226 e de ST 1103 contra estirpes de T. vaginalis^.
Estirpes microbianas ST 1226 ST 1103 T. vaginalis SS-2 12,5 25 T. vaginalis SS-9 12,5 25 T. vaginalis SS-20b 12,5 25 T. vaginalis SS-22b 12,5 25 1 MIC média 12,5 25 a = Estirpes do Instituto de Microbiologia e virologia da Universidade de Sassari. b = Estirpes resistentes a Metronidazole (MIC de 25 e 50 mcg/mL).
ACTIVIDADE IN VIVO AVALIAÇÃO DO EFEITO ΑΝΤΙ-INFECCIOSO IN VIVO DE ST 1226 E 1103 EM INFECÇÃO MISTA TÓPICA PRODUZIDA POR UM DERMATÓFITO (Tricophyton quinckeanum) E POR UMA BACTÉRIA GRAM POSITIVA (Staphylococcus aureus).
MATERIAIS E MÉTODOS
Animais
Utiliza-se murganhos consanguíneos BALB/c (C. RIVER), com 6 semanas de idade (5 animais por grupo).
Estirpes microbianas
Os animais foram infectados topicamente com estirpes patogénicas de Tricophyton (Tricophyton quinckeanum NCPF 309) e Staphylococcus (Staphylococcus aureus LC 1). 25
Procedimento experimental
Ajustou-se suspensões de microaleuriosporos de fungos e bactérias para uma concentração final de 5,0x10? e 1,0x10? células/mL, respectivamente. Aplicou-se volumes de 0,2 mL de cada suspensão na zona posterior superior dos animais, que tinham sido previamente barbeados e suavemente raspados com uma lâmina de escalpe até ficar reluzente. O tratamento iniciou-se 30 horas após a inoculação por administração de 50 mg de cada substância na forma de gel (1% do produto de teste) sobre a pele infectada uma vez por dia durante 5 dias consecutivos. Dois dias após o último tratamento, os animais foram sacrificados e recolheu-se amostras de tecido infectado. Após homogeneização e diluição apropriada em meio, as amostras de tecido foram plaqueadas (em agar Microbiótico e agar de Sal e Manitol para fungos e bactérias, respectivamente) para avaliar selectivamente o crescimento de agentes patogénicos. O crescimento fúngico é avaliado por meio de uma escala arbitrária, enquanto que o crescimento bacteriano é avaliado por determinação das UFCs (Unidades Formadoras de Colónias).
RESULTADOS
Os resultados obtidos com ambas as moléculas estão apresentados na Tabela 9. Pode deduzir-se que ambas moléculas têm actividade idênticas sobre S. aureus, enquanto que o ST 1226 apresenta uma actividade antifúngica superior à do ST 1103. 26 4*
Tabela 9 Eficácia Antiinfecciosa in vivo de ST 1226 em comparação com ST 1103 numa infecção tópica mista (Tricophyton quinckeanum NCPF 309 e Staphylococcus aureus LClcontra em murganhos3.
Tratamento S. aureus T. quinckeanum Animais curados (%) Animais não curados (média de UFC/murganho) Animais curados (%) Animais não curados (crescimento fúngico)c Controlo 0 2,73xl04 0 ++ Veiculo 0 3,36xl04 0 ++/+ ST 1103b 80 40 80 + ST 1226b 80 50 100 - a = 5 animais por grupo experimental. b = Os animais foram tratados topicamente durante 5 dias consecutivos por administração de 50 mg/dia de cada substância a 1% em gel (Hidroxietil-celulose, 2,5 g; Glicerina, 7,0 g; Propileno Glicol, 7,0 g; água purificada até 100 mL). c = +++ crescimento fúngico confluente (de um homogeneizado de pele de 1 mL) ++ crescimento fúngico semiconfluente (de um homogeneizado de pele de 1 mL) + crescimento fúngico moderado (de um homogeneizado de pele de 1 mL) 27 >·
AVALIAÇÃO DA TOLERÂNCIA DÉRMICA APÓS TRATAMENTOS REPETIDOS (10 DIAS) COM ST 1226 E ST 1103 EM PELE ESCARIFICADA DE MURGANHO
MATERIAIS E MÉTODOS
Animais
Utilizou-se murganhos CD1 (C. RIVER), com 6 semanas de idade (5 animais por grupo).
Substâncias
As formulações das substâncias (1% de produto de teste) foram preparadas em gel (Hidroxietil-celulose, 2,5 g; Glicerina, 7,0 g? Propileno Glicol, 7,0 g; água até 100 mL).
Procedimento experimental A zona dorsal central dos animais foi primeiramente barbeada, e depois suavemente raspada com uma lâmina de escalpe. O tratamento foi realizado 1 dia após a abrasão dérmica por administração de 50 mg de cada formulação de substância uma vez por dia, durante 10 dias consecutivos. As áreas de pele tratada foram examinadas aos dias 5, 7, 9, e 11 após escarificação. A avaliação baseou-se na classificação das lesões como ERITEMA (E), DESCAMAÇÃO (D), e FORMAÇÃO DE GRETAS (C), de acordo com a escala seguinte: 28
Ε Ο = sem eritema 1 = leve (dificilmente visível) 2 = moderado (bem definido) 3 = grave (vermelho arroxeado)
D 0 = nenhuma 1 = leve (dificilmente visível) 2 = moderado (crostas e escamas) 3 = pronunciada (escamas com áreas desnudadas
C 0 = nenhuma 1 = leve (gretas na epiderme) 2 = moderada (gretas na derme) 3 = pronunciada (gretas com sangramento)
As médias dos valores de cada parâmetro no mesmo grupo de animais permitiram avaliar as leões dos tecidos provocadas pela substância em análise.
RESULTADOS
Os resultados obtidos com os compostos, expressos como a média de cada parâmetro avaliado no mesmo grupo experimental, estão apresentados na Tabela 10. Pode verificar-se que o ST 1266 é melhor tolerado do que o ST 1103. 29 \4 5-
Tabela 10 Tolerância dérmica de administrações repetidas de ST 1226 e St 1103 em pele murina escarif içada. Avaliação aos dias 5, 7, 9, e 11 após escarificação por meio de uma escala arbitrária (eritema, descamação, e formação de gretas) desde 0 (sem efeito) até 3 (lesão grave). Os resultados estão expressos como valores médios de cada grupo experimental (5 animais/grupo).
Tratamento +5a 1 í +7a +9a +na E D C 1 E D c E D c E D c Controlo 0,2 0 0 ! o 0 0 0 0 0 0 0 0 Veículo 0,2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ST 1103 1,2 0,4 0 1 j 0,4 0,4 0 0 0 0 0 0 0 ST 1226 0,2 0 0 I o 0 0 0 0 0 0 0 0 a = dias após escarificação dérmica. AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE ANTIFÚNGICA DE ST 1226 (1% E 1,5%) E MICONAZOLE (1,5%) NUM MODELO DE INFECÇÃO EXPERIMENTAL (Tinea pedis) INDUZIDO NA PATA DE COBAIO COM UMA ESTIRPE de trichophyton (τ. mentagrophytes IDI D1049).
As caracteristicas de infecção crónica e a semelhança com a infecção em seres humanos, de um ponto de vista histológico e clinico, tornam este modelo muito útil para estudar a mais disseminada das patologias fúngicas tópicas (pé-de-atleta). Além disso, o resultado do tratamento pode constituir um bom ponto de referência a partir do qual se pode extrapolar indicações valiosas para outros dermatófitos que infectam diferentes partes do corpo. Acresce que a cronicidade desta infecção (até 6 meses) permite que as substâncias sejam estudadas mesmo com tratamentos de longa duração, como normalmente acontece no homem. 30
Na presente investigação, foi avaliado no modelo de cobaio se o ST 1226, a duas concentrações diferentes, era capaz de curar esta infecção dermatofítica cutânea típica, que é de longa duração e de ocorrência frequente no homem.
MATERIAIS E MÉTODOS
Animais
Foram utilizados doze cobaios Hartley machos (C. RIVER), pesando 350-400 g (3 animais por grupo experimental).
Estirpe infectante
Utilizou-se um isolado clínico (Tricophyton mentagrophytes IDI D1049, do Instituto Dermatológico Immacolata de Roma).
Preparação do inóculo
Primeiro recolheu-se microaleuriosporos por raspagem de uma cultura do fungo com 7 dias cultivada em agar de dextrose de batata, e depois ressuspendeu-se em meio Sabouraud com 0,5% de Tween 80.
Após lavagem, os esporos foram normalizados em soro fisiológico estéril para dar uma concentração final de 1,0x10^ esporos/mL.
Grupo experimental
Foram constituídos cinco grupos experimentais como se segue:
Controlo I: animais infectados
Controlo II: animais infectados e tratados com placebo Tratado I: animais infectados e tratados com 1% de ST 1226 31
Tratado II animais infectados e tratados com 1,5% de ST 1226 Tratado III: animais infectados e tratados com 1,5% de Miconazole
Cada grupo incluía 3 animais, e só a pata traseira esquerda é que foi inoculada. Para os 2 grupos de controlo, foram utilizados no total 3 animais, uma vez que foram inoculadas ambas as patas traseiras.
Procedimento experimental
Cobriu-se discos de papel de filtro (12 mm de diâmetro e 0,3 mm de espessura) com folha de alumínio na parte inferior para impedir a disseminação do inóculo. Este filtro foi então fixo a um pedaço com 1x3 cm de gesso biadesivo, que aderiu a uma gaze envolta em torno da pata. O disco de papel de filtro foi então humedecido com 100 μΐι de suspensão infectante, e subsequentemente fixo à pata do cobaio. A pata do animal foi envolta em adesivo e gesso, e então deixada nestas condições durante >1 dias.
Sete dias após infecção, as áreas infectadas foram descobertas e o tipo de lesão foi classificado de acordo com uma escala arbitrária, como se segue: ERITEMA EROSÃO DESCAMAÇÃO 0 = nenhum 0 = nenhuma 0 = nenhuma 1 = leve 1 = leve 1 = leve 2 = moderado 2 = moderada 2 = moderada 3 = grave 3 = grave 3 = grave
Estes sinais "clínicos" foram examinados de novo aos dias +14, +21, e +31 (dia em que os animais foram sacrificados). Três 32
I V
dias após a primeira observação do tipo de lesão (dia +10), foram iniciados os tratamentos com as diferentes formulações, e prosseguiram durante 20 dias (uma vez por dia). Dois dias após o último tratamento (dia +31), os animais foram sacrificados e as áreas plantares das patas foram dissecadas em 10 partes para cada pata.
Estas secções foram plaqueadas em agar Micobiótico suplementado com Penicilina G e Estreptomicina (100 mcg/mL). Adicionou-se então volumes de 50 pL de ambos os antibióticos às secções plantares para impedir qualquer crescimento bacteriano que pudesse interferir com o crescimento de T. mentagrophytes nas amostras sob observação.
Os resultados obtidos foram expressos como o número de secções cutâneas microbiologicamente estéreis em relação ao total de secções examinadas.
RESULTADOS
Os resultados obtidos com ST 1226 neste modelo experimental foram favoráveis em termos de "recuperação microbiológica" (80% e 100% com 1% e 1,5% de ST 1226, respectivamente) (Tab. 11). O tratamento com Miconazole (1,5%) era analogamente capaz de erradicar a infecção de todas as amostras tratadas. 33 %
Tabela 11 Avaliação clinica e microbiológica de um tratamento cutâneo com st 1226 e Miconazole numa infecção plantar de cobaio por uma estirpe de Trichophyton (T. mentagrophytes IDI D1049). dia 7 a dia 14a dia 21a dia 31a amostras estéreis Tratamento A E D A E D A E D A E D (n=30) (%) __ Controlo I 0 0 0 0 0,3 0 0 0,3 0,3 °f 3 0,6 0,6 1/30 (3,33) Controlo II*3 0 0 0 0 0,3 0 0 0,3 0 0,3 0,6 V0 O 0/30 (0) ST 1226 (1%) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24/30 (80) ST 1226 (1,5%) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20/20 (100) MCZ (1,5%) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30/30 (100) a = dias após inóculo infeccioso. b = animais infectados tratados com placebo ((Hidroxietil-celulose, 2,5 g; Glicerina, 7,0 g; Propileno Glicol, 7,0 g; água purificada até 100 mL).
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA TOLERÂNCIA DÉRMICA DE 4 FORMULAÇÕES AQUOSAS CONTENDO 1% DE ST 1226 EM PELE ESCARIFIÇADA DE MURGANHO
MATERIAIS E MÉTODOS
Animais
Utilizou-se quarenta e cinco murganhos machos CDl (C. RIVER) , com 7 semanas de idade (5 animais por grupo experimental). 34
V
V
Formulações da substância
Creme TF 24/6327
Componentes % ST 1226 1
Para combin 0,25
Propileno Glicol 2
Sepigel 305 5 Óleo de vaselina 10 H2O para 100
Creme TF 25/6327 Comoonentes % ST 1226 1 Fattylan 16 Glicerina 3 Propileno Glicol 5 Nipa sept. 0,2 H2O para 100
Creme TF 28/6327 ComDonentes % ST 1226 1 Fattylan 11,5 Tween 80 0,3 BHA 0,004 Ácido sórbico 0,2 EDTA 0,1 Vaselina 12 Propileno glicol 2,5 Óleo de silicone AK 350 0,1 35
I V - *
Óleo de vaselina 5 H2O para 100
Creme TF 14/6327 ComDonentes % ST 1226 1 Hidroxietil celulose 1,6 Glicerina 8 Propileno Glicol 3 Etanol 15 Perfume 0 0 H20 para 100
Procedimento experimental A zona dorsal central dos animais foi primeiramente barbeada, e depois suavemente raspada com uma lâmina de escalpe. O tratamento foi iniciado 1 dia após a abrasão dérmica por administração de 50 mg de cada formulação de substância uma vez por dia, durante 10 dias consecutivos. As áreas de pele tratada foram examinadas clinicamente aos dias 5, 7, 9, e 13 após escarificação. A avaliação baseou-se na classificação das lesões como ERITEMA (E), DESCAMAÇÃO (D), e FORMAÇÃO DE GRETAS (C), de acordo com a escala seguinte: 36 °7 Ε Ο = sem eritema 1 = leve (dificilmente visível) 2 = moderado (bem definido) 3 = grave (vermelho arroxeado)
D 0 = nenhuma 1 = leve (dificilmente visível) 2 = moderado (crostas e escamas) 3 = pronunciada (escamas com áreas desnudadas
C 0 = nenhuma 1 = leve (gretas na epiderme) 2 = moderada (gretas na derme) 3 = pronunciada (gretas com sangramento)
As médias dos valores de cada parâmetro no mesmo grupo de animais permitiram avaliar as leões dos tecidos provocadas pela substância em análise.
RESULTADOS
Todos os placebos parece serem bem tolerados. Pelo contrário, entre os cremes aquosos de ST 1226 a 1%, só o TF 24/6327 e o TF 14/6327 são completamente seguros, enquanto que ambos o TF 25/6327, em menor extensão, e o TF 28/6327, em maior extensão, são mal tolerados (Tabela 12). 37 ν' a»
Tabela 12 Avaliação da tolerância dérmica após tratamentos tópicos repetidos com 1% de ST 1226 em 4 veículos diferentes em pele murina escarifiçada (50 mg/murganho durante 10 dias consecutivos).
Dias após a escarificação +5 +7 +9 +13 Tratamento E D c E D c E D c E D c Controlo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 19/6327 (P) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 24/6327 (F) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 20/6327 (P) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 25/6327 (F) 0,4 0 0 0 0,4 0 0 0 0 0 0 0 TF 27/6327 (P) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 28/6327 (F) 1,0 0,6 0 1,0 1,2 0 0 0,2 0 0 0 0 TF 12/6327 (P) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TF 14/6327 (F) 0,2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 E = Eritema; D = Descamação; C = Formação de gretas P = Placebo; F= Formulação completa (placebo + 1% de ST 1226).
Lisboa,30 de Junho de 2000
fAGENTE OFICIAL· DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 38
Claims (11)
- «. -I» REIVINDICAÇÕES 1. Éster de DL-, D- ou L-carnitina de fórmula (I)em que R é um grupo alcanoilo linear ou ramificado, saturado ou insaturado com 2-16 átomos de carbono; Y é uma cadeia alcileno linear ou ramificada com 3-6 átomos de carbono, ou orto, meta ou para-xilileno; e X“ é o anião de um ácido farmacologicamente aceitável.
- 2. Éster de acordo com a reivindicação 1, em que R é um grupo alcanoilo com 9-13 átomos de carbono.
- 3. Éster de acordo com a reivindicação 1, em que Y é seleccionado de trimetileno, tetrametileno, pentametileno e hexametileno.
- 4. Éster de acordo com a reivindicação 1, em que X- é seleccionado de cloreto, brometo, metanossulfonato, fosfato, fumarato ácido, fumarato, tartarato ácido e tartarato.
- 5. Éster de acordo com a reivindicação 1, seleccionado do grupo que consiste em diéster de p-xilileno de bis(cloreto de undecanoil L-carnitina); diéster trimetilico de bis(cloreto de tridecanoil L-carnitina); diéster de o-xilileno de bis(cloreto de undecanoil L-carnitina); diéster de m-xilileno de bis(cloreto de undecanoil L- 1 carnitina); diéster de p-xilileno de bis(cloreto de undecanoil D-carnitina); bis(cloreto de decanoil L-carnitina); bis(cloreto de decanoil D-carnitina); bis(cloreto de dodecanoil L-carnitina); e bis(cloreto de dodecanoil D-carnitina).
- 6. Composição farmacêutica que compreende como principio activo um composto de fórmula (I):em que R é um grupo alcanoilo linear ou ramificado, saturado ou insaturado com 2-16 átomos de carbono; Y é uma cadeia alcileno linear ou ramificada com 3-6 átomos de carbono, ou orto, meta ou para-xilileno; e X” é o anião de um ácido farmacologicamente aceitável; e um excipiente farmacologicamente aceitável.
- 7. Composição de acordo com a reivindicação 6, adequada para aplicação tópica, para o tratamento de doenças da pele provocadas por bactérias, leveduras, fungos ou protozoários.
- 8. Composição de acordo com a reivindicação 7, compreendendo desde 0,5 até 2% em peso, preferencialmente desde 1 até 1,5% em peso de um composto de fórmula (I) e um veiculo farmacologicamente aceitável.
- 9. Composição de acordo com as reivindicações 7 ou 8, na forma de um creme, pomada, gel, loção ou solução. 2 \Ϋ.\
- 10. Processo para a preparação de um composto de fórmula (I) ,CH3n^-ch3 x'\h3 (I) em que R é um grupo alcanoilo linear ou ramificado, saturado ou insaturado com 2-16 átomos de carbono; Y é uma cadeia alcileno linear ou ramificada com 3-6 átomos de carbono, ou orto, meta ou para-xilileno; e X- é o anião de um ácido farmacológicamente aceitável; que compreende os passos de: (a) suspensão de um sal interno de uma alcanoil L-carnitina num solvente orgânico inerte anidro tal como Ν,Ν-dimetilformamida, acetonitrilo ou cloreto de metileno; (b) adição à suspensão a 0°C-10°C de um composto de fórmula Z-Y-Z em que Y tem o significado anteriormente referido e Z é seleccionado de halogéneo, preferencialmente cloro ou bromo, 0-mesilo ou 0-tosilo numa quantidade equivalente a metade dos moles da alcanoil L-carnitina; (c) manutenção da suspensão com agitação a 20°C-50°C durante 24 horas até a suspensão estar completamente solubilizada; (d) precipitação do produto reaccional em bruto por adição de um solvente tal como éter etilico ou hexano, remoção do produto por filtração e lavagem 3 .. # -·<com acetona ou metil etil cetona até ser obtido um produto sólido; (e) dissolução do produto em água e eluição numa resina fortemente básica tal como Amberlite IRA-402 activada com um ácido adequado de fórmula HX para obter o produto na forma de sal procurada; e (f) liofilização do eluido para isolamento do produto sólido; e (g) purificação do sólido do passo (f) por cromatografia em sílica C8, eluindo com H2O/CH3N 70:30.
- 11. Processo para a preparaçao de um composto de fórmula (I) /CH3O N^-CH3 x" ch3 (I) em que R é um grupo alcanoilo linear ou ramificado, saturado ou insaturado com 2-16 átomos de carbono; Y é uma cadeia alcileno linear ou ramificada com 3-6 átomos de carbono, ou orto, meta ou para-xilileno; e X” é o anião de um ácido farmacologicamente aceitável, que compreende os passos de: (a*) suspensão do cloreto de ácido de alcanoll L-carnitina num solvente orgânico inerte anidro tal como Ν,Ν-dimetilformamida, acetonitrilo ou cloreto de metileno; 4 -y (b’) adição à suspensão à temperatura ambiente de um composto de fórmula Z-Y-Z em que Y tem o significado anteriormente referido e Zé OH numa quantidade equivalente a metade dos moles da alcanoil L-carnitina; (c·) manutenção da suspensão com agitação à temperatura ambiente durante 16-24 horas até a suspensão estar completamente solubilizada; (d') concentração da solução até à secura sob vácuo; (e’) purificação do produto em bruto assim obtido por cromatografia em silica gel, eluindo com soluções de H2O/CH3CN; e (f') isolamento do produto por concentração e subsequente liofilização. Lisboa, 30 de Junho de 20005
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