PT1714029T

PT1714029T - Instalação offshore de energia eólica com comporta de entrada

Info

Publication number: PT1714029T
Application number: PT57016206T
Authority: PT
Inventors: Wobben Aloys
Original assignee: Wobben Properties Gmbh
Priority date: 2004-02-02
Filing date: 2005-01-31
Publication date: 2016-08-22
Also published as: CA2553702A1; DE102004005179B4; WO2005073551A1; JP4342556B2; EP1714029B1; DE102004005179A1; CN1914419A; AU2005208061B2; ES2586391T3; NO340399B1; NO20063908L; EP1714029A1; CN100398815C; BRPI0507328A; KR100808832B1; CA2553702C; JP2007519858A; AU2005208061A1; US20070214723A1; PL1714029T3

Description

DESCRIÇÃO "INSTALAÇÃO OFFSHORE DE ENERGIA EÓLICA COM COMPORTA DE ENTRADA" A presente invenção refere-se a uma instalação de energia eólica, em particular uma instalação de energia eólica para utilização offshore.

As instalações de energia eólica dispõem, em geral, de uma entrada e é também conhecido que no interior da instalação de energia eólica são alojados componentes elétricos ou eletrónicos. Isto pode suceder num chamado compartimento "E" ou mesmo em vários desses espaços e os componentes elétricos ou eletrónicos são tipicamente inversores, dispositivos de comando, transformadores, dispositivos de medição, etc., portanto, dispositivos que já hoje são alojados no interior da instalação de energia eólica, por um lado para conduzir a corrente elétrica e, por outro lado, monitorizar, comandar, regular, etc. a instalação.

Então, quando uma tal instalação de energia eólica é verificada como projeto offshore, pelo menos quando a instalação de energia eólica se encontra em água salgada, é de esperar que, com a abertura da entrada da instalação de energia eólica, possa chegar água salgada e/ou ar com salinidade ao interior da instalação. Mesmo quando a entrada se encontra relativamente elevada acima do nível do mar, pode sempre chegar ao interior da instalação ar ainda muito húmido e, por conseguinte, com muita salinidade.

Por isso já se passou a retirar a entrada completamente da torre e a colocar a entrada na barquinha da instalação de energia eólica, sendo que estão realizados dispositivos para, por meio de um helicóptero, aterrar na barquinha ou pelo menos descer ali o pessoal operacional. 0 documento DE 19859628 Cl mostra uma instalação offshore de energia eólica, na qual os componentes ocos da instalação de energia eólica estão providos de uma pressão de ar acrescida. A partir do documento EP 1134410 AI é conhecida uma instalação offshore de energia eólica, a qual está provida de uma plataforma para helicópteros à altura da barquinha e na qual são também alojados os componentes elétricos e eletrónicos relevantes, à altura da barquinha, num contentor expressamente previsto para isso.

Está subjacente à invenção o objetivo de superar as dificuldades existentes até agora e evitar as desvantagens, em particular permitir uma aterragem constante de pessoas, mesmo com mau tempo, quando não é mais possível o voo de helicópteros. A invenção soluciona o objetivo com uma instalação de energia eólica com a característica de acordo com a reivindicação 1. Alguns aperfeiçoamentos vantajosos são descritos nas reivindicações dependentes.

De acordo com a invenção está previsto que, vista do exterior da instalação, esteja realizada uma comporta atrás da entrada. Esta comporta impede a infiltração de humidade, ar com salinidade, etc. para o interior da instalação e dispõe também, em caso de necessidade, de uma drenagem correspondente para fora, caso venha a chegar água ao interior da comporta. A comporta é, de um modo preferido, de material sintético, por exemplo, material sintético reforçado com fibra de vidro, portanto, um material que é utilizado, de qualquer modo, para o fabrico de instalações de energia eólica (por exemplo, das pás de rotor). Ao mesmo tempo, a comporta pode servir também como vestiário, uma vez que o pessoal operacional de qualquer modo deve (tem de) usar vestuário especial de neoprene, quando aterra na instalação vindo de fora e pretende subir a esta. A comporta apresenta agora pelo menos duas aberturas, a saber, uma abertura na direção da entrada da instalação e uma outra abertura na direção do interior da instalação, portanto, dos espaços (compartimento "E") com os componentes eletrónicos. Quando a comporta é aberta na direção do compartimento "E", então é impelido ar do interior da instalação para a comporta, o pessoal tem, portanto, de ir para o compartimento "E" praticamente contra a corrente de ar. 0 ar do interior da instalação, de um modo preferido, é aspirado na barquinha a partir do exterior e comprimido para o interior da torre.

Logo predomina, portanto, no interior da instalação uma pressão de ar ligeiramente mais elevada que no interior da comporta quando esta é aberta, de modo que qualquer infiltração de água ou de ar húmido que se encontra na comporta é seguramente evitada no interior da instalação.

Quando a comporta é fabricada de um material não oxidável, por exemplo material sintético, então pode também ser impedido seguramente que a totalidade da instalação da comporta seja levada à deterioração através de água salgada infiltrada ou ar infiltrado com salinidade. A comporta ou pelo menos partes da mesma podem também ser realizados em alumínio e/ou Nirosta (aço não oxidável).

Num outro complemento à descrição anterior, a comporta apresenta também um chuveiro próprio ou instalações sanitárias, bem como instalações de repouso, equipamento de primeiros socorros, etc. Quando alguma vez acontecer infiltrarem-se mesmo maiores quantidades de água salgada ou ar com salinidade na comporta, esta pode ser o mais possível libertada dos elementos salinos, por exemplo, por meio do chuveiro. A invenção é explicada em seguida em pormenor, com base num exemplo de realização representado nos desenhos. Mostram:

Fig. 1 uma vista do exterior sobre a entrada de uma torre de uma instalação de energia eólica de acordo com o primeiro exemplo de realização;

Fig. 2 um corte através da fig. 1, de acordo com o plano A-A;

Fig. 3 um corte longitudinal, de acordo com o plano B-B na fig. 2;

Fig. 4 um corte transversal ampliado, através da totalidade da parte inferior da torre da instalação de energia eólica;

Fig. 5 um corte transversal maior, de acordo com o plano C-C na fig. 4; e

Fig.6 um corte longitudinal parcial, de acordo com o plano B-B na fig. 2, de acordo com um segundo exemplo de realização.

As figuras 1 a 5 mostram pormenores de uma instalação de energia eólica de acordo com a invenção, com um módulo de potência. Neste caso está descrito, em particular, como entre uma entrada exterior para a torre 10 da instalação de energia eólica e o interior 101c da instalação, portanto, ali onde se encontram os componentes eletrónicos e elétricos importantes do módulo de potência, está realizada uma comporta, a qual impede que, no caso de a totalidade da instalação de energia eólica ser utilizada como instalação offshore de energia eólica, possa chegar ar com salinidade ou água salgada ao interior da instalação e, assim, poder danificar ou destruir componentes elétricos ou eletrónicos. A fig. 1 mostra uma vista de cima do exterior sobre a porta 100 de entrada da instalação de energia eólica. A porta 100 de entrada apresenta uma vigia 110. Esta vigia 110 permite, por exemplo, reconhecer as condições atmosféricas através da comporta fechada. Baseando-se nisso, pode então ser tomada a decisão, de se é possível ou não deixar a instalação de energia eólica. Na zona inferior da comporta está prevista uma abertura 105, através da qual a água no interior da comporta pode escoar diretamente novamente para fora. A fig. 2 mostra uma vez mais um corte ampliado de acordo com o plano A-A da fig. 1 e igualmente um corte no espaço de entrada na comporta da fig. 5. Aqui pode-se ver igualmente a plataforma 101, bem como a porta 100, a qual conduz ao exterior. Além disso está prevista uma outra porta 106, através da qual se pode chegar ao interior da instalação de energia eólica. A fig. 3 mostra um corte longitudinal de acordo com o plano B-B da fig. 1. Assim, a fig. 3 mostra igualmente uma outra vista de pormenor da fig. 4. Ali pode-se reconhecer bem que o chão do espaço 101a de entrada na comporta está fixado ao próprio interior da torre e este chão é, de um modo preferido, permeável à humidade, de modo que, se ao abrir a porta 100 de entrada chega água salpicada ou semelhantes ao espaço 101a de entrada na comporta, pode escoar através do chão. Por baixo do chão, o qual, de um modo preferido, está realizado também como grade, está realizada uma placa 101b impermeável à água, inclinada para fora, na direção da parede da torre. Quando, portanto, pinga água salpicada ou mesmo humidade do vestuário do pessoal operacional neste espaço através da grade, então esta água pode escoar diretamente através da placa 101b novamente para fora, através de uma abertura 105.

Como se reconhece também na fig. 5, mas também nas fig. 3 e 2, o espaço 101a de entrada na comporta pode ser fechado através de uma outra porta 106. Esta porta, a qual, de um modo preferido, também é estanque à humidade e à água, separa o espaço 101a de entrada na comporta do espaço central da comporta com as instalações sanitárias já descritas. A fig. 4 mostra num corte longitudinal parcial da torre 10 inferior diversos planos, nos quais se divide, em certas circunstâncias, o módulo de potência e na figura 4, em cima à direita, a entrada 100 exterior para o interior da torre. Esta entrada é, em regra, um portão 100 ou uma porta, que respetivamente se pode fechar. Como se pode reconhecer já na fig. 4, parte desta porta 100 para dentro, no essencial perpendicularmente à parede 10 da torre, uma plataforma 101, a qual, de um modo preferido, está diretamente ligada à torre 10, de modo que esta plataforma pode ser já percorrida quando a torre 10 é levantada. A fig. 5 mostra a forma de realização representada na fig. 4 com vista a partir de cima, sendo que está visível o módulo 7 tubular, como também o portão 100 e a plataforma 101. Lateralmente à plataforma existem outras plataformas 102, de um modo preferido grades, que também estão montadas fixas na parede 10 da torre e que tornam possível que uma pessoa, já numa fase muito inicial após a construção da instalação de energia eólica, através do portão 100 e pelas plataformas 101, 102 descritas anteriormente possa aceder à escada 103 prevista na torre.

Como se vê também na vista de cima, mas como também na fig. 4, associa-se diretamente à plataforma 101 na direção do interior da torre um espaço, o qual, eventualmente junto com o espaço que se situa por cima da plataforma 101, forma uma comporta 101a fechada. A superfície deste espaço 101a da comporta está representada a tracejado na fig. 5.

Neste espaço entra o pessoal operacional vindo de fora e pode neste espaço possivelmente mudar de roupa e permanecer, pelo menos por pouco tempo. Também estão montadas instalações sanitárias neste espaço. Neste espaço da comporta existe uma outra porta 104, 106, que permite chegar ao interior da torre, portanto, às instalações do módulo de potência.

Esta porta 104, 106 é, de um modo preferido, estanque à humidade, de modo que, quando em certas circunstâncias chega humidade ao espaço da comporta, não pode chegar ao interior da instalação através da porta 104, 106. Além disso, esta porta pode também ser realizada estanque ao fumo, para isolar a comporta de modo estanque ao fumo ou estanque aos gases, em relação ao interior da instalação. Em caso de desenvolvimento de fumos na torre, a comporta pode assim servir como espaço de fuga, que oferece proteção contra gases tóxicos.

No interior da instalação de energia eólica estão previstos meios para controlar a pressão do ar dentro da instalação de energia eólica. Neste caso a pressão do ar, de um modo preferido, é controlada de maneira a ser mais elevada no interior da instalação de energia eólica que no interior 101a da comporta, de modo que, ao abrir a comporta, é evitada uma infiltração de água ou ar húmido para o interior da instalação. Para isso, o ar no interior da instalação de energia eólica, de um modo preferido na barquinha, é aspirado a partir de fora e comprimido para o interior da torre. A fig. 6 mostra um corte longitudinal parcial, de acordo com o plano B-B na fig. 2, de acordo com um segundo exemplo de realização. Neste caso, o segundo exemplo de realização baseia-se, no essencial, no primeiro exemplo de realização de acordo com as figuras 1-5. Na fig. 6 é assim mostrada uma torre 10 de uma instalação de energia eólica com uma entrada 100, a qual conduz a um espaço 101a da comporta. O espaço 101a da comporta apresenta neste caso um chão 101b, uma parede lOld, bem como um teto lOle. Estas paredes representam, neste caso, as paredes interiores da comporta 101a. Além disso, é mostrada uma parede lOlg exterior, a qual está situada a uma distância definida previamente em relação à parede interior. No espaço intermédio entre a parede 101b, lOld, lOle interior e a parede lOlg exterior está colocado um material lOlf isolante. A parede lOlg exterior está fabricada, de um modo preferido, de aço e a parede interior da comporta está fabricada, de um modo preferido, de um material sintético GFK reforçado com fibra de vidro. 0 material lOlf isolante está realizado, de um modo preferido, como material isolante, o qual é conhecido, por exemplo, a partir da construção de casas. Assim, o material lOlf isolante pode ser realizado por exemplo, de lã mineral, lã de vidro ou semelhantes. Em alternativa a isso podem também ser utilizados outros materiais isolantes, os quais são maus condutores do calor e, ao mesmo tempo, resistentes ao aquecimento ou ao calor.

Através da configuração com invólucros múltiplos da parede da comporta no interior da instalação de energia eólica, a zona da comporta pode servir como um espaço de fuga, no caso de um incêndio na instalação de energia eólica. Assim, o espaço 101a da comporta está configurado, por um lado, estanque aos fumos e, por outro lado, resistente ao fogo. Através da escolha de aço como parede lOlg exterior da zona da comporta, é previsto assim um material que não é combustível. Uma vez que o aço, no entanto, representa um bom condutor térmico, adicionalmente à parede lOlg exterior está previsto um material lOlf isolante ou isolador, bem como uma parede 101b, lOld e lOle interior da comporta 101a, sendo a parede interior fabricada não de aço, mas antes de um outro material, o qual, de um modo preferido, é insensível em relação ao ar do mar com salinidade.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Instalação de energia eólica com uma torre (10) e uma entrada (100) na torre e um espaço (101) interior no interior da torre da instalação de energia eólica, no qual estão alojados componentes elétricos ou eletrónicos da instalação de energia eólica, caracterizada por entre a entrada (100) da instalação de energia eólica e o espaço (101c) interior, no qual estão alojados os componentes eletrónicos, estar realizada uma comporta (101a, 104, 108), a qual impede que a água que se infiltra através da entrada (100) e/ou o ar com salinidade ou húmido que se infiltra aquando da abertura da entrada (100) chegue ao espaço (101c) interior da instalação, sendo que a comporta (101a) apresenta um escoamento (105), através do qual pode escoar a água que se infiltra na comporta.
2. Instalação de energia eólica de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a comporta (101a, 101b, 104, 106) estar realizada num material não oxidável, por exemplo, um material sintético, de um modo particularmente preferido material sintético reforçado com fibra de vidro.
3. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a comporta (101a) servir também como vestiário.
4. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por o ar do interior da instalação de energia eólica aquando da abertura da comporta para o interior (101a) ser comprimido na comporta.
5. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a pressão do ar no interior da instalação ser maior do que na comporta.
6. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, sendo que a instalação de energia eólica apresenta uma torre (10), com a qual a comporta (101a) está ligada diretamente.
7. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, sendo que a comporta (101a) apresenta uma segunda porta (104, 106), a qual conduz ao espaço (101c) interior, sendo que a segunda porta (104, 106) está configurada estanque ao fumo.
8. Instalação de energia eólica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, sendo que a comporta (101a) apresenta uma parede (101b, lOld, lOle) interior e uma parede (lOlg) exterior, sendo que entre a parede (101b, lOld, lOle) interior e a parede (lOlg) exterior está colocado material (lOlf) isolante.
9. Instalação de energia eólica de acordo com a reivindicação 8, sendo que o material (lOlf) isolante apresenta um material resistente ao calor e mau condutor do calor.