BRPI1103562A2 - Complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções aquosas para uso oral, oftálmico, tópico ou parenteral contendo um macrolídeo e certas ciclodextrinas - Google Patents

Complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções aquosas para uso oral, oftálmico, tópico ou parenteral contendo um macrolídeo e certas ciclodextrinas Download PDF

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Abstract

Complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções aquosas para uso oral, oftálmico, tópico ou parenteral contendo um macrolídeo e certas ciclodextrinas. A invenção refere-se a novos complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções em solventes aquosos, as ditas composições contendo: a) como ingrediente ativo, um macrolídeo tal como rapamicina, pimecrolimus, temsirolimus, everolimus ou tacrolimus em uma forma amorfa e, opcionalmente, na forma de seus hidratos ou solvatos polimórficos, por exemplo, solvatos formados com acetona ou etanol; e b) uma ciclodextrina de superfície grande, tal como gama-ciclodextrina, por meio do que a razão em peso do dito macrolídeo em relação à dita ciclodextrina varia entre 1:111 e 1:333.

Description

Relatório da Patente de Invenção para: "NOVOS COMPLEXOS DE
INCLUSÃO FARMACÊUTICOS SÓLIDOS SOLÚVEIS EM ÁGUA E SUAS
SOLUÇÕES AQUOSAS PARA USO ORAL, OFTÁLMICO, TÓPICO OU PARENTERAL CONTENDO UM MACROLÍDEO E CERTAS CICLODEXTRINAS" Resumo Esta invenção refere-se a novos complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções aquosas para uso oral, oftálmico, tópico ou parenteral contendo um macrolideo e certas ciclodextrinas.
Mais particularmente, a invenção refere-se a novos complexos de inclusão farmacêuticos sólidos solúveis em água e suas soluções em solventes aquosos, as ditas composições contendo: a) como ingrediente ativo, um macrolideo tal como rapamicina, pimecrolimus, temsirolimus, everolimus ou tacrolimus em uma forma amorfa e, opcionalmente, na forma de seus hidratos ou solvatos polimórficos, por exemplo, solvatos formados com acetona ou etanol; e b) uma ciclodextrina de superfície grande, tal como gama-ciclodextrina, por meio do que a razão em peso do dito macrolideo em relação à dita ciclodextrina varia entre 1:111 e 1:333.
Estado da técnica Os macrolídeos são um grupo de fármacos (geralmente antibióticos) cuja atividade origina-se da presença de um anel macrolídeo, um grande anel lactona macrociclicoao qual um ou mais açúcares desóxi podem ser fixados. Os anéis lactona são geralmente de 14, 15 ou 16 membros. Macrolideos pertencem à classe dos policetideos dos produtos naturais.
Dentre esta família, sirolimus, também conhecido como rapamicina, de fórmula 1, identificado pelo número de registro 53123-88-9, e tacrolimus, de fórmula 2, identificado pelo número do registro 104987-11-3, são compostos conhecidos por suas atividades imunossupressoras, e são usados para prevenir a rejeição de transplantes de órgãos e de medula óssea no corpo.
Derivados de rapamicina, como temsirolimus, everolimus e pimecrolimus, um derivado sintético da ascomicina, exibem uma atividade inibitória similar para uma proteína específica (mTOR) envolvida na regulação do crescimento, proliferação e sobrevivência celular, Temsirolimus, de fórmula 3, identificado pelo número de registro 162635-04-3, é estruturalmente relacionado com rapamicina e é usado para tratar o carcinoma de células renais avançado (um tipo de câncer de rim). Ele também está sendo estudado no tratamento de outros tipos de câncer.
Everolimus, de fórmula 4, identificado pelo número de registro 159351-69-6, é utilizado para tratar câncer de rim avançado não responsivo ao tratamento com certos outros fármacos anticâncer. Ele também está sendo estudado no tratamento de outros tipos de câncer, como macroglobulemia de Waldenstrom ou câncer de mama.
Pimecrolimus, de fórmula 5, identificado pelo número de registro 137071-32-0, um derivado sintético da ascomicina; é usado para o tratamento da dermatite atópica.
Todos estes compostos têm fraca solubilidade em água em temperatura ambiente, variando de 0,01 a 0,000006 mol/L, e são relatados como sendo instáveis em solução durante o armazenamento e, como consequência da solvólise, de sua ligação éster levando à perda de atividade biológica tanto in vítroquanto in vivo(Yuri V. 11'ichev, Lori Alquier e Cynthia A. Maryanoff, ARKIVOC, 2007 (XII) 110-131; Ping Cai, Rushung Tsao e Mark E. Ruppen, DMD Fast Forward. 31 de maio de 2007).
Além disso, no estado sólido, estes compostos podem existir na forma amorfa ou cristalina, a forma amorfa sendo muito instável à degradação oxidativa (Tetrahedron Letters(1990), 31(34), 4845-8. Xenobiotica, 27(9), 869 (1997); J.Org.Chem. , 63, 10069, (1998)). É um conhecimento comum que formas amorfas têm maior solubilidade (o aumento de solubilidade do material cristalinopara o amorfo foi relatado como sendo entre 10 e 1600 vezes), são menos estáveis, têm tendência à degradação em comparação com uma forma cristalina.
Além disso, baixa solubilidade está geralmente associada à má absorção no corpo e baixa disponibilidade. O documento US 5,024,998 sugere que as soluções parenterais aquosas de fármacos frugalmente solúveis em água combinadas com ciclodextrinas são capazes de minimizar a precipitação de fármacos em sítios de injeção ou de órgãos seguido da aplicação parenteral. O documento EP 839028 descreve a possibilidade de preparar uma composição farmacêutica para administração oral na forma de uma dispersão sólida de rapamicina em alfa ou beta ciclodextrina.
De fato, dados da literatura confirmam que a rapamicina finamente micronizada ou rapamicina amorfa precisam ser estabilizadas para fins de formulação utilizando técnicas de revestimento diferentes, que preveem a utilização de diversos polímeros sintéticos, como o metacrilato de polibutila (PBMA), polietileno-co-acetato de vinila (PEVA), ou complexo polieletrólito como sulfato de protamina e celulose, como descrito em WO 2006/026531, WO 2006/039237, WO 2007/011708 e EP 2135601.
Estas matrizes poliméricas, no entanto, apresentam baixa solubilidade em água ou são polieletrólitos, isto é, polímeros que podem ser solúveis em água somente em uma estreita faixa de pH. Além disso, os dados da literatura não relatam dados quantitativos sobre a estabilidade destes complexos.
Pelos motivos acima citados, a possibilidade de aumentar a solubilidade e estabilidade de macrolídeos por meio do uso de uma forma amorfa estabilizada em combinação com uma gama ciclodextrina foi explorada.
Breve descrição das figuras Figura 1: Redução da pureza cromatográfica (dados de HPLC) de rapamicina amorfa e de rapamicina cristalina (60°C durante 17 dias (408 horas).
Figura 2: Estabilidade da gama rapamicina CD/complexo preparadausando diferentes solventes: etanol anidro, etanol 96% e acetona.
Figura 3: Estabilidade da gama everolimusCD/complexo preparada usando acetona como solvente versus everolimus amorfo.
Figura 4: Perfil de HPLC/MS do complexo de gama rapamicina CD.
Figura 5: Perfil de HPLC/MS do complexo de gama everolimus CD.
Figura 6: Perfil de HPLC/MS do complexo de gama temsirolimus CD.
Figura 7: Perfil de HPLC/MS do complexo de gama pimecrolimus CD.
Figura 8: Perfil de HPLC/MS do complexo de gama tacrolimus CD.
Figura 9: Perfis de HPLC/UV e HPLC/MS de rapamicina.
Figura 10: Perfis de HPLC/UV e HPLC/MS de everolimus.
Figura 11: Perfis de HPLC/UV e HPLC/MS de temsirolimus.
Figura 12: Perfis de HPLC/UV e HPLC/MS de pimecrolimus.
Figura 13: Perfis de HPLC/UV e HPLC/MS de tacrolimus.
Figura 14: DRX de rapamicina (material de partida) tratado com atomizador.
Figura 15: DRX de pimecrolimus (material de partida) tratado com atomizador.
Figura 16: DRX do temsirolimus (matéria-prima) tratados com atomizador.
Figura 17: DRX de tacrolimus (material de partida) tratado com atomizador.
Figura 18: DRX de everolimus (material de partida) tratado com atomizador.
Figura 19: DRX de gama CD (material de partida) Figura 20: DRX de rapamicina cristalina (material de partida) Figura 21: DRX do complexo de rapamicina gama CD ciclodextrina.
Figura 22: DRX de uma mistura fisica de gama CD e rapamicina (0,6% p/p).
Figura 23: Espectro de DRX expandido sobreposto, na faixa de 3 e 30 2Θ, de: uma mistura fisica de gama CD e rapamicina cristalina (0,6% p/p; na cor verde), o DRX de rapamicina cristalina (na cor vermelha) e o DRX do complexo rapamicina gama CD (em azul).
Descrição da invenção As definições a seguir são utilizadas em todo o relatório descritivo e reivindicações. O termo "alfa ciclodextrina", ou "alpha CD", refere-se ao composto identificado com o número de registro 10016-20- 3, também chamado ciclomaltoexose. O termo "beta ciclodextrina", ou "beta CD", refere-se ao composto identificado com número de registro 7585-39-9, também chamado ciclomaltoeptose. O termo "gama ciclodextrina", ou "gama CD" refere-se ao composto identificado com o número de registro 17465-86-0, também chamado de ciclomaltoctaose. O termo "amorfo" refere-se a um estado sólido de um composto que é não-cristalino. O termo "macrolídeo", como aqui utilizado, refere-se a rapamicina, temsirolimus, everolimus, pimecrolimus e tacrolimus. O objetivo da presente invenção foi melhorar tanto a estabilidade quanto a solubilidade dos macrolídeos quando adsorvidos em ciclodextrina, pela formação de um complexo de inclusão. Tal como é bem conhecido pelas pessoas versadas na técnica, estes complexos geralmente exibem propriedades físico-quíirticas alteradas em comparação com a molécula hóspede, tais como estabilidade, biodisponibilidade ou solubilidade em água aumentada.
Um objeto da presente invenção é, portanto, fornecer complexos de inclusão de macrolideos com gama ciclodextrina, que podem ser utilizados para fins de formulação, apesar de possivelmente diminuir a toxicidade dos materiais associados usualmente empregados para fins de formulação.
De fato, foi surpreendentemente verificado que gama ciclodextrinas apresentam um efeito positivo sobre a estabilidade dos macrolideos e evitam a precipitação de soluções aquosas supersaturadas sem usar um solvente orgânico como um co-solvente. Outro objeto da presente invenção é, portanto, uma solução aquosa destes complexos, que não contém nenhum solvente orgânico.
Um objeto adicional da presente invenção é o uso desses complexos para preparar formulações orais, oftálmicas, tópicas e injetáveis, assim como o uso de tais complexos e/ou formulações como agentes imunossupressores. A fim de prosseguir com estudos de formulação, foram realizados testes de estabilidade preliminar na rapamicina micronizada (10_5microns) e em solução (etanol) . Os resultados obtidos confirmaram que este produto finamente micronizado e em solução é instável: dentro de poucas horas observamos uma diminuição sensivel (-10%) no valor de ensaio. Várias tentativas foram feitas a fim de estabilizar rapamicina amorfa, ou rapamicina finamente micronizada, da degradação, sem sucesso: a adição de antioxidantes, como alfa tocoferol e ácido ascórbico, foram incapazes de controlar essa degradação, mesmo trabalhando sob atmosfera inerte (nitrogênio) e sob condições de refrigeração (0 a 4 °C) .
Esse comportamento foi observado somente em rapamicina micronizada abaixo de 20 microns, em rapamicina amorfa e em solução, mas não em rapamicina cristalina com um tamanho de partícula maior (isto é > 100 microns).
Na tabela 1 e nafigura correspondente 1, os dados de estabilidade obtidos a 60 °C em rapamicina em umaforma amorfa e em uma forma cristalina (produtos com um tamanho de partícula> 100 microns) são relatados: enquanto rapamicina cristalina apresenta após 408 horas (17 dias) a mesma pureza cromatográfica, rapamicina amorfa apresenta um decréscimo de -14% de pureza cromatográfica.
Tabela 1: Diminuição da pureza cromatográfica (dados de HPLC;% de área) de rapamicina amorfa e de rapamicina cristalina (60°C durante 17 dias (408 horas)).
Foi verificado que a mesma degradação ocorre mesmo em alguns derivados sintéticos da rapamicina (isto é, temsirolimus e everolimus) e em pimecrolimus e tacrolimus.
Para superar esses problemas de estabilidade, foi decidido estudar a possibilidade de estabilizar estes macrolídeos da degradação através da formação de um complexo com ciclodextrinas comercialmente disponíveis e, entre vários compostos desta família, de alfa ciclodextrina (alfa CD), beta ciclodextrina (beta CD) e gama ciclodextrina (gama CD) . Estes oligossacarídeos cíclicos têm a característica comum de serem compostos de 6, 7 e 8 unidades de α-D-glicopiranosídeo l->4 ligadas.
Um estudo preliminar sobre a mobilidade cromatográfica de HPLC destes macrolídeos na presença de ciclodextrinas confirma que a interação entre esses macrolídeos e ciclodextrina foi muito fraca. O primeiro macrolídeo avaliado foi rapamicina adsorvida em alfa ciclodextrina (alfa CD) , beta ciclodextrina (beta CD) e gama ciclodextrina (gama CD). A fim de preparar esses complexos, rapamicina foi dissolvida em solvente orgânico, de preferência um solvente orgânico polar, selecionado entre acetona, metanole etanol, em seguida estas soluções foram misturadas com as ciclodextrinas. A fim de obter um complexo solúvel em água, a razão em peso entre rapamicina ou um de seus derivados, e uma ciclodextrina é vantajosamente compreendida entre 1:100 e 1:400, mais preferencialmente entre 1:111 e 1:333. Em seguida, a mistura heterogênea obtida foi cuidadosamente evaporada sob vácuo para produzir os complexos como um pó sólido; o pó sólido molhado foi então seco sob vácuo.
Alternativas adequadas para a evaporação sob vácuo da mistura heterogênea de rapamicina e ciclodextrinas foram realizadas com a técnica de atomização, por filtração direta da suspensão ou por liofilização. A dita filtração pode ser opcionalmente feita por diluição da dita mistura heterogênea com um solvente orgânico, de preferência um solvente orgânico apoiar, mais preferivelmente um hidrocarboneto C5-C8 linear ou ramificado.
Os complexos obtidos foram avaliados inicialmente para a estabilidade em solução a 20-25°C e como um pó sólido armazenado a -20°C.
Os dados de estabilidade em solução (mistura de água/acetonitrila/1/1 v/v) indicam que, entre os complexos de ciclodextrinas avaliados, o complexo gama CD apresenta no tempo zero o maior teor de rapamicina; além disso, os complexos gama CD e beta CD após 19 dias em solução a 20 a 25°C, não mostram uma diminuição do valor do ensaio inicial enquanto, sob as mesmas condições de armazenamento, o complexo alfa CD apresenta uma diminuição no valor do ensaio de -24% (Tabela 2 na Seção Experimental).
Os dados de estabilidade obtidos com os complexos sólidos (pó) armazenados a -20°C após 26 dias apresentam uma diminuição no valor do ensaio de -12% para alfa CD e - 5,4% para beta CD, enquanto o conteúdo rapamicina do complexo gama CD é, nas mesmas condições experimentais, inalterado (Tabela 4 na Seção Experimental).
Surpreendentemente, apesar da semelhança quimica das ciclodextrinas empregadas, que diferem apenas em 1 e 2 unidades α-D-glicopiranosidicas, somente o complexo gama CD com rapamicina apresentou bons dados de estabilidade tanto em solução quanto na forma sólida.
Estes dados preliminares foram adicionalmente confirmados no estado sólido (pó) em condições de armazenamento diferentes: a 25°C (60% de umidade relativa) e a 40°C (75% de umidade relativa) após 5 e 15 dias (Tabelas 4 e 5 na Seção Experimental).
Foi, portanto, confirmado que não somente o complexo de gama CD rapamicina foi mais estável de que os complexos alfa e beta CD, tanto a 25°C e a 40°C, mas que também a liberação de rapamicina do complexo gama CD a 40 °C foi quase quantitativa (95% de recuperação da rapamicina carregada em CD).
Com base nestes dados, foi surpreendentemente descoberto que, nessas condições experimentais, apenas gama CD foi capaz de estabilizar rapamicina da degradação, tanto em solução e no estado sólido, enquanto que os complexos de alfa e beta CD com rapamicina foram instáveis.
Dados da literatura não descrevem a possibilidade de estabilizar rapamicina da degradação através da formação de um complexo lábil com gama CD. Além disso, este comportamento peculiar da gama ciclodextrina é bem diferente dos compostos de origem alfa e beta CD que, do ponto de vista estrutural, são muito semelhantes e, muitas vezes, considerados como equivalentes de serem utilizados para fins de formulação.
Esta possibilidade de estabilizar rapamicina para a degradação através de um complexo com gama CD foi adicionalmente explorada em everolimus, temsirolimus, tacrolimus e pimecrolimus, mostrando que estes compostos estruturalmente relacionados têm um comportamento comum: enquanto o composto puro na forma amorfa, ou finamente micronizado (isto é, com uma distribuição de tamanho de partícula de 10“5 mícrons) é instável, o complexo gama CD correspondente é estável tanto em solução quanto no estado sólido.
Na Figura 3 e Tabela 8 foram relatados os dados de estabilidade do complexo everolimus versus everolimus amorfo: após 96 horas a 60 °C o aumento dos subprodutos relacionados com a degradação no complexo Everolimus é de +36%, enquanto em everolimus amorfo é de +513%. Dados semelhantes foram obtidos para o complexo gama CD temsirolimus e o complexo gama CD pimecrolimus.
Os dados analíticos efetuados nesses complexos compreendem dados de caracterização por HPLC/MS, HPLC/UV (ver figuras 4-13) e de difração de raio-X (DRX; ver figuras 14-23); estes dados analíticos confirmam que a técnica de absorção empregada não modifica o perfil de impurezas dos macrolídeos e o estado sólido de gama CD, enquanto todos os macrolídeos avaliados após tratamento com solvente estão em uma forma amorfa prevalente. Os dados de DRX produzidos nos complexos obtidos confirmam que os macrolídeos estão presentes em uma forma amorfa prevalente.
Finalmente para todos os complexos de macrolideos examinados com gama CD, foi verificado um aumento sensível na solubilidade em água a partir dos macrolideos originais, conforme indicado na tabela 2 abaixo.
Tabela 2. Solubilidade em água (dados em mol/L, determinada a 20-25°C) dos complexos macrolideos gama CD versus o macrolídeo correspondente utilizado como material de partida; . * Calculado utilizando o software da Advanced Chemistry Development (ACD/Labs) V8.14 Seção experimental Materiais e métodos Rapamicina, temsirolimus, everolimus, tacrolimus e pimecrolimus foram preparados por POLIINDUSTRIA CHIMICA
SpA. Alfa ciclodextrina (Alfa CD), beta ciclodextrina (beta CD) e gama ciclodextrina (gama CD) foram comprados por Fluka.
Os métodos de HPLC utilizados para a determinação do ensaio e pureza para rapamicina, temsírolimus, everolimus, tacrolimus e pimecrolimus são aqui relatados.
Para a determinação por HPLC da pureza cromatográfica de rapamicina: Coluna: Thermo BDS Hypersil C18, 3 μπι (100 x 4,6 mm). Composição da fase móvel: eluição isocrática • Componente A: acetonitrila 50% • Componente B: tampão de acetato de amônio 50% pH 5,8 (concentração de 0,8 g/L de acetato de amônio; o valor do pH final foi levado até um valor final de 5,8 com ácido acético glacial) • Vazão: 1,0 mL/min. Temperatura da coluna: 55°C.
Volume de injeção: 100 μΤ. • Solução da amostra: pesar 25 mg de rapamicina e dissolver em 100 mL de acetonitrila/água 1/1 v/v (concentração final de 0,25 mg/mL). Detector UV: 278 nm Para a determinação do ensaio de HPLC de rapamicina: Coluna: Hypersil BDS-C18, 3 μιτι (100 x 4,6 milímetros).
Composição da fase móvel: eluição isocrática • Componente A: acetonitrila 58% • Componente B: tampão de acetato de amônio 42%, pH 5.8 (concentração de 0,8 g/L de acetato de amônio; o valor do pH final foi levado até um valor final de 5,8 com ácido acético glacial) Vazão: 1,5 mL/min. Temperatura da coluna: 55°C. Volume de injeção: 30 pL
Amostra e solução padrão: preparar uma solução mãe na concentração de 0,25 mg/mL em acetonitrila/água 1/1, a seguir diluir com fase móvel para obter uma concentração final de 20 microgramas/mL. Detector UV: 278 nm Para a determinação por HPI.C da pureza cromatcgráfl ca de temsirolimus e everolimus: Coluna: Zorbax SB-C18; 3,5 μτη (75 x 4,6 mm), Pré-coluna: Symmetry Shield RP18; 5 μτη (20 x 3.9 mm).
Composição da fase móvel: • Componente A: 900mL de água, lOOmL de acetonitrila e 50 μΐ de 50% de ácido acético aquoso • Componente B: lOOOmL de acetonitrila e 50 pL de ácido acético aquoso 50% Eluição por gradiente: Vazão: lmL/min. Temperatura da coluna: 60°C. Volume de injeção: 20 μΐι.
Preparação da amostra: solução de 0,5 mg/mL em acetonitrila. Detector UV: 278nm Para a determinação por HPLC da pureza cromatoqráfica de Pimecrolimus: Coluna: YMC ODS AQ, 5 μηα (250 x 4,6 mm) . Composição da fase móvel: eluição isocrática com 70/30 de acetonitrila/tampão fosfato 0,01 M (pH 2,5).
Vazão: 1,2 mL/min. Temperatura da coluna: 60°C.
Temperatura da amostra 10°C. Volume de injeção: 10 μΐι.
Solução da amostra: preparar uma solução de 0,5 mg/mL de pimecrolimus em acetonitrila. Detector UV: 210nm Para a determinação por HPLC da pureza cromatoqráfica de tacrolimus: Coluna: Symmetry C18; 3,5 μπι (150 x 2,1 mm).
Composição da fase móvel: eluição isocrática • Componente A: 58% de solução de ácido acético 0,1% aquosa • Componente B: acetonitrila 15% • Componente C: tetraidrofurano 27% • Vazão: 0,3 mL/min. Temperatura da coluna: 50°C.
Volume de injeção: 10 pL.
Solução da amostra: pesar 25 mg de tacrolimus e dissolver em 25 mL de acetonitrila/água 1/1 v/v (concentração final de 1 mg/mL). Detector UV: 278nm O espectrômetro de massa utilizado é uma armadilha de íons Agilent Mod. 6300 com ionização positiva. O equipamento atomizador utilizado é um modelo Buchi B290 equipado com um dispositivo B-295 de circuito inerte Advance.
Espectros de DRX (pó) foram registrados usando um difratômetro (PW1710 Philips) a partir de um ângulo inicial [1/2 2Θ] de 5000 a 60000. Os diagramas de difração foram obtidos empregando um ânodo de Cu (Ka = 1,540 60 Ã e Ka = 1,54439 Â) sem qualquer tratamento físico das amostras.
Exemplo 1 — Preparação do complexo rapamicina/ciclodextrina sólido reconstituivel por secagem; (etanol 95%) como solvente.
Uma solução de 0,4% p/v de rapamicina em etanol (96%) foi adicionadaà ciclodextrina em pó. A razão final relativa entre rapamicina e ciclodextrina é relatada nastabelas 2 e 3.
Esta suspensão foi mantida sob agitação a 20-25°C por 30 minutos, a seguir, a mistura obtida foi seca sob vácuo por 18 horas, a fim de remover o etanol. 0 pó sólido seco foi armazenado a -20°C sob atmosfera de nitrogênio.
Na tabela 3 os dados de ensaio (dados de HPLC) dos complexos de rapamicina/CD em solução (mistura 1/1 de água/acetonitrila) são relatados a 20-25°C em t = 0 e depois de 19 dias.
Tabela 3. Estabilidade da rapamicina/CD em solução (água/acetonitrila 1/1) em t = 0 e após 19 dias armazenado a 2 0-2 5 0 C.
Na tabela 4 são relatados os dados do ensaio (dados de HPLC) dos complexos de rapamicina/CD (pó) armazenados a - 20°C em t = 0 e após 26 dias.
Tabela 4. Estabilidade da rapamicina/CD (pó) em t = 0 e após 26 dias armazenada a -20°C.
Dados de estabilidade adicionais do complexo de rapamicina/ciclodextrina (pó), armazenado a 25°C (60% ÜR) e a 40 °C (75% UR) após 5 e 15 dias são relatados, respectivamente, nas tabelas 5 e 6. Nestas tabelas são relatados os valores do ensaio de HPLC.
Tabela 5. Dados de estabilidade do complexo de rapamicina/ciclodextrina a 25°C, 60% UR (os dados reportados são dados de ensaio em % de área) Tabela 6. Dados de estabilidade do complexo de rapamicina/ciclodextrina a 40°C (os dados reportados são dados de ensaio em % de área) Exemplo 2 — Preparação do complexo de rapamicina/ciclodextrina sólido reconstituível por secagem; acetona como solvente.
Uma solução de 0,4% p/v de rapamicina em acetona foi adicionadaàgama ciclodextrina. A razão final relativa entre rapamicina e ciclodextrina foi de 0,6% p/p. A suspensão obtida foi mantida sob agitação a 20-25°C por 30'. A mistura obtida foi secasob vácuo por 18 horas, a fim de remover acetona.
Opcionalmente o sólido úmido pode ser recuperado por diluição da suspensão com n-heptano e filtração;a seguir transferido para um secador. 0 pó seco sólido foi armazenado a -~20°C sob atmosfera de nitrogênio.
Os dados de estabilidade obtidos do complexo de rapamicina/gama CD (pó) a 60°C foram comparados com aqueles obtidos utilizando como solventes o etanol seco e etanol a 96%; os dados obtidos estão resumidos na Figura 2 e na Tabela 8. Em particular, na figura 2 a soma dos subprodutos relacionados originados pela degradação (dados de HPLC) durante um teste de estabilidade realizado no pó a 60°C por 696 horas é relatada.
Tabela 7. Estabilidade do complexo de rapamicina gama CD preparado com diferentes solventes: etanol anidro, etanol 96% e acetona. Nesta tabela, a soma dos subprodutos relacionados originados por degradação (dados de HPLC) durante os testes de estabilidade realizados no pó a 60°C por 696 horas é relatada.
Exemplo 3 — Preparação do complexo de rapamicina/ciclodextrina sólido reconstiturvei por atomização; acetona como solvente.
Uma solução de 0,1% p/v de rapamicina em acetona foi adicionada à gama ciclodextrina. A razão final relativa entre rapamicina e ciclodextrina foi de 0,6% p/p. A suspensão obtida foi mantida sob agitação a 20-25°C por 30' . A mistura obtida foi tratada com um atomizador nas seguintes condições experimentais: • Temperatura de nitrogênio na entrada = 70°C • Taxa de alimentação: 17 mL/min • Temperatura de nitrogênio na saída.: 54°C • Velocidade do aspirador = 80% • Frequência da limpeza do bico = 2 descargas/segundo O pó sólido obtido foi seco a 30°C por 8 horas, em seguida armazenado a -20°C sob atmosfera de nitrogênio. As características deste complexo são as mesmas descritas para os produtos obtidos no Exemplo 2.
Preparação do complexo de gama CD everolimus, gama CD temsirolimus, gama CD tacrolimus e gama CD pimecrolimus Estes complexos foram preparados de acordo com cada um dos exemplos 2 e 3.
Dados de HPLC UV e MS docomplexo de gama CD rapamicina, gama CD everolimus, gama CD temsirolimus, gama CD pimecrolimus, gama CD tacrolimus e dos macrolídeos correspondentes utilizados como material de partida Os perfis de HPLC (HPLC e detector UV) de todos os complexos estão reunidos nas figuras 4 a 8. Para cada complexo foram utilizadas as condições cromatográficas de HPLC específicas descritas na seção experimental. • Figura 4. Complexo Rapamicina gama CD — a corrente iônica total (TIC), o íon individual em m/z = 952 (aduto do íon molecular de rapamicina com potássio; m/z = 952), o íon individual em m/z = 1319 (aduto de gama ciclodextrina com sódio; m/z = 1319) • Figura 5. Complexo Everolimus gama CD = a corrente iônica total (TIC), o espectro UV (278 nm), o íon individual em m/z = 1026 (aduto do íon molecular de everolimus com potássio), o íon individual de m/z = 1297 (ion molecular de gama ciclodextrina) • Figura 6. Complexo de ternsirolimus gama CD = a corrente iônica total (TIC), o espectro ÜV (278 nm) , e o ion individual em m/z = 1048 (aduto do ion molecular de temsirolimus com amônia) , o ion individual em m/z = 1297 (ion molecular da gama ciclodextrina) • Figura 7. Complexo pimecrolimus gama CD = corrente iônica total (TIC) , o espectro ÜV (210 nm) , o ion individual em m/z = 848 (aduto do ion molecular de pimecrolimus com potássio) , o ion individual em m/z = 1297 (ion molecular de gama ciclodextrina) • Figura 8. Complexo de tacrolimus gama CD = corrente iônica total (TIC) , o espectro UV (220 nm), o ion individual em m/z = 12 97 (ion molecular de gama ciclodextrina), o ion individual em m/z = 822 (aduto do ion molecular de tacrolimus com água) O perfil cromatográfico de HPLC UV e MS destes complexos macrolideos em t = 0 foi considerado inalteradoa partir do macrolideo correspondente utilizado como material de partida.
As análises de HPLC/MS e HPLC/UV de cada macrolideo utilizado como material de partida para a preparação dos complexos CD são aqui reportadas. • Figura 9. Rapamicina = corrente iônica total (TIC) , o perfil de HPLC/UV e o espectro de massa do isômero de rapamicina principal eluidoem 23'. • Figura 10. Everolimus = corrente iônica total (TIC) , o perfil de HPLC/UV e o espectro de massa do isômero de everolimus principal eluido em 21'. • Figura 11. Temsirolimus = corrente iônica total (TIC), o perfil de HPLC/UV e o espectro de massa do isômero de temsirolimus principal eluido em 20'. • Figura 12: Pimecrolimus = corrente iônica total (TIC), o perfil de HPLC/UV e o espectro de massa do isômero de pimecrolimus principal eluido em 27'. • Figura 13. Tacrolimus = corrente iônica total (TIC), o perfil de HPLC/UV e o espectro de massa do isômero de tacrolimus principal eluido em 11'0" (visível no espectro fechado o aduto de água am/z = 822 e o aduto com sódio com m/z = 826).
Estabilidade do complexo Everolimus com gama CD
Os dados de estabilidade no complexo Everolimus com CD preparados de acordo com cada um dos 2 e 3 estão reportados na Figura 3 e na Tabela 8.
Em particular, na figura 3, são relatadas a soma dos subprodutos relacionados por produtos originados pela degradação (dados de HPLC em % de área) durante testes de estabilidade realizados no pó a 50°C por 96 horas.
Tabela 8. Estabilidade do complexo de everolimus gama CD preparadousando acetona versus everolimus amorfo. Nesta tabela, a soma dos subprodutos relacionados originados por degradação (dados de HPLC) durante os testes de estabilidade realizados no pó a 60°C por 96 horas é relatado.
Estado sólido do complexo de gama rapamicina, complexo de gama CD everolimus, complexo de gama CD temsirolimus, complexo de gama CD tacrolimuse complexo gama CD pimecrolimus. 0 estado sólido da raparaicina cristalina após o tratamento com o atomizador {ou após a evaporação de etanol ou soluções de acetona) de gama CD (material de partida), do complexo de rapamicina gama CD, de rapamicina cristalina (material de partida) e de pimecrolimus, temsirolimus, tacrolimus e everolimus após um tratamento com atomizador (ou após a evaporação de soluções de etanol ou acetona) são relatados nas figuras 14-23. Estas análises confirmam que após a evaporação do etanol das soluções acetônicas esses macrolideos estão em uma forma amorfa. Os espectros de DRX dos complexos com gama CD confirmam que a fase cristalina de gama CD é inalterada, conforme sublinhado, tanto na figura 22 quanto na tabela 9 abaixo e, com a resolução da técnica empregada, não há qualquer vestígio do macrolídeo na forma cristalina.
Tabela 9. Nesta tabela os valores de diagnóstico 2Θ de uma mistura física de gama CD e rapamicina cristalina (0,6% p/p) e de uma rapamicina cristalina são relatados. 0 primeiro sistema na mistura física é dividido, enquanto na rapamicina cristalina é um reflexo único.

Claims (16)

1. Complexo de inclusão de um macrolideo com gama ciclodextrina caracterizado pelo fato de que a razão em peso entre o dito macrolideo e a dita gama ciclodextrina está compreendida entre 1:100 e 1:400.
2. Complexo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a razão em peso entre o dito macrolideo e a dita gama ciclodextrina está compreendida entre 1:111 e 1:333.
3. Complexo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o dito macrolideo é selecionado do grupo consistindo em rapamicina, pimecrolimus, temsirolimus, everolimus e tacrolimus.
4. Processo para a preparação de um complexo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de compreender as seguintes etapas: a. dissolução do macrolideo em um solvente orgânico para obter uma solução; b. adição da dita solução à gama ciclodextrina; c. evaporação da mistura.
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a razão em peso entre o dito macrolideo e a gama ciclodextrina está compreendida entre 1:100 e 1:400.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a dita razão em peso entre o dito macrolideo e a dita gama ciclodextrina está compreendida entre 1:111 e 1:333.
7. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o dito solvente orgânico é um solvente orgânico polar.
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o dito solvente orgânico polar é selecionado de acetona, metanol e/ou etanol.
9. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a dita evaporação é realizada sob vácuo, atomização, filtração e/ou liofilização.
10. Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a dita filtração é realizada através da diluição com um solvente orgânico, de preferência um solvente orgânico apoiar, mais preferivelmente um hidrocarboneto linear ou ramificado C5-C8.
11. Complexo de inclusão caracterizado pelo fato de ser obtenível pelo método de acordo com as reivindicações 4 a 10.
12. Composição farmacêutica caracterizada pelo fato de conter um complexo conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3 ou 11 e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável.
13. Composição, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma forma de dosagem sólida.
14. Composição, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma solução aquosa.
15. Composição, de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que a dita solução aquosa não contém nenhum solvente orgânico.
16. Composição, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de ser para uso oral, oftálmico, tópico ou parenteral
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