PT2632954E - Meios e métodos para tratar dlbcl - Google Patents

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Dirk Nagorsen
Gerhard Zugmaier
Juergen Scheele
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Amgen Res Munich Gmbh
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Description

DESCRIÇÃO "MEIOS E MÉTODOS PARA TRATAR DLBCL"
DOMÍNIO DA INVENÇÃO A invenção presente diz respeito a meios e a métodos para tratar linfoma difuso de células B grandes (DLBCL) com um anticorpo que se liga por CD3. Em particular, um anticorpo biespecifico CD19 x CD3 que recruta células T através da sua porção de ligação CD3 e concomitantemente se liga por CD19 à superfície de, em especial, células linfoma através da sua porção de ligação CD19 (isto é, um recrutador biespecifico de células T, "BiTE") é aplicado para utilização no tratamento de uma massa de tumor de tecido linforreticular e/ou de linfoma extranodal provocado pelo DLBCL num doente.
ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR À INVENÇÃO 0 linfoma é um cancro dos linfócitos. Há dois tipos principais de linfoma: o linfoma de Hodgkin (HL) e o linfoma sem ser de Hodgkin (NHL) . 0 linfoma sem ser de
Hodgkin (NHL) é o tipo mais comum de linfoma. Embora existam ais do que 30 tipos de NHL, o linfoma difuso de células B grandes (DLBCL) é o tipo mais comum, constituindo cerca de 30 por cento de todos os linfomas. Nos Estados Unidos, o DLBCL afecta 7 em cada 100.000 pessoas por ano. O linfoma difuso de células B grandes é um linfoma agressivo, por vezes denominado um linfoma de grau elevado o intermédio. Isto significa que o linfoma cresce rapidamente, e pode espalhar-se rapidamente a diferentes partes do corpo. O linfoma difuso de células B grandes afecta principalmente as pessoas de mais de 50 anos de idade, possam manifestá-lo pessoas de qualquer idade. É ligeiramente mais comum em homens do que em mulheres. Cerca de 2/3 dos indivíduos com linfoma difuso de células B grandes têm uma doença alastrada na altura do diagnóstico, estendendo-se a diferentes partes do corpo. Em quase metade dos doentes, a doença afecta partes do corpo fora dos nodos linfáticos (é denominada doença "extranodal"). A medula óssea é afectada em cerca de 10-20 % dos doentes. O DLBCL é fatal quando não se trata.
No DLBCL, as células linfocíticas anormais B são maiores do que as normais, e deixaram de responder a sinais que em geral limitam o crescimento e a reprodução das células. O DLBCL pode desenvolver-se quer como uma transformação a partir de uma forma de linfoma menos agressiva, ou como uma primeira ocorrência de linfoma (denominado de novo). O primeiro sinal do DLBCL é amiúde uma massa em crescimento rápido, não dolorosa, num nodo linfático no pescoço, numa virilha, ou no abdómen. Os doentes também podem ter febre, perda de peso, suores nocturnos encharcantes, ou outros sintomas. Em cerca de 40 por cento dos casos, o cancro não começa nos nodos linfáticos, mas em vez disso desenvolve-se noutro lado. Isto denomina-se doença extranodal. O local mais comum do envolvimento extranodal é o estômago ou o tracto gastrointestinal, mas a doença pode iniciar-se virtualmente em qualquer tecido. A maior parte dos doentes (cerca de 60 por cento) não têm um diagnóstico de DLBCL até a doença estar avançada (estádio III ou IV). Nos 40 por cent dos doentes restantes, a doença está confinada a um dos lados do diafragma (acima ou abaixo do diafragma). Isto denomina-se doença localizada.
Tipicamente, o diagnóstico do linfoma é em geral feito através de uma biópsia de um nodo linfático. Uma vez confirmado o diagnóstico, levam-se a cabo testes adicionais para se obter mais informação acerca da extensão à qual a doença se espalhou pelo corpo. Este processo denomina-se progressão por estádios. Os resultados destes testes ajudarão a determinar o decurso mais eficaz de tratamento. A descrição da gestão dos doentes com linfoma difuso de células B grandes pode ser convenientemente dividida em 3 grupos: os doentes que se apresentam com doença localizada, os doentes que se apresentam com doença disseminada, e os doentes cujo linfoma recai a seguir a uma remissão inicial. 0 tratamento padrão da doença avançada era e é ainda quimioterapia baseada em CHOP. 0 CHOP é constituído por quatro fármacos quimioterapêuticos - Ciclofosfamida (também denominada Citoxan/Neosar), Doxorrubicina (também denominada Hidroxidaunorrubicina) (ou Adriamicina), Vincristina (Oncovina) e Prednisolona.
No entanto, embora o tratamento CHOP fosse e seja habitualmente aplicado, o desenvolvimento de novos regimes de tratamento incluindo M-BACOD (metotrexato, bleomicina, doxorrubicina, ciclofosfamida, vincristina, e dexametasona), MACOP-B (metotrexato com leucovorina em resgate, doxorrubicina, ciclofosfamida, vincristina, prednisona, e bleomicina) e ProMACE/CytaBOM (ciclofosfamida, doxorrubicina, etoposido citozar, bleomicina, vincristina, metotrexato prednisona), foram descritos como conseguindo resultados que pareciam muito melhores do que os que haviam sido observados com o CHOP. Estes assim denominados regimes de terceira geração pareciam representar um avanço importante na terapia até um ensaio entre grupos levado a cabo nos Estados Unidos demonstrou não haver superioridade em relação ao CHOP.
Mesmo assim, a terapia CHOP foi expandida a uma combinação de quimioterapia com imunoterapia, isto é, a R-CHOP. 0 R-CHOP é uma combinação de fármacos utilizados em quimioterapia para Linfomas agressivos sem ser de Hodgkin (NHL) . Nela adiciona-se o fármaco Rituximab - um anticorpo monoclonal contra CD20, à combinação padrão denominada CHOP .
Um regime de tratamento R-CHOP habitualmente utilizado é como se segue: administra-se Rituximab sob a forma de uma infusão ao longo de algumas horas no primeiro dia do tratamento, podendo iniciar-se os restantes fármacos do regime CHOP no dia seguinte. 0 decurso inteiro é repetido geralmente a cada três semanas, durante 6-8 ciclos. Os primeiros três fármacos da quimioterapia CHOP são em geral administrados sob a forma de injecções ou infusões em veias num mesmo dia, enquanto a prednisolona é tomada sob a forma de pílulas ao longo de cinco dias. Repete-se cada ciclo de 3 em 3 semanas, durante 6-8 ciclos. Utiliza-se a quimioterapia CHOP para muitos tipos dos linfomas de tipos comuns agressivos, linfomas sem ser de Hodgkin incluindo o Linfoma Difuso de Células B Grandes (DLBCL) . Hoje em dia, pode considerar-se o R-CHOP como sendo o tratamento padrão de primeira linha para doentes com DLBCL. A DHAP é mais uma combinação de agentes quimioterapêuticos que por vezes é utilizada para o tratamento do DLBCL. Os quimioterapêuticos de DHAP incluem: dexametasona, citarabina, que por vezes se denomina Ara-C, e cisplatina, que contém platina. Também se pode combinar a DHAP com Rituximab (designação comercial Rituxan®), isto é, R-DHAP.
Outra combinação de agentes quimioterapêuticos que por vezes se aplica para o tratamento de DLBCL é ICE, assim denominada de acordo com as iniciais dos fármacos quimioterapêuticos utilizados, que são: Ifosfamida, Carboplatina, e Etoposido. R-ICE também inclui o fármaco de anticorpo monoclonal Rituximab.
No entanto, apesar destes avanços terapêuticos de monta, uma proporção significativa dos doentes recai ou permanece refractária à quimioimunoterapia inicial. Nestas condições, existe uma necessidade de terapias alternativas e/ou adjuvantes para o tratamento to tumor agressivo e de crescimento rápido com massa tumoral grande provocado pelo DLBCL. Em consequência, o problema técnico da invenção presente é acorrer a esta necessidade.
Wilson, W.H. et al., Leukemia & Lymphoma (2010) 51 (SI) :1-10 revêem novas doenças alvo e novas vias de gestão para o linfoma difuso de células B grandes.
DESCRIÇÃO FRESUMIDA DA INVENÇÃO A invenção presente trata desta necessidade e deste modo proporciona como solução do problema técnico concretizações acerca dos meios e dos métodos para utilização no tratamento da massa tumoral do tecido de nodo linfático e/ou de linfoma extranodal provocados por linfoma difuso de células B grandes (DLBCL) num doente, aplicando uma composição que contenha um anticorpo biespecifico CD19xCD3. Um exemplo de um anticorpo biespecífico CD19xCD3 (com cadeia singela) é o Blinatumomab (MT103). 0 Blinatumomab é um anticorpo biespecífico recombinante com cadeia singela dirigido contra linfoma, CD19xCD3, que se liga a CD19 na superfície de quase todas as células B e concomitantemente pode ligar-se a uma célula T, despoletando desse modo a actividade da célula T para matar a célula B alvo ou célula B tumoral. É portanto um assim denominado anticorpo BiTE® (Captador Biespecífico de Células T) . 0 Blinatumomab consiste em quatro domínios variáveis de imunoglobulina montados numa única cadeia polipeptídica. Dois dos domínios variáveis formam o local de ligação para CD19, um antigénio da superfície celular expresso na maior parte das células B e das células tumorais B. Os dois outros domínios variáveis formam o local de ligação para CD3 épsilon do complexo CD3 das células T. 0 Blinatumomab é concebido para dirigir as células T citotóxicas, destruidoras de células, contra as células de tumor, e está hoje em dia em ensaios clínicos.
Embora o WO 2007/068.354 mencione que um anticorpo biespecífico CD19xCD3 poderia ser utilizado entre diferentes linfomas de célula B sem ser de Hodgkin, para o tratamento de DLBCL, este documento não permite que se obtenha nenhuma conclusão no tocante à existência de facto de um qualquer efeito terapêutico ou de um qualquer efeito farmacológico que se uma forma directa e não ambígua justifique a aplicação terapêutica reivindicada de um anticorpo biespecifico CD19xCD3.
Isto é ainda mais verdadeiro quando se aplica ao DLBCL que é agressivo e difícil de tratar.
No entanto, e com surpresa, os inventores presentes verificaram que um anticorpo biespecifico CD19xCD3 é benéfico no tratamento da massa tumoral de tecido linforrecticular (também referida neste documento com o tecido do nodo linfático) e/ou do linfoma extranodal provocado por um linfoma difuso de células B grandes (DLBCL), num doente. De facto, em ensaios clínicos, foi observado que um anticorpo biespecifico CD19xCD3 levava a resultados fora de série no tratamento de doentes que sofriam de DLBCL na medida em que alguns desses doentes se observava uma diminuição espectacular de volume da massa tumoral, ao fim de apenas algumas semanas de administração. De notar que os doentes tratados com um anticorpo biespecifico CD19xCD3 haviam sido sujeitos a um forte tratamento prévio com uma combinação de diversos quimioterapêuticos, quer apenas com a referida combinação de quimioterapêuticos, quer com a combinação de quimioterapêuticos e o anticorpo biespecifico para CD20, Rituximab. No entanto, a imunoterapia com um anticorpo biespecifico CD19xCD3 na qualidade de único agente terapêutico em doentes com DLBCL resultava numa remissão parcial ou mesmo numa remissão completa (vejam-se os
Exemplos juntos, em especial os doentes 153-001, 135-001 e 109-038).
Em suma, os resultados espectaculares observados pelos inventores presentes no seus ensaios clínicos não poderiam ter sido expectáveis, uma vez que na terapia do cancro, em especial de linfomas, não existe nenhum fármaco que dê para tudo ("bala mágica") e, portanto, em cada ensaio clínico, por assim dizer, não existe nenhuma expectativa razoável de sucesso, e por esta razão um especialista da técnica é muito cuidadoso e nunca experimentaria simplesmente um fármaco experimental num doente humano. No entanto, os inventores presentes com os seus conhecimentos profundos e com os dados pré-clínicos acerca de um anticorpo biespecífico CD19xCD3 assumiram o risco e trataram, mais ou menos, doentes com DLBCL resistente ao tratamento e tiveram sucesso. Deste modo, um anticorpo biespecífico CD19xCD3 pode portanto estar na base do caminho para um novo tratamento do DLBCL.
Nas reivindicações apensas são definidos aspectos da invenção presente. A não ser aonde se definam de outro modo, todos os termos técnicos, notações e outros termos científicos ou terminologia utilizados neste documento pretendem ter os significados habitualmente entendidos pelos indivíduos com conhecimentos da técnica na qual esta invenção se insere. Em alguns casos, os termos com significados habitualmente entendidos são definidos neste documento por uma questão de clareza e/ou para proporcionar uma referência rápida, e a inclusão destas definições neste documento não deve necessariamente ser entendida como representando uma diferença substancial em relação a quanto é em geral entendido na técnica. Muitas das técnicas e dos processos descritos ou referenciados neste documento são bem entendidos e empregues habitualmente utilizando a metodologia convencional, pelos especialistas da técnica. Consoante seja apropriado, os processos envolvendo a utilização de estojos e de reagentes comercialmente disponíveis são em geral levados a cabo de acordo com os protocolos e/ou os parâmetros definidos em geral pelo fabricante, a não ser aonde se afirmar algo em contrário. A descrição dos métodos gerais que se inclui neste documento pretende ter apenas propósitos ilustrativos. Outros métodos e concretizações serão aparentes aos especialistas da técnica quando tomarem conhecimento com esta descrição.
Um conjunto de itens ligados pela conjunção "ou" não devem ser interpretados no sentido de obrigar a uma exclusividade mútua adentro do referido conjunto, mas em vez disso devem ser entendidos como ligados por relações "e/ou" a não ser aonde se afirmar expressamente algo em contrário.
Deve anotar-se que tal como se utilizam neste documento, as formas singulares "um", "uma", "o" e "a", incluem referências plurais a não ser quando o contexto indicar claramente o contrário. Deste modo, por exemplo, uma referência a "um reagente" inclui um ou mais dos referidos reagentes diferentes e uma referência a "o método" inclui referências a passos equivalentes e a métodos do conhecimento dos indivíduos com conhecimentos médios da técnica que pudessem ser modificados ou substituídos aos métodos descritos neste documento. A não ser aonde se indicar algo em contrário, o termo "pelo menos" precedendo um conjunto de elementos deve ser entendido como referindo-se a todos os elementos do conjunto. Os especialistas da técnica reconhecerão, ou serão capazes de averiguar utilizando não mais do que experimentação rotineira, muitas concretizações equivalentes às concretizações específicas da invenção que se descrevem neste documento. Pretende-se que estes equivalentes estejam incluídos no âmbito da invenção presente.
Ao longo desta especificação e das reivindicações que se lhe seguem, a não ser quando o contexto obrigue a outra interpretação, a palavra "inclui", e as suas variantes tais como "incluem" e "incluindo", serão entendidas como implicando a inclusão de um número u de um passo ou de um conjunto e números ou de passos identificados mas não a exclusão de qualquer outro número ou passo ou de um conjunto de números ou de passos. Quando se utiliza neste documento o termo "incluindo" ele pode ser substituído pelo termo "contendo" ou por vezes quando utilizado neste documento pelo termo "possuindo".
Quando utilizado neste documento "constituído por" exclui qualquer elemento, passo, ou ingrediente não especificado no elemento reivindicado. Quando utilizado neste documento, "constituído essencialmente por" não exclui materiais nem passos que não afectem materialmente as características básicas e novas da reivindicação. Em cada caso neste documento qualquer um dos termos "incluindo", "constituído essencialmente por" e "constituído por" podem ser substituídos por qualquer um dos dois outros termos.
Tal como se descreve neste documento, "concretização preferida" significa "concretização preferida da invenção presente". De igual modo, tal como se descreve neste documento, "diversas concretizações" e "outra concretização" significam respectivamente "diversas concretizações da invenção presente" e "outra concretização da invenção presente".
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA INVENÇÃO É aparente que quer a quimioterapia por si própria, quer a quimioterapia em combinação com imunoterapia, são aplicadas na técnica para o tratamento de DLBCL. No entanto, um anticorpo tal como o Rituximab (um anticorpo biespecifico para CD20) não é em geral aplicado como o único composto para o tratamento de DLBCL, provavelmente porque DLBCL é um linfoma agressivo, com crescimento rápido, relativamente ao qual não se espera que um anticorpo por si só, que necessita de células imunológicas (efectivadoras) para exercer CDC e/ou ADCC, seja eficiente em monoterapia. Nestas condições, em geral aplica-se uma combinação de quimioterapêuticos em conjunto com o Rituximab. Além disto, observou-se que o Rituximab pode não denotar o efeito terapêutico pretendido quando as células B não forem positivas para Bcl-2 (Armitage (2007), Blood 110(1) : 29-36) . Deste modo, o Rituximab pode em determinadas circunstâncias ter um espectro de aplicação terapêutica de certa forma limitado.
Além disto, amiúde o DLBCL é representado sob a forma de uma massa volumosa de tumor e pode assumir-se razoavelmente que um anticorpo Ig convencional poderá não ser capaz de penetrar de modo eficaz na massa tumoral volumosa, e pode portanto não ser capaz de atrair células efectivadoras que poderiam então matar células de tumor. Isto é assim porque o Rituximab, por exemplo, necessita de células efectivadoras do sistema imunológico que podem não estar disponíveis em quantidade e com a qualidade suficientes, uma vez que os doentes são amiúde fortemente tratados previamente com quimioterapêuticos que também lesionam células imunológicas. Nestes termos, seria desejável ter disponível um anticorpo que atraisse eficientemente (recrutasse) células imunológicas que matassem as células de tumor. A descrição presente através de um anticorpo biespecifico CD19xCD3 (de cadeia singela), proporciona um tal anticorpo. De facto, em ensaios clínicos, os inventores presentes observaram com surpresa que um anticorpo biespecifico CD19xCD3 (com cadeia singela) na qualidade de único agente terapêutico, diminuía de um modo bem-sucedido a massa tumoral num nodo linfático de um tecido e/ou um linfoma extranodal provocado por DLBCL. De facto, mesmo tumores com dimensão de até 63 x 47 mm ou mais resultaram diminuídos ou mesmo eliminados por completo. Este resultado espectacular não podia ser esperado, uma vez que por exemplo, o Rituximab não é aplicado na técnica na qualidade de único agente terapêutico. Em vez disto, ele é aplicado em conjunto com uma combinação de quimioterapêuticos .
Os inventores presentes não tinham apenas que lidar com a tarefa de tratar um linfoma agressivo, com crescimento rápido, nos doentes, que haviam sido fortemente tratados anteriormente com quimioterapia ou com uma combinação de quimioterapia com imunoterapia (e mesmo com um poderoso anticorpo biespecifico para CD20) e sofriam, pelo menos em parte, de uma carga tumoral pesada quando se aplicou um anticorpo biespecifico CD19xCD3 como único agente terapêutico, mas eles tinham também em simultâneo que resolver o problema de melhorar, preferivelmente evitando eventos adversos que se haviam observado anteriormente com o anticorpo biespecifico. Por outras palavras, os inventores presentes tinham por um lado que observar o desenvolvimento e mesmo o início da progressão do tumor depois de uma (imuno)quimioterapia a uma quimioterapia em doentes sofrendo de DLBCL (os doentes oram previamente tratados com quimioterapia e com quimioimunoterapia), e por outro lado eles tinham que observar uma toxicidade limitativa da dose.
De facto, tal como se descreveu por exemplo no WO 99/54.440, foram observados efeitos adversos num estudo anterior levado a cabo com o anticorpo CD19xCD3, Blinatumomab (aplicado em infusões bolus repetidas a um doente com uma leucemia linfática crónica derivada de células B (B-CLL)). Especificamente, num ensaio clínico, 7 de 22 doentes denotavam uma reacção inicial neurológica/psiquiátrica, incluindo, por exemplo, confusão, ataxia, desorganização da expressão verbal, ou desorientação.
Para tentar gerir melhor estes efeitos colaterais indesejáveis, o modo de administração do anticorpo biespecífico de cadeia singela CD19xCD3 foi modificado passando-se de uma infusão de bolus para uma administração endovenosa contínua do anticorpo referido durante um período de tempo mais longo. No entanto, ainda se encontraram reacções neurológicas/psiquiátricas no decurso daquele ensaio clínico.
Nestas condições, para os ensaios clínicos ligados à aplicação de um anticorpo biespecífico de cadeia singela CD19xCD3 para o tratamento da massa tumoral de tecido de nodo linfático e/ou do linfoma extranodal provocados por DLBCL, os inventores presentes tiveram que desenvolver um regime de tratamento que fosse eficiente e bem tolerado pela maioria dos doentes. Com este objectivo, os inventores presentes aplicaram uma administração em passos de um anticorpo biespecífico de cadeia singela CD19xCD3 na medida em que se administraram aos doentes 5/15/60 pg/m2/24 h. Deste modo, os efeitos adversos, em especial os eventos neurológicos/psiquiátricos podiam ser diminuídos em número, melhorados e mesmo evitados. Também se contempla na administração por passos do anticorpo biespecífico de cadeia singela CD19xCD3 um regime de tratamento utilizando duas das dosagens, tal como 5/15 pg/m2/24 h, 5/60 pg/m2/24 h, ou 15/60 pg/m2/24 h, para a duração total do tratamento do doente. O médico pode seleccionar a dosagem apropriada com base na eficácia, tolerabilidade e segurança, com um mínimo de efeitos adversos no doente.
Mas os inventores também consideram que o tratamento da massa tumoral do tecido do nodo linfático e/ou do linfoma extranodal provocados por DLBCL, incluem a administração contínua de uma dose constante sem escalonamento até uma dose subsequente mais elevada. Por exemplo, o regime de tratamento presente inclui a administração de 5 pg/m2/24 h, 15 pg/m2/24 h, ou de 60 pg/m2/24 h de um anticorpo biespecífico de cadeia singela CD19xCD3 até à conclusão de um episódio de tratamento com uma duração de até 8 semanas [56 dias], com boa tolerabilidade e sem efeitos adversos, e mesmo mais longa se tal fosse determinado como sendo seguro e eficaz.
Também se encara que os métodos da invenção presente sejam caracterizados em mais pormenor pela administração de um glucocorticóide. Esta administração ocorre antes de e opcionalmente durante, a administração de um anticorpo biespecifico de cadeia singela CD19xCD3 ao doente com DLBCL. Esta administração concomitante pode ocorrer durante um ou mais dias consecutivos depois da administração do anticorpo e opcionalmente durante o tratamento continuado com ao anticorpo.
Tal como se mostra nos Exemplos, verificou-se que os glucocorticóides melhoravam e/ou evitavam as reações neurológicas no decurso dos métodos de tratamento da invenção presente. Encara-se portanto que os métodos da invenção presente (e deste modo os regimes de dosagem da invenção presente) sejam também caracterizados pela administração opcional de pelo menos um glucocorticóide. A referida administração é preferivelmente antes do primeiro tratamento com o anticorpo, e depois concomitantemente no segundo e no terceiro dias depois do inicio do tratamento, podendo também administrar-se mais tarde durante o tratamento caso ocorra um ou mais eventos neurológicos adversos. Quando o regime de tratamento incluir um aumento de dose consoante o plano de doseamento, descrito neste documento, então administra-se o glucocorticóide antes de qualquer aumento de dose e concomitantemente a seguir ao segundo e terceiro dias após qualquer aumento de dose, e opcionalmente em dias adicionais para tratar qualquer evento neurológico adverso.
Os glucocort icóides (GC) são uma classe de hormonas esteroides que se ligam ao receptor glucocorticoide (GR), que está presente e quase todas as células de todos os animais vertebrados, incluindo os seres humanos. Estes compostos são agentes anti-inflamatórios potentes, qualquer que seja a causa da inflamação. Os glucocorticoides suprimem, entre outras, a imunidade mediada por células, inibindo os genes que codificam para as citoquinas IL-1, IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-8 e IFN-γ.
Tal como se utiliza neste documento, o termo "glucocorticoide" inclui pelo menos cortisona, cortisol, cloprednol, prednisona, prednisolona, metilprednisolona, deflazacort, fluocortolona, triamcinolona, dexametasona, e betametasona, propionato de flusticasona, acetonido de triamcinolona. Prefere-se a dexametasona e a sua dosagem preferida é de entre 6 e 40 mg por dose. A dexametasona tem a maior potência glucocorticoide dos esteroides habitualmente utilizados e também tem a vida média mais longa (veja-se a Tabela adiante). Mas uma pessoa com conhecimentos neste domínio pode seleccionar um dos outros glucocorticoides conhecidos, alguns dos quis são descritos neste documento, e seleccionar uma dose eficaz apropriada para melhorar ou evitar eventos neurológicos adversos que possam resultar do tratamento de um doente com DLBCL com um anticorpo biespecífico com cadeia singela CD19xCD3. | Agente Dose j Potência relativa j Potência relativa Vida | equivalente j anti-inflamatória j mineralocorticoide média \ aproximada ! (glucocorticoide) ! (retenção de Na*) \ biológica i I |..............(mg) I I | (h) |
Cortisona j 25 0.8 0.8 8-12
Hidrocortisona 20 1 1 8-12
Prednisona j 5 4 0.8 18-36
Prednisolona 5 4 0.8 18-36 i Metilprednisolona j 5 5 0.5 18-36 | Dexametasona j 0,75 25 0 36-54 A dexametasona também possui um efeito benéfico em doenças malignas do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo linfoma do SNC ou metástases cerebrais) possivelmente devido à penetração específica até ao SNC. É também utilizada preferivelmente (em relação a outros esteroides) utilizados para tratar edema cerebral. Embora os corticosteroides diminuam a permeabilidade capilar no próprio tumor, verificou-se em modelos em animais que a dexametasona pode actuar de modo diferente e diminuir o edema por efeitos sobre o caudal em massa, fora do tumor (Moinar, Lapin, & Goothuis, 1995, Neurooncol. 1995; 25(1): 19-28).
Os inventores presentes, com o objetivo de diminuir e/ou evitar ainda melhor os efeitos adversos, verificaram que a administração (intermitente) de dexametasona durante o aumento das doses do anticorpo biespecifico com cadeia singela CD19xCD3 podia contribuir para uma melhoria e/ou prevenção adicionais das reacções neurológicas. Em especial, administrou-se a dexametasona durante um período de três dias durante os quais a dose do anticorpo biespecifico CD19xCD3 (com cadeia singela) se aumentou. Mais especificamente, administrou-se a dexametasona no dia 1 a uma dose de 24 pg, no dia 2 a uma dose de 16 pg e no dia 3 a uma dose de 8 pg (veja-se também o Exemplo 8). Embora se saiba que a dexametasona diminui a actividade das células imunológicas incluindo as células T (células T CD4+ e CD8 + ) , uma vez que se trata de um imunossupressor conhecido, e poderia portanto ser esperado que o anticorpo biespecifico CD19xCD3 não captasse células T potentes (activas), os inventores presentes observaram o oposto. De facto, as células T captadas pelo anticorpo biespecifico CD19xCD3 eram aparentemente potentes, uma vez que uma diminuição muito grande da massa tumoral foi observada nos ensaios clínicos com doentes com DLBCL (vejam-se os Exemplos adiante).
Atento o tratamento bem-sucedido da massa de tumor de doentes com DLBCL num ensaio clínico com um anticorpo biespecifico CD19xCD3, a invenção presente proporciona uma composição que inclui um anticorpo biespecífico CD19xCD3 para utilização no tratamento da massa tumoral de tecido de nodos linfáticos e/ou de linfoma extranodal provocados por linfoma difuso de células B grandes (DLBCL) num doente, incluindo também a administração de pelo menos um glucocorticoide.
De igual modo, na alternativa, a invenção presente proporciona uma composição incluindo um anticorpo biespecífico CD19xCD3 para utilização num método de tratamento de uma massa tumoral em tecido de nodo linfático e/ou um linfoma extranodal provocado por um linfoma difuso com células B grandes (DLBCL) num doente que dele necessite, incluindo administrar-se uma quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico da composição ao doente que dela necessite, incluindo além disto a administração de pelo menos um glucocorticoide.
Além disto, em alternativa, a invenção presente proporciona a utilização de uma composição contendo um anticorpo biespecífico CD19xCD3 para a preparação de uma composição farmacêutica para tratar a massa tumoral de tecido linforreticular e/ou de linfoma extranodal provocada por linfoma difuso com células B grandes (DLBCL) , incluindo além disto a administração de pelo menos um glucocorticoide.
Além disto, em alternativa, a invenção presente proporciona um método de tratar de uma massa tumoral em tecido de nodo linfático e/ou um linfoma extranodal provocado por um linfoma difuso com células B grandes (DLBCL) num doente, que inclua administrar-se uma quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico de um anticorpo biespecifico CD19xCD3 ao referido doente, incluindo também a administração de pelo menos um glucocorticoide. 0 anticorpo está preferivelmente contido numa composição, que preferivelmente é uma composição farmacêutica. 0 DLBCL é uma neoplasia do tecido do nodo linfático, desenvolvendo-se a partir de células B. É, do ponto de vista clinico, morfológico e genético um conjunto heterogéneo de proliferação maligna de células linfoides B grandes que corresponde a cerca de 40 % (25.000 casos/ano) de linfomas sem ser de Hodgkin em adultos. Foram identificados dois subconjuntos diferentes do ponto de vista do prognóstico, de DLBCL, com perfis de expressão genética distintos, caracteristicos quer de células B centrais germinais normais ou de células B com memória activada. O subconjunto de células semelhantes a células B centrais germinais (GC) foi correlacionado com um prognóstico significativamente melhor (sobrevivência durante 5 anos: 7 6 %) em comparação com o subconjunto de células semelhantes a células B activadas (ABC ou não GC) (sobrevivência durante 5 anos: 16 %) (Alizadeh et al., (2000) Nature 403: 503-511, Shipp et al., (2002) Nat. Med. 8: 68-74) . 0 primeiro sinal (sintoma) de DLBCL é amiúde uma massa com crescimento rápido, não dolorosa, num nodo linfático no pescoço, na virilha, ou no abdómen. Os doentes também podem sofrer de febre, perda de peso, suores nocturnos pronunciados, ou outros sintomas.
Tal como se utiliza neste documento, um "anticorpo biespecifico CD19xCD3" (incluindo um anticorpo biespecifico CD19xCD3 de cadeia singela - por vezes utilizam-se ambos os termos de modo intercambiável neste documento) denota uma cadeia polipeptidica única compreendendo dois domínios de ligação. Estes anticorpos biespecíficos CD19xCD3 com cadeia singela são preferidos no contexto dos métodos/regime de dosagem da invenção presente. Cada domínio de ligação compreende pelo menos uma região variável de uma cadeia pesada do anticorpo ("região VH ou H"), em que a região VH do primeiro domínio de ligação se liga especificamente à molécula CD3 épsilon, e a região VH do segundo domínio de ligação se liga especificamente a CD19. Os dois domínios de ligação são opcionalmente ligados um ao outro por um espaçador polipeptídico curto. Um exemplo não limitativo de um espaçador polipeptídico é Gly-Gly-Gly-Gly-Ser (G-G-G-G-S) e as suas repetições. Cada domínio de ligação pode adicionalmente compreender uma região variável de uma cadeia leve do anticorpo ("região VL ou L"), estando as regiões VH e VL adentro de cada um dos dois domínios de ligação ligadas entre si por um agente de ligação polipeptídico, por exemplo do tipo descrito e reivindicado na EP 623.679 Bl, mas em qualquer caso suficientemente longo para permitir que a região VH e a região VL do primeiro domínio de ligação e a região VH e a região VL do segundo domínio de ligação se emparelhem umas com as outras de tal modo que, em conjunto, elas sejam capazes de se ligarem especificamente ao primeiro e ao segundo domínios da ligação respectivos. Estes anticorpos biespecíficos CD19CD3 com cadeia singela estão descritos em grande pormenor no WO 99/54.440 e no WO 2004/106.381, bem como no WO 2008/119.565. O termo "domínio de ligação" caracteriza em relação à invenção presente um domínio de um polipéptido que se liga especificamente a/interactua com uma determinada estrutura alvo/antigénio/epítopo. Deste modo, o domínio de ligação é um "local de interacção com antigénio". O termo "local de interacção com antigénio" define, consoante a invenção presente, um motivo de um polipéptido, o qual é capaz de interactuar em particular com um antigénio bem determinado ou com um conjunto específico de antigénios, por exemplo o antigénio idêntico em espécies diferentes. Também se crê que a referida ligação/interacção defina um "reconhecimento específico". O termo "reconhecendo especificamente" significa de acordo com esta invenção que a molécula de anticorpo é capaz de interactuar especif icamente com e/ou de se ligar a pelo menos dois, preferivelmente a pelo menos três, mais preferivelmente a pelo menos quatro aminoácidos de um antigénio, por exemplo o antigénio humano CD3 tal como se define neste documento. Pode exemplificar-se uma tal ligação através da especificidade de um "principio de chave e fechadura". Deste modo, motivos específicos da sequência de aminoácidos do domínio de ligação e do antigénio ligam-se uns aos outros em resultado das suas estruturas primária, secundária ou terciária, bem como em resultado de modificações secundárias da referida estrutura. A interacção específica no local de interacção específico com o antigénio, com o antigénio específico, pode também resultar numa simples ligação desse local ao antigénio. Além disto, a interacção específica do domínio de ligação/local de ligação ao antigénio com o antigénio para que é específico pode em alternativa resultar na iniciação de um sinal, devido por exemplo à indução de uma alteração da conformação do antigénio, a uma oligomerização do antigénio, etc. Um exemplo preferido de um domínio de ligação em linha com a invenção presente é um anticorpo. 0 domínio de ligação pode ser um anticorpo monoclonal ou policlonal ou derivado de um anticorpo monoclonal ou policlonal. 0 termo "anticorpo" inclui derivados ou fragmentos funcionais dele que ainda mantêm a especificidade de ligação. São bem conhecidas na técnica diversas metodologias de produção de anticorpos, que estão descritas, por exemplo, em Harlow e Lane "Antibodies, A Laboratory Manual", Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1988 e em Harlow e Lane "Using Antibodies: A Laboratory Manual" Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1999. 0 termo "anticorpo" também inclui imunoglobulinas (as Ig) de classes diferentes (isso é, IgA, IgG, IgM, IgD e IgE) e das diversas subclasses (tais como IgGl, IgG2, etc.). A definição do termo "anticorpo" também inclui concretizações tais como as de anticorpos quiméricos, de cadeia singela e humanizados, bem como fragmentos de anticorpos, tais como, entre outros, fragmentos Fab. Incluem-se também nos fragmentos ou derivados de anticorpos os fragmentos F(ab')2, Fv, scFv ou anticorpos de domínio singelo, anticorpos com um único domínio variável ou imunoglobulinas com um único domínio variável, domínio variável este que pode ser VH ou VL, os quais se ligam especificamente a um antigénio ou epítopo independentemente das outras regiões V ou domínios; veja-se, por exemplo, Harlow e Lane (1988) e (1999), citados acima. Estes domínios variáveis únicos de imunoglobulina incluem não apenas um polipéptido isolado de um único domínio variável de um anticorpo, mas também polipéptidos maiores que incluem um ou mais monómeros de uma sequência polipeptídica com um único domínio variável.
Tal como se utiliza neste documento, CD3 épsilon denota uma molécula expressa como parte do receptor de células T e tem o significado que lhe é tipicamente atribuído no estado da técnica. Em seres humanos, inclui de forma individual ou independentemente combinada, todas as subunidades CD3 conhecidas, por exemplo CD3 épsilon, CD3 delta, CD3 gama, CD3 zeta, CD3 alfa e CD3 beta. 0 CD3 épsilon humano indicado tem o N2 de Acessão GenBank NM_0 0 0 7 33. A proteína CD19 humana está indicada no N2 de Acessão GenBank AAA69966.
Preferivelmente, o anticorpo biespecífico aplicado nos métodos/regimes de dosagem da invenção presente tem a disposição de domínios VL (CD19)-VH(CD19)-VH (CD3)-VL(CD3) .
Encara-se, no entanto, poder também levar a cabo os métodos da invenção com anticorpos biespecíficos CD19xCD3 com cadeia singela com outras disposições dos domínios, tais como VH(CD19)-VL(CD19)-VH(CD3)-VL(CD3), VL(CD19)-VH(CD19)-VL(CD3)-VH(CD3), VH(CD19)-VL(CD19)-VL(CD3)-VH(CD3), VL(CD3)-VH(CD3)-VH(CD19)-VL(CD19), VH(CD3)-VL(CD3)-VH(CD19)-VL(CD19), VL(CD3)-VH(CD3)-VL(CD19)-VH(CD19), ou VH(CD3)-VL(CD3)-VL(CD19)-VH(CD19).
Um anticorpo biespecífico preferido CD19xCD3 aplicado nos métodos da invenção presente inclui (a) as CDR anti-CD3 da cadeia pesada ilustradas como CD3 CDR-H1 na SEQ ID NO: 11 (GYTFTRYTMH) , CD3 CDR-H2 na SEQ ID NO: 12 (YINPSRGYTNYNQKFKD) e CD3 CDR-H3 na SEQ ID NO: 13 (YYDDHYCLDY) ; e/ou (b) as CDR anti-CD3 da cadeia leve ilustradas como CD3 CDR-L1 na SEQ ID NO: 14 (RASSSVSYMN) , CD3 CDR-L2 na SEQ ID NO: 15 (DTSKVAS) e CD3 CDR-L3 na SEQ ID NO: 16 (QQWSSNPLT); e/ou (c) as CDR anti-CDl9 da cadeia pesada ilustradas como CD19 CDR-H1 na SEQ ID NO: 17 (GYAFSSYWMN) , CD19 CDR-H2 na SEQ ID NO: 18 (QIWPGDGDTNYNGKFKG) e CD19 CDR-H3 na SEQ ID NO: 19 (RETTTVGRYYYAMDY) ; e/ou (d) as CDR anti-CD19 da cadeia leve ilustradas como CD19 CDR-L1 na SEQ ID NO: 20 (KASQSVDYDGDSYLN), CD19 CDR-L2 na SEQ ID NO: 21 (DASNLVS) e CD19 CDR-L3 na SEQ ID NO: 22 (QQSTEDPWT). É mais preferido que o anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela aplicado nos métodos da invenção presente inclua as CDR CD3 da cadeia pesada e as da cadeia leve. Ainda mais preferivelmente, que o anticorpo biespecifico CD19xCD3 aplicado nos métodos da invenção presente inclua as CDR CD3 da cadeia pesada e as da cadeia leve bem como as CDR CD19 da cadeia pesada e as da cadeia leve.
As CDR a que se faz referência neste documento estão consoante o sistema de numeração de Rabat. O sistema de numeração de Rabat é um padrão largamente adoptado para numerar os resíduos de um anticorpo duma forma consistente (Rabat et al. , Sequences of Proteins of Immunological Interest, 1991).
Em alternativa, prefere-se que o anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela aplicado nos métodos da invenção presente inclua (a) a CD19 da cadeia pesada variável ilustrada pela SEQ ID NO: 3 (a sequência de nucleótidos é ilustrada na SEQ ID NO: 4); e/ou (b) a CD19 da cadeia leve variável ilustrada pela SEQ ID NO: 5 (a sequência de nucleótidos é ilustrada na SEQ ID NO: 6); e/ou (c) a CD3 da cadeia pesada variável ilustrada pela SEQ ID NO: 7 (a sequência de nucleótidos é ilustrada na SEQ ID NO: 8); e/ou (d) a CD3 da cadeia leve variável ilustrada pela SEQ ID NO: 9 (a sequência de nucleótidos é ilustrada na SEQ ID NO: 10).
Mais preferivelmente, o anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela aplicado nos métodos da invenção presente inclui a CD19 da cadeia variável pesada e da cadeia leve e/ou a CD3 da cadeia variável pesada e da cadeia leve. Ainda mais preferivelmente, o anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela aplicado nos métodos da invenção presente inclui a CD19 da cadeia variável pesada e da cadeia leve bem como a CD3 da cadeia variável pesada e da cadeia leve. Noutra alternativa, também se prefere que o referido anticorpo biespecifico com cadeia singela inclua uma sequência de aminoácidos seleccionada de entre o conjunto constituído por (a) uma sequência de aminoácidos tal como a representada na SEQ ID NO: 1; (b) uma sequência de aminoácidos codificada por uma sequência de ácidos nucleicos tal como ilustrada na SEQ ID NO: 2; (c) uma sequência de aminoácidos codificada por uma sequência de ácidos nucleicos que apresente uma identidade de pelo menos 70 %, 80 %, 90 %, 95 % ou 99 % com a sequência de ácidos nucleicos de (b) , em que a referida sequência de aminoácidos seja capaz de se ligar especificamente a CD3 e a CD19; e (d) uma sequência de aminoácidos codificada por uma sequência de ácidos nucleicos que seja degenerada em resultado do código genético em relação à sequência de nucleótidos de (b) , em que a referida sequência de aminoácidos seja capaz de se ligar especif icamente a CD3 e a CD19 .
Deve entender-se que a identidade entre sequências é determinada ao longo de toda a sequência de aminoácidos. Para alinhamento de sequências, por exemplo, podem utilizar-se os programas Gap ou BestFit (Needleman e Wunsch J. Mol. Biol. 48 (1970), 443-453; Smith e Waterman, Adv. Appl. Math 2 (1981), 482-489), contido no pacote de programas GCG (Genetics Computer Group, 575 Science Drive, Madison, Wisconsin, EUA 53711 (1991) . É um método de rotina para os especialistas da técnica determinar e identificar uma sequência de aminoácidos com, por exemplo, 70 %, 80 %, 90 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequências com as sequências de aminoácidos do anticorpo biespecifico CD19xCD3 descrito neste documento (preferivelmente MT103). Por exemplo, e consoante a hipótese Wobble de Crick, a base em 5' do anti-codão não tem tanta limitação espacial como as outras duas bases, podendo portanto estar envolvida em emparelhamento de bases não padrão. Por outras palavras: a terceira posição no tripleto de um codão pode variar de modo a que dois tripletos que diferem quanto a esta terceira posição podem codificar para o mesmo resíduo de aminoácido. A hipótese referida é bem conhecida pelos especialistas da técnica (veja-se, por exemplo, http://en.wikipedia.org/wiki/Wobble_Hypothesis; Crick, J. Mol. Biol. 19 (1966): 548-55). É além disto um processo de rotina para os especialistas da técnica determinar a actividade citotóxica de uma tal sequência de aminoácidos apresentando uma identidade entre sequências de, por exemplo 70 %, 80 %, 90 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 % ou 99 % com a sequência de nucleótidos ou de aminoácidos do anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia linear descrito neste documento. A actividade citotóxica do anticorpo biespecífico CD19xCD3 com cadeia singela ou de uma construção de um anticorpo que exiba por exemplo uma identidade de sequências de 70 %, 80 %, 90 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 % ou 99 % com a sequência de aminoácidos do anticorpo biespecífico CD19xCD3 com cadeia singela pode ser determinada por métodos tais como se apresentam por exemplo no WO 99/54.440 . É especialmente preferido que o referido anticorpo biespecífico CD19xCD3 com cadeia singela apresente a sequência de aminoácidos ilustrada na SEQ ID NO: 1. É também especialmente preferido o anticorpo biespecífico CD19xCD3 MT103 descrito no WO 99/54.440, bem como os anticorpos específicos CD19xCD3 descritos no WO 2004/106.381 ou no WO 2008/119.565. É ainda também especialmente preferido o anticorpo biespecífico CD19xCD3 descrito no WO 2008/119.565. A espécie que se liga a CD3 neste anticorpo biespecífico é capaz de se ligar a seres humanos e a primatas não humanos tais como macacos rhésus e macacos, conferindo-lhe deste modo uma reactividade específica através de espécies. Deste modo, ele pode ser utilizado tanto para estudos pré-clínicos como para estudos clínicos, o que é muito vantajoso, uma vez que não são precisos anticorpos de substituição e que os resultados obtidos nos estudos pré-clínicos podem ser directamente aplicados e adaptados para uma utilização em seres humanos.
Tipicamente, o diagnóstico do linfoma é em geral feito sobre uma amostra obtida de um doente em que se suspeite ter-se desenvolvido um linfoma e/ou seja portador de um linfoma, em especial DLBCL.
De acordo com a invenção presente, pretende-se que o termo "amostra" signifique qualquer amostra biológica obtida de um doente humano, que contenha polinucleótidos ou polipéptidos ou porções destes. Incluem-se nas amostras biológicas as de fluidos corporais (tais como sangue, soro, plasma, urina, saliva, fluido sinovial e fluido espinal) e fontes tecidulares que se determine serem positivas para linfócitos malignos CD19. Os métodos para se obterem biópsias destes tecidos e fluidos corporais são bem conhecidos na técnica. Em geral, prefere-se como fonte uma amostra biológica que contenha células mononucleares de sangue periférico (PBMC), em especial células B e células T.
Obtém-se uma amostra que contenha células mononucleares de sangue periférico (PBMC), em especial células B e células T, preferivelmente a partir do sangue periférico de um doente humano. Outras amostras preferidas são sangue inteiro, soro, plasma ou fluido sinovial, sendo as mais preferidas plasma ou soro.
Outra amostra preferida obtida de um doente é uma biópsia de um nodo linfático. Uma biópsia de um nodo linfático é, por exemplo, obtida por uma incisão para biópsia de um nodo linfático anormal ou uma biópsia proveniente de uma incisão generosa de um órgão envolvido. Em alguns casos, biópsias obtidas com uma agulha cortadora podem proporcionar uma quantidade de tecido adequada para o diagnóstico. Além disto, pode levar-se a cabo uma biópsia adequada de medula óssea. 0 diagnóstico pode ser completado através da obtenção de um perfil da expressão genética. Mais preferivelmente, o diagnóstico é feito de preferência por um hematopatologista com experiência no diagnóstico e linfomas, em especial de DLBCL, aplicando preferivelmente a classificação da OMS dos neoplasmas linfóides (veja-se a Tabela 1 na página 30 da publicação de Armitage em Blood (2007) , Vol. 110 (1) :29-36) . Por vezes também se prefere levar a cabo imunohistoquímica e ocasionalmente aplicar citogenética ou hibridização fluorescente in situ (FISH) para clarificar um diagnóstico inicial.
Deste modo, numa concretização preferida da invenção presente, diagnostica-se DLCBL consoante os sintomas descritos acima e/ou por aplicação dos meios e métodos descritos acima tais como uma biópsia de um nodo linfático, imunohistoquímica, citogenética, obtenção do perfil genético e/ou FISH.
Uma vez feito o diagnóstico e preferivelmente quando confirmado, levam-se a cabo testes adicionais tais como uma avaliação do estádio numa nova biópsia feita por outro hematopatologista experiente e/ou estudos de imagiologia adicionais incluindo tomografia computadorizada, imagem por ultrassons, e/ou varrimento PET do peito, abdómen e/ou pélvis, para se obter mais informação acerca da extensão à qual se espalhou o linfoma pelo corpo. Este processo é denominado determinação do estádio. Os resultados destes testes ajudarão a determinar o decurso do tratamento que seja o mais eficaz.
Estão disponíveis diversos testes para a averiguação do estádio ajudando a determinar quais as áreas do corpo que foram afectadas pelo linfoma folicular. Incluem-se nos testes que se podem levar a cabo: varrimentos CT, testes sanguíneos, biópsia da medula espinal e/ou varrimento PET. A averiguação do estádio envolve dividirem-se os doentes por conjuntos (estádios) com base em quanto o sistema linfático está envolvido na altura do diagnóstico. A determinação do estádio ajuda a determinar o prognóstico de um doente e as opções de tratamento.
Podem definir-se os estádios de um linfoma como se segue:
Estádio I - Só está envolvida uma região de um nodo linfático, ou só está envolvida uma estrutura linfática.
Estádio II - Estão envolvidas duas ou mais regiões de nodos linfáticos ou estruturas de nodos linfáticos do mesmo lado do diafragma.
Estádio III - Estão envolvidas regiões de nodos linfáticos ou estruturas de ambos os lados do diafragma.
Estádio IV - Existe um envolvimento largo de diversos órgãos ou tecidos para além das regiões ou estruturas dos nodos linfáticos, tais como o figado, pulmão, ou medula óssea.
Quando se atribui um estádio, também se inclui uma letra, A ou B, para denotar se estão presentes febre, perda de peso, ou suores nocturnos. "A" significa que estes sintomas não estão presentes; "B" significa que estão. Por exemplo, uma pessoa com a doença no estádio 1 B apresenta provas de cancro na região de um nodo linfático e tem sintomas "B" (febre, perda de peso, ou suores nocturnos).
Na invenção presente, o DLBCL é preferivelmente classificado em estádios consoante os critérios constantes de Cheson et al.r (2007), J. Clin. Oncol. 25(5): 579-586.
Quando se utiliza neste documento uma "composição contendo um anticorpo biespecifico CD19xCD3", inclui-se preferivelmente uma composição farmacêutica. Deste modo, o anticorpo biespecífico CD19xCD3 assume preferivelmente a forma de um medicamento. Nestas condições, o termo "composição farmacêutica" e o termo "medicamento", quando utilizados neste documento são intercambiáveis.
Nesta especificação o termo "farmacêutico/a" deve ser entendido com o seu significado mais lato, incluindo composto (s) utilizados no tratamento do DLBCL num doente. Preferivelmente o composto utilizado no tratamento de um doente com DLCBL é um anticorpo biespecífico CD19xCD3. Deste modo, uma composição farmacêutica inclui preferivelmente um anticorpo biespecífico CD19xCD3 e, opcionalmente, um veículo aceitável do ponto de vista farmacêutico.
Incluem-se nos veículos aceitáveis do ponto de vista farmacêutico soluções ou dispersões aquosas estéreis e pós estéreis para a preparação prévia e soluções ou dispersões injectáveis. A utilização destes meios e agentes para substâncias activas do ponto de vista farmacêutica integra o estado da técnica. Excepto na medida em que qualquer meio ou agente seja incompatível com o composto activo, a sua utilização nas composições farmacêuticas da descrição presente está contemplada.
Pode manter-se uma fluidez adequada, por exemplo, utilizando materiais de revestimento, tais como a lecitina, mantendo a dimensão adequada no caso de dispersões, e pela utilização de tensioactivos.
As composições farmacêuticas contendo os anticorpos também podem conter antioxidantes aceitáveis do ponto de vista farmacêutico, por exemplo (1) antioxidantes solúveis em água, tais como ácido ascórbico, cloridrato de cisteina, bissulfato de sódio, metabissulfito de sódio, sulfito de sódio e outros semelhantes; (2) antioxidantes solúveis em óleo, tais como palmitato de ascorbilo, hidroxianisole butilado (BHA), hidroxitolueno butilado (BHT), lecitina, gaiato de propilo, alfa-tocoferol, e outros semelhantes; e (3) agentes guelantes de metais, tais como ácido cítrico, ácido etilenodiaminatetra-acético (EDTA), sorbitol, ácido tartárico, ácido fosfórico, e outros semelhantes. As composições farmacêuticas utilizadas na invenção presente também podem incluir agentes de isotonicidade, tais como açúcares, polióis tais como manitol, sorbitol, glicerol ou cloreto de sódio nas composições.
Incluem-se nos diluentes aceitáveis do ponto de vista farmacêutico soro salino e soluções aguosas de tampões. As composições farmacêuticas contendo os anticorpos também podem conter um ou mais adjuvantes apropriados para a via de administração seleccionada, tais como conservantes, agentes molhantes, agentes emulsionantes, agentes dispersantes, conservantes ou tampões, gue podem aumentar a vida útil ou a eficácia da composição farmacêutica. Os compostos da descrição presente podem por exemplo ser misturados com lactose, sacarose, pós (por exemplo amido em pó), ésteres celulósicos de ácidos alcanóicos, ácido esteárico, talco, estearato de magnésio, óxido de magnésio, sais sódicos e cálcicos de ácido fosfórico e de ácido sulfúrico, goma-arábica, gelatina, alginato de sódio, polivinilpirrolidona, e/ou poli(álcool vinílico). Outros exemplos de adjuvantes são QS21, GM-CSF, SRL-172, dicloridrato de histamina, timocartina, Tio-TEPA, monofosforil-lípido A/composições de microbactérias, alúmen, adjuvante de Freund incompleto, montanido ISA, sistema adjuvante ribi, adjuvante TiterMax, formulações com adjuvante syntex, complexos estimulantes imunológicos (ISCOM), adjuvante gerbu, oligodesoxinucleótidos CpG, lipopolissacárido, e ácido poli-inosínico policitidílico.
Uma composição (farmacêutica) contendo um anticorpo biespecífico CD19xCD3 está, por exemplo, descrita no WO 2007/068.354.
Pode assegurar-se a prevenção da presença de micro-organismos tanto por processos de esterilização como através da inclusão de diversos agentes antibacterianos e antifúngicos, por exemplo, parabeno, clorobutanol, fenol, ácido sórbico, e outros semelhantes. Além disto, a absorção prolongada da forma farmacêutica injectável pode ser levada a cabo pela inclusão de agentes que atrasam a absorção, tais como monoestearato de alumínio e gelatina. As composições farmacêuticas contendo os anticorpos que contenham um composto da descrição presente também podem incluir um seu sal adequado. Qualquer sal adequado, tal como um sal de metal alcalino-terroso sob uma sua qualquer forma adequada (por exemplo, um sal tampão) , pode ser utilizado na estabilização do composto da descrição presente. Incluem-se tipicamente nos sais adequados o cloreto de sódio, o sucinato de sódio, o sulfato de sódio, o cloreto de potássio, o cloreto de magnésio, o sulfato de magnésio, e cloreto de cálcio. Numa concretização, utiliza-se um sal de alumínio para estabilizar um composto da descrição presente numa composição farmacêutica da descrição presente, sal de alumínio este que também pode servir como um adjuvante quando uma tal composição for administrada a um doente. As composições farmacêuticas contendo os anticorpos podem assumir uma série de formas adequadas. Incluem-se nestas formas, por exemplo, formas de dosagem líquidas, semissólidas e sólidas, tais como soluções líquidas (por exemplo soluções injectáveis e infundíveis), dispersões ou suspensões, emulsões, microemulsões, geles, cremes, grânulos, pós, comprimidos, pílulas, pós, lipossomas, dendrímeros e outras nanopartícuias (vejam-se por exemplo Baek et al.r Methods Enzymol. 362, 240-9 (2003), Nigavekar et al., Pharm Res. 21 (3), 476-83 (2004), micropartícuias, e supositórios.
Um "sal aceitável do ponto de vista farmacêutico" refere-se a um sal que mantém a actividade biológica pretendida do composto de que se obtém e que não proporciona nenhuns efeitos toxicológicos indesejados (veja-se por exemplo Berge, S. M. et al. , J. Pharm. Sei. 66, 1-19 (1977) ) . Incluem-se nos exemplos destes sais os sais de adição a ácidos e a bases. Incluem-se nos sais de adição a ácidos aqueles que derivam de ácidos inorgânicos não tóxicos, tais como os ácidos clorídrico, nítrico, fosfórico, sulfúrico, bromídrico, iodídrico, fosforoso e outros semelhantes, bem como de ácidos orgânicos não tóxicos, tais como os ácidos monocarboxílicos e dicarboxílicos alifáticos, os ácidos alcanóicos substituídos com fenilo, os ácidos hidroxialcanóicos, os ácidos aromático, os ácidos sulfónicos alifáticos e aromáticos e outros semelhantes. Incluem-se nos sais de adição a base os derivados dos metais alcalinos e alcalino-terrosos, tais como sódio, potássio, magnésio, cálcio e outros semelhantes, bem como de aminas orgânicas não tóxicas, tais como N,N'-dibenziletilenodiamina, N-metilglucamina, cloroprocaína, colina, dietanolamina, etilenodiamina, procaína e outras semelhantes.
Incluem-se nos veículos aceitáveis do ponto de vista farmacêutico todos e quaisquer solventes adequados, meios de dispersão, revestimentos, agentes antibacterianos e antifúngicos, agentes de isotonicidade, antioxidantes e agentes que atrasem a absorção, e outros semelhantes que sejam fisiologicamente compatíveis com um composto da descrição presente. Incluem-se nos exemplos de veículos adequados aquosos e não aquosos que se podem empregar nas composições farmacêuticas da descrição presente água, soro salino, soro salino tamponizado com fosfato, etanol, dextrose, polióis (tais como glicerol, propilenoglicol, polietilenoglicol, e outros semelhantes), e misturas adequadas destes, óleos vegetais, tais como azeite, óleo de milho, óleo de amendoim, óleo de semente de algodão, e óleo de gergelim, soluções coloidais de carboximetilcelulose, goma de tragacanto e ésteres orgânicos injectáveis, tais como oleato de etilo, e/ou diversos tampões. Outros veículos são bem conhecidos nas técnicas farmacêuticas.
Encara-se empregar a composição farmacêutica da descrição presente em métodos de co-terapia, isto é, em co-administração com outros medicamentos ou fármacos, por exemplo, outros medicamentos para tratar linfócitos malignos positivos para CD19 num doente e/ou qualquer outro agente terapêutico que possa ser benéfico no contexto dos métodos da invenção presente. Um exemplo de um medicamento ou de um fármaco co-administrado é um quimioterapêutico tal como a dexametasona. No entanto, tal como se mencionou acima neste documento, embora se saiba que a dexametasona também é um quimioterapêutico, ela é utilizada preferivelmente no contexto da invenção presente na qualidade de um composto que ajuda a melhorar e/ou e evitar efeitos adversos tais como, em especial, efeitos neurológicos tais como os descritos noutro local deste documento. A administração "em combinação com" um ou mais agentes terapêuticos adicionais inclui a administração em simultâneo bem como a administração consecutiva por qualquer ordem. "Tratamento" é definido neste documento como a aplicação ou a administração de um anticorpo biespecifico CD19xCD3 a um doente, ou a aplicação ou administração de um anticorpo biespecifico CD19xCD3 a um tecido isolado ou a uma linha de células de um doente, quando o doente tenha DLBCL ou esteja em risco de desenvolver DLBCL, um sintoma de DLBCL, ou uma predisposição para DLBCL, em que o objectivo seja o de curar, eliminar, aliviar, anular, alterar, remediar, melhorar, tornar menos forte, ou afectar DLBCL, os sintomas de DLBCL, ou a predisposição para DLBCL. Por "tratamento" também se pretende incluir a aplicação ou a administração de uma composição farmacêutica que contenha o anticorpo biespecifico CD19xCD3 a um doente, ou aplicação ou administração de uma composição farmacêutica contendo o anticorpo biespecifico CD19xCD3 a um tecido ou a uma linha de células de um doente, que sofra de uma doença, de um sintoma de uma doença, ou de uma predisposição em relação a uma doença, em que o objectivo seja o de curar, eliminar, aliviar, anular, alterar, remediar, melhorar, tornar menos forte, ou afectar a doença, os sintomas da doença, ou a predisposição em relação à doença. A composição farmacêutica aplicada inclui preferivelmente uma "quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico" de um anticorpo biespecifico CD19xCD3.
Uma "quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico" ou "quantidade eficaz", de uma composição em relação a DLBCL refere-se de modo intercambiável a, numa concretização, uma quantidade da composição que atrase, diminua, tenha efeito paliativo, melhore, estabilize, evite e/ou inverta um ou mais sintomas (por exemplo sintomas clínicos, sintomas biológicos, etc.) que estejam associados a DLBCL, em comparação com o que se passe na ausência da composição. Isto inclui utilizarem-se as dosagens e os períodos de tempo necessários, para conseguir o resultado terapêutico pretendido. 0 termo "atrasar" sintomas refere-se a aumentar o período de tempo entre a exposição ao anticorpo biespecífico CD19xCD3 e a manifestação de um ou mais sintomas tais como os descritos neste documento. 0 termo "eliminar" sintomas refere-se a 40, 50, 60, 70, 80, 90 ou mesmo 100 % de diminuição de um ou mais sintomas tais como os descritos neste documento. Uma quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico também inclui qualquer uma cujos efeitos tóxicos ou nocivos tenham menor importância pelos seus efeitos beneficiais do ponto de vista terapêutico.
Uma "quantidade eficaz do ponto de vista profilático" refere-se a uma quantidade eficaz, às dosagens e durante os períodos de tempo necessários, para conseguir um resultado profilático pretendido, uma vez que se utiliza uma dose profilática nos sujeitos antes de ou na altura de um estádio anterior da doença, a quantidade eficaz como profilático pode ser inferior à quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico. As dosagens específicas podem ser facilmente determinadas em ensaios clínicos e dependem, por exemplo, da via de administração, do estádio da doença, da idade, do sexo, e da massa corporal do indivíduo (quando por exemplo em miligramas do fármaco por kg de massa corporal) . Poderia conseguir-se uma profilaxia, por exemplo, aplicando um anticorpo biespecífico CD19xCD3 tal como se descreve neste documento quando ele for administrado a um doente antes de uma terapia com células estaminais, preferivelmente terapia com células estaminais autólogas, para eliminar (esvaziar) as células malignas expressando CD19. As dosagens estão descritas mais adiante. A dose exacta dependerá do objectivo do tratamento, e poderá ser avaliável por um especialista da técnica utilizando metodologias conhecidas. Tal como se sabe na técnica e se descreveu acima, podem ser necessários ajustamentos para a idade, massa corporal, estado geral de saúde, sexo, dieta, interacção com fármacos e severidade do estado, os quais serão avaliáveis através de experimentação rotineira por parte dos especialistas da técnica. 0 efeito terapêutico dos métodos respectivos ou dos passos metodológicos na invenção presente é detectável adicionalmente por todos os métodos estabelecidos e pelas vias que indicarão um efeito terapêutico. Encara-se, por exemplo, que o efeito terapêutico seja detectado através de uma ressecção cirúrgica ou uma biópsia de um tecido ou órgão afectado, que seja subsequentemente analisada através de técnicas imunohistoquímicas (IHC) ou por técnicas imunológicas comparáveis. Em alternativa também se encara que os marcadores do tumor no soro do doente (caso estejam presentes) sejam detectados para se diagnosticar se a via terapêutica já está em efectividade ou ainda não. Adicionalmente ou em alternativa, também é possível avaliar o aspecto geral do doente respectivo (aparência saudável, bem estar, diminuição das dores ou incómodos relacionados com o tumor, etc.) que também ajudarão o médico experimentado a avaliar se já existe um efeito terapêutico. 0 indivíduo conhecedor está ciente de que existem diversos outros meios que lhe permitirão observar um efeito terapêutico dos compostos da descrição presente.
Por "dose eficaz do ponto de vista terapêutico ou profilático" ou "quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico ou profilático" também se inclui uma dose de um anticorpo biespecífico CD19xCD3 que, quando administrada, origine uma resposta terapêutica positiva no tocante ao tratamento de um doente com DLBCL ou de um estado pré-maligno associado a células que expressem CD19. As dosagens adequadas são descritas em mais pormenor noutro local deste documento.
Deste modo, prefere-se em geral que uma composição contendo um anticorpo biespecífico CD19xCD3 origine uma resposta terapêutica positiva no tocante ao tratamento de um doente com DLBCL ou um estado pré-maligno associado a células expressando CD19. 0 significado de "resposta terapêutica positiva" em relação a DLBCL ou a um estado pré-maligno com ele associado caracteriza uma melhoria do DLBCL ou de uma lesão pré-maligna a ele associada, a qual se associa à actividade terapêutica do anticorpo biespecífico CD19xCD3, e/ou uma melhoria dos sintomas associados a DLBCL ou a um estado pré-maligno a ele associado. Isto é, consegue observar-se um efeito anti-proliferativo, a prevenção de mais crescimentos tumorais extravasantes, uma diminuição do tamanho do tumor, uma diminuição do número de células cancerosas, e/ou uma diminuição de um ou mais sintomas associados a células expressando CD19. Assim, por exemplo, uma resposta terapêutica positiva poderia referir-se a uma ou mais das seguintes melhorias da doença: (1) uma diminuição do tamanho do tumor; (2) uma diminuição do número de células cancerosa (isto é, neoplásicas); (3) um aumento da morte das células neoplásicas; (4) uma inibição da sobrevivência de células neoplásicas; (4) uma inibição (isto é, de certa forma um abrandamento, preferivelmente uma paragem) do crescimento do tumor; (5) uma inibição (isto é, de certa forma um abrandamento, preferivelmente uma paragem) da infiltração de células cancerosas para órgãos periféricos; (6) uma inibição (isto é, de certa forma um abrandamento, preferivelmente uma paragem) de metástases tumorais; (7) a prevenção de novos crescimentos tumorais; (8) um aumento da taxa de sobrevivência dos doentes; e (9) um alívio pelo menos parcial de um ou mais sintomas associados ao DLBCL.
Podem determinar-se respostas terapêuticas positivas em qualquer lesão maligna bem determinada através de critérios padrão das respostas específicos para a lesão maligna em questão. Pode avaliar-se a resposta tumoral no tocante a alterações da morfologia do tumor (isto é, quanto à carga tumoral global, dimensão do tumor, e outras semelhantes) utilizando técnicas de rastreio tais como varrimentos de imagiologia por ressonância magnética (MRI), imagiologia radiográfica com raios-x, varrimento tomográfico computacional (CT) , imagiologia de varrimento ósseo, endoscopia, e amostragem por biopsia tumoral incluindo aspiração de medula óssea (BMA) e contagem das células tumorais na circulação. Além destas respostas terapêuticas positivas, o doente em terapia com o anticorpo biespecífico CD19xCD3 pode sentir o efeito beneficiai de uma melhoria dos sintomas associados à doença. Assim para o DLBCL, o doente pode sentir uma diminuição dos assim denominados sintomas B tal como se descrevem neste documento, tais como suores nocturnos, febre, perda de peso, e/ou urticária.
Pode caracterizar-se uma melhoria da doença como uma resposta completa. Por "resposta completa" pretende significar-se uma ausência de doença clinicamente detectável com normalização dos resultados anteriores previamente anormais de imagiologia tais como estudos radiográficos. Uma tal resposta preferivelmente persiste durante pelo menos 4 a 8 semanas, por vezes 6 a 8 semanas ou mais do que 8, 10, 12, 14, 16, 18 ou 20 semanas, ou ainda mais, após o tratamento consoante a invenção. Em alternativa, pode categorizar-se uma melhoria da doença como sendo uma resposta parcial. Por "resposta parcial" pretende significar-se pelo menos um decréscimo em cerca de 50 % de toda a carga tumoral mensurável (isto é, o número de células malignas presentes no doente, ou o volume medido das massas tumorais) na ausência de novas lesões e persistindo durante 4 a 8 semanas ou mais e mais do que 8, 10, 12, 14, 16, 18 ou 20 semanas ou mais. Uma "resposta completa" não indica necessariamente no entanto, que se haja curado o DLBCL, uma vez que um doente pode recair. No entanto, neste caso, o doente pode mais uma vez ser tratado com uma composição que inclua um anticorpo biespecífico CD19xCD3 tal como se descreve neste documento. Utilizam-se as definições pormenorizadas de remissão e de resposta para os doentes da NHL consoante Cheson et al., 1999, J. Clin. Oncol. Abril; 17(4): 1244.
Em algumas concretizações, o doente é submetido a um pré-tratamento, vantajosamente com quimioterapia tal como CHOP ou DHAP, quimioterapia experimental e/ou quimioimunoterapia tal como R-CHOP, R-DHAP, R-ICE, R-VIPE, R-Treo/Flud, ou foi submetido a uma terapia com células estaminais autólogas (SCT).
Doentes "pré-tratados" ou com "tratamento prévio" são os que receberam uma ou mais terapias diferentes desta para DLBCL (isto é, que haviam sido tratados com pelo menos uma outra terapia para DLBCL) antes de receberem a composição contendo o anticorpo biespecífico CD19xCD3. Doentes "pré-tratados" ou com "tratamento prévio" inclui os que hajam sido tratados com elo menos uma outra terapia para DLBCL nos últimos 2 anos, nos últimos 18 meses, no último ano, nos últimos 6 meses, nos últimos 2 meses, nas últimas 6 semanas, há menos do que 1 mês, há menos do que 4 semanas, há menos do que 3 semanas, há menos do que 2 semanas, na semana anterior, nos últimos 6 dias, nos últimos 5 dias, nos últimos 4 dias, nos últimos 3 dias, nos últimos 2 dias, ou mesmo no último dia antes de iniciarem o tratamento com a composição contendo o anticorpo biespecífico CD19xCD3. Não é necessário que o doente haja exibido uma resposta aos tratamentos de DLBCL anteriores. Deste modo, o doente que recebe a composição contendo o anticorpo biespecífico CD19xCD3 poderia ter respondido, ou poderia ter falhado em responder (isto é, o DLBCL era refractário), ao tratamento prévio com a terapia anterior para DLBCL, ou a um ou mais dos tratamentos para DLBCL anteriores em que o tratamento prévio era constituído por múltiplas terapias para DLBCL.
Além disto, noutras concretizações o doente é tratado seguindo os meios e os métodos da invenção presente antes de ser submetido a SCT.
Em algumas concretizações, o doente é refractário ao tratamento com quimioterapia ou com quimioterapia experimental e/ou em recaídas após o tratamento com quimioterapia ou com quimioterapia experimental.
Em algumas das concretizações anteriores, o doente é resistente aos tratamento quimioterapêuticos ou aos tratamentos quimioterapêuticos experimentais.
Um "doente" é um indivíduo humano (ou sujeito) que virá a ser ou está a ser tratado com um anticorpo biespecífico CD19xCD3. De acordo com a invenção presente, suspeita-se ou assume-se que o doente tem ou já tem linfócitos malignos positivos para CD19 (em especial células B) . Neste último caso, o doente referido já tem um diagnóstico (preferivelmente, tal como se descreveu acima neste documento) que inclui estas células e, portanto, DLBCL. Estes linfócitos malignos positivos para CD19 (em especial células B) estão presentes num doente que desenvolve e/ou sofre de DLBCL. De acordo com a invenção presente um doente necessita portanto de um tratamento dos linfócitos malignos positivos para CD19. "Maligno" descreve linfócitos (em especial células B) que contribuem para uma doença progressivamente mais grave, em especial DLBCL. 0 termo é sobretudo familiar como descrição de cancro, neste caso DLCBL. Os linfócitos malignos positivos para CD19 (em especial células B) não são autolimitados no seu crescimento, são capazes de inovador tecidos adjacentes, e podem ser capazes de se espalhar para tecidos distantes (dando metástases). Quando se utiliza maligno neste documento ele é sinónimo de canceroso.
No entanto, como os linfócitos "normais" (não malignos) (em especial as células B) também expressam CD19, é de esperar que o anticorpo biespecífico CD19xCD3 também se ligue a estes linfócitos normais (em especial a células B) e quando recrutarem células T citotóxicas (por causa da segunda especificidade do anticorpo biespecífico CD19xCD13), vão diminuir o teor destas células B normais. Mesmo assim, espera-se que a população das células B normais seja reconstituída na ausência do anticorpo biespecífico CD19xCD3. Foi observado por Leandro e colaboradores que depois da diminuição do seu teor da responsabilidade de um anticorpo anti-CD20, as células B eram reconstituídas, em doentes com artrite reumatoide (Arthritis Rheum. 2006 Fevereiro; 54(2): 613-20). Tal como CD20, também CD19 é expresso na quase totalidade das células B, e pode portanto esperar-se que o teor em células B, depois de diminuído pelo anticorpo biespecífico CD19xCD3 venha a ser reconstituído, também. O termo "administrando", em todas as suas formas gramaticais, significa administração do anticorpo biespecífico CD19xCD3 (sob a forma de uma composição farmacêutica), quer como único agente terapêutico, quer em combinação com outro agente terapêutico. Portanto, no contexto da invenção presente "administração de um anticorpo biespecífico CD19xCD3" ou "administrar um anticorpo biespecífico CD19xCD3" ou qualquer outra sua forma gramatical, significa que o anticorpo CD19xCD3 está sob a forma de uma composição, preferivelmente uma composição farmacêutica, contendo opcionalmente um veículo aceitável do ponto de vista farmacêutico. Portanto, deve entender-se que uma composição, preferivelmente uma composição farmacêutica, que inclua um anticorpo biespecífico CD19xCD3, é administrada a um doente humano. Quando administrada a um doente, preferivelmente é administrada a um doente uma dose eficaz do ponto de vista terapêutico de uma composição que contenha um anticorpo biespecífico CD19xCD3. Deste modo, a composição da descrição presente inclui preferivelmente uma "quantidade eficaz do ponto de vista terapêutico" ou uma "quantidade eficaz do ponto de vista profilático" do anticorpo biespecífico CD19xCD3.
De um modo semelhante, também é preferido que a composição incluindo um anticorpo biespecífico CD19xCD3 tenha uma actividade anti-tumoral. Por "actividade anti-tumoral" pretende significar-se capaz de diminuir a taxa de proliferação ou acumulação de células malignas expressando CD19, e portanto de provocar um declínio da taxa de crescimento de um tumor existente ou de um tumor que possa surgir durante a terapia, e/ou de destruir células neoplásicas (tumorais) existentes ou células neoplásicas formadas de novo, e portanto de diminuir a dimensão global de um tumor durante a terapia. A terapia com pelo menos um anticorpo biespecífico CD19xCD3 provoca uma resposta fisiológica que é benéfica no que diz respeito ao tratamento de estados de doença. "Tumor", tal como se utiliza neste documento, refere-se a todos os crescimentos de células neoplásicas e proliferação de células B malignas expressando CD19, e a todas as células B pré-cancerosas e cancerosas e aos tecidos que originam o DLBCL. Um tumor leva a uma massa tumoral, em especial a uma massa tumoral do tecido do nodo linfático e/ou a um linfoma extranodal provocado pelo DLBCL. "Neoplásico", tal como se utiliza neste documento, refere-se a qualquer forma de crescimento desregulado ou não regulado de células, de que resulte um crescimento anormal de tecido. Deste modo, "células neoplásicas" incluem células B malignas com crescimento celular desregulado ou não regulado.
Os termos "cancro" e "canceroso" referem-se a ou descrevem o estado fisiológico de um doente que é tipicamente caracterizado por crescimento celular não regulado. No contexto da invenção presente o cancro é o DLBCL. A massa tumoral de tecido de nodo linfático e/ou o linfoma extranodal provocado pelo DLBCL é caracterizado preferivelmente por tumores com uma dimensão maior do que 10 x 10 mm, mais preferivelmente 15 x 15 mm e ainda mais preferivelmente com mais do que 20 x 20 mm ou mesmo maiores. De igual modo, quando determinada em três dimensões, a massa tumoral de tecido do nodo linfático e/ou do linfoma extranodal provocados por DLBCL é caracterizada preferivelmente por tumores com uma dimensão maior do que 10 x 10 x 10 mm, mais preferivelmente 15 x 15 x 15 mm e ainda mais preferivelmente mais do que 20 x 20 x 20 mm ou ainda maiores. 0 tecido do nodo linfático inclui preferivelmente nodos linfáticos (incluindo regiões de nodo linfático e/ou estruturas linfáticas) e baço. As regiões do nodo linfático podem ser definidas com áreas de nodos linfáticos e o tecido circundante. Incluem-se nos exemplos os nodos cervicais no pescoço, os nodos axilares debaixo dos braços, os nodos inguinais na virilha, e/ou os nodos mediastinais no peito. As estruturas linfáticas podem ser definidas como órgãos ou estruturas que integram o sistema linfático, tais como os nodos linfáticos, o baço, e a glândula timo.
Portanto, em algumas das concretizações anteriores, o doente tem, entre outros, pelo menos um, dois, três, quatro, cinco ou mais nodos linfáticos ampliados. "Linfoma extranodal": os linfomas podem ser considerados como extranodais quando, depois dos procedimentos de rotina para determinação do estádio, não existe ou existe apenas um envolvimento 'menor' de nodos em conjunto com uma componente extranodal clinicamente 'dominante', à qual o tratamento primário se deve amiúde dirigir. Preferivelmente o linfoma extranodal inclui sistema nervoso central (SNC), tecido cutâneo, mama, pulmões, fígado, tracto gastrointestinal, tracto génito-urinário, tecido ocular, medula óssea e/ou ossos. A administração de uma composição farmacêutica referida neste documento é preferivelmente uma administração endovenosa. Ela pode ser administrada em continuo (continuamente).
Uma administração continua refere-se a uma administração que seja essencialmente sem interrupção. "Essencialmente sem interrupção" inclui uma administração continua m geral sem interrupção do caudal ou da extensão espacial.
Numa concretização preferida, administra-se uma primeira dose da composição (farmacêutica) durante um primeiro período de tempo e consecutivamente administra-se uma segunda dose da composição durante um segundo período de tempo, em que a segunda dose exceda a primeira dose. 0 termo "exceda" significa que o segundo período de tempo seja pelo menos um dia mais longo do que o primeiro período de tempo.
Deve entender-se que a dose ou as gamas diárias mencionadas neste documento são ilustradas por incrementos de um, dois, três, quatro ou cinco. Estas gamas, no entanto, no caso de incrementos maiores do que um, também incluem incrementos menores, por exemplo os exemplificados por incrementos de um (10 a 30 inclui por exemplo 10, 11, 12, 13, 13 etc., até 30), ou incrementos ainda menores, por exemplo de valores após a vírgula decimal.
Noutra concretização preferida da invenção presente, encara-se que o referido primeiro período de tempo seja de pelo menos 3 dias, em que períodos de tempo ainda mais longos, de por exemplo 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14 dias não estão excluídos. "Mais longo" não se limita portanto a 1 (um) dia completo como menor unidade de tempo, isto é, Vi dia, ou algumas horas também são concebíveis. Prefere-se no entanto que a menor unidade de tempo seja de um dia completo.
Deste modo, o referido primeiro período de tempo excede 3 dias. Mais preferivelmente, encara-se que o referido primeiro período de tempo seja de entre 3 dias e 10 dias, sendo especialmente preferido 7 dias.
Tal como se utiliza neste documento, um intervalo de tempo que é definido como "X a Y" é igual ao intervalo de tempo definido como "entre X e Y". Ambos os intervalos de tempo incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que por exemplo um intervalo de tempo de "3 a 10 dias" ou de entre "3 e 10 dias" inclui um período de tempo de três, quatro, cinco, seis, sete e/ou oito dias. A duração do primeiro período de tempo, a duração do segundo período de tempo podem ser variáveis atentos, por exemplo, a idade, o sexo, a massa corporal, etc. do doente humano.
Portanto, noutra concretização preferida da invenção presente, encara-se que o referido segundo período de tempo seja de pelo menos de 18 dias, não se excluindo portanto períodos de tempo ainda mais longos, de por exemplo 19, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 49, 50, 55, 60, 65, 60, 65, 70, 75, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88 ou 90 dias. "Mais longo" não se limita portanto a (um) dia completo como menor unidade de tempo, isto é, ½ dia, ou mesmo algumas horas também são concebíveis. Prefere-se no entanto que a menor unidade de tempo seja de um dia completo.
Portanto, o segundo período de tempo referido excede 18 dias. Mais preferivelmente, encara-se que o segundo período de tempo referido seja de entre 18 dias e de 81 dias, sendo especialmente preferidos 21 ou 49 dias.
Tal como se utiliza neste documento, u m intervalo de tempo que se define como "X a Y" é igual a um intervalo de tempo definido como "entre X e Y". Ambos os intervalos de tempo incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que por exemplo um intervalo de tempo de "18 a 81 dias" ou de "entre 18 e 81 dias" inclui um período de tempo de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60, 61, 62, 63 e/ou 64 dias.
Numa concretização mais preferida da invenção presente, o referido primeiro período de tempo é de entre 3 dias e 10 dias, e o referido segundo período de tempo é de entre 18 e 81 dias.
Numa concretização ainda mais preferida, o referido primeiro período de tempo é de 7 dias e o referido segundo período de tempo é de 21 ou 49 dias.
Portanto, numa concretização preferida adicional dos métodos/regimes de dosagem da invenção presente, a primeira dose referida é de entre 1 e 15 pg/m2/d, isto é, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 pg/ m2/d. É especialmente preferida uma dose de 5 ou de 15 pg/m2/d.
Tal como se utiliza neste documento, um intervalo de dose que é definido como "entre X e Y" é igual a um intervalo de dose que é definido como "X a Y" . Ambos os intervalos de dose incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que por exemplo um intervalo de dose de "entre 1 e 15" ou de "1 a 15" inclui uma dose de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 pg/m2/d.
Numa concretização preferida adicional, a invenção presente inclui a administração contínua de uma dose constante do anticorpo sem se aumentar para uma dose subsequente maior. Por exemplo, a administração presente inclui a administração de 60pg/m2/24h, 15pg/m2/24h ou de 5pg/m2/24h de um anticorpo biespecífico CD19xCD3 de cadeia singela até à conclusão de um decurso do tratamento de até 8 semanas [56 dias], e mesmo mais tempo caso se determine que é seguro e eficaz, "d" denota um dia. "m2" denota um metro quadrado da superfície do corpo de um doente (BSA) . A BSA média "normal" é em geral tomada como sendo de cerca de 1,73 m2 para um adulto, para um recém-nascido é de cerca de 0,25 m2, para uma criança com 2 anos é de cerca de 0,5 m2, para uma criança de 9 anos é de cerca de 1,07 m2, para uma criança de 10 anos de idade é de cerca de 1,14 m2, para uma criança de 12-13 anos de idade é de cerca de 1,33 m2, para homens é de cerca de 1,9 m2 e para mulheres é de cerca de 1.6 m2.
No entanto, a BSA também pode ser calculada com mais precisão recorrendo a uma das fórmulas seguintes (pode aplicar-se qualquer uma destas fórmulas para calcular a BSA) : • A fórmula de Mosteller (Mosteller, N. Engl. J. Med. 1987 de 22 de Outubro; 317(17) : 1098) : BSA (m2) = ([Altura (cm) x Peso (kg) ]/3.60 0)14 • A fórmula de DuBois (DuBois, Arch. Int. Med. 1916 17: 863-871): BSA (m2) = 0, 007184xAltura (cm) 0, 725xPeso (kg) 0,425 • A fórmula de Haycock (Haycock, The Journal of Pediatrics 1978 93(1): 62-66): BSA (m2) = 0, 024265xAltura (cm) 0,3964xPeso (kg) 0,537 • A fórmula de Gehan (Gehan, Cancer Chemother.
Rep. 1970 54: 225-35): BS A (m2) = 0, 0235xAltura (cm) 0, 42246xPeso (kg) 0,5146 • A fórmula de Boyd (Boyd, University of
Minnesota Press, 1935) BSA (m2) =0,0003207xAltura(cm)°’3xPeso(g)(°’7825-(o,oi88xiogio(g)
Em geral prefere-se transformar cada uma das doses descritas neste documento de uma quantidade (em yg)/m2/d para yg/d, multiplicando a dose respectiva pelo factor 1,9. Deste modo, as doses descritas neste documento podem ser aplicadas nos métodos e utilizações multiplicando-as pelo factor 1,9. Por exemplo, uma dose de 5 yg/m2/d é transformada em 9,5 yg/d, uma dose de 15 yg/m2 é transformada em 28,5 yg/d e uma dose de 60 yg/m2/d é transformada em 114 yg/d. É preferido arredondar quer para cima quer para baixo um dígito decimal que resulta da multiplicação, para se obter um número inteiro. Por exemplo, uma dose de 9,5 yg/d pode ser arredondada para 9 yg/d e uma dose de 28,5 yg/d pode ser arredondada para 28 pg/d. De igual forma, uma dose de 9,5 pg/d pode ser arredondada para cima a 10 pg/d e uma dose de 28,5 pg/d pode ser arredondada para cima a 29 pg/d. O termo "pg" inclui "pg de preparação de anticorpo biespecifico CD19xCD3". Prefere-se que não mais do que 10 % da referida preparação de anticorpo biespecifico CD19xCD3 apresente uma dobragem incorrecta. Segue-se que numa concretização preferida, 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 % ou mesmo 95 % do anticorpo biespecifico CD19xCD3 estará correctamente dobrado, veja-se, por exemplo, o WO 2005/052.004. Também se pode conceber que a preparação de anticorpo possa opcionalmente incluir ingredientes adicionais, por exemplo um lioprotector, um tensioactivo, uma carga, um aglomerante, e/ou um agente de aumento de volume, etc.. A quantidade destes ingredientes adicionais não está, preferivelmente, incluída no termo "pg", tal coo se utiliza no contexto da "dose" e/ou dos métodos (regimes de dosagem) da invenção presente.
Uma dose de, por exemplo, 1 pg/m2/d significa que 1 pg do anticorpo biespecifico CD19xCD3 é administrado por igual ou cont inuamente ao longo de um dia, por metro quadrado de superfície corporal do doente respectivo. "Continuamente ao longo de um dia" refere-se a uma infusão que se deixa prosseguir permanentemente sem interrupção.
Numa concretização preferida a referida segunda dose é de entre 15 e 60 pg/m2/d, isto é, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 pg/m2/d. É especialmente preferida uma dose de 60 pg/m2/d. A segunda dose referida é portanto activa do ponto de vista terapêutico.
Numa concretização preferida, a primeira dose referida é de entre 5 e 15 pg/m2/d e a segunda dose referida é de entre 15 e 60 pg/m2/d.
Tal como se utiliza neste documento, uma gama de doses que é definida como "entre X e Y" é idêntica a uma gama de doses que seja definida como "X a Y". Ambas as gamas de doses incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que, por exemplo, uma gama de doses de "entre 15 e 60" ou de "15 a 60" inclua uma dose de 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59 e/ou 60 pg/m2/d.
Deve entender-se que as gamas apresentadas neste documento são ilustradas em incrementos de cinco. Estas gamas, no entanto, também incluem incrementos mais pequenos, por exemplo os exemplificados pelos incrementos de um (10 a 30 inclui por exemplo 10, 11, 12, 13, 13 etc. e até 30), ou mesmo incrementos mais pequenos, por exemplo valores após a virgula decimal.
Preferivelmente não se incluem nas utilizações e métodos da invenção presente que aplicam um anticorpo biespecífico CD19xCD3, os seguintes esquemas de administração: (i) 5 pg/m2 do anticorpo biespecífico durante um dia seguido pela administração de 15 pg/m2 a título de dose diária durante o período remanescente (segundo dia e cada dia consecutivo adicional); e/ou (ii) 15 pg/m2 do anticorpo biespecífico durante um dia seguido pela administração de 45 pg/m2 a título de dose diária durante o período remanescente (segundo dia e cada dia consecutivo adicional); e/ou (iii) 5 pg/m2 do anticorpo biespecífico durante um dia seguido pela administração de 15 pg/m2 durante um dia, e seguido pela administração de 45 pg/m2 a título de dose diária durante o período remanescente (segundo dia e cada dia consecutivo adicional); e/ou (iv) menos do que 10-80 pg/m2 do anticorpo biespecífico durante um dia seguido pela administração de uma dose de 10-80 pg/m2 (segundo e dias consecutivos adicionais); e/ou (v) menos do que 10-80 pg/m2 do anticorpo biespecífico durante um dia seguido pela administração de uma dose de 10-80 pg/m2 durante um dia, e seguido pela administração de uma dose de menos que 10-80 pg/m2 (terceiro e dias consecutivos adicionais).
Noutra concretização preferida do pedido presente, administra-se uma terceira dose do anticorpo referido durante um terceiro período de tempo depois de se administrarem uma primeira e uma segunda doses durante um primeiro e um segundo períodos de tempo. Deste modo, a invenção presente proporciona um esquema de administração (regime de dosagem) em três estádios (três passos) (regime de dosagem) para ser aplicado nas utilizações e nos métodos descritos neste documento. A administração da terceira dose referida é preferivelmente por via endovenosa. Ela pode com vantagem ser administrada continuamente.
Numa concretização preferida da invenção presente, o referido terceiro período de tempo excede o referido primeiro período de tempo e o referido segundo período de tempo. O termo "excede" significa que o terceiro período de tempo é pelo menos um dia mais longo do que o primeiro e o segundo períodos de tempo.
De igual modo como a duração do primeiro e do segundo período de tempo, a duração do terceiro período de tempo pode ser variável atentas, por exemplo, a idade, o sexo, a massa corporal, etc. do doente humano.
No regime de administração em três passos da invenção presente, encara-se que o referido primeiro período de tempo seja de pelo menos 3 dias, não se excluindo períodos de tempo mais longos, por exemplo de 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14 dias. "Mais longo" não é portanto limitado a (um) dia completo a título de menor unidade de tempo, isto é, Vi dia, ou algumas horas, também são concebíveis. Prefere-se no entanto que a duração mais curta seja de um dia completo. Portanto, o referido primeiro período de tempo excede 3 dias. Mais preferivelmente, encara-se que o referido período de tempo seja de entre 3 dias e 10 dias, sendo 7 dias uma duração especialmente preferida.
Tal como se utiliza neste documento, um intervalo de tempo que se defina como "de X a Y" é igual ao intervalo de tempo que se defina como "entre X e Y". Ambos estes intervalos de tempo incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa portanto que por exemplo um intervalo de tempo de "3 a 10 dias" ou de entre "3 e 10 dias" inclui um período de tempo de um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete e/ou oito dias.
No regime de administração em três passos da invenção presente, encara-se que o referido segundo período de tempo seja de pelo menos 3 dias, não se excluindo períodos de tempo mais longos, por exemplo de 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14 dias. "Mais longo" não é portanto limitado a (um) dia completo a título de menor unidade de tempo, isto é, Vi dia, ou algumas horas, também são concebíveis. Prefere-se no entanto que a duração mais curta seja de um dia completo. Portanto, o referido primeiro período de tempo excede 3 dias. Mais preferivelmente, encara-se que o referido período de tempo seja de entre 3 dias e 10 dias, sendo 7 dias uma duração especialmente preferida.
Tal como se utiliza neste documento, um intervalo de tempo que se defina como "de X a Y" é igual ao intervalo de tempo que se defina como "entre X e Y". Ambos estes intervalos de tempo incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa portanto que por exemplo um intervalo de tempo de "3 a 10 dias" ou de entre "3 e 10 dias" inclui um período de tempo de um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete e/ou oito dias.
No regime de administração em três passos da invenção presente, encara-se que o referido terceiro período de tempo seja de pelo menos 3 dias, não se excluindo períodos de tempo mais longos, por exemplo de 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70 e/ou 71 dias. "Mais longo" não é portanto limitado a (um) dia completo a título de menor unidade de tempo, isto é, Vi dia, ou algumas horas, também são concebíveis. Prefere-se no entanto que a duração mais curta seja de um dia completo. Deste modo, o referido primeiro período de tempo excede 8 dias. Mais preferivelmente, encara-se que o referido primeiro período de tempo seja de entre 8 dias e 78 dias, sendo especialmente preferidos 14 ou 42 dias.
Tal como se utiliza neste documento, um intervalo de tempo que se defina como "de X a Y" é igual ao intervalo de tempo que se defina como "entre X e Y". Ambos estes intervalos de tempo incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa portanto que por exemplo um intervalo de tempo de "18 a 78 dias" ou de entre "18 e 78 dias" inclui um período de tempo de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60, 61, 62 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70 e/ou 71 dias.
Numa concretização mais preferida do esquema de administração em três estádios da invenção presente, o referido primeiro período de tempo é de entre 3 dias e 10 dias, e o referido segundo período de tempo é de entre 3 dias e 10 dias, e o referido terceiro período de tempo é de entre 8 dias e 78 dias.
Numa concretização ainda mais preferida, o primeiro período de tempo referido é de 7 dias, o referido segundo período de tempo é de 7 dias, e o referido terceiro período de tempo é de 14 ou de 42 dias.
Numa concretização preferida do esquema de administração em três estádios da invenção presente, a referida terceira dose excede a referida primeira dose e a referida segunda dose. As referidas segunda dose e terceira dose são preferivelmente activas do ponto de vista terapêutico. É de anotar que a segunda dose referida excede a primeira dose referida.
Portanto, numa concretização preferida adicional do esquema de administração em três passos da invenção presente, a primeira dose referida é de entre 1 e 15 pg/m2/d, preferivelmente entre 5 e 15 pg/m2/d, isto é, de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 pg/m2/d. É especialmente preferida uma dose de 5 ou de 10 pg/m2/d.
Numa concretização preferida adicional do esquema de administração em três passos da invenção presente, a referida segunda dose é de entre 1 e 15 pg/m2/d, preferivelmente de entre 5 e 15 pg/m2/d, isto é, de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 pg/m2/d. É especialmente preferida uma dose de 15 pg/m2/d.
Tal como se utiliza neste documento, uma gama de doses que seja definida como de "entre X e Y" é igual a uma gama de doses definida como "X a Y". Ambas as gamas de dose incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que por exemplo uma gama de doses de "entre 1 el5" ou de "1 a 15" inclui uma dose de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,15 pg/m2/d.
Numa concretização preferida adicional do esquema de administração em três estádios da invenção presente, a terceira dose referida é de entre 15 e 120 pg/m2/d, mais preferivelmente de entre 15 e 90 pg/m2/d, isto é, de 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75, 80, 85 e 90 pg/m2/d, ainda mais preferivelmente a terceira dose referida é de entre 15 e 60 pg/m2/d, ainda mais preferivelmente é de entre 20 e 60 pg/m2/d, isto é, de 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 pg/m2/d. É especialmente preferida uma dose de 60 pg/m2/d ou de 90 pg/m2/d.
Numa concretização preferida adicional do esquema de administração em três estádios da invenção presente, a referida primeira dose é de entre 1 e 15 pg/m2/d, a referida segunda dose é de entre 1 e 15 pg/m2/d, e a referida terceira dose é de entre 15 e 60 pg/m2/d ou entre 15 e 90 pg/m2/d ou entre 15 e 120 pg/m2/d. É especialmente preferido que a primeira dose seja de 5 pg/m2/d, a segunda dose referida seja de 15 pg/m2/d, e a terceira dose referida seja de 60 ou de 90 pg/m2/d.
Tal como se utiliza neste documento, uma gama de doses que seja definida como de "entre X e Y" é igual a uma gama de doses que seja definida como de "X a Y". Ambas as gamas de dose incluem especificamente o limite superior e também o limite inferior. Isto significa que por exemplo uma gama de dose de "entre 15 e 60" ou de "15 a 60" inclui uma dose de 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59 e/ou 60 pg/m2/d. De um modo semelhante, isto significa que por exemplo uma gama de dose de "entre 15 e 90" ou de "15 a 90" inclui uma dose de 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 86, 87, 88, 89 ou 90 pg/m2/d.
Numa concretização preferida, administra-se dexametasona em conjunto com o anticorpo biespecífico CD19xCD3. Esta administração inclui especificamente um ou mais passos de tratamento prévio com dexametasona antes da administração da primeira dose do anticorpo biespecífico CD19xCD3 com cadeia singela. Num esquema de administração em três estádios, administra-se a dexametasona antes da primeira dose e antes do aumento para a segunda e/ou terceira doses do anticorpo específico CD19xCD3 com cadeia singela. Além disto, administra-se opcionalmente a dexametasona durante mais 1 ou 2 dias depois da primeira dose e depois de cada um dos sucessivos aumentos de dose. Tal como se mencionou acima, observou-se que um tratamento com dexametasona diminui ou alivia efeitos (adversos) neurológicos, ou reacções, tais como confusão, ataxia, desorientação, disfasia, afasia, incapacidades de expressão verbal, sintomas cerebelares, tremores, apraxia, convulsões, convulsão grand mal, paralisias e/ou patologias do equilíbrio.
Mais especificamente, num esquema de administração em três estádios, administra-se a dexametasona a entre 6 e 48 horas antes da administração da primeira dose do anticorpo biespecífico CD19xCD3, mais preferivelmente entre 6 e 12 horas, e ainda mais preferivelmente 12 horas, antes da primeira administração da primeira dose. Em seguida, cerca de 1 hora antes (entre 15 minutos - 2 h, incluindo 30 minutos, 45 minutos, 60 minutos, 75 minutos, 90 minutos) , administra-se a primeira dose do anticorpo, e administra-se uma dose de dexametasona de novo ao doente. Em seguida administra-se dexametasona 1 ou mais dias, preferivelmente 2 a 3 dias, depois da primeira dose do anticorpo, preferivelmente nos dois dias depois da primeira administração de anticorpo, e administra-se 2 ou mais dias depois de cada aumento de dose, preferivelmente nos dois dias a seguir à administração do aumento de dose do anticorpo. Cada uma das doses de dexametasona é preferivelmente de entre 6 e 40 mg, e preferivelmente a cerca de 20 ou 24 mg por dose. 0 período de temo entre 6 e 48 horas inclui a administração da dose de dexametasona e significa que os períodos de tempo antes da primeira administração do anticorpo são de 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 e 48 horas. De um modo semelhante, o período de tempo entre 6 e 12 horas inclui a administração da dose de dexametasona antes da primeira administração do anticorpo e inclui 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 horas.
Numa concretização adicional, administra-se a dexametasona durante um período de dois, três, quatro ou cinco dias, durante os quais a dose do anticorpo biespecífico CD19xCD3 é aumentada. Por exemplo, administra-se a dexametasona numa primeira altura a uma dose de 6 a 40 mg ou de 6 a 48 mg, preferivelmente 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44 ou 48 mg, preferindo-se 20 ou 24 mg, num segundo ponto ao longo do tempo a uma dose preferivelmente de 8, 12, 16, 20, ou 24 mg, preferindo-se 16 mg e/ou numa terceira altura ao longo do tempo a uma dose preferivelmente de 2, 4, 6, 8, 10 ou 12 mg, preferindo-se 8 mg. Também se pode administrar a um quarto ponto ao longo do tempo ou a um quarto e a um quinto pontos ao longo do tempo e a uma dose preferivelmente de 2, 4, 6, 8, 10 ou 12 mg, preferindo-se 8 mg.
Numa concretização adicional, quando se administra dexametasona durante o aumento das doses do anticorpo biespecífico CD19xCD3 entre o primeiro e o segundo períodos ou entre o segundo e o terceiro períodos de tempo, respectivamente, tal como se descreve neste documento, administra-se nos dias n-3, n-2, n-1, n, n+1, n+2 e/ou n+3, em que n identifica o último dia respectivamente do primeiro ou do segundo períodos de tempo, e em que o número máximo de dias durante o intervalo do dia n-3 ao n+3 seja de 3, 4 ou 5 dias, preferindo-se 3 ou 4 dias. Por exemplo, pode administrar-se dexametasona durante os dias n-3 a n+1, isto é 5 dias, ou durante os dias n-3 a n, isto é 4 dias, ou durante os dias n-2 a n+1, isto é 4 dias ou durante os dias n-1 a n+1, isto é, 3 dias.
Deste modo, administrando-se a dexametasona durante 3, 4 ou 5 dias, encara-se que se aplique preferivelmente o esquema de administração descrito acima: • numa primeira altura a uma dose preferivelmente de 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44 ou 48 pg, preferindo-se 24 pg (pode administrar-se a mesma dose, mas em mg em vez de pg), • numa segunda altura a uma dose preferivelmente de 8, 12, 16, 20, ou 24 pg, preferindo-se 16 pg (pode administrar-se a mesma dose, mas em mg em vez de pg), • numa terceira altura a uma dose preferivelmente de 2, 4, 6, 8, 10 ou 12 pg, preferindo-se 8 pg (pode administrar-se a mesma dose, mas em mg em vez de pg), • numa quarta altura a uma dose preferivelmente de 2, 4, 6, 8, 10 ou 12 pg, preferindo-se 8 pg (pode administrar-se a mesma dose, mas em mg em vez de pg), e/ou • numa quinta altura a uma dose preferivelmente de 2, 4, 6, 8, 10 ou 12 pg, preferindo-se 8 pg (pode administrar-se a mesma dose, mas em mg em vez de pg).
Em alternativa, a dose de dexametasona pode ser a mesma [6-40 mg] em cada administração, e preferivelmente de 20 ou 24 mg por dose.
Também se encara preferivelmente administrar-se a dexametasona em qualquer dia durante o primeiro, o segundo e/ou o terceiro período de tempo quando se administrar o anticorpo biespecífico CD19xCD3, caso se observem efeitos neurológicos.
Uma concretização alternativa da invenção presente é administrar-se uma dose constante do anticorpo sem aumentos a doses subsequentemente maiores, tal como se descreveu acima. Por exemplo, a administração presente inclui a administração de 5 pg/m2/24h, 15 pg/m2/24h ou de 60pg/m2/24h de um anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela, até à conclusão de um decurso de tratamento com a duração de até 8 semanas [56 dias] e mesmo mais longamente caso se determine tal ser seguro e eficaz. Nesta concretização, administra-se a dexametasona a entre 6 e 48 horas, preferivelmente 6 a 12 horas, e mais preferivelmente 6 ou 12 horas, e mais uma vez não mais tarde do que 1 hora (podendo ser entre 15 minutos - 2 h incluindo 30 minutos, 45 minutos, 60 minutos, 75 minutos, 90 minutos), antes da administração da primeira dose do anticorpo. Administra-se preferivelmente a dexametasona durante 1 ou mais dias, preferivelmente 2-3 dias, depois da administração do anticorpo e no caso se observarem efeitos neurológicos.
Embora seja sabido que a dexametasona diminui a actividade das células imunológicas incluindo as células T (células T CD4+ e CD8 + ) , uma vez que se trata de um imunossupressor conhecido, e se pudesse esperar que ao anticorpo biespecifico CD19xCD3 não captasse células I potentes (activas), os inventores presentes observaram o contrário. De facto, as células T recrutadas pelo anticorpo biespecifico CD19xCD3 eram aparentemente potentes, uma vez que se observou uma diminuição notável da massa tumoral nos ensaios clínicos com doentes com DLBCL (vejam-se os Exemplos apensos).
Num aspecto adicional, a descrição presente diz respeito a um estojo farmacêutico para tratar uma massa tumoral de tecido de nodo linfático e/ou de linfoma extranodal provocado por um linfoma difuso de células B grandes (DLBCL) num doente, incluindo uma composição de qualquer uma das reivindicações anteriores e opcionalmente meios de instrução (folha de instruções).
Num aspecto adicional ainda, a descrição presente diz respeito a um estojo (farmacêutico) ou a uma embalagem farmacêutica que inclua a primeira dose e a segunda dose tal como se definem neste documento.
Noutro aspecto, a descrição presente diz respeito a um estojo (farmacêutico) ou a uma embalagem farmacêutica que inclua a primeira dose e a segunda dose tal como se definem neste documento, bem como a terceira dose tal como se define no contexto do método/regime com três estádios de dosagem.
Noutro aspecto ainda, o estojo (farmacêutico) ou a embalagem farmacêutica inclui todas as três doses tal como se definem neste documento no contexto do regime/método com três estádios de dosagem, isto é, a primeira, a segunda e a terceira dose.
As referidas primeira, segunda e terceira doses são deste modo embaladas em conjunto numa embalagem ou num estojo farmacêutico selado. Entender-se-á que a "primeira dose", a "segunda dose" e a "terceira dose" incluem a este respeito os números respectivos de unidades de dose que serão utilizadas durante um determinado período de tempo (quer o primeiro, quer o segundo períodos de tempo) . Isto significa por exemplo que a "primeira dose" ou a "segunda dose" que estão compreendidas na embalagem ou no estojo farmacêuticos da descrição presente incluem, por exemplo, 7 doses diárias que estão em separado. 0 número de doses diárias embaladas reflecte portanto o período durante o qual se utilizará (X doses diárias caso o período referido seja de X dias, Y doses diárias caso o período referido seja de Y dias, e assim por diante). Nestas concretizações, o estojo (farmacêutico) ou a embalagem farmacêutica incluem as dosagens diárias em contentores em separado, numa única embalagem.
Em alternativa, também se encara que a primeira dose pretendida e/ou a segunda dose e/ou a terceira dose não estejam separadas no número respectivo de doses diárias mas estejam contidas, quer no total, quer parcialmente, num único contentor (por exemplo um saco para infusão) , que contenha a dose necessária quer para o primeiro período e/ou para o segundo período de tempo, quer em parte (por exemplo para 1 a 3 dias) , quer total (isto é, para o primeiro ou para o segundo períodos de tempo). Isto significa que um único contentor contenha por exemplo 7 doses diárias para a "primeira dose" que se destina a ser utilizada durante o primeiro período de tempo, etc..
Entender-se-á que o estojo (farmacêutico) ou a embalagem farmacêutica da descrição presente pode também compreender mais ou menos doses diárias do que as necessárias para o período de tempo respectivo (separadas ou não separadas) . Em alternativa, o estojo (farmacêutico) ou a embalagem farmacêutica são preparados de tal modo que contenham o número necessário de doses diárias (quer em separado, quer em conjunto) para o primeiro e para o segundo período de tempo tal como se definem neste documento, isto é, a "primeira dose", a "segunda dose" e a "terceira dose" numa única embalagem. Uma tal embalagem é idealmente suficiente para um tratamento completo de um doente (incluindo o primeiro e o segundo período de tempo) . Partes do estojo e da embalagem da descrição podem ser embalados individualmente em frascos ou em garrafas ou em combinação em contentores ou unidades multicontentoras. 0 fabrico dos estojos seguem preferivelmente processos padrão que são conhecidos dos especialistas da técnica. A descrição presente diz respeito num aspecto adicional a uma embalagem farmacêutica ou a um estojo tal como se descreveram acima neste documento, e com instruções escritas para a sua utilização sequencial de acordo com os métodos da invenção presente. A referida embalagem farmacêutica ou estojo podem também compreender um rótulo ou um impresso indicando que os conteúdos podem ser utilizados para tratar linfócitos malignos positivos para CD19 presentes em linfomas ou leucemias de um doente humano; ou para melhorar ou evitar um efeito adverso mediado pela administração de um anticorpo biespecífico CD19xCD3 a um doente.
Também se encara que a embalagem farmacêutica ou o estojo da descrição presente, contenha também meios de administrar a primeira e/ou a segunda dose e/ou a terceira dose a um doente e/ou tampões, frascos, sacos em teflon ou sacos para infusão que sejam normalmente utilizados para a infusão de agentes terapêuticos. "Meios" inclui portanto um ou mais artigos artificiais seleccionados de entre o conjunto constituído por uma seringa, uma agulha hipodérmica, uma cânula, um cateter, um saco para infusão em administração endovenosa, veículos endovenosos, frascos, tampões, estabilizadores, instruções escritas que ajudem o indivíduo especializado a preparar as doses respectivas e as infusões para utilização consoante a invenção, etc.
Também se encara que a embalagem ou o estojo farmacêuticos da descrição presente contenham além disto um agente quimioterapêutico.
Num aspecto adicional, a descrição presente proporciona uma embalagem ou um estojo, em que esteja disposta a referida primeira dose e/ou a referida segunda dose de tal modo, que estejam adequadas para (preparadas para) a administração de um regime de dosagem consoante um método de qualquer uma das reivindicações anteriores.
EXEMPLOS
Serão agora descritos diversos aspectos e concretizações da invenção presente em mais pormenor através apenas de exemplos. Entender-se-á que a modificação dos pormenores pode ser feita sem qualquer afastamento em relação ao âmbito da invenção. É de anotar que todos os doentes declararam o seu consentimento na sua participação nos ensaios clínicos.
Abreviaturas
Distribuem-se os doentes por estádios de acordo com Cheson et al., (2007), J. Clin. Oncol. 25(5):579-586 CR: remissão completa CRu: remissão completa (não confirmada) DLT: toxicidade limitativa da dose EOS: final do estudo LDH: lactato desidrogenase PD : doença progressiva PR: remissão parcial SAE. Efeito adverso severo SCT: terapia com células estaminais SD: doença estável SPD: soma de diâmetros
Exemplo 1
Doente 109-033 • Feminino, 42 anos, DLBCL com volume abdominal
• Estádio: IVBE • razão de células B:T 0:141 (pequena) • Tratamentos anteriores: 1. 6x R-CHOP 05/09-08/09 2. 2x R-DHAP 10/09-11/09 3. lx R-ICE 12/09 • Data do tratamento anterior: 12/09 • Data do inicio do tratamento: 8.3.2010 • Afecção Principal:
Volume Abdominal 12x10x11 cm • CT de 7 de Abril: progresso do tumor com volume abdominal o aumentando de 12x10x11 cm para 16x15x12 cm o infiltração adicional do baço e do polo do rim direito com aumento de LDH em paralelo -► Paragem do tratamento • Duração do tratamento: 29+3 d • Completado 60 pg/m2/d sem evento neurológico adverso • SAE: Linfopenia • DLT: Não
Exemplo 2 Doente 153-001
• Masculino, 47 anos, DLBCL
• Estádio: IVA • razão de células B:T: 0:524 (pequena) • Primeiro diagnóstico: 09/2009 • Tratamentos anteriores:
1. 6x R-CHOP
2. 2x R-VIPE 3. Estado após cirurgia de remoção abdominal • Datas do último tratamento prévio: 09/09- 12/09 • Inicio do tratamento: 29.3.2010 • Afecção Principal:
Pequena lesão com 2,3x1,7 cm na região da bexiga • Nenhum evento neurológico adverso. • CT passadas 4 semanas: SD liminar • CT passadas 6 semanas (adicionais): diminuição significativa em comparação com o CT após 4 semanas. • CT após 8 semanas: PR com SPD -64,9 • DLT: Não • Novo tratamento iniciado a 12.7.2010 • Pequena BT: 0:291 • CT planeado: 11 de Agosto
Exemplo 3 Doente 109-034 • Masculino, 40 anos, DLBCL,
• Estádio II NE • razão celular B:T: 0:501 (pequena) • Primeiro diagnóstico: 06/07 • Tratamentos anteriores: 1. 8x R-CHOEP 06-10/07 2. 2xDHAP 05-06/09 3. lxR-ICE 07/09 4. R-Treo/Flud 08/09 5. SCT autólogo 09/09 • Data do último tratamento prévio: 09/09 • Inicio do tratamento: 19.4.2010 • Afecção Principal:
Abdominal: 5,1x2,2 cm e 4,8x2,2 cm • Inicio do tratamento 19.4. • Nenhum evento neurológico adverso • SAE: Neutropenia • CT passadas 4 semanas: SD/PD? (aumento de SPD de 31,1 %) -► Ainda para ser confirmado por radiologista de referência -► Envolvimento gástrico controverso; a clarificar • Tratamento em curso por causa do beneficio clinico • CT passadas 8 semanas: PD +43,4 % • DLT: Não
Exemplo 4
Doente 109-035 (1 de 3)
• Feminino, 67 anos, DLBCL
• Estádio IIB • razão de células B:T: 0:1808 • Primeiro diagnóstico: 09/06 • Tratamentos anteriores: 1. 6x R-CHOP 09/06-04/07 + 2x Rituximab para consolidação 2. 2x R-DHAP 01/09-08/09 3. Zevalina BEAM 10/09 4. SCT autólogo 11/09 • Data do último tratamento: 11/09 • Inicio do tratamento: 26.04.2010 • Afecção Principal: 1. Mama direita 2. Inguinal esquerda 3. Perna esquerda inferior • No d2 evento 2 do SNC (Grau 2 do CTCAE) oprimariamente apraxia, apenas ligeira dificuldade de fala, -► paragem do tratamento • 12 h após a paragem sintomas neurológicos completamente resolvidos O MRT banal, FACS-análise de CSF não possível o Tentativa de contraste para CD19 em amostras de CSF fixadas não bem-sucedida
• Doente recebeu profilaxia CSF -► células B viáveis no CSF improvavelmente criando complicação • Doente recebeu outro tratamento entretanto
• Eficácia: N/A • DLT: Não
Exemplo 5
Doente 135-001 (1 de 3)
• Masculino, 52 anos, DLBCL
• Estádio: IVA • razão de células B:T: 0:565 (pequena)
• Primeiro diagnóstico: 1986 como FL • => Transformação do primeiro diagnóstico em DLBCL 01/2008 • Tratamentos anteriores: 1. R-BEAM (BCNU, Etoposido, AraC e Melfalan diminuído a 75 %) 2. SCT autólogo 10/09 • Data do último tratamento anterior: 10/09 • Inicio do tratamento: 10.5.2010 • Afecção Principal: infradiafragmal • A 5 pg tremor e apraxia (dificuldade em escrever) que se resolveu com terapia esteroide. • Aumento para 15 pg a 17 de Maio e para 60 pg a 24 de Maio
-► Sem complicação no SNC • 4 dias após o aumento de dose (20:00 h) para 60 pg o complicação no SNC com afasia e desorientação o Paragem do tratamento (Quinta-feira à noite) o Evento resolvido adentro de 24 h por completo sem sinais no EEG e no MRT; o doente teve alta do hospital no Sábado o No Sábado à tarde: pseudo-alucinações ("vendo caras") • As pseudo-alucinações começaram a melhorar a 2 de Junho. • 9 de Junho: resolução completa (dl2 da ocorrência) • CT: PR? • DLT: sim • EOS: 25.6.10
Exemplo 6
Doente 109-038 (1 de 3)
• Feminino, 65 anos, DLBCL
• Estádio Inicial: IE • razão de células B:T: alta:576:863 • Primeiro diagnóstico: 1997 • Tratamentos anteriores:
1. 6x CHOP
2.2x R-DHAP 3. lx R-Dexa-Feixe 4. Feixe de Dose Elevada com SCT autdlogo • Data do último tratamento anterior: 09/05 • Inicio do tratamento: 7.6 2010 • Afecção Principal: 1. mama direita 2. axila direita, supraclavicular esquerda 3. retroperitoneal e abdominal • Tratamento iniciado a 7 de Junho o Nenhum efeito neurológico adverso a 5 pg • Aumento de dose para 15 pg a 14 de Junho o Nenhum efeito neurológico adverso • Aumento de dose para 60 pg a 21 de Junho o Efeito neurológico ligeiro resolvido por tratamento com esteroide • DLT: Não • 4 Semanas CT: CRu
Tm em curso, S Semanas CT planeado para 4 de Agosto • 4 Semanas CT: o supraclavicular esquerda: o 20x13 mm => 12xl0mm o 17xl3mm => 11x7 mm o llxllmm => 9x7 mm o retroperitoneal: 38x19 mm=>20x9 mm o para-aortal: 40x24mm => 20xllmm 63x47mm=> 45x26mm 48x 45mm=> não identificável de modo limpo
Exemplo 7
Resumos dos Doentes com DLBCL tratados com 5/15/60pg/m2/24h
Exemplo 8 MT103 (anticorpo biespecífico CDl9xCD3) -Dexametasona A Dexametasona Terapêutica (Dex) é beneficiai (levando ao desaparecimento dos sintomas neurológicos sem obrigar a parar o tratamento): • 109-038 doente de alto risco com DLBCL no dl5 (a 60 pg) ; funcionou contra intenção de tremor • A profilaxia com Dex funcionou para o doente de baixo risco 135-002 com DLBCL, que apenas tinha um ligeiro tremor na semana 2.
Exemplo 9 O doente 135-001 com DLBCL recebeu o anticorpo a 5 pg/m2/d durante uma semana, a 15 pg/m2/d durante a 2a semana, e a 60 pg/m2/d durante mais 4 dias. O doente recebeu dexametasona para tratar um tremor a 5 pg/m2/d no dia 3 (3x8 mg) e continuou a receber dexametasona em dose decrescente durante menos do que uma semana. Não houve eventos neurológicos depois de se aumentar para 15 pg, o que se poderia explicar por um efeito profilático da dexametasona. No entanto, no dia 4 após o passo de aumento para 60 pg/m2/d o doente teve que parar devido a eventos neurológicos adversos que ocorreram depressa demais para se intervir com dexametasona.
Exemplo 10 O doente 109-038 com DLBCL recebeu o anticorpo a 5 pg/m2/d durante uma semana, a 15 pg/m2/d durante a 2a semana, e a 60 pg/m2/d durante as 6 restantes semanas do tratamento. No dia 15 o doente desenvolveu uma intenção de tremor que se resolveu após administração de dexametasona (3x8 mg i.v.) enquanto se continuou o tratamento com anticorpo .
Exemplo 11 0 doente 135-002 com DLBCL recebeu o anticorpo a 5 pg/m2/d durante uma semana, a 15 pg/m2/d durante a 2a semana, e a 60 pg/m2/d durante as 2 semanas restantes e além disso recebeu profilaxia com dexametasona (dose: 3x8 mg no dia em que se iniciou o tratamento com o anticorpo e nos dias dos passos de aumento de dose). O doente não teve que interromper o tratamento com anticorpo devido a eventos adversos neurológicos/psiquiátricos.
Exemplo 12
Levou-se a cabo um ensaio clinico de Fase I em doentes com diversos B-NHL incluindo DLBCL para se avaliar a construção do anticorpo biespecifico CD19xCD3 em doentes com DLBCL. Trataram-se os doentes durante 4-8 semanas por administração i.v. continua do anticorpo seguindo o seguinte regime de doseamento com aumento em passos: primeira semana a 5 pg/m2/d, segunda semana a 15 pg/m2/d e durante o periodo remanescente do tratamento 60 pg/m2/d.
Recrutaram-se dois conjuntos com 6 doentes com DLBCL cada um deles. Os dois conjuntos apenas diferiam quanto à dose e à altura em que se administrava a medicação glucocorticoide no início da infusão do anticorpo para mitigar os eventos adversos.
Dos doze doentes, 5 eram do sexo masculino e 7 do sexo feminino. A mediana de idade era de 57 anos (na gama de 24 a 78 anos). Os doentes haviam recebido uma mediana de 4 regimes de tratamento anteriores (na gama de 2-6). Todos os doentes haviam sido expostos a rituximab. Oito dos doze doentes haviam sofrido ASCT. 0 índice prognóstico internacional (IPI) na altura do rastreio variava entre 1 e 3 com uma mediana de 2. Ao primeiro conjunto administrou-se 100 mg de prednisolona 1 hora antes do início; e ao segundo conjunto administrou-se dexametasona (3x 8 mg) nos dias 1, 2, e 3. Antes de se iniciar o tratamento no segundo conjunto administraram-se 20 mg de dexametasona 12 horas e 1 hora antes da administração da construção de anticorpo biespecífico CD19xCD3.
Embora só tivesse ocorrido um DLT (evento reversível do SNC de grau 3) no conjunto dos DLBCL a prednisolona e, portanto, se considerasse o conjunto seguro, iniciou-se mais um conjunto de DLBCL aplicando dexametasona profilática (3x8 mg no início da infusão ou aquando de aumentos de dose e diminuição respectivamente para 3x6 mg e para 3x4 mg nos 2 dias seguintes) , para se optimizar a gestão dos eventos do SNC. Uma vez que um dos dois primeiros doentes sofreu um DLT devido a um evento adverso do SNC, introduziu-se um esquema modificado de administração de "dexametasona inicial" (20 mg a entre - 12 e -6 horas e à -1 hora, tanto no início da infusão como nos aumentos de dose, e 3x8 mg durante os 2 dias seguintes) , para se testar se uma administração mais precoce e mais intensiva de dexametasona podia melhorar os eventos adversos do SNC. Não se observaram mais DLT depois deste ajustamento do horário e dose de administração de dexametasona. Deste modo, tanto o procedimento para conjunto a dexametasona como a "administração precoce de dexametasona" são considerados seguros. Para um conjunto de 5 doentes com DLBCL tratados com a "administração precoce de dexametasona" não se observou nenhum DLT. Portanto, concluiu-se que a administração adicional de "dexametasona precoce" é a via mais segura para se administrar o blinatumomab aos doentes com DLBCL. Além disto, para doentes com "dexametasona precoce" observaram-se respostas objectivas.
LISTAGEM de SEQUÊNCIAS
<110> Micromet GmbH
<120> Meios e métodos para tratar DLBCL
<130> MIM137 92PCT <150> EUA 61/407.107 <151> 2010-10-27 <160> 22 <170> Patente na versão 3.5
<210> 1 <211> 498 <212> PRT <213> Sequência Artificial <22 0> <223> anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela <4 0 0> 1
Asp lie Gin Leu Thr Gin Ser Pro Ala Ser Leu Ala Val Ser Leu Gly 15 10 15
Gin Arg Ala Thr lie Ser Cys Lys Ala Ser Gin Ser Val Asp Tyr Asp 20 25 30
Gly Asp Ser Tyr Leu Asn Trp Tyr Gin Gin lie Pro Gly Gin Pro Pro 35 40 45
Lys Leu Leu lie Tyr Asp Ala Ser Asn Leu Val Ser Gly lie Pro Pro 50 55 60
Arg Phe Ser Gly Ser Gly Ser Gly Thr Asp Phe Thr Leu Asn lie His 65 70 75 80
Pro Val Glu Lys Val Asp Ala Ala Thr Tyr His Cys Gin Gin Ser Thr 85 90 95
Glu Asp Pro Trp Thr Phe Gly Gly Gly Thr Lys Leu Glu lie Lys Gly 100 105 110
Gly Gly Gly Ser Gly Gly Gly Gly Ser Gly Gly Gly Gly Ser Gin Val 115 120 125
Gin Leu Gin Gin Ser Gly Ala Glu Leu Val Arg Pro Gly Ser Ser Val 130 135 140
Lys lie Ser Cys Lys Ala Ser Gly Tyr Ala Phe Ser Ser Tyr Trp Met 145 150 155 160
Asn Trp Vai Lys Gin Arg Pro Gly Gin Gly Leu Glu Trp Ile Gly Gin 165 170 175 lie Trp Pro Gly Asp Gly Asp Thr Asn Tyr Asn Gly Lys Phe Lys Gly 180 185 190
Lys Ala Thr Leu Thr Ala Asp Glu Ser Ser Ser Thr Ala Tyr Met Gin 195 200 205
Leu Ser Ser Leu Ala Ser Glu Asp Ser Ala Vai Tyr Phe Cys Ala Arg 210 215 220
Arg Glu Thr Thr Thr Vai Gly Arg Tyr Tyr Tyr Ala Met Asp Tyr Trp 225 230 235 240
Gly Gin Gly Thr Thr Vai Thr Vai Ser Ser Gly Gly Gly Gly Ser Asp 245 250 255
Ile Lys Leu Gin Gin Ser Gly Ala Glu Leu Ala Arg Pro Gly Ala Ser 260 265 270
Vai Lys Met Ser Cys Lys Thr Ser Gly Tyr Thr Phe Thr Arg Tyr Thr 275 280 285
Met His Trp Vai Lys Gin Arg Pro Gly Gin Gly Leu Glu Trp Ile Gly 290 295 300
Tyr lie Asn Pro Ser Arg Gly Tyr Thr Asn Tyr Asn Gin Lys Phe Lys 305 310 315 320
Asp Lys Ala Thr Leu Thr Thr Asp Lys Ser Ser Ser Thr Ala Tyr Met 325 330 335
Gin Leu Ser Ser Leu Thr Ser Glu Asp Ser Ala Vai Tyr Tyr Cys Ala 340 345 350
Arg Tyr Tyr Asp Asp His Tyr Cys Leu Asp Tyr Trp Gly Gin Gly Thr 355 360 365
Thr Leu Thr Vai Ser Ser Vai Glu Gly Gly Ser Gly Gly Ser Gly Gly 370 375 380
Ser Gly Gly Ser Gly Gly Vai Asp Asp Ile Gin Leu Thr Gin Ser Pro 385 390 395 400
Ala lie Met Ser Ala Ser Pro Gly Glu Lys Val Thr Met Thr Cys Arg 405 410 415
Ala Ser Ser Ser Val Ser Tyr Met Asn Trp Tyr Gin Gin Lys Ser Gly 420 425 430
Thr Ser Pro Lys Arg Trp lie Tyr Asp Thr Ser Lys Val Ala Ser Gly 435 440 445
Va.1 Pro Tyr Arg· phe Ser Gly Ser Gly Ser Gly Thr Ser Tyr Ser Leu 450 455 460
Thr lie Ser Ser Met Glu Ala Glu Asp Ala Ala Thr Tyr Tyr Cys Gin 465 470 475 480
Gin Trp Ser Ser Asn Pro Leu Thr Phe Gly Ala Gly Thr Lys Leu Glu 485 490 495
Leu Lys
<210> 2 <211> 1494 <212> ADN <213> Sequência Artificial <22 0> <223> anticorpo biespecifico CD19xCD3 com cadeia singela <400> 2 gatatccagc tgacccagtc tccagcttct ttggctgtgt ctctagggca gagggccacc 60 atctcctgca aggccagcca aagtgttgat tatgatggtg atagttattt gaactggtac 120 caacagattc caggacagcc acccaaactc ctcatctatg atgcatccaa tctagtttct 180 gggatcccac ccaggtttag tggcagtggg tctgggacag acttcaccct caacatccat 240 cctgtggaga aggtggatgc tgcaacctat cactgtcagc aaagtactga ggatccgtgg 300 acgttcggtg gagggaccaa gctcgagatc aaaggtggtg gtggttctgg cggcggcggc 360 tccggtggtg gtggttctca ggtgcagctg cagcagtctg gggctgagct ggtgaggcct 420 gggtcctcag tgaagatttc ctgcaaggct tctggctatg cattcagtag ctactggatg 480 aactírnrrti-ra afrca^a^QC tn?("ΤΓΓΓΤ+: cttirai-rtnna ttrrnacarrat 11rrrrcCtrrrra 540 gatggtgata ctaactacaa tggaaagttc aagggtaaag ccactctgac tgcagacgaa 600 tcctccagca cagcctacat gcaactcagc agcctagcat ctgaggactc tgcggtctat 660 ttctgtgcaa gacgggagac tacgacggta ggccgttatt actatgctat ggactactgg 720 ggccaaggga ccacggtcac cgtctcctcc ggaggtggtg gatccgatat caaactgcag 780 cagtcagggg ctgaactggc aagacctggg gcctcagtga agatgtcctg caagacttct 840 ggctacacct ttactaggta cacgatgcac tgggtaaaac agaggcctgg acagggtctg 900 gaatggattg gatacattaa tcctagccgt ggttatacta attacaatca gaagttcaag 960 gacaaggcca cattgactac agacaaatcc tccagcacag cctacatgca actgagcagc 1020 ctgacatctg aggactctgc agtctattac tgtgcaagat attatgatga tcattactgc 1080 cttgactact ggggccaagg caccactctc acagtctcct cagtcgaagg tggaagtgga 1140 ggttctggtg gaagtggagg ttcaggtgga gtcgacgaca ttcagctgac ccagtctcca 1200 gcaatcatgt ctgcatctcc aggggagaag gtcaccatga cctgcagagc cagttcaagt 1260 gtaagttaca tgaactggta ocagcagaag tcaggcacct cccccaaaag atggatttat 1320 gacacatcca aagtggcttc tggagtccct tatcgcttca gtggcagtgg gtctgggacc 1380 tcatactctc tcacaatcag cagcatggag gctgaagatg ctgccactta ttactgccaa 1440 cagtggagta gtaacccgct oacgttcggt gctgggacca agctggagct gaaa 1494
<210> 3 <211> 124 <212> PRT <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VH anti CD19 <4Ο0> 3
Gin Val Gin Leu Gin Gin Ser Gly Ala Glu Leu Val Arg Pro Gly Ser 15 10 15
Ser Val Lys lie Ser Cys Lys Ala Ser Gly Tyr Ala Phe Ser Ser Tyr 20 25 30
Trp Met Asn Trp Val Lys Gin Arg Pro Gly Gin Gly Leu Glu Trp lie 35 40 45
Gly Gin lie Trp Pro Gly Asp Gly Asp Thr Asn Tyr Asn Gly Lys Phe 50 55 60
Lys Gly Lys Ala Thr Leu Thr Ala Asp Glu Ser Ser Ser Thr Ala Tyr 65 70 75 80
Met Gin Leu Ser Ser Leu Ala Ser Glu Asp Ser Ala Val Tyr Phe Cys 85 90 95
Ala Arg Arg Glu Thr Thr Thr Val Gly Arg Tyr Tyr Tyr Ala Met Asp 100 105 110
Tyr Trp Gly Gin Gly Thr Thr Val Thr Val Ser Ser 115 120
<210> 4 <211> 372 <212> ADN <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VH anti CD19 <400> 4 caggtgcagc tgcagcagtc tggggctgag ctggtgaggc ctgggtcctc agtgaagatt 60 tcctgcaagg cttctggcta tgcattcagt agctactgga tgaactgggt gaagcagagg 120 cctggacagg gtcttgagtg gattggacag atttggcctg gagatggtga tactaactac 180 aatggaaagt tcaagggtaa agccactctg actgcagacg aatcctccag cacagcctac 240 atgcaactca gcagcctagc atctgaggac tctgcggtct atttctgtgc aagacgggag 300 actacgacgg taggccgtta ttactatgct atggactact ggggccaagg gaccacggtc 360 accgtctcct cc 372
<210> 5 <211> 111 <212> PRT <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VL anti CD19 <400> 5
Asp lie Gin Leu Thr Gin Ser Pro Ala Ser Leu Ala Val Ser Leu Gly 15 10 15
Gin Arg Ala Thr lie Ser Cys Lys Ala Ser Gin Ser Val Asp Tyr Asp 20 25 30
Gly Asp Ser Tyr Leu Asn Trp Tyr Gin Gin lie Pro Gly Gin Pro Pro 35 40 45
Lys Leu Leu lie Tyr Asp Ala Ser Asn Leu Val Ser Gly lie Pro Pro 50 55 60
Arg Phe Ser Gly Ser Gly Ser Gly Thr Asp Phe Thr Leu Asn lie His 65 70 75 80
Pro Val Glu Lys Val Asp Ala Ala Thr Tyr His Cys Gin Gin Ser Thr 85 90 95
Glu Asp Pro Trp Thr Phe Gly Gly Gly Thr Lys Leu Glu lie Lys 100 105 110
<210> 6 <211> 333 <212> ADN <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VL anti CD19 <400> 6 gatatccagc tgacccagtc tccagcttct ttggctgtgt ctctagggca gagggccacc 60 atctcctgca aggccagcca aagtgttgat tatgatggtg atagttattt gaactggtac 120 caacagattc caggacagcc acccaaactc ctcatctatg atgcatccaa tctagtttct 180 gggatcccac ccaggtttag tggcagtggg tctgggacag acttcaccct caacatccat 240 cctgtggaga aggtggatgc tgcaacctat cactgtcagc aaagtactga ggatccgtgg 300 acgttcggtg gagggaccaa gctcgagatc aaa 333
<210> 7 <211> 119 <212> PRT <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VH anti CD3 <400> 7
Asp lie Lys Leu Gin Gin Ser Gly Ala Glu Leu Ala Arg Pro Gly Ala 15 10 15
Ser Val Lys Met Ser Cys Lys Thr Ser Gly Tyr Thr Phe Thr Arg Tyr 20 25 30
Thr Met His Trp Val Lys Gin Arg Pro Gly Gin Gly Leu Glu Trp lie 35 40 45
Gly Tyr lie Asn Pro Ser Arg Gly Tyr Thr Asn Tyr Asn Gin Lys Phe 50 55 60
Lys Asp Lys Ala Thr Leu Thr Thr Asp Lys Ser Ser Ser Thr Ala Tyr 65 70 75 80
Met Gin Leu Ser Ser Leu Thr Ser Glu Asp Ser Ala Val Tyr Tyr Cys 85 90 95
Ala Arg Tyr Tyr Asp Asp His Tyr Cys Leu Asp Tyr Trp Gly Gin Gly 100 105 110
Thr Thr Leu Thr Val Ser Ser 115
<210> 8 <211> 357 <212> ADN <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VH anti CD3 <400> 8 gatatcaaac tgcagcagtc aggggctgaa ctggcaagac ctggggcctc agtgaagatg 60 tcctgcaaga cttctggcta cacctttact aggtacacga tgcactgggt aaaacagagg 120 cctggacagg gtctggaatg gattggatac attaatccta gccgtggtta tactaattac 180 aatcagaagt tcaaggacaa ggccacattg actacagaca aatcctccag cacagcctac 240 atgcaactga gcagcctgac atctgaggac tctgcagtct attactgtgc aagatattat 300 gatgatcatt actgccttga ctactggggc caaggcacca ctctcacagt ctcctca 357
<210> 9 <211> 106 <212> PRT <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VL anti CD3 <400> 9
Asp lie Gin Leu Thr Gin Ser Pro Ala lie Met Ser Ala Ser Pro Gly 15 10 15
Glu Lys Val Thr Met Thr Cys Arg Ala Ser Ser Ser Val Ser Tyr Met 20 25 30
Asn Trp Tyr Gin Gin Lys Ser Gly Thr Ser Pro Lys Arg Trp lie Tyr 35 40 45
Asp Thr Ser Lys Val Ala Ser Gly Val Pro Tyr Arg Phe Ser Gly Ser 50 55 60
Gly Ser Gly Thr Ser Tyr Ser Leu Thr lie Ser Ser Met Glu Ala Glu 65 70 75 80
Asp Ala Ala Thr Tyr Tyr Cys Gin Gin Trp Ser Ser Asn Pro Leu Thr 85 90 95
Phe Gly Ala Gly Thr Lys Leu Glu Leu Lys 100 105
<210> 10 <211> 318 <212> ADN <213> Sequência Artificial <22 0> <223> VL anti CD3 <4 Ο 0> 10 gacattcagc tgacccagtc tccagcaatc atgtctgcat ctccagggga gaaggtcacc 60 atgacctgca gagccagttc aagtgtaagt tacatgaact ggtaccagca gaagtcaggc 120 acctccccca aaagatggat ttatgacaca tccaaagtgg cttctggagt cccttatcgc 180 ttcagtggca gtgggtctgg gacctcatac tctctcacaa tcagcagcat ggaggctgaa 240 gatgctgcca cttattactg ccaacagtgg agtagtaacc cgctcacgtt cggtgctggg 300 accaagctgg agctgaaa 318 <210> 11 <211> 10 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-H1 <4 0 0> 11
Gly Tyr Thr Phe Thr Arg Tyr Thr Met His 15 10 <210> 12 <211> 17 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-H2 <4 Ο 0> 12
Tyr lie Asn Pro Ser Arg Gly Tyr Thr Asn Tyr Asn Gin Lys Phe Lys 15 10 15
Asp <210> 13 <211> 10 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-H3 <4 0 0> 13
Tyr Tyr Asp Asp His Tyr Cys Leu Asp Tyr 15 10 <210> 14 <211> 10 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-L1 <4 0 0> 14
Arg Ala Ser Ser Ser Val Ser Tyr Met Asn 15 10 <210> 15 <211> 7 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-L2 <4 0 0> 15
Asp Thr Ser Lys Val Ala Ser 1 5 <210> 16 <211> 9 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD3 CDR-L3 <4 0 0> 16
Gin Gin Trp Ser Ser Asn Pro Leu Thr 1 5 <210> 17 <211> 10 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-H1 <4 0 0> 17
Gly Tyr Ala Phe Ser Ser Tyr Trp Met Asn 15 10 <210> 18 <211> 17 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-H2 <4 0 0> 18
Gin lie Trp Pro Gly Asp Gly Asp Thr Asn Tyr Asn Gly Lys Phe Lys 15 10 15
Gly <210> 19 <211> 15 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-H3 <4 0 0> 19
Arg Glu Thr Thr Thr Val Gly Arg Tyr Tyr Tyr Ala Met Asp Tyr 15 10 15 <210> 20 <211> 15 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-L1 <400> 20
Lys Ala Ser Gin Ser Val Asp Tyr Asp Gly Asp Ser Tyr Leu Asn 15 10 15 <210> 21 <211> 7 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-L2 <400> 21
Asp Ala Ser Asn Leu Val Ser 1 5 <210> 22 <211> 9 <212> PRT <213> artificial <22 0> <223> CD19 CDR-L3 <400> 22
Gin Gin Ser Thr Glu Asp Pro Trp Thr 1 5
Lisboa, 4 de Janeiro de 2016.

Claims (18)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Uma composição contendo um anticorpo biespecifico CD19xCD3 para utilização num método para o tratamento de uma massa tumoral de tecido de nodo linfático e/ou um linfoma extranodal provocado por linfoma difuso com células B grandes (DLBCL) num doente, em que o método também inclua a administração de pelo menos um glucocorticoide.
  2. 2. A composição para a utilização da reivindicação 1, em que a massa tumoral seja caracterizada por os tumores terem uma dimensão maior do que 10 x 10 mm.
  3. 3. A composição para a utilização da reivindicação 1 ou da 2, em que o tecido do nodo linfático inclua nodos linfáticos e/ou baço.
  4. 4. A composição para a utilização da reivindicação 1 ou da 2, em que o linfoma extranodal inclua sistema nervoso central (SNC), tecido cutâneo, mama, pulmões, fígado, tracto gastrointestinal, tracto génito-urinário, tecido ocular, medula óssea e/ou ossos.
  5. 5. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que se administre uma primeira dose da composição durante um primeiro período de tempo e consecutivamente se administre uma segunda dose da composição durante um segundo período de tempo, em que a segunda dose exceda a primeira dose.
  6. 6. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a primeira dose referida seja de entre 1 e 15 pg/m2/d.
  7. 7. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a segunda dose referida seja de entre 15 e 60 pg/m2/d.
  8. 8. A composição para a utilização da reivindicação 5, incluindo adicionalmente administrar-se após uma primeira e uma segunda dose durante um primeiro e um segundo períodos de tempo, uma terceira dose da composição durante um terceiro período de tempo.
  9. 9. A composição para a utilização da reivindicação 8, em que o terceiro período de tempo exceda o primeiro e o segundo período de tempo, sendo que a segunda dose referida exceda a primeira dose referida.
  10. 10. A composição para a utilização da reivindicação 8 ou a 9, em que a terceira dose exceda a primeira e a segunda doses.
  11. 11. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações 8 a 10, em que a primeira dose referida seja de entre 1 e 15 pg/m2/d, preferindo-se 5 pg/m2/d.
  12. 12. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações 8 a 11, em que a segunda dose referida seja de entre 1 e 15 pg/m2/d, preferindo-se 15 pg/m2/d.
  13. 13. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações 8 a 12, em que a referida terceira dose seja de entre 15 e 60 pg/m2/d, preferindo-se 60 pg/m2/d.
  14. 14. A composição para a utilização de qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que durante o tratamento se doseie o anticorpo a uma dose constante seleccionada de entre o conjunto constituído por 5 pg/m2/d, 15 pg/m2/d ou 60 pg/m2/d, preferindo-se 60 pg/m2/d.
  15. 15. A composição para a utilização da reivindicação 1, em que o glucocorticoide seja seleccionado de entre o conjunto constituído por pelo menos uma de entre cortisona, cortisol, cloprednol, prednisona, prednisolona, metilprednisolona, deflazacort, fluocortolona, triamcinolona, dexametasona, e betametasona, propionato de flusticasona, acetonido de triamcinolona, preferindo-se dexametasona.
  16. 16. A composição para a utilização da reivindicação 15, na qual o glucocorticoide seja administrado antes da administração do anticorpo biespecifico CD19xCD3.
  17. 17. A composição para a utilização da reivindicação 16, na qual o glucocorticoide seja administrado entre 6 e 48 horas antes da administração do anticorpo biespecifico CD19xCD3, preferivelmente entre 6 e 12 horas antes.
  18. 18. A composição para a utilização da reivindicação 1, em que o doente referido seja refractário ao tratamento por quimioterapia ou quimioterapia experimental e/ou esteja em recaída após tratamentos por quimioterapia ou quimioterapia experimental. Lisboa, 4 de Janeiro de 2016.
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