PT2069334E - Di-hidrocalcona idêntica a aspalatina, extracto proveniente de rooibos não fermentado e método para a sua preparação - Google Patents

Di-hidrocalcona idêntica a aspalatina, extracto proveniente de rooibos não fermentado e método para a sua preparação Download PDF

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PT2069334E PT08801873T PT08801873T PT2069334E PT 2069334 E PT2069334 E PT 2069334E PT 08801873 T PT08801873 T PT 08801873T PT 08801873 T PT08801873 T PT 08801873T PT 2069334 E PT2069334 E PT 2069334E
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Wilfried Dimpfel
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Description

1
DESCRIÇÃO
"Dl—HIDROCALCONA IDÊNTICA A ASPALATINA, EXTRACTO PROVENIENTE DE ROOIBOS NÃO FERMENTADO E MÉTODO PARA A SUA PREPARAÇÃO" A presente invenção diz respeito a um novo composto químico de fórmula estrutural I e seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis. Além disso, a invenção também diz respeito a um processo para isolar o composto de fórmula estrutural I a partir de matéria-prima natural rooibos. A presente invenção também diz respeito a um extracto de rooibos que possui um teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I de, pelo menos, 0,4% em peso e de preferência, pelo menos, 1,5% em peso. Além do mais, a invenção diz respeito à utilização do composto químico de fórmula estrutural I e dos seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis e de extracto de rooibos de acordo com a invenção como medicamento, em particular para a prevenção e para o tratamento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos do sistema nervoso central, em particular de demências. A expressão "farmaceuticamente activo" também compreende os efeitos que dão origem a uma melhoria subjectiva no estado mental, caso em que a aprovação em termos de legislação farmacêutica não é absolutamente necessária. O rooibos (inglês: Rooibos; nome botânico: Aspalathus lineares) cresce exclusivamente na África do Sul e é, até à data, a única planta conhecida que contém a substância antioxidante particularmente forte aspalatina, um flavonóide. Além do mais, os rooibos contêm ainda outros 2 falvonóides, tais como C-glicosilflavonas (incluindo orientina, isoorientina), flavonol-3-0-glicósidos (incluindo quercetina, quercitrina, isoquercitrina, rutina) e di-hidrocalconas notofagina e aspalatina. 0 rooibos "verde", não fermentado, é distinguível por um teor superior de polifenóis, em particular de aspalatina, e uma actividade antioxidante superior em comparação com os produtos fermentados. 0 efeito de redução da actividade antioxidante pelo processo de fermentação é igualmente observado no caso do chá preto em comparação com chá verde (Bramati et al., J. Agric. Food Chem. 2003, 51: 7472-7474). Investigações científicas mostram que a actividade antioxidante do chá de rooibos é principalmente proveniente do teor em aspalatina. Na investigação do processo de fermentação de chá de rooibos, concluiu-se que o teor em aspalatina e em notofagina diminui durante o processo de fermentação (Schulz et al., Eur. Food Res. Technol. 2003, 216: 539-543). A actividade antioxidante mais baixa do chá de rooibos "vermelho" fermentado em comparação com o chá de rooibos "verde", não fermentado, pode assim ser explicada.
Devido aos flavonóides promotores de saúde supramencionados e ao seu bom paladar, o chá de rooibos é bastante consumido. Como outros ingredientes do chá de rooibos, refere-se ácidos fenólicos, óleos essenciais, vitamina C e diversos minerais, em particular ferro e fluoreto.
Para se alcançar uma actividade antioxidante tão elevada quanto possível, é necessário um elevado teor em aspalatina. Neste contexto, no documento DE 10 2005 004 438 encontra-se descrito um extracto de rooibos que, em 3 comparação com o teor em aspalatina normal de 1% a 3% em peso, possui um teor aumentado superior a 5% em peso em combinação com um teor reduzido em clorofila inferior a 0,4% em peso. De acordo com o documento DE 10 2005 004 438, o extracto de rooibos é obtido por extracção de material no estado natural de rooibos não fermentado por meio da utilização de uma mistura de etanol e água, sendo utilizada uma mistura de etanol/água numa proporção de 80:20. Devido à sua acção fortemente antioxidante, anti-irrirante e anti-microbiana, crê-se que o extracto de rooibos com um teor elevado em aspalatina possa ser utilizado, em particular, para aplicações cosméticas, por exemplo, como agentes para o tratamento do cabelo, da pele ou da boca.
Um outro flavonóide que está presente no chá de rooibos é a quercitina. Esta está presente com um teor de cerca de 11 mg/10 0 g de material no estado natural de rooibos e influencia, por exemplo, a libertação de histamina no corpo humano, dando origem ao alívio de sintomas alérgicos. A quercitina também é capaz de inibir a produção de monoaminooxidase, que influencia de um modo vantajoso depressões suaves e distúrbios de sono (Plantextrakt, The nature network, número 3 de 09.11.2005; Plantextrakt GmbH). O ponto de partida da presente invenção foi a pesquisa de substâncias activas para o tratamento de doenças do sistema nervoso central, tais como, por exemplo, demências, doença de Parkinson, depressão e dor. Estas doenças são difíceis de tratar e os medicamentos aqui utilizados, tais como, por exemplo, tacrina, galantamina ou nefopamo, possuem diversos efeitos adversos. 4
Assim sendo, constitui um objecto da invenção proporcionar substâncias activas, composições e extractos provenientes de rooibos para o tratamento terapêutico destas doenças. Em particular, tais substâncias activas ou composições deverão apresentar um nível reduzido de efeitos adversos.
Este objectivo é alcançado pelo conteúdo das reivindicações da patente.
A presente invenção diz respeito a um composto de fórmula estrutural I
OH e aos seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis. Como derivados preferidos, referem-se aqui os produtos de combinação do composto de acordo com a fórmula estrutural I com ácido ferúlico, ácido quínico, ácido cafeico, ácido glucónico ou ácido clorogénico. De preferência, o composto de fórmula estrutural I é utilizado na sua forma natural ou como um sal e, mais 5 preferencialmente, na sua forma natural de acordo com a fórmula estrutural I.
Como ésteres preferidos, é possível referir os ésteres do ácido fórmico, do ácido acético, do ácido propiónico, do ácido glutárico, do ácido tartárico ou do ácido succínico. Como sais preferidos, refere-se os sais com contra-iões catiónicos orgânicos ou inorgânicos, em particular sais de metais alcalinos, sais de metais alcalino-terrosos, sais de amónio ou sais com ácidos farmaceuticamente aceitáveis, tais como succinatos, citratos ou tartratos.
Além do mais, a invenção diz respeito a um extracto de rooibos, de preferência de rooibos não fermentado, que possui um teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I de, pelo menos, 0,4% em peso, de preferência, pelo menos , 1,5% em peso, mais preferencialmente, pelo menos , 2,5 % em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos , 5% em peso, muito mais preferencialmente, pelo menos , 10% em peso e ainda muito mais preferencialmente, pelo menos, 20% em peso.
Além disso, a invenção diz respeito a um processo para a preparação do composto de fórmula estrutural I, o qual consiste em - extrair material de matéria-prima natural rooibos não fermentado, seco e cortado, com um agente extractor constituído por metanol e/ou água durante um período predeterminado de extracção e a uma temperatura até 90 °C e de preferência até 60°C, - filtrar o extracto e depois evaporar até à secura sob pressão reduzida e purificar por diversos passos de separação cromatográfica, de preferência em três passos de separação 6 cromatográfica, utilizando duas colunas Sephadex LH20 e depois uma coluna lipofílica cl8-HPLC. A invenção também diz respeito à utilização de um extracto de rooibos como medicamento ou suplemento alimentar. Além do mais, a invenção diz respeito à utilização de compostos de acordo com a fórmula estrutural I e dos seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis como medicamento ou como suplemento alimentar. 0 suplemento alimentar ou medicamento pode conter o extracto de rooibos, por exemplo, numa quantidade pelo menos de 200 mg e de preferência pelo menos de 300 mg por g de suplemento alimentar ou por unidade de dosagem de medicamento. De preferência, o suplemento alimentar ou medicamento contém o extracto de rooibos numa quantidade pelo menos de 100 mg, mais preferencialmente pelo menos de 200 mg e ainda mais preferencialmente pelo menos de 300 mg por g de suplemento alimentar ou por unidade de dosagem do medicamento. De acordo com outra variante preferida, o suplemento alimentar ou medicamento contém pelo menos 1 mg, mais preferencialmente pelo menos 2 mg, ainda mais preferencialmente pelo menos 3 mg, muito mais preferencialmente pelo menos 5 mg e ainda muito mais preferencialmente pelo menos 10 mg do composto de fórmula estrutural I por g de suplemento alimentar ou por dose unitária de medicamento.
De acordo com uma variante preferida da invenção, o extracto de rooibos e os compostos de acordo com a fórmula estrutural I, e os seus sais, derivados e ésteres, são utilizados com uma proporção superior de composto de acordo com a fórmula estrutural I enquanto fármacos para a prevenção ou para o tratamento de distúrbios neurológicos 7 ou psiquiátricos, de preferência para o tratamento de demências, doença de Parkinson, depressão e dor, em particular da doença de Alzheimer.
De acordo com uma variante ainda mais preferida, a invenção diz respeito à utilização de extractos de rooibos e do composto de fórmula estrutural I, ou dos seus sais, derivados ou ésteres farmaceuticamente aceitáveis, para a prevenção e/ou para o tratamento de distúrbios neurológicos ou psiquiátricos do sistema nervoso central, em que os distúrbios neurológicos e psiquiátricos do sistema nervoso central são preferencialmente demências, doença de Parkinson, depressões e dor, em particular doença de Alzheimer.
No âmbito da presente invenção, foi possível isolar uma nova substância natural farmacologicamente activa a partir de um extracto de rooibos e depois caracterizá-la. De um modo inesperado, o novo composto químico pode ser isolado apenas a partir de extractos de rooibos "verdes" não fermentado. Apenas a caracterização completa do composto permitiu também a detecção de quantidades muito reduzidas no extracto de rooibos fermentado. 0 processo para isolar o novo composto químico é descrito mais minuciosamente no exemplo 1, sendo a fórmula estrutural apresentada na fórmula estrutural I. 0 composto de fórmula estrutural I possui semelhanças com a estrutura de aspalatina e com a estrutura de catequina (4a->2)-floroglucinóis (figura 1) . A caracterização exacta e a elucidação da estrutura são descritas mais minuciosamente no exemplo 2. Em comparação com os flavonóides conhecidos até à data, o novo composto de fórmula estrutural I possui um peso molecular elevado de 740,66 g/mol. Tais substâncias 8 com pesos moleculares elevados não são normalmente utilizadas na pesquisa de substâncias activas, uma vez que, devido ao seu peso molecular, não conseguem penetrar facilmente a barreira hematoencefálica. Assim sendo, tais substâncias tendem a ser consideradas como inadequadas para o cérebro como local de acção e para o tratamento de doenças do sistema nervoso central.
No entanto, de um modo inesperado, uma investigação isenta de polarização por Tele-Estereo-EEG (electro-encefalografia) de ratos demonstrou uma actividade farmacológica pronunciada no sistema nervoso central do composto de acordo com a fórmula estrutural I. Surpreendentemente, as investigações farmacológicas mostraram que a actividade no modelo de Tele-Estereo-EEG em ratos provoca alterações dependentes da dose nas frequências de EEG, tais como as conhecidas após a administração de medicamentos clássicos para o tratamento de doenças (por exemplo, galantamina ou tacrina), doença de Parkinson (L-DOPA) e dor (por exemplo, nefopamo).
No âmbito da presente invenção, a actividade farmacológica dos compostos da invenção de acordo com a fórmula estrutural I foi comparada com os ingredientes conhecidos de extracto de rooibos, tais como aspalatina, catequina ou (-)-epicatequina. As investigações experimentais encontram-se descritas mais minuciosamente no exemplo 3 e mostram, inesperadamente, que a acção do composto de acordo com a fórmula estrutural I não pode ser alcançado com quantidades aproximadamente equimolares de aspalatina, catequina ou (-)-epicatequina, embora o composto de acordo com a fórmula estrutural I possua semelhanças estruturais com estas substâncias naturais. 0 9 novo composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I possui uma actividade farmacológica superior do que estes ingredientes conhecidos do extracto de rooibos, sendo, por tal motivo, particularmente adequado para utilização como medicamento. 0 isolamento deste novo composto que possui actividades farmacológicas vantajosas permite, em particular, a preparação de um medicamento ou suplemento alimentar com base no composto de acordo com a fórmula estrutural I, quer como uma monopreparação quer como em combinação com outras substâncias activas. Estas outras substâncias activas podem actuar na mesma direcção ou possuir propriedades completamente diferentes que influenciem de um modo vantajoso o cenário clinico de um outro modo. A combinação deste composto com outros flavonóides presentes em rooibos e ingredientes na combinação geral também é adequada para este propósito. Em particular, são aqui adequados ingredientes que possuam uma acção antioxidante.
Uma análise discriminativa dos dados in vivo do composto de acordo com a fórmula estrutural I revelou, conforme referido antes, uma relação com os medicamentos para o tratamento de demências, de doença de Parkinson, de depressão e de dor. Uma vez que estes medicamentos possuem um espectro largo de efeitos adversos, a utilização do composto de acordo com a fórmula estrutural I como medicamento é vantajosa uma vez que as substâncias naturais apresentam normalmente menos efeitos adversos. Além do mais, de um modo inesperado, a nova substância, ou os seus metabolitos, atravessa de um modo evidente a barreira 10 hematoencefálica. Tal não é normalmente usual no caso de flavonóides.
Além do mais, é apresentado um processo de preparação para extractos de rooibos e para o agora identificado composto farmacologicamente activo. O processo de acordo com a invenção faz com que seja possível proporcionar um extracto vegetal particularmente adequado para o tratamento das doenças supramencionadas. O extracto de rooibos preparado de acordo com a invenção possui um teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I pelo menos de 1% em peso, mais preferencialmente pelo menos de 1,5% em peso, ainda mais preferencialmente pelo menos de 2% em peso, muito mais preferencialmente pelo menos de 2,5% em peso, ainda muito mais preferencialmente pelo menos 3% em peso e ainda mais preferencialmente pelo menos de 5% em peso.
De acordo com uma variante particularmente preferida, utiliza-se um extracto de rooibos muito concentrado. Um extracto de rooibos muito concentrado compreende pelo menos 10% em peso e de preferência pelo menos 20% em peso do composto de fórmula estrutural I. De acordo com uma variante particular, o extracto de rooibos muito concentrado compreende pelo menos 50% em peso do composto de fórmula estrutural I.
Um processo de acordo com a invenção para a preparação do composto de acordo com a fórmula estrutural I compreende os passos seguintes (ver também o exemplo 1): - provisão de material no estado natural de rooibos não fermentado, seco e cortado, - extracção do material no estado natural recolhido com um agente extractor constituído por uma mistura de um 11 álcool, de preferência metanol, e/ou água para uma extracção com uma duração pré-determinada e a uma temperatura até 90°C e de preferência até 60°C, - filtração do extracto, evaporação do extracto filtrado sob pressão reduzida, - purificação do extracto em três passo; - purificação grosseira por cromatografia numa coluna Sephadex LH20, - purificação fina por cromatografia numa outra coluna Sephadex LH20 - separação numa coluna lipofílica cl8-HPLC.
De acordo com uma variante particularmente preferida, o ácido ascórbico é adicionado numa quantidade compreendida entre 0,001% e 1% em peso, de preferência entre 0,01% e 0,2% em peso, no passo de extracção do processo de acordo com a invenção. As percentagens em peso têm por base o peso do fármaco que se pretende extrair, isto é, partes de plantas, tais como folhas secas ou caules.
No caso de se desejar preparações com um elevado teor em compostos de acordo com a fórmula estrutural I, então o extracto também pode ser separado utilizando apenas uma coluna de cromatografia.
De preferência, o teor em humidade do material em estado natural de rooibos é de 4% ou inferior, uma vez que deste modo se previne a auto-fermentação do material de partida.
Para se obter um elevado rendimento de composto de fórmula estrutural I, é utilizada como agente extractor uma mistura álcool/água com uma proporção compreendida entre 50:50 e 80:20, dependendo do álcool utilizado (metanol, 12 etanol propanol, propano-2-ol são adequados) de acordo com uma configuração preferida do processo de acordo com a invenção. De preferência, é utilizada uma mistura de metanol/água a 50:50. De acordo com esta variante preferida do processo de acordo com a invenção, a proporção entre material no estado natural e agente extractor é preferencialmente de cerca de 1:6 e o passo de extracção é preferencialmente realizado a uma temperatura elevada (superior a 40°C) durante 1 hora, mas também é possível ser efectuado à temperatura ambiente e com uma duração, por exemplo, de 2 a 5 horas. A evaporação do extracto filtrado é preferencialmente efectuada a uma pressão inferior a 300 mbar. A temperatura do passo de evaporação é preferencialmente inferior a 40°C. O extracto de rooibos de acordo com a invenção é preparado pelo processo descrito antes, sendo o extracto de rooibos obtido após evaporação até à secura (sem subsequente purificação cromatográfica). O método de medição para a determinação do teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I no extracto de rooibos é descrito minuciosamente no exemplo 4. O composto de acordo com a fórmula estrutural I, os seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis e o extracto de rooibos de acordo com a invenção são adequados, em particular, para o tratamento de doenças do sistema nervoso central, preferencialmente de demências, doença de Parkinson, depressão e dor e como antioxidante para a protecção de células ou como "abluente de radicais livres". O tratamento de demências, tais como demência senil ou de doença de Alzheimer, é particularmente preferível. 13
De acordo com a invenção, os novos compostos podem ser utilizados como substância activa individual ou em combinação com outras substâncias activas, sob uma forma de acordo com a fórmula estrutural I, ou como sais ou complexos e ésteres ou derivados farmaceuticamente aceitáveis. Derivados, sais, complexos e ésteres adequados e a sua preparação são conhecidos pelos especialistas na matéria. A preparação de sais farmaceuticamente aceitáveis é também conhecida pelos especialistas na matéria. Como formadores de sais adequados (cloridrato, succinato, citrato, tartrato, etc.) refere-se todos os ácidos ou aniões habituais farmaceuticamente aceitáveis. Além disso, também é possível o acoplamento a ácidos, tais como, por exemplo, ácido ferúlico, ácido quínico, ácido cafeico, ácido glucónico, ácido clorogénico e compostos associados. Em particular, é preferível o acoplamento ao ácido glucónico. Os produtos de acoplamento do composto de acordo com a fórmula estrutural I com os ácidos referidos antes são designados como derivados farmaceuticamente toleráveis. No entanto, o composto é preferencialmente utilizado como uma molécula de acordo com a fórmula estrutural I.
De acordo com outra variante preferida, os extractos são preparados utilizando uma mistura de solvente ligeiramente mais hidrofílica. Esta mistura de solvente compreende pelo menos um álcool, de preferência seleccionado entre metanol, etanol, n-propanol ou 2-propanol, e água. 0 teor em álcool está compreendido entre 10% e 50% em peso de álcool. No caso de se seleccionar esta mistura, então a proporção total em flavonóide é aumentada em comparação com uma mistura de solvente em que são utilizadas proporções superiores em álcool. De acordo com 14 esta variante, o teor em álcool está compreendido entre 10% e 60% (vol/vol) e de preferência entre 10% e 50% (vol/vol). Mais preferencialmente, o teor em álcool está compreendido entre 15% e 40% e ainda mais preferencialmente entre 20% e 30% (vol/vol).
De acordo com esta variante do processo, o fármaco de partida utilizado são rooibos "verdes" que possuem um teor em humidade residual tão baixo quanto possível, o qual é preferencialmente inferior a 5% (água por peso total). O material de partida, nomeadamente folhas e caules de Aspalathus linearis (não fermentado) , é seco de um modo particularmente rápido sob condições suaves e é depois extraído com uma mistura de álcool-água, em que o teor em água é > 60% (vol/vol) . De acordo com variantes particularmente preferidas, o teor em álcool está compreendido entre 15% e 25% e mais preferencialmente 20% de metanol ou compreendido entre 25% e 35% e mais preferencialmente 30% de etanol.
De acordo com uma variante ainda mais particularmente preferida, adiciona-se em primeiro lugar álcool puro ao fármaco inicial seco e, após uma fase de amolecimento que tem lugar durante entre 30 e 60 minutos, acrescenta-se a quantidade correspondente de água. Após a extracção, filtra-se o extracto e evapora-se o filtrado até à secura sob pressão reduzida. De preferência, tal passo é seguido por um passo de purificação cromatográfica, em que a purificação é preferencialmente efectuada numa coluna de cromatografia Sephadex.
De acordo com esta variante, os compostos de fórmula estrutural I são virtual e completamente extraídos em simultâneo com a extracção de uma proporção elevada em 15 flavonóides totais. Os extractos (antes de uma nova purificação por métodos cromatográficos) possuem um teor em compostos de fórmula estrutural I compreendido entre 2,5% e 5% (em peso com base no extracto seco) . 0 teor total em flavonóides, calculado como a soma dos tipos de aspalatina, dos tipos de rutósidos e dos tipos de vitexina e sem um composto de acordo com a fórmula estrutural I, está compreendido entre 15% e 30% em peso com base no extracto seco. A proporção entre os tipos de vitexina (= C-glicósidos) e os tipos de rutósido é ^ 1,6. O teor em tipos de aspalatina está compreendido entre 14% e 25% com base no peso do extracto seco.
De acordo com este métodos de realização do processo de extracção, o conteúdo total em flavonóides do extracto é aumentado. Normalmente, um tal extracto (na ausência de purificação suplementar por cromatografia em coluna) possui pelo menos cerca de 20% em peso de flavonóides totais. Os seguintes componentes principais foram identificados no extracto: a) composto de fórmula estrutural I; b) grupo de substâncias constituído por calconas (aspalatina e notofagina); c) grupo rutósido. Este grupo compreende os flavonóides que contêm quercitina como constituinte, os flavonóides que contêm um açúcar por meio de uma ligação C-O-C (a quercitina é a aglicona de rurtina) e d) o grupo vitexina. O qual compreende os flavonóides que contêm um açúcar por meio de uma ligação C-C; a vitexina é a aglicona de apigenina, v.g., vitexina (apigenina-8-C-glucósido), isovetexina (apigenina-6-C- 16 glucósido), orientina (luteolina-8-C-glucósido), isoorientina (luteolina-6-C-glucósido).
Como característica deste extracto de rooibos refere-se, inter alia, a proporção em peso dos grupos individuais entre si. Assim, a proporção entre o grupo constituído por vitexinas e o grupo rutósido, com base nas proporções em peso, está compreendida entre 1:2 e 1:50 e de preferência entre 1:3 e 1:10. 0 extracto de acordo com a invenção é diferente dos extractos para utilização interna, os quais são obtidos para o caso de chás, isto é, no caso de uma extracção puramente aquosa, através de conteúdos mais elevados nos compostos referidos. Os extractos de acordo com a invenção diferem dos extractos para uma utilização externa, por exemplo, em cosméticos, uma vez que possuem uma proporção diferente dos grupos flavonóides entre si. Os extractos que se pretende para utilização externa são obtidos por extracção com um teor mais elevado em etanol (pelo menos cerca de 80% de etanol) . O extracto obtido com 80% de etanol foi optimizado para possuir um teor em aspalatina tão elevado quanto possível. A proporção entre os três grupos de flavonóides (do tipo aspalatina, do tipo rutósido e do tipo vitexina = C-glucósidos) é alterado por extracção relativamente lipofílica em comparação com o estado inicial do fármaco. Tal é particularmente evidente a partir da proporção entre os flavonóides de tipo vitexina e os de tipo rutósido. O extracto de rooibos de acordo com a invenção e oi composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I ou os seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis, de preferência o composto que ocorre 17 naturalmente de acordo com a fórmula estrutural I, pode ser processado de um modo conhecido per se para se obter medicamentos e/ou suplementos alimentares que possuam propriedades para melhorar a saúde. 0 extracto de rooibos de acordo com a invenção e o composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I e os seus sais, derivados e ésteres podem ser formulados, por exemplo, sob a foram de comprimidos, cápsulas, pílulas, comprimidos revestidos, grânulos, pós, trociscos e formas de administração líquidas, tais como, por exemplo, bebidas. E particularmente preferida a utilização em suplementos alimentares, em particular para bebidas frias ou quentes ou como chás solúveis.
De preferência, o suplemento alimentar e o medicamento podem ser administrado por via oral, tópica, parentérica, intravenosa, intramuscular, subcutânea, nasal, por inalação, rectal ou transdérmica. 0 extracto de rooibos de acordo com a invenção e o medicamento ou suplemento alimentar de acordo com a invenção pode ainda conter preferencialmente outras substâncias activas que potenciem o efeito do extracto de rooibos ou do composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural, ou os seus sais, ou que possuem uma influência suplementar positiva nos sistemas ou condições que ocorrem nas referias doenças (v.g., outros abluentes de radicais livres, diversas substâncias inibidoras de enzimas, vitaminas, lecitinas, ácidos gordos com ómega 3 e substâncias que influenciem positivamente as funções cerebrais) .
Além do mais, é possível utilizar excipientes e veículos farmaceuticamente aceitáveis. Os excipientes 18 adequados são conhecidos pelos especialistas na matéria e compreendem, por exemplo, cargas, desintegrantes, lubrificantes, aglutinantes, agentes humectantes, etc..
Como lubrificantes adequados refere-se, por exemplo, silicato, talco, ácido esteárico, estearato de magnésio ou cálcio e/ou polietileno-glicóis.
Como aglutinantes que é possível utilizar refere-se, por exemplo, amidos, goma-arábica, gelatina, metil-celulose, carboximetil-celulose ou polivinilpirrolidona.
Como desintegrantes refere-se, por exemplo, amido, ácido algínico, alginatos, ou amido-glicolatos de sódio ou misturas formadoras de espuma.
Como agentes humectantes que é possível utilizar refere-se, por exemplo, lecitina, polissorbato ou lauril-sulfatos.
Além disso, também é possível utilizar nas formulações corantes e aromatizantes.
As preparações farmacêuticas podem ser preparadas por métodos conhecidos, por exemplo, por meio de métodos de mistura, granulação, formação de comprimidos ou revestimentos com açúcares ou sobre-revestimento.
As dispersões e/ou soluções líquidas para administração por via oral podem ser, por exemplo, bebidas, gotas, xaropes, emulsões e suspensões. 0 xarope pode conter, por exemplo, sacarose ou sacarose com glicerol e/ou manitol e/ou sorbitol como veículo.
As suspensões e emulsões podem conter, por exemplo, uma resina natural, ágar-ágar, alginato de sódio, pectina, metil-celulose, carboximetil-celulose ou álcool polivinilico como veículo. 19
As suspensões ou soluções para injecções por via intramuscular podem conter, para além da substância activa, um veiculo farmaceuticamente aceitável, v.g., propileno-glicol e, se desejado, uma quantidade adequada de cloridrato de lidocaina.
As soluções para injecção ou infusão por via intravenosa podem conter, por exemplo, água estéril como veiculo ou podem estar presentes, preferencialmente, sob a forma de soluções de sal isotónicas, aquosas e estéreis.
Os supositórios podem conter, para além da substância activa, um veiculo farmaceuticamente aceitável, v.g., manteiga de cacau, polietileno-glicol, um éster de ácido gordo de polioxietileno-sorbitol ou lecitina.
As composições para administração por via tópica, v.g., cremes, loções ou pastas, podem ser preparadas por mistura da substância activa com um veiculo convencional de emulsificação ou que contenha um óleo. 0 extracto de rooibos de acordo com a invenção e o composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I, ou os seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis, podem ser utilizados em quantidades habituais para os suplementos alimentares ou medicamentos. Em solução, é utilizada preferencialmente uma quantidade compreendida entre 0,001% e 10% em peso do composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I, ou dos seus sais, mais preferencialmente entre 0,1% e 7% em peso e ainda mais preferencialmente entre 1% e 5% em peso. De acordo com uma variante particular, utiliza-se entre 0,02% e 1% em peso do composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I, ou dos seus sais, em solução. 20 O extracto de rooibos de acordo com a invenção é preferencialmente utilizado em quantidades que correspondam a uma quantidade de composto de acordo com a fórmula estrutural I compreendida entre 1 e 1000 mg, mais preferencialmente entre 10 e 600 mg, ainda mais preferencialmente entre 50 e 400 mg e muito mais preferencialmente entre 50 e 250 mg.
No caso de se utilizar um extracto de rooibos com uma elevada proporção em composto de fórmula estrutural I, então um tal extracto pode ser utilizado em medicamentos ou em suplementos alimentares numa quantidade compreendida entre 3 mg e 600 mg, de preferência entre 5 mg e 100 mg e mais preferencialmente entre 10 mg e 50 mg por dose diária.
Os suplementos alimentares ou medicamentos descritos antes podem ser preparados por métodos convencionais e administrados sob uma forma farmaceuticamente aceitável.
Os suplementos alimentares ou medicamentos sólidos preferidos podem ainda conter preferencialmente entre le 50% em peso, mais preferencialmente entre 1 e 20% em peso e ainda mais preferencialmente entre 1% e 10% em peso de cargas.
Como cargas que é possível utilizar refere-se um ou vários compostos que proporcionem uma parte do material para se obter a massa de comprimido desejada ou necessária. Assim, é possível utilizar celulose microcristalina com diversos tamanhos de partículas, em particular com um tamanho médio de partícula compreendido entre 20 pm e 200 pm, em particular entre 50 pm e 150 pm, tal como, por exemplo, cerca de 100 pm, tal como os conhecidos produtos Avicel, tais como Avicel PH-101 e PH-102. Como outras cargas adequadas refere-se, por exemplo, amido de milho, 21 amido de batata, lactose, celactose (uma mistura de celulose e lactose), fosfato de cálcio, dextrose, manitol, maltodextrina, isomalte, dióxido de silício (Aerosil) e, facultativamente, também sorbitol e sacarose. No caso de se pretender uma compressão directa, então deverá ser assegurado na escolha das cargas que as qualidades utilizadas são adequadas para a compressão directa de comprimidos. No caso de produtos comerciais, tal será referido para cada caso pelo fabricante ou pode ser verificado por experiências simples. A carga preferível é a celulose microcristalina (produtos comerciais são, por exemplo, Avicel, Vivapur e Emcocel).
Os desintegrantes adequados são conhecidos da técnica anterior. As substâncias desintegradoras também são frequentemente designadas utilizando o termo "desintegrantes". Como desintegrantes preferidos de acordo com a invenção refere-se, por exemplo, crospovidonas (Kollidon CL) e amido ou amido pregelatinizado, em particular o produto comercial "Starch 1500". Outros amidos adequados encontram-se comercialmente disponíveis, por exemplo, sob a designação Lycatab PGS, Prejel e Sepistab ST 200.
Além do mais, também é possível utilizar os conhecidos "Super Desintegrants", tais como croscarmelose de sódio (v. g. , Ac-Di-Sol, etc.) e carboximetil-amido de sódio (v.g. , Explotab, Primojel, etc.). Sao particularmente preferidos amidos, tais como y Starch 1500 ' . De um modo geral, o teor em desintegrante está compreendido entre 1% e 25% em peso, de preferência entre 1% e 20% em peso e em particular entre 2% e 15% em peso. Como intervalos adequados para o teor em desintegrante refere-se também, por exemplo, 2% a 5% em peso ou 15% a 20% 22 em peso, dependendo dos desintegrantes, cargas e outros aditivos utilizados.
De acordo com a invenção, a composição pode conter, como lubrificante, um ou vários compostos que suportem a preparação e o processamento do comprimido. Como exemplos de lubrificantes que é possível utilizar refere-se ácido esteárico e seus derivados, tais como estearato de cálcio, e em particular estearilfumarato de sódio (o qual se encontra comercialmente disponível, por exemplo, sob a designação Pruv) e estearato de magnésio, mono-, di- e, em particular, tri-estearato de glicerilo, óleo vegetal hidrogenado (v.g., Lubritab, Dynasan, Sterotext) ou um polietileno-glicol (v.g., Lutrol, Carbowax). 0 teor em lubrificante está geralmente compreendido entre 0,1% e 4% em peso e de preferência entre 0,2% e 4% em peso.
Facultativamente, a composição farmacêutica de acordo com a invenção pode compreender um ou vários reguladores de fluxo. Como reguladores de fluxo adequados refere-se trissilicato de magnésio, talco e, em particular, dióxido de silício (v.g., Aerosil). No caso de a composição compreender um regulador de fluxo, então este está presente geralmente numa quantidade compreendida entre 0,5% e 5% em peso, de preferência entre 1% e 4% em peso e em particular entre 2% e 3% em peso.
As composições farmacêuticas de acordo com a invenção também podem conter estabilizadores para a substância activa, tais como ácido ascórbico, ácido cítrico, ácido tartárico, ácido láctico, etc., de preferência ácido ascórbico ou ácido cítrico. O teor em estabilizador (se presente) está compreendido normalmente entre 0,1% e 10% em 23 peso, de preferência entre 0,5% e 10% em peso e mais preferencialmente entre 1% e 3% em peso.
As composições farmacêuticas de acordo com a invenção podem ainda conter aditivos e excipientes farmaceuticamente toleráveis convencionais, em que não contêm preferencialmente outros excipientes para além dos já referidos antes (cargas, desintegrantes, lubrificantes e, facultativamente, estabilizadores).
Algumas cargas, tais como a celulose microcristalina, também podem actuar como um aglutinante. Além do mais, as cargas que possuem uma função aglutinante contam como cargas no contexto da presente memória descritiva.
No caso de a composição farmacêutica de acordo com a invenção estar presente sob a forma de um comprimido, então este pode ser revestido com película com um ou vários materiais de revestimento. Como materiais de revestimento que é possível utilizar refere-se shellac e misturas de shellac, hipromelose (hidroxipropilmetil-celulose), álcool polivinílico, carboximetil-celulose de sódio e diversos polímeros do ácido metacrílico (eudragites), sendo preferível hipromelose, eudragites, shellac e misturas de shellac. O revestimento dos comprimidos é efectuado de um modo convencional. Para além do material de revestimento, também podem estar presentes no revestimento outros constituintes habituais, tais como plastificantes, pigmentos, formadores de poros ou estabilizadores de suspensões, tais como, por exemplo, polietileno-glicol (PEG), talco ou dióxido de titânio e, facultativamente, também lactose. O peso do comprimido não é particularmente limitado; são habituais comprimidos com 100 mg a 500 mg utilizando as 24 substâncias activas puras e 250 mg a 1500 mg, 500 mg a 1500 mg utilizando extractos e pós vegetais. Em cápsulas, são utilizadas quantidades compreendidas entre 100 mg e 1000 mg. A unidade de dosagem do medicamento ou suplemento alimentar pode conter, por exemplo: no caso de formas farmacêuticas perorais: de preferência entre 1 mg e 1000 mg, preferencialmente entre 40 mg e 800 mg, mais preferencialmente entre 150 mg e 500 mg e ainda mais preferencialmente entre 300 mg e 600 mg de extracto de rooibos por dose diária. Com a utilização do composto de acordo com a fórmula estrutural I e dos seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis, são utilizadas quantidades de 1/100 a 1/20 das quantidades anteriores. A dose diária pode ser administrada diariamente, por exemplo, em 1 a 3 doses individuais e de preferência em duas doses individuais. Também é possível utilizar 1 a 10 doses individuais de extracto de rooibos que contêm o composto de acordo com a fórmula estrutural I, sendo estas administradas diariamente.
No caso da administração de formas parentéricas (por exemplo, por via intravenosa, subcutânea, intramuscular): de preferência entre 3 a 60 mg, mais preferencialmente entre 10 e 30 mg de substância activa por dose diária. A dose diária pode ser administrada diariamente, por exemplo, em 1 a 3 doses individuais e de preferência numa dose individual.
No caso de formas farmacêuticas para administração por via rectal: 25 de preferência entre 40 e 80 mg, mais preferencialmente 60 mg de substância activa de acordo com a fórmula estrutural I de extracto por dose diária. A dose diária pode ser administrada diariamente, por exemplo, em 1 a 3 doses individuais e de preferência numa dose individual.
No caso de formas farmacêuticas para aplicação na pele ou nas membranas mucosas (v.g., soluções, loções, emulsões, unguentos, etc.): de preferência 40 a 80 mg de substância activa, mais preferencialmente 60 mg da substância activa por dose individual. No caso de o teor em composto de fórmula estrutural I disser respeito à solução, loção, emulsão ou unguento preparado, então a porção em peso, com base em tal medicamentos do tipo unguento, está compreendida entre 0,05% e 20% em peso, de preferência entre 0,2% e 1% em peso do composto de fórmula estrutural I, com base na preparação de tipo creme. A dose diária pode ser administrada diariamente, por exemplo, em 1 a 6 doses individuais e de preferência em 1 a 3 doses individuais.
Com a utilização de sais farmaceuticamente aceitáveis, as quantidades utilizadas deverão ser adaptadas adequadamente de um modo conhecido pelos especialistas na matéria.
Descrição das figuras A fig. 1 mostra a fórmula estrutural de aspalatina (1) e de catequina(4a->2)-floroglucinol (2). A fig. 2 mostra a numeração dos átomos no composto de acordo com a fórmula estrutural I. 26 A fig. 3 mostra a atribuição dos sinais de NMR (ressonância magnética nuclear) aos átomos com a numeração de acordo com a fig. 2. Explicação da legenda: *>/**)/+>/++>/$>/$$>/#>##) = valores podem ser permutados entre si, A)' B) = soma do integral ou desvio químico do grupo referido apenas uma vez. A fig. 4 mostra fragmentos da estrutura A-D do composto de acordo com a fórmula estrutural I, caracterizados por meio de experiências de NMR. A fig. 5 mostra o quadro 2 com dados de 13C-NMR do composto de acordo com a fórmula estrutural I em comparação com aspalatina e catequina(4a->2)-floroglucinol. Devido à ausência de dados de 13C-NMR na literatura sobre aspalatina, a atribuição dos sinais a aspalatina isolada por HWI ANALYTIK GMBH foi efectuada com base nos dados proveniente de: Ho et al. , Phytochemistry 1980, 19, 476-477. Os dados para a catequina ( 4oí->2 ) -f loroglucinol foram recolhidos a partir de Matthewis et al., J. Agric. Food. Chem. 1997, 45, 1195-1201. Explicação da legenda: *>/**>/+>/++>/$>/$$>/*>#*> = valores que podem ser permutados entre si. A fig. 6 mostra provas de condições experimentais estáveis para a administração de uma solução de sal em ratos Fischer-344, após administração do composto de acordo com a fórmula estrutural I. o tempo em horas após a administração está representado no eixo dos yy. O eixo dos xx mostra os intervalos de frequências após a transformação rápida de Fourier dos dados: delta, teta, alfal, alfa2, betai e beta2. A fig. 7 mostra o efeito de 3 mg/kg do composto de acordo com a fórmula estrutural I nas frequências de EEG até 5 horas após a administração. Valores médios para n = 6 27 animais. Os asteriscos caracterizam a significância estatística, calculada de acordo com Ahrens e Lãuter, 1974. * = p < 0,01; * * = p < 0,05; * * * = p < 0,025. A fig. 8 mostra o efeito de 6 mg/kg do composto de acordo com a fórmula estrutural I nas frequências de EEG até 5 horas após a administração. Valores médios para n = 6 animais. Os asteriscos caracterizam a significância estatística, calculada de acordo com Ahrens e Lãuter, 1974. * = p < 0,01; ** = p < 0,05; *** = p < 0,025. A fig. 9 mostra o efeito do composto em epígrafe de fórmula estrutural I em comparação com os seus constituintes moleculares aspalatina, catequina ou epicatequina. Com uma administração aproximadamente equimolar, o efeito devido à estrutura única apenas pode ser alcançado pelo composto de acordo com a invenção e não pelas partes da molécula. A fig. 10 mostra o efeito de 6 mg/kg do composto de acordo com a fórmula estrutural I nas frequências de EEG durante a primeira hora após a administração. Valores médios para n = 6 animais. A semelhança com medicamentos utilizados para o tratamento de demência, doença de Parkinson, depressão e dor deverá ser salientado: L-DOPA (doença de Parkinson); tacrina e galantamina (doença de Alzheimer); nefopamo (tratamento de dor). A fig. 11 mostra o resultado de medições de motilidade, as quais foram realizadas em simultâneo com a medição dos potenciais dos campos. Os dados são apresentados em % do valor inicial antes da administração da substância. Apenas a (-)-epicatequina provoca uma aumento substancial na motilidade. 28 A fig. 12 mostra um espectro de UV do composto de fórmula estrutural I (G110907SA). A fig. 13 mostra um espectro de UV de aspalatina. A fig. 14 mostra um espectro de UV de rutósido. A fig. 15 mostra um espectro de UV de orientina. A fig. 16 mostra um espectro de UV de homoorientina. A fig. 17 mostra um espectro de UV de vitexina. A presente invenção é explicada mais minuciosamente por meio dos exemplos seguintes.
Exemplo 1 - isolamento do composto de acordo com a fórmula estrutural I
Para a preparação dos extractos a partir do fármaco, foi utilizado rooibos verde não fermentado do fornecedor Rooibos Ltd., Clanwilliam, África do Sul.
Como material de partida utilizou-se folhas e/ou galhos de Aspalathus linearis não fermentados e cortados, secos sob condições suaves até um teor em humidade inferior a 10% (de preferência inferior a 4%).
Extrai-se este material no estado natural por meio de uma mistura de metanol e água numa proporção de 50:50 (partes em volume) a 60°C, durante 1 hora sob agitação, sendo a proporção entre matéria-prima natural:solvente de 1:7. Depois, remove-se por filtração o liquido das partes da planta, extrai-se novamente as partes da planta de um modo idêntico e filtra-se.
Combina-se os dois filtrados e liberta-se a mistura de metanol sob pressão reduzida (220 mbar) e a 55°C. Dilui-se a solução aquosa restante com água até 5 vezes o peso da quantidade de partes de planta secas utilizadas e submete-se a repartição liquido-liquido. 29
Agita-se 3 litros da solução aquosa 4 vezes com 1,5 L de n-butanol saturado com água de cada vez e seca-se até à secura as fases de butanol combinadas sob pressão reduzida. 0 rendimento é de cerca de 10% da quantidade de partes de plantas secas utilizadas.
Depois, efectua-se uma separação grosseira e subsequentemente uma separação fina do extracto de butanol.
Separação grosseira
Submete-se cerca de 50 g de extracto de butanol a cromatografia numa coluna Sephadex LH20 (6 cm de diâmetro interno e 80 cm de altura de enchimento = 2260 mL Sephadex LH20) com 50% em volume de metanol. Para este fim, dissolve-se 50 g de extracto de butanol em 400 mL de fase móvel e adiciona-se à coluna de separação. Lava-se a coluna com um caudal de 1,8 mL/minuto até se obter 3 L de material eluido. Após completo esvaziamento da fase móvel restante, remove-se o enchimento da coluna e agita-se minuciosamente (extrai-se) em 3 L de metanol a 100% durante 10 minutos. Remove-se por filtração a fase estacionária e seca-se o material eluido. 0 residuo representa cerca de 0,5% a 1% da quantidade de partes de plantas utilizadas = extracto de metanol.
Primeira separação fina
Submete-se cerca de 4 g de extracto de metanol a cromatografia numa coluna Sephadex LH20 (3,5 cm de diâmetro interno e 50 cm de altura de enchimento = 480 mL Sephadex LH20) com metanol a 80% em volume. Para este fim, dissolve-se 4 g de extracto de butanol em 40 mL de fase móvel e adiciona-se à coluna de separação. Opera-se a coluna com um 30 caudal de 2,4 mL7minuto e recolhe-se as fracções com intervalos de 10 minutos cada (= 24 mL de material eluído). A substância pretendida está presente nas fracções nos 48 a 65. O rendimento no caso de 4 g de extracto de metanol é de cerca de 0,5 g a 1 g.
Segunda separação fina
Coluna de separação: 250 x 30 mm
Fase estacionária: Reprosil C18 Aqua 10 μπι
Fase móvel: metanol a 35% (v/v)
Caudal: 1,5 mL/minuto
Tamanho da fracção: 10 minutos = 15 mL Substância I presente nas fracções 51 a 52.
As fracções 41 a 52 combinadas são liofilizadas. Rendimento de cera de 125 mg de substância I a partir de 4 g de extracto de metanol.
Pureza cromatográfica de cerca de 97% (HPLC).
Exemplo 2 - elucidação da estrutura do composto de acordo com a fórmula estrutural I 0 composto obtido por separação por cromatografia em coluna foi caracterizado utilizando os seguintes dispositivos e foram obtidos os valores medidos a seguir apresentados. A fig. 2 mostra a numeração dos átomos no composto da invenção de acordo com a fórmula estrutural I. A fig. 3 mostra o quadro 1 com a atribuição dos dados de NMR.
Os dados de NMR foram obtidos e interpretados conforme a seguir descrito. 31 1H-NMR (d6-DMS0 (dimetilsulfóxido)) A análise por 1H-NMR da substância em DMSO permitiu obter um espectro em que foi possivel identificar nove protões fenólicos permutáveis e cinco protões HO alifáticos por redução de sinal (permuta H/D) como resultado da adição de água deuterada. Além disso, verifica-se a ocorrência de oito protões no intervalo olefínico de 5,5 a 8,0 p.p.m. e nove protões no desvio tipico do intervalo para grupos -CHxOH/-CHxOR (x = 1, 2). Foi possível identificar dois protões alifáticos em valores de cerca de 2,7 p.p.m. e outros sinais alifáticos (três protões) estão sobrepostos com os sinais de -CHxOH/-CHxOR. Alguns dos sinais são dobrados ou alargados. Assim sendo, os integrais individuais correspondem nominalmente apenas a um isómero, ao passo que os outros são integrados para ambos os isómeros em conjunto.
13C-NMR O espectro de 13C-NMR para a substância mostra a duplicação do sinal para a maioria dos átomos de carbono. A proporção entre os dois isómeros varia ligeiramente em função do solvente utilizado. Ocorrem onze sinais no intervalo entre 25 e 90 p.p.m. para os átomos de carbono alifáticos e 24 grupos de sinais no intervalo entre 90 e 165 p.p.m., que são tipicos para átomos de carbono olefínicos. Um sinal suplementar a 205 p.p.m. está sobreposto pelo solvente, mas pode ser identificado sem qualquer dúvida em dô-DMSO. Devido a esta sobreposição, todas as outras experiências 2D foram realizadas em d6- DMSO. 32 A medição do espectro DEPT (aumento da distorção por transferência de polarização) foi efectuada em d6-acetona. 0 espectro DEPT não continha apenas três grupos metileno mas também um grupo metano alifático e sete sinais -CHOH-/ /-CHOR- no intervalo entre 65 e 85 p.p.m.. Foram atribuídos oito sinais suplementares entre 95 e 125 p.p.m. a grupos CH olefínicos. Por ajustamento com os sinais 13C-NMR, é possível deduzir a presença de 17 átomos de carbono quaternários.
Correlação H7H (COSY (Espectroscopia de correlação)) 0 espectro de correlação permite obter apenas alguns sinais que podem ser avaliados, uma vez que a maior parte das interacções coincide com a região bastante sobreposta entre 3,1 e 3,5 p.p.m.. 0 grupo de sinal H2" a H4" é claramente identificado no intervalo entre 4,0 e 4,4 p.p.m., bem como a correlação da cadeia alquilo (H7 (2,7 p.p.m.) a H8 (3,3 p.p.m.). Partindo de Hl' a 4,7/4,8 p.p.m., apenas é identificável uma correlação na região entre 3.1 e 3,5.
Espectro de correlação C7H (HMQC (Correlação quântica múltipla heteronuclear), HMBC (correlação de ligação múltipla heteronuclear))
Os protões vizinhos dos átomos de carbono quaternário e também as ligações de elementos estruturais individuais podem ser obtidas a partir do espectro de correlação amplo CH (HMBC).
Por meio da atribuição de correlações directas, também é possível verificar se a estrutura atribuída é plausível. 33
Avaliaçao dos dados obtidos e comparação com os valores da literatura 0 padrão de acoplamento dos protões no intervalo entre 6,8 e 6,4 p.p.m. indica claramente dois sistemas aromáticos bastante semelhantes com 1,3,4-substituições. Com base nos acoplamentos proveniente do espectro HMBC e dos desvios químicos dos átomos de carbono envolvidos (145/143/131/119/ /116/115 p.p.m.), é possível obter uma estrutura 3,4-di-hidroxibenzílica. Um grupo metileno a 2,7 p.p.m. - que corresponde a C7 - e um grupo -CHOR a 4,4 p.p.m. (82,5 p.p.m.) - o qual é atribuído a C2" - podem ser identificados como pontos de contacto. 0 fragmento com C7 pode ser claramente ampliado com o segundo grupo metileno (C8: 3,26/46,0 p.p.m.) até à cetona em C9 (205 p.p.m.). No entanto, partindo de C9, não são detectadas quaisquer outras correlações. 0 fragmento que contém C2" possui uma ligação a um outro grupo CHOR (4,1 p.p.m./71 p.p.m.). 0 grupo metano a 4,3 p.p.m. ou 37,5 p.p.m. pode ser atribuído ao sinal de C4" por meio de correlações H/C. A partir deste, outros pontos de ligação a dois sinais no intervalo entre 103 e 105 p.p.m. são detectáveis, os quais podem ser atribuídos a C14 e CIO", respectivamente, bem como a um grupo CHOR. 0 grupo de sinal a 5,7 p.p.m. (2H, 94 ou 96 p.p.m.) apresenta apenas meta-acoplamentos pequenos (< 3 Hz) e pode ser atribuído a um aromático 1,3,5,6-tetra-substituído que possui 3 funções oxigénio com outros sinais a 163/161/158 e 103 p.p.m.. Devido ao desvio diferente, é possível eliminar uma substituição simétrica. 34
Os seis grupos -CHxOH/-CHOR que não estão ainda atribuídos não podem ser atribuídos com certeza uma vez que todos os sinais de protão e diversos acoplamentos directos e praticamente todos os acoplamentos amplos coincidem no grupo de sinal de cerca de 3,3 p.p.m.. No entanto, a partir dos desvios químicos dos átomos de carbono, é possível excluir com bastante certeza a presença de uma cadeia lateral de hidrato de carbono. A conectividade dos restantes seis sinais na região aromática não pode ser explicada com total certeza uma vez que existem seis sinais quaternários. Estes não podem ser resolvidos mesmo com o auxílio do espectro HMBC. São assim obtidos os seguintes elementos estruturais A a D de acordo com a fig. 4.
Por meio de considerações mais minuciosas, é possível construir duas substâncias naturais a partir destes elementos estruturais. Assim, a ligação de i com iii permite obter uma catequina/epicatequina substituída na posição C4", ao passo que um derivado substituído de aspalatina na posição C14 é formado pela ligação de iv com vii e de v com viii. As restantes ligações abertas C14 e C4" foram já identificadas como estando ligadas na atribuição dos elementos.
Uma comparação entre os dados de 13C-NMR de aspalatina e de uma catequina substituído em C4" com o composto de acordo com a fórmula estrutural I (fig. 5) permite obter uma boa conformidade dos valores correspondentes. A presença de isómeros conformacionais (atropisómeros, isómeros rotacionais) pode ser facilmente explicada pela liberdade da rotação livre em torno da ligação C14/C4". 35
Uma comparação com os dados de 1H-NMR é dispensada uma vez que, devido à sobreposição do sinal e à duplicação do sinal, provocada pela presença de isómeros rotacionais, é obtido um espectro bastante complexo para o composto de fórmula estrutural I.
Uma vez que a substância ainda não tinha sido descrita na literatura até à data, a plausibilidade da atribuição foi confirmada por meio de um programa de simulação (ACD/C+H NMR Predictor V.10.02). A conformidade foi muito 13 boa na comparação com os dados de C-NMR. A atribuição dos três estereocentros desconhecidos e do hidrato de carbono não é possível de realizar com total certeza; então é efectuada com base na analogia estrutural e é atribuída como um catequinóido com uma configuração totalmente trans ou como um configuração β-gluco.
Espectro de massa
Instrumento: Micromass Quattro micro API (Waters); LC-MS Método: ionização por electropulverização (ESI)/ /ionização secundária (EI)
Resultado
No espectro ESI verificou-se a ocorrência de um radical catião molecular a m/z = 741 [M + H]+ e um ião aglomerado a m/z = 763 [M + Na]+. Outros fragmentos ocorrem a m/z = 453 [M - Catequina]+ e a 289 [M - Catequina -Glicósido]. Atribui-se uma massa de 740 à substância. 36
Espectro UV
Registou-se o espectro UV da substância por meio do ensaio para a pureza cromatográfica por HPLC e por detecção do conjunto de diodos (DAD) (sistema de separação 1).
Resultado 0 espectro UV mostra um valor de absorção máximo a 285 nm e um patamar a 228 nm.
Exemplo 3 - experiências Tele-Estereo-EEG
Determinou-se as alterações nas frequências de EEG (electroencefalografia) após a administração de uma solução de soluto salino (controlo) e do composto de fórmula estrutural I por via oral (3 ou 6 mg/kg de peso corporal).
As investigações foram realizadas de um modo análogo ao método descrito por W. Dimpfel (Dimpfel, W., Preclinical data base of pharmaco-specific rat EEG fingerprints (Tele-Stereo-EEG) . Eur. J. Med. Res. (2003) 8: 199-207), do seguinte modo.
Implantou-se 4 eléctrodos concêntricos bipolares em conjunto com uma microficha numa placa base comum em seis ratos machos adultos da estirpe Fischer-344 (conversão dia-noite) com 6 meses de idade. A ficha serve para registar um transmissor com quatro canais para a transmissão
telemétrica dos potenciais dos campos obtidos a partir do córtex frontal, do hipocampo, do estriato e da formação reticular. Os sinais foram submetidos a uma transformação rápida de Fourier num sistema informático (programa informático de análise de EEG, sistema operativo da yOS
Science', computador de laboratório "LabTeam" da MediSyst, Linden, DE) em tempo real e determinou-se o espectro de 37 densidade de corrente ao longo de 60 minutos, para cada caso. A divisão do espectro em 6 intervalos de frequências diferentes permitiu a determinação de alterações especificas do fármaco em comparação com os valores iniciais, medidos em cada caso antes da administração, nestas bandas de frequências.
Protocolo de administração das substâncias: administrou-se as substâncias por via oral 45 minutos após o inicio das medições (valor inicial). Decorridos cinco minutos, as medições foram novamente iniciadas, analisadas continuamente pelo menos ao longo das 5 horas seguintes e reunidos em períodos de 60 minutos. Administrou-se a substância de teste numa dose de 3 e 6 mg/kg (composto de fórmula estrutural I). As séries experimentais tiveram início com a administração de uma solução de soluto salino (controlo) que não deu origem a alterações anormais (fig. 6) . A comparação estatística das experiências com os resultados determinados após a administração da solução de soluto salino foi efectuada com o auxílio de uma análise de multivariáveis de acordo com Ahrens e Láuter (ver H. Ahrens, J. Láuter "Mehrdimensionale Varianzanalyse" (1974), Akademie Verlag, Berlim), com base nas alterações das bandas de frequências individuais de todas as regiões do cérebro como variáveis. A administração da solução de soluto salino praticamente não deu origem a alterações na actividade eléctrica (pV2/Q) em comparação com os valores da fase inicial (fig. 6). A administração do composto de acordo com a fórmula estrutural I deu origem a alterações estáveis na densidade 38 de corrente em todas as áreas do cérebro, em particular durante a segunda e terceira horas após administração, ver figs. 7 e 8), em que as alterações diferem significativamente das obtidas após administração da solução de soluto salino, apesar no número pequeno de animais. No caso da administração de uma quantidade aproximadamente equimolar de aspalatina, catequina ou epicatequina, o efeito pode ser alcançado com base na estrutura única apenas pelo composto de acordo com a fórmula estrutural I, mas não por partes da molécula (fig. 9). Tal deve-se à estrutura de ligação particular da molécula agora descoberta. Um aumento na motilidade apenas foi observado na presença de (-)-epicatequina (fig. 11), mas não na presença do composto de acordo com a fórmula estrutural I. Tal dá ênfase ao efeito independente do composto de acordo com a fórmula estrutural I. A administração por via oral do composto de acordo com a fórmula estrutural I como dose única proporciona alterações na actividade eléctrica do cérebro em animais de teste, as quais correspondem às observadas após a administração de metanicotina, galantamina, tacrina, L-DOPA ou nefopamo. Este padrão está correlacionado de um modo evidente com os padrões que ocorrem a partir de medicamentos utilizados para o tratamento de demência, doença de Parkinson e dor (ver fig. 10), mas não com os padrões que ocorrem no caso de medicamentos para outras indicações (fig. 11).
As alterações de frequência observadas foram comparadas por meio de uma análise discriminativa com os resultados de medicamentos para o tratamento de distúrbios psiquiátricos do cérebro, bem como com medicamentos para 39 outras indicações. É possível referir as seguintes substâncias activas a título exemplificativo: galantamina, nefopamo, LSD, metanicotina, cafeína, tacrina, ácido acetilsalicílico, metadona, metamizole, fentanilo, fluvoxamina, cloropromazina, haloperidol, meto-hexital, meprobamato, midazolam, ácido valpróico e carbamazepina.
Os resultados de uma análise discriminativa com base nas quatro regiões do cérebro e nas 6 bandas de frequências (24 variáveis) mostram que o efeito do composto de acordo com a fórmula estrutural I é próximo do verificado para galantamina, tacrina e nefopamo.
Exemplo 4 - Método de medição para determinar o teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I 0 teor em composto de acordo com a fórmula estrutural I em rooibos e nas preparações a partir de rooibos (chá, extracto, comprimidos) é determinado por meio de HPLC/DAD, de acordo com o método externo convencional. Para o ensaio, é utilizada a substância do composto de acordo com a fórmula estrutural I como padrão externo. A avaliação é efectuada a um comprimento de onda de detecção de 280 nm. Para se evitar o processo de oxidação na solução de análise é adicionado ácido ascórbico às amostras. 0 dispositivo de HPLC preferido é o Acquity UPLC/Alliance 2695; detector: DAD, 200 a 400 nm; coluna: Reprosil-Pur ODS-3, 125 x 3 mm, 3 pm, da Dr. Maisch; temperatura da coluna: 60°C.
Eluente: eluente A: água/ácido fórmico 100/0,2 (V/V); eluente B: acetonitrilo/metanol/água/ácido fórmico a 50/25/25/0,2 (V/V/V/V).
Volume de injecção: 20 pL. 40
Tempo do ciclo: 95 minutos.
Tempo de retenção do composto de acordo com a fórmula estrutural I: 39,5 minutos.
Tempo Caudal Eluente A Eluente B Tipo de (minutos) (mL/minuto) o. o o, o gradiente 0 0,3 100 0 40 0, 70 30 linear 40 0,5 20 80 linear 80 0,5 20 80 linear 81 0,3 100 0 95 0,3 100 0
Como solução padrão utiliza-se a solução seguinte.
Dissolve-se 1 mg de composto de acordo com a fórmula estrutural I, pesado rigorosamente, e cerca de 20 mg de ácido ascórbico em 2 mL de metanol e preenche-se a parte restante até 20,0 mL com água.
Concentração necessária: 0,05 mg(mL do composto de acordo com a fórmula estrutural I e 1 mg/mL de ácido ascórbico.
Como solução de análise utiliza-se a solução seguinte. Formulação do medicamento
Pulveriza-se a mostra que se pretende investigar, por exemplo, um comprimido, num moinho de pó e separa-se através de um crivo com um tamanho mesh de 250 μπι.
Pesa-se minuciosamente cerca de 0,5 g de amostra pulverizada em conjunto com cerca de 50 mg de ácido ascórbico num frasco com uma graduação de 50 mL, adiciona-se 10 mL de metanol a 40°C e submete-se a extracção durante 41 10 minutos num banho de ultra-sons a 40°C. Depois, enche-se a mistura com água até à marca, agita-se vigorosamente e extrai-se novamente durante 10 minutos num banho de ultra-sons a 40°C. Depois de se arrefecer, enche-se a mistura até à marca, se necessário, com água e centrifuga-se a solução durante 5 minutos a 9300g. Filtra-se o sobrenadante através de um filtro membranar de 0,45 μπι directamente para uma garrafa de vidro âmbar para auto-amostragem na unidade de HPLC.
Extracto seco, agente extractor diferente de água
Pesa-se cerca de 125 mg de extracto de rooibos em conjunto com cerca de 25 mg de ácido ascórbico para um frasco graduado de 25 mL, adiciona-se cerca de 2,5 mL de metanol e submete-se a tratamento durante 10 minutos num banho de ultra-sons. Depois, enche-se a mistura até à marca com água, agita-se vigorosamente e trata-se novamente durante 10 minutos num banho de ultra-sons.
Avaliação
Submete-se a solução padrão e a solução de análise a cromatografia sucessivamente sob as mesmas condições. O espectro UV da substância de referência é comparado com a substância detectada para o mesmo tempo de retenção na análise do cromatograma e, em conformidade, o pico é calculado como o composto de acordo com a fórmula estrutural I em conformidade com a seguinte fórmula de cálculo:
Teor [%] = [área do pico da análise x diluição da solução de análise (mL) x peso do padrão (mg)] / [área do pico do 42 padrão x diluição da solução padrão (mL) x peso da análise (mg) ]
Exemplo 5A - Formulações de monopreparações do composto de acordo com a fórmula estrutural I A expressão "composto I" nos exemplos designa todos os compostos de acordo com a fórmula estrutural I e os seus sais, derivados e ésteres farmaceuticamente aceitáveis.
Comprimido revestido com película:
Composto I 50 mg Ácido ascórbico 60 mg Sorbitol em pó ('Karion instant') 120 mg Aerosil (sílica fumada) 3 mg Excipiente K para comprimidos 2,8 mg 253,8 mg
Pelicula:
Shellac 3,5 mg
Etanol (solvente para Shellac) 95%, cerca de 70 mg Cápsula de gelatina dura:
Massa de enchimento da cápsula:
Composto I 20 mg Ácido ascórbico 60 mg Maltodextrina 120 mg Aerosil (sílica fumada) 2 mg Estearato de magnésio 1,5 mg 43
Exemplo 5B - Formulações de monopreparaçoes com extracto que contém o composto de acordo com a fórmula estrutural I
Comprimido revestido com película:
Extracto (com composto de acordo com 150 mg fórmula estrutural I) (1%) Ácido ascórbico 60 mg
Sorbitol em pó ('Karion instant') 80 mg
Aerosil (sílica fumada) Estearato de magnésio
Película:
Shellac
Etanol (solvente para Shellac) Cápsula de gelatina dura:
Massa de enchimento da cápsula: Extracto (com composto de fórmula estrutural I) (1%) Ácido ascórbico Maltodextrina Aerosil (sílica fumada) Estearato de magnésio 3 mg 2,5 mg 295,5 mg 4, 2 mg 95%, cerca de 84 mg acordo com 150 mg 40 mg 2 0 mg 1 mg 1,5 mg 212,5 mg 44
Exemplo 6 - Extracto com um teor aumentado na substância de fórmula estrutural I e um teor aumentado em flavonóides totais a) Extracção
Como fármaco de partida foram utilizados folhas e caules de Aspalathus linearis (não fermentado) que secam particularmente rápido sob condições suaves - rooibos "verde" que possui um teor em humidade tão baixo quanto possível (< 5%).
Obteve-se o extracto utilizando diversos agentes extractores: 20% de metanol ou 30% de etanol e 50% de etanol em água. Em alternativa, o fármaco pode ser, em primeiro lugar, adicionado ao álcool puro e, após uma fase de amolecimento pelo menos de 20 minutos, acrescentada uma quantidade correspondente de água.
Estas extracções são optimizadas para uma extracção tão completa quanto possível dos compostos de fórmula estrutural I e, em simultâneo, de flavonóides totais.
Estes extractos diferem dos extractos comercialmente disponíveis até à data para utilização interna em bebidas à base de chá (extracção puramente aquosa) devido aos teores mais elevados de flavonóides totais e diferem dos extractos para utilização externa em cosméticos (80% de etanol) devido à proporção dos grupos flavonóides entre si. 0 extracto com 80% de etanol foi optimizado para possuir um teor em aspalatina tão elevado quanto possível. A proporção dos 3 grupos flavonóides (do tipo aspalatina, do tipo rutósido e do tipo vitexina = C-glucósidos) é alterada pela extracção relativamente lipofílica em comparação com o estado inicial do fármaco. Tal é particularmente observável 45 a partir da proporção entre os flavonóides de tipo vitexina e os flavonóides de tipo rutósido. b) Método de medição para a determinação analítica dos componentes a partir de extractos impuros 0 ácido ascórbico e os solventes utilizados foram adquiridos à empresa Roth (Karlsrhe, Alemanha) e eram de qualidade analítica. 0 fármaco foi adquirido à empresa Rooibos Ltd., Clan William, África do Sul.
Os padrões orientina, homoorientina e vitexina encontram-se comercialmente disponíveis, por exemplo, pelas empresas Extrasynthese (Genay, França) ou Roth (Karlsruhe, Alemanha). 0 filtro para seringas utilizado foi o filtro para seringas de 13 mm da Rotilabo (0,45 μπι, PVDF) da Roth (Karlsruhe, Alemanha).
Para as medições de HPLC, utilizou-se um dispositivo de cromatografia liquida HP 190 Série II com um detector de matriz de díodos E-3014 (Hewlett Packard) com a aplicação informática ChemStation para LC 3D Rev.A.10.02 (Agilent Technologies) e a coluna Reprosil-Pur ODS-3, 125 x 3 mm, 3 pm (da Dr. Maisch, Ammerbuch, Alemanha), com uma temperatura de coluna de 60°C.
Foi utilizada uma fase móvel A: água/ácido fórmico 100/0, 02 (V/V) e uma fase móvel B: acetonitrilo/metanol/ /água/ácido fórmico 50/25/25/0,02 (V/V), sendo seleccionadas as seguintes condições: 46
Gradiente :
Quadro 2
Tempo (minutos) Caudal (mL/minuto) FMA (mL/minuto) FMB (mL/minuto) Gradiente 0 0,3 100 0 40 0,3 70 30 Linear 60 LO O 20 80 Linear 80 0,5 20 80 Linear 81 0,3 100 0 95 0,3 100 0 Volume de injecção: 20 μL; tempo de ciclo: 95 minutos
Dissolveu-se 1,0 mg de substância padrão, com um peso exacto, e cerca de 20 mg de ácido ascórbico em 2,0 mL de metanol e perfez-se até 20,0 mL com água. Foram utilizados os seguintes padrões: homoorientina, orientina, vitexina, rutósido, isoquercitrina, ácido ferúlico.
Como solução padrão dos compostos de fórmula estrutural I utilizou-se uma solução de extracto G110907SA em metanol como padrão de processo. Para este propósito, pesou-se 125 mg de extracto G110907SA em conjunto com 25 mg de ácido ascórbico num frasco graduado de 25 mL e adicionou-se cerca de 22 mL de água. Após agitação vigorosa e tratamento num banho de ultra-sons, perfez-se a mistura até à marca com água. 0 teor em compostos de fórmula estrutural I neste extracto é de 0,95% e foi utilizado para o ensaio nos outros extractos. 47 c) Medições 6. c) 1) Extracção: extractos com 20% de metanol
Pesa-se 0,5 g de extracto (pesado de um modo exacto) em conjunto com cerca de 50 mg de ácido ascórbico num frasco graduado de 50 mL, adiciona-se 10 mL de metanol (40°C) e efectua-se a extracção durante 10 minutos num banho de ultra-sons a 40°C. Perfaz-se a mistura até à marca com água, agita-se vigorosamente e extrai-se novamente durante 10 minutos num banho de ultra-sons a 40°C. Depois de se arrefecer, perfaz-se a mistura até à marca com água, se necessário, e centrifuga-se durante 5 minutos a 9300 x g.
Toma-se 1 mL de sobrenadante, filtra-se através de um filtro para seringas para um frasco (vidro castanho) e determina-se por meio de HPLC.
6. c) 2) Composto de fórmula estrutural I A identificação da substância I no cromatógrafo do extracto 1 (G110907SA) foi efectuada por meio de um espectro de comparação disponível e de um espectro UV de comparação (fig. 12) e de um espectro UV disponível na rede. 0 teor em substância I em diversos extractos foi calculado utilizando o teor conhecido no extracto 1 (G110907SA) (0,95%) de acordo com a fórmula geral seguinte (A - área, V - volume, m - massa, g - teor, Ana - análise, St - padrão): Çí substância = (^AnaVAna ) / (mAnarelAst) x 100 em que a área relativa relA é calculada do modo seguinte: relA = (lOOAgt) / (Vextractomextracto0,95) = 12,52 ± 0,04 48
6. c) 3) Flavonóides do grupo de substâncias A
Os flavonóides do grupo de substâncias A são caracterizados por um UV máximo de 287 nm e 228 nm. Todos os picos que apresentam uma conformidade substancial com este espectro (fig. 13) são incluídos neste grupo e o seu teor é calculado de acordo com a seguinte fórmula geral: Çfflavonóide grupo A = (^-Ana-grupoAVAna^rutósido) / (^1-r -jé-i.Loa i ao^rutósi ao) XtfXlOO^ o padrão utilizado é rutósido e o factor de correcção kf é 0,4. 6. c) 4) Flavonóides do grupo rutósido
Os flavonóides são atribuídos a este grupo com base num espectro de comparação de rutósido (fig. 14). O teor é calculado de acordo com a fórmula geral seguinte: gflavonóide rutósido — (Aj^a-rutósidoVAnaIflrutósido) / (rftAna-ã.rutósidoVrutósido) xkfXl 0 0 "5 6. c) 5) Flavonóides do grupo vitexina
Os flavonóides são atribuídos a este grupo com base num espectro de comparação de vitexina, ao qual também pertencem a orientina e a homoorientina (fig. 15 a fig. 17). Em vez de vitexina, utiliza-se homoorientina como padrão, uma vez que a vitexina (e também a orientina) apresentou problemas em termos de solubilidade na preparação de soluções padrão. O teor é calculado de acordo com a fórmula geral seguinte: Çff lavonóide vitexina = (TiAna-vitexina^Ana^homoorientina) / / (^Ana^-homoorientina^homoorientina) X kf X 100"5 6 d) Resultados OS resultados obtidos na análise estão agrupados no quadro 3 seguinte. 49
No caso do extracto de acordo com a invenção, foram feitos esforços para se obter os 3 grupos flavonóides no extracto com uma proporção, ou tão semelhante quanto possível, idêntica à presente no fármaco inicial (tomando em consideração a variação natural no fármaco e devida ao processo de lote para lote). Esta proporção é então comparável com a proporção em bebidas de chá convencionais a partir de rooibos verde de qualidade elevada (grau reduzido de fermentação).
Quadro 3. Conteúdo dos flavonóides - substância 1, grupo rutósido, substância A e grupo vitexina, com base no fármaco utilizado e com base nos extractos preparados de modo diferente (partindo do fármaco CH G310807SA) . A % de conteúdos é, para cada caso, um valor médio pelo menos de 2 processamentos de extractos. (A) A extracção foi efectuada em primeiro lugar durante 10 minutos com álcool puro e adicionou-se depois água até se estabelecer o teor em álcool desejado. (B) A extracção foi efectuada a partir do início até ao final com uma mistura de álcool/água que possuía o teor em álcool desejado.
Substância I Teor (%) do grupo rutósido Grupo da substância A Grupo vitexina Proporção fármaco/ /extracto Fármaco (G310807SA) 1,09 0,56 5, 81 0,87 Extracto (A): 20% de metanol 2,12 (95% 1, 9 vezes) 1, 85 (230% 3,3 vezes) 13,53 (133% 2,3 vezes) 2,52 (190% 2,9 vezes) 3,2:1 50
Substância I Teor (%) do grupo rutósido Grupo da substância A Grupo vitexina Proporção fármaco/ /extracto Extracto (A): 30% de etanol 2,66 (144% 2, 4 vezes) 2,03 (262% 3,6 vezes) 13,51 (132% 2,3 vezes) 2,14 (145% 2,5 vezes) 3,2:1 Extracto (B): 20% de metanol 2,57 (136% 2,4 vezes) 2, 45 (338% 4,4 vezes) 15,65 (169% 2, 7 vezes) 3,14 (261% 3,6 vezes) 3, 4:1 Extracto (B): 30% de etanol 3,02 (177% 2, 8 vezes) 2,26 (304% 4,0 vezes) 14,51 (149,7% 2,5 vezes) 2, 85 (227% 3,3 vezes) 3,2:1 Em cada caso, a percentagem para a qual e o número de vezes para o qual o correspondente flavonóide está presente no extracto respectivo em comparação com fármaco está representado entre parêntesis
Exemplo 7 - Nova purificação
Preparou-se um extracto que possui um teor ainda mais elevado da substância de fórmula estrutural I e de flavonóides totais.
Em primeiro lugar, preparou-se o extracto conforme descrito no exemplo 6a) e depois purificou-se ainda numa coluna Sephadex de um modo idêntico ao do passo da primeira coluna Sephadex para se obter a substância pura de acordo com o exemplo 1.
Teor em composto de fórmula estrutural I: > 5%.
Teor em flavonóides totais (soma do tipo aspalatina + tipo rutósido + tipo vitexina, na ausência do composto de acordo com a fórmula estrutural I): > 35%.
Proporção entre o tipo vitexina (= C-glucósido) e o tipo rutósido < 1,6.
Total do tipo aspalatina: > 25%. 51
Os tempos de retenção aproximados (HPLC, conforme o exemplo 6, determinação dos teores) foram os seguintes, sob as condições referidas.
Composto de acordo com a fórmula estrutural I: 45 minutos.
Aspalatina: 39 minutos.
Rutósido: 42 minutos.
Orientina/homoorientina: 38 minutos.
Vitexina: 41,5 minutos. 52
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO A presente listagem de referências citadas pela requerente é apresentada meramente por razões de conveniência para o leitor. Não faz parte da patente de invenção europeia. Embora se tenha tomado todo o cuidado durante a compilação das referências, não é possível excluir a existência de erros ou omissões, pelos quais o EPO não assume nenhuma responsabilidade.
Patentes de invenção citadas na descrição • DE 102005004438 [0005]
Literatura citada na descrição, para além das patentes de invenção • BRAMATI et al. J. Agric. Food Chem., 2003, vol. 51, 7472-7474 [0003] • SCHULZ et al. Eur. Food Res. Technol., 2003, vol. 216, 539-543 [0003] • HO et al. Phytochemistry, 1980, vol. 19, 476-477 [0071] • MATTHEWIS et al. J. Agric. Food. Chem., 1997, vol. 45, 1195-1201 [0071] • DIMPFEL, W. Preclinical data base of pharmaco-specific rat EEG fingerprints (Tele-Stereo-EEG) . Eur. J. Med. Res., 2003, vol. 8, 199-207 [0113]

Claims (15)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Composto de fórmula estrutural I OH
OH e seus sais, derivados farmaceuticamente aceitáveis, nomeadamente os produtos de acoplamento do composto de acordo com a fórmula estrutural I com ácido ferúlico, ácido quinico, ácido cafeico, ácido glicónico ou ácido clorogénico, e seus ésteres farmaceuticamente aceitáveis, nomeadamente ésteres do ácido fórmico, ácido acético, ácido propiónico, ácido glutárico, ácido tartárico e ácido succínico.
2. Extracto de rooibos que contém o composto de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o extracto de rooibos ser obtido a partir de rooibos não fermentado. 2
3. Extracto de rooibos de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de possuir um teor em composto de fórmula estrutural I de, pelo menos 1,0% em peso.
4. Extracto de rooibos de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo facto de o teor em composto de fórmula estrutural I ser, pelo menos, de 2% em peso.
5. Extracto de rooibos de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado pelo facto de o teor em flavonóides totais ser, pelo menos, de 20% em peso.
6. Processo para a preparação do composto de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1 e de um extracto de rooibos de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5, caracterizado pelo facto de: - se extrair material no estado natural de rooibos não fermentado, seco e cortado, com um agente de extracção constituído por álcool e/ou água, durante um período de extracção predeterminado e a uma temperatura até 90°C e em particular até 60°C, - se filtrar o extracto e depois este ser evaporado até à secura sob pressão reduzida, caracterizado pelo facto de o agente extractor ser constituído por 10% a 60% (vol/vol) de álcool e água como o restante.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de se efectuar uma purificação mais substancial, pelo menos, num passo de separação cromatográfica. 3
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o passo de separação cromatográfica ser cromatografia de exclusão por tamanho.
9. Suplemento alimentar, caracterizado pelo facto de conter, pelo menos, 1 mg do compostos de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1 por g de suplemento alimentar.
10. Suplemento alimentar, caracterizado pelo facto de conter extracto de rooibos de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5 numa quantidade de, pelo menos, 10 mg/g de suplemento alimentar.
11. Suplemento alimentar de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizado pelo facto de este ser preparado de um modo tal que contenha, pelo menos, 1 mg do composto de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1, em particular, pelo menos, 5 mg do composto de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1, com base na dose diária.
12. Medicamento, caracterizado pelo facto de conter o composto de fórmula estrutural I de acordo com a reivindicação 1 ou um extracto de rooibos de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5.
13. Utilização dos compostos de acordo com a reivindicação 1 ou de um extracto de rooibos de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 5 para a preparação de um medicamento para a prevenção e/ou para o tratamento de 4 distúrbios neurológicos e psiquiátricos do si central.
14. Utilização de acordo com a reivindicação distúrbios neurológicos e psiquiátricos do si central são demências, doença de Parkinson, dor.
15. Utilização de acordo com a reivindicação distúrbio do sistema nervoso central é Alzheimer ou a demência senil. stema nervoso 13, em que os stema nervoso depressão e 14, em que o a doença de
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