PT1976393E - Suspensão alimentar compreendendo beta-glucano e método para a sua preparação - Google Patents

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Description

DESCRIÇÃO
"SUSPENSÃO ALIMENTAR COMPREENDENDO BETA-GLUCANO E MÉTODO PARA A SUA PREPARAÇÃO" A invenção refere-se a uma suspensão alimentar definida no preâmbulo da reivindicação 1, a um método definido no preâmbulo da reivindicação 11 e a utilizações definidas nas reivindicações 20 e 21.
TÉCNICA ANTERIOR
Produtos de cereais, principalmente aveia, são conhecidos por terem propriedades que influenciam a saúde. No que diz respeito à utilização de aveia, sabe-se que o beta-qlucano, que é uma fibra alimentar solúvel, baixa o colesterol e mantém os níveis de açúcar no sangue estáveis. Crê-se que a capacidade de abaixamento do colesterol é devida à capacidade do beta-qlucano para formar uma camada viscosa na superfície do intestino delgado, em que a referida camada adsorve, restringe ou inibe a reabsorção do colesterol no intestino delgado, em consequência do qual o colesterol é removido do organismo. O beta-glucano também diminui, por exemplo, a degradação do amido e a absorção de glucose reduzindo assim os valores do índice glicémico (GI) e prolongando a saciedade. A aveia foi aceite, por exemplo, pela US Food and Drug Administration (FDA) como um alimento funcional. Produtos de farinha de aveia e farelo de aveia podem ser comercializados 1 utilizando a alegação "pode reduzir o risco de doença cardíaca". Um requisito é que uma porção contenha pelo menos 0,75 g de beta-glucano. Também alguns países europeus permitem a utilização de alegações de saúde associadas aos produtos de aveia na comercialização. Efeitos fisiologicamente favoráveis podem ser devidos à capacidade de beta-glucano de aumentar a viscosidade do conteúdo intestinal. São previamente conhecidos vários produtos alimentares lácteos ou do tipo do iogurte à base de cereais em versões para comer à colher ou bebíveis.
Contudo, um problema com a preparação de suspensões de produtos à base de cereais com uma concentração elevada de beta-glucano tem sido que o beta-glucano se degrada facilmente durante a preparação da suspensão dos produtos ou por causa dos ingredientes utilizados na preparação. Por exemplo, os ingredientes utilizados para a preparação podem conter beta-glucanase que cliva o beta-glucano. Como resultado da clivagem, o beta-glucano perde a sua viscosidade e, portanto, as suas propriedades inibidoras da reabsorção do colesterol e/ou de restringir a absorção de açúcar. Adicionando várias outras enzimas durante o processo de preparação da suspensão de produto também pode resultar na perda da viscosidade do beta-glucano.
Um problema com suspensões de produtos à base de cereais previamente conhecidas tem sido aumentar o teor de beta-glucano de uma porção enquanto ao mesmo tempo se consegue uma textura agradável e a manutenção da estabilidade da suspensão do produto. Ocorreram problemas especialmente quando se tenta aumentar o teor de beta-glucano, por exemplo, para níveis que justificam a utilização de uma alegação de saúde. Por outras 2 palavras, as suspensões de produtos à base de cereais têm sido não estáveis, sedimentando facilmente e com separação de soro, o que significa que o produto é intragável para um consumidor. Além disso, um problema, por exemplo, com suspensões de produtos à base de cereais numa forma de comer à colher tem sido a sua textura desagradável, elástica e viscosa, especialmente quando houve uma tentativa de aumentar o teor de beta-glucano da suspensão do produto.
Por outras palavras, não houve no mercado uma suspensão de produto à base de cereais que satisfizesse o requisito estabelecido pelas autoridades para apresentar uma alegação de saúde em conjunto com um produto.
Por outras palavras, de acordo com a técnica anterior, não foi possível preparar suspensões estáveis de produtos alimentares à base de cereais com uma concentração de beta-glucano elevada que após embalagem e armazenamento sejam aceitáveis para saborear (comer ou beber). É um objectivo da presente invenção eliminar as desvantagens anteriormente mencionadas.
Um objectivo específico da presente invenção é divulgar uma nova suspensão alimentar estável à base de cereais com elevada concentração de beta-glucano que pode ser embalada em embalagens de doses adequadas e comida sem passos de processamento adicionais. Um objectivo adicional da invenção é descrever um novo método para formação da referida suspensão alimentar, bem como a utilização da referida suspensão alimentar. 0 documento US2004/0219261 refere-se a um produto 3 fermentado à base de uma suspensão de aveia. 0 documento US 5686123 refere-se a uma suspensão de cereais homogénea e estável e a um método para a sua produção. 0 documento WO 03/014165 refere-se à extracção de beta-glucano de cereais. O documento US 4814172 refere-se a uma bebida de farelo líquida. O documento US 2004/0258829 refere-se a materiais contendo fibra alimentar compreendendo glucanos de baixo peso molecular.
Agricultural and Food Science, vol. 13, (2004): 80-97 é um artigo de revisão intitulado "Viscosidade de beta-glucano em produtos de aveia". O documento WO 99/37171 refere-se a um método para produção de uma bebida refrigerante.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A suspensão alimentar, o método e a utilização de acordo com a invenção são caracterizados pelo que foi apresentado nas reivindicações. A invenção baseia-se em trabalho de investigação realizado, durante o qual surpreendentemente se verificou que é possível obter uma suspensão alimentar estável à base de cereais com um teor de beta-glucano (β-glucano, uma fibra alimentar solúvel) 4 de, pelo menos, 0,25 g/100 g de suspensão alimentar, de um modo mais preferido, pelo menos, 0,3 g/100 g de suspensão alimentar, e, de um modo muito preferido, pelo menos, 0,5 g/100 g de suspensão alimentar. Em particular, verificou-se que por arrefecimento da suspensão tratada termicamente, formada por material de cereais e água, antes da moagem, é possível obter uma suspensão alimentar estável com uma concentração elevada de beta-glucano e uma textura agradável, estável. Além disso, quando preparado do modo descrito acima, o beta-glucano mantém as suas propriedades preferidas e, por exemplo, não sofre clivagem e/ou perde a sua capacidade de formar viscosidade durante o processo de preparação.
Uma suspensão alimentar à base de cereais é utilizado para significar uma suspensão alimentar em cuja preparação, por exemplo, foi utilizado material de cereais. Além de cereais, na preparação da suspensão alimentar, pode ter-se utilizado quaisquer outros ingredientes apropriados para uma suspensão alimentar. A suspensão alimentar com uma concentração elevada de beta-glucano, de acordo com a invenção, foi preparado como definido na reivindicação 1.
Quando se prepara de um modo como este, consegue-se uma suspensão alimentar estável à base de cereais tendo uma concentração de beta-glucano de, pelo menos, 0,25 g/100 g de suspensão alimentar. A concentração de beta-glucano da suspensão alimentar pode ser, por exemplo, pelo menos, 0,3 g/100 g de suspensão alimentar, de um modo preferido, pelo menos, 0,5 g/100 g de suspensão alimentar. De um modo preferido, a concentração de beta-glucano da suspensão alimentar é de, pelo 5 menos, 0,75 g/dose de suspensão alimentar, caso em que a concentração desejada de beta-glucano para um tamanho de dose específico deve ser tida em conta quando da preparação da suspensão alimentar.
Material de cereais é utilizado para significar, por exemplo, aveia, cevada, trigo, centeio, arroz, milho painço ou qualquer combinação destes. O material de cereais está na forma de farelo de cereais, farinha de cereais, flocos de cereais, cereais integrais, concentrado de fibras de cereais ou na forma de uma combinação de dois ou mais destes componentes.
De um modo preferido, o material de cereais compreende farelo de cereais. O farelo de cereais pode compreender, por exemplo, farelo de aveia.
Além disso, é possível adicionar ao material de cereais, por exemplo, fibra de psílio e/ou qualquer outra fibra adequada para a preparação de uma suspensão alimentar estável. A concentração em beta-glucano do material de cereais pode ser 1-60% em peso, de um modo preferido, 7-25% em peso e, de um modo muito preferido, 9-16% em peso. Na preparação da suspensão alimentar de acordo com a presente invenção é possível utilizar misturas de materiais de cereais que tenham diferentes concentrações de beta-glucano como o material de cereais. O beta-glucano de suspensão alimentar é substancialmente solúvel. Além disso, o beta-glucano da suspensão alimentar é nativo e substancialmente não degradado. Assim, o beta-glucano não se degradou de qualquer modo substancial, durante o processo de preparação. Nesse caso, o beta-glucano é capaz de aumentar a 6 viscosidade mesmo na gama de concentrações de 0,1-1,0% à medida que aumenta a concentração. Como o beta-glucano se degrada, a sua capacidade de formar viscosidade diminui drasticamente. As melhores propriedades para beta-glucano numa suspensão alimentar são obtidas quando é hidratado, mas enzimaticamente e mecanicamente protegido da degradação.
Além disso, o peso molecular do beta-glucano é de 100000-2000000 Da, de um modo preferido, pelo menos, cerca de 400000 Da. A viscosidade da suspensão alimentar de acordo com a invenção pode ser de 100-2000000 cP a uma temperatura de 25 °C (Brookfield, velocidade de rotação 12 rpm, haste n° 3 ou 4) . A suspensão alimentar pode estar numa forma bebivel, de comer à colher ou de barrar. A viscosidade de uma suspensão alimentar numa forma bebivel pode ser e. g., 200-2000 cP (haste n° 3) e a viscosidade de uma suspensão alimentar numa forma de comer à colher ou para barrar pode ser 20000-2000000 cP, e. g., 20000-200000 cP (haste n° 4).
Além disso, pode ter-se adicionado à suspensão alimentar de acordo com a presente invenção um ou mais aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutas e/ou legumes e e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles e/ou qualquer outra substância convencional adequada para uma suspensão alimentar. A suspensão alimentar pode ainda incluir biocomponentes como tocoferóis ou esteróis que vêm conjuntamente com o material original. 7 A suspensão alimentar estável à base de cereais de acordo com a invenção é preparada utilizando um método como definido na reivindicação 11. 0 método da presente invenção produz uma suspensão alimentar estável à base de cereais tendo uma concentração de beta-glucano de, pelo menos, 0,25 g/100 g de suspensão alimentar. A proporção em peso do material de cereais e água, utilizados como os materiais originais, no passo a) pode ser e. g., 2:1-1:100, de um modo preferido, 1:1-1:50. Quando desejado, é possível adicionar ao material de cereais fibra de psílio e/ou qualquer outra fibra adequada para a preparação de uma suspensão alimentar estável.
Quando desejado, o material de cereais pode ser pulverizado separadamente antes do tratamento térmico. Pode ser e. g., moído para se obter um material original suficientemente fino. Dependendo do material de cereais utilizado, também pode ser tratado com qualquer método de tratamento preliminar convencional antes do passo de tratamento térmico do material de cereais e água. A mistura de material de cereais e água pode ser tratada termicamente e. g., por aquecimento, cozedura e/ou tratamento da mistura de qualquer outra forma semelhante. A mistura de material de cereais e água pode ser tratada termicamente no passo a) e. g., a uma temperatura de 75-140 °C e. g., durante 0,5-60 minutos. De um modo preferido, a mistura de material de cereais e água pode ser tratado termicamente e. g., a uma temperatura de 90-100 °C. Ao determinar o tempo consumido pelo tratamento térmico, deve ter-se em conta a temperatura a ser utilizada. Quando desejado, a mistura de material de cereais e água pode ser agitada simultaneamente com o tratamento térmico para formar uma suspensão estável.
Durante o tratamento térmico, o amido contido no material de cereais gelatiniza; a proteína desnatura; e as enzimas inactivam. 0 tratamento térmico também destrói os microrganismos ou as suas enzimas possivelmente presentes em materiais originais e que contaminam ou causam a deterioração de alimentos. Quando desejado, além do tratamento térmico, a suspensão a ser preparada pode ser esterilizada durante a sua preparação por meio de qualquer método convencional per se, por exemplo, por um tratamento UHT.
Após o tratamento térmico, a suspensão formada pelo material de cereais e água é arrefecida. A suspensão pode ser arrefecida e. g., deixando a suspensão à temperatura ambiente; colocando-o numa câmara fria e/ou num recipiente de arrefecimento e/ou pode utilizar-se um permutador de calor para o arrefecimento. A suspensão é deixada arrefecer até uma temperatura de 0-50 °C. De um modo preferido, a suspensão tratada termicamente é arrefecida até uma temperatura de 0-40 °C. De um modo mais preferido, a suspensão tratada termicamente é arrefecida até uma temperatura de 0-25 °C. De um modo muito preferido, a suspensão tratada termicamente é arrefecida até uma temperatura de 0-15 °C. A suspensão pode ser arrefecida e. g., até à temperatura ambiente ou abaixo.
Após o arrefecimento, a suspensão é moída de modo a se obter uma suspensão alimentar uniforme, estável. Para a moagem, pode ser utilizado qualquer dispositivo convencional adequado 9 para o tratamento mecânico de uma suspensão, tal como um misturador eficaz, um moinho coloidal, um homogeneizador, um desintegrador ou qualquer outro dispositivo semelhante.
Durante a preparação de uma suspensão alimentar de acordo com a presente invenção, é possível adicionar ainda à suspensão um ou mais aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutos e/ou legumes e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles, e/ou qualquer outra substância adequada para uma suspensão alimentar. As referidas substâncias podem ser adicionadas durante qualquer passo de preparação da suspensão alimentar de acordo com a presente invenção. De um modo preferido, as referidas substâncias são adicionadas durante a moagem da suspensão e/ou após a moagem.
Quando se adiciona as substâncias mencionadas acima e, especificamente, geleias, purés e/ou sumos à suspensão, deve ter-se em conta o efeito da velocidade de mistura nas propriedades da suspensão alimentar. Por exemplo, quando se prepara uma suspensão alimentar numa forma bebível, de um ponto de vista da estabilidade da suspensão alimentar, é preferido adicionar, por exemplo, a geleia à suspensão a uma velocidade suave utilizando uma baixa intensidade/velocidade de mistura. Analogamente, quando se prepara uma suspensão alimentar numa forma de servir à colher, a geleia deve ser adicionada à suspensão por mistura vigorosa (a uma elevada intensidade/velocidade de mistura), permitindo obter uma suspensão estável para ser comida com uma colher que não tem a textura elástica (semelhante a leite integral azedo, semelhante 10 ao "viili" finlandês) textura que provoca uma sensação de intragável.
Além disso, o método pode compreender um passo em que a suspensão é fermentada com microrganismos. Para a fermentação da suspensão é possível utilizar e. g., bactérias, tais como bactérias lácticas, bifidobactérias, bactérias de ácido propiónico e/ou quaisquer outras bactérias e/ou as suas misturas adequadas para a fermentação de uma suspensão alimentar. Para a fermentação também é possível utilizar quaisquer outros microrganismos adequados, tais como leveduras. A levedura pode produzir e. g., aroma, pode ter um efeito probiótico; e/ou pode ter qualquer outro efeito adequado para uma suspensão alimentar. A referida levedura deve, no entanto, ser tal, no que diz respeito às suas propriedades, que cresce pouco, ou nada, a uma temperatura inferior a 15 °C, e. g., 10 °C. Deste modo, é impedido o efeito prejudicial da formação de gás durante a armazenagem da suspensão alimentar. A suspensão pode ser fermentada e. g., após o tratamento com calor antes da moagem e/ou após a moagem. O passo de fermentação pode ser implementado em condições conhecidas per se e adequadas para cada microrganismo. Os microrganismos a ser adicionados à suspensão alimentar não devem ter a actividade da enzima que afecta prejudicialmente a textura da suspensão alimentar.
Como uma alternativa à fermentação ou adicionalmente a ela, é possível adicionar à suspensão alimentar um inoculo de microrganismos tais como bactérias e/ou leveduras. Como uma alternativa à fermentação ou adicionalmente a ela, é possível adicionar à suspensão alimentar reguladores de acidez, tais como ácido cítrico e/ou outros ácidos e/ou substâncias auxiliares a ser utilizadas como aditivos alimentares. 11 A suspensão alimentar da presente invenção pode ser repartida em pacotes de dose adequada e armazenada a uma temperatura baixa. De acordo com a presente invenção, obtém-se um produto para ser comido frio como um lanche ou sobremesa prática pronta a comer. Alternativamente, a suspensão alimentar de acordo com a presente invenção pode ser utilizada para a preparação de outros produtos alimentares.
Além disso, a presente invenção refere-se à referida suspensão alimentar para utilização na redução do colesterol e/ou valores de GI e/ou melhoramento da função estomacal. A presente invenção refere-se ainda à utilização da referida suspensão alimentar para melhorar e/ou modificar o sabor, textura, valor da textura e/ou valor nutricional de uma composição de produto à base de soja e/ou dietético, que é um iogurte.
Em comparação com as suspensões de produtos à base de cereais da técnica anterior, a suspensão alimentar de acordo com a invenção tem a vantagem, de acordo com a presente invenção, de se obter uma suspensão alimentar à base de cereais com uma concentração de beta-glucano elevada, mas ainda com uma textura estável, uniforme e agradável. Por outras palavras, a suspensão alimentar de acordo com a presente invenção resolve os problemas das suspensões de produtos à base de cereais da técnica anterior associados à não estabilidade do produto, tais como separação de soro e sedimentação, e uma elasticidade desagradável, especialmente quando há um desejo de aumentar a concentração de beta-glucano de um produto alimentar.
Por outras palavras, uma vantagem da suspensão alimentar de 12 acordo com a invenção é a sua textura estável. A suspensão alimentar de acordo com a presente invenção vai durar várias semanas sem separação de soro quando armazenada a uma temperatura de +5 °C.
Além disso, uma vantagem da suspensão alimentar é a sua textura agradável. Por exemplo, uma suspensão alimentar numa forma de servir à colher tem uma textura descontínua e não elástica (semelhante a "viili").
Além disso, uma vantagem da suspensão alimentar de acordo com a invenção é os efeitos de saúde associados à sua concentração elevada de beta-glucano que podem ser mencionados e. g., na comercialização de um produto. DESCRIÇÃO PORMNORIZADA DA INVENÇÃO Exemplo 1
Para a preparação de uma suspensão alimentar a ser comida com uma colher, uma mistura de água (15 L) e farelo de aveia (1,2 kg, com uma concentração de beta-glucano de, pelo menos, 14%) foi cozida a uma temperatura de 95-98 °C durante 15 a 20 minutos, tempo durante o qual o amido contido no farelo de aveia gelatinizou a proteína desnaturou e a solubilidade da fibra alimentar aumentou. A suspensão formada em consequência da cozedura foi deixada arrefecer depois até à temperatura ambiente, após o que a suspensão foi moída deixando-a passar através de um moinho coloidal (Stephan Microcut MC 15, Hameln, Alemanha). 13 Açúcar, geleia ou outros aromatizantes convencionais e aroma foram adicionados à suspensão moída enquanto ao mesmo tempo se mistura com um liquidificador (Philips HR1340). 0 ácido cítrico presente nas substâncias adicionadas diminuiu o pH para cerca de 4.
Finalmente, a suspensão foi embalada em copos de plástico de 150 g e armazenada a +5 °C, temperatura à qual a suspensão durou mais de 6 semanas sem separação de soro. A suspensão alimentar de servir à colher de acordo com o Exemplo 1 tinha as seguintes propriedades: a viscosidade era cerca de 25000 cP (Brookfield, velocidade de rotação de 12 rpm, haste N° 4, 10 °C) , a consistência, quando medido utilizando um dispositivo de Bostwick (10 °C), era cerca de 1 a 2 cm/20 s, a concentração de beta-glucano era superior a 1,125 g/150 g de suspensão alimentar (0,75 g/100 g) , o peso molecular do beta-glucano era superior a 400000 Da e tinha uma capacidade de aumentar fortemente a viscosidade à medida que aumentava a sua concentração, a textura era agradável e não apresentou a chamada elasticidade semelhante a "viili".
Exemplo 2
Para a preparação de uma suspensão alimentar bebível, uma mistura de água (15 L) e farelo de aveia (0,45 kg, com uma concentração de beta-glucano superior a 14%) foi cozida a uma temperatura de 95-98 °C durante 15 a 20 minutos. A suspensão tratada termicamente formada foi arrefecida a uma temperatura de cerca de 8 °C, após o que foi moída utilizando um misturador mecânico. 14 Açúcar, geleia ou outros aromatizantes e aroma foram adicionados à suspensão moída enquanto ao mesmo tempo se misturava (utilizando um misturador (Braun MultiMix M700) na velocidade de mistura mais baixa) e o seu pH diminuiu para cerca de 4,5, devido à regulação da acidez. A suspensão foi armazenada a +5 °C, temperatura à qual durou mais de 6 semanas sem dessorar e sedimentação. A suspensão alimentar bebível de acordo com o Exemplo 2 tinha as seguintes propriedades: a viscosidade era cerca de 1000 cP (Brookfield, velocidade de rotação 12 rpm, haste N° 3, 10 °C), a consistência, medida por um dispositivo Bostwick (10 °C) , era superior a 20 cm/10 s, a concentração de beta-glucano era de 0,8 g/200 g de suspensão alimentar (0,4 g/100 g) ; o peso molecular do beta-glucano era superior a 400000 Da e tinha uma capacidade de aumentar fortemente a viscosidade à medida que aumentava a sua concentração; a textura era agradável e não provocava uma sensação de areia na boca.
Exemplo 3
Para a preparação de suspensões alimentares fermentadas com bactérias, foram realizados os mesmos passos que nos Exemplos 1 e 2, mas com a diferença de que as suspensões foram fermentadas com bactérias lácticas ou bifidobactérias ou misturas contendo estas após a moagem prévia à adição de outras substâncias como geleia. Para acelerar a fermentação, adicionou-se um pouco de açúcar à suspensão. A suspensão foi fermentada a +37 °C durante cerca de 8 horas, em consequência do que o pH diminuiu abaixo de 4,3 e a densidade de células de bactérias excedeu 107 CFU/g. Não foi necessário utilizar reguladores de acidez. 15
As propriedades da suspensão alimentar foram como apresentado no Exemplo 1 ou 2.
Em vez da fermentação da suspensão, antes da embalagem da suspensão alimentar, é possível adicionar directamente um inoculo contendo, por exemplo, bactérias às suspensões alimentares preparadas de acordo com o Exemplo 1 ou 2.
Exemplo 4
Para a preparação de uma suspensão alimentar salgada, foi formada uma suspensão por aplicação dos procedimentos descritos no Exemplo 1 ou 2. Durante a moagem, adicionou-se à suspensão sal, glutamato monossódico e outras especiarias. Em seguida, a suspensão alimentar foi embalada em embalagens de dose e armazenada a uma temperatura de +5 °C.
Exemplo 5
Para a preparação de um chamado extensor de iogurte, foi formada uma suspensão alimentar por aplicação de alguns dos procedimentos descritos nos Exemplos 1 a 4. Em seguida, a suspensão alimentar assim formada foi utilizada para melhorar ou modificar o sabor, textura e valor nutricional de iogurte à base de soja ou dietético.
Lisboa, 11 de Abril de 2012 16

Claims (21)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Suspensão alimentar estável à base de cereais, caracterizada por a suspensão alimentar ter sido preparada a) por tratamento térmico de uma mistura consistindo em material de cereais rico em beta-glucano e água para gelatinizar o amido contido no material de cereais para formar uma suspensão; b) por arrefecimento da suspensão tratada termicamente e c) por moagem da suspensão arrefecida para formar uma suspensão alimentar estável e por a concentração de beta-glucano da suspensão alimentar ser de, pelo menos, 0,25 g/100 g de suspensão alimentar, em que a suspensão é arrefecida no passo b) a uma temperatura de 0o a 50 °C, em que o material de cereais está na forma de farelo de cereais, farinha de cereais, flocos de cereais, cereais integrais, concentrado de fibras de cereais ou na forma de uma combinação de dois ou mais destes componentes e o beta-glucano é nativo e substancialmente não degradado.
  2. 2. Suspensão alimentar como definida na reivindicação 1, caracterizada por a concentração de beta-glucano da suspensão alimentar ser de, pelo menos , 0,3 g/100 g de suspensão alimentar.
  3. 3 . Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-2, caracterizada por o material de 1 cereais compreender aveia, cevada, trigo, centeio, arroz, milho, milho painço ou qualquer combinação destes.
  4. 4. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizada por a concentração de beta-glucano do material de cereais ser de 1-60% em peso.
  5. 5. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-4, caracterizada por a concentração de beta-glucano da suspensão alimentar ser de, pelo menos, 0,5 g/100 g de suspensão alimentar.
  6. 6. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-5, caracterizada por o peso molecular do beta-glucano ser de 100000-2000000 Da.
  7. 7. Suspensão alimentar da reivindicação 6, caracterizada por o peso molecular do beta-glucano ser de pelo menos 400000 Da.
  8. 8. Suspensão alimentar como definido em qualquer uma das reivindicações 1-7, caracterizada por a viscosidade da suspensão alimentar ser de 100-2000000 cP a uma temperatura de 25 °C.
  9. 9. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-8, caracterizada por a suspensão alimentar estar numa forma bebível, de servir à colher ou de barrar.
  10. 10. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-9, caracterizada ainda por se lhe ter 2 adicionado durante a moagem da suspensão e/ou depois da moagem um ou mais aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutos e/ou legumes e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles.
  11. 11. Método para a preparação de uma suspensão alimentar estável à base de cereais como definido em qualquer uma das reivindicações 1 - 10, caracterizado por o método compreender os passos de: a) tratamento térmico de uma mistura consistindo em material de cereais rico em beta-glucano e água para gelatinizar o amido do material de cereais para formar uma suspensão; b) arrefecimento da suspensão tratada termicamente e c) moagem da suspensão arrefecida para formar uma suspensão alimentar estável, em que a suspensão é arrefecida no passo b) a uma temperatura de 0 a 50 °C, em que a concentração de beta-glucano da suspensão alimentar é de, pelo menos, 0,25 g/100 g de suspensão alimentar, o material de cereais está na forma de farelo de cereais, farinha de cereais, flocos de cereais, cereais integrais, concentrado de fibras de cereais ou na forma de uma combinação de dois ou mais destes componentes, e o beta-glucano é nativo e substancialmente não degradado. 3
  12. 12. Método como definido na reivindicação 11, caracterizado por a proporção em peso do material de cereais e da água no passo a) ser de 2:1-1:100.
  13. 13. Método como definido em qualquer uma das reivindicações 11 - 12, caracterizado por no passo a) o tratamento térmico ser a uma temperatura de 75-140 °C durante 0,5-60 minutos.
  14. 14. Método como definido em qualquer uma das reivindicações 11 - 13, caracterizado por a mistura de material de cereais e água ser agitada durante o tratamento térmico para formar uma suspensão uniforme.
  15. 15. Método como definido em qualquer uma das reivindicações 11 - 14, caracterizado por a suspensão tratada termicamente ser arrefecida no passo b) a uma temperatura de 0-25 °C.
  16. 16. Método como definido em qualquer uma das reivindicações 11 - 15, caracterizado por além disso, durante a preparação da suspensão alimentar, durante a moagem da suspensão e/ou depois da moagem, se lhe adicionar um ou mais aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutos e/ou legumes e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles.
  17. 17. Método como definido na reivindicação 16, caracterizado por se adicionar a uma suspensão alimentar numa forma bebível, por mistura a uma velocidade suave, um ou mais 4 aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutos e/ou legumes e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles.
  18. 18. Método como definido na reivindicação 16, caracterizado por se adicionar a uma suspensão alimentar numa forma para servir à colher, por mistura vigorosa, um ou mais aromas, açúcares, sais, especiarias, ácidos orgânicos, agentes aromatizantes, corantes, substâncias auxiliares, aditivos, conservantes, reguladores de acidez, microrganismos vivos, enzimas, bagas, frutos e/ou legumes e/ou geleias, purés e/ou sumos produzidos a partir deles.
  19. 19. Método como definido em qualquer uma das reivindicações 11 - 18, caracterizado por método compreender ainda um passo em que a suspensão é fermentada com microrganismos.
  20. 20. Suspensão alimentar como definida em qualquer uma das reivindicações 1-10 para utilização no abaixamento dos níveis de colesterol e/ou do índice glicémico (GI) e/ou no melhoramento da função estomacal.
  21. 21. Utilização de uma suspensão alimentar como definido em qualquer uma das reivindicações 1-10 para o melhoramento e/ou modificação do sabor, textura e/ou valor nutricional de uma composição de produto à base de soja e/ou dietética, que é um iogurte. Lisboa, 11 de Abril de 2012 5
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