BRPI0820956B1 - Composição nutricional enteral líquida esterilizada, método para produzir a composição, uso de uma composição nutricional, e, uso simultâneo ou seqüencial de caseína micelar e, opcionalmente, caseinato - Google Patents

Composição nutricional enteral líquida esterilizada, método para produzir a composição, uso de uma composição nutricional, e, uso simultâneo ou seqüencial de caseína micelar e, opcionalmente, caseinato Download PDF

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Description

(54) Título: COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL ENTERAL LÍQUIDA ESTERILIZADA, MÉTODO PARA PRODUZIR A COMPOSIÇÃO, USO DE UMA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL, E, USO SIMULTÂNEO OU SEQUENCIAL DE CASEÍNA MICELAR E, OPCIONALMENTE, CASEINATO (51) lnt.CI.: A23L 33/00; A23C 1/12; A61P 3/02; A23L 33/17 (30) Prioridade Unionista: 05/12/2007 NL PCT/NL2007/050626, 09/06/2008 EP 08157877.5, 09/06/2008 US 61/059865, 14/11/2008 EP 08169152.9, 19/06/2008 EP PCT/EP2008/004938 (73) Titular(es): N.V. NUTRICIA (72) Inventor(es): MARCEL MINOR; EDWARD LUCIAN SLIWINSKI; NATALIE ELIZABETH HOTRUM; WYNETTE HERMINA AGNES KIERS; SUZANNE VAN STEENIS; ARJAN WATERINGK; ESTHER JACQUELINE DE KORT “COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL ENTERAL LÍQUIDA ESTERILIZADA, MÉTODO PARA PRODUZIR A COMPOSIÇÃO, USO DE UMA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL, E, USO SIMULTÂNEO OU SEQUENCIAL DE CASEÍNA MICELAR E, OPCIONALMENTE, CASEINATO”
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção pertence ao campo das composições nutritivas enterais líquidas.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
A presente invenção no geral diz respeito a uma composição enteral líquida estável em prateleira para fornecer nutrição, como um suplemento, ou como uma nutrição completa, que compreende uma alta quantidade de caseína micelar nativa.
Alguns pacientes precisam de nutrição, como um suplemento, ou como uma nutrição completa, no menor volume de líquido. Um cuidado especial deve ser tomado com relação aos seus níveis de proteína.
Estes pacientes podem ser pacientes caquéticos ou pessoas que sofrem de AIDS em estágio terminal, câncer ou tratamento do câncer, doenças pulmonares graves como COPD (doença pulmonar obstrutiva crônica), tuberculose e outras doenças infecciosas ou pessoas que sofreram uma cirurgia severa ou traumas, como queimaduras. Além disso, as pessoas que sofrem de distúrbios na garganta ou boca tais como câncer esofágico ou estomatite e pessoas tendo problemas para engolir como pessoas disfágicas, precisam de nutrição líquida especial de baixo volume. Além disso, pessoas que apenas sofrem de apetite reduzido ou perda de sabor, se beneficiarão da alimentação de baixo volume, preferivelmente, líquida.
Estes pacientes também podem ser pessoas de idade avançada, em particular, em idosos debilitados e idosos no risco de se tomar debilitados. A este respeito, embora as necessidades energéticas de uma pessoa de idade avançada sejam reduzidas, sua capacidade de consumir produtos também pode ser diminuída. Por exemplo, estes podem ter dificuldade de consumir um produto devido a, por exemplo, dificuldades de engolir, ou devido a uma quantidade muito grande do produto que precisam consumir para satisfazer a ingestão diária de nutrientes. Consequentemente, a complacência não é ótima, e muitas vezes, a ingestão é sub-ótima, levando a nutrição sub-ótima, e no final, à subnutrição.
Os grupos acima mencionados de pacientes podem ser sensíveis de maneira extrema com relação à consistência alimentar e com as propriedades organolépticas do produto tais como, por exemplo, viscosidade, paladar, sabor, cheiro e cor. Além disso, os pacientes tais como os pacientes caquéticos, sofrem de maneira típica de uma fraqueza extrema que muitas vezes os impedem de sentar em uma posição vertical e de sua capacidade de beber o alimento de uma caixa de papelão ou mesmo de sugá-lo com um canudo. Estes pacientes se beneficiam bem das composições líquidas enterais de baixo volume com um alto teor de nutrientes, em particular proteínas.
Contudo, o aumento de calorias e/ou proteínas em uma composição líquida nutritiva pode aumentar a viscosidade geral da composição. Isto pode tomar s composição líquida nutritiva difícil de consumir ou administrar, e também pode diminuir o sabor da composição nutritiva. Além disso, dificuldades técnicas existem na produção, em particular, de uma composição líquida nutritiva estável em prateleira tendo um alto teor de proteínas.
Portanto, o problema básico da presente invenção é fornecer uma composição enteral líquida estável em prateleira para fornecer nutrição, como um suplemento, ou como uma nutrição completa, com um alto teor de uma proteína intacta como fonte de proteínas principal, no menor volume de líquido, e que forneça nutrição e bem estar, nos diferentes grupos de pacientes mencionados acima, em particular a uma pessoa idosa ou um paciente doente.
Dificuldades técnicas principais existem na produção de tal composição líquida para nutrição enteral estável em prateleira com um alto teor de proteínas, em particular proteínas intactas.
Por exemplo, o aumento da quantidade de proteínas leva à precipitação e sedimentação das proteínas e outros ingredientes, tais como lipídeos e carboidratos digestíveis, que comunicam a ingestão de nutrientes.
Concentrar os líquidos também aumenta a chance de interações indesejadas entre os ingredientes o que reduz a estabilidade, especialmente durante o aquecimento e armazenamento de longo período. Estável em prateleira é definido como tendo uma estabilidade de mais do que 6 meses na prateleira sob condições de normais de armazenamento, isto é, em uma temperatura ambiente entre 18 e 25 °C, e em uma pressão atmosférica padrão.
Além disso, aumentar o teor de proteína em uma composição líquida nutricional pode aumentar a viscosidade geral da composição. Isto pode tomar a composição líquida nutricional difícil de consumir ou administrar, e também pode diminuir o sabor da composição nutricional. Este fenômeno muitas vezes segue as cinéticas não lineares e os problemas aumentam rapidamente em magnitude quando a concentração de ingredientes é aumentada acima de 28 % em peso. Portanto, muitos dos produtos líquidos comerciais estáveis em prateleiras que no presente são disponíveis têm níveis de proteína intactos abaixo de cerca de 9 g por 100 ml de produto.
Uma solução conhecida ao problema de como aumentar os níveis de proteína a um nível mais alto sem prejudicar a viscosidade é substituir parte da proteína total por peptídeos ou aminoácidos livres. Contudo, isto diminui seriamente a avaliação do sabor e, portanto a ingestão voluntária da composição nutricional pelo grupo de pacientes.
Por outro lado, muitos concentrados como leites condensados sofrem de um perfil de nutrientes incompletos, níveis de lactose muito altos, paladar viscoso, viscosidade alta, doçura extrema e um alto valor osmótico, que não é apreciável pelo consumidor e aumenta rapidamente sensações de satisfação e saciedade após o consumo. Isto faz com que a compulsão de consumir mais volume more volume se degenere rapidamente uma vez que uma pequena quantidade do produto foi consumida.
TÉCNICA ANTERIOR
A WO 02/098242 Al (Nestlé, 12 de dezembro de 2002) divulga um suplemento líquido oral caloricamente denso (2,25 kcal/ml) com base em uma (60:40) mistura isolado/caseinato de proteína de soja com um nível de proteína de 9 g/100 ml (16 En%), 12,25 g/100 ml de gordura (49 En%), e 19,7 g/100 ml de carboidratos digeríveis (35 En%).
A US 5.683.984 (Nestec S.A.) e a patente EP 0 686 396 Bl correspondente ensinam a substituir todo o caseinato em um formulação de energia nutritiva média (1 kcal/ml) através da caseína micelar nativa para obter uma formulação que essencialmente contem caseína micelar nativa com uma viscosidade baixa e uma estabilidade térmica de resistência na esterilização. Esta divulga uma composição que contem um máximo de 7 % em volume de caseína micelar nativa. Contudo, o documento anterior não ensina a substituir somente parte do caseinato pela caseína micelar nativa em uma formulação nutritiva de alta proteína de alta energia e os problemas que surgiríam fazendo isso, nem mostra a baixa estabilidade em prateleira e ao calor, nem toma medidas para superar os ditos problemas com as formulações de acordo com nossa invenção.
O produto RESOURCE® 2,0 comercialmente disponível é um produto de alta caloria da Novartis (2 kcal/ml), com base em uma mistura de caseinato de cálcio e sódio como fonte de proteínas, que compreende de 9 g/100 ml de proteínas (18 En%), 8,7 g/100 ml de gordura (39 En%), e 21,4 g/100 ml de carboidratos digeríveis (43 En%), e é fornecido em uma unidade de dosagem de 237 ml.
O produto VHC® 2,25 comercialmente disponível é um produto de alta caloria da Nestlé (2,25 kcal/ml), com base em uma mistura de caseinato de cálcio e potássio e proteína isolada de soja como fonte de proteínas, que compreende 9 g/100 ml de proteínas (16 En%), 12 g/100 ml de gordura (48 En%) e 19,7 g/100 ml de carboidratos digeríveis (35 En%), e é fornecido em uma unidade de dosagem de 250 ml.
O produto FRESUBIN® 2,0 comercialmente disponível é um produto de alta caloria da Fresenius (2 kcal/ml), com base em proteínas do leite não especificadas como fonte de proteínas, que compreende 10 g/100 ml de proteínas (20 En%), 7,8 g/100 ml de gordura (35 En%), e 22,5 g/100 ml de carboidratos digeríveis (45 En%), e é fornecido em uma unidade de dosagem de 200 ml.
O produto PRO-CAL SHOT® comercialmente disponível é um produto de alta caloria da Vitaflo International Ltd (3,34 kcal/ml), com base em leite em pó desnatado e caseinato de sódio como fonte de proteínas, que compreende 6,7 g/100 ml de proteínas (8 En%), 28,2 g/100 ml de gordura (76 En%), e 13,4 g/100 ml de carboidratos digeríveis (16 En%), e é fornecido em uma unidade de dosagem de 250 ml.
O produto TwoCal® HN comercialmente disponível é um produto de alta caloria da Abbott Laboratories (Ross Nutrition) (2 kcal/ml), com base em caseinato de sódio e cálcio como fonte de proteínas, que compreende 8,4 g/100 ml de proteínas (16,7 En%), 8,9 g/100 ml de gordura (40,1 En%), e 21,6 g/100 ml de carboidratos digeríveis (43,2 En%), e é fornecido em uma unidade de dosagem de 237 ml.
A WO-2008/041219 (Kerry Group Services International Limited, 10 de abril de 2008) divulga uma composição de proteína de leite em pó que compreende pelo menos 12,5 % em peso de uma proteína do leite de digestão lenta, em particular caseína micelar. A composição de proteínas do leite é primeiro fornecida na forma de um pó, que é depois usada nas bebidas, sobremesas, doces, produtos assados ou lácteos, sem pasteurização ou esterilização. Um líquido de alta proteína agitado contendo 11,4 % de Ultra Bio-M® (cerca de 8 % em peso da proteína) é exemplificado. Um alto teor de proteína de mais do que 10 % em peso e os problemas associados não foram divulgados.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção exemplifica uma composição enteral líquida nutritiva com um alto teor de proteína, projetada para satisfazer as necessidades nutritivas de pessoas em necessidade disto, em particular pessoas idosas e pacientes com certos estados de doenças. Em um aspecto, a presente invenção exemplifica uma composição enteral líquida nutritiva que compreende até um grau extenso a caseína micelar nativa, indicada satisfazer as necessidades nutritivas de pessoas em necessidade desta, em particular pessoas idosas e pacientes com certos estados de doenças. A composição exemplifica uma quantidade aumentada de proteína por volume de unidade enquanto fornecendo uma viscosidade suficientemente baixa para permitir que a composição seja facilmente consumida de maneira oral ou seja administrada por um tubo. Além disso, o sabor da composição não é diminuído.
Para esta finalidade, em um primeiro aspecto da presente invenção, uma composição enteral líquida nutritiva é exemplificada a qual compreende de 10 a 20 g de proteína por 100 ml da composição, em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende a caseína micelar nativa.
Em particular, uma composição enteral líquida nutritiva é exemplificada em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende caseína micelar nativa, fornecendo de 10 % a 100 % do teor de energia total da composição, a dita proteína compreendendo em um grau extenso, a caseína micelar.
A caseína micelar, também indicada como caseína micelar nativa, se refere à caseína na forma de micelas. Esta é uma proteína do leite de alta qualidade e de ocorrência natural no leite, em uma concentração de cerca de 2,6 g/100 ml (Dairy Science and Technology, Walstra et al., CRC Press, 2006). Esta é concentrada por um processo que não desnatura, ou não desnatura substancialmente as proteínas de caseína e comercializada como Isolado de Caseína Micelar (MCI). O leite desnatado fresco é submetido a um processo de microfiltração, no mesmo usado processo usado para concentrar a proteína do soro do leite, para produzir uma proteína do soro do leite pura e substancialmente não desnaturada com sua estrutura nativa. O material restante contem entre 90 % e 95 %, preferivelmente mais do que 95 % em peso de caseína micelar, o restante sendo principalmente proteína do soro do leite e outro nitrogênio que não proteína e outros constituintes, tais como lactose e sais inorgânicos, em particular fosfato de cálcio. As micelas de caseína geralmente têm um raio hidrodinâmico de 40 a 400 nm, um peso molecular de 106 a 109 Dalton e uma razão em peso de cálcio:fósforo de 1,4 para 2,4. Estas têm uma viscosidade intrínseca baixa e uma composição líquida que compreende o dito MCI é portanto fácil de beber.
Ao contrário, a caseína como é usada no contexto desta invenção se refere a uma forma coagulada de caseína, tendo perdido sua estrutura micelar nativa. Esta é ligada a um metal, tal como sódio, cálcio e magnésio.
Dentro do contexto desta invenção, é entendido que a caseína micelar também pode ser fornecida por outras fontes de proteínas do leite, tais como, por exemplo, fontes que essencialmente preservam a razão natural de 80:20 de caseína para soro do leite, tal como Concentrado de Proteína do Leite (MPC), que é um produto em pó usualmente preparado pela ultrafiltração com um teor médio de proteína de cerca de 80 % em peso, Isolado de Proteína do Leite (MPI), um produto em pó usualmente preparado através da precipitação com um teor médio de proteína de mais do que 85 % em peso, e leite desnatado concentrado.
Dentro do contexto desta invenção, é entendido que a caseína micelar também pode ser fornecida por outras fontes de proteínas do leite, tais como, por exemplo, fontes que essencialmente preservam a razão natural de 80:20 de caseína para soro do leite, tal como Concentrado de Proteína do Leite (MPC), que é um produto em pó usualmente preparado pela ultrafiltração com um teor médio de proteína de cerca de 80 % em peso, Isolado de Proteína do Leite (MPI), um produto em pó usualmente preparado através da precipitação com um teor médio de proteína de mais do que 85 % em peso, e leite desnatado concentrado.
Um problema associado com o uso de isolado de caseína micelar na produção de composições nutritivas enterais líquidas com um alto teor de proteína é a dissolução de grandes quantidades de pós de proteínas na pequena quantidade de água. Um estado intermediário viscoso é produzido o qual é difícil de manusear e processar. Especialmente nas formulações altamente densas em proteína, a viscosidade pode ser muito alta de bombear, aquecer, resfriar ou homogeneizar a solução, todos estes processos sendo necessários para obter o produto final. E óbvio que somente o produto final tratado por calor (através de pasteurização ou esterilização) precisa ter uma viscosidade baixa tal que possa ser consumido oralmente ou por um tubo.
Outro problema associado com o uso da caseína micelar na produção das composições nutritivas enterais líquidas com um alto teor de proteína e também contendo ácidos, em particular ácido cítrico, é a formação dos complexos de cálcio-ácido, tais como citrato de cálcio. Em particular, o ácido cítrico é adicionado à composição para ajustar o pH e também ajustar a atividade do íon de Ca. Uma certa atividade do íon de Ca é benéfica para manter uma viscosidade desejada da composição durante o processamento da composição, por exemplo, durante a pasteurização e/ou esterilização. O cálcio, que se origina da caseína micelar, tende a reagir com ácido, em particular o ácido cítrico, deste modo formando os cristais de citrato de cálcio, que precipitam quando a acidez da composição aumenta com o tempo (diminuição do pH), dando origem a uma baixa estabilidade em prateleira. Já em um pH de 6,9, a formação de cristais de citrato de Ca está progredindo.
Por outro lado, uma certa atividade de íons de Ca é benéfica para manter uma viscosidade desejada da composição durante o processamento da composição, por exemplo, durante a pasteurização e/ou esterilização. Em particular, uma certa atividade de íons de Ca é benéfica para prevenir um aumento da viscosidade durante o aquecimento. Deste modo, além da estabilidade em prateleira, é um problema alcançar uma viscosidade apropriada quando usando a caseína micelar.
Estes problemas foram agora surpreendentemente resolvidos pelos inventores usando um método específico, em uma forma de realização particular, para uma composição que compreende caseína micelar e opcionalmente um caseinato.
Em outro aspecto, a presente invenção diz respeito a um método de produzir uma composição enteral líquida nutritiva que compreende de 10 a 20 g de proteína por 100 ml da composição, em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende caseína micelar nativa, em que a dita solução de proteínas é submetida a uma etapa de evaporação
Em outro aspecto, a presente invenção diz respeito a um método de fornecer nutrição a uma pessoa em necessidade desta, que compreende as etapas de administrar à dita pessoa a composição nutritiva de acordo com a presente invenção.
Em um terceiro aspecto, a presente invenção diz respeito ao uso da caseína micelar e opcionalmente caseinato na fabricação de uma composição líquida nutritiva de acordo com a presente invenção para fornecer nutrição a uma pessoa.
No contexto desta invenção, o termo “pelo menos” também inclui o ponto de partida da faixa aberta. Por exemplo, uma quantidade de “pelo menos 95 % em peso” significa qualquer quantidade igual a 95 % em peso ou acima.
No contexto desta invenção, enteral significa oral ou através de um tubo.
No contexto desta invenção, o % de energia total também é abreviado como En%; En% é deste modo, a abreviação para a porcentagem de energia e representa a quantidade relativa que um constituinte contribui para o valor calórico total da composição.
No contexto desta invenção, o termo “cerca de” indica que um certo desvio é deixado a partir do um valor citado, a magnitude deste sendo determinada entre outras coisas, pela precisão do método de determinação. Tipicamente, um tal desvio é de 10 %.
No contexto desta invenção, as proteínas “não-hidrolisadas” são equivalentes às proteínas “intactas”, significando que as proteínas não foram, ou não foram substancialmente submetidas a um processo de hidrólise. Contudo, as quantidades menores de proteínas hidrolisadas podem estar presentes na fonte das proteínas não-hidrolisadas, ou podem ser adicionadas à formulação, tal como aminoácidos adicionais, tais como por exemplo aminoácidos de cadeia ramificada, por exemplo leucina, isoleucina, valina e outros. Neste contexto, “menor” deve ser entendido como uma quantidade de cerca de 10 % em peso ou menos, com base na proteína total.
No contexto desta invenção, proteína intacta do leite é definida como uma proteína do leite no seu estado nativo que se origina do leite.
No contexto desta invenção, é entendido que “líquida” se refere a uma composição com base em água, tal como uma solução ou uma suspensão, tendo uma viscosidade de 200 mPa.s ou menos, como determinado a 20 °C em um reômetro rotacional em uma taxa de cisalhamento de 100 s'1. Um valor de cerca de 200 mPa.s é aqui definido como um limite de viscosidade superior empírico, acima do qual, um sistema líquido tem uma viscosidade inaceitavelmente alta para ser prontamente bebível. E preferível fornecer uma composição tendo uma viscosidade de menos do que 200 mPa.s, mais preferivelmente 150 mPa.s ou menos.
No contexto deste pedido, “principal” deve ser interpretado como pelo menos 70 % em peso, mais preferivelmente pelo menos 80 % em peso, ainda mais preferivelmente pelo menos 90 % em peso.
A invenção será agora explicada descrevendo-se as formas de realização preferidas da presente invenção em maiores detalhes.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Proteína
De acordo com uma forma de realização da presente invenção, uma composição enteral líquida nutritiva é fornecida a qual compreende de 10 a 20 g de proteína por 100 ml da composição, preferivelmente pelo menos 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 ou 19 g e no máximo 20 g de proteína por 100 ml da composição, preferivelmente 11 a 18 g/100 ml, mais preferivelmente 12 a 18 g/100 ml, e mais preferivelmente de 14 a 18 g/100 ml da composição, em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende a caseína micelar nativa.
De acordo com outra forma de realização da presente invenção, a composição enteral líquida nutritiva da invenção compreende opcionalmente no máximo 30 % em peso de caseinato, com base no peso total da proteína.
De acordo com outra forma de realização da presente invenção, a proteína fornece de 10 % a 100 %, preferivelmente de 20 % a 80 %, mais preferivelmente de 30 % a 70 %, mais preferivelmente DE 30 % A 60 % DO teor de energia total Da composição. Os altos níveis de proteína são benéficos para os pacientes que podem não ser fisicamente capazes de receber um grande volume, por exemplo, pacientes restringidos à fluidos. A tais pacientes pode ser dado um nível reduzido de fluido enquanto ainda recebendo uma quantidade necessária de sustento nutritivo por dia. A composição pode ser usada como uma nutrição completa, além de ou como uma substituição para um consumo de refeição normal. A composição também pode ser usada como um suplemento, além do consumo de refeição normal, quando a ingestão de gorduras e carboidratos é de menos importância.
De acordo com outra forma de realização da presente invenção, a composição tem uma densidade energética de pelo menos 0,50 kcal/ml, mais preferivelmente pelo menos 1,0 kcal/ml, particularmente pelo menos 1,5 kcal/ml da composição.
De acordo com outra forma de realização da presente invenção, a composição tem uma densidade energética de menos do que 2,0 kcal/ml. Embora a composição tenha uma alta densidade energética, esta também têm uma viscosidade suficientemente baixa para permitir que seja consumida por pessoas que podem ter dificuldade de engolir os produtos ou aqueles são alimentados por um tubo.
Em uma forma de realização da presente invenção, a quantidade de caseína micelar nativa na composição líquida nutritiva de acordo com a invenção é de pelo menos 70 % em peso, preferivelmente pelo menos 80 % em peso, mais preferivelmente pelo menos 90 % em peso, mais preferivelmente pelo menos 95 % em peso e no máximo 100 % em peso da proteína total presente na composição líquida nutritiva.
Como acima mencionado, a composição da presente invenção não deve conter grandes quantidades de proteínas outras que não caseína micelar e opcionalmente no máximo 30 % em peso de caseinato. Em outra forma de realização da presente invenção, a composição pode compreender até cerca de 15 % em peso de soro do leite, preferivelmente menos do que ou igual a 10 % em peso de soro do leite, mais preferivelmente, menos do que ou igual a 5 % em peso de soro do leite da proteína total presente na composição líquida nutritiva.
Em uma forma de realização da presente invenção, caseinato de Na, caseinato de Mg, caseinato de K ou qualquer mistura destes ou combinações destes tais como caseinato de Na/K- e caseinato de Na/Mg são usados como a fonte de caseinato. Preferivelmente, o caseinato de Ca, ou um caseinato que compreende Ca não é usado, ao passo que a caseína micelar já contem uma quantidade suficiente de cálcio, e a formação de outros cristais de cálcio deve ser evitada. Preferivelmente, o caseinato de Na é usado.
Em uma forma de realização da presente invenção, a razão em peso da caseína micelar para caseinato varia de cerca de 100:0 a cerca de 70:30. Preferivelmente, a razão em peso da caseína micelar para caseinato varia de cerca de 80:20 a cerca de 100:0.
A composição de acordo com a invenção é indicada para suplementar a dieta de uma pessoa ou para fornecer a sustento nutritivo completo. Consequentemente, a composição de acordo com a invenção também pode compreender pelo menos gordura e/ou carboidrato e/ou uma fonte de vitaminas e minerais e/ou uma fonte de carboidratos não-digeríveis. Preferivelmente, a composição de acordo com a invenção é uma composição completa do ponto de vista nutricional.
Gordura
Em uma forma de realização, a presente composição enteral líquida nutritiva também compreende gordura. A quantidade de gordura pode variar entre 5 e 95 %, preferivelmente entre 10 a 70 %, mais preferivelmente entre 20 a 40 %, com relação ao teor de energia total da composição.
Com relação ao tipo de gordura, uma ampla escolha é possível, contanto que a gordura seja de qualidade alimentícia.
A gordura pode ser uma gordura animal ou gordura vegetal ou ambas. Embora as gorduras animais tais como lardo ou manteiga têm valores calóricos e nutritivos essencialmente iguais, e podem ser usados permutavelmente, os óleos vegetais são altamente preferidos na prática da presente invenção devido à sua pronta disponibilidade, fácil de formular, ausência de colesterol e baixa concentração de ácidos graxos saturados. Em uma forma de realização, a presente composição compreende óleo de semente de colza, óleo de milho e/ou óleo de girassol.
A gordura pode incluir uma fonte de ácidos graxos de cadeia média, tal como triglicerídeos de cadeia média (MCT, principalmente 8 a 10 átomos de carbono de extensão), uma fonte de ácidos graxos de cadeia longa, tal como triglicerídeos de cadeia longa (LCT) e ácidos graxos ligados a fosfolipídeos tais como EPA ou DHA ligados a fosfolipídeos, ou qualquer combinação de dois tipos de fontes. As MCTs são benéficas porque são facilmente absorvidas e metabolizadas em um paciente metabolicamente estressado. Além disso, o uso das MCTs reduzirá o risco de má-absorção de nutrientes. As fontes de LCT, tais como óleo de canola, óleo de semente de colza, óleo de girassol, óleo de soja, óleo de oliveira, óleo de coco, óleo de palmeira, óleo de linhaça, óleo marinho ou óleo de milho são benéficos porque é conhecido que as LCTs podem modular a resposta imune no corpo humano.
Em uma forma de realização específica, a gordura compreende de 30 a 60 % em peso de gordura animal, algal ou fungica, 40 a 70 % em peso de gordura vegetal e opcionalmente de 0 a 20 % em peso de MCTs com base na gordura total da composição. A gordura animal preferivelmente compreende uma baixa quantidade de gordura do leite, isto é, menos do que 6 % em peso, especialmente menos do que 3 % em peso com base na gordura total. Em particular, uma mistura de óleo de milho, óleo de ovos, e/ou óleo de canola e quantidades específicas de óleo marinho é usada. Os óleos de ovos, óleos de peixes e óleos de algas são uma fonte preferida de gorduras não vegetais. Especialmente para composições que devem ser oralmente consumidas, de modo a prevenir a formação de um sabor estranho e diminuir um sabor restante de peixe, é recomendado selecionar os ingredientes que são relativamente baixos em ácido docosaexanóico (DHA), isto é, menos do que 6 % em peso, preferivelmente menos do que 4 % em peso com base na gordura total. Os óleos marinhos contendo DHA são preferivelmente presentes na composição de acordo com a invenção em uma quantidade de menos do que 25 % em peso, preferivelmente menos do que 15 % em peso com base na gordura total. Por outro lado, a inclusão do ácido eicosapentanóico (EPA) é altamente desejável para obter o máximo de efeito na saúde. Portanto, em outra forma de realização, a quantidade de EPA pode variar entre 4 % em peso e 15 % em peso, mais preferivelmente entre 8 % em peso e 13 % em peso com base na gordura total. A razão em peso de EPA:DHA é vantajosamente de pelo menos 6:4, por exemplo entre 2:1 e 10:1. Ainda em outra forma de realização, a quantidade de EPA é muito baixa, tal como 0,1 a 1 % em peso, preferivelmente 0,3 % em peso ou 0,6 % em peso, com base na gordura total.
Além disso, a composição líquida nutritiva de acordo com a invenção pode compreender beneficamente um emulsificador. Os emulsificadores comumente conhecidos podem ser usados e geraimente, o emulsificador contribui com o teor de energia da gordura na dita composição.
Carboidrato digerível
Em uma forma de realização da presente invenção, a composição líquida nutritiva de acordo com a invenção também compreende um carboidrato digerível. Preferivelmente, o carboidrato digerível fornece pelo menos 40 % do teor de energia total da composição de acordo com a invenção. O carboidrato digerível pode compreender carboidratos simples ou complexos, ou qualquer mistura destes. São adequados para o uso na presente invenção glicose, frutose, sacarose, lactose, trealose, palatinose, xarope de milho, malte, maltose, isomaltose, amido de milho parcialmente hidrolizado, maltodextrinas, oligo- e poli-sacarídeos de glicose.
A composição de carboidrato digerível preferivelmente é tal que altas viscosidades, doçura excessiva, caramelização excessiva (reações de Maillard) e osmolaridades excessivas são evitadas. As viscosidades e osmolaridades aceitáveis podem ser obtidas ajustando-se o tamanho médio das cadeias (grau médio de polimerização, DP) dos carboidratos digeríveis entre 1,5 e 6, preferivelmente entre 1,8 e 4. De modo a evitar a doçura excessiva, o nível total de sacarose e frutose é de menos do que 52 % e preferivelmente menos do que 40 % do peso do carboidrato, especialmente do carboidrato digerível. Os carboidratos digeríveis de cadeia longa tais como amido, frações de amido e hidrolisados suaves de milho (DP > 6, DE < 20), também podem estar presentes, preferivelmente em uma quantidade de menos do que 25 % em peso, especialmente menos do que 15 % em peso do carboidrato digerível, e menos do que 6 g/100 ml, preferivelmente menos do que 4 g/100 ml da composição enteral líquida total de acordo com a invenção.
Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um alto DE (equivalente de dextrose). Em uma forma de realização, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um DE de > 20, preferivelmente > 30 ou ainda > 40, tal como um DE de cerca de 47. Surpreendentemente, o uso de maltodextrose leva a pouco ou nenhum produto de reação de Maillard no aquecimento. Sem ser ligado à qualquer explicação, este efeito pode ser atribuído ao fato de que a estrutura micelar compacta da caseína micelar oferece poucos locais de reação de lisina para uma reação de Maillard. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um alto DE em uma quantidade de pelo menos 35 % em peso, preferivelmente pelo menos 50 % em peso, preferivelmente pelo menos 65 % em peso, preferivelmente pelo menos 90 % em peso do peso total do carboidrato digerível. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um baixo DE de 2 a 20. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um baixo DE de 2 a 10, preferivelmente com um baixo DE de cerca de 2. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um baixo DE em uma quantidade de menos do que 35 % em peso, preferivelmente menos do que 20 % em peso, preferivelmente menos do que 10 % em peso do carboidrato digerível. A maltodextrose com um baixo DE também pode ser indicado como maltodextrina. Em outra forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui maltodextrose com um alto DE, preferivelmente um DE de > 20, preferivelmente > 30 ou ainda > 40, mais preferivelmente um DE de cerca de 47 em combinação com maltodextrose com um baixo DE, preferivelmente um baixo DE de 2 a 20, mais preferivelmente um baixo DE de 2 a 10, mais preferivelmente com um baixo DE de cerca de 2. Como é conhecido, a maltodextrose com um baixo DE, tal como de cerca de 2, dá origem a uma alta viscosidade. A maltodextrose com um alto DE, tal como de cerca de 47 dá origem a uma viscosidade baixa, mas é muito doce. A combinação de ambas maltodextroses otimiza o equilíbrio entre doçura e viscosidade. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui pelo menos 65 % em peso, preferivelmente pelo menos 90 % em peso, com base no peso total de carboidrato digerível de maltodextrose com um DE de >40, preferivelmente com um DE de cerca de 47 e 0 a 10 % em peso de maltodextrose com um DE de 2 a 10, preferivelmente com um DE de cerca de 2.
Em outra forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui trealose. Como foi indicado, este é um dos objetivos principais da invenção para fornecer uma composição nutritiva com uma viscosidade baixa. A sacarose é muito bem adequada para tal propósito, mas dá origem a composições muito doces, que são em geral, não apreciadas pelo consumidor. A maltodextrose com um baixo DE, tal como de cerca de 2, não sofre das últimas desvantagens, mas dá origem a uma alta viscosidade. A maltodextrose com um alto DE, tal como de cerca de 47 dá origem a uma viscosidade baixa, mas é novamente muito doce, e também dá origem às reações de Maillard indesejadas. A trealose é uma escolha preferida de carboidrato, ao passo que dá origem a uma viscosidade baixa, a nenhuma reações de Maillard e tem uma doçura de cerca de metade da sacarose. Em uma forma de realização da presente invenção, o carboidrato digerível inclui trealose em uma quantidade de 20 % a 60 % do peso do carboidrato, em uma quantidade de 20 % a 45 %, mais preferivelmente em uma quantidade de % a 45 % do peso do carboidrato digerível.
Vitaminas e minerais
A composição de acordo com a invenção pode conter uma variedade de vitaminas e minerais. Em geral, a composição de acordo com a invenção preferivelmente inclui pelo menos 100 % da United States Recommended Daily Allowance (USRDA) de vitaminas e minerais em um uma porção de um litro.
Em uma forma de realização da presente invenção, a composição de acordo com a invenção fornece todas as vitaminas e minerais necessários. Por exemplo, a composição de acordo com a invenção preferivelmente fornece 6 mg de zinco por 100 ml da composição que é benéfica para o reparo do tecido em um paciente em cura. Preferivelmente, a composição de acordo com a invenção (também) fornece 25 mg de vitamina C por 100 ml da composição para auxiliar os pacientes com necessidades de cura mais severas. Além disso, preferivelmente, a composição de acordo com a invenção (também) fornece 2,25 mg de ferro por 100 ml da composição. O ferro é benéfico em manter os fluidos corporais bem como funções do sistema circulatório de um paciente idoso.
Em outra forma de realização da presente invenção, a quantidade de íons divalentes varia entre 170 mg/100 ml e 230 mg/100 ml e preferivelmente entre 180 mg/100 ml e 220 mg/100 ml. Preferivelmente, a quantidade de cálcio varia entre 155 mg/100 ml e 185 mg/100 ml e preferivelmente entre 160 mg/100 ml e 180 mg/100 ml. O teor de fósforo pode ser acima de 10 mg por g de proteína, com uma razão em peso de cálcio para fósforo entre 1,0 e 2,0, preferivelmente entre 1,1 e 1,7. Camitina pode estar vantajosamente presente em uma quantidade de 8 mg/100 ml a 1000 mg/100 ml, preferivelmente 10 mg/100 ml a 100 mg/100 ml da composição; esta pode ter a forma de camitina, camitina de alquila, camitina de acila ou misturas destes. Os ácidos orgânicos estão preferivelmente presentes em um nível entre 0,1 g/100 ml a 6 g/100 ml, especialmente 0,25 g/100 ml a 0,5 g/100 ml. Estes ácidos incluem ácidos graxos curtos tais como ácido acético, ácidos de hidróxi tais como ácido lático, ácido glucônico, e preferivelmente ácidos de hidróxi polivalentes, tais como ácido málico e ácido cítrico. Em uma forma de realização da presente invenção, a presente composição também compreende ácido cítrico.
Carboidratos não-digeríveis
A composição enteral líquida nutritiva de acordo com a invenção pode ser opcionalmente fortificada com os carboidratos nãodigeríveis (fibras dietéticas) tais como frutoligossacarídeos ou inulina. Em uma forma de realização da presente invenção, a composição de acordo com a invenção compreende de 0,5 g/100 ml a 6 g/100 ml de carboidratos nãodigeríveis. As fibras dietéticas incluem oligossacarídeos não-digeríveis tendo um DP de 2 a 20, preferivelmente de 2 a 10. Mais preferivelmente, estes oligossacarídeos não contêm quantidades substanciais (menos do que 5 % em peso) de sacarídeos fora destas faixas de DP, e são solúveis. Estes oligossacarídeos podem compreender fruto-oligossacarídeos (FOS), transgalacto-oligossacarídeos (TOS), xilo-oligossacarídeos (XOS), oligossacarídeos de soja, e outros. Opcionalmente, também os compostos de alto peso molecular tal como inulina, polissacarídeos de soja, polissacarídeos de acácia (fibra de acácia ou goma arábica), celulose, amido resistente e outros podem ser incorporados na composição de acordo com a invenção. A quantidade de fibra insolúvel tal como celulose é preferivelmente de menos do que 20 % em peso da fração de fibra dietética da composição de acordo com a invenção, e/ou abaixo de 0,6 g/100 ml. A quantidade de polissacarídeos de engrossamento tais como carrageninas, xantanas, pectinas, galactomananas e outros polissacarídeos não digeríveis de alto peso molecular (DP > 50) é preferivelmente baixa, isto é, menos do que 20 % do peso da fração de fibras, ou menos do que 1 g/100 ml. Ao invés disso, os polissacarídeos hidrolizados tais como pectinas hidrolizadas e galactomananas podem ser vantajosamente incluídas.
Um componente de fibra preferido é um oligossacarídeo não digerível com uma extenção de cadeia (DP) de 2 a 10, por exemplo Fibersol® (oligoglicose resistente), em particular Fibersol® hidrogenado, ou uma mistura de oligossacarídeos tendo um DP de 2 a 10, tal como frutoligossacarídeos ou galacto-oligossacarídeos, que também podem conter uma pequena quantidade de sacarídeos superiores (por exemplo, com um DP de 11 a 20). Tais oligossacarídeos preferivelmente compreendem de 50 % em peso a 90 % em peso da fração de fibras, ou 0,5 g/100 ml a 3 g/100 ml da composição de acordo com a invenção. Outros componentes de fibras adequados incluem os sacarídeos que tem somente digestibilidade parcial.
Em uma forma de realização particular, a composição de acordo com a invenção compreende um ou mais dos fruto-oligossacarídeos, inulina, polissacarídeos de acácia, polissacarídeo de soja, celulose e amido resistente.
Em outra forma de realização da presente invenção, a composição de acordo com a invenção pode compreender uma mistura de oligossacarídeos neutros e ácidos como divulgado na WO 2005/039597 (N.V.
Nutricia), que é aqui incorporada por resistência na sua totalidade. Mais em particular, o oligossacarídeo ácido tem um grau de polimerização (DP) entre 1 e 5000, preferivelmente entre 1 e 1000, mais preferivelmente entre 2 e 250, ainda mais preferivelmente entre 2 e 50, mais preferivelmente entre 2 e 10. Se uma mistura de oligossacarídeos ácidos com diferentes graus de polimerização é usada, o DP médio da mistura de oligossacarídeo ácido é preferivelmente entre 2 e 1000, mais preferivelmente entre 3 e 250, ainda mais preferivelmente entre 3 e 50. O oligossacarídeo ácido pode ser um carboidrato homogêneo ou heterogêneo. Os oligossacarídeos ácidos podem ser preparados a partir de pectina, pectato, alginato, condroitina, ácidos hialurônicos, heparina, heparano, carboidratos bacterianos, sialoglicanos, íucoidano, fucoligossacarídeos ou carragenina, e são preferivelmente preparados à partir de pectina ou alginato. O oligossacarídeos ácido pode ser preparado a partir dos métodos descritos na WO 01/60378, que é aqui incorporada por referência. O oligossacarídeo ácido é preferivelmente preparado à partir de pectina altamente metoxilada, que é caracterizada por um grau de metoxilação acima de 50%. Como aqui usado, “grau de metoxilação” (também indicado como DE ou “grau de esterificação”) é intencionado significar o grau ao qual os grupos de ácido carboxílico contidos na cadeia de ácido poligalacturônico esterificaram (por exemplo, através da metilação). Os oligossacarídeos ácidos são preferivelmente caracterizados por um grau de metoxilação acima de 20 %, preferivelmente acima 50 % ainda mais preferivelmente acima de 70 %. Preferivelmente, os oligossacarídeos ácidos têm um grau de metilação acima de 20 %, preferivelmente acima de 50 % ainda mais preferivelmente acima de 70 %. O oligossacarídeo ácido é preferivelmente administrado em uma quantidade entre 10 mg e 100 gramas por dia, preferivelmente entre 100 mg e 50 gramas por dia, ainda mais preferivelmente entre 0,5 e 20 gramas por dia.
O termo oligossacarídeos neutros como usado na presente invenção se refere aos sacarídeos que têm um grau de polimerização de unidades de monose que excede 2, mais preferivelmente excedendo 3, ainda mais preferivelmente excedendo 4, mais preferivelmente excedendo 10, que não são somente digeridos de maneira parcial no intestino através da ação dos ácidos ou enzimas digestivas presentes no trato digestivo superior do ser humano (intestino delgado e estômago) mas que são fermentados pela flora intestinal humano e preferivelmente grupos em falta de ácido. O oligossacarídeo neutro é estruturalmente (quimicamente) diferente do oligossacarídeo ácido. O termo oligossacarídeos neutros como usado na presente invenção preferivelmente se refere aos sacarídeos que têm um grau de polimerização de oligossacarídeo abaixo de 60 unidades de monose, preferivelmente abaixo 40, ainda mais preferivelmente abaixo 20, mais preferivelmente abaixo 10. O termo unidades de monose se refere às unidades tendo uma estrutura de anel fechado, preferivelmente hexose, por exemplo, as formas de piranose ou furanose. O oligossacarídeo neutro preferivelmente compreende pelo menos 90 %, mais preferivelmente pelo menos 95 % de unidades de monose selecionadas do grupo que consiste de manose, arabinose, frutose, fucose, ramnose, galactose, β-D-galactopiranose, ribose, glicose, xilose e derivados destes, calculados no número total de unidades de monose neste contidas. Os oligossacarídeos neutros adequados são preferivelmente fermentados pela flora intestinal. Preferivelmente, o oligossacarídeo é selecionado do grupo que consiste de: celobiose (4-Ο-β-ϋglucopiranosil-D-glicose), celodextrinas ((4-O^-D-glucopiranosila)n Dglicose), B-ciclodextrinas (Moléculas cíclicas de α-Ι-4-ligado a D-glicose;
um-ciclodextrina-hexâmero, (3-ciclodextrina-heptâmero e γ-ciclodextrinaoctâmero), dextrina não digerível, gentioligossacarídeos (mistura de (resíduos 3-1-6 ligados à glicose, algumas ligações 1-4), glucooligossacarídeos (mistura de α-D-glicose), isomaltooligossacarídeos (resíduos de glicose ligados a a-1-6 lineares com algumas ligações 1-4), isomaltose (6-O-a-D-glucopiranosil-D23 glicose); isomaltriose (6-O-a-D-glucopiranosil-( 1 -6)-a-D-glucopiranosil-Dglicose), panose (6-O-a-D-glucopiranosil-( 1 -6)-a-D-glucopiranosil-(l -4)-Dglicose), leucrose (5-O-a-D-glucopiranosil-D-frutopiranosida), palatinose ou isomaltulose (6-O-a-D-glucopiranosil-D-frutose), teanderose (O-a-D5 glucopiranosil-( 1 -6)-O-a-D-glucopiranosil-( 1 -2)-B-D-ffutofuranosídeo), Dagatose, D-lixo-hexulose, lactosacarose (O-(3-D-galactopiranosil-(l-4)-O-aD-gluco-piranosil-( 1 -2)-(3 -D-frutoíuranosídeo), a-galactoligossacarídeos incluindo rafinose, estaquiose e outros oligossacarídeos de soja (O-a-Dgalactopiranosil-( 1 -6)-a-D-glucopiranosil-(3 -D-frutofuranosídeo), (3 10 galactoligossacarídeos ou transgalacto-oligossacarídeos ((3-D-galactopiranosil-(l-6)-[(3-D-glucopiranosil]n(l-4) α-D glicose), lactulose (4-O-(3-Dgalactopiranosil-D-frutose), 4’-galatosilatose (O-D-galacto-piranosil-( 1-4)-0(3-D-glucopiranosil-( 1 -4)-D-glucopiranose) galactoligossacarídeo sintético, (neogalactobiose, isogalactobiose, galsacarose, isolactose I, II e III), frutanos
- tipo Levano p-D-(2->6)-frutofuranosil)n α-D-glucopiranosídeo), frutanos tipo Inulina (3-D-((2->l)-frutofuranosil)n a-D-glucopiranosídeo), lf-βfrutofurano-silnistosa (P-D-((2->l)-ffutofuranosil)n B-D-frutofuranosídeo), xiloligo-sacarídeos (B-D-((l->4)-xilose)n, lafinose, lactosacarose e arabinoligo- sacarídeos.
De acordo com outra forma de realização preferida, o oligossacarídeo neutro é selecionado do grupo que consiste de frutanos, frutoligossacarídeos, dextrino galactoligossacarídeos não digeríveis (incluindo transgalactoligossacarídeos), xiloligossacarídeos, arabinoligo-sacarídeos, glucoligossacarídeos, manoligossacarídeos, fucoligo-sacarídeos e misturas destes. Mais preferivelmente, a oligossacarídeo neutro é selecionado do grupo que consiste de frutoligossacarídeos, galactoligossacarídeos e transgalactoligossacarídeos.
Os oligossacarídeos adequados e seus métodos de produção também são descritos em Laere K.J.M. (Laere, K.J.M., Degradation of structurally different oligosaccharides non-digestible by intestinal bactéria: glycosylhydrolases of Bi. adolescentis. PhD-thesis (2000), Wageningen Agricultural University, Wageningen, Países Baixos), conteúdo inteiro o qual é aqui incorporado por referência. Os transgalactoligossacarídeos (TOS) são por exemplo vendidos sob o nome comercial de Vivinal® (Borculo Domo Ingredientes, Países Baixos). A dextrina não digerível, que pode ser produzida pela pirólise do amido de milho, compreende ligações glicosídicas a(14~>4) e a(l->6), como são presentes no amido nativo, e conteml ligações l->2 e l->3 e levoglucosano. Devido a estas características estruturais, a dextrina não digerível contêm partículas ramificadas bem desenvolvidas que são parcialmente hidrolizadas pelas enzimas digestíveis humanas. Várias outras fontes comerciais de oligossacarídeos não digeríveis são prontamente disponíveis e conhecidas ao técnico habilitado. Por exemplo, o transgalactoligossacarídeo é disponível da Yakult Honsha Co., Tóquio, Japão. O oligossacarídeo de soja é disponível da Calpis Corporation e distribuído pela Ajinomoto E.U.A. Inc., Teaneck, N.J.
Em outra forma de realização preferida, a composição de acordo com a invenção compreende um oligossacarídeo ácido com um DP entre 2 e 250, preparado à partir de pectina, alginato, e misturas destes; e um oligossacarídeo neutro, selecionado do grupo de frutanos, frutoligossacarídeos, dextrinas não-digeríveis, galactoligossacarídeos incluindo transgalactoligossacarídeos, xiloligossacarídeos, arabinoligosacarídeos, glucoligossacarídeos, manoligossacarídeos, fucoligo-sacarídeos, e misturas destes.
Em outra forma de realização preferida, a composição de acordo com a invenção compreende dois oligossacarídeos neutros quimicamente diferentes. Foi descoberto que a administração do oligossacarídeos ácido combinado com dois oligossacarídeos neutros quimicamente distintos fornece um efeito estimulador imune sinergístico ótimo.
Preferivelmente a composição de acordo com a invenção compreende:
- um oligossacarídeos ácido como definido acima ;
- um oligossacarídeo neutro com base em galactose (do qual mais do que 50 % das unidades de monose são unidades de galactose), preferivelmente selecionadas do grupo que consiste de galactoligo-sacarídeo e transgalactoligossacarídeo; e
- uma oligossacarídeo neutro com base em frutose e/ou glicose 10 (do qual mais do que 50 % das unidades de monose são frutose e/ou glicose, preferivelmente unidades de frutose), preferivelmente inulina, frutano e/ou frutoligossacarídeo, mais preferivelmente frutoligo-sacarídeos de cadeia longa (com um DP médio de 10 a 60).
A mistura de oligossacarídeos ácidos e neutros é 15 preferivelmente administrada em uma quantidade de entre 10 mg e 100 grama por dia, preferivelmente entre 100 mg e 25 gramas por dia, ainda mais preferivelmente entre 0,5 e 20 gramas por dia.
Viscosidade e osmolaridadc
No contexto desta invenção, a viscosidade é medida em um 20 reômetro rotacional usando uma geometria de cone-placa a 20° C em uma taxa de cisalhamento de 100 s'1.
Em uma forma de realização da presente invenção, a viscosidade da composição enteral líquida nutritiva é de menos do que cerca de 200 mPa.s, preferivelmente menos do que 150 mPa.s, preferivelmente menos do que 100 mPa.s. Uma viscosidade baixa é ideal para administrar de maneira oral a composição enteral líquida nutritiva de acordo com a invenção porque uma pessoa pode consumir facilmente consume uma porção tendo uma viscosidade baixa tal como aquela divulgada pela presente invenção. Isto também é ideal para as unidades de dosagem que são alimentadas em tubo.
Em uma forma de realização da presente invenção, a osmolaridade da composição é preferivelmente de menos do que 900 mOsm/1, mais preferivelmente menos do que 800 mOsm/1, ainda mais preferível de menos do que 700 mOsm/1.
Em uma forma de realização da presente invenção, a densidade da composição varia entre 1,05 g/ml e 1,20 g/ml, especialmente entre 1,10 g/ml e 1,18 g/ml.
Unidade de dosagem
A composição líquida para nutrição enteral de acordo com a 10 invenção pode ter a forma de um alimento completo, isto é, pode satisfazer todas as necessidades alimentares do paciente. Como tal, esta preferivelmente contem de 1200 a 2500 kcal por dosagem diária. As quantidades de dosagem diária são dadas com relação a um fornecimento de energia diário de 2000 kcal a um adulto saudável tendo um peso corporal de 70 kg. Para pessoas de diferentes condições e diferentes pesos corporais, os níveis devem ser adaptados adequadamente. E entendido que a ingestão de energia diária média preferivelmente é de cerca de 2000 kcal. A alimentação completa pode estar na forma de unidades de dosagem múltiplas, por exemplo, de 4 (250 ml/unidade) a 20 unidades (50 ml/unidade) por dia para um fornecimento de energia de 2000 kcal/dia usando uma composição líquida para nutrição enteral de acordo com a invenção de 2,0 kcal/ml.
A composição líquida para nutrição enteral também pode ser um suplemento alimentício, por exemplo, as ser usado além de um alimento não médico. Preferivelmente como um suplemento, a composição líquida para nutrição enteral contem por dosagem diária de menos do que 1500 kcal, em particular como um suplemento, a composição líquida para nutrição enteral contem de 400 a 1000 kcal por dose diária. O suplemento alimentício pode estar na forma de unidades múltiplas de dosagem, por exemplo, de 2 (250 ml/unidade) a 10 unidades (50 ml/unidades) por dia para um fornecimento de um energia de 1000 kcal/dia usando de uma composição líquida para nutrição enteral de acordo com a invenção de 2,0 kcal/ml
Em uma forma de realização da presente invenção, uma dosagem única compreende qualquer quantidade da composição líquida nutricional enteral de acordo com a invenção entre 10 ml e 250 ml, os valores finais desta faixa incluídos, preferivelmente qualquer quantidade entre 25 ml e 200 ml, os valores finais desta faixa sendo incluídos, mais preferivelmente qualquer quantidade entre 50 ml e 150 ml, os valores finais desta faixa incluídos, mais preferivelmente cerca de 125 ml. Por exemplo, uma pessoa que recebe unidades de dosagem de 50 ml podem ser dadas 10 dosagens únicas por dia para fornecer suporte nutricional usando uma composição líquida para nutrição enteral de acordo com a invenção de 2,0 kcal/ml. Altemativamente, a uma pessoa que recebe 125 ml de dosagens únicas podem ser dadas 4, 5, 6, 7 ou 8 dosagens únicas por dia para fornecer suporte nutricional usando uma composição líquida para nutrição enteral de acordo com a invenção. Tais unidades de dosagem pequenas são preferidas devido à melhor complacência.
Em uma forma de realização da presente invenção, a composição é fornecida em uma forma líquida pronta para o uso e não necessita da reconstituição ou mistura antes do uso. A composição de acordo com a invenção pode ser alimentada por tubo ou oralmente. Por exemplo, a composição de acordo com a invenção pode ser fornecida em uma lata, com perfuração, e bolsa suspensa. Não obstante, uma composição pode ser fornecida a uma pessoa em necessidade desta na forma de pós, adequada para a reconstituição usando uma solução aquosa ou água tal que a composição de acordo com a invenção é produzida. Deste modo, em uma forma de realização da presente invenção, a presente composição está na forma de um pó, acompanhada com instruções para dissolver ou reconstituir em uma composição aquosa ou água para chegar à composição nutricional líquida enteral de acordo com a presente invenção. Em uma forma de realização da presente invenção, a presente composição nutricional líquida enteral pode ser deste modo obtida dissolvendo-se ou reconstituindo-se um pó, preferivelmente em uma composição aquosa, em particular água.
Em uma forma de realização da presente invenção, a composição de acordo com a invenção é acondicionada. O acondicionamento pode ter qualquer forma adequada, por exemplo, uma caixa de papelão em formato de bloco, por exemplo, a ser esvaziado com um canudo; uma caixa de papelão ou béquer de plástico com tampa removível; uma garrafa de tamanho pequeno, por exemplo, para a faixa de 80 ml a 200 ml, e pequenos copos, por exemplo, para a faixa de 10 ml a 30 ml. Outro modo de acondicionamento adequado é a inclusão de pequenos volumes de líquido (por exemplo, 10 ml a 20 ml) em cascas comestíveis ou cápsulas sólidas ou semi-sólidas, por exemplo, coberturas semelhantes à gelatina e outros. Outro modo de acondicionamento adequado é um pó em um recipiente, por exemplo, um sache, preferivelmente com instruções para dissolver ou reconstituir em uma composição aquosa ou água.
Preparação
A composição enteral líquida nutritiva de acordo com a invenção pode ser preparada à partir de um processo inventivo que compreende uma etapa em que uma solução de proteínas aquosa em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende caseína micelar nativa, é submetida a uma etapa de evaporação.
Basicamente, uma composição de proteína líquida é preparada.
Isto pode ser feito dissolvendo-se de maneira sequencial ou simultânea a caseína micelar na forma de pó (tal como MCI) e opcionalmente caseinato na forma de pó em água. De modo a obter uma solução de proteínas de baixa viscosidade que pode ser novamente processada, os ingredientes protéicos são dissolvidos em um excesso de água, tipicamente 150 % em peso ou % volume do qual é necessário para a composição final. Sem este excesso de água, a solução de proteínas é muito grossa para a homogeneização e pasteurização.
Além disso, se a composição enteral líquida nutritiva contem outros componentes, tais como carboidratos, gorduras e vitaminas, um produto nutritivo pode ser preparado adicionando-se subsequentemente os carboidratos à composição de proteína, em seguida opcionalmente adicionando-se as vitaminas solúveis em água e outros componentes em um ou dois estágios, misturando, adicionando a gordura, incluindo vitaminas solúveis em gordura, homogeneizar, e submeter a solução resultante a uma etapa de pasteurização. O pH pode ser ajustado. A composição nutritiva enteral intermediária é agora subsequentemente concentrada até a concentração de matéria seca desejada através de uma etapa de evaporação para livrar-se do excesso de água. A evaporação pode ser realizada na pressão atmosférica em uma temperatura de tipicamente acima de 60 °C, ou preferivelmente sob vácuo em uma temperatura de tipicamente 60 °C. Uma viscosidade mais alta pode ser obtida nesta etapa de evaporação. Surpreendentemente, a viscosidade da solução resultante ainda é baixa o suficiente para ter uma transferência de calor suficiente no produto para submeter otimamente o produto ao tratamento de calor final necessário para fornecer o produto com uma vida de prateleira microbiana longa (esterilização). Neste respeito, é notado que a acidez da composição é muito importante durante o tratamento por calor. O pH deve ser entre cerca de 6,6 e 7,2 para a pasteurização e esterilização. Os tempos típicos de pasteurização são de 30 segundos a 85° C. Os tempos típicos de esterilização são de 4 minutos a 124° C. Surpreendentemente, o tratamento por calor final (esterilização) diminui a viscosidade da composição tratada tal que um produto microbiano estável é obtido com uma viscosidade muito menor do que antes da esterilização. Sem ser ligado a qualquer explicação, é acreditado que durante o tratamento por calor extensivo final (esterilização), a reestruturação da caseína micelar em uma estrutura mais compacta resulta em uma diminuição da viscosidade. Surpreendentemente, a viscosidade do produto não mudou substancialmente durante o armazenamento por longos períodos de tempo, o que fornece o produto com uma longa vida de prateleira.
Surpreendentemente, os produtos líquidos esterilizados, com altas concentrações de proteína podem ser preparados.
A invenção, portanto, em particular diz respeito a um método para preparar as composições da invenção, que compreendem uma etapa em que uma solução de proteínas aquosa, obtida dissolvendo-se uma caseína micelar na forma de um pó, e opcionalmente caseína micelar na forma de um pó, é submetida a uma etapa de evaporação.
Eficácia
A presente invenção também diz respeito a um método de fornecer uma nutrição a uma pessoa em necessidade desta, que compreende as etapas de administrar à dita pessoa, a composição nutritiva de acordo com a presente invenção. A dita pessoa pode ser uma pessoa idosa, uma pessoa que se encontra doente, uma pessoa que está se recuperando de um estado de doença, ou uma pessoa que está sub-nutrida.
Com relação a isto, é sugerido que no contexto desta aplicação, uma pessoa de idade avançada é uma pessoa na idade de 50 ou mais, em particular da idade de 55 ou mais, mais em particular da idade de 60 ou mais, mais em particular da idade de 65 ou mais. Esta definição mais ampla leva em consideração o fato de que a idade média varia entre populações diferentes, em continentes diferentes, etc. Os países mais desenvolvidos do mundo aceitaram a idade cronológica de 65 anos como uma definição de ‘idade avançada’ ou pessoa idosa (associado com a idade em que podem receber benefícios de pensão), mas como muitos conceitos ocidentalizados, isto não se adapta bem, por exemplo, à situação na África. No momento, não existe um critério numérico padrão da Nações Unidas (UN), mas as Nações Unidas concordam que o corte é de é 60 anos ou mais para se referir à população mais velha no mundo ocidental. As definições africanas mais tradicionais de um idoso ou de uma pessoa de idade avançada se correlacionam com as idades cronológicas de 50 a 65 anos, dependendo do lugar, a região e o país.
Em outro aspecto, a presente invenção também diz respeito ao uso simultâneo ou sequencial da caseína micelar e opcionalmente caseinato na fabricação de uma composição líquida nutritiva de acordo com a presente invenção para fornecer nutrição enteral a uma pessoa em necessidade desta. Em uma forma de realização particular da presente invenção, a dita composição fornece de 10 a 20 g de proteína por 100 ml de composição, em que toda ou uma parte principal da dita proteína compreende caseína micelar nativa. Em outra particular forma de realização da presente invenção, a dita proteína fornece 10 % a 100 % do teor de energia total da composição.
Em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito a uma composição enteral líquida nutritiva que compreende cerca de 18 g de proteína por 100 ml da composição, que compreende uma mistura de caseína micelar e opcionalmente caseinato com um razão em peso de caseína micelar para caseinato de cerca de 80:20 a 100:0, a dita proteína fornecendo 100 % do teor de energia total da composição, a dita composição tendo uma densidade energética de cerca de 0,72 kcal/ml.
Em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito a uma composição enteral líquida nutritiva que compreende:
a) cerca de 16 g da proteína por 100 ml da composição, que compreende caseína micelar e opcionalmente caseinato com um razão em peso de caseína micelar para caseinato de cerca de 80:20 a 100:0, a dita proteína fornecendo cerca de 53 % do teor de energia total da composição;
b) gordura fornecendo cerca de 17 % do teor de energia total da composição;
c) carboidrato fornecendo cerca de 27 % do teor de energia total da composição, a dita composição tendo uma densidade energética de cerca de 1,28 kcal/ml.
Em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito a uma composição enteral líquida nutritiva que compreende:
a) cerca de 16 g de proteína por 100 ml da composição, que compreende caseína micelar e opcionalmente caseinato com um razão em peso de caseína micelar para caseinato de cerca de 80:20 a 100:0, a dita proteína fornecendo cerca de 40 % do teor de energia total da composição;
b) gordura fornecendo cerca de 30 % do teor de energia total da composição;
c) carboidrato fornecendo cerca de 30 % do teor de energia total da composição, a dita composição tendo uma densidade energética de cerca de 1,60 kcal/ml.
Em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito a uma composição enteral líquida nutritiva que compreende:
a) cerca de 12 g de proteína por 100 ml da composição, que compreende caseína micelar e opcionalmente caseinato com um razão em peso de caseína micelar para caseinato de cerca de 80:20 a 100:0, a dita proteína fornecendo cerca de 30 % do teor de energia total da composição;
b) gordura fornecendo cerca de 32 % do teor de energia total da composição;
c) carboidrato fornecendo cerca de 38 % do teor de energia total da composição, a dita composição tendo uma densidade energética de cerca de 1,60 kcal/ml.
Em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito a uma composição enteral líquida nutritiva que compreende:
a) cerca de 13 a 16 g de proteína por 100 ml da composição, que compreende por cerca de 95 % em peso ou mais de caseína micelar, a dita proteína fornecendo cerca de 53 % do teor de energia total da composição;
b) gordura fornecendo cerca de 18 % do teor de energia total da composição;
c) carboidrato fornecendo cerca de 29 % do teor de energia 5 total da composição, a dita composição tendo uma densidade energética de cerca de 1,08 a 1,2 kcal/ml.
EXEMPLOS
As seguintes composições de acordo com a invenção foram preparadas (Tabela 1).
Exemplo 1
MCI e caseinato de sódio foram misturados secos e dissolvidos em água desmineralizada na temperatura ambiente a uma concentração de 10 % p/p de proteína. O pH foi ajustado a 6,8 com ácido cítrico. A solução foi homogeneizada e subsequentemente concentrada pelo auxílio de um evaporador a 18 % de proteína e uma viscosidade de 300 mPa.s a 20° C e uma taxa de cisalhamento de 100/s. O produto foi esterilizado em garrafas de vidro na retorta (15 minutos a 121° C). o produto final tem um tamanho de partícula pequeno e uma viscosidade baixa de 60 mPa.s a 20° C e uma taxa de cisalhamento de 100/s.
Sem a etapa de evaporação, uma textura semelhante à pasta foi obtida depois da dissolução das proteínas que não puderam ser processadas se houver.
As vitaminas e minerais somaram 16 % da RDI.
As composições de 2 a 7 (Tabela 1) e 8 a 11 (Tabela 2) foram feitas de uma maneira similar. Todas as composições são estáveis em prateleira, têm propriedades organolépticas desejáveis, têm uma densidade de nutrientes muito baixa e são eficazes para uma pessoa em necessidade desta. As composições de 8 a 10 na Tabela 2 são adequadas para o uso por pacientes morbidamente obesos, pré- e pós- cirurgia bariátrica, como foi divulgado em nosso pedido co-pendente PCT/EP 2008/004938.
Notas para as tabelas.
* Isolado de Caseína Micelar (MCI) contem cerca de 89 % em peso de caseína micelar e proteína do soro do leite com uma razão de caseína micelar:soro do leite de cerca de 95:5, com relação à matéria seca total.
* Caseinato de Na contem cerca de 96 % em peso de proteína de caseína, com relação à matéria seca total.
Tabela 1
Exemplo Ί 160 kcal | ? oo2° m ω 2 5- £ en 32 En % 5,7 g 60 oo 00 oo (§ - °° «n oo £ o ~ m en 1_3,2 K 1 X3 d
Exemplo 6 c3 Q O s M 4° M Μ Q) \ Ό · · ÍQ o w CO O en 32 En % 5,7 g 60 00 M 00 [§ - °° oo 2 Ο m en ”d d d
Exemplo 5 ’λ O o 40 En % 16g 15,4 g 0,6 g 96:4 0,8 g 30 En % 5,3 g χ® 6β 00 00 00 tí γν N to rn o θ' en' oo en d c-
Exemplo 4 160 kcal | í m - CN - oo o !~í oo o 30 En % 5,3 g oo pq cn O, o en' oo en d d m
Exemplo 3 128 kcal | 53 En % 16g 15,4 g 0,6 g 96:4 0,8 g 17 En % 2,4 g X® ® oo oo oo oo [§ (N <to C7 oo O eu ’Τ CN oo <O 1 70
Exemplo 2 128 kcal | 53 En % 16g 12,8 g 3,2 g 80:20 0,6 g c ~ ω 'T, r- M ® oo oo 00 00 pq CN' vy O\ oo θ' en ’ί CN 1 4,0 g 1 O t^·
Exemplo 1 Q CN r* 100 En% 18g 15,75 g 2,25 g 87,5:12,5 o O O O o so
Componente (Quantidades por 100 ml de produto) | Energia | Proteína Proteína MCI* Caseinato de Na* Caseinato de MCI.Na Soro do leite Gordura Gordura (compreendendo principalmente óleo de canola) Carboidratos Carboidratos lactose sacarose maltodextrina (DE 19) | Fibra dietética | Viscosidade (mPa.s a 20° C a 1 OOs'1)
Ο
-σ cá α
g ο
Μ—» Ο Ό
C3
II
-α d
Tabela 2
Componente (Quantidades por 100 ml de produto) Exemplo 8 Exemplo 9 Exemplo 10 Exemplo 11
Energia 120 kcal 108 kcal 120 kcal 240 kcal
Proteína 53 En % 53 En % 53 En % 25 En %
Proteína 16 g 13,3 g 16g 15 g
MCI* >15,2g >12,6g >15,2g 14 g
Caseinato de Na* 0 0 0 ig
Caseinato de MCI:Na 100:0 100:0 100:0 93:7
Soro do leite <0,8g <0,4g <0,8g <0,8g
Gordura 18En% 18En% 18En% 35 En %
Gordura 2,4 g 2,1 g 2,4 g 9Ag
Carboidratos 29 En % 29 En % 29 En % 40 En %
Carboidratos 8,6 g 7,8 g 8,6 g 24 g
lactose 1,4 g 1,3 g 1,4 g 0g
sacarose 4,9 g 4,4 g 2,8 g 12 g
maltodextrina (DE 19) 2,3 g 2,1 g 2,3 g 12 g
Fibra dietética 3,6 g 3,2 g 3,6 g 0
Viscosidade (mPa.s a 20° C a lOOs'1) n.d. n.d. n.d. 70
Densidade n.d. n.d. n.d. 1,16 g/ml
n.d.: não determinado
Deve ser entendido que várias mudanças e modificações às formas de realização presentemente preferidas aqui descritas serão evidentes àqueles habilitados na técnica. Tais mudanças e modificações podem ser feitas sem romper com o espírito e escopo da invenção e sem diminuir suas vantagens. Portanto, é intencionado que tais mudanças e modificações sejam abrangidas pelas reivindicações em anexo.

Claims (20)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Composição nutricional enteral líquida, caracterizada pelo fato de que compreende 10 a 20 g de proteína por 100 mL da composição, em que a dita proteína é pelo menos 70% em peso de caseína micelar, no máximo
    5 30% em peso de caseinato e até 15% em peso de proteína do soro de leite, todos com base na proteína total, a dita composição sendo submetida a esterilização por calor.
  2. 2. Composição nutricional enteral líquida de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a dita proteína é 70 - 80% de
    10 caseína micelar, no máximo 30% em peso de caseinato, e 10% em peso ou menos de proteína de soro de leite, todos com base na proteína total.
  3. 3. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizada pelo fato de que a proteína fornece 10% a 100% do teor de energia total da composição.
    15
  4. 4. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que compreende 11 a 18 g de proteína por 100 mL.
  5. 5. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que a
    20 quantidade combinada de caseína micelar e caseinato é pelo menos 95% do peso da proteína total.
  6. 6. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de a dita proteína tem cerca de 70 ou cerca de 80% em peso de caseína micelar, no
    25 máximo 30% em peso de caseinato e até 15% em peso de proteína do soro de leite, todos com base na proteína total.
  7. 7. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-6, caracterizada pelo fato de que o caseinato é caseinato de Na, caseinato de Mg, caseinato de K ou de qualquer
    Petição 870170040830, de 14/06/2017, pág. 15/57 mistura ou combinação dos mesmos.
  8. 8. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que adicionalmente compreende gordura, dita gordura fornecendo entre 10-70%
    5 do teor de energia total da composição.
  9. 9. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-8, caracterizada pelo fato de que adicionalmente compreende carboidratos digestíveis, dito carboidrato fornecendo entre 30-60% do teor de energia total da composição.
  10. 10 10. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelo fato de que tem uma densidade energética de pelo menos 1,5 kcal/ mL.
  11. 11. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que a
    15 viscosidade da composição é inferior a 200 mPa.s, conforme medida em uma taxa de cisalhamento de 100 s'1 a 20°C usando um medidor de viscosidade rotacional usando uma geometria de cone/placa.
  12. 12. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que a
    20 osmolalidade da composição é inferior a 800 mOsm/1.
  13. 13. Composição nutricional enteral líquida de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizada pelo fato de que a dosagem unitária é de cerca de 125 ml.
  14. 14. Método para produzir a composição como definida em 25 qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que compreende (i) prover uma composição compreendendo 10 a 20 g de proteína por 100 mL, em que a dita proteína é pelo menos 70% em peso de caseína micelar, no máximo 30% em peso de caseinato e até 15% em peso de
    Petição 870170040830, de 14/06/2017, pág. 16/57 proteína do soro de leite, todos com base na proteína total, e (ii) submeter a dita composição a esterilização por calor.
  15. 15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de compreender (i) prover uma composição compreendendo 10 a 20
    5 g de proteína por 100 mL, em que a dita proteína é 70-80% em peso de caseína micelar, no máximo, 30% em peso de caseinato, e 10% em peso ou menos de proteína do soro de leite, todos com base na proteína total, e (ii) submeter a dita composição a esterilização por calor.
  16. 16. Método de acordo com a reivindicação 14 ou 15, 10 caracterizado pelo fato de que a dita composição provida na etapa (i) compreende 11-18 g de proteína por 100 mL.
  17. 17. Uso de uma composição nutricional de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de uma composição para fornecer nutrição a uma pessoa em
    15 necessidade da mesma.
  18. 18. Uso de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que a pessoa é uma pessoa idosa com idade de 50 anos ou mais, uma pessoa que está em um estado de doença, uma pessoa que está se recuperando de um estado de doença, ou uma pessoa que está desnutrida.
  19. 20 19. Uso simultâneo ou sequencial de caseína micelar e, opcionalmente, caseinato, caracterizado pelo fato de ser na produção de uma composição líquida nutricional como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13.
    20. Composição nutricional enteral líquida de acordo com
  20. 25 qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada pelo fato de ser obtida pelo método como definido nas reivindicações 14 a 16.
    Petição 870170040830, de 14/06/2017, pág. 17/57
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