PT1140487E - Saco ou saqueta formando uma embalagem constituída por uma película multicamada resistente ao rasgão - Google Patents

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Description

DESCRIÇÃO
SACO OU SAQUETA FORMANDO UMA EMBALAGEM CONSTITUÍDA POR UMA PELÍCULA MULTICAMADA RESISTENTE AO RASGÃO A invenção diz respeito a um saco ou saqueta formando uma embalagem constituída por uma película que tem, pelo menos, duas camadas as quais são provenientes, uma de um suporte e a outra de uma matéria termoplástica, podendo estas duas camadas daqui em diante ser chamadas camadas principais, A camada de uma matéria termoplástica será designada a seguir por camada termoplástica. A película é constituída, pelo menos, em parte da sua superfície, por uma camada de uma matéria orgânica que se situa entre as duas camadas principais. A camada de matéria orgânica favorece a laminação da película quando esta é sujeita a uma condicionante que favoreça a formação ou a propagação de um rasgão. A invenção diz respeito a uma película com resistência melhorada ao rasgão e encontra uma utilidade particular para a embalagem de artigos, por exemplo, para alimentos. A resistência do filme ao rasgão é melhorada nas zonas da película nas quais a matéria orgânica foi aplicada. Aplicando a matéria orgânica apenas a certas zonas da película., e, conforme foi referido, entre as duas camadas principais, é possível produzir uma película que apresenta um comportamento diferente nessas diferentes zonas sob o efeito de constrangimentos mecânicos. As zonas que tenham sido tratadas pela matéria orgânica apresentam, em comparação com as zonas não tratadas pela matéria orgânica, uma tendência maís forte para a laminação mas uma resistência mais forte ao rasgão e à tracção, A requerente descobriu com efeito que quando a matéria orgânica 1 desencadeava uma laminação da película esta apresentava uma melhor resistência ao rasgão. A matéria orgânica tem portanto como função o favorecimento da laminação da película e o aumento da sua resistência ao rasgão quando a referida película é submetida a uma tensão ou um rasgão. Desta forma, graças à invenção, é possível realizar a partir de uma película continua e única uma embalagem que apresenta uma forte resistência à laminação em certos locais (não tratados pela matéria orgânica) e uma forte resistência ao rasgão noutros locais (tratados pela matéria orgânica).
Habitualmente, o especialista nesta área escolhe os materiais que devem entrar na constituição de uma película multicamada de forma a que cada camada apresente a maior adesão possível à ou às camadas suas vizinhas. Desta forma, as películas multicamadas não apresentam uma força de laminação inferior a 200 gramas para uma película com a largura de quinze milímetros. A invenção contraria esta tendência. De facto, a matéria orgânica tem como função fazer baixar a força de laminação da película, em geral para um valor inferior a 200 gramas, de um modo preferido, inferior a 100 gramas, e de um modo ainda mais preferido, inferior a 50 gramas, por exemplo, indo de 5 a 40 gramas para uma largura de película de 15 milímetros, podendo estes valores ser medidos de acordo com a norma NFT54034. Desta forma, a película de acordo com a presente invenção pode apresentar, pele menos, uma zona em que a força de laminação corresponde aos valores que acabaram de ser dados (presença da matéria orgânica) e, peio menos, uma outra zona (ausência de matéria orgânica) na qual a força de laminação é superior a 200 gramas, digamos superior a 300 gramas para uma largura de película de 15 milímetros. bsta película zonas diferente que apresenta propriedades diferentes responde a necessidades específicas êm no domínio da embalagem. Por exemplo, é possível melhorar de forma sensível a resistência ao rasgão dos sacos de plástico destinados a transportar artigos. Tais sacos, feitos com películas, possuem com frequência asas constituídas por orifícios na película do saco. 0 utilizador transporta o saco colocando a sua mão no orifício. Estes orifícios são feitos frequentemente por uma simples perfuração da película, e não se verifica habitualmente qualquer acrescento de matéria para reforçar estes orifícios. A película sofre na zona destes orifícios pressões mecânicas importantes sob o efeito da carga do saco que podem conduzir a um rasgão. Além disso, é ígualmente interessante, no plano económico e ecológico, saber produzir sacos o mais resistentes possíveis a partir de películas o mais finas possíveis.
Existe igualmente uma necessidade de saber orientar o rasgão de uma embalagem de plástico. Deste modo, quando um consumidor pretende rasgar uma embalagem para poder aceder ao seu conteúdo, por exemplo um produto alimentar, pode desejar-se que o rasgão se realize facilmente e de forma controlada numa zona determinada da embalagem, de forma a evitar que a embalagem não corra o risco de se rasgar numa extensão demasiado grande, o que limitaria as suas possibilidades de reutilização. Com efeito, o utilizador pode desejar retirar apenas uma parte do conteúdo e deixar o resto na sua embalagem de origem de forma a que preserve durante o maior tempo possível uma frescura que o torne apto a ser consumido. A invenção responde aos problemas acima referidos. Com efeito, ao colocar judíciosamente a matéria orgânica em certas regiões de uma película para embalagem, é possível modificar a resistência ao rasgão de diferentes zonas da embalagem. 3 A película constituinte do saco ou saqueta que formam uma embalagem de acordo com a presente invenção é constituída no mínimo por duas camadas principais, mas, bem entendido, a película pode incluir camadas suplementares, nomeadamente de material termoplástico. Cada camada principal pode ela própria ser constituída por várias camadas. As duas camada principais são aquelas das quais esperamos o essencial das propriedades mecânicas da película. De igual forma, a camada de matéria orgânica pode ser constituída por várias camadas de matéria orgânica. A camada de matéria termoplástica pode ser de poliolefína como o polímero ou copolímero do etileno e/ou do propileno, de poliamida "moldada" (extrudada em fieira plana) ou biorientada, de poliester como o tereftalato de polietileno "moldado" ou biorientado, de policloreto de vinilo (PVC), de poliacrilonitrilo (PAN) (por exemplo o Barex da empresa BP), de uma película multicamada à base de EVOH (polímero de etileno-vinilo álcool). A camada de suporte pode ser de papel, de alumínio, ou de um material que pode ser escolhido da mesma lista que a que foi acima proposta para a escolha da camada termoplástica. A camada de suporte e a camada termoplástica podem ser escolhidas do mesmo material. A matéria orgânica tem por função favorecer a lamínação da película de acordo com a presente invenção. Esta lamínação traduz-se pela divisão da película em, pelo menos, duas partes em que uma é constituída pela camada de suporte e a outra pela camada termoplástica. Esta lamínação produz-se, pelo menos, num interface entre as diferentes camadas da película de acordo com a presente invenção. Este interface pode ser o interface entre o suporte e a matéria orgânica, ou o interface entre a matéria orgânica e a camada termoplástica, ou, para o caso em que a matéria 4 orgânica é constituída por diferentes camadas, pelo menos, um inrerface entre duas camadas diferentes no interior da matéria orgânica. A película que faz parte do saco ou saqueta que forma uma embalagem de acordo com a presente invenção pode incluir vários interfaces que apresentam esta função de laminação. Seria o caso, por exemplo, em que a película estaria colada sobre sim mesma. A invenção está particuiarmente adaptada aos sacos ou saquetas que formam embalagens constituídas por películas multicamadas coladas umas nas outras. Com efeito, a cola utilizada para realizar as referidas películas pode ser um dos constituintes da matéria orgânica utilizada pela presente invenção. Nesse caso, a matéria orgânica pode ser constituída por duas camadas em que uma é a cola para realizar a colagem das películas, e outra é um verniz, sendo o interface de laminação o interface entre a cola e o verniz.
As zonas da película que não possuem o verniz podem incluir uma camada de cola de forma a colar o suporte à camada termoplástica. As zonas que contêm cola mas não contêm verniz estão isentas de "matéria orgânica" no sentido utilizado na presente invenção, uma vez que esta, podendo ser constituída por um par cola/verniz, tem por função favorecer a laminação do filme, função que a cola não possui quando é aplicada sem ser em conjunto com o verniz. Desta forma, a película pode incluir a camada de cola em toda a sua superfície, enquanto que o verniz e por consequência a matéria orgânica só são aplicadas em certas zonas.
Em geral, a camada de verniz encontra-se do lado do suporte e a camada de cola encontra-se do lado da camada termoplástica. 5 A figura 1 representa uma tal estrutura constituída por duas zonas em que uma (A) foi tratada pelo verniz, e a outra (B) não foi tratada pelo verniz. Desta forma, a matéria orgânica que está na origem do efeito da presente invenção constituída neste caso particular da combinação de uma camada de cola e de uma camada de verniz justapostas, está presente na zona (A) e nâo está presente na zona (B) . Na zona (A), a camada (3) de cola está directamente em contacto com, de um lado, com a camada (1) termoplástica, e do outro lado, com a camada (4) de verniz, estando esta última direc rtamente em contacto com a camada (2) de suporte. Na zona (B), a camada (3) de cola está directamente em contacto com, de um lado, com a camada (1) termoplástica e, do outro lado, com a camada (2) de suporte. A montagem de todas estas camadas forma uma película (F) de acordo com a invenção, a qual é constituída por duas regiões (A) e (B) que apresentam resistências diferentes ao rasgão, sendo a resistência ao rasgão da região (A) superior ao da região (B). A matéria (3) da cola e a matéria (4) do verniz são escolhidas de forma a que uma laminação se produza no seu interface (na zona A) assim que a película é submetida a uma tensão que seria suficiente para rasgar a película se o verniz não estivesse presente (como na zona B). Se a tensão exercida sobre a película for suficiente para rasgar a película na zona (B), a mesma tensão produzirá na zona (A) preferencialmente uma laminação no interface das camadas (3) de cola e (4) de verniz, aumentando desta forma a resistência ao rasgão do conjunto da película F na zona (A).
Para o caso em que as camadas principais são de poliolef iria, a cola pode ser de qualquer tipo de cola utilizada para colar uma camada de poliolefina sobre outra camada de poliolefina. A cola pode ser da família dos poliuretanos, nomeadamente do tipo polieter e/ou poliester. 6 0 verniz pode incluir a resina que entra na composição das tintas correntemente utilizadas em heliogravura ou flexogravura. Recorda-se que para realizar estas tintas, a resina é diluída na água (tinta de água) ou num solvente orgânico (tinta de solvente orgânico). Para dar a cor desej ada, são incluídos pigmentos nestas tintas.
Habitualmente, para realizar uma tinta, são incluídos pigmentos na resina e depois a água ou o solvente orgânico é adicionado à mistura pigmento/resina. Quando se pretende diminuir a força da tinta, junta-se esta resina (sobre a forma de solução) à tinta para diminuir a concentração dos pigmentos. Desta forma, o verniz propriamente dito não inclui em geral nem pigmento nem corante. 0 especialista desta área conhece as tintas que são utilizadas em heliografia ou flexografia. Os fabricantes de tinta para heliogravura ou flexogravura colocam à disposição dos seus clientes vernizes em solução, quer dizer soluções dessas resinas, para que realizem, eles próprios, as suas dosagens de acordo com a potência pretendida para a tinta. 0 especialista na área utiliza o termo verniz para designar, quer a solução de resina que serve para a aplicação, quer igualmente a camada obtida após a evaporação do solvente da dita solução, quando falamos de uma película que inclui uma camada de verniz, é no entanto bastante claro que se trata de uma película obtida após a evaporação do solvente utilizado na aplicação do verniz. A titulo de clarificação, no quadro da presente invenção, o termo verniz está reservado ao produto obtido após evaporação do solvente.
Deve lembrar-se que existem dois tipos de tinta, a saber as "tintas de água" e as "tintas de solvente orgânico". As tintas de água são à base de resina acrílica. As tintas de solvente orgânica são em geral classificadas pelos especialistas em três famílias: 7 -"tintas de superfície" à base de nitrocelulose, nitropoliamida, poliamida ou nitropoliuretano, -"tintas complexáveis" à base de polivinilo butiral ou de resina vinílica, -"tintas celo-esmalte" à base de resina vinílica ou nitroacrilica.
No caso em que a matéria orgânica é um conjunto cola/verniz, como anteriormente explicado, a espessura da camada de verniz influencia em geral a força de laminaçâo, de forma que além da camada de verniz ser espessa, a força de laminaçâo é fraca. Neste caso, a força de laminaçâo deve bem entendido ser medida após a reticulação completa da cola, o que corresponde em geral a uma espera de, pelo menos, 10 dias após a fabricação da película. No caso em apreço, é possível juntar à composição do verniz uma cera de sílicone (por exemplo, a cera com a referência R4174370 da TOTAL ou a cera com a referência WR510171 da BASF) de forma a fazer baixar a força de laminaçâo. Estas ceras incluem, nomeadamente, as que são habitualmente utilizadas para tratar a superfície dos suportes de etiquetas autocolantes. Graças a este tratamento, as etiquetas descolam-se facilmente do seu suporte, para serem de seguida coladas no local pretendido. 0 verniz pode incluir esta cera, e a introdução da cera no verniz pode ser realizada através da mistura do verniz em solução e da cera, por exemplo 5 a 25% do peso da cera para 95 a 75% do peso da solução de verniz proposta para a fabricação da tinta. Em geral, o verniz pode ser depositado na proporção de 0,6 a 1,2 g/m2 (após a evaporação do solvente utilizado para a sua aplicação) e a ccla na proporção de 0,5 a 3 g/ mz‘
No caso em que a matéria orgânica é um conjunto cola/verniz, a cola e o verniz podem cada um deles ser 8 aplicado através dos procedimentos habituais utilizados para este tipo de matéria e bem conhecidos eles mesmo do especialista na área. Bem entendido, aquilo que é conhecido do especialista na área é a aplicação de, por uma lado, uma ccla e de, por outro lado, um verniz, mas não a justaposição de uma cola e de um verniz no interior de uma película multicamada, já que esse é o objecto da presente invenção.
Desta forma, o verniz é depositado como uma tinta em qualquer tipo de máquina de impressão, como, por exemplo, uma máquina de heliografia ou de flexografia. 0 verniz é em geral depositado no suporte destinado a formar a camada de suporte da película de acordo com a presente invenção. 0 verniz é depositado nas zonas identificadas nas quais desejamos que a laminação se possa produzir. 0 verniz pode ser aplicado em solução a partir das soluções de resina propostas pelos fabricantes de tinta tendo em vista regular a potência das referidas tintas. 0 solvente da dita solução é evaporado de acordo com as mesmas técnicas utilizadas para evaporar os solventes. A contracolagem é em seguida realizada com uma película (que designaremos por película termoplástica), destinada a formar a camada termoplástica da película de acordo com a presente invenção, podendo então a cola ser aplicada no suporte que tem o verniz ou sobre a segunda película. Em geral, a cola é aplicada no suporte que tem o verniz. Se a película de acordo com a presente invenção deve ser impressa, a impressão pode, por exemplo, ser aplicada sobre o suporte, no lado destinado a conter o verniz, e antes da aplicação do verniz. Em geral as zonas de suporte que contêm o verniz são diferentes das que contêm a impressão. No entanto, não está excluído que o verniz possa ser aplicado nas zonas impressas. A fabricação do filme multi-camada de acordo com a presente invenção é realizável em contínuo e a grande velocidade, por exemplo, 9 de 10 a 300 metros por minuto. Bem entendido, é possível realizar a operação de contracolagem numa etapa independente da primeira, quer dizer, "em repetição" após a colocação em bobina do suporte que contêm o verniz e caso se aplique, a impressão.
Em geral na película que constitui o saco ou saqueta que forma a embalagem de acordo com a presente invenção, a camada de suporte apresenta uma espessura que vai de 5 a 100 pm, a matéria orgânica apresenta uma espessura que vai de 1 a 5 pm, a camada termoplástica apresenta uma espessura que vai de 20 a 110 pm. Em geral a película de acordo com a presente invenção apresenta uma espessura que vai de 30 a 150 pm.
Dependendo da utilização final da película multicamada não está excluída a aplicação da matéria orgânica na totalidade da sua superfície; em primeiro lugar, quando o fenómeno de laminação se puder produzir em qualquer local, ou simplesmente se se entender que é mais simples realizar a película apresentando uma mesma estrutura em toda a sua superfície e ainda quando não se pretenda ter uma resistência ao rasgão diferente de acordo com as diferentes zonas da película multicamada; para outras utilizações em que se pretendam diferentes comportamentos no plano da resistência ao rasgão em diferentes zonas da película de acordo com a presente invenção, a matéria orgânica poderá ser apenas aplicada numa parte cia superfície da película. Em particular, quando a película multicamada de acordo com a presente invenção se destina à realização de um saco que inclui soldaduras, é preferível que a matéria orgânica esteja ausente das zonas de soldadura já que a sua presença pode afectar a solidez das referidas soldaduras. Com efeito, a laminação poderia produzir-se durante a operação de soldadura. 10
Nomeadamente, no caso em que a película é utilizada para a realização de uma embalagem, a camada de suporte encontra-se em geral do lado exterior da referida embalagem e suporta em geral a eventual impressão na face interna ou externa tendo em atenção a embalagem considerada. A camada termoplástica pode ser realizada a partir de uma película "capaz de soldar" em que uma das suas funções é permitir a realização da forma e da impermeabilidade através de soldaduras a quente do artigo que nos propomos realizar a partir da película de acordo com a presente invenção, por exemplo uma embalagem.
Se a camada termoplástica deve ser soldada a quente, esta é, em geral, de poliolefina, de polímero ou copolímero de etíleno e/ou de propíleno, de policloreto de vinilo (PVC), de poliacrilonitrilo (PAN) ou quando se pretende uma melhor resistência térmica e/ou química de poliamida ou de poliester. A película pode servir para a realização de embalagens que possam ser submetidas, no contexto da sua utilização, a uma tensão mecânica susceptível de provocar o seu rasgão. De acordo com a situação, será oportuno colocar a matéria orgânica nas zonas ou na proximidade destas que possam ser submetidas a essas pressões. Nomeadamente, se a embalagem deve ser rasgada pelo utilizador, mas em que se pretende controlar a propagação do rasgão, convém situar a matéria orgânica fora da zona que deve ser rasgada, mas na sua proximidade, digamos, em volta da dita zona de forma a orientar o rasgão na direcçâo pretendida e impedir a sua propagação nas direcções não desejadas. A pelicula pode igualmente servir para a realização de embalagens que incluem asas destinadas ao seu transporte. Estas asas podem ser consuituídas por orifícios na pelicula, que podem ser realizados através de uma simples 11 perfuração. De forma a reforçar a zona destas asas recomenda-se a colocação da matéria orgânica no espaço desses orifícios, por exemplo, a toda a volta desses orifícios.
De acordo com o primeiro exemplo, realiza-se por contracolagem uma película multicamada que inclui: uma camada "suporte" de polipropileno biorientado de 20 pm de espessura, uma camada de um verniz que inclui uma resina nitroacrílica e uma cera de silicone R4174370 da TOTAL, tendo o referido verniz sido formado a partir de uma mistura de 80% de peso de uma solução de resina no acetato de etilo e de 20% de peso da cera; a camada de verniz, aplicada sobre o suporte em determinadas zonas pré-identifiçadas, apresenta uma espessura de cerca de 1 pm; uma camada de cola de poliuretano de tipo poliéter com uma espessura de 2 pm, aplicada sobre o conjunto da superfície de suporte que contem o verniz, uma camada termoplástica realizada a partir de uma película "capaz de soldar" extrudada numa fieira plana, de copolímero de propileno e de etileno (4% de massa de etileno) de 25 pm de espessura. A força necessária â laminação nas zonas isentas de verniz é de cerca de 450 g para uma banda de 15 cm. A força necessária à laminação das zonas que incluem verniz é de cerca de 10 g para uma banda de 15 cm. A película foi utilizada para confeccionar a saqueta representada na figura 2 e contendo a titulo de exemplo 12 uma pão de forma em fatias. Esta saqueta inclui soldadura (1) na sua extremidade do fundo e uma soldadura (2) na outra extremidade do lado previsto para abertura, assegurando estas duas soldaduras uma impermeabilidade perfeita à embalagem. A saqueta foi realizada através de uma técnica clássica de fabricação, designada "FLOW PACK", que passa pela realização de um tubo a partir da película de acordo com a presente invenção incluindo o referido o tubo uma soldadura longitudinal (não representada na figura 2) ao longo de todo o seu cumprimento. As soldaduras (1) e (2) são realizadas por barras de soldadura que esmagam o tubo perpendicularmente ao seu eixo e portanto também em relação à soldadura longitudinal. A embalagem inclui uma cinta amovível (3) para permitir o fecho da saqueta após cada utilização. 0 verniz só foi aplicado na zona Z tracejada da figura 2, quer dizer entre a cinta amovível e a soldadura (2) do lado previsto para a abertura. Está previsto que o utilizador abra a saqueta rasgando este entre a soldadura (2) do lado previsto para a abertura e a zona tratada pelo verniz, quer dizer sensivelmente de acordo com a linha X-Y da figura 2. A distância entre a soldadura (2) e a zona tratada pelo verniz é de cerca de 5 mm. A presença do verniz evita que o rasgão se propague na direcçâo da soldadura (1) do fundo, o que estragaria seriamente a embalagem e não permitiria a sua reutilização totalmente eficaz através da utilização da cinta amovível.
De acordo com o segundo exemplo, realizamos uma película multicamada que inclui: uma camada "suporte" de polipropileno biorientado de 30 um de espessura. 13 ama camada de verniz que incluí uma resina nitroacrílica e uma cera de silicone R4174370 da TOTAL, tendo o dito verniz sido formado a partir de uma mistura de 80% de peso de uma solução da resina no acetato de eti 1 o e de 201 de peso da cera; a camada de verniz, aplicada sobre o suporte em determinadas zonas pré-identificadas, apresenta uma espessura de cerca de 1 pm; uma camada de cola de poliuretano de tipo poliéter com uma espessura de 2 pm tendo o referido verniz sido formado a partir de uma mistura de 80% de peso de uma solução da resina do acetato de etilo e de 20% de peso da cera; a camada de verniz, aplicada sobre o suporte em determinadas zonas pré-identificadas, apresenta uma espessura de cerca de 1 pm; uma camada de cola em poliuretano de tipo poliéter com uma espessura de 2 pm, aplicada sobre o conjunto da superfície de suporte que contém o verniz, uma camada termoplástica realizada a partir de uma película "capaz de soldar" de polietileno metaloceno de 100 pm.
Esta película pode servir para a fabricação de um saco de plástico tal como o representado na figura 3. o verniz só foi aplicado nas zonas da película destinadas a serem perfuradas de forma a serem utilizadas como asas, a saber a zona contornada por pontilhado sobre a figura 3. Esta zona apresenta uma resistência melhorada ao rasgão. Desta forma, a tendência para a laminação nesta zona compensa, pelo menos, parcialmente a fragilização produzida pela perfuração do saco para a formação das asas. Desta forma, o saco pode suportar 14 com um saco uma carga mais importante quando comparado idêntico que não foi tratado pelo verniz na zona da asa.
Lisboa, 16 de Abril de 2007 15

Claims (10)

  1. REIVINDICAÇÕES Saco ou saqueta que forma uma embalagem constituída por uma película e por soldaduras, incluindo a referida embalagem uma zona que pode ser sujeita a uma tensão mecânica susceptível de provocar o rasgão da referida película, em que a referida película inclui uma camada de suporte, uma camada termoplástica e uma camada de cola situada entre a referida camada de suporte e a referida camada termoplástica, caracterizada por a) a referida película incluir uma camada de matéria orgânica entre a referida camada de suporte e a referida camada termoplástica, b) a referida camada de matéria orgânica estar situada na referida zona, por forma a aumentar na referida zona da referida embalagem a resistência ao rasgão favorecendo a laminação da referida película quando esta última é submetida à referida tensão mecânica, c) as referidas soldaduras estarem localizadas fora da referida zona da referida embalagem. Saqueta de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a matéria orgânica estar situada de forma a impedir a propagação do rasgão, devendo o referido rasgão estar limitado numa zona da referida embalagem isenta da referida matéria orgânica, de forma a direccionar o referido rasgão na referida zona da referida embalagem isenta da referida matéria orgânica. 1
  2. 3. Saco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incluir asas constituídas por orifícios efectuados na película, sítuando-se a matéria orgânica na zona dos referidos orifícios.
  3. 4. Saco ou saqueta de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a presença da matéria orgânica se traduzir por uma força de laminação inferior a 200 g para uma largura de película de 15 mm, sendo a referida força de laminação determinada de acordo com a norma francesa NF-T-54034.
  4. 5. Saco ou saqueta de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a força de laminação ser inferior a 50 g para uma largura de película de 15 mm,
  5. 6. Saco ou saqueta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada de suporte incluir um polímero ou copolímero de etileno e/ou de propileno e em que a camada termoplástica inclui um polímero ou copolímero de etileno e/ou de propileno.
  6. 7. Saco ou saqueta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada de matéria orgânica ser composta de uma camada de verniz que inclui uma resina para tinta de heliogravura ou de flexogravura do lado da camada de suporte.
  7. 8. Saco ou saqueta de acordo com a reivindicação anterior, caracterizada por a cola ser igualmente aplicada em zonas isentas de verniz de forma a colar a camada de suporte à camada termoplástica. 2 Saco ou saqueta de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado por o verniz não incluir pigmenuo ou corante.
  8. 10. Saco ou saqueta de acordo com as reivindicações 7 9, caracterizado por o verniz incluir uma cera de silicone.
  9. 11. Saco ou saqueta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a película incluir zonas isentas de matéria orgânica, sendo a força de laminação das zonas isentas de matéria orgânica superior a 200 g para uma largura de película de 15 mm, sendo a referida força de laminação determinada de acordo com a norma francesa NF-T-54034.
  10. 12. Saco ou saqueta de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a força de laminação das zonas isentas de matéria orgânica ser superior a 300 g para uma largura de película de 15 mm. Lisboa, 16 de Abril de 2007
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