PT100674A - Bogia para veiculos ferroviarios de grande velocidade - Google Patents

Description

Descrição referente ã patente de invenção de ABB HENSCHEL Waggon Union GmbH, alema, industrial e comercial, com sede em Miraustrasse 30, D-1000 Berlim 27, Alemanha, (inventores: Giinter Alhborn, Guido Bieker, Gerhard Kampmann, Alfred Lohmann residentes na Alemanha) para "BOGIA PARA VEÍCULOS FERROVIÁRIOS DE GRANDE VELOCIDADE"

DESCRIÇÃO A presente invenção refere-se a uma bogia para veículos ferroviários que podem deslocar-se a grande velocidade, com um quadro da bogia em forma de H, molas primárias de suspensão elástica do quadro em relaçao aos eixos e uma viga transversal ou travessa de equilíbrio, móvel verticalmente e horizontalmente em relaçao ao quadro da bogia, que recebe a caixa da carruagem do veículo ferroviário e que é amortecida relativamente ao quadro da bogia por meio de amortecedores secudários (amortecedores de ar comprimido) e dotada de um dispositivo retardador da rotaçao.

As bogias para os veículos ferroviários de alta velocidade estão hoje dotados em parte com um amortecedor de ar comprimido, montado como amortecedor secundário, a fim de, por um lado, interromper a transmissão da propa-gaçao do som através dos corpos sólidos entre a bogia e a caixa do veículo e, por outro lado, obter, além da melhor compensação possível do nível da caixa do veículo para as diferentes cargas, um amortecimento que dê o conforto óptimo. Nas bogias com este tipo de construção conhecidas na prática, há um inconveniente que consite no facto de a regulaçao da rotaçao da caixa do veiculo relativamente a bogia ser feita

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no interior dos amortecedores de ar, o que gera um esforço de corte inconveniente no fole do amortecedor de ar comprimido, influenciando ainda de maneira inconveniente o amortecimento, gerando-se ainda forças de reposição indesejavelmente elevadas na marcha nas curvas, tornando necessário utilizar grandes foles nos amortecedores de ar comprimido. Além disso, é necessária uma pluralidade de pontos de acoplamento entre a caixa do veículo e a bogia, o que provoca custos elevados de montagem grandes perdas de tempo na substituição das bogias e a deterioração da transmissão do som através dos corpos sólidos. Nas bogias que têm uma travessa de equilíbrio montada entre a caixa do veículo e a bogia, estando o amortecedor de ar comprimido montado entre a travessa de equilíbrio e o quadro da bogia, evita-se realmente em parte uma rotaçao no interior do amortecedor de ar comprimido, mas é muito considerável a despesa em componentes para a colocaçao do amortecedor de ar comprimido no interior da bogia, além de isso ser inconveniente, sendo antieconómica a despesa nos elementos de retardamento da rotaçao necessária.

As bogias para os veículos ferroviários de grandes velocidade requerem grandes custos relativamente a obtenção da necessária estabilidade de marcha. Em especial nas bogias que, para obter um elevado rendimento de marcha, sao equipadas com jogos de rodas com "perfil de desgaste", têm de ser montados, alem dos necessários amortecedores verticais, amortecedores transversais e apoios de oscilação, também dispositivos de retardamento da rotação. Estes dispositivos de retardamento da rotaçao sao usualmente formados por dispositivos que actuam hidraulicamente, caros, e dotados de uma grande liberdade de acesso e relativamente sujeitos a avarias, constituindo assim um grande risco para a segurança. 2 Cónhecid:a'ruma. bogia :do tipo mencionado, por exemplo da patente DE-OS 26 11 824. Neste caso, esta montada uma chumaceira de suporte a meio, na travessa de equilíbrio que recebe a caixa de veículo e guia horizontalmente a bogia relativamente a caixa do veículo. A travessa 2

de equilíbrio assenta, através de amortecedores de ar comprimido, nas suas extremidades transversais, em receptáculos das molas de equilíbrio, que sao montados suspensos por meio de pêndulos nas longarinas exteriores da bogia. Esses recepta-culos e a travessa de equilíbrio estão ligados entre si por meio de barras de impulsão. Nesta forma de realizaçao e um inconveniente a suspensão complicada e de fabrico dispendioso da travessa de equilíbrio por meio dos referidos receptáculos e pêndulos no quadro da bogia, a diminuição da acçao do dispositivo retardador da rotaçao entre a bogia e a caixa do veiculo, visto que os tirante longitudinais sao demasiado elásticos, e a elevada rigidez de flexão necessária para a travessa de equilíbrio, devida à carga da caixa do veículo aplicada a meio, através da chumaceira de suporte, conduz a um peso elevado da travessa de equilíbrio.

Na construção já conhecida da patente DE-OS 23 37 771, a travessa apoia-se directamente nas vigas longitudinais laterais do quadro da bogia, através de peças deslizantes. Entre a travessa de equilíbrio e a caixa de vaículo sao montados, na face superior da travessa de equilíbrio, amortecedores de ar comprimido, fixados com a sua face superior sob a caixa do veículo. A travessa de equilíbrio está ligada de maneira móvel verticalmente com a caixa do veículo através de sistemas de barras articuladas, que impedem uma rotaçao da travessa de equilíbrio relativamente a caixa do veículo e portanto uma deformação dos amortecedores de ar comprimido. 0 peso da caixa do veículo que actua directamente, através da travessa de equilíbrio, na peças deslizantes nas faces laterais do quadro da bogia provoca aqui vantajosamente um retardamento da rotaçao da bogia em relaçao a travessa de equilíbrio portanto também em relaçao à caixa do veículo. Nesta forma de realizaçao há no entanto o inconveniente de, além da dificultaçao do acesso e da montagem dispendiosa da bogia com os seus amortecedores de ar comprimido e as barras articuladas para comando da travessa de equilíbrio na caixa do veículo, ser necessário dispor adicionalmente de elementos 3

de tracçao- -compressão que liguem o do veículo . Ê ainda inco nveniente peç as desli .zantes na zona sujeita à em remoinho, que influenciam des r et ardaçao da rotaçao quadro da bogia com a caixa a disposição rebaixada das neve volante e às sujidades vantajosamente a acçao da A presente invenção tem como objec-tivo resolver o problema de proporcionar uma bogia que apresente um numero reduzido de pontos de contacto com a caixa do veículo, que torne possível uma disposição redundante, embora simples, de dispositivos de retardaçao da rotação, que apresente uma largura construtiva mínima e um peso reduzido, que permita usar foles de amortecedores de ar comprimido pequenos, que torne possível a inclusão de depósitos adicionais de ar comprimido para os amortecedores de ar comprimido sob a travessa de equilíbrio, que tenha agregados adicionais visíveis e montados em posiçoes que libertem os componentes resistentes de tensões de flexão e de torção e que possa ser montada e substituída sob a caixa do veiculo sem grandes perdas de tempo.

Segundo a presente invenção, este problema resolve-se, numa bogia do género mencionado na introdução se cada amortecedor de ar comprimido se apoiar directa-mente na face lateral do quadro da bogia, a travessa de equilíbrio levar, junto das suas extremidades transversais para o apoio nos amortecedores de ar comprimido, na sua face superior, peças de atrito para assentar a caixa de veículo, a travessa de equilíbrio ser móvel apenas verticalmente e horizontalmente na direcçao transversal, no interior de um trajecto definido, e ser guiada horizontalmente na direcçao longitudinal, com folga, em guias do quadro da bogia, a travessa de equilíbrio estar ligada com a caixa do veículo através de uma cavilha que apenas transmite forças horizontais e podendo rodar livremente com a armaçao da bogia em relaçao a caixa do veículo.

Em virtude de cada amortecedor • de ar comprimido estar apoiado directamente na face lateral - 4 -

do quadro da bogia, este quadro da bogia vantajosamente nao fica exposto a qualquer momento de flexão adicional que resultaria da aplicaçao descentrada das forças na face lateral. A disposição das peças de atrito na travessa de equilíbrio faz-se mais ou menos na mesma base que o apoio dos amortecedores de ar comprimido no quadro da bogia, de modo que são apenas secundários os esforços de flexão da travessa de equilíbrio provenientes do apoio da caixa do veículo, o que torna possível uma formaçao com economia de peso da parte média da travessa de equilíbrio. Devido ao facto de a travessa de equilíbrio ser móvel em relaçao ao quadro da bogia apenas verticalmente e transversalmente na horizontal, dentro de um trajecto definido, torna-se possível uma rotaçao livre da bogia em relaçao à caixa do veículo sem deformação lateral do amortecedor de ar comprimido. Além de se evitarem forças de reposição inad-missivelmente grandes, provenientes dos amortecedores de ar comprimido, torna-se possível a inclusão de amortecedores de ar comprimido de pequeno volume. A ligaçao da travessa de equilíbrio com a caixa do veículo através de uma cavilha que apenas transmite forças horizontais torna possível, além da referida rotação livre da bogia relativamente à caixa do veiculo, uma bogia de montagem e substituição fáceis, sob a caixa do veículo. A travessa de equilíbrio é limitada no seu movimento horizontal através de elementos de guia junto das suas extremidades transversais em guias do quadro da bogia. 0 guiamento elástico da travessa de equilíbrio na direcçao longitudinal da bogia garante o desacoplamento longitudinal desejado do quadro da bogia em relaçao á caixa do veículo. Mantém-se a excitaçao de oscilações de flexão da caixa do veículo reduzida, evitando-se simultaneamente o serpenteio da bogia com a travessa de equilíbrio em relaçao ã caixa do veículo através do dispositivo rígido de retardaçao da rotaçao. A travessa de equilíbrio é constituída por uma parte média com uma cabeça da travessa de equilíbrio em cada uma das suas extremidades transversais, sendo os elementos de ligaçao dos 5

esbarros longitudinais, dos esbarros transversais, do esbarros verticais e dos amortecedores verticais da travessa de equilíbrio, bem como os elementos de ligaçao dos apoios de oscilaçao, do dispositivo de retardaçao da rotaçao, das valvulas de comando dos amortecedores de ar comprimido, dos amortecedores de ar comprimido e dos patins do dispositivo de retardaçao da rotaçao da bogia, integrados nas cabeças da travessa de equilíbrio ,

Por meio desta constituição segundo a presente invenção da travessa de equilíbrio, garante-se que todas as forças exteriores que se geram ás grandes velocidades sejam transferidas das cabeças da travessa de equilíbrio, através das suas guias, directamente para o quadro da bogia, sem substancialmente sujeitar a esforços de torção ou de flexão a parte média das travessa de equilíbrio.

Segundo a presente invenção, dos dois lados da travessa de equilíbrio está montado, de cada lado, um dispositivo de retardaçao da rotaçao, sendo cada um desses dispositivos de retardaçao da rotaçao constituído por um veio de torção disposto paralelamento a travessa de equilíbrio, que se apoia elasticamente com cavilhas verticais montadas fixas nas suas extremidades longitudinais nas cabeças da travessa de equilíbrio e está ligado com as extremidades longitudinais das vigas longitudinais do quadro da bogia, através de barras de guia esféricas apoiadas nas suas extremidades também esfericamente.

Mediante esta dupla disposição do dispositivo de retardaçao da rotaçao sao possíveis, além da garantia de uma elevada segurança de marcha, também, no caso de avaria de um dispositivo de retardaçao da rotaçao, o desacoplamento longitudinal entre a bogia e a caixa do veiculo, bem como velocidades de marcha muito elevadas.

Segundo a presente invenção, monta--se de cada lado, debaixo da travessa de equilíbrio, um deposito auxiliar de ar comprimido para cada amortecedor de ar 6

comprimido, estando cada depósito de ar comprimido adicional dotado com uma conduta de ligaçao, curta e de grandes diâmetro para o respectivo amortecedor de ar comprimido, sendo cada um dos depósitos adicionais de ar comprimido fixado an travessa de equilíbrio por meio de uma consola. Por meio das condutas de ligaçao curtas consegue-se uma resposta rápida e uniforme dos amortecedores de ar comprimido para todas as cargas. Por meio da disposição dos depósitos de ar comprimido adicionais na travessa de equilíbrio, esta tem um amortecimento secundário e está protegido vantajosamente contra acelerações de frequência elevada.

Em resumo, proporciona-se com a presente invenção uma bogia que poupa os carris, pela utilização de jogos de rodas com perfil de desgaste, que se caracte-ria por um peso reduzido, marcha pouco ruidosa, absoluta segurança de marcha, funcionamento simples, disposição clara dos componentes adicionais e solicitações reduzidas dos vários componentes, bem como substituição fácil dos mesmos.

Devido â disposição dos elementos funcionais essenciais nas cabeças da travessa de equilíbrio, criam-se na zona média da bogia espaços livres para a colocaçao de dispositivos adicionais. Devido a largura reduzida da bogia, podem manter-se pequenas as aberturas do revestimento exterior da caixa do veículo, o que é vantajoso.

Descrevem-se pormenores da presente invenção com base num exemplo de realizaçao ilustrado nos desenhos anexos, cujas figuras representam: a vista de lado de uma a vista de cima da bogia A fig . 1, bogia segundo a presente invenção; A fig. 2, da fig. 1; -III) da fig. 2, rodado; A fig. A fig. 3, um corte pela linha (III- 4, um corte pela linha (IV- 7

-IV) da fig 2; -V) da fig. 2; e -VI) da fig. 1. A fig. 5, um corte pela linha (V-A fig. 6, um corte pela linha (VI- 0 quadro da bogia, em forma de H, é constituído essencialmente por duas vigas longitudinais (1) e duas vigas transversais (2), que ligam as vigas longitudinais (1) e sao soldadas rigidamente nestas. As vigas longitudinais (1) são curvadas para baixo, a meio longitudinalmente, para a recepção de um amortecedor de ar comprimido (3) , mais ou menos a meio da sua aba superior. As abas superior e inferior das vigas longitudinais (1) nao apresentam nenhuma parte soldada que sirva para a transmissão de forças. Esta medida serve para tornar a construção do quadro da bogia leve. Nos amortecedores de ar comprimido (3) apoia-se, através das cabeças (4a) da travessa de equilíbrio, uma travessa de equilíbrio (4) constituída pelas cabeças (4a) e uma parte média (4b) da travessa de equilíbrio. 0 amortecedor de ar comprimido (3) está fixado com a sua parte inferior nas vigas longitudinais (1) e com a sua parte superior sob as cabeças (4a) da travessa de equilíbrio.

Os jogos de rodas (5) da bogia sao guiados nas vigas longitudinais (1) através de molas de lâmina de conjugação (6) e apoiam-se nas vigas longitudinais (1) elasticamente através de molas primárias (7) e amortecedores (8) . A parte média da travessa de equilíbrio (4b) e feita em forma de caixa, estreitando no sentido das cabeças da travessa de equilíbrio e está dotada a meio com uma guia (9) do eixo de rotaçao apoiada em borracha, para o eixo de rotaçao da caixa do veículo. As cabeças (4a) da travessa de equilíbrio sao de preferência feitas de peças fundidas ou forjadas, ou feitas com uma construção mista fundida e forjada e soldadas á parte media (4b) da travessa de 8

equilíbrio. Nas cabeças (4b) da travessa de equilíbrio, por cima dos amortecedores de ar comprimido (3), sao montadas peças de atrito (10) para receber contra-apoios formados apro-priadamente na caixa do veículo.· Sobre as peças de atrito (10) assenta então a carga vertical da caixa do veículo, através das cabeças da travessa’ de equilíbrio e os amortecedores de ar comprimido (3) directamente nas vigas longitudinais (1) do quadro da bogia. Em colaboraçao com os contra-apoios sob a caixa do veículo, as peças de atrito (10) funcionam como dispositivo de retardaçao da rotaçao. Mediante a aplicaçao directa da carga da caixa do veículo através das peças de atrito, das cabeças (4a) da travessa de equilíbrio e dos amortecedores de ar comprimido (3) nas vigas longitudinais (1) do quadro da bogia impede-se o aparecimento de esforços de torção e de flexão nas vigas longitudinais (1). Uma ligaçao de contacto directa entre a caixa do veículo e a bogia existe apenas através das peças de atrito (10) para a recepção da carga vertical e da guia (9) do eixo de rotaçao, para recepção das forças de guia horizontais da caixa do veículo. A travessa de equilíbrio (4) apoia--se na viga longitudinal (1) do quadro da bogia através dos amortecedores de ar comprimido (3). Horizontalmente na direcçao longitudinal da bogia, a travessa de equilíbrio (4) é guiada com uma pequena folga através das peças de deslizamento (11) em guias (12) da viga transversal (2) do quadro da bogia. As guias (11) sao feitas elásticas e montadas nas vigas transversais (2) do quadro da bogia. Na direcçao transversal horizontal, a travessa de equilíbrio (4) é guiada sobre os amortecedores de ar comprimido (3) com a necessária folga de oscilação, entre contra-apoios (13), montados nas vigas transversais (2) do quadro da bogia, através de esbarros (14) da travessa de equilíbrio colocadas nas cabeças (4a) da travessa de equilíbrio, para limitar a sua folga transversal. Os esbarros (14) da travessa de equilíbrio (14) sao feitos elásticos com uma caracteristica elastica progressiva.

Nos dois lados longitudinais está 9

montada, de cada lado, na travessa de equilíbrio (4), uma mola de torção (15) para retardaçao da rotaçao. Cada mola de torção (15) apoia-se então em cavilhas de apoio (16) montadas fixas nas suas extremidades longitudinais, verticalmente e voltadas para baixo, a uma certa distância e elasticamente em olhais de apoio (17) da travessa de equilíbrio (4). Em cada extremidade longitudinal de cada umas das molas de torção (15) apoia-se esfericamente uma barra de comando (18) que, com a sua outra extremidade, se apoia também esfericamente na respectiva extremidade longitudinal da viga longitudinal (1) do quadro da bogia. Devido aos veios de torção (15) que actuam como retardadores da rotaçao, garante-se uma folga entre a travessa de equilíbrio (4) e as vigas transversais (2) do quadro da bogia e portanto um desacoplamento longitudinal da travessa de equilíbrio (4) do quatro da bogia. No caso de uma rotaçao da travessa de equilíbrio (4) relativamente ao quadro da bogia, essa rotaçao é dificultada pelo dispositivo de retardaçao da rotaçao (veios de torção). No caso de uma rotação do quadro da bogia relativamente â caixa do veículo, a travessa de equilíbrio e o quadro da bogia formam, devido ao dispositivo de retardaçao da rotação, uma estrutura rígida e impedem amplamente um serpenteio da bogia. Devido â disposição dupla do dispositivo de retardaçao da rotaçao dos dois lados da travessa de equilíbrio, garante-se uma grande rigidez contra a rotaçao, que é necessária no caso das grandes velocidades, e uma elevada segurança de marcha. A travessa de equilíbrio (4) está ainda mais protegida contra as oscilações por meio de apoios de oscilaçao (19-22) colocados dos dois lados da mesma. Os apoios de oscilaçao sao então constituídos, cada um, por um veio de torção (19), que se apoia rotativamente sob a viga transversal (2) do quadro da bogia. Em cada extremidade de cada veio de torção (19) está montada rigidamente uma alavanca (20), que leva na sua extremidade livre esfericamente um pêndulo (21), que na sua outra extremidade se apoia, também esfe-ricamente, num suporte (22) da cabeça (4a) da travessa de 10

equilíbrio (4). No caso de um amortecimento irregular dos amortecedor es de ar comprimido (3), o veio de torção ( 19) é torcido e portanto evita-se uma oscilação da travessa de equilíbrio (4). Nas cabeças (4a) da travessa de equilíbrio está ainda apoiado esfericamente, um amortece dor vertical (23) respectivo, que com a sua outra extremidade se apoia, também esfericamente, na via longitudinal (1) do quadro da bogia. Cada uma das cabeças da travessa de equilíbrio apresenta ligações adicionais para a válvula de comando do amortecedor de ar comprimido (24). Amortecedores (30) da travessa de equilíbrio, que se apoiam esfericamente na viga transversal (2) respectiva do quadro da bogia ou, respectivamente, na travessa de equilíbrio (4), amortecem movimentos transversais adicionais da travessa de equilíbrio. Esbarros verticais superior e inferior (25,26), limitam o deslocamento elástico da travessa de equilíbrio (4). 0 esbarro vertical inferior (26) é um elemento elástico de borracha e funciona também como mola de emergência secundária em caso de avaria no amortecedor de ar comprimido, assentando a carga da caixa do veículo aqui çompletamente apenas depois dessa eventualidade.

De cada um dos lados da travessa de equilíbrio (4), por baixo da mesma, está montada um depósito adicional de ar comprimido (27), para cada um dos amortecedores de ar comprimido (3), estando cada um dos depósitos adicionais (27) de ar comprimido dotado com uma conduta de ligaçao (28), curta e de grande diâmetro, para o respectivo amortecedor de ar. Neste caso, cada um dos depósitos adicionais de ar comprimido (27) está fixado, através de uma consola (29), na travessa de equilíbrio (4), de modo que os depósitos de ar comprimido (27) e a travessa (4) têm um amortecimento secundário, impedindo-se acelerações de alta frequência dos depósitos adicionais de ar comprimido. 11

Claims (1)

1. - lâ - Bogia para veículos ferroviários de grande velocidade, com um quadro em forma de H, molas primárias de suspensão elástica do quadro da bogia relativamente aos eixos e uma travessa de equilíbrio móvel em relaçao ao quadro da bogia através de molas secundárias pneumáticas (amortecedores de ar comprimido) e dotada com um dispositivo de retardamento da rotaçao, caracterizada por: cada um dos amortecedores de ar comprimido (3) estar apoiada directamente na longarina (1) do quadro da bogia, - a travessa de equilíbrio (4) levar junto das suas extremidades transversais, sobre o seu apoio nos amortecedores de ar comprimido (3), na sua face superior, peças de atrito (10) para apoio da caixa da carruagem, a travessa de equilíbrio (4) ser móvel relativamente ao quadro da bogia apenas vertical e horizontalmente, transversalmente dentro de um trajecto definido e ser guiada na direcção longitudinal por veios de torção basculantes (15), com folga, sobre peças de deslizamento (11), em guias (12) da viga transversal (2) do quadro da bogia, e a travessa de equilíbrio (4) estar ligada com a caixa de carruagem através de uma cavilha-eixo de rotaçao (9) que transmite apenas forças horizontais e pode rodar geometricamente de maneira livre com o quadro da bogia, relativamente â caixa de carruagem. - 2â - Bogia de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a travessa de equilíbrio (4) ser guiada, na direcção longitudinal da bogia, através de peças de deslizamento (11) na proximidade das suas extremidades transversais, em guias (12) do quadro da bogia, sendo as guias (12) formadas limitadas elasticamente. 12

   Bogia de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada por a travessa de equilíbrio (4) ser constituída, a partir da sua parte média (4b) com uma cabeça (4a) da travessa de equilíbrio em cada uma das suas extremidades transversais, sendo os elementos de ligação para o encosto longitudinal (peças de deslizamento (11)), para o encosto transversal da travessa equilíbrio (14), para encosto vertical superior e inferior (25 e 26) e para os amortecedores verticais (23) da travessa de equilíbrio, bem como os elementos de ligaçao para o apoio de oscilação (pêndulo (21)), para os dispositivo de atraso da rotaçao (cavilha de apoio (16)), para a válvula de comando dos amortecedores de ar comprimido (24), para os amortecedores de ar comprimido (3) e para as peças de atrito do dispositivo de retardamento da rotaçao (10) da bogia, integrados nas cabeças (4a) da travessa de equilíbrio. - 4â - Bogia de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada por se dispor de cada lado da travessa de equilíbrio (4) um dispositivo de retardamento da rotaçao (15 a 18), por cada dispositivo de retardamento da rotaçao ser constituído por um veio de torção (15) disposto paralelamente â travessa de equilíbrio (4) que se apoia com cavilhas de apoio (16) verticais montadas fixas nas suas extremidades longitudinais, elasticamente nas cabeças (4a) da travessa de equilíbrio e que está ligado com as extremidades longitudinais das longarinas (1) do quadro da bogia e apoiado esfericamente em barras de comando esféricas nas suas extremidades. - 5â - Bogia de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizada por se dispor, de cada lado, por baixo da travessa de equilíbrio (4), um depósito de ar comprimido adicional (27) para cada um dos amortecedores de ar com- 13 primido, por cada um dos depósitos de ar comprimido adicionais estar dotado com uma conduta de ligaçao (28), curta e de grande diâmetro, para o respectivo amortecedor de ar comprimido (3), sendo cada um dos depósitos de ar adicionais (2/9) fixado na travessa de equlíbrio (4) através de uma consola (29). A requerente reivindica a prioridade do pedido alemao apresentado em 10 de Julho de 1991, sob o ne. P41 22 741.7. Lisboa, 9 de Julho de 1992

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