PT1538445E - Sistema de imunocromatografia e processo para a identificação dos anticorpos aag e tgt e o seu uso para diagnóstico da doença celíaca - Google Patents

Sistema de imunocromatografia e processo para a identificação dos anticorpos aag e tgt e o seu uso para diagnóstico da doença celíaca Download PDF

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PT1538445E
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Susana Gamen Sierra
Vicente Manuel Corbaton Pamplona
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Description

4699
DESCRIÇÃO
SISTEMA. DE IMUNOCROMATOGRAFIA E PROCESSO PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS ANTICORPOS AAG E TGt E O SEU USO PARA DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CELÍACA A presente invenção está incorporada no âmbito da biotecnologia e, especificamente, no diagnóstico das doenças humanas. O objecto desta invenção é uma identificação fácil e rápida de anticorpos associados à doença celiaca (DC), em amostras de soro, plasma ou sangue humano.
ESTADO ACTUAL DA TÉCNICA
A doença celiaca (CD) é uma enteropatia caracterizada por uma intolerância às proteínas do trigo, do centeio, da cevada e da aveia (glúten), nos indivíduos geneticamente predispostos. A lesão intestinal é mediada por via imunológica, em que a gliadina funciona como um factor de desencadeamento de uma série de cascatas causadoras de uma activação do sistema imunitário, levando à activação do sistema imune e a um fenómeno de achatamento da mucosa intestinal, assim como a hiperplasia da cripta (Marsh. Aspectos Correlativos da Patologia da Mucosa no Espectro da Sensibilidade ao Glúten. Em C.F.A. C. 0'Farrelly de, Imunologia Gastrointestinal e Doença da Sensibilidade ao Glúten. Dublin: Oak Tree Press, 1994: (145-157). A prevalência de DC, incluindo na sua forma sintomática, tal como na forma silenciosa ou atípica da doença, foi recentemente estimada como sendo de 1/160, quando a análise é realizada na população em geral. A mortalidade associada ao maior risco de neoplasia, assim como a sua morbilidade - incluindo abortos espontâneos, osteopénia, osteoporose, doenças autoimunes, etc. - associada à DC não 1 4699 tratada, requer um diagnóstico prematuro, cujos benefícios foram demonstrados após a aplicação de uma dieta isenta de glúten. Para confirmar a enteropatia, é necessária a realização de uma biópsia do intestino delgado, com um estudo histopatológico, assim como diferentes testes serológicos para detecção de antígenos celulares ou alimentares, que tem ganho a aceitação, nos últimos anos, dos candidatos à realização da referida biópsia do intestino.
Desde que a transglutaminase do tecido (TGt) foi recentemente identificada como o maior auto-antígeno presente nas estruturas do endomísio (Dietrich w., Ehnis T., Bauer M. et al., Identificação da Transglutaminase do Tecido como o Auto-antígeno da Doença Celíaca. Nat. Med. 197; 3: 797-801; WO 98/03872 Processo Imunológico para a Detecção de Anticorpos Direccionados para a Transglutaminase do Tecido (TGt), Uso da TGt para Efeitos de Diagnóstico e Controlo Terapêutico, e Fármaco Oral Contendo TGt, Schuppan D., Dietrich W.), que a técnica TGt ELISA é a mais aceite universalmente para o teste de diagnóstico da doença celíaca (DC). Outros autores propõem um ensaio imunológico no qual os anticorpos dos doentes com DC deverão reagir melhor com um antígeno formado pela TGt e um substracto da mesma (WO 01/29090, IMMCO DIAGNOSTICS, Estudo Imunológico para Detecção de Anticorpos na Doença Celíaca).
Por outro lado, foi realizado um ensaio imunocromatográfico, numa só fase, para a detecção de anticorpos do tipo IgA e IgG para TGt no plasma humano ou no soro (Sorell L., Garrote JA, Acevedo B. et al., Ensaio imunocromatográfico, numa só fase, para Detecção da Doença Celíaca. Lancet 2002; 359: 945-946). Segundo estes autores, o ensaio imunocromatográfico anti-TGt revelou uma sensibilidade e especificidade de 100% no diagnóstico da 2 4699 DC, ou seja, dados similares aos obtidos na biópsia do intestino, que constitui o teste "Standard" de ouro para o diagnóstico da DC. No entanto, deve ser sublinhado que o referido trabalho foi realizado com um pequeno grupo de doentes com DC (n=50) e que os respectivos resultados devem ser considerados como extremamente promissores. Os mesmos autores têm um registo de um doente relacionado com o uso teórico de TGt na realização de um ensaio imunocromatográfico para o diagnóstico da DC, embora não tenham indicado qualquer aplicação prática do referido ensaio, ou quaisquer resultados específicos com amostras colhidas de doentes com DC (EP 1. 164.375, Ensaio para Anticorpos Antitransglutaminase, Sorell LT, Aroya H., Acevedo BE, Cerro H) .
Os anticorpos anti-gliadina (AAG) são também indicadores de DC, embora a especificidade dos ensaios ELISA anti-AAG realizados seja inferior à de outros ensaios e tenham de ser realizados ensaios separados para a identificação dos anticorpos AAG e IgG. Recentemente, realizou-se também um ensaio diagnóstico visual de AAG (Garrote Ja, Sorell L., Alfonso P. et al., 1999, Imunoensaio Visual Simples para Detecção da Doença Celiaca, Eur. J. Clin. Invest. 29; 697-699) e um imunoensaio de fase sólida para anticorpos específicos para AAG (ES 2141679). Uma outra patente relacionada com o diagnóstico da DC através da identificação de anticorpos anti-gliadina, está patente em WO 00/25793 (Diagnóstico da Doença Celíaca Utilizando um Epítopo de Gliadina. Anderson R., Hill A., Jewell D.), embora o manuseamento dos linfócitos T in vítro seja um método trabalhoso.
Bazzigaluppi et al. (Bazzigaluppi E. et al. - Journal of Autoimmunity, Vol. 12, No. 1. Fev. 1999. pág. 51-56) revelam um ensaio de vinculação rádio para IgG e IgA específico para TGt. IgA e IgG para AAG são medidos, por 3 4699 razões concorrenciais, através de métodos imunoenzimáticos: o método ELISA para a medição de IgA para AAG e de IgA para TGt, foi igualmente descrito (Palacios E. et al.), An. Esp. Pediatr. Vol. 53, N.° 6, Julho de 2000, pag. 542-546).
Em face do acima exposto, e apesar de a sensibilidade e especificidade dos marcadores serológicos, como os anticorpos anti-gliadina (AAG), os anticorpos anti-endomísio (AEM) e os anticorpos de transglutaminase anti-tecido (TGt) poder ser elevada, a realização das técnicas referidas, como ELISA e imunofluorescência, necessitam de laboratórios bem equipados e de pessoal especializado, que poderá não estar disponível em todo o mundo, assim como a repetição das técnicas para uma única análise biológica para identificação das diferentes IgA, igG ou igM.
Assim, o interesse daqui resultante permite desenvolver um novo método de ensaio, mais económico e mais fácil de realizar, para utilizar no diagnóstico da DC, em especial em populações de risco.
Até agora apenas alguns destes ensaios foram desenvolvidos, baseando-se a maioria deles na resposta serológica à gliadina e, finalmente, à TGt, que se concluiu ser o anticorpo mais frequente associado à DC. O processo revelado neste doente é o primeiro processo visual que utiliza o recombinante humano TGt, e o primeiro processo visual que permite detectar anticorpos do tipo IgA para TGt e AAG num único ensaio, ou seja, com uma única tira imunocromatográfica. 4 4699 DESCRIÇÃO Breve descrição
Um objecto da presente invenção é constituído por um sistema de dupla imunocromatografia, que permite a implementação do processo anteriormente revelado e que inclui simultaneamente os elementos necessários para determinar e visualizar as reacções imunocromatográficas (IC) entre os anticorpos IgA (tira dupla AAG/TGt) e os anticorpos IgG ou IgM (anti-TGt IgA/IgG/IgM) que são característicos dos doentes celíacos com pelo menos dois antígenos indutivos da resposta DC imune.
Um outro objecto da presente invenção é um processo para a identificação dos anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca, através de um sistema de imunocromatografia, juntamente e em simultâneo com a avaliação da sua presença numa amostra biológica de anticorpos - IgA, IgG ou IgM, separadamente em cada sistema - específico dos auto-antígenos característicos da DC, AAG e C TGt.
Finalmente, um objecto da presente invenção é constituído pela utilização do sistema e do processo imunocromatográfico da presente invenção, para a identificação dos anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca.
Descrição Detalhada A presente invenção baseia-se no facto de os inventores terem observado que a identificação conjunta e simultânea de anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca ser possível através de um sistema de imunocromatografia (tiras imunocromatográficas), com maior 5 4699 sensibilidade e melhores valores de especificidade do que os realizados separadamente, e semelhante aos obtidos através de outras técnicas imunológicas, por exemplo, ELISA. Assim, tem sido possível determinar a presença de anticorpos para os diferentes auto-antígenos da DC, especif icamente AAG e TGt, numa única tira imunocromatográfica e com as mesmas condições de reacção; e para os casos em que os doentes de DC revelam ausência de igA, foi desenvolvida uma outra tira imunocromatográfica, baseada no mesmo auto-antígeno TGt da tira anterior.
Um objecto da presente invenção é constituído por um sistema de imunocromatografia duplo, que permite a implementação do processo descrito anteriormente e que inclui simultaneamente os elementos necessários para a determinação e visualização das reacções imunocromatográficas (IC) entre anticorpos que são característicos dos doentes celíacos com pelo menos dois antígenos indutores da resposta CD imune. Especificamente, o referido sistema de imunocromatografia para diagnóstico da doença celíaca no homem é constituído pelos seguintes elementos: I) uma tira imunocromatográfica que permite a identificação de anticorpos - do tipo IgA - específicos para os antígenos que são característicos da DC, AAG e TGt, numa amostra biológica humana, que inclui: a) um sistema para visualização da reacção, por exemplo, partículas coloidais ou microsferas coloridas, revestidas com um anticorpo monoclonal anti-IgA, b) antígenos AAG e TGt imobilizados na mesma tira, e 6 4699 c) um sistema de controlo para as condições da reacção imunocromatográfica, e II) uma tira imunocromatográfica que permita a identificação dos anticorpos IgA/lgM/lgG para o auto-antigeno, TGt, numa amostra biológica humana, que inclui: a) um sistema para visualização da reacção, por exemplo, partículas coloidais ou microsferas coloridas, revestidas com um antígeno TGt, b) um antígeno TGt imobilizado na mesma tira, e c) um sistema de controlo para as condições da reacção imunocromatográfica.
Conforme utilizado nesta invenção, o termo "amostra biológica" refere-se a uma amostra biológica do tipo soro, plasma, saliva ou sangue, de um doente que se suspeita sofrer de DC.
Tal como utilizado nesta invenção, o termo "AAG" refere-se a um extracto de proteína, obtido de um cereal, ou de uma mistura de cereais pertencentes ao seguinte grupo - trigo, centeio, cevada ou aveia - e que induz anticorpos nos doentes com DC.
Tal como utilizado nesta invenção, o termo "TGt" refere-se à proteína transglutaminase, de origem animal ou humana, sintética ou recombinante, e também a fragmentos da referida TGt, que induz uma resposta imunológica nos doentes com DC, e que é semelhante à obtida com uma TGt completa.
Um objecto especial da presente invenção é um sistema 7 4699 imunocromatográfico no qual o antígeno AAG foi obtido a partir de uma variedade de cereais ou de uma mistura de cereais, como por exemplo, o trigo da variedade Triana, e o antigeno TGt, que é um TGt recombinante humano (ver Exemplo 1).
Assim, a presente invenção incorpora-se particularmente numa tira imunocromatográfica de duplo fluxo lateral, como um suporte inerte, que determina e permite visualizar as reacções de IC entre IgA e AAG e entre IgA e TGt, numa única tira, conforme indicado no Exemplo la), e que inclui um sistema de visualização da reacção (por exemplo, partículas coloidais ou microsferas coloridas revestidas com um anticorpo monoclonal IgA anti-humano), a imobilização dos antigenos da DC, AAG e TGt (neste caso TGt, um suporte inerte que permite o fluxo dos referidos elementos, que são reconstituídos quando se acrescenta soro ou plasma e um sistema de controlo para as condições de reacção imunocromatográficas. Por outro lado, qualquer outra tira IC dupla, que possa ser desenvolvida a partir do actual estado da evolução, no âmbito das técnicas de imunocromatografia, e bem conhecido das pessoas especializadas na técnica, faz parte da invenção.
Uma outra parte específica da presente invenção é constituída por uma tira imunocromatográfica (anti-TGt IgA/IgG/IgM, ver exemplo 1 b)), que permite a determinação de anticorpos IgA, ou IgG, ou IgM, de doentes com DC, contra o auto-antígeno TGt utilizado na tira dupla AAG/TGt previamente mencionada.
Um outro objecto da presente invenção é um processo para a identificação dos anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca, através de um sistema de imunocromatografia que avalia, de forma combinada e simultânea, a presença de anticorpos - IgA, assim como IgM 8 4699 ou IgG, separadamente, em cada tira imunocromatográfica -e que são específicos dos antígenos característicos da DC, AAG e TGt, numa amostra biológica, através de duas tiras imunocromatográficas diferentes (tira AAG/TGt dupla e tira anti-TGt, igA/lgC/IgM).
Um objecto específico da presente invenção é constituído por um processo previamente descrito, em que, em vez de realizar simultaneamente a avaliação dos anticorpos DC-específicos, através das duas tiras imunocromatográficas, a análise dos anticorpos é primeiramente feita por meio da tira imunocromatográfica dupla AAG/TGt (Exemplo la)) e, no caso de um resultado negativo, é feita uma segunda avaliação da presença de anticorpos do tipo IgA, IgG e igM para TGt, através de um sistema de imunocromatográfia simples (Exemplo 1 b)).
Um outro objecto específico da presente invenção é constituído por um processo de acordo com o doente em causa, em que a reacção imunocromatográfica realizada ocorre separadamente entre os auto-antígenos da DC, dispostos na tira imunocromatográfica, EEG e TGt, e os anticorpos IgG ou igM da amostra biológica. Neste caso, as partículas coloidais, ou as microsferas coloridas da tira dupla, seriam revestidas de um anticorpo monoclonal, capaz de reconhecer, respectivamente, a IgG ou igM humanas, para cada uma das tiras.
Finalmente, um objecto da presente invenção «é constituído pela utilização do sistema de imunocromatografia, composto pelas tiras imunocromatográficas e pelo processo da presente invenção, para identificação dos anticorpos (IgA, igM ou IgG) presentes nos doentes com doença celíaca. 9 4699
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
Figura 1 - Resultados das tiras imunocromatográficas simples e dupla no diagnóstico da DC.
Esta figura mostra uma representação das bandas após os ensaios imunocromatográficos com a fita dupla (AAG/TGt) e a fita simples (IgA/IgG/lgM) . 1+, tira TGt positiva através de uma tira simples; 2+, tira TGt negativa, através de uma tira simples; 3+ e 3-, comparação entre tira simples e dupla, num doente com deficiência em IgA; 4-, tira TGt/AAG negativa numa tira dupla; 5+, tira AAG positiva numa tira dupla; 6 + , tira TGt positiva numa tira dupla; 7+, tira AAG/TGt positiva numa tira dupla.
EXEMPLOS DE FORMAS DE REALIZAÇÃO
Exemplo 1 - Elaboração das tiras imunocromatográficas 0 processo desenvolvido na presente invenção baseia-se em tiras imunocromatográficas de fluxo lateral, produzidas pela empresa Operón, S.A. (Saragoça, Espanha). Os dois modelos de tira fabricados são apresentados abaixo: a) tiras do tipo AAG e TGt, e b) tiras TGt IgA/IgG/lgM. As tiras são compostas por várias camadas com todos os reagentes necessários de cada tipo. a) Tira AAG/TGt dupla
Trata-se de um teste tribanda (ver Figura 1) . As amostras de soro humano dos doentes com DC ou dos casos de controlo são diluídas numa solução tampão contendo albumina de soro de bovino (ASB) e um detergente não-iónico, sendo possível efectuar essa diluição quer em 10 4699 tubos de Eppendorf, quer em placas de microtitulação. A zona absorvente da tira ou do bastão é introduzida na diluição a 1/15 do soro tamponado antes mencionado. Se o soro do doente possuir anticorpos do tipo IgA para TGt, gliadina, ou ambos, quando o liquido sobe devido à capilaridade (tira imunocromatográfica de fluxo lateral), reconstitui as microsferas coloridas que se encontram nesta zona da tira e que, neste caso, são revestidas com um anticorpo monoclonal para a IgA humana. Uma vez reconstituídas, o complexo formado pelas microsferas vermelhas revestidas com um anticorpo monoclonal para a IgA humana, os anticorpos (tipo IgA) para TGt ou para as gliadina, ou para ambos os antígenos, sobe e reage separadamente com duas linhas diferentes (fisicamente separadas), ambas contendo gliadina purificadas imobilizadas (numa das linhas) e recombinante humano TGt (na outra linha), o que resulta em uma ou duas bandas vermelhas, após a reacção imunológica correspondente, a diferentes niveis, consoante o soro tem anticorpos (tipo IgA) para TGt, para gliadina (AAG), ou para ambos os antigenos. Em caso de imunoreactividade, além da banda de controlo de cor azul deste exemplo, pode desenvolver-se neste exemplo uma banda vermelha, após 5-10 minutos, que corresponde a TGt ou a AAG, ou duas bandas, que correspondem a anticorpos do tipo IgA para AAG e TGt. A banda de controlo de cor azul aparece na porção superior da tira, validando o resultado do teste, e em que a banda vermelha corresponde à presença de anticorpos do tipo IgA para gliadina (AAG), na porção média, na qual a banda vermelha, que indica a presença de anticorpos do tipo IgA para TGt, aparece na porção inferior da tira. A banda de cor azul é um controlo interno da tira imunocromatográfica, indicando que as condições necessárias para a reacção antigeno-anticorpo e a visualização subsequente da mesma são as adequadas. 11 4699 0 recombinante humano TGt (Rt-TG) foi obtido na Diarect (Freiburg, Alemanha), e a gliadina purificada foi isolada a partir de uma variedade de trigo, a variedade Triana, pelos próprios inventores, na Unidade de Glúten do Centro Nacional de Biotecnologia. Esta purificação foi efectuada através da extracção de etanol, seguida de uma concentração, utilizando ultrafiltração e em seguida liofilização do extracto. 0 anticorpo monoclonal para igA humana foi produzido na Operón, S.A. (Saragoça, Espanha).
Com este tipo de tiras, foram testados 248 soros, 50% dos quais correspondem a doentes com DC e os outros 50% correspondem a casos de controlo não DC, do mesmo modo que as tiras simples. b) Tiras simples igA/lgG/lgM anti-TGt
Trata-se de um teste de duas bandas. Os bastões ou tiras são introduzidos em tubos Eppendorf ou em placas de microtitulação contendo uma diluição de 1:20 previamente preparada de soro de doentes a serem estudados com uma solução salina tampão de fosfato (STF), numa concentração salina fisiológica e de pH com albumina de soro de bovino (ASB) a 1%. Quando a tira é colocada na amostra diluída, o líquido sobe, devido a capilaridade, e reconstitui as microsferas de cor vermelha, que são secas e revestidas com recombinante humano TGt (Rt-TG), se a amostra contiver anticorpos para a transglutaminase do tecido (TGt). O complexo formado pelas microsferas de cor vermelha, o recombinante humano TGt e os anticorpos anti-TGt presentes na amostra do doente, sobe e atinge uma zona que contém uma linha de recombinante humano TGt, causando uma reacção imune que resulta numa banda vermelha. Esta banda vermelha indica a presença de anticorpos anti-TGt, do tipo IgA, IgG ou IgM na amostra analisada. Outras microsferas secas, de cor azul, revestidas com uma determinada proteína, 12 4699 localizam-se na zona absorvente do bastão, como um sistema de controlo. 0 complexo de microsferas de cor azul, revestidas a proteína reconstituída sobe na tira, até atingir uma zona onde existem anticorpos monoclonais imobilizados da referida proteína, que reagem imunologicamente e resultam numa banda azul. Quando o soro não é imunoreactivo, só se desenvolve uma banda de controlo azul, caso em que, se houver imunoreactividade, para além da banda azul, desenvolve-se uma banda vermelha após 5-10 minutos.
No caso de não surgir nenhuma das bandas, a análise não é válida e deve ser repetida utilizando uma nova tira. Não é necessário equipamento adicional para realizar o ensaio.
Exemplo 2 - Ensaios imunocromatográfico e ELISA para DC
Os resultados obtidos nos testes com os dois tipos de tiras, dupla e simples, foram comparados com os resultados obtidos por ELISA para os anticorpos anti-TGt e AAG.
No caso da tira de diagnóstico dupla, observou-se uma sensibilidade de 92,7% e 83,2%, com uma especificidade de 96,2% e 96,7%, respectivamente para TGt e AAG, quando os resultados de TGt e AAG foram analisados separadamente (Tabela 1) . Estes dados demonstram uma consistência de 99,3% e 99,2%, respectivamente, quando comparados com o método ELISA. Por outro lado, é necessário sublinhar que a análise combinada dos resultados na mesma tira dupla, isto é, o número de casos detectados positivos para um dos dois antígenos, AAG e TGt, separadamente, ou ambos com resultado positivo, permitiram obter valores mais elevados de sensibilidade e especificidade do que os observados separadamente, ou seja, 95,2% e 96,2%, respectivamente. Observou-se especificamente, que três doentes com DC e AAG 13 4699 positiva na tira dupla, eram TGt-negativos, quinze doentes com DC e TGt-positivos eram AAG-negativos, e cem doentes com DC eram positivos para AAG e TGt. Por outras palavras, a incorporação de uma tira dupla permitiu identificar três doentes com DC que podiam ter sido identificados com uma análise AAG ou TGt separada (o que aumenta a sensibilidade de 92,7% para 96,3%).
Nos casos de DC negativos a AAG/TGt, obtidos com a tira dupla, foi analisada a presença de anticorpos IgA/IgM/IgG para TGt através da realização de um ensaio imunocromatográfico com uma tira simples, tendo-se observado um caso positivo para TGt em que a deficiência em IgA foi confirmada neste doente, através da técnica da nefelometria. Uma das vantagens mais marcantes do uso combinado de tiras duplas e tiras simples é o facto de permitir a detecção de doentes com deficiência em IgA selectiva, e que têm DC, quando a banda TGt é positiva na tira simples e é negativa na tira dupla, verificando-se que a sensibilidade obtida em ambos os testes aumenta (no nosso caso, de 95,2% para 96%). 14 4699
Tabela 1
Tira dupla Sensibilidad Especificida Consistênci Soro AAG/TGt e de a (n) (IgA) (%) (%) (%) Interpretação separada de AAG e TGt Tira TGt 92,7 96,2 99,3 248 (IgA) GT (ELISA) (igA) 93,6 95,27 Tira AAG 83,2 96,7 99,2 248 (igA) AAG ELISA 84,8 92,8 (igA) Interpretação combinada de AAG e TGt Dupla* 95,2 96,7 248 AAG/TGt Tira (IgA) TG (IgA) ELISA AAG (igA) +TGt ELISA (igA)* 96,0 96,7 99,2 248 * Uma única tira dupla para ambos os testes ELISA.
Conforme se pode ver na tabela, existe uma relação elevada entre os diferentes ensaios visuais e os testes ELISA respectivos.
Os resultados obtidos nos ensaios imunocromatográficos apresentados demonstram que estes métodos são extremamente eficientes para o diagnóstico da DC, os quais, aliados à facilidade, ao facto de não ser necessário qualquer operador especialmente qualificado, ao facto da rapidez de execução (não mais do que 10 minutos), 15 4699 e ao facto de não exigir equipamento tecnológico complexo, fazem deste método uma ferramenta de grande utilidade para o controlo de populações em risco de DC e para o controlo de candidatos à realização de biópsia do intestino delgado.
Uma outra caracteristica importante é o facto de estas tiras apresentarem valores de sensibilidade e especificidade mais elevados que os testes elisa TGt e AAG correspondentes, sendo extremamente eficientes para o teste e o diagnóstico da DC. A tira dupla AAG/TGt determina AAG e TGt do tipo IgA numa única análise, eliminando desse modo a necessidade de utilizar dois testes ELISA TGt e AAG paralelos.
Ambas as tiras são significativamente menos dispendiosas que o método ELISA, mais simples de manusear e interpretar e acredita-se que estas características fazem dele o teste ideal para o diagnóstico da DC em grandes populações, em especial nos países em desenvolvimento.
Lisboa, 29 de Março de 2007 16

Claims (6)

  1. 4699 REIVINDICAÇÕES 1. Um sistema imunocromatográfico para o diagnóstico da doença celiaca (DC) no homem, e que inclui os seguintes elementos: I) uma tira imunocromatográfica que permite a identificação de anticorpos específicos, do tipo igA, para antigenos caracteristicos da DC, aag (anti-gliadina) e TGt (transglutaminase do tecido), numa amostra biológica humana que inclui: a) um sistema para visualização da reacção, que inclui um anticorpo anti-IgA, por exemplo, partículas coloidais , ou microsferas coloridas, revestidas com um anticorpo monoclonal anti-IgA, b) antigenos AAG e TGt imobilizados na mesma tira, e c) um sistema de controlo para as condições da reacção imunocromatográfica, e II) uma tira imunocromatográfica que permite a identificação de anticorpos igA/igM/lgC para o auto-antígeno TGt, numa amostra biológica humana, que inclui: a) um sistema de visualização da reacção, incluindo antígeno TGt, por exemplo, partículas coloidais, ou microsferas coloridas, revestidas com antígeno TGt, b) o antígeno TGt imobilizado na mesma tira, e 1 4699 c) um sistema de controlo para as condições de reacção imunocromatográficas.
  2. 2. Um sistema de imunocromatográfia de acordo com a reivindicação 1, em que TGt é um TGt de recombinante humano e AAG é um extracto proteico, obtido a partir de uma variedade de trigo.
  3. 3. Um processo imunocromatográfico para identificar anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca (DC), que inclui a avaliação: a) da presença simultânea de anticorpos do tipo IgA específicos para os auto-antígenos que são característicos da DC, AAG (anti-gliadina) e TGt (transglutaminase do tecido), numa amostra biológica, através de uma tira imunocromatográfica, seguindo a reivindicação 1 I), e b) a presença de anticorpos IgA/IgM/IgG para o auto-antígeno TGt, na mesma amostra biológica que em a), através de uma tira imunocromatográf ica segundo a reivindicação 1 II) .
  4. 4. Um processo de acordo com a reivindicação 3, em que a amostra biológica é composta por soro, plasma, saliva ou sangue de um doente com suspeita de DC.
  5. 5. Um processo imunocromatográfico para identificação dos anticorpos presentes nos doentes com doença celíaca (DC), e que inclui: a) avaliação da presença de anticorpos do tipo IgA específicos para os auto-antígenos que são característicos da DC, AAG (anti-gliadina) e TGt 2 4699 (transglutaminase do tecido), numa amostra biológica, através de uma tira imunocromatográfica, segundo a reivindicação 1 I), e, no caso de um resultado negativo, b) avaliação da presença de anticorpos igA, igM e IgC para o auto-antigeno TGt, na mesma amostra biológica que em a), através de uma tira imunocromatográfica, segundo a reivindicação 1 II).
  6. 6. Utilização do sistema imunocromatográfico segundo as reivindicações 1 e 2 e do processo segundo as reivindicações 3 a 5, para identificação de anticorpos (IgA, IgM ou IgG) presentes em amostras colhidas em doentes com doença celíaca. Lisboa, 29 de Março de 2007 3
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