PT2228048E - Placa transitável para o desenvolvimento da motricidade de seres vivos, em particular da motricidade humana - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "PLACA TRANSITÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE DE SERES VIVOS, EM PARTICULAR DA MOTRICIDADE HUMANA" A presente invenção refere-se a uma placa transitável para o desenvolvimento da motricidade de seres vivos, em particular da motricidade humana, de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1.

Os doentes de Parkinson não se caracterizam exteriormente apenas pelo tremor extremo dos seus membros, mas também além disso têm perturbações da coordenação dos seus movimentos e também do seu sentido do equilíbrio. A muitos doentes de Parkinson, em particular num estado avançado da doença, falta a autoconfiança para se deslocarem a pé, em particular devido às perturbações da coordenação e também devido à perturbação do sentido do equilíbrio. Devido à falta de movimento, a musculatura de todo o corpo então também se degenera e neste caso, em particular também a musculatura da perna inferior. Para o desenvolvimento da motricidade de doentes de Parkinson já é conhecido que estes andem com meios auxiliares, por exemplo em corrimãos ou também com os conhecidos andarilhos com rodas. No entanto verificou-se que aquando de exercícios com andarilho com rodas ou também no corrimão, a autoconfiança de doentes de Parkinson deste género também não é suficiente para que estes sejam capazes de andar autonomamente, sem meios auxiliares deste género. Isto baseia-se no essencial no facto de praticamente todos os solos apresentarem certos desníveis, que quando os 1 doentes de Parkinson andam, portanto quando colocam um pé na frente do outro, proporcionam a estes o risco de perderem o equilíbrio sobre tais desníveis.

Como anteriormente mencionado, devido à falta de treino, a estes doentes de Parkinson falta também a musculatura do corpo que é necessária para se deslocarem autonomamente. Desta não faz apenas parte a musculatura da perna, a referir primariamente, e neste caso a musculatura da perna inferior, mas antes toda a musculatura do corpo, que é necessária para estabilizar o corpo durante o processo de deslocação. A partir do documento EP 1743989 AI é agora conhecida uma placa transitável que apresenta uma superfície em relevo. Demonstrou-se que os doentes de Parkinson que andam sobre tais placas transitáveis com estrutura em relevo alcançam uma certa segurança durante o processo de deslocação. Através da estrutura em relevo com elevações e depressões, que apresentam eventualmente uma diferença de altura de vários centímetros, são simultaneamente provocados estímulos visuais ao doente que anda sobre a mesma, sendo que aquando do seu processamento ele tem que pensar como se deve andar sobre um solo desnivelado deste género. Em particular a combinação de estímulos visuais e respectivos estímulos corporais correspondentes desenvolve a motricidade e a percepção proprioceptiva não apenas de doentes de Parkinson, mas antes também as das crianças.

Como já foi explicado noutro local, a estrutura em relevo sobre tais placas proporciona estímulos visuais no doente. Este facto significa no entanto também que o doente ou também a criança, cuja motricidade fina deve ser melhorada, se habitua visualmente à estrutura em relevo. Pois bem, para doentes e 2 neste caso em particular doentes de Parkinson, aquando do movimento na vida quotidiana não é sempre possível habituar-se visualmente ao solo, uma vez que afinal de contas o restante ambiente tem que ser também observado. Isto é, a motricidade do doente não deve apenas ser controlada através de estímulos visuais, mas antes, independentemente destes, o doente deve apreender a habituar-se a solos que se alteram aleatoriamente.

Uma placa transitável de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1 é conhecida a partir do documento US 5108094. De acordo com a invenção, a placa transitável apresenta as características da reivindicação 1. A placa apresenta locais ou zonas com diferentes durezas sobre a sua face superior. Isto é, uma tal placa apresenta diferentes maciezas ou durezas sobre a sua face superior. Isto significa que o doente que anda sobre uma tal placa ou sobre um conjunto de placas não pode pelo menos reconhecer visualmente quais os locais que são macios ou duros. O doente afunda-se por conseguinte em diferentes locais mais profundamente do que noutros locais, do qual resulta uma posição inclinada do pé, que antes o doente não pôde antecipar visualmente. Nesta medida, o doente não se consegue habituar ao solo. Isto significa no entanto também que o doente tem que confiar unicamente na sua percepção proprioceptiva.

De acordo com a invenção, a placa é disponibilizada num material, no essencial rigido, com um revestimento num material mais flexível em relação a esse. Devido ao facto de o material mais flexível apresentar diferentes espessuras, resultam por conseguinte locais com diferentes durezas sobre a placa.

De acordo com a invenção, a placa é produzida a partir de um material sintético. 3

De acordo com a invenção está previsto que a placa apresente uma estrutura em relevo sobre a sua face superior, isto é, uma estrutura em relevo é combinada com locais de diferentes resistências ou maciezas numa placa. Por conseguinte, através de uma combinação de desníveis sobre a placa em ligação com secções com diferentes durezas sobre a placa, a motricidade fina é estimulada numa medida muito superior do que é o caso individualmente, o que é muito positivo para o sucesso terapêutico, como já se verificou em análises. 0 objecto da invenção é também um revestimento de pavimento com várias placas do tipo anteriormente descrito.

No que se segue, a invenção é explicada a título de exemplo com base nos desenhos, sendo que os exemplos de acordo com as figuras 1 a 3 não são cobertos pelas reivindicações.

Figura 1 Figura 2 Figura 3

Figura 4 mostra um conjunto de várias placas; mostra uma placa transitável deste género, em corte; mostra uma placa com câmaras dispostas sobre a face inferior; mostra uma forma de realização da placa de acordo com a invenção, com um revestimento num material flexível.

Como se pode deferir a partir da figura 1, uma placa 1 de um conjunto de várias placas apresenta uma estrutura 2 em relevo. Esta estrutura 2 em relevo compreende elevações 2a e depressões 2b. A união das placas processa-se neste caso de tal 4 modo que as placas transitam umas nas outras sem degraus, quando as suas faces superiores se encontram encostadas umas às outras. É revelada a configuração de uma placa de acordo com a figura 1, por exemplo com uma estrutura em relevo, sendo que a placa apresenta locais com diferentes durezas. Uma placa de material sintético, por exemplo um elastómero, apresenta uma inserção 5 que se destaca da restante placa pelo facto de ser mais macia ou também mais dura do que o material circundante da placa. A figura 3 mostra uma configuração de uma placa transitável com uma superfície em relevo, sendo que a placa apresenta câmaras 10 sobre a sua face inferior que são revestidas com um material 11 macio. Por este meio resultam locais com diferentes profundidades de penetração quando se anda sobre a placa ou, por outras palavras, locais com diferentes durezas, sendo que tem que ser assegurado que o material da placa não seja de tal modo rígido ou duro que, apesar das câmaras dispostas sobre a face inferior, a deformação da própria placa não é possível devido ao seu material, aquando da acção de força. A figura 4 mostra uma forma de realização da invenção, na qual a placa em relevo está provida de um revestimento 20 que apresenta uma dureza mais reduzida em relação ao material da placa. Devido ao facto de o revestimento 20 apresentar uma espessura diferente ao longo da superfície, resultam diferentes profundidades de penetração aquando de carga, o que significa que para as pessoas que andam sobre uma tal placa resultam locais com diferentes durezas.

Lisboa, 29 de Fevereiro de 2012 5

Claims (2)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Placa transitável para o desenvolvimento da motricidade de seres vivos, em particular da motricidade humana, sendo que a placa é produzida a partir de um material sintético, sendo que a placa apresenta locais com diferentes durezas sobre a sua face superior, caracterizada por a placa (1) apresentar uma estrutura em relevo sobre a sua face superior, sendo que a placa é constituída por um material no essencial rígido com um revestimento (20) num material flexível em relação a esse, sendo que o material flexível do revestimento (20) é configurado com diferentes espessuras.
2. 2. Revestimento de pavimento com várias placas (1) de acordo com a reivindicação 1. Lisboa, 29 de Fevereiro de 2012 1