PT1976400E - Meia soquete - Google Patents

Description

1 DESCRIÇÃO "MEIA SOQUETE" A invenção refere-se a uma meia soquete, sobretudo para usar em actividades desportivas, com um cano e uma base, apresentando uma zona para os dedos do pé, uma zona para o calcanhar e uma zona para pousar o pé entre os dedos e o calcanhar, e possuindo ainda uma ligadura.

Principalmente nas actividades desportivas, os pés das pessoas estão normalmente cobertos por meias soquetes. Para obter uma excelente adaptação da meia soquete ao pé, é já conhecido o método de prever ligaduras de O-ring nas meias soquetes ou meias compridas (comparar por ex. US 5 61 7 745) . Mas estas são constituídas paralelamente à linha central longitudinal da meia soquete, envolvendo-a simetricamente. 0 documento DE 297 15 762 UI já apresentou uma meia, descrevendo-a com um anel simetricamente envolvente, que progride na horizontal. Também o documento EP 0 330 588 Al já apresentou uma meia com duas ligaduras.

Em movimentos de corrida e salto, o pé é sujeito a um esforço maior, sobretudo na zona da articulação tibiotarsiana. O pé tem a função natural de dobrar para dentro no caso de um impacto. Esta função é denominada pronação. Ao pousar o lado exterior da sola do pé, o esforço é ligeiramente transferido para o lado interior, para o arco longitudinal do pé poder descer e, assim, absorver parte do impacto. O pé humano pode, porém, ser constituído de forma diferente. Distingue-se entre pé normal, pé cavo ou pé boto, bem como, pé chato. O pé normal mostra uma planta do pé estável. Ele toca, ao andar e a 2 correr, primeiro com a parte exterior da parte traseira do pé no chão. De seguida, roda para dentro, para captar e amortecer o impacto do pé. Isto é designado de pronação natural. Os pés cavos e botos dobram, na fase de pousar, predominantemente para dentro e deixam uma pegada predominantemente na área dianteira e traseira do pé. Isto é designado de sub-pronação ou supinação. A protecção natural contra o impacto do pé é fortemente reduzida na sub-pronação. Em contrapartida, os pés chatos têm uma planta do pé muito baixa e deixam uma pegada completa do pé. Os pés chatos dobram muito para fora depois de pousar. Isto é designado de sobre-pronação. Além disso, o sistema locomotor na zona dos tornozelos pode ser sobrecarregado com as posições erradas das pernas, que são normalmente designadas de pernas em "0" (arqueadas) ou em "X".

Tanto as pessoas com sub ou sobre-pronação, como também as pessoas com posições erradas das pernas, sofrem de certa forma, de um amortecimento natural. Isto sobrecarrega particularmente o pé. Para apoiar os tendões e ligamentos do sistema locomotor à volta do tarso, costuma-se ligar o pé. Enrola-se uma ligadura horizontalmente na zona inferior da canela à volta do tornozelo, antes de enfiar a meia soquete no pé.

Este enrolamento oferece, por um lado, apenas uma estabilização insuficiente e um apoio do sistema locomotor à volta do tarso, e por outro lado não resolve as formas especiais de esforço na sobre e sub-pronação. Além disso, a ligadura fica muito saliente por baixo da meia soquete, reduzindo o conforto. É neste sentido que a invenção pretende ser útil. A invenção pretende disponibilizar uma meia soquete que apoia 3 o sistema locomotor na zona da articulação tibiotarsiana e que esteja preparada para suportar especialmente os esforços particulares no caso de sobre e sub-pronação, bem como, no caso de uma posição errada das pernas. De acordo com a invenção, este objectivo é alcançado pelo facto da ligadura ser disposta na zona da articulação tibiotarsiana e ser composta por, no mínimo, uma ponte e, no mínimo, um anel, que se estende simetricamente sobre o cano. A invenção disponibiliza uma meia soquete, principalmente para actividades desportivas, que apoia o sistema locomotor na zona da articulação tibiotarsiana e que esteja preparada para suportar especialmente os esforços particulares no caso de sobre e sub-pronação, bem como, no caso de uma posição errada das pernas. Por esse motivo, a ligadura evolui na zona da articulação tibiotarsiana, para obter uma função de apoio sintonizada para o respectivo caso de esforço.

De acordo com a invenção, o anel evolui assimetricamente pelo cano. Deste modo, consegue-se apoiar principalmente o tornozelo e, consequentemente, melhorar o efeito de apoio.

Noutra versão da invenção, o anel passa pela zona para pousar o pé. Isto permite uma fixação também abaixo do tornozelo do pé, o que resulta num apoio adicional do tarso. A ponte passa, vantajosamente, pelo peito do pé. Esta constituição permite uma fixação especial, juntamente com o anel. Também aqui se dá um bom apoio em actividades desportivas.

Além disso, a tarefa é resolvida pelo facto da ligadura ser composta por dois anéis, que passam pela zona 4 para pousar o pé e pelo facto dos anéis estarem sobrepostos na zona para pousar o pé. Deste modo, é disponibilizada uma meia soquete, principalmente para actividades desportivas, que apoia também o sistema locomotor na zona da articulação tibiotarsiana e que está preparada para suportar especialmente os esforços particulares no caso de sobre e sub-pronação, bem como, no caso de uma posição errada das pernas. A utilização de dois anéis combinados entre si possibilita ainda um enfaixamento mais forte.

Os anéis encontram-se sobrepostos na zona para pousar o pé. Consegue-se, assim, ligar duplamente na zona para pousar o pé, possibilitando uma função de apoio ainda mais aperfeiçoada.

Pode encontrar outras versões e desenvolvimentos da invenção nas restantes subreivindicações. 0 desenho representa exemplos de execução da invenção, que passamos a descrever em pormenor. Nomeadamente:

As Fig. la) até c) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista do par de meias soquetes por trás;

As Fig. 2a) até c) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista do par de meias soquetes por trás noutra versão;

As Fig. 3a) até c) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista do par de meias soquetes por trás noutra versão; 5 5 As Fig.

As Fig.

As Fig.

As Fig. 4a) até c) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista do par de meias soquetes por trás noutra versão; 5a) e b) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista por trás noutra versão; 6a) e b) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista por trás noutra versão e 7a) e b) mostram uma meia soquete com ligadura vista do lado de fora do pé, bem como, mostram uma vista por trás noutra versão; A meia soquete escolhida como exemplo de execução é composta por uma base 1 e um cano 2. A base 1 apresenta uma zona para os dedos do pé 11, uma zona para o calcanhar 12 e uma zona para pousar o pé 13 entre a zona dos dedos do pé e a zona do calcanhar, bem como, uma zona para o peito do pé 14. As zonas 11, 12 e 13 podem ser fabricadas em material reforçado, como é representado no exemplo de execução. É também possível utilizar combinações de material, como por exemplo lã virgem com materiais de fibras elásticas. 0 cano 2 possui um colar 21 na sua extremidade virada para a base 1. Na zona da articulação tibiotarsiana, a meia soquete possui uma ligadura 3. A ligadura 3 é composta por um tecido elástico e também climático. Entram na sua composição, preferencialmente, o elastano, a lycra ou outros materiais de diferente dilatação. A ligadura 3 é inteiramente tecida à volta, formando um tecido com a meia soquete. Nas Figuras de 1 a 6 do 6 exemplo de execução, ela é formada por uma ponte 31 e um anel 32. A ponte 31 vai desde o tornozelo "K" até ao tornozelo "K" no lado exterior, onde envolve o pé.

Na extremidade da ponte 31 junta-se-lhes o anel 32 na zona do tornozelo que, nos exemplos de execução segundo as Figuras 1 até 6, envolve o cano 2 da meia soquete e passa essencialmente pela sua periferia. A ponte 31 e o anel 32 apresentam, no exemplo de execução segundo as Figuras 1 até 6, a mesma largura e a mesma espessura de material. 0 anel 32 está disposto assimetricamente. Daí resulta, na zona do calcanhar, uma disposição oblíqua do anel 32 desde o lado interior ou exterior em cima no sentido do lado interior ou exterior em baixo. 0 anel 32 passa opcionalmente no lado exterior ou interior do pé acima do tornozelo "K" (Figuras 1 e 2). Adaptando estes exemplos de execução, é também possível prever uma combinação de dois anéis 32 com percurso assimétrico (Figuras 3 e 4). Tanto no lado exterior como no lado interior do pé, os anéis 32 passam acima e abaixo do tornozelo "K". Entre os anéis que passam acima e abaixo do tornozelo, existe um espaço livre, que forma uma zona de controlo. 0 tornozelo fica, assim, envolto nos anéis. Aperfeiçoa-se, deste modo, a função de apoio.

No exemplo de execução segundo as Figuras 5 e 6, o anel passa 32 pela zona de pousar do pé 13. No exemplo de execução segundo a Figura 5, o anel vai desde a zona de pousar o pé 13, passando pela zona do tendão de Aquiles. 0 anel envolve, assim, o calcanhar. A ponte 31 situa-se na transição entre a zona do peito do pé 14 e o cano 2. As extremidades livres da ponte 31 estão dispostas no anel 32. No exemplo de execução segundo a Figura 6, está prevista 7 uma disposição contrária da ponte 31 e do anel 32 relativamente ao exemplo de execução segundo a Figura 5. Aqui, a ponte 31 situa-se acima da zona do calcanhar 12 na zona do tendão de Aquiles; o anel 32 envolve a meia soquete através do percurso desde a zona para pousar o pé até à transição da zona do peito do pé 14 e do cano 2. As versões segundo os exemplos de execução de acordo com as Figuras 5 e 6 permitem outra variação da função de apoio.

No exemplo de execução segundo a Figura 7, a meia soquete é igualmente composta por uma base 1 e um cano 2. A base 1 apresenta uma zona para os dedos do pé 11, uma zona para o calcanhar 12 e uma zona para pousar o pé 13 entre a zona dos dedos do pé e a zona do calcanhar, bem como, uma zona para o peito do pé 14. As zonas 11, 12 e 13 podem ser fabricadas em material reforçado, como é representado no exemplo de execução. Podem também utilizar-se combinações de material. 0 cano 2 possui um colar 21 na sua extremidade virada para a base 1.

Na zona da articulação tibiotarsiana, a meia soquete possui uma ligadura 3. A ligadura 3 é composta por dois anéis 33, 34, que passam pela zona de pousar o pé 13. 0 anel 33 passa da zona de pousar o pé 13 para a zona do tendão de Aquiles, envolvendo assim o calcanhar. 0 anel 34 vai desde a zona de pousar o pé 13 para a zona da transição da zona do peito do pé 14, bem como, do cano 2. Passa, assim, essencialmente pela parte da frente do pé. Os anéis 33 e 34 encontram-se sobrepostos na zona para pousar o pé 13. Isto permite duplicar o material na zona sobreposta ou os anéis estão tecidos entre si na zona de pousar o pé, de modo a obter uma estrutura uniforme, mas ao mesmo tempo 8 mais firme. Aumenta-se, assim, ainda mais a função de apoio.

Apesar da descrição e das reivindicações mencionarem somente meias soquetes, a invenção não se limita a isso; este termo compreende também meias compridas, meias-calças e idênticos, às quais a invenção também se refere. 9

DOCUMENTOS APRESENTADOS NA DESCRIÇÃO

Esta lista dos documentos apresentados pelo requerente foi exclusivamente recolhida para informação do leitor e não faz parte do documento europeu da patente. Foi elaborada com o máximo cuidado; o IEP não assume, porém, qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.

Documentos de patente apresentados na descrição US 5617745 A EP 0330588 DE 29715762 Ul

Lisboa, 17/01/2011

Claims (7)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Meia soquete, principalmente para utilizar em actividades desportivas, com um cano e uma base, que possui uma zona para os dedos do pé, uma zona para o calcanhar e uma zona para pousar o pé entre a zona dos dedos do pé e a zona do calcanhar, e que está provida de uma ligadura, caracterizada pelo facto da ligadura (3) se situar na zona da articulação tibiotarsiana e ser constituída, no minimo, por uma ponte (31) e, no minimo, por um anel (32), que evolui assimetricamente para a periferia do cano (2).

2. Meia soquete segundo a reivindicação 1, caracterizada pelo facto do anel (32) passar pela zona de pousar o pé (13).

3. Meia soquete segundo a reivindicação 2 ou 3, caracterizada pelo facto da ponte (31) evoluir pela zona do peito do pé (14) .

4. Meia soquete segundo uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizada pelo facto da ponte (31) evoluir por cima da zona do calcanhar (12) .

5. Meia soquete para usar em actividades desportivas, com um cano e uma base, que possui uma zona para os dedos do pé, uma zona para o calcanhar e uma zona de pousar o pé entre a zona dos dedos do pé e a zona do calcanhar, e que apresenta uma ligadura, caracterizada pelo facto da ligadura (3) ser composta por dois anéis (33, 34), que passam pela zona de pousar o pé (13), e pelo facto dos 2 anéis (33, 34) se encontrarem sobrepostos na zona de pousar o pé (13).

6. Meia soquete segundo a reivindicação 5, caracterizada pelo facto do anel (33) envolver o calcanhar.

7. Meia soquete segundo a reivindicação 5 ou 6, caracterizada pelo facto do anel (34) evoluir pela zona do peito do pé (14) . Lisboa, 17/01/2011 1/2

Λ, 2/2

aí