BR112016010282B1 - Composição farmacêutica compreendendo um inibidor de betalactamase cristalino - Google Patents

Composição farmacêutica compreendendo um inibidor de betalactamase cristalino Download PDF

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Alessandro Lamonica
Marco Forzatti
Stefano Biondi
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Allecra Therapeutics Sas
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INIBIDOR DE BETA-LACTAMASE CRISTALINO. Um composto cristalino de fórmula (I): Fórmula (I). O composto de fórmula (I) é um inibidor de beta-lactamase e pode ser administrado em combinação com um agente antibacteriano para a prevenção ou o tratamento de infecções bacterianas.

Description

Campo da Invenção
[001] A presente invenção refere-se a (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3- metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido cristalino, processos para a preparação dos mesmos, composições farmacêuticas compreendendo (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido e usos do composto, inclusive usos de composições contendo o composto, em particular o uso com um agente antibacteriano no tratamento ou na prevenção de infecções bacterianas.
Antecedentes da Invenção
[002] O surgimento e a disseminação de resistência é uma consequência inevitável do dinâmico cenário evolutivo em movimento pela introdução de antibióticos, independente da classe estrutural ou do modo de ação (Shapiro S. 2013. Speculative strategies for new antibacterials: all roads should not lead to Rome. J. Antibiot. 66: 371386). A propagação de resistência entre patógenos clinicamente relevantes teve um impacto especialmente forte sobre o valor dos antibióticos do tipo β-lactama, até aqui considerados como terapias muito seguras e eficazes para infecções bacterianas graves. O aparecimento de novas e agressivas β-lactamases, particularmente β- lactamases de espectro ampliado (ESBLs) e outras enzimas da classe A, comprometeu a capacidade das β-lactamas de combater infecções, destacando a necessidade de desenvolvimento de produtos novos (Fisher JF, Meroueh SO, Mobashery S. 2005. Bacterial resistance to β- lactam antibiotics: compelling opportunism, compelling opportunity. Chem. Rev. 105: 395-424). Embora diversos inibidores de β-lactamase, que protegem os antibióticos do tipo β-lactama contra hidrólise, venham sendo usados em combinação com algumas β-lactamas, a capacidade desses inibidores de β-lactamase de preservar a atividade antibacteriana das β-lactamas foi severamente desgastada durante a última década, requerendo uma busca por inibidores de β-lactamase novos e mais potentes para restaurar a utilidade terapêutica de seus parceiros do tipo β-lactama (Watkins RR, Papp-Wallace KM, Drawz SM, Bonomo RA. 2013. Novel β-lactamase inhibitors: a therapeutic hope against the scourge of multidrug resistance. Front. Microbiol. 4: 392).
[003] O documento WO 2008/010048 divulga o inibidor de β- lactamase (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido (fórmula I):
Figure img0001
[004] O documento WO 2008/010048 divulga a formação de um composto de fórmula (I) amorfo que é isolado por filtração e liofilização.
[005] Os presentes inventores constataram que o composto de fórmula (I) preparado pelo processo do documento WO 2008/010048 é higroscópico, e tem estabilidade limitada quando armazenado à temperatura ambiente.
[006] Constitui um objetivo da invenção oferecer uma forma mais estável do composto de fórmula (I).
[007] Constitui um outro objetivo da invenção oferecer uma forma do composto de fórmula (I) que é fácil de purificar.
[008] Constitui um outro objetivo da invenção oferecer uma forma do composto de fórmula (I) que é fácil de manipular.
Sumário da Invenção
[009] Os presentes inventores desenvolveram compostos de fórmula (I) cristalinos. Os presentes inventores constataram surpreendentemente que compostos de fórmula (I) cristalinos apresentam estabilidade térmica melhorada, são menos higroscópicos e mais fáceis de purificar e manipular do que o composto de fórmula (I) na forma amorfa.
[0010] Em um primeiro aspecto a invenção oferece um composto de fórmula (I) cristalino:
Figure img0002
[0011] Em uma primeira modalidade do primeiro aspecto é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma A”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente todos os dez) picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 8.82, 12.07, 14.43, 14.92, 16.26, 18.25, 19.06, 19.78, 20.82 e 23.51 ± 0,1 grau 2θ,opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0012] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma A tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 8.82, 12.07, 14.43, 18.25 e 19.78 ± 0,1 grau 2θ.
[0013] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma A tem todos os dez picos com ângulos 2θ de: 8.82, 12.07, 14.43, 14.92, 16.26, 18.25, 19.06, 19.78, 20.82 e 23.51 ± 0,1 grau 2θ, opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0014] Preferivelmente, a Forma A tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 1.
[0015] A Forma A pode ser ainda caracterizada por sua curva de análise termogravimétrica (TGA) mostrando um evento endotérmico a cerca de 163°C ± 2°C. A curva de TGA pode mostrar uma perda em peso de cerca de 6% até 130°C ± 2°C devido à perda de água.
[0016] Preferivelmente, a Forma A tem uma curva de TGA substancialmente como aquela mostrada na Figura 9.
[0017] A Forma A pode ser ainda caracterizada por sua curva de calorimetria diferencial de varredura (DSC) mostrando um evento endotérmico com um máximo a cerca de 163°C ± 2°C. A curva de DSC pode mostrar um evento endotérmico iniciando a cerca de 45°C ± 2°C devido à perda de água.
[0018] Preferivelmente, a Forma A tem uma curva de DSC substancialmente como aquela mostrada na Figura 5.
[0019] Em uma segunda modalidade do primeiro aspecto é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma B”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente todos os dez) picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 9.37, 10.34, 12.59, 13.17, 15.00, 15.63, 18.51, 19.10, 20.79, 23.93 ± 0,1 grau 2θ,opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0020] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma B tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 10.34, 15.00, 15.63, 18.51 e 23.93 ± 0,1 grau 2θ.
[0021] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma B tem todos os dez picos com ângulos 2θ de: 9.37, 10.34, 12.59, 13.17, 15.00, 15.63, 18.51, 19.10, 20.79 e 23.93 ± 0,1 grau 2θ, opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0022] Preferivelmente, a Forma B tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 2.
[0023] A Forma B pode ser ainda caracterizada por sua curva de análise termogravimétrica (TGA) mostrando um evento endotérmico a cerca de 155°C ± 2°C.
[0024] A curva de TGA pode mostrar uma perda em peso de cerca de 8% até 120°C ± 2°C correlacionada com a dessorção de água.
[0025] Preferivelmente, a Forma B tem uma curva de TGA substancialmente como aquela mostrada na Figura 10.
[0026] A Forma B pode ser ainda caracterizada por sua curva de calorimetria diferencial de varredura (DSC) mostrando um evento endotérmico com um máximo a cerca de 180°C ± 2°C. A curva de DSC pode mostrar um evento endotérmico iniciando a cerca de 50°C ± 2°C devido à perda de água.
[0027] Preferivelmente, a Forma B tem uma curva de DSC substancialmente como aquela mostrada na Figura 6.
[0028] Em uma terceira modalidade do primeiro aspecto é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma C”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente todos os dez) picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 9.33, 10.73, 14.85, 15.29, 15.77, 16.16, 18.60, 20.12, 21.00 e 23.22 ± 0,1 grau 2θ,opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0029] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma C tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 10.73, 14.85, 15.29, 20.12 e 23.22 ± 0,1 grau 2θ.
[0030] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma C tem todos os dez picos com ângulos 2θ de: 9.33, 10.73, 14.85, 15.29, 15.77, 16.16, 18.60, 20.12, 21.00 e 23.22 ± 0,1 grau 2θ, opcionalmente ± 0,05 grau 2θ.
[0031] Preferivelmente, a Forma C tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 3 ou na Figura 20.
[0032] A Forma C pode ser ainda caracterizada por sua curva de análise termogravimétrica (TGA) mostrando um evento endotérmico a cerca de 149°C.
[0033] A curva de TGA pode mostrar uma perda em peso de cerca de 3% até 120°C ± 2°C correlacionada com a dessorção de água.
[0034] Preferivelmente, a Forma C tem uma curva de TGA substancialmente como aquela mostrada na Figura 11.
[0035] A Forma C pode ser ainda caracterizada por sua curva de calorimetria diferencial de varredura (DSC) mostrando um evento endotérmico com um máximo a cerca de 185°C ± 2°C.
[0036] Preferivelmente, a Forma C tem uma curva de DSC substancialmente como aquela mostrada na Figura 7.
[0037] Em uma quarta modalidade do primeiro aspecto é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma D”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais picos (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente todos os dez picos) selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 6.78, 15.45, 16.39, 17.10, 20.06, 20.63, 23.23, 23.68, 26.18 e 32.47 ± 0,05 grau 2θ.
[0038] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma D tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 6.78, 16.39, 17.10, 20.63 e 23.23, ± 0,05 grau 2θ.
[0039] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma D tem todos os dez picos com ângulos 2θ de 6.78, 15.45, 16.39, 17.10,20.06, 20.63, 23.23, 23.68, 26.18 e 32.47 ± 0,05 grau 2θ.
[0040] Preferivelmente, a Forma D tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 25.
[0041] Em uma quinta modalidade do primeiro aspecto, é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma E”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais picos (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente todos os dez picos) selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 6.82, 15.04, 15.68, 16.47, 17.17, 18.44, 20.69, 23.34, 23.88 e 25.38 ± 0,05 grau 2θ.
[0042] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma E tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 15.04, 15.68, 16.47, 20.69 e 23.88 ± 0,05 grau 2θ.
[0043] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma E tem todos os dez picos com ângulos 2θ de: 6.82, 15.04, 15.68, 16.47, 17.17, 18.44, 20.69, 23.34, 23.88 e 25.38 ± 0,05 grau 2θ.
[0044] Preferivelmente, a Forma E tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 27.
[0045] Em uma sexta modalidade do primeiro aspecto, é oferecido um composto de fórmula (I) cristalino, doravante “Forma F”, caracterizado por ter um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais picos (preferivelmente cinco ou mais, preferivelmente seis ou mais, preferivelmente sete ou mais, preferivelmente oito ou mais, preferivelmente nove ou mais, preferivelmente dez ou mais, preferivelmente todos os onze picos) selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 12.73, 15.36, 15.95, 16.42, 18.12, 20.48, 22.85,23.22, 27.04, 27.69 e 32.47 ± 0,05 grau 2θ.
[0046] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma F tem um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 12.73, 15.36, 15.95, 16.42 e 20.48 ± 0,5 grau 2θ.
[0047] Preferivelmente, o espectro de XRPD da Forma F tem todos os onze picos com ângulos 2θ de: 12.73, 15.36, 15.95, 16.42, 18.12, 20.48, 22.85, 23.22, 27.04, 27.69 e 32.47 ± 0,05 grau 2θ.
[0048] Preferivelmente, a Forma F tem um espectro de XRPD substancialmente como aquele mostrado na Figura 29.
[0049] Em um segundo aspecto a invenção oferece um processo para preparar um composto de fórmula (I) cristalino:
Figure img0003
o processo compreendendo as etapas de:formar uma formulação dissolvendo ou suspendendo um composto de fórmula (I) amorfo em um solvente ou mistura de solventes; e cristalizar o composto de fórmula (I) a partir da formulação.
[0050] O composto de fórmula (I) amorfo na formulação pode ser substancialmente todo ele dissolvido na formação; pode ser substancialmente todo ele dispersado na formulação; ou pode ser parcialmente dissolvido e parcialmente dispersado na formulação.
[0051] A quantidade do composto de fórmula (I) amorfo usado no processo do segundo aspecto da invenção pode ser menor que um limite de solubilidade do composto amorfo no solvente ou mistura de solventes, em cujo caso a formulação é uma solução, ou pode ser maior que o limite de solubilidade, em cujo caso a formulação é uma suspensão.
[0052] Os solventes para dissolver o composto de fórmula (I) amorfo podem ser selecionados dentre solventes nos quais o composto de fórmula (I) amorfo tem uma solubilidade a 20oC superior a 200 mg/ml, opcionalmente superior a 400 mg/ml. Os solventes podem ser solventes próticos polares ou apróticos dipolares. Solventes próticos polares exemplificativos são água; álcoois primários, preferivelmente metanol, etanol e 1-propanol. Outros solventes apróticos dipolares exemplificativos são dimetilsulfóxido e N,N- dimetilformamida, N-metilpirrolidona entre outros. Álcoois primários são preferidos. Metanol e etanol são particularmente preferidos. O teor de água de um solvente do tipo álcool primário é preferivelmente inferior a 4% em peso, more preferivelmente inferior a 2% em peso. Quando o álcool primário é metanol o teor de água é preferivelmente inferior a 1%.
[0053] Cristalização de um composto cristalino de fórmula (I)pode ser induzida por adição de um antissolvente a uma formulação contendo o composto de fórmula (I) amorfo dissolvido. Antissolventes podem ser solventes nos quais o composto de fórmula (I) amorfo tem uma solubilidade a 20°C inferior a 50 mg/ml, opcionalmente inferior a 30 mg/ml.
[0054] Antissolventes podem ser materiais apróticos. Antissolventes exemplificativos são acetona, etil acetato, metil-terc- butil éter, heptano, 2-propanol, isopropil acetato, di-isopropil éter, metiletil cetona, tetra-hidrofurano, anisol, e terc-butil acetato.
[0055] Em uma outra modalidade do segundo aspecto, o composto de fórmula (I) amorfo pode ter pouca ou nenhuma solubilidade no solvente ou mistura de solventes usado para formar a formulação, em cujo caso a formulação é uma suspensão.
[0056] Um agente de nucleação pode ser acrescentado à formulação. O agente de nucleação pode ser uma semente cristalina de um composto de fórmula (I).
[0057] A pureza do solvente pode afetar a solubilidade do composto de fórmula (I) no solvente, seja em sua forma amorfa ou em uma ou mais de suas formas cristalinas.
[0058] A temperatura da formulação pode ser diminuída subsequente à formação da formulação. O solvente ou mistura de solventes pode ser aquecido durante a formação da formulação, e pode ser resfriado subsequente à formação da formulação.
[0059] Em um terceiro aspecto a invenção oferece compostos de fórmula (I) cristalinos preparados por um processo de acordo com o segundo aspecto da invenção.
[0060] A invenção oferece ainda compostos de fórmula (I) cristalinos preparáveis por um processo de acordo com o segundo aspecto da invenção.
[0061] Para fármacos nos quais o princípio ativo pode existir em mais de uma forma polimórfica, podem resultar problemas na dissolução e/ou biodisponibilidade das composições farmacêuticas contendo o composto se o processo de produção levar a um polimorfo com graus variáveis de pureza polimórfica e/ou onde o processo não controla a interconversão polimórfica.
[0062] Se formas cristalinas forem feitas com impurezas polimórifcas, isto pode causar instabilidade e pode acelerar uma interconversão significativa em uma outra forma polimórfica. Por conseguinte, é vantajoso produzir formas cristalinas com alta pureza polimórfica.
[0063] Preferivelmente o composto cristalino de fórmula (I)de acordo com o primeiro ou terceiro aspecto da invenção compreende mais de 90 % de um único polimorfo cristalino do composto, preferivelmente mais de 95 %, mais preferivelmente mais de 99 %, ainda mais preferivelmente mais de 99.5 % e mais preferivelmente ainda mais 99.8 % segundo medido por XRPD ou DSC, preferivelmente segundo medido por XRPD. Preferivelmente, o único polimorfo é um dentre as Forma A, Forma B, Forma C, Forma D, Forma E, e Forma F.
[0064] Preferivelmente, o composto cristalino de fórmula (I)de acordo com o primeiro ou terceiro aspecto da presente invenção tem uma pureza química de pelo menos 95% em peso, mais preferivelmente pelo menos 98%, mais preferivelmente pelo menos 99%, mais preferivelmente pelo menos 99.5%, ainda mais preferivelmente pelo menos 99.8%, e mais preferivelmente ainda pelo menos 99.9%, preferivelmente segundo medida por HPLC.
[0065] O composto cristalino de fórmula (I)pode ser adequado para reconstituição com um veículo farmaceuticamente aceitável para administração.
[0066] Em um quarto aspecto da presente invenção é oferecido uma composição farmacêutica compreendendo um antibiótico e o composto cristalino de fórmula (I)de acordo com o primeiro ou terceiro aspecto da presente invenção. Preferivelmente, a composição farmacêutica compreende ainda um ou mais excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
[0067] Em um quinto aspecto a invenção oferece uma composição farmacêutica de acordo com o quarto aspecto para tratamento de infecções bacterianas.
[0068] Em um sexto aspecto a invenção oferece um método para tratar uma infecção bacteriana compreendendo administrar a um paciente com necessidade da mesma uma quantidade terapeuticamente eficaz da composição farmacêutica de acordo com o quarto aspecto da presente invenção.
[0069] Em um sétimo aspecto a invenção oferece um método para formar uma composição farmacêutica compreendendo um composto de fórmula (I), o método compreendendo a etapa de dissolver ou dispersar o composto cristalino de fórmula (I) em um carreador líquido. Opcionalmente o carreador líquido é um veículo farmaceuticamente aceitável para injeções intravenosas tais como dextrose, uma mistura de cloreto de sódio e dextrose 5, cloreto de sódio, lactato de sódio, etc. Opcionalmente, o carreador líquido é uma solução salina aquosa.
[0070] A concentração de um composto de fórmula (I) na composição farmacêutica varia de 1mg/ml a 700 mg/ml, preferivelmente de 100 a 500 mg/ml, mais preferivelmente de 150 a 250 mg/ml.
Descrição dos Desenhos
[0071] A invenção será agora descrita mais detalhadamente com referências às Figuras nas quais:
[0072] A Figura 1 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido;
[0073] A Figura 2 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma B de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[0074] A Figura 3 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido;
[0075] A Figura 4 é um padrão de difração de raios X por pó da forma amorfa de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[0076] A Figura 5 é um termograma de calorimetria diferencial de varredura de Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0077] A Figura 6 é um termograma de calorimetria diferencial de varredura de Forma B de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0078] A Figura 7 é um termograma de calorimetria diferencial de varredura de Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0079] A Figura 8 é um termograma de calorimetria diferencial de varredura de forma amorfa de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0080] A Figura 9 é uma curva termogravimétrica de Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[0081] A Figura 10 é uma curva termogravimétrica de Forma B de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[0082] A Figura 11 é uma curva termogravimétrica de Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[0083] A Figura 12 é um gráfico da área de resposta de HPLC vs. a concentração para soluções ou suspensões de (2S,3S,5R)-3-metil-3- ((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo;
[0084] A Figura 13 é uma imagem em microscópio ótico amplificada 25x da Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0085] A Figura 14 é uma imagem em microscópio ótico amplificada 25x da Forma B de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[0086] A Figura 15 é uma imagem em microscópio ótico amplificada 25x da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido.
[0087] A Figura 16 é um espectro de Raman da Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0088] A Figura 17 é um espectro de FT-RT da Forma A de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0089] A Figura 18 é um espectro de Raman da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0090] A Figura 19 é um espectro de FT-RT da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0091] A Figura 20 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido, obtido de acordo com o Exemplo 13;
[0092] A Figura 21 é uma curva termogravimétrica de Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido, obtido de acordo com o Exemplo 13;
[0093] A Figura 22 é uma imagem em microscópio ótico amplificada 25x da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido, obtido de acordo com o Exemplo 13;
[0094] A Figura 23 é um espectro de 1H-NMR da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0095] A Figura 24 mostra curvas da distribuição de tamanhos de partícula da Forma C de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido, obtido de acordo com o Exemplo 13;
[0096] A Figura 25 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma D of (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido;
[0097] A Figura 26 é um espectro de Raman da Forma D de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[0098] A Figura 27 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma E of (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido;
[0099] A Figura 28 é um espectro de Raman da Forma E de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[00100] A Figura 29 é um padrão de difração de raios X por pó da Forma F of (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4- dióxido;
[00101] As Figuras 30 e 31 são espectros de Raman para três bateladas da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido.
[00102] As Figuras 32-39 são imagens de microscopia eletrônica de varredura de amostras de uma primeira batelada da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[00103] As Figuras 40-46 são imagens de microscopia eletrônica de varredura de amostras de uma segunda batelada da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[00104] As Figuras 47-50 são imagens de microscopia eletrônica de varredura de amostras de uma terceira batelada da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[00105] A Figura 51 é um espectro de FT-RT da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido.
[00106] A Figura 52 é um termograma de calorimetria diferencial de varredura de Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido;
[00107] A Figura 53 é uma curva termogravimétrica de Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4- tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[00108] A Figura 54 é um imagem do desprendimento de gás da análise de gases desprendidos (EGA) da Forma F de (2S,3S,5R)-3- metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido;
[00109] A Figura 55 é um gráfico da variação de sorção de vapor dinâmico (DVS) em massa da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3- metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido; e
[00110] A Figura 56 mostra gráficos de isoterma de sorção de vapor dinâmico (DVS) da Forma F de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido.
Descrição Detalhada da Invenção
[00111] A presente invenção oferece cristalino (2S,3S,5R)-3-metil- 3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido que é não- higroscópico, termicamente estável e tem propriedades vantajosas para evitar problemas associados às formas da técnica anterior.
[00112] A presente invenção oferece ainda um processo para formar (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7- oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxidocristalino. O processo possibilita a formação de (2S,3S,5R)-3-metil-3- ((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido em alta pureza polimórfica.
[00113] Técnicas de cristalização adequadas para formar compostos de fórmula (I) cristalinos incluem, sem limitação, processos de precipitação e recristalização (incluindo cristalização a partir de antissolvente), com e sem semeadura com agentes nucleantes. Em uma modalidade preferida, processos de cristalização a partir de antissolvente são usados.
[00114] Soluções diluídas, saturadas ou supersaturadas podem ser usadas para cristalização.
[00115] Uma solução de um composto de fórmula (I) amorfo pode ser resfriada para promover cristalização de compostos de fórmula (I) cristalinos.
[00116] Um composto de fórmula (I) amorfo pode ser dissolvido a uma temperatura na faixa de 20-50°C. A solução pode ser resfriada para cerca de 0°C ou cerca de 10°C para promover a cristalização.
[00117] Métodos para preparar formas cristalinas de (2S,3S,5R)-3- metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido, incluem, sem limitação, os seguintes métodos: Forma A Método 1: - agitar uma solução de um composto de fórmula (I) amorfo em etanol 96% a 20°C, - coletar o sólido por filtração. Forma A Método 2: - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (I) amorfo em etanol 96% a 20°C, - adicionar metil terc-butil éter como antissolvente, - agitar a mistura à temperatura ambiente por uma noite, - coletar o sólido por filtração. Forma A Método 3: - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (1) amorfo em etanol 96% a 20°C, - semear com um agente de nucleação, - adicionar heptano como antissolvente, - agitar a mistura à temperatura ambiente por uma noite, - coletar o sólido por filtração. Forma A Método 4 - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (1) amorfo em etanol 96% a 20°C, - semear com um agente de nucleação, - adicionar 2-propanol como antissolvente, - agitar a mistura à temperatura ambiente por uma noite, - coletar o sólido por filtração. Forma A Método 5 - dissolver um composto de fórmula (I) amorfo em etanol 96% por aquecimento até 35°C - adicionar lentamente (tempo: cerca de 1 hora) metil terc- butil éter como antissolvente, - resfriar a mistura para 10°C - agitar a mistura a 10°C por uma noite, - coletar o sólido por filtração. Forma A Método 6 - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (1) amorfo em etanol 96% a 35°C, - semear a solução com um agente de nucleação, - adicionar lentamente (tempo: cerca de 20 minutos) metil terc-butil éter como antissolvente a 20°C, - resfriar a mistura para 20°C por uma noite, - coletar o sólido por filtração Forma A Método 7 - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (1) amorfo em etanol 96% a 40°C, - semear a solução com um agente de nucleação, - resfriar a mistura para 20°C durante cerca de 5 horas, - agitar a mistura a 20°C, - coletar o sólido por filtração Forma B Método 1 - agitar uma solução saturada de um composto de fórmula (1) amorfo em acetona a 40°C, - coletar o sólido por filtração. Forma C Método 1 - agitar uma solução de um composto de fórmula (I) amorfo em etanol 99.8% a 40°C, - semear a solução com um agente de nucleação a 36°C - resfriar a solução a 15°C, - agitar a mistura por uma noite.
[00118] As Formas D, E e F podem ser formadas por cristalização a partir de uma solução de dimetilformamida. Os presentes inventores descobriram que as Formas D e E podem cristalizar inicialmente a partir de uma solução de DMF, mas não se formam depois que a forma F tenha se formado. Sem querer se limitar a qualquer teoria, isto pode dever-se ao fato de que a Forma F tem maior estabilidade que a Forma D ou que a Forma E.
[00119] Surpreendentemente, os presentes inventores descobriram que uma forma cristalina de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido pode ser usada para formar uma outra forma cristalina deste composto. Uma das formas cristalinas A, B e C pode ser usada como uma semente na cristalização de uma outra das formas A, B e C.
[00120] Uma composição farmacêutica descrita nesta invenção pode estar em uma forma injetável para injeção intravenosa. A composição pode conter agentes estabilizantes. A composição pode estar em uma forma sólida estéril adequada pronta para reconstituição para formar uma solução injetável.
[00121] Uma composição farmacêutica contendo um composto cristalino de fórmula (I)descrito nesta invenção pode ser administrada isoladamente ou ode ser coadministrada com uma quantidade terapeuticamente eficaz de um antibiótico.
[00122] Uma composição farmacêutica descrita nesta invenção pode compreender um antibiótico e pode compreender um ou mais excipientes farmaceuticamente aceitáveis convencionais.
[00123] Antibióticos exemplificativos são antibióticos do tipo β- lactama, em particular penicilinas e cefalosporinas e podem ser selecionados dentre Amoxicilina, Ampicilina, Apalcilina, Azlocilina, Bacampicilina, Carbenacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina, Flucloxacilina, Lenampicilina, Mecillinam, Metacilina, Mezlocilina, Nafcilina, Oxacilina, Penicilina G, Penicilina V, Piperacilina, Temocilina, Ticarcilina, Aztreonam, BAL30072, Carumonam, PTX2416, Tigemonam, Cefaclor, Cefadroxil, Cefalexina, Cefalotina, Cefamandol, Cefapirina, Cefazolina, Cefbuperazona, Cefdinir, Cefepime, Cefetamet, Cefixima, Cefmenoxima, Cefmetazol, Cefrninox, Cefonicid, Cefoperazona, Cefotaxima, Cefotetano, Cefotiam, Ceftiofur, Cefovecina, Cefoxtina, Cefpodoxima, Cefprozil, Cefquinoma, Cefradina, Cefminox, Cefsulodina, Ceftarolina, Ceftazidima, Ceftezol, Ceftibuten, Ceftizoxima, Ceftobiprol, Ceftolozana, Ceftriaxona, Cefuroxima, Cefuzonama, Cephalexin, Cephalotin, Flomoxef, Latamoxef, Loracarbef Imipenem, Meropenem, Doripenem, Ertapenem, Biapenem, Panipenem, Faropenem ou derivados dos mesmos.
[00124] O antibiótico pode ser selecionado dentre os aminoglicosídeos: Amicacina, Arbecacina, Apramicina, Dibecacina, Gentamicina, Isepamicina, Canamicina, Neomicina, Netilmicina, Plazomicina, Sisomicina, Espectinomicina, Estreptomicina,Tobramicina ou derivados dos mesmos.
[00125] O antibiótico pode ser selecionado dentre as quinolonas: Cinoxacina, Ciprofloxacina, Enofloxacina, Gatifloxacina,Gemifloxacina, Levofloxacina, Moxifloxacina, Ácido nalidíxico, Norfloxacina, Oxafloxacina, ou derivados dos mesmos.
[00126] O antibiótico pode ser selecionado dentre os peptídios antimicrobianos, por exemplo, Colistina, Polimixina B ou derivados dos mesmos.
[00127] Uma composição farmacêutica descrita nesta invenção pode compreender apenas um ou mais de um antibiótico.
[00128] Uma composição farmacêutica contendo um composto cristalino de fórmula (I)pode conter ou ser coadministrada com produtos de proteína g bactericidas l ou aumentadores da permeabilidade (BPI) ou com inibidores da bomba de efluxo para aumentar a atividade contra bactérias Gram-negativas e bactérias resistentes a agentes antimicrobianos. Agentes antivirais, antiparasitários, e antifúngicos também podem ser administrados em combinação com os compostos inibidores.
[00129] A composição farmacêutica pode conter agentes complexantes ou anticoagulantes, antioxidantes, estabilizantes, aminoglicosídeos, sais farmaceuticamente aceitáveis ou similares ou misturas dos mesmos.
[00130] Em particular a composição farmacêutica pode conter antibióticos do tipo β-lactama, preferivelmente penicilinas,cefalosporinas, carbapenem, monobactamas, mais preferivelmente piperacilina, cefepime; ceftriaxona; meropenem, aztreonam.
[00131] A composição farmacêutica pode conter tampões, por exemplo, citrato de sódio, acetato de sódio, tartarato de sódio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, ácido morfolinopropanossulfônico, outros tampões do tipo fosfato entre outros, e agentes quelantes como ácido etilenodiaminatetra-acético (EDTA), ácido dietilenotriaminapenta-acético, ácido hidroxietilenodiaminatriacético, ácido nitrilotriacético, ácido 1,2- diaminociclo-hexanotetra-acético, ácido bis(2- aminoetil)etilenoglicoltetra-acético, ácido 1,6-hexametilenodiaminatetra-acético entre outros, ou sais farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos.
[00132] Uma composição farmacêutica descrita nesta invenção pode ser administrada a um ser humano ou a um animal de sangue quente por qualquer método adequado, e preferivelmente por injeção intravenosa.
Exemplos
[00133] Todos os dados de XRPD descritos neste relatório foram adequados no modo de transmissão em um instrumento X'pert Pro com um detector X'celerator. Os dados foram avaliados usando o software Highscore Plus usando cobre como fonte de radiação a um comprimento de onda de 1.54Â.As análises de DSC foram efetuadas em um instrumento TA Q2000 MDSC.
[00134] As análises de TGA foram efetuadas em um instrumento TA Q5000. Os dados foram avaliados usando o software Universal Analysis.
[00135] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo foi preparado de acordo com o exemplo 1 do documento WO 2008010048, cujo teor está aqui incorporado a título de referência.
Exemplo 1 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00136] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (200 mg) foi dissolvido em etanol 96% (0.5 mL). A solução foi agitada a 20°C, e depois de 30 minutos formou-se um sólido. A mistura foi agitada por 4 horas a 20°C e o sólido foi isolado por filtração e secado por uma noite à temperatura ambiente em um forno a vácuo. O produto obtido (30 mg) foi a Forma A cristalina que foi caracterizada por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 1 e resumido na Tabela 1.
Figure img0004
[00137] DSC (Figura 5) mostrou que a amostra tem uma endoterma de fusão com um máximo a 163°C. A curva térmica de TGA está mostrada na Figura 9.
[00138] Uma imagem em microscópio ótico da Forma A está mostrada na Figura 13.
Exemplo 2 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00139] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (1 g) foi suspendido em etanol 96% (3 mL). A mistura resultante foi filtrada através de um filtro de seringa. A solução saturada foi tratada com metil terc-butil éter (0.5 mL) como antissolvente. A adição de antissolvente resultou na precipitação de um sólido. A mistura foi agitada à temperatura ambiente por uma noite e o sólido foi isolado por filtração e secado por uma noite à temperatura ambiente em um forno a vácuo. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 3 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00140] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (1 g) foi suspendido em etanol 96% (5 mL). A mistura resultante foi filtrada através de um filtro de seringa. Uma pitada do material na Forma A foi adicionada à solução como semente. A semente não foi dissolvida e a solução saturada foi tratada com heptano (0.5 mL) como antissolvente. A adição de antissolvente resultou na precipitação de um sólido. A mistura foi agitada à temperatura ambiente por uma noite e o sólido foi isolado por filtração e secado por uma noite à temperatura ambiente em um forno a vácuo. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 4 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00141] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (1 g) foi suspendido em etanol 96% (5 mL). A mistura resultante foi filtrada através de um filtro de seringa. Uma pitada do material na Forma A foi adicionada à solução como semente. A semente não foi dissolvida e a solução saturada foi tratada com 2- propanol (0.5 mL) como antissolvente. A adição de antissolvente resultou na precipitação de um sólido. A mistura foi agitada à temperatura ambiente por uma noite e o sólido foi isolado por filtração e secado por uma noite à temperatura ambiente em um forno a vácuo. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 5 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00142] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (4 g) foi pesado em um vaso multimax equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em etanol 96% (32 mL). A mistura foi aquecida até 35°C e agitada a 800 rpm. A 35°C o material de partida parecia ter dissolvido mas a solução parecia levemente opaca. Metil terc-butil éter (8 mL) como antissolvente foi adicionado à solução opaca durante 1 hora. A adição do antissolvente resultou na formação de um sólido. A mistura foi resfriada para 10°C durante 1 hora. Durante a rampa de resfriamento o material ficou pegajoso e a maior parte do material aderiu às paredes do vaso. A mistura foi agitada por uma noite e o sólido obtido foi descarregado do vaso por remoção mecânica do sólido pegajoso da parede do vaso. A mistura obtida foi filtrada a vácuo; a torta foi secada à temperatura ambiente em um forno a vácuo por 60 horas para dar 2.75 g de um sólido branco. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 6 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00143] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (5 g) foi pesado em um vaso multimax equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em etanol 96% (30 mL). A mistura foi aquecida até 35°C e agitada a 800 rpm. A 35°C o material de partida parecia ter dissolvido, mas a solução parecia levemente opaca. A solução opaca foi filtrada através de um filtro de seringa para dar uma solução límpida. Uma pitada do material na Forma A foi adicionada à solução como semente; a semente não foi dissolvida e a mistura foi resfriada para 20°C durante 45 minutos. A esta temperatura metil terc-butil éter (10 mL) foi adicionado como antissolvente durante 20 minutos. A adição do antissolvente resultou na formação de um sólido pegajoso, a maior parte do material aderiu às paredes do vaso. A mistura foi agitada por uma noite e o sólido obtido foi descarregado do vaso por remoção mecânica do sólido pegajoso da parede do vaso. A mistura obtida foi filtrada a vácuo; a torta foi secada à temperatura ambiente em um forno a vácuo por 60 horas para dar 3.61 g de um sólido branco. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 7 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00144] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (7 g) foi pesado em um vaso multimax equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em etanol 96% (21 mL). A mistura foi aquecida até 40°C e agitada a 400 rpm. A 40°C o material de partida parecia ter dissolvido, mas a solução parecia levemente opaca. A solução opaca foi filtrada através de um filtro de seringa para dar uma solução límpida. Uma pitada do material na Forma A foi adicionada à solução como semente; a semente não foi dissolvida e a mistura foi agitada a 40°C por 1 hora. A mistura foi então resfriada para 10°C durante 5 horas e agitada por 60 horas. O material obtido aderiu às paredes do vaso e foi descarregado do vaso por remoção mecânica do sólido pegajoso da parede do vaso. A mistura obtida foi filtrada a vácuo; a torta foi secada à temperatura ambiente em um forno a vácuo por 18 horas para dar 5.54 g de um sólido branco. O sólido recuperado era a Forma A cristalina caracterizada por XRPD de acordo com o padrão de XRPD dado no Exemplo 1.
Exemplo 8 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma B
[00145] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (200 mg) foi suspendido em acetona (0.5 mL) e a suspensão foi agitada por 4 horas a 40°C. O sólido foi isolado por filtração e secado por uma noite à temperatura ambiente em um forno a vácuo. O produto obtido (150 mg) era a Forma B cristalina que foi caracterizada por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 2 e resumido na Tabela 2.
Figure img0005
Figure img0006
[00146] DSC (Figura 6) mostrou que a amostra tem uma endoterma de fusão com um máximo a 180°C. A curva térmica de TGA está mostrada na Figura 10.
[00147] Uma imagem em microscópio ótico da Forma B está mostrada na Figura 14.
Exemplo 9 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma C.
[00148] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (5 g) foi pesado em um vaso multimax equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em etanol grau HPLC 99.8% (20 mL). A mistura foi aquecida até 40°C e agitada a 500 rpm. A 40°C o material de partida parecia ter dissolvido, mas a solução parecia levemente opaca. A solução opaca foi filtrada através de um filtro de seringa para dar uma solução límpida. A solução foi resfriada para 36°C durante 15 minutos e a Forma B do material (30 mg) foi acrescentada à solução como semente; a semente não foi dissolvida e promoveu a cristalização do produto. A mistura foi agitada a 36°C por 30 minutos e foi então resfriada para 15°C durante 3.5 horas. A suspensão foi envelhecida por uma noite e em seguida foi filtrada a vácuo; a torta foi secada à temperatura ambiente em um forno a vácuo for 18 horas para dar 3.7 g de um sólido branco. O produto obtido era a Forma C cristalina que foi caracterizada por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 3 e resumido na Tabela 3.
Figure img0007
[00149] DSC (Figura 7) mostrou que a amostra tem uma endoterma de fusão com um máximo a 185°C.
[00150] A curva térmica de TGA está mostrada na Figura 11.
[00151] Uma imagem em microscópio ótico da Forma C está mostrada na Figura 15.
Exemplo Comparativo
[00152] O espectro de XRPD de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H- 1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido amorfo preparado da maneira descrita no documento WO 2008/010048 está mostrado na Figura 4. Nenhum caráter cristalino é detectável nesse espectro.
Avaliação da solubilidade
[00153] Os valores de solubilidade dos solventes foram calculados em relação ao fator de resposta de HPLC, apresentado na Figura 12.
[00154] O fator de resposta de HPLC foi calculado para o composto de fórmula (I) amorfo usando amostras dissolvidas em acetonitrila/água 9/1 com o seguinte método: Coluna: ZORBAX Eclipse XDB-C18 (150x4.6mm, 5μm) Temperatura: 25 °C Fase móvel: A: 0.05 M de ortofosfato de sódio/água, B: Acetonitrila Gradiente: de 5% de B a 95% de B em 10 min Detector: UV e= 220nm
Figure img0008
[00155] Suspensões do composto de fórmula (I) amorfo nos solventes selecionados foram preparadas e agitadas a 20 °C e 40 °C por 4 horas.
[00156] Amostras de cada suspensão foram filtradas e os licores- mãe injetados em HPLC.
[00157] O sólido residual foi isolado e analisado por XRPD.
[00158] Os resultados estão resumidos na Tabela 4 a seguir.Tabela 4. Solubilidade do composto de fórmula (I) amorfo
Figure img0009
Figure img0010
Caracterização da Forma A pelo espectro de Raman e espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR)
[00159] O espectro de Raman da Forma A está mostrado na Figura 16 com a lista das bandas dos picos relacionados na Tabela 5.Lista de picos:
Figure img0011
Figure img0012
Figure img0013
[00160] A Figura 17 mostra o espectro de FT-IR da Forma A com a lista das bandas dos picos relacionados na Tabela 6.Lista de picos:
Figure img0014
Figure img0015
Caracterização da Forma C pelo espectro de Raman e FT-IR
[00161] O espectro de Raman da Forma C está mostrado na Figura 18 com a lista das bandas dos picos relacionados na Tabela 7.Lista de picos:
Figure img0016
Figure img0017
[00162] O espectro de FT-IR da Forma C está mostrado na Figura 19 com a lista das bandas dos picos relacionados na Tabela 8.Lista de picos:
Figure img0018
Figure img0019
[00163] As análises efetuadas na Forma A e na Forma C, incluindo as informações coletadas sobre a influência do teor de água durante a cristalização, suportou a hipótese de que a é Forma A uma forma hidratada com uma rápida troca de água com o ambiente e que a Forma C é uma forma anidra mais estável. Portanto, a Forma C foi selecionada para otimização e ampliação do processo de cristalização, e avaliações como descrito abaixo.
i. Otimização da cristalização da Forma C Exemplo 10 - Procedimento de cristalização usando uma semente da Forma C Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma C
[00164] 2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (5 g) foi pesado em um vaso multimax de 50 ml equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em 20 ml de etanol grau HPLC 99.8%. A mistura foi aquecida até 40 °C e agitada a 700 rpm. A 40 °C o material de partida foi dissolvido. A solução foi resfriada para 36 °C durante 15 minutos e material de Forma C (27 mg) foi acrescentado à solução como semente; a semente não foi dissolvida e promoveu a cristalização do produto. A mistura foi resfriada para 15 °C durante 3.5 horas. A suspensão foi envelhecida por uma noite e em seguida filtrada a vácuo; a torta foi secada a 30°C em um forno a vácuo for 40 horas para dar 3.7 g de um sólido branco. O sólido mostrou um padrão de XRDP para a Forma C.
[00165] A qualidade do sistema etanólico também foi investigada na produção do material de Forma C usando 96% etanol no lugar de etanol grau HPLC 99.8% descrito no Exemplo 11.
Exemplo 11 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A
[00166] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (5 g) foi pesado em um vaso multimax de 50 ml equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em 20 ml de etanol 96%. A mistura foi aquecida até 40 °C e agitada a 700 rpm. A 40 °C o material de partida parecia ter dissolvido mas a solução parecia levemente opaca. A solução opaca foi filtrada através de um filtro de seringa para dar uma solução límpida. A solução foi resfriada para 35 °C durante 15 minutos e material de Forma C (28 mg) foi acrescentado à solução como semente. Depois de 10 minutos a 35 °C ele foi dissolvido. A temperatura foi diminuída para 30 °C durante 15 minutos e mais material de Forma C (27 mg) foi acrescentado como semente. A semente foi dissolvida depois de 15 minutos. A solução foi aquecida até 35 °C e uma pitada de material de Forma B foi acrescentada à solução, mas foi dissolvida depois de alguns minutos. Uma pitada de material de Forma A foi acrescentada como semente; desta vez a semente não dissolveu e promoveu a cristalização do produto. A mistura foi resfriada para 15 °C durante 3.5 horas. A suspensão foi envelhecida por uma noite e em seguida filtrada a vácuo; a torta foi secada a 30°C em um forno a vácuo por 18 horas para dar 3.1 g de um sólido branco. O sólido mostrou um padrão de XRPD de acordo com a Forma A.
[00167] Os procedimentos dos Exemplos 10 e 11 demonstram que o teor de água no sistema etanólico pode afetar a produção das Formas A e C por uma abordagem semeada. A formação de material de Forma A é possível em etanol 96%, ao passo que a formação da Forma C a partir de um cristal de Forma C exigiu o uso de etanol grau HPLC 99.8%.
Exemplo 12 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma C
[00168] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (8 g) foi pesado em um vaso multimax de 50 ml equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em 20 ml de etanol grau HPLC 99.8%. A mistura foi aquecida até 40 °C e agitada a 800 rpm. A 40 °C o material de partida foi dissolvido. A solução foi resfriada para 36°C durante 10 minutos e material de Forma C (24 mg) foi acrescentado à solução como semente; a semente não foi dissolvida e promoveu a cristalização do produto. Depois de 15 minutos de agitação a 36 °C a mistura foi resfriada para 15 °C durante 3.5 horas. A suspensão foi envelhecida por uma noite e em seguida filtrada a vácuo em uma atmosfera de nitrogênio (um funil conectado a um fluxo de nitrogênio foi instalado sobre o filtro). A torta foi lavada com 8 ml de etanol grau HPLC 99.8%. A torta foi secada dentro do filtro a 30 °C em um forno a vácuo por 2 horas, depois deste período o produto foi transferido para um cristalizador e secado por mais 16 horas. O produto foi analisado por 1H-RMN para verificação do teor de solvente e mostrou a presença de ~1.3% p/p de etanol. A torta foi ainda secada a 35 °C no forno a vácuo por 6 horas. Uma nova amostra foi coletada e analisada por 1H-RMN para verificação do teor de solvente. O etanol residual era equiparável ao da primeira amostra. O produto foi armazenado a -20 °C durante o fim de semana e em seguida colocado no forno a vácuo a 40 °C por 24 horas para dar 6 g do produto. O sólido mostrou um padrão de XRPD de acordo com a Forma C. 1H- RMN confirmou a presença de ~1.3% p/p de etanol residual na torta.
[00169] A redução na carga de semente não teve qualquer impacto negativo sobre a cristalização do produto e foi implementada no procedimento ampliação da produto descrito no Exemplo 13.
Exemplo 13 Ampliação da preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3- triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2- carboxilato 4,4-dióxido Forma C em uma proporção de 36 g.
[00170] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (36.45 g) foi pesado em um vaso multimax de 250 ml equipado com um agitador impulsor. O sólido foi suspendido em 146 ml de etanol grau HPLC 99.8%. A mistura foi aquecida até 40 °C durante 20 minutos. Depois de 15 minutos a 40 °C o material de partida foi completamente dissolvido e a solução foi resfriada para 36 °C durante 10 minutos e material de Forma C (110 mg) foi acrescentado à solução como semente; a semente não foi dissolvida e promoveu a cristalização do produto. Depois de 10 minutos de agitação a 36 °C a mistura foi resfriada para 15 °C durante 3.5 horas. A mistura obtida foi envelhecida por uma noite e em seguida filtrada a vácuo. A torta foi lavada com 40 ml de etanol grau HPLC 99.8% e três times com 40 ml de metil terc-butil éter para remover o etanol residual da torta. A torta foi lavada em uma atmosfera de nitrogênio (um funil conectado a um fluxo de nitrogênio foi colocado sobre o filtro) a vácuo. A torta foi secada em um forno a vácuo por 24 horas para dar 26.8 g do produto final como um sólido branco.
ii.O sólido foi analisado por XRPD, TGA, microscopia ótica (OM) e 1H-RMN.
[00171] A análise de XRPD do produto mostrou material cristalino com um padrão consistente com a Forma C (Figura 20).
[00172] A análise de TGA do produto (Figura 21) mostrou uma perda de peso de cerca 2% até 120°C provavelmente devido à água adsorvida e solvente residual.
[00173] A análise de OM na Figura 22 mostra cristais de Forma C. Foi possível ver partículas birrefringentes usando luz polarizada.
[00174] O espectro de 1H-RMN (Figura 23) é consistente com a estrutura de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido. O etanol residual foi calculado comparando o sinal de etanol a 1.06 ppm e o sinal de API a 1.40 ppm. Considerando valores integrais, o número de prótons e o peso molecular dos sinais de referência, o etanol residual estimado é igual a 0.4 % p/p em relação ao API.
Avaliação da solubilidade em solução salina fisiológica
[00175] A solubilidade da Forma C foi calculada por HPLC empregando um método de escalada (“walk-up”) específico. O produto obtido pelo procedimento de ampliação descrito no Exemplo 13 foi usado para realização das experiências.
[00176] 1.9 g do produto foi suspendido em 1 ml de solução fisiológica comercial (0.9% de NaCl) à temperatura ambiente (~20 °C). A suspensão resultou ligeiramente opaca e bastante viscosa depois de 30 minutos. Depois deste período foi coletada uma amostra da suspensão e a amostra foi injetada em HPLC para determinar sua concentração. Depois de 2 horas em agitação, o sólido residual estava completamente dissolvido. A adição de mais sólido não foi feita para evitar a gelatinização da solução viscosa. Uma amostra foi coletada e injetada em HPLC para determinar sua concentração. A solução foi agitada por mais 3 horas e uma nova amostra foi coletada. A amostra de 5 horas também foi injetada em HPLC para determinar sua concentração. Os traços de HPLC não mostraram a formação de impurezas significativas. A Tabela 9 mostra os resultados da solubilidade para os tempos selecionados.
Figure img0020
Distribuição de Tamanhos de Partícula
[00177] A análise dos tamanhos de partícula foi efetuada no produto obtido pelo procedimento de ampliação descrito no Exemplo 13 usando o procedimento descrito abaixo. Foram registradas três medições para cada suspensão e os resultados estão mostrados na Figura 24 e na Tabela 10.
Figure img0021
Exemplo 14 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma D
[00178] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (30 g) foi suspendido em 200 mL de N,N-dimetilformamida, preaquecida até +20/25°C. Depois de 5 minutos de agitação foi obtida uma solução e depois de alguns minutos de agitação ocorreu cristalização. A suspensão foi agitada por cerca de 2 horas. Em seguida a suspensão foi resfriada para 0/+5°C e agitada por cerca de 2 horas.
[00179] O sólido obtido foi filtrado e lavado com 50 mL de N,N- dimetilformamida pré-resfriada para 0/+5°C. O produto molhado foi então suspendido em 300 mL de diclorometano e a temperatura foi ajustada em +30/32°C. A suspensão foi agitada por 45 minutos e em seguida o sólido foi filtrado e lavado com 100 mL de diclorometano preaquecido até +30/32°C. O produto foi secado a vácuo a +40°C até ser obtido um peso constante. O produto obtido (19,3 g) era a forma cristalina D que foi caracterizada por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 25 e resumido na Tabela 11 a seguir.
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Figure img0023
[00180] O espectro de Raman da Forma D está mostrado na Figura 26 com a lista das bandas de pico relacionadas na Tabela 12 a seguir (usando o instrumento Raman Jasco RFT-600, fonte de luz Nd-YAG, 1064 nm: comprimento de onda de excitação).
Figure img0024
Exemplo 15 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma E
[00181] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (5 g) foi suspendido em 30 mL de N,N-dimetilformamida, preaquecida até +20/25°C. Depois de 5 minutos de agitação, uma solução foi obtida e depois de alguns minutos ocorreu uma cristalização. A suspensão foi agitada por cerca de 2 horas.
[00182] O sólido obtido foi filtrado e lavado com 12,5 mL de N,N- dimetilformamida. O produto molhado foi então suspendido em 100 mL de etil acetato e a temperatura foi ajustada em +40/45°C. A suspensão foi agitada por 60 minutos e em seguida o sólido foi filtrado e lavado com 50 mL de etil acetato preaquecido até +40/45°C.
[00183] Finalmente, o produto foi secado a vácuo a +40°C até ser atingido um peso constante.
[00184] O produto obtido (2,4 g) era a forma cristalina E que foi caracterizado por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 27 e resumido na Tabela 13 a seguir.
Figure img0025
Figure img0026
[00185] O espectro de Raman da Forma E está mostrado na Figura 28 com a lista das bandas de pico relacionadas na Tabela 14 a seguir (usando o instrumento Raman Jasco RFT-600, fonte de luz Nd-YAG, 1064 nm: comprimento de onda de excitação).
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Exemplo 16 Preparação de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1- il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma F
[00186] (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3-metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido amorfo (130 g) foi suspendido em 800 mL de N,N-dimetilformamida, preaquecida até +20/25°C. 100 mL de N,N-dimetilformamida foramadicionados para lavar as paredes do balão. Depois de 5 minutos de agitação, uma solução foi obtida e depois de alguns minutos de agitação ocorreu cristalização. A suspensão foi agitada por cerca de 3 horas. Em seguida a suspensão foi resfriada para 0/+5°C e agitada por cerca de 3 horas.
[00187] O sólido obtido foi filtrado e lavado com 300 mL de N,N- dimetilformamida pré-resfriada para 0/+5°C. O produto molhado foi então suspendido em 700 mL de etil acetato e a temperatura foi ajustada em +40/45°C. A suspensão foi agitada por 30 minutos e em seguida o sólido foi filtrado e lavado com 150 mL de etil acetato preaquecido até +40/45°C. O procedimento com a suspensão em etil acetato foi repetido duas vezes. Finalmente, o produto foi secado a vácuo a +40°C até ser atingido um peso constante.
[00188] O produto obtido (65-66 g, rendimento molar de cerca de 76%, com um ensaio de 98-99% era a forma cristalina F, que foi caracterizado por um padrão de XRPD como aquele mostrado na Figura 29 e resumido na Tabela 15 a seguir.
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Figure img0029
[00189] Os espectros de Raman para três bateladas da Forma F estão mostrados Figuras 30 e 31.
[00190] Os espectros de XRPD e de Raman adquiridos para bateladas diferentes do produto de Forma F sobrepõem-se.
[00191] Imagens de microscopia eletrônica de varredura de amostras das três bateladas de Forma F estão mostradas nas Figuras 32-50. As imagens de SEM das amostras foram obtidas usando um microscópio eletrônico de varredura JEOL JSM 5500 LV, operando a 30 kV em baixo vácuo (30 Pa) com a técnica de elétrons retroespalhados.
Caracterização da Forma F por FT-IR, DSC, TGA, EGA
[00192] A Figura 51 mostra o espectro de FT-IR da Forma F com a lista das bandas dos picos relacionados na Tabela 16.Lista de picos:
Figure img0030
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[00193] O perfil de DSC da forma F está apresentado na Figura 52. O perfil de DSC mostra um pico exotérmico a aproximadamente 184°C (início 175°C) associado à degradação da amostra.
[00194] O perfil da análise termogravimétrica (TGA) da Forma F apresentado na Figura 53 mostra uma perda de peso significativa depois de aproximadamente 160°C associada à degradação da amostra. Isto foi ainda confirmado por uma análise de gases desprendidos (EGA) mostrada na Figura 54. A EGA evidencia que o evento observado na análise de TGA é causado pela perda de produtos de degradação (por exemplo, dióxido de carbono, dióxido de enxofre, etc.).
Caracterização da Forma F por sorção de vapor dinâmico (DVS)
[00195] As medições de sorção de umidade cinética foram feitas a 25°C e à umidade relativa (RH% alvo como a seguir: • de 40% RH a 90% RH • de 90% RH a 0% RH • de 0% RH a 90% RH • de 90% RH a 0% RH
[00196] Os resultados obtidos estão apresentados na Figura 55, onde a linha vermelha assinala as variações percentuais na massa em função do tempo, enquanto que a linha azul assinala as variações na umidade relativa em função do tempo.
[00197] Os gráficos das isotermas de DVS estão apresentados na Figura 56, onde a linha vermelha representa a primeira fase de sorção, a linha azul representa a primeira fase de dessorção, a linha verde representa a segunda fase de sorção e a linha rosa representa a segunda fase de dessorção.
[00198] As análises de DVS mostram que a Forma F é estável até aproximadamente 50% RH e que a 90% RH, a amostra mostrou um aumento de peso que foi maior que 50% p/p. Depois deste evento a amostra libera e absorve água reversivelmente.
Estabilidade da Forma F
[00199] A amostra se transforma em um líquido viscoso depois de um dia a 25°C e 60% RH e depois de um dia a 60°C e 75%RH.
Higroscopicidade da Forma F
[00200] A higroscopicidade foi calculada usando a seguinte equação: Variação % no peso = [(W2-W1)/W1]*100 onde, W1 é o peso da amostra no início da experiência; e W2 é o peso da amostra a 25°C e 80% RH no primeiro ciclo de absorção.
[00201] Os resultados obtidos mostram que a amostra é muito higroscópica, com um aumento de massa que é maior que 15%, e se transforma em um líquido viscoso em alta umidade.
[00202] Os métodos analíticos usados para a avaliação do produto são realizados da maneira descrita abaixo. Métodos analíticos Método de HPLC Coluna: ZORBAX Eclipse XDB-C18 (150x4.6mm, 5μm); temperatura da coluna 25 °C Fase móvel: A: Di-hidrogeno ortofosfato de sódio di-hidratado 0.05 M; B: Acetonitrila Gradiente:
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Fluxo: 1.0 mL/min Detector: UV DAD@220nm
[00203] Os produtos cristalinos obtidos de (2S,3S,5R)-3-metil-3-((3- metil-1H-1,2,3-triazol-3-io-1-il)metil)-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato 4,4-dióxido Forma A, B, C, D, E e F têm uma pureza HPLC de pelo menos 98%, preferivelmente pelo menos 99%, preferivelmente pelo menos 99.5%, preferivelmente pelo menos 99.6%, preferivelmente pelo menos 99.7%, preferivelmente pelo menos 99.8%, preferivelmente pelo menos 99.9%.
RMN
[00204] As amostras para análise de RMN foram preparadas por dissolução completa de uma quantidade apropriada de material em aproximadamente 0,75ml de solvente de RMN (DMSO-d6)
[00205] Os espectros de 1H RMN foram registrados a 25 °C usando um espectrômetro de RMN Varian INOVA 400MHz equipado com uma sonda Varian ATB.
[00206] Um número variável de varreduras (16-256) foi aplicadado, usando parâmetros de aquisição padrão. O atraso na pré-aquisição era estipulado em 10 segundos sempre que a quantificação de RMN era realizada. Correções apropriadas de faseamento e linha basal foram aplicadas no processamento dos espectros.
XRPD
[00207] Os espectros de XRPD foram coletados no modo de transmissão em um instrumento X'pert Pro analítico com detector X'celerator usando um método Aptuit padrão. Os dados foram avaliados usando o software HighScore Plus. Os parâmetros instrumentais usados estão listados abaixo.
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Microscopia ótica
[00208] Análises de microscopia ótica foram efetuadas no microscópio Leica DM equipado com um polarizador duplo e uma câmera digital. Os parâmetros do método estão listados abaixo.
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TGA e DSC
[00209] As análises de TGA foram feitas em um instrumento TA Q5000 ou em um sistema Mettler Toledo Star (análise da Forma F). As análises de DSC foram feitas no instrumento TA Q2000 MDSC ou no instrumento DSC 200 F3 Maia (análise da Forma F). Os detalhes dos métodos de3 DSC e TGA estão relacionados abaixo:
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Raman
[00210] As análises de Raman foram efetuadas com um Keiser Optical Systems RXN1 MicroRaman com microscópio Leica e câmera digital.
Figure img0036
FT-IR
[00211] As análises de FT-IR foram efetuadas com um Thermo Nicolet Nexus 470 FT-IR ou com um Thermo Nicolet 6700 FT-IR (análises da Forma F).
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Distribuição de tamanhos de partícula
[00212] A distribuição de tamanhos de partícula por espalhamento de luz laser foi efetuada depois do desenvolvimento de um método de dispersão por via molhada usando o instrumento Malvern Mastersizer 2000. Os parâmetros do método estão relacionados abaixo.
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[00213] As experiências foram conduzidas usando a seguinte preparação de amostra: (i) 100 mg de material foram pesados em um frasco de 10 ml e foram suspendidos em 5 mL de dispersante; (ii) depois que o material estaca todo molhado, a suspensão foi adicionada à célula e o frasco foi lavado usando mais 5 mL do dispersante; (iii) a suspensão foi medida imediatamente.
EGA
[00214] A análise de EGA foi efetuada no gás produzido durante a análise de TGA. Análises de DVS Detalhes do Instrumento Faixa de temperatura: 20-40°C (padrão) Massa máxima da amostra: (instrumento de massa baixa/alta) 1g/4g Variação da massa: +/- 150mg Estabilidade (24 horas a 25°C e 0% RH) < 5 μg Resolução de massa: +/- 0.1 μg Faixa de umidade: 0-98% RH Precisão da RH: +/- 1% RH Estabilidade da temperatura: +/- 0.1°C Taxa de fluxo de gás típica: 100/200sccm Câmara de amostras: 40 mm de largura x 50 mm de profundidade x 50 mm de altura Volume do reservatório: 100 ml capacidade do reservatório Sistema de aquecimento: Peltier + Cartuchos
[00215] A medição da sorção de umidade cinética foi efetuada a 25°C em uma faixa de RH % descrita a seguir: De 40% RH a 90% RH Forma 90% RH a 0% RH De 0% RH a 90% RH De 90% RH a 0% RH
[00216] A experiência foi realizada em 10-15 mg de amostra e o critério de equilíbrio foi estabelecido como dm/dt<0.002% p/p em 10 minutos com um tempo de etapa máximo de 240 minutos.
Testes de estabilidade
[00217] A amostra foi posicionada sobre o suporte de amostras e armazenada nas seguintes condições:
[00218] 25°C e 60% RH por 7 dias
[00219] 60°C e 75% RH por 3 dias
[00220] As amostras foram analisadas depois do teste por XRPD.
Higroscopicidade
[00221] A higroscopicidade da amostra foi determinada usando o método relatado no artigo acadêmico “Efficient throughput method for hygroscopicity classification of an active and inactive pharmaceutical ingredients by water vapor sorption analysis” V. Murikipudi et al., Pharmaceutical Development and Technology, 2013, 18(2): 348-358.
[00222] A higroscopicidade foi calculada usando a seguinte equação: % de variação no peso = [(W2-W1)/W1]*100; onde W1 é o peso da amostra no início da experiência; e W2 é o peso da amostra a 25°C e 80% RH no primeiro ciclo de absorção. Critérios de Classificação Não higroscópico: o aumento na massa é menor que 0.2%; Levemente higroscópico: o aumento na massa é menor que 2% e maior ou igual a 0.2%; Higroscópico: o aumento na massa é menor que 15% e maior ou igual a 2%; Muito higroscópico: o aumento na massa é maior ou igual a 15%; e Deliquescente: água suficiente é absorvida para formar um líquido. [00222] Embora a presente invenção tenha sido descrita em termos de modalidades exemplificativas específicas, será apreciado que várias modificações, alterações e/ou combinações dos aspectos divulgados neste relatório ficarão aparentes para os especialistas na técnica sem se afastarem do escopo da invenção descrito nas reivindicações em anexo.

Claims (3)

1. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um composto cristalino que apresenta a fórmula (I):
Figure img0040
em que apresenta um espectro de XRPD compreendendo quatro ou mais picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 12,7398, 15,3615, 15,9547, 16,4290, 18,1207, 20,4870, 22,8548, 23,2204, 27,0457, 27,6934 e 32,4785 ± 0,05 grau 2θ, e um agente antibacteriano, em que o agente antibacteriano é cefepime; em que o espectro de XRPD compreende cinco ou mais picos dos referidos picos; em que o espectro de XRPD apresenta um, dois, três, quatro ou todos os cinco picos selecionados dentre os picos com ângulos 2θ de: 12,73, 15,36, 15,95, 16,42 e 20,48 ± 0,05 grau 2θ; em que o composto cristalino apresenta uma curva de análise termogravimétrica (TGA) mostrando um evento endotérmico a cerca de 160°C; e em que o composto cristalino apresenta um perfil de DSC mostrando um pico exotérmico a aproximadamente 184°C.
2. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende mais de 90 % de um único polimorfo cristalino do composto.
3. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o composto cristalino de fórmula (I) apresenta uma pureza química de pelo menos 95% em peso.
BR112016010282-7A 2013-11-08 2014-11-07 Composição farmacêutica compreendendo um inibidor de betalactamase cristalino BR112016010282B1 (pt)

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GB1408643.3 2014-05-15

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