PT1979226E - Dispositivo de flutuação - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE FLUTUAÇÃO"

Esta invenção refere-se a um dispositivo que pode ser acoplado a outros artigos, tais como chaves, carteiras e telemóveis, bem como a outro tipo de artigos, e que engloba um saco que se insufla de forma automática e que irá funcionar como uma bóia para este tipo de artigos, caso caiam dentro de água, seja acidentalmente ou de qualquer outra forma.

ANTECEDENTES Há muitos anos que se acoplam dispositivos de cortiça a itens, como, por exemplo, chaves, para permitir que estes flutuassem e pudessem ser retirados se tivessem caído dentro de água, por exemplo, em portos e marinas. Estes dispositivos de cortiça são relativamente volumosos e não suficientemente flutuantes para suportar itens mais pesados.

Mais recentemente, foram efectuadas várias propostas, por exemplo nos documentos FR 2733482, US 204/0137810 e GB 2406265 A, relativamente a dispositivos para este fim e que englobam um saco que se insufla de forma automática para funcionar como bóia. Todos estes dispositivos mostraram não serem práticos no que diz respeito à respectiva produção, do ponto de vista financeiro, ou são, por outro lado, inseguros e não fiáveis quando em funcionamento. Por 2 exemplo, a FR 2733482 propõe um cilindro, no qual é gerado gás acetileno, por meio de uma reacção química aquando do contacto do carboneto de cálcio com a água. Mesmo que esta reacção tenha sido conseguida de uma forma fiável, ela é, claramente, não segura na respectiva utilização, dado que o acetileno é inflamável. A proposta na US 2004/0137810 envolve a quebra, quando se encontra na água, de uma barreira entre dois compartimentos no interior de um balão insuflável, o que, na prática, seria muito pouco fiável. A proposta na GB 2406265 A e em outros dispositivos conhecidos envolvem a utilização de uma lata de dióxido de carbono comprimido e um dispositivo accionador que envolve a perfuração de um selo desta mesma lata, estando o dispositivo accionador dependente da rotura de um material quando se dá o contacto com a água. Estes dispositivos são de produção dispendiosa, dado que uma lata de dióxido de carbono comprimido tem de consistir em metal, tendo estes dispositivos de ser suficientemente robustos para resistir à elevada pressão que é necessária para conter o gás. Mais ainda, não são fiáveis relativamente à utilização, em parte devido à frequente ocorrência de bolhas de ar na passagem da água para o material degradável por água, mas também porque a força necessária para perfurar este tipo de selo é considerável e poderá não ser atingida.

OBJECTO DA INVENÇÃO

Um objecto da invenção é facultar um dispositivo de um tipo generalizado que seja mais económico na respectiva produção e muito mais fiável na respectiva utilização, 3 quando comparado com muitos dos dispositivos já conhecidos ou anteriormente propostos.

BREVE SUMÁRIO DA DIVULGAÇÃO A DE - 3702448 divulga um dispositivo flutuante de acordo com a introdução da reivindicação 1, que engloba um saco insuflável, substancialmente em material impermeável à água e ao ar, um recipiente de gás comprimido, elementos accionadores associados ao recipiente e que funcionem aquando da imersão do dispositivo em água para abrir o recipiente e permitir que o gás do recipiente insufle o saco, um invólucro no qual o saco, o recipiente e os elementos accionadores se encontram alojados, e meios para acoplar o dispositivo a outro artigo, sendo que os elementos accionadores deste tipo de dispositivo englobam uma válvula montada no recipiente e que liga o recipiente ao saco insuflável, meios de retenção que mantêm a dita válvula numa posição fechada, e meios reactivos à água que, aquando do contacto com água, servem para libertar os meios de retenção e para abrir a válvula. A presente invenção é caracterizada pelo facto de os meios reactivos à água englobarem uma banda de material, da qual pelo menos uma parte é reactiva à água, e de os elementos accionadores incluírem uma mola que é mantida sob compressão por meio da banda reactiva à água e que é libertada por esta mesma banda para abrir a válvula, quando a banda se rompe aquando da imersão do dispositivo em água. 4 0 funcionamento de uma válvula deste tipo, que é libertada desta forma, é altamente fiável.

Em algumas realizações, a válvula poderá ser colocada sob tensão, por meio de uma mola, para uma posição de aberta, mas em outras realizações poderá ser colocada sob tensão, por meio de uma mola, para uma posição de fechada. São propostas várias disposições para libertar os meios de retenção que mantêm a válvula sob a tensão de mola na posição de aberta, nas primeiras realizações mencionadas, ou, pelo contrário, que contrariam a tensão de mola para a posição de fechada nas segundas realizações mencionadas. Neste último caso, a própria mola engloba os meios de retenção.

Um polimero baseado em amido é um material adequado para uma banda (tira) de material reactivo à água, tal como a utilizada na presente invenção.

De forma vantajosa, o recipiente poderá ser de material plástico e o gás comprimido poderá ser, de forma adequada, um composto de clorofluorcarboneto hidrogenado. Este gás requer uma compressão a pressões muito mais reduzidas que o dióxido de carbono, e pode ser contido de um modo seguro e adequado num recipiente de custo reduzido, de material plástico, semelhante ao receptáculo de um isqueiro convencional e barato. Mais ainda, é seguro na utilização e não representa um perigo para o ambiente.

Para impedir qualquer possibilidade de formação de uma bolha de ar na passagem da água para o interior do 5 dispositivo, depois de este estar submerso, o invólucro apresenta, preferencialmente, uma pluralidade de paredes laterais e uma pluralidade de aberturas alongadas que são formadas em, pelo menos, duas destas paredes laterais. Adicionalmente ou em alternativa, o receptáculo está provido de pelo menos duas filas separadas de aberturas alongadas, sendo pelo menos uma dessas filas facultada por cima da posição dos respectivos meios reactivos à água, e sendo pelo menos uma fila facultada por baixo da posição dos respectivos meios reactivos à água.

Num outro desenvolvimento da invenção, é montado, de um modo vantajoso, um dispositivo de iluminação no interior do saco insuflável. Um dispositivo de iluminação deste tipo engloba, adequadamente, um díodo emissor de luz (LED) alimentado por, pelo menos, uma pilha, sendo esta mesma pilha automaticamente ligada ao LED aquando da insuflação do saco. Isto poderá ser conseguido através da existência de uma banda de material isolante, inicialmente localizada entre a pilha ou pilhas e o LED, estando a dita banda também ligada ao gargalo do saco, de modo a que esta seja automaticamente retirada da respectiva posição estendida entre a pilha ou pilhas e o LED aquando da insuflação do saco.

Outro desenvolvimento inventivo é o modo como este tipo de dispositivo de iluminação se encontra ligado no interior do saco insuflável. Isto é conseguido de um modo adequado, facultando uma protuberância no dispositivo de iluminação, através da qual este fica ligado no interior do saco insuflável, preferencialmente, numa localização remota 6 do gargalo do saco, por meio de um clipe ou anel em 0 ajustado por cima da dita saliência a partir do exterior do saco. Outra possibilidade ainda é o facultar do clipe ou anel em 0 já mencionado com uma argola adicional, preferencialmente expansível, para facilitar a recuperação do dispositivo quando este estiver a flutuar.

Outros desenvolvimentos vantajosos tornar-se-ão aparentes a partir da descrição que se segue das realizações específicas do dispositivo da invenção.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A invenção será ainda descrita, a título de exemplo, fazendo referência às imagens anexas, em que: a figura 1 é uma vista lateral de uma primeira realização prática do dispositivo da invenção, a figura 2 é uma vista frontal da mesma realização, a figura 3 é uma vista do plano de topo da mesma realização, a figura 4 é uma secção transversal ao longo da linha B-B da figura 2 do mesmo dispositivo, a figura 5 é uma secção transversal ao longo da linha A-A da figura 3 do mesmo dispositivo, 7 a figura 6 é uma secção transversal ao longo da linha C-C da figura 2 do mesmo dispositivo a figura 7 é um detalhe aumentado de uma região central do dispositivo, tal como mostrado na figura 5, a figura 8 é uma secção transversal diagramática e em escala reduzida, que mostra o dispositivo das figuras 1 a 7 depois de este ter sido insuflado, a figura 9 é um detalhe aumentado da região do invólucro do dispositivo na condição de saco insuflado mostrada na figura 8, a figura 10 é uma vista comparável à figura 5, mas numa escala maior, de uma segunda realização do dispositivo da invenção, a figura 11 é uma secção transversal, semelhante à da figura 10, de uma terceira realização do dispositivo da invenção, a figura 12 é uma secção transversal, semelhante à da figura 10, de uma quarta realização do dispositivo da invenção, e a figura 13 é uma secção transversal, semelhante à da figura 10, de uma quinta realização do dispositivo da invenção.

DESCRIÇÃO DETALHADA

Fazendo referência, em primeiro lugar, às figuras de 1 a 7, uma realização prática do dispositivo de flutuação da invenção engloba um invólucro substancialmente rectangular 10 em material plástico, que aloja um recipiente de gás 12 e um saco insuflável 14, sendo o recipiente 12 ligado ao gargalo 15 do saco 14 por meio de uma válvula que é, regra geral, designada pela referência numérica 16. 0 saco insuflável 14 consiste num material substancialmente impermeável, resistente à água, altamente flexivel e forte, tal como um filme de poliuretano, do tipo utilizado para preservativos modernos. 0 recipiente de gás 12 consiste em material plástico, tipicamente, material plástico acetilo, e é em tamanho e formato semelhante ao depósito de combustível de um isqueiro barato. O gás no interior é um clorofluorcarboneto hidrogenado, que poderá encontrar-se sob uma pressão de aproximadamente 40 psi. 0 recipiente 12 encaixa numa região inferior do invólucro 10 e o saco 14 é dobrado ficando com um volume muito reduzido numa região superior do invólucro 10. Como é mostrado da melhor forma na figura 7, a válvula 16 engloba um corpo em forma de copo 26 montado numa parede superior 13 do recipiente 12. Este corpo 26 define uma cavidade, na base da qual é montada uma placa de vedação 17. Também apresenta uma abertura lateral 18 que se encontra em comunicação com o interior do recipiente 12. Um elemento tubular da válvula 19, que é deslocável axialmente, encontra-se localizado na cavidade do corpo 26 com um anel 9 de vedação 29 pelo meio. Este elemento tubular 19 faculta uma conduta entre o interior do recipiente de gás 12 e o interior do saco insuflável 14, dado que o gargalo 15 do saco 14 se encontra ligado a um anel 24 que encaixa por baixo de uma flange 28 com perfil de cunha no topo do elemento 19. Uma mola helicoidal 22, localizada à volta do elemento tubular 19 no interior do corpo 26, actua entre a placa de vedação 17 e um aro 27 no elemento tubular para colocar o elemento tubular 19 sob tensão para obter uma posição de válvula aberta, em que a extremidade inferior é levantada da placa de vedação 17 (ver figuras 8 e 9).

Contudo, os meios de retenção em forma de mola com formato em U 30 e uma banda 32 servem para manter o elemento tubular 19 numa posição de válvula fechada, sob tensão da mola 22, sendo que a extremidade inferior do elemento 19 se encontra firmemente pressionada contra a placa de vedação 17.

Uma mola em formato de U 30, tal como o mostrado nas figuras 4 e 5, estende-se à volta da base do recipiente 12. As paredes laterais e a base do recipiente 12 estão em recesso para acomodar e localizar os braços e a secção central da mola em formato de U 30, tal como se torna evidente nas figuras 4 e 5. Na respectiva extremidade superior, a mola em formato de U 30 apresenta braços de pinça 31, opostos e virados para o interior, que encaixam por detrás de outra flange intermédia ou aro 25 no elemento tubular da válvula 19, para o manter na respectiva posição mais baixa, fechada, tal como já foi explicado. A mola em formato de U 30 é mantida sob pressão, a contrariar a 10 respectiva tendência natural para se abrir e afastar, deste modo, os braços de pinça 31, pela banda 32 que envolve o recipiente 12 e os respectivos braços da mola 30. Esta banda 32 é reactiva à água, de forma a desintegrar-se ou romper quando submersa na água durante alguns momentos. Poderá consistir, total ou parcialmente, num material como, por exemplo, polímero baseado em amido, que amolece e/ou se dissolve quando submerso em água salgada ou em água doce. Em alternativa, poderá ser feito de uma banda de material como, por exemplo, poliuretano, que não seja reactivo à água, mas cujas extremidades sejam interligadas por meio de um material, como, por exemplo, carbonato de cálcio, que rapidamente se dissolve tanto em água salgada como em água doce.

Pares de projecções de travão 23 estendem-se para cima, para além da parede superior 13, em cada um dos lados do recipiente 12, para reter a placa 35 que apresenta uma abertura central 36 através da qual é inserido o gargalo 15 do saco 14. Isto facilita a montagem durante o fabrico do dispositivo e facilita igualmente o funcionamento fiável da válvula e insuflação do saco 14.

Uma patilha circular 37, formada com uma abertura 39, é facultada como uma extensão integrada da base do recipiente de gás 12 e estende-se através de uma abertura correspondente no invólucro 10. Isto permite acoplar o dispositivo por meio de uma argola de chaveiro ou artigos semelhantes, tais como chaves, carteiras ou outros itens. 0 acoplar de um artigo directamente no recipiente de gás 12 minimiza qualquer risco de este primeiro se separar do 11 flutuante instalado quando o dispositivo está imerso, tal como poderia ocorrer se estivesse acoplado através do invólucro e este invólucro se separasse do saco insuflado e do recipiente de fornecimento de gás a ele ligado.

Tal como é mostrado nas figuras 1 e 2, mas igualmente evidente nas figuras 4 e 5, o invólucro 10, que consiste igualmente em qualquer material plástico adequado, está provido de duas filas de aberturas alongadas 38 em cada uma das paredes laterais, sendo uma dessas filas disposta por cima do nivel da banda 32 e uma dessas filas disposta imediatamente por baixo do nivel da banda 32. Isto assegura que, aquando da submersão do dispositivo em água, a água rapidamente e de forma fiável penetra na banda 32 para que esta seja libertada conforme o pretendido, sem que ocorra o risco da formação de bolhas de ar que possam atrasar a penetração da água, tal como tem ocorrido em determinados dispositivos anteriores.

Na parte de cima, por cima do saco dobrado 14, o invólucro 10 é fechado por uma tampa final 40. A tampa final 40 apresenta grampos 42 que se projectam a partir da respectiva superfície interior adjacente à aresta de cada lado. Os grampos 42 são engatáveis como fecho de pressão em ranhuras 44 facultadas próximo do topo das correspondentes paredes laterais opostas do invólucro 10. Isto permite que a tampa final 40 seja retida de um modo fiável no invólucro 10 em circunstâncias normais, quando o saco 14 não está sendo aplicado como um flutuante, no entanto, também permite a pronta libertação da tampa final 40 aquando da insuflação do saco 14 na altura de o dispositivo ficar submerso. Contudo, para assegurar esta pronta libertação, é 12 facultada uma placa interior 46 adicional entre o saco 14 e a tampa final 40. Esta placa interior 46 apresenta uma protuberância 48 sob a forma de esfera, a qual se encaixa num entalhe central correspondente na superfície interior da tampa final 40. Quando o saco 14 começa a insuflar, é transmitida uma pressão a partir do saco 14 até à placa interior 46, que fica, então, concentrada na localização central da esfera 48, à medida que é transmitida até à tampa final 40. Isto faz com que a tampa final 40 se deforme para um formato convexo, de modo a que os respectivos grampos 42, em cada um dos lados, sejam libertados em simultâneo e a tampa final 40 como um todo, juntamente com a placa interior 46, se abra rapidamente e de um modo fiável. O modo de funcionamento do dispositivo descrito acima tornar-se-á agora claro. Quando o dispositivo cai para dentro de água, a água penetra no invólucro 10 através das inúmeras aberturas 38 e a banda 32 rompe-se, libertando, desta forma, uma mola em formato de U 30, afastando-se os respectivos braços de pinça 31 da flange 25 no elemento tubular da válvula 19. O elemento tubular 19 é, deste modo, libertado e imediatamente impulsionado para cima pela mola helicoidal 22, abrindo, assim, a válvula e permitindo que o gás passe do recipiente 12 para o interior do saco 14 para o insuflar. A tampa final 40 é empurrada para fora do invólucro 10 da maneira acabada de ser descrita mais acima. O dispositivo com o flutuante completamente activado, tal como é facultado pelo saco insuflado 14, é mostrado na figura 8. 13 A partir de um dispositivo pequeno com um volume total de aproximadamente 20 centímetros cúbicos, incluindo um recipiente 12 com uma capacidade de apenas acerca de 10 a 15 centímetros cúbicos de gás, poderá obter-se um saco insuflado com uma capacidade de, pelo menos, 1,5 litros (e, habitualmente, 1,75 a 2 litros) . Um saco insuflado deste tipo é capaz de suportar, a flutuar, um artigo com um peso até 1 kg, deixando ao mesmo tempo uma parte suficientemente grande por cima da superfície da água para que possa ser visto facilmente.

Tudo o que já foi dito é meramente ilustrativo e não limitativo do escopo da invenção, e muitas outras variações dos detalhes são possíveis em outras realizações.

Em uma realização específica modificada, que em outros aspectos é igual ao que acabou de ser descrito, a mola em formato de U poderá ser de um tipo diferente, sendo mantida sob tensão, e que, desta forma, apresenta normalmente a tendência para os respectivos braços de pinça se aproximarem uma ao outro, engatando por detrás do aro 25 e mantendo a válvula 16 na respectiva posição inferior de fechada. A banda 32 é substituída por uma banda diferente ou por um pad (almofada) , ou mais de um pad, montado no interior dos braços da mola em formato de U, entre os braços e o recipiente 12, cuja banda ou pad(s) incham quando a água entra para forçar os braços da mola e os braços de pinça a afastarem-se e a libertarem a válvula 16 para a insuflação do saco 14. 14

Em outras realizações, poderão ser facultados meios alternativos ou adicionais para anexar um artigo ao dispositivo, sob a forma de um ou mais pads de um material altamente adesivo montados no invólucro 10. Desta forma, uma multiplicidade deste tipo de dispositivos poderá ser utilizada como auxiliar flutuante mesmo para artigos mais pesados, tais como computadores portáteis, que poderão entrar e sair de barcos. Vários destes dispositivos seriam, então, acoplados ao artigo que necessita de uma ajuda flutuante, em localizações espaçadas. Acredita-se que, desta forma, artigos com um peso de, até, lOkg poderão ser suportados por vários dispositivos de flutuação deste tipo, ou estes artigos mais pesados poderão ser suportados por um ou mais dispositivos de flutuação maiores de acordo com esta invenção.

Num desenvolvimento relacionado, algumas realizações da invenção poderão incluir um revestimento exterior adicional, colocado à volta do invólucro com o objectivo de facultar os meios para a acoplagem de um pad, ou de pads, de material adesivo, sem que este oculte ou se sobreponha às aberturas no invólucro, que são necessárias para assegurar uma penetração rápida e fiável da água, tal como é necessário para uma rápida insuflação do saco e actuação do flutuante. Desta forma, um revestimento exterior deste tipo poderá ser grampeado ou fixado no invólucro, mas poderá estender-se apenas parcialmente à volta do invólucro, no intuito de deixar acessíveis pelo menos algumas filas de aberturas no invólucro. Adicionalmente ou em alternativa, elementos espaçadores poderão ser dispostos entre o revestimento exterior e o invólucro, para garantir 15 que é mantido um espaço para a entrada de água no invólucro e através das aberturas neste mesmo invólucro. A figura 10 ilustra uma forma especifica modificada do dispositivo, em que um dispositivo de iluminação sob a forma de uma pequena unidade de LED é montado no interior do saco insuflável 14'com o intuito de tornar visível o flutuante activado em situações de escuridão ou de pouca luminosidade. A unidade 50 engloba um LED de elevada intensidade 52 e pilhas botão 54, colocadas num compartimento 56 . 0 compartimento 56 é formado com uma protuberância tipo esfera 58, que permite que seja acoplado ao interior do saco 14', preferencialmente numa localização remota do e oposta ao gargalo 15' através do qual entra o gás aquando da respectiva insuflação, por meio de um anel em 0 59 ajustado na esfera 58 a partir do exterior do saco 14 ' .

Numa modificação vantajosa, que não se encontra aqui ilustrada, o anel em 0, que consiste em material elastómero, poderá ser formado com uma argola adicional maior, que poderá ser dobrada e mantida de uma forma adequada dentro do invólucro 10' do dispositivo, na respectiva posição inicial. Esta argola maior irá desdobrar-se automaticamente quando a tampa final 40' for libertada, e irá facilitar a recuperação do dispositivo flutuante insuflado por meio de um gancho de barco ou semelhante.

No que respeita à unidade LED 50, é facultada uma banda de material isolante 53 que, inicialmente, se estende 16 entre os contactos para o LED 52 e as pilhas 54 para interromper o circuito. Uma das extremidades da banda 53 encontra-se igualmente presa no gargalo 15' do saco 14', onde se estende através da placa de colocação 35'. De forma correspondente, e à medida que o saco 14' vai ficando insuflado, a banda é retirada automaticamente da respectiva localização entre os contactos. 0 circuito entre as pilhas 54 e o LED 52 fica estabelecido e estes últimos ficam iluminados. Opcionalmente, poderão ser incluídos elementos adequados de circuito para uma iluminação intermitente do LED 52, expandindo, desta forma, consideravelmente a vida possível das pilhas.

Em todos os outros aspectos, a realização ilustrada na figura 10 é igual às representadas nas figuras de 1 a 9, e foram utilizados os mesmos números de referência para designar as partes correspondentes.

Numa realização ainda com mais alterações, poderia ser montado um transmissor de frequência de rádio no interior do saco insuflável, em vez da, ou juntamente com, a unidade LED.

As figuras 11, 12 el3 mostram três outras realizações, tendo, cada uma delas, meios de retenção diferentes para manter a válvula 16 numa posição de fechada, e diferentes meios para libertar os mesmos para permitir que a válvula se abra, quando comparando com as realizações precedentes. Contudo, todas elas aplicam pelo menos uma banda de um material que reage à água, para obter a libertação dos elementos de retenção. 17 A realizaçao mostrada na figura 11 tem o respectivo elemento de válvula tubular 19 sob tensão numa posição aberta, por meio da mola 22, tal como nas realizações anteriores, mas em vez de ser assim mantido por uma mola em formato de U 30, este elemento de válvula 19 é mantido a contrariar a tensão da mola através de uma placa 60 que, por sua vez, é mantida no respectivo lugar por duas bandas reactivas à água 62 que se estendem à volta do recipiente 12 desde o topo até ao fundo. Estas bandas 62 poderão ser formadas como o descrito anteriormente em relação à banda 32 nas realizações anteriores. Esta disposição é mais simples no que se refere à montagem durante a produção, quando comparada com as realizações anteriores, e evita a utilização de uma mola especial em formato de U, sendo, contudo, igualmente eficaz no que se refere ao funcionamento. A realização mostrada na figura 12 também tem o respectivo elemento de válvula tubular 19 sob tensão, numa posição aberta, por meio da mola 22, tal como nas realizações anteriores. Neste caso, a mola em formato de 30 é substituída por uma alavanca 6 4 que apresenta uma das extremidades ligada, de um modo articulado (em 65) , à parede do recipiente 12, estando a outra extremidade ligada à volta do elemento de válvula 19 por trás da flange ou aro 25. A alavanca 64 é mantida em baixo, sob tensão da mola 22, por meio de uma banda individual e reactiva à água 66 que, mais uma vez, se estende à volta do recipiente 12 do topo até ao fundo. Esta situação apresenta-se ainda mais simples, no que se refere à montagem, do que a realização na figura 11. Para minimizar o tamanho global do 18 dispositivo, a válvula 16 é deslocada para um lado, ficando a banda 66 localizada próxima do centro.

Numa possibilidade alternativa, a alavanca 65 está ligada de forma articulada ao recipiente 12, no outro lado quando comparado ao lado mostrado na figura 12, nomeadamente junto à posição da válvula 16, com a banda 66 mantendo a alavanca 64 para baixo, mais perto da respectiva extremidade livre. Neste caso, o elemento de válvula 19 apenas tem de ser elevada numa distância muito pequena para permitir a insuflação do saco 14.

Em todos os outros aspectos, as realizações das figuras 11 e 12 são iguais à da figura 10 e os mesmos números de referência foram usados para as partes correspondentes.

As realizações mostradas na figura 13 têm uma disposição significativamente diferente quando comparada com todas as outras realizações, dado que o respectivo elemento de válvula tubular 19 está sob tensão numa posição de fechada. Isto é conseguido por meio de uma mola 221 que actua entre o corpo de válvula em formato de copo 26 e uma flange 271, junto à extremidade do elemento 19. Uma alavanca 68 tem uma extremidade ligada, de forma articulada (em 69), à parede do recipiente 12, e a respectiva outra extremidade fica livre. A válvula é deslocada para um lado, tal como na realização da figura 12. Na figura 13, a válvula 16 é mostrada junto à ligação de alavanca 69. A alavanca 68 engata no elemento de válvula 19 por baixo do anel 24 que, por sua vez, está ligado ao saco 14', ou por 19 baixo de qualquer outra flange adequadamente facultada. Tal como mostrado, uma segunda mola helicoidal 70 é montada entre a parede superior 13 do recipiente 12 e da alavanca 68. Tal como mostrado nos detalhes ampliados A e B, a mola 70 encontra-se localizada entre as placas de colocação superior e inferior 71, 72. No detalha A, é mostrada mantida sob compressão por meio de uma banda reactiva à água 74 que se encontra enrolada à volta dessas placas 71, 72. Como unidade, esta mola comprimida 70 envolta pela banda 74 é colocada entre a parede superior 13 e a alavanca 68, aquando da montagem do dispositivo. Quando o dispositivo se encontra submerso na água, a banda 74 rompe-se, tal como indicado no detalhe B, e a mola 70 faz com que a alavanca 68 se movimente para cima, ultrapassando a tensão da mola 22 para abrir a válvula 16.

Uma vez mais, relativamente a todos os outros aspectos, a realização da figura 13 é a mesma que a da figura 10, e os mesmos números de referência foram usados para as partes correspondentes. A invenção não é limitada aos detalhes específicos das realizações já mencionadas, e outras variações nos detalhes de construção são possíveis no escopo da invenção, tal como definido na reivindicação 1. Está especificamente prevista a produção de um dispositivo significativamente maior, em comparação com as realizações ilustradas, com meios para ser acoplado a um artigo maior, tal como um computador, e um saco insuflável proporcionalmente maior, bem como um maior fornecimento de gás para o mesmo, para que seja possível suportar um peso de, até, 10 kg ou mais a flutuar 20 com apenas um dispositivo deste tipo, quando ocorre uma imersão na água. conjunto com qualquer invenção específicos, aplicáveis a qualquer aqui descrito, a menos

As caracteristicas descritas em aspecto, realização ou exemplo da devem ser compreendidos como sendo outro aspecto, realização ou exemplo que sejam incompatíveis com estes. 21

REFERENCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO

Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para a conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento de Patente Europeia. Embora tenha sido tomado muito cuidado na compilação das referências, não se poderão excluir erros e omissões e o EPO nega qualquer responsabilidade neste sentido.

Documentos de Patente citados na descrição • GB 2406265 A [0003] • DE 3702448 [0005] • FR 2733482 [0003] • US 20040137810 A [0003]

Claims (18)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Um dispositivo de flutuação que engloba um saco insuflável (14) de um material, substancialmente, impermeável à água e ao ar, um recipiente (12) de gás comprimido, elementos accionadores associados ao recipiente e operáveis aquando da imersão do dispositivo em água, para abrir o recipiente e permitir que o gás do recipiente insufle o saco, um invólucro (10), no qual se encontram alojados o saco (14), o recipiente (12) e os elementos accionadores, e meios para acoplar o dispositivo a outro artigo, sendo que os elementos accionadores englobam uma válvula (16) montada no recipiente e que liga o recipiente ao saco insuflável, meios de retenção (30,60,64,22,68), operacionais para manter a dita válvula numa posição de fechada, e meios reactivos à água (32,62,66,74) que, aquando do contacto com água, servem para libertar os meios de retenção (30,60) e para abrir a válvula, caracterizado pelo facto de os meios reactivos à água englobarem uma banda (32,62,66,74) de um material, pelo menos parcialmente, reactivo à água, e de os elementos accionadores incluírem uma mola (22,30,22,70) que é mantida sob compressão pela banda reactiva à água (32,62,66,74) e que é libertada para abrir a válvula (16), quando a banda (32,762,66) se rompe aquando da imersão do dispositivo em água.

2. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 1, em que o recipiente (12) consiste num 2 material plástico e o gás comprimido é um composto de clorofluorcarboneto hidrogenado.

3. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que a válvula (16) está sob tensão por uma mola para uma posição de aberta.

4. Um dispositivo de flutuação de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que os elementos de retenção englobam uma mola em formato de U (30), que se estende à volta de uma extremidade do recipiente (12), afastada da válvula (16) e que apresenta braços de pinça (31) opostos que engatam na válvula (16).

5. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 4, em que os meios reactivos à água mantêm a mola em formato de U (30) na posição à volta do recipiente (12) engatando a válvula (16) com os respectivos braços (31) .

6. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 3, em que os meios de retenção englobam uma alavanca (64,68).

7. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 6, em que a banda (66) de material se estende à volta do recipiente (12) e mantém a alavanca (64), a contrariar a tensão da mola (62) que tenciona a válvula (16) para uma posição de aberta. 3

8. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que os meios de retenção englobam uma mola (2 21) que exerce tensão sobre a válvula (16) para uma posição de fechada.

9. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 8, em que a banda (74) de material se estende à volta de uma segunda mola (70) para a manter sob compressão até ser libertada, estando a dita segunda mola (70) preparada para actuar, quando libertada, para ultrapassar a tensão da primeira mola (22) e permitir que a válvula abra.

10. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 9, em que é facultada uma alavanca (68) entre a segunda mola (70) e a válvula (16).

11. Um dispositivo de flutuação de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que os meios reactivos à água englobam um material polímero baseado em amido.

12. Um dispositivo de flutuação de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que um dispositivo de iluminação (50) é montado no interior do saco insuflável (141) .

13. Um dispositivo de flutuaçao de acordo com a reivindicação 12, em que o dispositivo de iluminação (50) engloba um díodo emissor de luz (LED) alimentado por, pelo menos, uma pilha (54), estando estas últimas ligadas 4 automaticamente ao LED aquando de uma insuflação do saco (141) .

14. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 13, em que uma banda (53) de material isolante é inicialmente colocada entre a pilha ou pilhas (54) e o LED (50), estando a dita banda igualmente ligada ao gargalo (151) do saco (141), de forma a que seja retirada automaticamente da posição que ocupa entre a pilha ou pilhas (54) e o LED (50), aquando de uma insuflação do saco (141) .

15. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 12, 13 ou 14, em que o dispositivo de iluminação (50) apresenta uma protuberância (58) pela qual se encontra ligado no interior do saco insuflável por meio de um anel em 0 (59), ajustado por cima da dita protuberância a partir do exterior do saco (141).

16. Um dispositivo de flutuação de acordo com a reivindicação 15, em que o dito anel em 0 está provido de um anel adicional para facilitar a recuperação do dispositivo.

17. Um dispositivo de flutuação de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o invólucro (10, 101) apresenta um fecho sob a forma de uma tampa final (40) que se sobrepõe ao saco insuflável (14, 141) , e que se encontra montada no invólucro por formações de interligação, de modo a poder ser libertada aquando da insuflação do saco (14, 141) . 5

18. Um dispositivo de flutuaçao de acordo com a reivindicação 17, incluindo uma placa de libertação (46) que está montada entre o saco insuflável (14, 141) e a tampa final (40), sendo a placa de libertação (46) configurada para aplicar pressão numa localização central da tampa final.