PT1900362E - Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento de perturbações aditivas - Google Patents

Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento de perturbações aditivas Download PDF

Info

Publication number
PT1900362E
PT1900362E PT07022078T PT07022078T PT1900362E PT 1900362 E PT1900362 E PT 1900362E PT 07022078 T PT07022078 T PT 07022078T PT 07022078 T PT07022078 T PT 07022078T PT 1900362 E PT1900362 E PT 1900362E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
benzylamino
propanamide
fluorobenzyloxy
cocaine
methyl
Prior art date
Application number
PT07022078T
Other languages
English (en)
Inventor
Luca Benatti
Ruggero Fariello
Patricia Salvati
Florian Thaler
Claudia Besana
Elena Barbanti
Emanuela Izzo
Original Assignee
Newron Pharm Spa
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Newron Pharm Spa filed Critical Newron Pharm Spa
Publication of PT1900362E publication Critical patent/PT1900362E/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/16Amides, e.g. hydroxamic acids
    • A61K31/165Amides, e.g. hydroxamic acids having aromatic rings, e.g. colchicine, atenolol, progabide
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/185Acids; Anhydrides, halides or salts thereof, e.g. sulfur acids, imidic, hydrazonic or hydroximic acids
    • A61K31/19Carboxylic acids, e.g. valproic acid
    • A61K31/195Carboxylic acids, e.g. valproic acid having an amino group
    • A61K31/197Carboxylic acids, e.g. valproic acid having an amino group the amino and the carboxyl groups being attached to the same acyclic carbon chain, e.g. gamma-aminobutyric acid [GABA], beta-alanine, epsilon-aminocaproic acid, pantothenic acid
    • A61K31/198Alpha-aminoacids, e.g. alanine, edetic acids [EDTA]
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/38Heterocyclic compounds having sulfur as a ring hetero atom
    • A61K31/381Heterocyclic compounds having sulfur as a ring hetero atom having five-membered rings
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/395Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins
    • A61K31/40Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins having five-membered rings with one nitrogen as the only ring hetero atom, e.g. sulpiride, succinimide, tolmetin, buflomedil
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K45/00Medicinal preparations containing active ingredients not provided for in groups A61K31/00 - A61K41/00
    • A61K45/06Mixtures of active ingredients without chemical characterisation, e.g. antiphlogistics and cardiaca
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/14Drugs for disorders of the nervous system for treating abnormal movements, e.g. chorea, dyskinesia
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/14Drugs for disorders of the nervous system for treating abnormal movements, e.g. chorea, dyskinesia
    • A61P25/16Anti-Parkinson drugs
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/30Drugs for disorders of the nervous system for treating abuse or dependence
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/30Drugs for disorders of the nervous system for treating abuse or dependence
    • A61P25/32Alcohol-abuse
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/30Drugs for disorders of the nervous system for treating abuse or dependence
    • A61P25/34Tobacco-abuse
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/30Drugs for disorders of the nervous system for treating abuse or dependence
    • A61P25/36Opioid-abuse
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P43/00Drugs for specific purposes, not provided for in groups A61P1/00-A61P41/00

Description

1
DESCRIÇÃO "DERIVADOS DE ALFA-AMINOAMIDA ÚTEIS NO TRATAMENTO DE PERTURBAÇÕES ADITIVAS" A invenção relaciona-se com derivados de (X-aminoamida, uma classe de químicos inibidores da monoamina oxidase B (ΜΆΟΒ), bloqueadores do canal de sódio, inibidores da recaptação da dopamina e moduladores dos níveis de glutamato para utilização no tratamento de perturbações aditivas.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Tipicamente diferentes drogas (anfetaminas, cocaína, heroína, nicotina, álcool), mesmo com um alvo molecular primário diferente, têm em comum a acção de aumentar a transmissão de dopamina no sistema mesolímbico. Têm sido utilizadas diferentes abordagens no tratamento das perturbações aditivas e a sua maioria procura modular o sistema dopaminérgico.
Os inibidores da MAOB afectam o metabolismo da dopamina em seres humanos e primatas, conduzindo a um prolongamento do período de tempo da dopamina nos respectivos receptores. A utilização do inibidor da MAOB tem demonstrado ser benéfica no tratamento de patologias em que existe défice dopaminérgico, como é o caso da doença de Parkinson.
Novos dados apoiam a hipótese de os inibidores da MAOB poderem ser benéficos no tratamento de perturbações aditivas. Estudos realizados em ratos e em seres humanos 2 revelaram que a selegilina (um inibidor específico de MAOB) possui um moderado efeito anti-reforço durante a desintoxicação da cocaína e pode melhorar as deficiências de dopamina durante a privação, as quais, segundo se pensa, contribuem para os episódios de reincidência (Schiffer et al, 2003 Synapse 48:35-8). Houtsmuller et al. revela em Psychopharmacology, 172(1), 2004, 31-40 que a selegelina pode ser um composto útil no tratamento do abuso e dependência da cocaína.
Recentemente observou-se que os fumadores possuem uma actividade MAOB reduzida nas plaquetas e cérebro.
Colocou-se a hipótese de uma actividade MAOB reduzida no cérebro estar envolvida no aumento das propriedades aditivas da nicotina. Num estudo de fase II, multicêntrico, a lazabemida, outro inibidor MAOB (20 mg/dia) aparentemente aumenta a percentagem de abandono do hábito de fumar (entre 17 e 30%) (Berlin et ai, 2002 Addiction 97:1347-1354). Tony et al. revela em Biological Psychiatry, 53(2),2003, 136-143 que a segelina aumenta as taxas de abandono do hábito de fumar.
Além disso, demonstrou-se também que os bloqueadores do canal de Na podem ser eficazes no tratamento de perturbações aditivas. Efectivamente, um recente estudo clínico demonstrou que o topiramato (um bloqueador do canal de Na) é eficaz no tratamento da dependência do álcool (Johnson et ai, 2003, 50 The Lancet 361: 1677-1685) .
Os actuais tratamentos das perturbações aditivas incluem fármacos antidepressivos, agonistas dos receptores opiáceos e agonistas parciais como naltrexona e buprenorfina, benzodiazepinas e dissulfiram para a 3 desintoxicação do álcool, As desvantagens destes tratamentos incluem vários efeitos secundários e uma eficácia terapêutica ainda insatisfatória.
Uma vez que existem sinais da potencial eficácia dos compostos com actividade inibidora MAOB e compostos com actividade bloqueante do canal sódio no tratamento de perturbações aditivas, é proposta a utilização de derivados de alfa-aminoamida, uma classe de químicos inibidores da monoamina oxidase B (MAOB), bloqueadores do canal de sódio da presente invenção no tratamento de perturbações aditivas.
Os documentos WO90/14334, WO94/22808, W097/05102, WO 97/0511 e W099/35215, divulgam compostos de benzilaminopropionamida substituída activos sobre o sistema nervoso central e úteis como agentes anti-epilépticos, anti-Parkinson, neuro-protectores, antidepressivos e antiespástico hipnótico (ver também Pevarello P. et al. (1998), J. Med. Chemistry, 41: 579-590) . Os documentos W099/35125 e W099/35123 divulgam compostos de benzilaminopropanamida substituída activa sobre o sistema nervoso central e útil como agentes analgésicos.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção proporciona métodos rápidos e altamente eficazes para tratar perturbações aditivas utilizando, in vivo, certos compostos α-aminoamida numa terapêutica que é uma alternativa superior aos tratamentos existentes. 4
Numa forma de realização, a invenção inclui a utilização de pelo menos um fármaco que é um composto a-aminoamida seleccionado de: 2-(4-Benziloxibenzilamino)propanamida; 2-[4-(2-Metoxibenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; (S)-(+)-2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino] propanamida 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2- [4- (2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-N-metil-propanamida; N-{2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]}propionil-pirrolidina; 2-[4-(3-Metoxibenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2- [4- (3-Cianobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; (S)-(+)-2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino] propanamida; 5 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-N-metil-propanamida; N-{2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]jpropionil-pirrolidina; 2- [4-(4-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2-[4-(2-Clorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2- [4- (3-Clorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2- (4-Benziloxibenzilamino)-3-hidroxi-propanamida; 2- [4- (2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-propanamida; 2- [4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-propanamida; 2- (4-Benziloxibenzilamino)-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2- [4- (2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 6 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2-[4-(2-Clorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2-[4-(3-Cianobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2- [4-(3-Cianobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-3-hidroxi-N-metil- propanamida; 2- [4-(3-Clorobenziloxi)-feniletilamino]propanamida; 2—{4—[2—(3-Fluorofenil)-etiloxi]benzilamino} propanamida; 2-{4-[2 - (3-Fluorofenil)-etil]benzilamino]propanamida; 2-[N-(4-Benziloxibenzil)-N-metilamino]propanamida; 2 — {4—[(3-Clorobenziloxi)-feniletil]-amino} propanamida; 2- [ 4-Benziltiobenzilamino]propanamida; 2- [4- (2-Fluorobenziltio)-benzilamino]propanamida; 2- [4-(3-Fluorobenziltio)-benzilamino]propanamida; 7 2- [4-(3-Fenilpropiloxi)-benzilamino]propanamida; 2- [4-(4-Fenilbutiloxi)-benzilamino]propanamida; 2- [4-(5-Fenilpentiloxi)-benzilamino]propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-fenil-N-metil-propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-metil-N-metil-butanamida; 2- (4-Benziloxibenzilamino)-2-fenil-acetamida; 2- [4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2- [4-(2-Fluorobenziloxi)-benzil-N-metilamino]-2-fenil-acetamida; 2- [4-(3-Fluorobenziloxi)-benzil-N-metilamino]-2-fenil-acetamida; 2- [4-(3-Clorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2- [4- (2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(2-fluorofenil)-acetamida; 8 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3-fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(2-fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3-fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Clorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3-fluorofenil)-acetamida; 2-(4-(2-Tieniloxi)-benzilamino)propanamida; ou seus isómeros ópticos, misturas e sais farmaceuticamente aceitáveis para a preparação de um medicamento para o tratamento de perturbações aditivas.
Os sais farmaceuticamente aceitáveis dos compostos da invenção incluem, por exemplo, sais de adição de ácido com ácidos inorgânicos, por exemplo, os ácidos nítrico, clorídrico, bromídrico, sulfúrico e fosfórico ou ácidos orgânicos, por exemplo, os ácidos acético, propiónico, glicólico, láctico, oxálico, malónico, málico, tartárico, citrico, succinico, benzóico, cinámico, mandélico, metanossulfónico, p-toluenossulfónico e salicilico.
Alguns dos compostos da invenção podem ter átomos de carbono assimétricos e, portanto, podem existir tanto como misturas racémicas como isómeros ópticos individuais (enantiómeros). Em concordância, o termo "sais 9 farmaceuticamente aceitáveis" da α-aminoamida da invenção também pretende incluir no seu âmbito todos os possíveis isómeros ópticos e suas misturas.
Os compostos preferidos que podem ser utilizados separadamente ou em combinação com outros compostos, numa quantidade eficaz para tratar um ou mais sintomas de SPI num doente são S)-(+)-2-[4-(2-fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida ou (S) — ( + )—2—[4 — (3— fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida.
Numa forma de realização o doente a ser tratado é um mamífero, incluindo seres humanos, em necessidade de alivio, ou inibição dos sintomas de um ou vários sintomas de perturbações aditivas.
Em particular, ao mamífero em necessidade do tratamento acima mencionado deve ser administrada uma dose de uma α-aminoamida da invenção conforme acima definido que varia de 0,3 a 100 mg/kg de peso corporal por dia. "Tratamento", conforme aqui utilizado, inclui quaisquer cuidados por procedimentos ou aplicações a um mamífero, e em particular, um ser humano, que são destinados a a) evitar que a doença ou transtorno ocorra num indivíduo que pode estar predisposto à doença/transtorno, mas não foi ainda diagnosticado com a mesma; b) inibir a doença/transtorno ou estado patológico, isto é, deter o seu desenvolvimento; ou c) aliviar a doença/transtorno ou estado patológico, isto é, causando regressão da doença/transtorno ou estado patológico. 10
Num outro aspecto, a invenção inclui a utilização de uma das α-aminoamidas listadas acima administradas como o agente activo de uma composição farmaceuticamente aceitável com actividade no tratamento de perturbações aditivas que pode ser preparada por meio de procedimentos convencionais, por exemplo, misturando o agente activo com um veiculo ou materiais excipientes orgânicos e/ou inorgânicos, farmaceuticamente aceitáveis, terapeuticamente inertes.
Os compostos preferidos utilizados numa quantidade eficaz para tratar perturbações aditivas num doente são (S) — ( + )—2—[4—(2—fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida ou (S)-(+)-2-[4-(3-fluorobenziloxi)- benzilamino] propanamida. Os compostos e os seus sais farmaceuticamente aceitáveis podem ser obtidos por meio de processos bem conhecidos conforme descrito nos pedidos de patente descritos acima. "Terapêutica de combinação" (ou "co-terapêutica") inclui a administração de um composto alfa-aminoamida da invenção e pelo menos um segundo agente, por exemplo: agonistas de dopamina tais como bromocriptina, cabergolina, lisurida, pergolida, ropinirole, apomorfina, sumanirole, rotigotina, talipexole, di-hidroergocriptina e pramipexole, levodopa, levodopa mais carbidopa (SINEMET®), levodopa mais carbidopa de libertação controlada (SINEMET-CR®), levodopa mais benserazida 11 (MADOPAR®), levodopa mais benserazida (MADOPAR-HBS) de libertação controlada, - inibidores de COMT tais como tolcapone e entacapone, STALEVO®, Amantadina e agentes anticolinérgicos, como parte de um regime de tratamento especifico destinado a proporcionar o efeito benéfico da co-acção destes agentes terapêuticos. Os benefícios de tais combinações incluem a redução da dose de agentes convencionais (isto é, que não são os agentes da presente invenção) com a consequente redução dos efeitos secundários de tais agentes convencionais. 0 efeito benéfico das combinações incluem a co-acção farmacocinética ou farmacodinâmica resultante da combinação dos agentes terapêuticos. A administração destes agentes terapêuticos em combinação, tipicamente, é levada a cabo por um período de tempo definido (geralmente minutos, horas, dias ou semanas dependendo da combinação seleccionada). A "terapêutica de combinação" pode ser, mas em geral não é, destinada a abranger a administração de dois ou mais agentes terapêuticos como parte de regimes monoterapêuticos separados que, incidentalmente e arbitrariamente, resultam nas combinações levadas em consideração pela presente invenção. A "terapêutica de combinação" destina-se a adoptar a administração destes agentes terapêuticos numa maneira sequencial, isto é, em que cada agente terapêutico é administrado num tempo diferente, bem como a administração destes agentes terapêuticos, ou pelo menos dois dos agentes terapêuticos, de uma maneira substancialmente simultânea. A administração 12 substancialmente simultânea pode ser conseguida, por exemplo, administrando ao indivíduo uma cápsula única tendo uma proporção fixa de cada agente terapêutico ou em cápsulas múltiplas, únicas para cada um dos agentes terapêuticos. A administração sequencial ou substancialmente simultânea de cada agente terapêutico pode ser realizada por meio de qualquer via apropriada incluindo as vias orais, vias intravenosas, vias intramusculares e a absorção directa através de tecidos da membrana mucosa. Os agentes terapêuticos podem ser administrados pela mesma via ou por vias diferentes. Por exemplo, um primeiro agente terapêutico da combinação seleccionada pode ser administrado por injecção intravenosa ao passo que os outros agentes terapêuticos da combinação podem ser administrados oralmente.
Alternativamente, por exemplo, todos os agentes terapêuticos podem ser administrados oralmente, ou todos os agentes terapêuticos podem ser administrados por injecção intravenosa. A sequência na qual os agentes terapêuticos são administrados não é estritamente crítica. A "terapêutica de combinação" também abrange a administração dos agentes terapêuticos conforme descrito acima em combinação adicional com outros ingredientes biologicamente activos e terapêuticas não-farmacológicas (por exemplo, cirurgia ou tratamento por radiação). Em que a terapêutica de combinação compreende ainda um tratamento não-farmacológico, o tratamento não-farmacológico pode ser conduzido em qualquer momento adequado, desde que um efeito benéfico da co-acção da combinação de agentes terapêuticos e tratamento não-farmacológico seja 13 conseguido. Por exemplo, em casos apropriados, o efeito benéfico é ainda alcançado quando o tratamento não-farmacológico é temporariamente removido da administração dos agentes terapêuticos, talvez por dias ou mesmo semanas.
As composições de α-aminoamidas da invenção podem ser administradas numa variedade de formas farmacêuticas, por exemplo, por via oral na forma de comprimidos, pastilhas, cápsulas, comprimidos revestidos com açúcar ou película, soluções líquidas, emulsões ou suspensões; por via rectal, na forma de supositórios; por via parentérica, por exemplo, por injecção intramuscular ou intravenosa ou perfusão; e por via transdérmica na forma de um sistema dérmico, pomada, emulsão, loção, solução, gel, creme e spray nasal.
Os veículo ou materiais excipientes orgânicos e/ou inorgânicos, farmaceuticamente aceitáveis, terapeuticamente inertes úteis na preparação de tais composições incluem, por exemplo, água, gelatina, goma arábica, lactose, amido, celulose, estearato de magnésio, talco, óleos vegetais, ciclodextrinas e polialquilenoglicóis. As composições de a-aminoamidas podem ser esterilizadas e podem ainda conter componentes bem conhecidos dos especialistas na técnica, tais como, por exemplo, conservantes, estabilizantes, agentes humedecedores ou emulsionantes, por exemplo, óleo de parafina, monooleato de manida, sais para ajustar a pressão osmótica e tampões. 14
Adicionalmente, as formas orais sólidas podem conter, juntamente com o agente activo, diluentes, por exemplo, lactose, dextrose, sacarose, celulose, amido de milho ou amido de batata; lubrificantes, por exemplo, silica, talco, ácido esteárico, estearato de magnésio ou de cálcio, e/ou polietileno glicóis; agentes de ligação, por exemplo, amidos, gomas arábicas, gelatina, metilcelulose, carboximetilcelulose ou polivinil pirrolidona; agentes de desagregação, por exemplo, um amido, ácido algínico, alginatos ou glicolato de amido sódico; misturas efervescentes; corantes; edulcorantes; agentes de humedecimento, tais como lecitina, polisorbatos, laurilsulfatos; e, em geral, substâncias não-tóxicas e farmacologicamente inactivas utilizadas em formulações farmacêuticas. As preparações farmacêuticas podem ser preparadas de qualquer maneira conhecida, por exemplo, por meio de processos de mistura, granulação, formação de comprimido, revestimento com açúcar ou revestimento com película.
As formulações orais compreendem formulações de libertação sustentada que podem ser preparadas de uma maneira convencional, por exemplo, aplicando um revestimento entérico aos comprimidos e grânulos. A dispersão líquida para administração oral pode ser, por exemplo, xaropes, emulsões e suspensões. Os xaropes podem ainda conter como veículo, por exemplo, sacarose ou sacarose com glicerina e/ou manitol e/ou sorbitol. 15
As suspensões e emulsões podem conter como veículo, por exemplo, uma goma natural, ágar, alginato de sódio pectina, metilcelulose, carboximetilcelulose ou álcool polivinílico. As suspensões ou soluções para injecções intramusculares podem conter, juntamente com o composto activo, um veículo farmaceuticamente aceitável, por exemplo, água esterilizada, azeite, oleato de etilo, glicóis, por exemplo, propileno glicol e, se desejado, uma quantidade adequada de cloridrato de lidocaína. As soluções para injecções intravenosas ou perfusões podem conter como veículo, por exemplo, água esterilizada ou, preferencialmente, podem ser na forma de soluções salinas estéreis, aquosas ou isotónicas.
Os supositórios podem conter, juntamente com o agente activo, um veiculo farmaceuticamente aceitável, por exemplo, manteiga de cacau, polietileno glicol, um tensoactivo de éster de ácido gordo de polioxietileno sorbitano ou lecitina.
As composições incluindo as α-aminoamidas da invenção são, em geral, na forma de uma dose unitária contendo, por exemplo, 20 a 7000 mg de ingrediente activo por forma de dosagem unitária. O tratamento adequado é dado 1 ou 2 ou 3 vezes ao dia, dependendo da taxa de eliminação. Em concordância, a dose desejada pode ser apresentada numa dose única ou como doses divididas administradas em intervalos apropriados, por exemplo, de duas a quatro ou mais sub-doses por dia. 16
As composições farmacêuticas incluindo uma oc-aminoamida da invenção podem conter, por unidade de dosagem, por exemplo, cápsula, comprimido, pó para injecção, colher de chá, supositório de 20 a 7000 mg do agente activo.
As doses óptimas terapeuticamente eficazes a serem administradas podem ser prontamente determinadas pelos especialistas na técnica e variarão, basicamente, com a concentração da preparação, com o modo de administração e com o avanço do estado ou transtorno inflamatório tratado. Além disso, factores associados com o indivíduo em particular sendo tratado, incluindo a idade, peso, dieta e tempo de administração do indivíduo, resultarão na necessidade em ajustar a dose a um nível apropriado terapeuticamente eficaz.
As vantagens das utilizações da invenção conforme definido acima são muitas e incluem a possibilidade de tratar basicamente todos os tipos sintomas de perturbações aditivas. EXEMPLO 1
Estudo de interacção da cocaína com ratinhos
Tipicamente, as drogas psicoestimulantes aditivas, como as anfetaminas e cocaína, induzem um aumento da actividade locomotora em roedores e primatas. Alguns compostos com potenciais propriedades anti-aditivas podem prevenir o aumento da actividade locomotora induzida pelas drogas psicoestimulantes. (Katz JL, KopajticTA, Myers KA, Mitkus RJ, ChiderM, Behavioral effects of cocaine: 17 interactions with Dl dopaminergic antagonists and agonists in mice and squirrel monkeys. J Pharmacol ExpTher. 1999 Oct;291 (1):265-79). 0 efeito dos compostos de ensaio é avaliado num modelo de ratinho de aumento da locomoção induzido por cocaína. Método
Sujeitos: Ratinhos Swiss-Webster machos Aparelho: câmaras automatizadas com células fotoeléctricas Fármacos: Cocaína 20 mg/kg administrada ip, compostos de ensaio dissolvidos em veículo administrados ip em doses diferentes (10-100 mg/kg) imediatamente antes da cocaína.
Teste comportamental: Animais (8 por grupo experimental) receberam injecção ip de cocaína (20 mg/kg) ou soro fisiológico e qualquer um dos compostos de ensaio ((10-100 mg/kg ip) ou respectivo veículo e registou-se a actividade locomotora durante 1 hora.
Análise dos dados
Tempo: Registou-se em gráfico a actividade média (+ SEM) com veículo, apenas cocaína e cada dose do composto de ensaio isolado + cocaína por períodos de 10 min.
Efeito máximo: O período de 30 min em que a cocaína (20 mg/kg) produz a actividade máxima é utilizado para determinar o efeito do composto de ensaio. Efectua-se uma transformação loglO das contagens médias do período de 30 min para cada sujeito a fim de homogeneizar as variâncias para análises posteriores. Procedeu-se a uma análise estatística ANOVA e compara-se o veículo e cada dose do composto de ensaio + cocaína com apenas cocaína para determinar os efeitos significativos (p<0,05) da dose. Realizou-se uma regressão linear utilizando o método dos 18 "quadrados mínimos"; é feita uma regressão das contagens médias do período de 30 min por sujeitos ao longo da porção descendente da curva contra a loglO da dose do composto de ensaio. A AD50 (dose que atenua a estimulação induzida por cocaína em 50%) é determinada a partir da análise de regressão linear. EXEMPLO 2
Análise de discriminação rato droga no rato
As tarefas de discriminação da droga (Drug
Discrimination - DD) consistem num procedimento para avaliação da capacidade de um composto para substituir um fármaco psicoatcivo (tal como uma droga). O rato aprende a utilizar estímulos interoceptivos farmacológicos para indicar de entre dois ou três manipulanda quais irão fornecer comida (aprendizagem dependente do estado). Estas tarefas constituem o melhor modelo animal para examinar efeitos "subjectivos" do fármaco. Além disso, os procedimentos DD podem ter a capacidade para, em determinados casos, medir de modo independente vários efeitos subjectivos diferentes de um fármaco, incluindo alguns que promovem o abuso de drogas (euforigénicos) e outros que detêm o abuso de drogas (nocioceptivos).
Os efeitos potenciadores ou preventivos do abuso de drogas dos compostos de ensaio são avaliados num modelo de discriminação da cocaína em ratos. (Colpaert FC (1986) Drug discrimination: behavioral, pharmacological and molecular mechanisms of discriminative drug effects, in Behavioral Analysis Of Drug Dependence, Goldberg SR and Stolerman IP eds, pp 161-193, Academic Press, Orlando). 19 Métodos
Sujeitos: Foram conduzidos estudos em ratos Sprague-Dawley machos. Todos os animais são alojados num viveiro com temperatura e humidade controlada, com um ciclo de 12 horas luz/escuridão (luzes ligadas às 7 horas da manhã). Todas as experiências são conduzidas durante a fase de luz do ciclo luz/escuro, entre as 8 da manhã e as 3 horas da tarde. Os ratos foram mantidos a aproximadamente 80-85% do peso corporal ad lib.
Discriminação da Cocaína. Os ratos são alimentados diariamente com cerca de 15 g de ração de laboratório padrão pelo menos 30 min depois do teste, mantendo-os nos respectivos pesos individuais ao longo do estudo. Os sujeitos são diariamente testados em câmaras de condicionamento operante com duas alavancas. Existe ruído branco durante o teste para mascarar sons estranhos. A iluminação ambiente é feita com uma lâmpada em cima, ao centro do painel frontal (luz doméstica). As alavancas estão dispostas com um intervalo de 17 cm, com pares de lâmpadas (díodos emissores de luz, LEDs) sobre cada uma das alavancas, também no painel frontal. As respostas reforçadas dispensam uma bola de 45 mg numa bandeja de alimento centrada entre as alavancas, no painel frontal da câmara. Os sujeitos são inicialmente treinados para carregar em ambas as alavancas num programa de proporção fixa de 10 respostas (FR 10) de reforço com alimento e para discriminar injecções i.p. de 29 pmol/kg de cocaína (10 mg/kg) de injecções i.p. de soro fisiológico Depois da injecção de cocaína, as respostas em apenas uma das alavancas são reforçadas, depois da injecção com soro fisiológico são reforçadas as respostas na outra alavanca. 20 A atribuição das alavancas apropriadas para cocaina ou para soro fisiológico são contrabalançadas em todos os ratos. Imediatamente após a injecção, os ratos são colocados dentro de câmaras experimentais. Um periodo de 5 min de repouso, durante o qual a luz e os LEDs estão apagados e as respostas não comportam consequências programadas precede a iluminação da luz e dos LEDs. Apenas as respostas na alavanca adequada são reforçadas e as respostas na alavanca inadequada reinicia o requisito de resposta FR. Cada apresentação de comida é seguida de um período de repouso de 20 s, durante o qual todas as luzes estão apagadas e as respostas não são seguidas de consequências programadas. As sessões terminam após 20 apresentações de comida ou 20 min, o que ocorrer primeiro. Sessões de treino com injecções de cocaína (C) e soro fisiológico (S) são conduzidas diariamente, durante 5 dias por semana e numa sequência de dupla alternância (por exemplo SCCS) .
Os testes foram iniciados quando os desempenhos atingem critérios de pelo menos 85% de resposta adequada global e durante os primeiros FR 10 da sessão durante quatro sessões consecutivas. Doses seleccionadas dos compostos de ensaio foram administradas po em alturas diferentes, até 360 min após a injecção para examinar a evolução no tempo dos efeitos do estimulo de discriminação. Depois de uma sessão de ensaio, espera-se que o sujeito cumpra os critérios de desempenho anteriormente mencionados durante duas sessões de treino consecutivas (cocaína e soro fisiológico) para ser novamente submetido ao teste. São conduzidas sessões de ensaio repetidas com pelo menos duas sessões de treino 21 entre cada ensaio até estarem determinados os efeitos integrais da dose em cada sujeito. As sessões de teste são idênticas às sessões de treino, com a única excepção de 20 respostas consecutivas em qualquer alavanca são reforçadas.
Para cada um dos ratos estudados no procedimento de discriminação da cocaina, calculam-se a taxa de respostas global e a percentagem de respostas que ocorre na alavanca apropriada da cocaina. Os valores médios são calculados para cada medição em cada dose de fármaco. Se menos de metade dos ratos respondeu a uma dose particular, não se calcula o valor médio para a percentagem de respostas apropriadas à cocaina a essa dose. Adoptou-se como critério de conservação pelo menos 20% de respostas apropriadas à cocaína, para assumir uma diferença significativa do soro fisiológico; 80% ou mais de respostas apropriadas à cocaina é tomado como semelhante à dose de treino da cocaina e niveis intermédios de respostas apropriadas à cocaina são considerados substituição parcial.
Análise dos dados. Os resultados dos estudos de discriminação da cocaina são avaliados com dados recolhidos durante toda a sessão, que duram no máximo 20 min.
Se um sujeito especifico não completar um programa a taxa fixa durante os testes, os respectivos dados são incluídos na média da taxa de respostas mas não são incluídos na média da percentagem de respostas na alavanca da cocaína. Calcula-se um valor ED50 utilizando análise de regressão linear para os compostos de ensaio que substituem a cocaína (>80% de respostas apropriadas ao 22 fármaco). Para os compostos de ensaio que substituem parcialmente a cocaina (>20% e <80% de respostas apropriadas) a menor dose que produz substituição máxima e a percentagem dada. Para os compostos que não substituem a cocaina (<20% resposta apropriada ao fármaco) é calculada a maior dose testada. EXEMPLO 3
Teste de auto-administração no rato O teste de auto-administração de fármaco é um método muito divulgado para estudar as propriedades de reforço de uma droga (como a cocaina) e os efeitos de vários compostos nestas propriedades de recompensa. Neste teste, o rato é treinado para "trabalhar" a fim de receber uma administração oral ou intravenosa de drogas. Este método comportamental permite avaliar se um composto de ensaio tem algum efeito nas propriedades de reforço de uma droga indutora de dependência. (CaineS.B.; Lintz R; Koob G.F.: Intravenous drug self-administration techniques in animais. In: Behavioral Neuroscience: A Practical
Approach. ed. por A. Sahgal pp 117-143, Oxford University Press, Nova Iorque. 1993; Fischman MW, Behavioral phar-macology of cocaine J.Clin Psychiatry. 1988 Fev; 49 Supl:7-10). Método
Sujeitos
Ratos Sprague - Dawely machos, com peso entre 350-400 g são alojados em grupos de 3 numa gaiola e é-lhes fornecida acesso ad libitum a alimento e água e são mantidos num ciclo de 12 h luz-escuridão.
Auto-Administração 23
Todos os animais foram cirurgicamente implantados com um cateter jugular silastico sob anestesia com quetamina (60 mg/kg IP) e pentobarbital de sódio (20 mg/kg ip) . O cateter passou subcutaneamente para uma porção exposta do crânio onde fica fixo com acrilico dentário a quatro parafusos de aço inoxidável inseridos no crânio. À altura de sessão de auto-administração (normalmente 6 dias por semana) o cateter é ligado a um sistema giratório através de uma mola metálica, que está, por sua vez, ligada a uma bomba de perfusão.
Sete dias após a cirurgia, os animais são deixados aceder durante 2 h por dia a uma alavanca metálica montada na parede lateral de uma gaiola de condicionamento operante normalizada, a 3 cm do chão da gaiola. A força necessária para carregar na alavanca é, em média, de 30 gramas (entre os 25 e os 35 gramas em gaiolas diferentes). As próprias gaiolas são colocadas dentro de salas com amortecimento sonoro. Encontram-se duas alavancas em cada câmara operante, uma alavanca produz uma perfusão de droga, enquanto a outra permanece inactiva ao longo de todas as sessões. A alavanca activa resulta numa injecção intravenosa de 0,1 ml de cloridrato de cocaína (0,50 mg/kg/injecção) dissolvido em 0,9% de soro fisiológico e administrada ao longo de 4s. Um sistema giratório permite que o animal se desloque livremente na gaiola. Coincidindo com o início da injecção, é ligada uma luz de estímulo, localizada 1 cm acima da alavanca na mesma parede lateral da câmara operante durante 20s, durante esse período a alavanca permanece inactiva. Carregar na alavanca enquanto a luz do sinal estava apagada foi reforçado segundo um programa de reforço contínuo (taxa fixa 1, FR-1)- Assim 24 que os animais revelaram consumo estável da droga ao longo de três dias (um intervalo de menos de 15% do consumo diário ao longo de três dias) o programa de auto-administração é trocado por um FRIO até estabilizar (15-20 dias) e depois dá-se inicio ao estudo. Num dia de ensaio, os animiais são submetidos a um pré-tratamento ip imediatamente antes do início da sessão com o composto de ensaio. São utilizadas doses diferentes do composto de ensaio. Cada dose é testada apenas uma vez por cada animal utilizando um esquema do quadrado latino. Pelo menos dois dias de auto-administração de referência separam os dias de ensaio da droga.
Análise dos dados O número total de reforços ganhos durante a sessão de 120 min é registado e computa-se a análise estatística dos dados utilizando uma análise de variância factorial de um factor com medições repetidas (ANOVA) ou teste t de Student quando apropriado. Comparações de médias individuais são efectuadas com o teste a posteriori de Newman-Keuls. EXEMPLO 4
Sensibilização comportamental induzida pela cocaína em ratos. A dependência de drogas é um comportamento patológico caracterizado por uma procura e consumo compulsivo de droga. Um modelo animal destas alterações comportamentais consiste no aumento duradouro da actividade locomotora induzida pela administração repetida de drogas psicoestimulantes em roedores (Robinson et al., 1993) conhecida como sensibilização comportamental induzida por drogas. O efeito dos compostos de ensaio é avaliado num 25 modelo de sensibilização comportamental induzida por cocaína. Método
Sujeitos: São utilizados ratos Wistar machos entre 200-250 g de peso à chegada.
Dispositivo para avaliação da actividade locomotora. A actividade locomotora é medida em dezasseis gaiolas idênticas em arame metálico, pendentes, medindo cada uma 36 cm (L) x 25 cm (L x 20 cm (A) . Cada gaiola continha dois conjuntos de células fotoeléctricas emissoras-detectoras de infravermelhos, posicionadas ao longo do eixo longitudinal 1 cm acima da grelha do chão e a 8 cm da parte da frente e parte de trás da gaiola. O ruído de fundo é criado por um gerador de ruído branco. O movimento no interior das gaiolas produziu interrupções das células fotoeléctricas, que ficam automaticamente registadas por um computador IBM compatível.
Procedimento de sensibilização e tratamento. Os animais são habituados as câmaras de actividade locomotora durante 2-3 dias consecutivos antes da experiência. Animais receberam 5 injecções ip diárias de cocaína (15 mg/kg) ou soro fisiológico e qualquer um dos compostos de ensaio (40-100 mg/kg ip) ou respectivo veículo e registou-se a actividade locomotora durante 3 horas. Dez dias depois da última injecção de cocaína ou de soro fisiológico (dia 15) , os animais são desafiados com 15 mg/kg de cocaína na ausência do composto de ensaio e controla-se novamente a actividade locomotora durante 3 h.
No quinto dia de tratamento com cocaína, os animais submetidos a pré-tratamento ip com veículo revelaram uma resposta locomotora maior (20% superior ao primeiro dia, p 26 <0,05). Dez dias depois da última injecção de cocaína ou de soro fisiológico os animais são desafiados com 15 mg/kg de cocaína na ausência do composto de ensaio e controla-se novamente a actividade locomotora durante 3 h. Prevê-se que os ratos submetidos a tratamento prévio com cocaína e que não receberam o composto de ensaio revelem uma maior resposta em termos de actividade locomotora à cocaína (30 % maior do que no primeiro dia, p <0,05). Se os ratos que foram submetidos a pré-tratamento com o composto de ensaio durante os 5 dias de tratamento com cocaína não revelaram um aumento da actividade locomotora, o composto de ensaio é considerado como tendo um efeito na prevenção da toxicodependência psicoestimulante. (Koob, G.F., Sanna, P.P. & Bloom, F.E. Neuron 21,467-4761998; RobinsonT.E. & Berridge K.C. The neural basis of drug craving: an incentive-sensitization theory of addiction. Brain Res Brain Res Rev 18, 247-91, 1993)
Análise dos dados. Os dados (número total de interrupções do feixe em 3 horas) são analisados utilizando ANOVA em dois factores, com medições repetidas em um factor, incluindo os quatro grupos experimentais (isto é soro fisiológico/veículo, soro fisiológico/composto de ensaio, cocaína/veículo e cocaína/composto de ensaio) e dois momentos (dia 1 e dia 5), seguido de análise dos efeitos simples. Utiliza-se uma segunda análise ANOVA em dois factores com medições repetidas em um factor para comparar o dia 1 e o dia do desafio, seguido de um teste post hoc de Newman-Keuls. EXEMPLO 5
Ensaios de discriminação de mroqas em macacos 27 A discriminação da cocaína é uma análise comportamental amplamente utilizada para avaliar medicações de tratamento candidato. A potência e evolução temporal dos efeitos comportamentais do tipo da cocaína produzidos por uma administração aguda do composto de ensaio são determinadas neste procedimento. Especificamente, o composto de ensaio é administrado seja isoladamente seja como pré-tratamento da cocaína em macacos rhesus treinados para discriminar 0,4 mg/kg de cocaína do soro fisiológico. Método
Sujeitos: Os sujeitos são macacos rhesus machos adultos (Macaca mulatta). Os macacos são mantidos com uma dieta de 3-4 biscoitos para macaco (Purina Monkey Chow Jumbo refa 5037) e um pedaço de fruta fresca por dia para além de granulado com sabor a fruta fornecido durante as sessões operantes. A água encontra-se livremente à disposição para todos os macacos a qualquer altura. Os macacos são alojados numa sala com temperatura e humidade controlada, com um ciclo de 12 horas luz/escuridão (luzes ligadas das 7 horas da manhã até às 7 horas da tarde).
Aparelho. Cada macaco é alojado individualmente numa câmara em aço inoxidável bem ventilada (56 x 71 x 69 cm) . As gaiolas de alojamento de todos os macacos são modificadas para incluir um painel operante (28 3 28 cm) montado na parede da frente. Três teclas de resposta quadradas, translúcidas (6,4 x 6,4 cm) encontram-se dispostas com um intervalo de 2,54 cm, numa linha horizontal de 3,2 cm a contar do topo do painel operante. Cada tecla pode ser iluminada por luzes de estímulo vermelhas ou verdes (LEDs superbrihantes). O painel 28 operante pode ainda suportar um dispensador de granulado montado exteriormente (Gerbrands, Model G5210) que fornece 1 g de granulado alimentar para um receptáculo de alimento montado na gaiola sob o painel de resposta operante. 0 funcionamento dos painéis operantes e a recolha dos dados são realizados com um computador localizado numa sala separada.
Treino da discriminação. Os procedimentos de discriminação da droga são semelhantes aos utilizados noutros estudos (Lamas X, Negus SS, Hall E e Mello NK (1995) da relação entre os efeitos do estímulo descriminante e concentrações de cocaína intramuscular no plasma de macacos rhesus. Psychopharmacology 121:331-338; Negus SS, Mello NK, Portoghese PS, Lukas SE and Mendelson JH (1995) Role of delta opioid receptors in the reinforcing and discriminative stimulus effects of cocaine in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther 273: 1245-1256.; Negus SS, Mello NK, Lamas X and Mendelson JH (1996) Acute and chronic effects of flupenthixol on the discriminative stimulus and reinforcing effects of cocaine in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther 278: 879-890.
As sessões de discriminação consistem em múltiplos ciclos e são conduzidos 5 dias/semana. Cada ciclo consistiu num período de repouso de 15 min, seguido de um período de resposta de 5 min. Durante o período de repouso, todas as luzes de estímulo encontram-se desligadas e as respostas não tinham qualquer consequência programada. Durante o período de resposta, as teclas de resposta direita e esquerda são iluminadas com cor vermelha ou verde e os macacos podem receber até 10 bolinhas de alimento ao responder sob programa de taxa 29 fixa (FR) igual a 30 de apresentação de alimento. Para um grupo de macacos, a tecla da esquerda é iluminada com cor verde e a tecla da direita é iluminada com cor vermelha. Para o outro grupo de macacos, as cores das teclas de resposta encontram-se invertidas. A tecla central nunca é iluminada e a resposta na tecla do centro não provoca qualquer consequência programada. Se todo o granulado de alimento disponível for apresentado antes do fim do período de resposta de 5 min, são desligadas as luzes de estimulo que iluminam as teclas de resposta e as respostas seguintes não têm consequências programadas durante o resto do periodo de resposta. Nos dias de treino, os macacos recebem uma injecção i.m. de soro fisiológico ou 0,40 mg/kg de cocaina, 5 min após o início de cada período de repouso (isto é, 10 min antes do período de resposta) . Depois de administrado o soro fisiológico, só as respostas na tecla verde (tecla apropriada para o soro fisiológico) apresentam alimento, enquanto a seguir à administração de 0,40 mg/kg de cocaína só a resposta na tecla vermelha (tecla apropriada para a droga) apresenta alimento. Respostas na tecla errada reiniciam o requisito FR na tecla apropriada. As sessões diárias consistem em um a cinco ciclos e se a dose de treino de cocaína for administrada, é administrada apenas durante o último ciclo. Deste modo, os dias de treino consistem em LO 1 o ciclos de soro fisiológico seguidos de 0-1 ciclos da droga. Durante o período de resposta de cada ciclo, são determinadas três variáveis dependentes: 1) percentagem da resposta apropriada à injecção antes da aplicação do primeiro reforço [ (respostas apropriadas à injecção dadas 30 antes do Io reforço/total de respostas dadas antes do Io reforço) x 100]; 2) percentagem de respostas apropriadas à injecção durante todo o período de resposta [(respostas apropriadas à injecção dadas durante o período de resposta/total de respostas dadas durante o período de resposta) x 100] e 3) taxa de respostas (total de respostas dadas durante o período de resposta/total de tempo em que as luzes de estímulo foram acendidas). Considerou-se que os macacos adquiriram discriminação da cocaína quando os seguintes três critérios foram cumpridos por sete de oito sessões de treino consecutivas: 1) a percentagem de respostas apropriadas à injecção antes da aplicação do primeiro reforço é maior ou igual a 80% para todos os ciclos; 2) a percentagem de respostas apropriadas à injecção para todo o ciclo é maior ou igual a 90% para todos os ciclos e 3) pelo menos uma bolinha é ganha durante todos os ciclos de treino.
Treino da discriminação. Assim que os macacos cumprem os critérios de discriminação da cocaína, dá-se início aos testes. As sessões de teste são idênticas às sessões de treino com excepção da resposta a qualquer uma das teclas apresentar alimento e a cocaína ou os compostos de ensaio serem administrados como descrito abaixo. Foram conduzidas duas séries de experiências para caracterizar os efeitos do composto de ensaio administrado isoladamente ou como cocaína em pré-tratamento. Na primeira série de experiências, foi determinado o tempo dos efeitos do composto de ensaio. Uma única dose do composto de ensaio (1 - 100 mg/kg) é administrada no início da sessão de teste e iniciam-se períodos de resposta de 5 min após 10, 30, 100 e 300 min. Na segunda série de experiências, foram 31 determinados os efeitos do pré-tratamento do composto de ensaio na discriminação da cocaina. Uma única dose do composto de ensaio é administrada numa altura apropriada antes da sessão de ensaio em que se determina a curva dose-efeito cumulativa da cocaina (0,013-1,3 mg/kg). Em geral, a droga do ensaio é avaliada até doses que produzem uma alteração significativa da curva dose-efeito da cocaina ou diminuem as taxas de resposta para menos de 0,1 respostas/seg, média calculada ao longo de toda a sessão.
Análise dos dados. A percentagem de resposta apropriada à cocaina (na totalidade do periodo de resposta) e as taxas de resposta encontram-se registadas em gráficos em função do tempo após administração do composto de ensaio (para estudos da evolução do tempo) ou a dose cumulativa de cocaina (para os estudos de pré-tratamento do composto de ensaio). A percentagem de resposta apropriada à cocaina para um dado ciclo foi incluida na análise apenas caso o macaco dê pelo menos 30 respostas durante o ciclo (isto é, respostas suficientes para resultar na apresentação de um reforço). São definidos valores ED50 como sendo a dose do composto de ensaio ou cocaina que produz 50% de resposta apropriada à cocaina e são calculados pela interpolação linear a partir de curvas dose-efeito por sujeito individual. Para cada composto de ensaio foram calculados os valores ED50 a partir dos dados obtidos no momento aproximado do pico de efeito. EXEMPLO 6
Teste de auto-administração no macaco
Os procedimentos de auto-administração em animais de laboratório são frequentemente utilizados para avaliar 32 medicações candidatas à gestão da dependência da cocaína e drogas estimulantes psicomotoras relacionadas. Normalmente, as experiências são conduzidas para determinas a forma como as drogas alteram as taxas de resposta ou o número de injecções i.v. num único programa, com reforços em consequência de um número fixo e progressivamente crescente de respostas, isto é taxa fixa (FR) ou programas de taxa progressiva (Mello NK and Negus SS (1996) Preclinical evaluation of pharmacotherapies for treatment of cocaine and opioid abuse using drug self administration procedures. Neuropsychopharmacology 14:375-424) . Nesta pesquisa, a comparação das alterações entre o comportamento de auto-administração e desempenho mantido por outro reforço, tal como apresentação de alimento, pode proporcionar uma escala de selectividade comportamental nos efeitos de uma medicação cadidata (Woolverton WL (1996) Intravenous self-administration of cocaine underconcur- rent VI schedules of reinforcement. Psychopharmacolo- gy 127:195-203.; Negus SS, Brandt mr, and Mello NK (1999) Effects of the long-acting monoamine reuptake inhibitor indatraline on cocaine self-administration in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther 291:60-69; Caine SB, Negus SS, and Mello NK (2000) Effects of dopamine Dl -like and D2-like agonists on cocaine self-administra- tion in rhesus monkeys: rapid assessment of cocaine dose-effect functions. Psychopharmacology 148:41-51) . Método
Sujeitos: Os sujeitos são macacos rhesus machos adultos (Macaca mulatta). Os macacos são mantidos com uma dieta de 3-4 biscoitos para macaco (Purina Monkey Chow 33
Jumbo refa 5037) e um pedaço de fruta fresca por dia para além de granulado com sabor a fruta fornecido durante as sessões operantes. A água encontra-se livremente à disposição para todos os macacos a qualquer altura. Os macacos são alojados numa sala com temperatura e humidade controlada, com um ciclo de 12 horas luz/escuridão (luzes ligadas das 7 horas da manhã até às 7 horas da tarde).
Procedimentos cirúrgicos. Cateteres em borracha de silicone de duplo lúmen (i.d. 0,7 mm o.d. 2,0 mm) foram implantados na veia jugular ou femoral, saindo na região escapular média. Todos os procedimentos cirúrgicos são executados em condições assépticas. Os macacos são inicialmente sedados com quetamina (5 mg/kg) e é induzida anestesia com tiopental de sódio (10 mg/kg, i.v.). Além disso, os macacos são tratados com 0,05 mg/kg de atropina para reduzir salivação. Na sequência da inserção do tubo traqueal, é mantida a anestesia com isoflurano (1-1,5% em oxigénio). Depois da cirurgia administra-se Aspirina ou acetaminofeno (80-160 mg, p.o.) durante 3 dias. Administra-se um antibiótico procaina penicilina G (300.000 U/dia, i.m.) todos os dias durante 5 dias. O cateter i.v. é protegido por um sistema de fixação que consiste num colete de nylon ajustado à medida ligado a um cabo de aço inoxidável flexível e pivô de fluidos (Lomir Biomedical, Malone, NI) . Este sistema de fixação flexível permite liberdade de movimentos aos macacos. A patência do cateter é avaliada periodicamente por administração i.v. de um barbitúrico de curta duração, meto-hexital (3 mg/kg, i.v.) O cateter é considerado patente se a administração i.v. de meto-hexital produz uma perda to tonos muscular no espaço de 10 s. 34
Aparelho comportamental: Cada macaco é alojado individualmente numa câmara em aço inoxidável bem ventilada (64 x 64 x 7 9 cm) . As gaiolas de alojamento de todos os macacos são modificadas para incluir um painel operante (28 x 28 cm) montado na parede da frente. Três teclas de resposta quadradas, translúcidas (6,4 x 6,4 cm) encontram-se dispostas com um intervalo de 2,54 cm, numa linha horizontal de 3,2 cm a contar do topo do painel operante. Cada tecla pode ser iluminada por luzes de estímulo vermelhas ou verdes (LEDs superbrihantes). 0 painel operante pode ainda suportar um dispensador de granulado montado exteriormente que fornece 1 g de granulado alimentar com sabor a fruta para um receptáculo de alimento montado na gaiola sob o painel de resposta operante. Além disso, duas bombas de seringa (modelo B5P-IE; Braintree Scientific, Braintree, MA, ou modelo 980210; Harvard Apparatus, South Natick, MA) encontram-se montados em cima de cada gaiola para administração de soro fisiológico ou soluções da droga através dos dois lúmen dos cateteres i.v. 0 funcionamento dos painéis operantes e a recolha dos dados são realizados com um computador localizado numa sala separada.
Procedimentos de treino iniciais. Os procedimentos para a avaliação das respostas mantidas por cocaína e alimento foram similares aos empregues noutros estudos (Negus SS, Mello NK, Portoghese PS and Lin CE (1997) Effects of kappa opioids on cocaine self-administration by rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther 282:44-55; Negus SS, Mello NK, Portoghese PS, Lukas SE e Mendelson JH (1995) Role of delta opioid receptors in the reinforcing and discriminative stimulus effects of cocaine in rhesus 35 monkeys. J Pharmacol Exp Ther 273:1245-1256). Segundo um protocolo básico, o alimento e injecções i.v. encontram-se à disposição durante três componentes alternados. Tanto o alimento como as injecções i.v. encontram-se disponíveis segundo um programa de reforço FR30. Uma luz vermelha é associada à apresentação de alimento e uma luz verde é associada às injecções da droga. 0 componente de alimento e de droga são separados por um período de repouso de 5 min. A totalidade da sessão alimento-droga-alimento dura 120 min e é executada diariamente entre as 15 e as 17 horas. Durante o treino, a solução disponível para auto-administração durante o componente droga é alternada entre 0,032 mg/kg(inj de cocaína e soro fisiológico. Os macacos são treinados até cumprirem os seguintes critérios de auto-administração estável de cocaína: 1) 3 dias consecutivos durante os quais a taxa de resposta durante o componente droga de cada sessão difere em não mais de 20% da taxa de resposta do componente droga média; 2) extinção rápida do soro fisiológico, segundo a indicação de uma diminuição das taxas de resposta do componente droga no primeiro dia de substituição por soro fisiológico.
Teste de auto-administração. Assim que os macacos atingem os critérios de níveis estáveis elevados de auto-administração de cocaína e alimento, dá-se início aos testes utilizando sessões de substituição, nas quais doses diferentes de cocaína (0,00032-0,1 mg/kg/injecção) são substituídas pelas condições da dose de treino soro fisiológico/cocaína. A dose de manutenção de cocaína foi restabelecida depois de cada teste de substituição, durante um período de pelo menos 4 dias e até o número de 36 reforços por dia mantido pela cocaína e alimento regressar aos níveis de referência.
Avaliação do composto de ensaio. Os compostos de ensaio são avaliados utilizando um teste do procedimento do tratamento. Uma primeira experiência examina os efeitos de tratamento não-contingente com soro fisiológico ou composto de ensaio em respostas de alimento e de cocaína. Os compostos de ensaio são administrados i.m. (ou i.p. e p.o.) antes da sessão. Os compostos de ensaio serão administrados até doses que produzem ou uma mudança estatisticamente significativa no ramo ascendente da curva dose-efeito da auto-administração de cocaína ou eliminam as respostas durante o primeiro componente de alimento. Numa segunda experiência, pelo menos três doses dos compostos de ensaio são avaliadas como pré-tratamentos para uma dose unitária de cocaína no pico da curva dose-efeito da cocaína. Estes estudos iniciais são utilizados para identificar uma dose do composto de ensaio que seja activa do ponto de vista comportamental no procedimento de auto-administração da droga. Assim que a dose activa do ponto de vista comportamental da droga em ensaio é identificada, essa dose é administrada como pré-tratamento a uma série de diferentes doses unitárias de cocaína. Deste modo, pode ser determinado o efeito de uma dose activa do ponto de vista comportamental da droga de ensaio na totalidade da curva dose-efeito da cocaína. Outras doses dos compostos de ensaio podem ainda ser testadas.
Análise dos dados. 0 número total de injecções ou bolinhas de alimento apresentadas por dia pode ser determinado como a taxa de resposta. Os dados dos efeitos do composto de ensaio na auto-administração da cocaína são 37 avaliados utilizando ANOVA em um ou dois factores. Uma análise ANOVA significativa foi seguida de comparação das médias individuais utilizando o ensaio post hoc de Duncan. 0 critério da significância foi estabelecido em p<0,05. 38
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para a conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento de Patente Europeia. Embora muito cuidado tenha sido tomado na compilação das referências, erros e omissões não podem ser excluídos e o IEP não assume qualquer responsabilidade neste sentido.
Documentos de Patente citados na descrição • WO 9014334 A [0009] • WO 9422808 A [0009] • WO 9705102 A [0009] • WO 9705111 A [0009] • WO 9935125 A [0009] • WO 9935123 A [0009]
Literatura não relacionada com patentes citada na descrição • Schiffer et al. Synapse, 2003, vol. 48, 35-8 [0004] • Houtsmuller et al. Psychopharmacology, 2004, vol. 172 (1), 31-40 [0004] • Berlin et al. Addiction, 2002, vol. 97, 1347-1354 [0006] • Tony et al. Biological Psychiatry, 2003, vol. 53 (2), 136-143 [0006] • Johnson et al. The Lancet, 2003, vol. 361, 1677-1685 [0007] • Pevarello P. et al. J. Med. Chemistry, 1998, vol. 41, 579-590 [0010] • Katz JL ; Kopajtic TA ; Myers KA ; Mitkus RJ ; Chider M. Behavioral effects of cocaine: interactions with Dl 39 dopaminergic antagonists and agonists in mice and squirrel monkeys. J Pharmacol Exp Ther., October 1999, vol. 291 (1), 265-79 [0033] • Drug discrimination: behavioral, pharmacological and molecular mechanisms of discriminative drug effects. Colpaert FC. Behavioral Analysis Of Drug Dependence. Academic Press, 1986, 161-193 [0041] • Intravenous drug self-administration techniques in animais. Caine S.B.; Lintz R ; Koob G.F. Behavioral Neuroscience: A Practical Approach. Oxford University Press, 1993, 117-143 [0048] • Fischman MW. Behavioral pharmacology of cocaine. J.Clin Psychiatry, February 1988, vol. 49,7-10 [0048] • Koob, G.F.; Sanna, P.P.; Bloom, F.E. Neuron, 1998, vol. 21,467-476 [0057] • Robinson T.E.; Berridge K.C. The neural basis of drug craving: an incentive-sensitization theory of addiction. Brain Res Brain Res Rev, 1993, vol. 18, 247-91 [0057] • Lamas X ; Negus SS ; Hall E ; Mello nk. relationship between the discriminative stimulus effects and plasma concentrations of intramuscular cocaine in rhesus monkeys. Psychopharmacology, 1995, vol. 121,331-338 [0062] • Negus SS; Mello NK; Portoghese PS; Lukas SE ; Mendelson JH. Role of delta opioid receptors in the reinforcing and discriminative stimulus effects of cocaine in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther, 1995, vol. 273, 1245-1256 [0062] [0071] • Negus SS ; Mello NK ; Lamas X ; Mendelson JH. Acute and chronic effects of flupenthixol on the discriminative stimulus and reinforcing effects of cocaine in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther, 1996, vol. 278, 879-890 [0062] 40 • Mello NK ; Negus SS. Preclinical evaluation of phar-macotherapies for treatment of cocaine and opioid abuse using drug self administration procedures.
Neuropsychopharmacology, 1996, vol. 14, 375-424 [0067] • Woolverton WL. Intravenous self-administration of cocaine under concurrent VI schedules of reinforcement. Psychopharmacology, 1996, vol. 127,195-203 [0067] • Negus SS ; Brandt MR ; Mello NK. Effects of the long-acting monoamine reuptake inhibitor indatraline on cocaine self-administration in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther, 1999, vol. 291, 60-69 [0067] • Caine SB; Negus SS; Mello NK. Effects of dopamine Dl -like and D2-like agonists on cocaine self-administration in rhesus monkeys: rapid assessment of cocaine dose-effect functions. Psychopharmacology, 2000, vol. 148, 41-51 [0067] • Negus SS ; Mello NK ; Portoghese PS ; Lin CE. Effects of kappa opioids on cocaine self-administration by rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther, 1997, vol. 282, 44-55 [0071]

Claims (5)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Utilização dos compostos seleccionados a partir de: 2- (4-Benziloxibenzilamino)propanamida; 2-[4-(2-Metoxibenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; (S) — ( + )—2—[4—(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; (S) -( + )-2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-N-metil-propanamida; N-{2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]jpropionil-pirrolidina; 2-[4-(3-Metoxibenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Cianobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-N-metil-propanamida; N-{2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]}propionil-pirrolidina; 2-[4-(4-Fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-propanamida; 2-[4-(2-Clorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2- [4- (3-Clorobenziloxi)-benzilamino]propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-hidroxi-propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2-[4-(2-Clorobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil- propanamida; 2-[4-(3-Cianobenziloxi)-benzilamino]-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2-[4-(3-Cianobenziloxi)-benzilamino]-2-metil-3-hidroxi-N-metil-propanamida; 2- [4- (3-Clorobenziloxi)-feniletilamino]propanamida; 2—{4—[2—(3-Fluorofenil)-etiloxi]benzilamino}propanamida; 2—{4—[2—(3-Fluorofenil)-etil]benzilamino]propanamida; 2-[N-(4-Benziloxibenzil)-N-metilamino]propanamida; 2 — {4 —[(3-Clorobenziloxi)-feniletil]-amino}propanamida; 2-[4-Benziltiobenzilamino]propanamida; 2-[4-(2-Fluorobenziltio)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fluorobenziltio)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(3-Fenilpropiloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(4-Fenilbutiloxi)-benzilamino]propanamida; 2-[4-(5-Fenilpentiloxi)-benzilamino]propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-fenil-N-metil-propanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-3-metil-N-metil-butanamida; 2-(4-Benziloxibenzilamino)-2-fenil-acetamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzil-N-metilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzil-N-metilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4- (3-Clorobenziloxi)-benzilamino]-2-fenil-acetamida; 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(2—fluorofenil)-acetamida; 3 2-[4-(2-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3—fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(2—fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Fluorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3-fluorofenil)-acetamida; 2-[4-(3-Clorobenziloxi)-benzilamino]-2-(3-fluorofenil)-acetamida; 2-(4-(2-Tieniloxi)-benzilamino)propanamida; ou seus isómeros ópticos, misturas e sais farmaceuticamente aceitáveis para a preparação de um medicamento para o tratamento da patologias aditivas.
2. utilização do composto de acordo com o definido na reivindicação 1 que é (S)-( + )-2-[4-(2-fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida.
3. Utilização do composto de acordo com o definido na reivindicação 1 que é (S)-(+)-2-[4-(3-fluorobenziloxi)-benzilamino]propanamida.
4. utilização dos compostos de acordo com o definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3 em combinação com agonistas da dopamina e/ou com levodopa, carbidopa, benserazida e suas combinações.
5. Utilização dos compostos de acordo com o definido nas reivindicações 1 a 3, em que o referido medicamento é para ser administrado numa dose que varia de 0,3 a 100 mg/kg de peso corporal por dia.
PT07022078T 2004-04-22 2005-04-19 Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento de perturbações aditivas PT1900362E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
EP04009532A EP1588704A1 (en) 2004-04-22 2004-04-22 Alpha-aminoamide derivatives useful in the treatment of restless legs syndrome and addictive disorders

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT1900362E true PT1900362E (pt) 2011-03-09

Family

ID=34924693

Family Applications (2)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT05736365T PT1737438E (pt) 2004-04-22 2005-04-19 Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento da síndrome das pernas inquietas
PT07022078T PT1900362E (pt) 2004-04-22 2005-04-19 Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento de perturbações aditivas

Family Applications Before (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT05736365T PT1737438E (pt) 2004-04-22 2005-04-19 Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento da síndrome das pernas inquietas

Country Status (26)

Country Link
US (2) US8445513B2 (pt)
EP (3) EP1588704A1 (pt)
JP (1) JP5020069B2 (pt)
KR (2) KR101195819B1 (pt)
CN (1) CN1942179B (pt)
AT (2) ATE494890T1 (pt)
AU (1) AU2005235428B2 (pt)
BR (2) BRPI0509976B8 (pt)
CA (1) CA2563674C (pt)
CY (2) CY1108494T1 (pt)
DE (2) DE602005009162D1 (pt)
DK (2) DK1737438T3 (pt)
ES (2) ES2357559T3 (pt)
HK (1) HK1099216A1 (pt)
HR (2) HRP20080593T3 (pt)
IL (1) IL178732A (pt)
ME (2) ME02324B (pt)
MX (1) MXPA06012163A (pt)
NO (2) NO337900B1 (pt)
NZ (1) NZ550664A (pt)
PL (2) PL1900362T3 (pt)
PT (2) PT1737438E (pt)
RS (2) RS51791B (pt)
RU (1) RU2403030C2 (pt)
SI (2) SI1737438T1 (pt)
WO (1) WO2005102300A1 (pt)

Families Citing this family (19)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB9727523D0 (en) 1997-12-31 1998-02-25 Pharmacia & Upjohn Spa Alpha-aminoamide derivatives useful as analgesic agents
EP1423168B1 (en) * 2001-09-03 2006-02-08 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Pharmaceutical composition comprising gabapentin or an analogue thereof and an alpha-aminoamide and its analgesic use
EP1438956A1 (en) * 2003-01-16 2004-07-21 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Alpha-aminoamide derivatives useful as antimigraine agents
ES2339021T3 (es) * 2003-08-25 2010-05-14 Newron Pharmaceuticals S.P.A. Derivados de alfa-aminoamida utiles como agentes antiinflamatorios.
EP1588704A1 (en) 2004-04-22 2005-10-26 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Alpha-aminoamide derivatives useful in the treatment of restless legs syndrome and addictive disorders
AU2005282028B2 (en) * 2004-09-10 2011-03-24 Newron Pharmaceuticals S.P.A. (halobenzyloxy) benzylamino-propanamides as sodium and/or calcium channel selective modulators
EP1812070B1 (en) * 2004-11-10 2013-10-02 Orion Corporation Treatment of restless legs syndrome
NZ567540A (en) * 2005-12-22 2010-07-30 Newron Pharm Spa 2-Phenylethylamino derivatives as calcium and/or sodium channel modulators
WO2007117431A2 (en) * 2006-04-03 2007-10-18 Teva Pharmaceutical Industries, Ltd. Use of rasagiline for the treatment of restless legs syndrome
EP1870097A1 (en) 2006-06-15 2007-12-26 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Alpha-aminoamide derivatives useful in the treatment of cognitive disorders
DK2474521T3 (en) * 2006-06-19 2016-10-31 Newron Pharm Spa High-purity 2- [4- (3- and 2-fluorobenzyloxy) benzylamino] propanamides for use as pharmaceuticals and pharmaceutical formulations thus
GB0706630D0 (en) * 2007-04-04 2007-05-16 Glaxo Group Ltd Novel compounds
DK2155663T3 (en) 2007-06-15 2018-01-22 Newron Pharm Spa SUBSTITUTED 2- [2- (PHENYL) ETHYLAMINO] ALKANAMIDE DERIVATIVES AND THEIR USE AS SODIUM AND / OR CALCIUM CHANNEL MODULATORS
BRPI0820657A2 (pt) * 2007-12-11 2015-06-16 Newron Pharm Spa Processo para a produção de 2-[4-(3- ou 2-fluorobenzilóxi)benzilamino]pro-panamidas com alto grau de pureza
AU2008340552B2 (en) * 2007-12-19 2013-08-22 Newron Pharmaceuticals S.P.A. Alpha-aminoamide derivatives useful in the treatment of psychiatric disorders
EP2314569A1 (en) 2009-10-22 2011-04-27 Merck Patent GmbH Novel polymorphic forms of (S)-2-[4-(3-Fluoro-benzyloxy)-benzylamino]-propionamide mesylate salt and processes of manufacturing thereof
AU2011246707B2 (en) 2010-04-27 2014-11-20 Newron Pharmaceuticals S.P.A. Process for the production of ralfinamide methanesulfonate salts or their R-enantiomers
US11278651B2 (en) * 2018-10-17 2022-03-22 Gambro Lundia Ab Membrane and device for treating restless leg syndrome
CN114667963B (zh) * 2020-12-24 2024-04-26 中国科学院脑科学与智能技术卓越创新中心 一种非人灵长类动物药物成瘾性评估的装置

Family Cites Families (29)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB1140748A (en) 1966-06-23 1969-01-22 Ici Ltd New carboxylic acid derivatives
US4049663A (en) * 1972-06-06 1977-09-20 Allen & Hanburys Limited Ethylene diamine derivatives
FR2480747A1 (fr) * 1980-04-17 1981-10-23 Roques Bernard Derives d'acides amines et leur application therapeutique
US4935429A (en) * 1985-10-25 1990-06-19 Dackis Charles A Method of treating psychostimulant addiction
CA1336169C (en) * 1988-03-01 1995-07-04 Walther Birkmayer Agent for treatment of parkinson's disease
IL94466A (en) 1989-05-25 1995-01-24 Erba Carlo Spa Pharmaceutical preparations containing the history of A-amino carboxamide N-phenylalkyl are converted into such new compounds and their preparation
US5221536A (en) * 1990-05-07 1993-06-22 Alza Corporation Dosage form indicated for the management of abnormal posture, tremor and involuntary movement
EP0520325A1 (de) * 1991-06-28 1992-12-30 F.Hoffmann-La Roche & Co. Aktiengesellschaft Verwendung von Monoaminoxidase-B-Hemmern zur Verhütung und Behandlung von Entzugserscheinungen nach Alkohol- und Drogenmissbrauch
GB9306886D0 (en) 1993-04-01 1993-05-26 Erba Carlo Spa Substituted (arylakoxybenzyl) aminopropanamide derivatives and process for their preparation
IL111240A (en) * 1993-10-18 2001-10-31 Teva Pharma Salts of r(+) - enantiomers of n- propargyl-1-aminoindan and pharmaceutical compositions comprising them
RU2176145C2 (ru) * 1995-05-26 2001-11-27 Пфайзер Инк. Синергическое лечение паркинсонизма
WO1997000511A1 (de) 1995-06-17 1997-01-03 Baumann Guenter Scheibenkörper
GB9515412D0 (en) 1995-07-27 1995-09-27 Pharmacia Spa 2-(4-substituted)-benzylamino-2-methyl-propanamide derivatives
GB9515411D0 (en) 1995-07-27 1995-09-27 Pharmacia Spa N-(4-substituted-benzyl)-2-aminolactam derivatives
GB9727523D0 (en) * 1997-12-31 1998-02-25 Pharmacia & Upjohn Spa Alpha-aminoamide derivatives useful as analgesic agents
GB9727521D0 (en) 1997-12-31 1998-02-25 Pharmacia & Upjohn Spa Substituted 2-benzylamino-2-phenyl-acetamide compounds
NZ506262A (en) 1998-01-12 2003-10-31 Deborah Wenzel Composition as an additive to create clear stable solutions and microemulsions with a combustible liquid fuel to improve combustion
FI109453B (fi) * 1999-06-30 2002-08-15 Orion Yhtymae Oyj Farmaseuttinen koostumus
WO2001034172A2 (en) * 1999-11-05 2001-05-17 Vela Pharmaceuticals Inc. Methods and compositions for treating reward deficiency syndrome
AU2080201A (en) * 1999-12-10 2001-06-18 University Of Cincinnati, The Treatment of addiction disorders
US20020019421A1 (en) * 2000-07-05 2002-02-14 Roni Biberman Compositions and therapy for substance addiction
CA2450315A1 (en) * 2001-06-13 2002-12-19 The Regents Of The University Of Michigan Dopamine receptor ligands and therapeutic methods based thereon
DK1511718T3 (da) * 2002-05-29 2009-06-22 Hoffmann La Roche N-acylaminobenzenderivater som selektive monoaminoxidase B-inhibitorer
PL203763B1 (pl) 2002-06-24 2009-11-30 Rockwool Int Sposób i urządzenie do wytwarzania wełny mineralnej
US6900354B2 (en) * 2002-07-15 2005-05-31 Hoffman-La Roche Inc. 3-phenyl-propionamido, 3-phenyl-acrylamido and 3-phenyl-propynamido derivatives
AR044007A1 (es) 2003-04-11 2005-08-24 Newron Pharmaceuticals Inc Metodos para el tratamiento de la enfermedad de parkinson
JP2005060370A (ja) * 2003-07-25 2005-03-10 Kyowa Hakko Kogyo Co Ltd 医薬組成物
EP1524267A1 (en) * 2003-10-15 2005-04-20 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Substituted benzylaminoalkylene heterocycles
EP1588704A1 (en) 2004-04-22 2005-10-26 Newron Pharmaceuticals S.p.A. Alpha-aminoamide derivatives useful in the treatment of restless legs syndrome and addictive disorders

Also Published As

Publication number Publication date
KR20070042914A (ko) 2007-04-24
PL1737438T3 (pl) 2009-01-30
BRPI0509976A (pt) 2007-10-16
PL1900362T3 (pl) 2011-06-30
BR122020004541B1 (pt) 2021-11-09
ES2357559T3 (es) 2011-04-27
DK1900362T3 (da) 2011-05-09
IL178732A (en) 2013-01-31
DK1737438T3 (da) 2008-12-08
MXPA06012163A (es) 2007-01-17
ES2313330T3 (es) 2009-03-01
CA2563674C (en) 2012-12-18
WO2005102300A1 (en) 2005-11-03
AU2005235428B2 (en) 2010-03-18
US20130217747A1 (en) 2013-08-22
SI1900362T1 (sl) 2011-03-31
AU2005235428A1 (en) 2005-11-03
HRP20110230T1 (hr) 2011-04-30
HRP20080593T3 (en) 2008-12-31
EP1737438B1 (en) 2008-08-20
NO20064732L (no) 2006-11-22
EP1737438A1 (en) 2007-01-03
CN1942179B (zh) 2010-08-11
NO337900B1 (no) 2016-07-04
NO338870B1 (no) 2016-10-31
JP5020069B2 (ja) 2012-09-05
RU2403030C2 (ru) 2010-11-10
DE602005009162D1 (de) 2008-10-02
BRPI0509976B1 (pt) 2020-10-06
EP1588704A1 (en) 2005-10-26
US20070203182A1 (en) 2007-08-30
RS51791B (en) 2011-12-31
US8445513B2 (en) 2013-05-21
HK1099216A1 (en) 2007-08-10
RS50667B (sr) 2010-06-30
CA2563674A1 (en) 2005-11-03
KR101238377B1 (ko) 2013-03-04
BRPI0509976B8 (pt) 2021-05-25
ME02324B (me) 2016-06-20
KR101195819B1 (ko) 2012-11-05
US8697738B2 (en) 2014-04-15
KR20120028399A (ko) 2012-03-22
ATE494890T1 (de) 2011-01-15
EP1900362A3 (en) 2009-04-01
DE602005025941D1 (de) 2011-02-24
SI1737438T1 (sl) 2008-12-31
ME01219B (me) 2013-06-20
PT1737438E (pt) 2008-12-22
JP2007533691A (ja) 2007-11-22
IL178732A0 (en) 2007-05-15
CY1108494T1 (el) 2014-04-09
EP1900362B1 (en) 2011-01-12
ATE405256T1 (de) 2008-09-15
RU2006137079A (ru) 2008-04-27
CN1942179A (zh) 2007-04-04
NO20150971L (no) 2006-11-22
CY1111656T1 (el) 2015-10-07
NZ550664A (en) 2010-08-27
EP1900362A2 (en) 2008-03-19

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT1900362E (pt) Derivados de alfa-aminoamida úteis no tratamento de perturbações aditivas
Bruijnzeel et al. Characterization of the effects of bupropion on the reinforcing properties of nicotine and food in rats
Maisonneuve et al. Anti-addictive actions of an iboga alkaloid congener: a novel mechanism for a novel treatment
US6906099B2 (en) Treatment of addiction and addiction-related behavior using a composition of topiramate
Stoker et al. Affective and somatic aspects of spontaneous and precipitated nicotine withdrawal in C57BL/6J and BALB/cByJ mice
Bechtholt et al. Enhancement of cocaine-seeking behavior by repeated nicotine exposure in rats
Nemeth et al. Kynurenine administered together with probenecid markedly inhibits pentylenetetrazol-induced seizures. An electrophysiological and behavioural study
US6890951B2 (en) Treatment of addiction and addiction-related behavior
Hall et al. Nitric oxide synthase inhibitors attenuate acute and chronic morphine withdrawal response in the rat locus coeruleus: an in vivo voltammetric study
Mello et al. Effects of indatraline and buprenorphine on self-administration of speedball combinations of cocaine and heroin by rhesus monkeys
Grubb et al. Cocaine self-administration alters the locomotor response to microinjection of bicuculline into the ventral tegmental area of rats
Allen Continuous exposure to dizocilpine facilitates escalation of cocaine consumption in male Sprague–Dawley rats
EP1545546A1 (en) Treatment of basal ganglia-related movement disorders with 2,3-benzodiazepines
Sorge The effects of chronic administration of Buprenorphine on intake of heroin and cocaine in rats: behavioral and neurochemical interactions
Newman Evaluation of NMDA receptor antagonists on primary and secondary reinforcing effects of cocaine using a novel primate procedure
TW201103546A (en) New use of 5H-dibenz/b,f/azepine-5-carboxamide derivatives