BRPI0622215A2

BRPI0622215A2 - processo para fabricar um pneu, e, pneu

Info

Publication number: BRPI0622215A2
Application number: BRPI0622215-3A
Authority: BR
Inventors: Gianni Mancini; Marco Cantu; Giorgia Sgalari; Maurizio Marchini
Original assignee: Pirelli
Priority date: 2006-12-22
Filing date: 2006-12-22
Publication date: 2012-01-03
Also published as: JP2010513071A; CN101600561A; WO2008077418A1; ATE497876T1; PL2121294T3; EP2121294B1; KR20090102819A; JP5243448B2; CN101600561B; KR101380572B1; EP2121294A1; DE602006020084D1; US20100024949A1

Abstract

PROCESSO PARA FABRICAR UM PNEU, E, PNEU. Um processo para fabricar um pneu compreendendo: - prover uma primeira pluralidade de elementos em forma de tira (A), cada um tendo substancialmente uma primeira largura efetiva (W1); - prover pelo menos uma segunda pluralidade de elementos em forma de tira (B), cada um tendo substancialmente uma segunda largura efetiva (W2); - arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade sobre um suporte aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar pelo menos um componente de reforço do pneu sobre o suporte; em que a primeira largura efetiva é diferente da segunda largura efetiva.

Description

"PROCESSO PARA FABRICAR UM PNEU, E, PNEU"

Campo da invenção

A presente invenção refere-se a um processo de fabricar pneus. Especificamente, a presente invenção refere-se a um processo de fabricar pneus compreendendo a aplicação de elementos em forma de tira tendo larguras diferentes. Além disso, a presente invenção se refere, adicionalmente, a um pneu compreendendo pelo menos um componente de reforço formado pela aproximação dos elementos em forma de tira tendo diferentes larguras.

Fundamentos da invenção

Um pneu de veículo geralmente compreende uma estrutura de carcaça, incluindo pelo menos uma lona de carcaça tendo extremidades respectivamente opostas associadas a estruturas de ancoragem anulares, cada uma das estruturas de ancoragem sendo constituída, usualmente, de um inserto anular substancialmente circunferencial por cima do qual pelo menos um inserto de preenchimento é aplicado, em uma posição radialmente externa ao mesmo. A lona ou as lonas de carcaça tipicamente compreende(m) elementos tipo filamentos de reforço têxtil ou de reforço metálico (por exemplo, de aço) (como fios e/ou cordas) dispostos sobre um plano substancialmente ortogonal em uma direção de deslocamento do pneu nos assim chamados pneus radiais, mais geralmente a um ângulo entre 70° e 110°.

Uma estrutura de cinta (ou de rompedor) é associada à estrutura de carcaça. A estrutura de cinta compreende uma ou mais camadas de cinta, arranjadas uma em relação radial superposta com a outra e com a estrutura de carcaça, e tendo elementos tipo filamentos de reforço têxtil ou metálico de orientação transversal (tipicamente entre 15° e 65° versus uma direção de deslocamento do pneu). É aplicada uma banda de rodagem à estrutura de cinta, em uma posição radialmente externa à mesma, feita de material elastomérico, como outras partes constituintes do pneu.

Na maioria dos processos conhecidos para a fabricação de pneu, a estrutura de carcaça e a estrutura de cinta (junto com a respectiva banda de rodagem) são providas para serem feitas separadamente uma da outra nas respectivas estações de trabalho, para serem montadas mutuamente em um tempo posterior.

Mais particularmente, a fabricação da estrutura de carcaça, primeiro, contempla a deposição da lona ou das lonas de carcaça sobre um primeiro tambor, usualmente identificado como "tambor de construção" para formar uma luva cilíndrica. As estruturas de ancoragem anulares nos talões são encaixadas ou formadas sobre as extremidades opostas da lona ou das lonas de carcaça, que são viradas para cima ao redor das próprias estruturas anulares, de modo a englobar as últimas.

Ao mesmo tempo, sobre um segundo tambor, ou tambor auxiliar, é constituída uma luva externa que compreende as camadas de cinta dispostas umas em relação radialmente superposta às outras, e a banda de rodagem aplicada às camadas de cinta em uma posição radialmente externa à mesma. A luva externa, então, é erguida a partir do tambor auxiliar para ser acoplada à luva de carcaça. Para este fim, a luva externa é disposta em relação coaxial ao redor da luva de carcaça, subseqüentemente a lona ou as lonas de carcaça são formadas em uma conformação toroidal movendo-se axialmente os talões próximos uns dos outros e simultaneamente admitindo-se fluido sob pressão dentro da luva de carcaça, de modo a determinar a aplicação da estrutura de cinta e da banda de rodagem à estrutura de carcaça do pneu em uma posição radialmente externa à mesma.

A montagem da luva de carcaça com a luva externa pode ser realizada sobre o mesmo tambor usado para construir a luva cilíndrica de carcaça, caso no qual é feita referência a um "processo de construção de estágio único". Alternativamente, a montagem pode ser realizada sobre um assim chamado "tambor de formação" para cima do qual a luva cilíndrica de carcaça é transferida e, então, expandida para obter uma forma toroidal e se acoplar à luva externa, de acordo com um assim chamado "processo de construção em dois estágios".

De acordo com as técnicas convencionais, cada uma das lonas de carcaça e/ou camadas de cinta pode ser formada como um componente de folha aplicado como uma peça única sobre o tambor de construção e/ou sobre o tambor auxiliar.

Alternativamente, de acordo com processos desenvolvidos recentemente, as lonas de carcaça e as camadas de cinta são produzidas por meio da aplicação de uma série de elementos em forma de tira, ou tiras. A fim de formar uma camada de cinta ou uma lona de carcaça, as tiras podem ser arranjadas tanto lado-a-lado quanto por meio da sobreposição de uma porção de borda das mesmas.

Como observado em EP 1652658, uma camada unitária aplicada como tiras não-sobrepostas realça a uniformidade e a consistência da construção de pneu através da largura radial de pneu. Entretanto, meramente aplicar as tiras borda contra borda através da região de banda de rodagem ao invés de por meio de sobreposição causa um novo conjunto de dificuldades e pode resultar em desperdício de material. Ainda com referência a EP 1652658, por exemplo, um típico pneu de carro de passeio pode exigir de 20 a 60 tiras. Aplicar as tiras em uma configuração de borda contra borda de vão livre zero exigiria o corte de uma 21a ou 61a tira para preencher um vão final. A destruição de uma tira a fim de preencher um vão restante sobre cada pneu resulta em um nível inaceitável de refugo e altos custos de fabricação.

Em princípio, as tiras de uma largura precisa e prescrita poderiam ser utilizadas uma camada não sobreposta tipo borda contra borda a fim de não deixar qualquer vão restante. Entretanto, de acordo com EP 1652658, essa abordagem necessitaria de produção e contagem de estoque caras das tiras de larguras variadas, a fim de acomodar pneus de tamanhos variados. A fim de resolver os problemas acima, EP 1652658 sugere um método e um aparelho correspondente para aplicar um rompedor ou outra camada de reforço tira por tira. O método de EP 1652658 compreende:

a) calcular um vão final com base em uma largura de tira nominal, no tamanho da carcaça e na contagem final desejada;

b) calcular um vão distribuído necessário para distribuir o vão final calculado substancialmente igual entre cada tira; e

c) aplicar o rompedor ou outra camada de reforço, tira por tira, com cada tira sendo separada de uma tira adjacente pelo espaçamento de vão distribuído.

EP 1568476 revela um método de formar um membro estrutural de pneu reforçado por corda, incluindo as etapas de: formar tiras de uma largura predeterminada reforçadas por um número predeterminado de cordas de um tipo, e formando um membro estrutural de pneu arranj ando-se sucessivamente um número predeterminado de tiras, que é especificado por um tamanho de pneu, e unindo partes de borda lateral das tiras adjacentes. De acordo com um modo de realização, as tiras são formadas em uma largura de cerca de π polegadas (8 cm), e um membro estrutural de pneu para um pneu de um tamanho de η polegadas (1 in = 2,54 cm) (n é um inteiro) é formado conectando-se sucessivamente as η tiras.

EP 1698490 revela um pneu pneumático no qual a formação de uma camada de cinta é realizada usando-se um número inteiro de peças de tira e sem causar qualquer sobreposição entre as peças de tira, e um método de fabricar as mesmas. No método, a camada de cinta é formada alinhando-se N peças de tira sobre um tambor de moldagem em uma direção circunferencial do pneu com espaços iguais dispostos entre peças de tira adjacentes, em que N é selecionado como um inteiro satisfazendo (N+l)xAlsen(0) > L > NxAlsen(O), e em que A, Θ, e L indicam, respectivamente, uma largura das respectivas peças de tira, um ângulo de corda da camada de cinta em relação a uma direção circunferencial do pneu, e um comprimento circunferencial da camada de cinta.

Para fabricar um pneu com duas camadas de cinta, o método de EP 1698490 inclui as etapas de: estabelecer um número aplicável de peças de tira N2 igual a um número aplicável de peças de tira Ni, enquanto selecionando um inteiro Nj satisfazendo Li = NixAlsen(O) como o número Ni aplicável; formar a camada de cinta interna unindo-se as Ni peças de tira umas às outras de uma maneira em que cada um de ambos os lados de cada peça de tira confine topo-a-topo com um lado de outra peça de tira; e formar a camada de cinta externa alinhando-se as N2 peças de tira sobre a camada de cinta interna em uma direção circunferencial do pneu com espaços, que são equivalentes a 2πθ/Ν2, dispostos entre aquelas adjacentes dessas N2 peças de tira, em que A, G, 0, Li e L2 indicam, respectivamente, uma largura das respectivas peças de tira, uma espessura das respectivas peças de tira, um ângulo de corda das respectivas camadas de cinta em relação a uma direção circunferencial do pneu, e comprimentos circunferenciais das respectivas camadas de cinta interna e externa.

Sumário da invenção

O requerente observa que uma linha de produção de pneu completa exige um alto nível de flexibilidade. Na verdade, é exigido um gerenciamento eficiente das etapas de fabricação, a fim de lidar com diferentes tamanhos e modelos de pneu a serem produzidos, sem introduzir aumento substancial de custos, resíduos, e/ou tempo de fabricação.

O requerente observa adicionalmente que o comprimento de cada componente de reforço de um pneu (ou seja, cada componente de pneu compreendendo elementos tipo filamentos, como as camadas formando a estrutura de carcaça e/ou a estrutura de cinta) deveria casar, tanto quanto possível, com uma respectiva circunferência alvo dada, ou seja, um comprimento circunferencial medido sobre um tambor de fabricação sobre o qual o componente de reforço deveria ser aplicado em uma dada etapa de fabricação (tanto em um tambor de construção, quanto em um tambor auxiliar, ou, em geral, em qualquer tipo de tambor usado durante a fabricação de um pneu verde).

Com relação a isso, é observado que um casamento incorreto com a circunferência alvo a ser coberta pode conduzir a não-uniformidades inaceitáveis no pneu finalizado. A presença dessas não-uniformidades poderia ser particularmente prejudicial para a qualidade dos pneus (tanto para pneus de carros, quanto para pneus de motocicletas, ou pneus de caminhão/ônibus), em particular, para pneus de alto ou ultra-alto desempenho (HP/UHP), que devem ser adequados para suportar altas velocidades e/ou condições de condução extremas. Por exemplo, não-uniformidades na estrutura de carcaça podem conduzir a um desgaste irregular da banda de rodagem de pneu durante o uso. Como outro exemplo, um casamento escasso com a circunferência alvo quando formando uma camada de cinta, corrigido forçando-se as extremidades da camada a se unirem da mesma maneira umas com as outras, poderia conduzir a vários problemas, incluindo: ângulo resultante dos elementos tipo filamentos de reforço em relação ao plano equatorial do pneu diferente daquele especificamente projetado para o pneu; não-uniformidade do mesmo ângulo ao longo da circunferência do pneu; diferenças de pneu para pneu no mesmo lote de produção.

Desse modo, a complexidade aparece em uma linha de produção de pneu, visto que muitas circunferências alvo diferentes devem ser casadas, dependendo de diversos fatores, incluindo: o modelo de pneu, o tamanho de pneu, o diâmetro do tambor de fabricação, a forma do tambor de fabricação, a espessura das camadas subjacentes já aplicadas sobre o tambor etc.

O requerente observa adicionalmente que os métodos conhecidos para definir um arranjo, número, e/ou tamanho ótimos das tiras a serem usadas para formar os componentes de reforço dos pneus freqüentemente se referem à fabricação de um único tamanho de pneu, e/ou de uma única camada de reforço. Desse modo, esses métodos podem falhar no caso de pneus de diferentes modelos e/ou tamanhos terem de ser produzidos, visto que um arranjo de tira, ou um tamanho de tira, sendo ótimo para casar uma circunferência alvo para um determinado tamanho de pneu, ou para uma determinada camada a ser formada, poderia estar longe de ser ótimo para casar com a circunferência alvo para um tamanho de pneu diferente, ou para uma camada diferente a ser formada.

Em particular, na medida em que a largura da tira é considerada, não pode ser garantido que uma tira de dada largura, otimizada para formar uma dada camada em um pneu de um dado tamanho substancialmente sem qualquer vão final entre a primeira e a última tira, poderia ser usada para formar outra camada no mesmo pneu e/ou na mesma camada em outro tamanho de pneu substancialmente sem qualquer vão final entre a primeira e a última tira. Por exemplo, uma determinada largura de tira pode conduzir ao casamento perfeito com a circunferência alvo quando formando uma primeira lona de carcaça, mas não quando formando uma segunda lona de carcaça a ser superposta à primeira no mesmo pneu. Como outro exemplo, uma determinada largura de tira poderia conduzir ao casamento perfeito com a circunferência alvo quando formando uma lona de carcaça ou uma camada de cinta a ser usada para um tamanho ou modelo de pneu, mas não quando formando uma lona de carcaça ou uma camada de cinta a ser usada para outro tamanho ou modelo de pneu.

Uma possível solução para o mencionado acima poderia ser estabelecer a largura de tira para π polegadas (8 cm), e formar um componente de reforço para um pneu de um tamanho de η polegadas (1 in = 2,54 cm) conectando-se sucessivamente η tiras, como sugerido em EP 1568476. Essa solução poderia ser útil para produzir componentes de reforço para pneus de diferentes tamanhos usando-se a mesma largura de tira. Entretanto, é observado que essa solução, desvantajosamente, impõe uma forte restrição na escolha do diâmetro do tambor de fabricação, que deveria ser igual ao diâmetro de aro para todos os tamanhos de pneu a serem produzidos, a fim de ter uma circunferência alvo (expressa em polegadas) igual a um número inteiro de π.

Ao contrário, seria vantajoso escolher livremente o diâmetro do tambor de fabricação, por exemplo, a fim de reduzir a extensão da formação da estrutura de carcaça para o acoplamento com a estrutura de cinta.

Como uma conseqüência, a circunferência alvo a ser coberta com as tiras poderia ser muito diferente do número inteiro de π. A flexibilidade na escolha do diâmetro do tambor de fabricação, desse modo, impõe complexidade adicional no ajuste de uma largura ótima para as tiras a serem usadas.

O requerente entendeu que, a fim de combinar a flexibilidade exigida por uma linha de produção de pneu completa com uma alta qualidade dos pneus produzidos, sem introduzir aumento desvantajoso de custos, de desperdício de material e/ou de tempo de fabricação, é necessário um grau adicional de liberdade para a aplicação dos elementos em forma de tira. Em particular, o requerente entendeu que o uso de elementos em forma de tira de diferentes larguras para a formação das camadas de reforço de um pneu poderia prover uma solução eficaz para lidar com a flexibilidade de produção e a qualidade de pneu exigidas. Em particular, foi descoberto que uma linha de produção de pneu completa (ou seja, uma linha de produção adequada para produzir pneus de diferentes tamanhos e/ou modelos) poderia ser vantajosamente conseguida usando-se tiras de duas larguras diferentes para a formação dos componentes de reforço dos pneus.

Em um primeiro aspecto, a invenção refere-se a um processo de fabricar um pneu compreendendo:

- prover uma primeira pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma primeira largura efetiva;

- prover pelo menos uma segunda pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma segunda largura efetiva;

- arranjar os elementos em forma de tira da mencionada primeira pluralidade e da mencionada segunda pluralidade sobre um suporte aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar pelo menos um componente de reforço do pneu sobre o mencionado suporte;

em que a mencionada primeira largura efetiva é diferente da mencionada segunda largura efetiva.

Para os fins da presente invenção, o termo "pluralidade" deve ser interpretado como significando "pelo menos dois".

Para os fins da presente invenção, a expressão "elemento em forma de tira" indica um elemento alongado de material elastomérico incorporando elementos tipo filamentos de reforço geralmente dispostos substancialmente uns paralelos aos outros ao longo da direção longitudinal do elemento alongado. Para os fins da presente invenção, a expressão "elemento tipo filamento de reforço" inclui um fio ou uma corda (tipicamente feitos de um material têxtil ou metálico).

Para os fins da presente invenção, a "largura efetiva" de um elemento em forma de tira indica a largura (medida em uma direção ortogonal versus a direção de elemento tipo filamento) da porção do elemento em forma de tira que contribui de fato para o comprimento circunferencial do componente de reforço formado. A largura efetiva de um elemento em forma de tira, praticamente, corresponde à largura máxima do elemento em forma de tira no caso dom elemento em forma de tira confinar com o elemento em forma de tira adjacente, sem qualquer sobreposição; por outro lado, no caso de sobreposição, a largura efetiva de um elemento em forma de tira, praticamente, corresponde à largura máxima do elemento em forma de tira menos a largura da porção de borda do elemento em forma de tira destinada a se sobrepor ao elemento em forma de tira adjacente.

Para os fins da presente invenção, a expressão "cada um tendo, substancialmente, a mesma largura" com referência aos elementos em forma de tira da primeira pluralidade ou da segunda pluralidade indica que todos os elementos em forma de tira da respectiva pluralidade têm a mesma largura a não ser por tolerâncias de fabricação típicas (por exemplo, dentro de 0,3mm, de preferência, dentro de 0,1 mm).

O uso dos elementos em forma de tira de larguras diferentes para fabricar as camadas de reforço de um pneu pode prover o nível de flexibilidade exigido por uma linha de produção completa. Com essa escolha, o processo de fabricação poderia ser projetado com restrições de projeto reduzidas, sem a necessidade de grandes inventários de tiras de tamanhos diferentes, e/ou sem a necessidade de modificar continuamente a largura de tira a fim de lidar com uma mudança de tamanho de pneu e/ou com uma circunferência alvo diferente a ser coberta. Em particular, foi descoberto que praticamente todas as camadas de reforço de um pneu poderiam ser formadas usando-se elementos em forma de tira de duas larguras diferentes, substancialmente, para qualquer tamanho de pneu prático a ser produzido, com uma dramática redução na complexidade de fabricação.

O número de elementos tipo filamentos de reforço nos elementos em forma de tira da primeira pluralidade, tipicamente, resulta diferente do número de elementos tipo filamentos de reforço nos elementos em forma de tira da segunda pluralidade. Entretanto, os elementos tipo filamentos de reforço podem ser arranjados nos elementos em forma de tira da primeira e da segunda pluralidade com substancialmente o mesmo passo (ou seja, a mesma distância entre os elementos tipo filamentos). Isso, vantajosamente, resulta no mesmo passo de elemento tipo filamento no componente de reforço formado, desse modo, impedindo não-uniformidades indesejadas no pneu produzido.

O pelo menos um componente de reforço do pneu a ser produzido no processo de acordo com a presente invenção pode compreender pelo menos uma lona de carcaça, e/ou pelo menos uma camada de cinta.

A aproximação das porções de borda laterais dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade pode ser realizada confinando-se as bordas laterais dos elementos em forma de tira umas com as outras, ou sobrepondo-se as porções de borda lateral dos elementos em forma de tira àqueles adjacentes. E observado que a uniformidade do pneu finalizado poderia ser aperfeiçoada confinando-se as bordas laterais dos elementos em forma de tira umas com as outras.

Vantajosamente, o arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade pode compreender arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade alternados com os elementos em forma de tira da segunda pluralidade em pelo menos uma porção do pelo menos um componente de reforço do pneu. O arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade alternados com os elementos em forma de tira da segunda pluralidade pode conduzir a um pneu finalizado tendo reduzidos os efeitos vibracionais causados pelos componentes harmônicos devido às junções entre os vários elementos em forma de tira.

Alternativamente, o arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade podem compreender:

- arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar uma primeira porção do mencionado pelo menos um componente de reforço (tanto por confinamento, quanto por sobreposição);

- arranjar os elementos em forma de tira da segunda pluralidade aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar uma segunda porção do mencionado pelo menos um componente de reforço (tanto por confinamento, quanto por sobreposição);

- aproximar as porções de borda lateral das primeira e segunda porções do mencionado componente de reforço umas às outras para formar o mencionado pelo menos um componente de reforço (tanto por confinamento, quanto por sobreposição).

A fim de aperfeiçoar a uniformidade, o comprimento total do pelo menos um componente de reforço formado pelos elementos em forma de tira arranjados da primeira pluralidade e da segunda pluralidade pode ser feito para ser substancialmente igual a uma respectiva circunferência alvo do mencionado componente de reforço. Para os fins da presente invenção, a circunferência alvo de um componente de reforço corresponde à circunferência alvo a ser coberta pelo componente de reforço quando aplicado sobre um tambor de fabricação (possivelmente sobre camadas subjacentes), durante a preparação de um pneu verde.

Em particular, o comprimento do pelo menos um componente de reforço formado pelos elementos em forma de tira arranjados da primeira pluralidade e da segunda pluralidade pode ser feito para diferir da circunferência alvo por um valor que é menor que um valor de limiar prestabelecido. Um valor de limiar aceitável poderia ser, por exemplo, de 0,5% da circunferência alvo.

O processo da invenção pode dar vantagens particulares no caso do uso de elementos em forma de tira (tanto para a primeira quanto para a segunda pluralidade) tendo uma grande largura. Uma "grande largura" pode corresponder a pelo menos 1% da circunferência alvo (por exemplo, pelo menos 15mm). O uso de elementos em forma de tira de grande largura poderia acelerar o processo de fabricação de um pneu. Entretanto, as junções entre elementos em forma de tira de grande largura são mais distantes de uma para a outra. Nessa situação, a junção menos-que-perfeita entre os elementos em forma de tira conduz a não-uniformidades isoladas, que tendem a dar um efeito pior sobre o desempenho do pneu.

Sendo Nl um primeiro número inteiro de elementos em forma de tira da primeira pluralidade e N2 um segundo número inteiro de elementos em forma de tira da segunda pluralidade, pode ser provido, de preferência, que tanto Nl quanto N2 sejam maiores do que, ou, iguais a (Nl+N2)/5 (ou seja, tanto Nl quanto N2 são maiores que 20% da soma de Nl e N2).

Mais de preferência, pode ser provido que tanto Nl quanto N2 sejam maiores do que, ou, iguais a 2(Nl+N2)/5 (ou seja, tanto Nl quanto N2 são maiores que 40% da soma de Nl e N2).

Ainda mais de preferência, pode ser provido que Nl e N2 difiram por no máximo um, ou seja, N2 = Nl ou N2 = Nl + 1.

O arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade é realizado sobre uma superfície do suporte usado para arranjar os elementos em forma de tira. A superfície do suporte pode ser uma superfície cilíndrica ou toroidal (por exemplo, o suporte pode ser um tambor de fabricação, e o arranjo dos elementos em forma de tira ser realizado sobre uma superfície externa do mesmo). Alternativamente, a superfície do suporte pode ser uma superfície plana (por exemplo, o suporte pode ser uma cinta transportadora). No caso de deposição sobre uma superfície toroidal, a circunferência alvo poderia ser escolhida de qualquer maneira conveniente, por exemplo, no plano equatorial.

Pode ser conveniente estabelecer a primeira largura efetiva, ou seja, a largura efetiva da primeira pluralidade de elementos em forma de tira, e a segunda largura efetiva, ou seja, a largura efetiva da segunda pluralidade de elementos em forma de tira, de modo que elas difiram ligeiramente uma da outra, por exemplo, de modo que elas difiram uma da outra de, no máximo, 5mm, ou, mais de preferência, de no máximo 2mm. Usando-se elementos em forma de tira tendo larguras efetivas diferindo ligeiramente, a resposta do pneu finalizado às forças desenvolvidas pela interação com o solo durante a rolagem pode, vantajosamente, resultar mais uniforme, com um aperfeiçoamento significativo no desempenho do pneu durante o uso.

Em um segundo aspecto, a invenção refere-se a um pneu compreendendo pelo menos um componente de reforço formado pelos elementos em forma de tira aproximados, em que os mencionados elementos em forma de tira compreendem uma primeira pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma primeira largura efetiva, e uma segunda pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma segunda largura efetiva, em que a mencionada primeira largura efetiva é diferente da mencionada segunda largura efetiva.

Os elementos tipo filamentos de reforço compreendidos dentro dos elementos em forma de tira podem ter, substancialmente, o mesmo passo tanto nos elementos em forma de tira da primeira pluralidade quanto nos elementos em forma de tira da segunda pluralidade.

Pelo menos um componente de reforço do pneu pode compreender pelo menos uma lona de carcaça, e/ou pelo menos uma camada de cinta.

Em um modo de realização, os elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade são alternados uns com os outros em pelo menos uma porção do pelo menos um componente de reforço.

Sendo Nl um primeiro número inteiro de elementos em forma de tira da primeira pluralidade e N2 um segundo número inteiro de elementos em forma de tira da segunda pluralidade, pode ser provido, de preferência, que tanto Nl quanto N2 sejam maiores do que, ou, iguais a (N1+N2)/5 (ou seja, tanto Nl quanto N2 são maiores que 20% da soma de Nl e N2).

A primeira largura efetiva, ou seja, a largura efetiva da primeira pluralidade de elementos em forma de tira, e a segunda largura efetiva, ou seja, a largura efetiva da segunda pluralidade de elementos em forma de tira, podem ser de modo que difiram ligeiramente uma da outra, por exemplo, de modo que elas difiram uma da outra de, no máximo, 5mm, ou, mais de preferência, de no máximo 2mm.

A primeira e a segunda larguras efetivas podem ser, por exemplo, maiores do que, ou, iguais a 15mm. Descrição resumida dos desenhos

As características e vantagens da presente invenção se tornarão visíveis por meio da descrição detalhada a seguir de alguns exemplos de modos de realização da mesma, providos meramente a título de exemplos não limitadores, descrição que se referirá aos desenhos anexos, em que:

• a fig. 1 mostra uma vista em perspectiva parcial de um exemplo de pneu radial incluindo pelo menos um componente de reforço de acordo com a presente invenção;

• a fig. IA mostra esquematicamente uma linha de extrusão convencional adaptada para fabricar um elemento em forma de tira;

• a fig. 2 mostra esquematicamente uma porção de uma lona de carcaça formada de acordo com um modo de realização da presente invenção, na qual elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas W1, W2 diferentes são arranjados de modo alternado;

• a fig. 3 mostra esquematicamente uma porção de uma camada de cinta formada de acordo com um modo de realização da presente invenção, na qual elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas W1, W2 diferentes são arranjados de modo alternado; • a fig. 4 mostra esquematicamente uma porção de uma lona de carcaça formada de acordo com outro modo de realização da presente invenção, na qual elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas W1, W2 diferentes são arranjados de modo a formar uma primeira porção da lona de carcaça constituída dos elementos em forma de tira A e uma segunda porção da lona de carcaça constituída dos elementos em forma de tira B;

• a fig. 5 mostra esquematicamente uma porção de uma camada de cinta formada de acordo com outro modo de realização da presente invenção, na qual elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas W1, W2 diferentes são arranjados de modo a formar uma primeira porção da camada de cinta constituída dos elementos em forma de tira A e uma segunda porção da camada de cinta constituída dos elementos em forma de tira B;

• a fig. 6 mostra esquematicamente um tambor de fabricação sobre o qual uma camada de reforço é formada de acordo com um modo de realização da presente invenção, com os elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas diferentes sendo arranjados em igual número sobre o tambor, uns alternados com os outros sobre a inteira circunferência de tambor;

• a fig. 7 mostra esquematicamente um tambor de fabricação sobre o qual uma camada de reforço é formada de acordo com um modo de realização da presente invenção, com os elementos em forma de tira A, B tendo larguras efetivas diferentes sendo arranjados em um respectivo número diferente sobre o tambor, uns alternados com os outros somente em porções da circunferência de tambor;

• as figs. 8A e 8B mostram seções transversais dos exemplos de modos de realização dos elementos em forma de tira utilizáveis na presente invenção, tendo larguras efetivas Wl e W2 diferentes.

Descrição detalhada da invenção

Com referência à fig. 1, o sinal de referência 1 indica geralmente um exemplo de pneu radial para veículos a motor compreendendo pelo menos um componente de reforço, de acordo com a presente invenção. O pelo menos um componente de reforço pode compreender uma lona de carcaça, e/ou uma camada de cinta, e/ou qualquer outro componente de reforço do pneu compreendendo elementos tipo filamentos dispostos ao longo de uma direção transversal em relação ao plano equatorial p-p do pneu.

O pneu 1 compreende uma estrutura de carcaça 2 tendo uma ou mais lonas de carcaça, cada uma compreendendo elementos tipo filamentos (mostrados esquematicamente) consecutivamente adjacentes uns aos outros e colocados em planos substancialmente radiais contendo o eixo de rotação do pneu. Uma estrutura de cinta, indicada de modo geral por 3, é aplicada circunferencialmente ao redor da estrutura de carcaça 2, em uma posição centrada em relação o plano equatorial p-p do pneu, e uma banda de rodagem 4 é colocada em uma posição radialmente externa à estrutura de cinta.

A estrutura de cinta 3 tem pelo menos uma primeira camada de cinta 5 em uma posição radialmente externa à carcaça 2, uma segunda camada de cinta 7 colocada em uma posição radialmente externa à mencionada primeira camada 5, e uma camada de reforço 10 em uma posição radialmente externa à mencionada segunda lona 7. A primeira camada de cinta 5 e a segunda camada de cinta 7 compreendem elementos tipo filamentos 6, 8 uns adjacentes aos outros e orientados obliquamente em relação ao plano equatorial p-p do pneu. Além disso, os elementos tipo filamentos 8 da segunda camada de cinta 7 são inclinados na direção oposta em relação aos elementos tipo filamentos 6 da primeira camada de cinta 5. Diferentemente, os elementos tipo filamentos 11 da camada de reforço 10 ficam uns substancialmente paralelos aos outros e orientados em uma direção substancialmente paralela ao plano equatorial p-p do pneu.

Como explicado acima no sumário, de acordo com a invenção, elementos em forma de tira de diferentes larguras efetivas são usados para formar pelo menos um componente de reforço de um pneu compreendendo elementos tipo filamentos de reforço dispostos ao longo de uma direção transversal em relação ao plano equatorial p-p do pneu. O pelo menos um componente de reforço pode ser uma lona de carcaça da estrutura de carcaça 2, e/ou uma camada de cinta 5, 7, e/ou qualquer outro componente de reforço do pneu compreendendo elementos tipo filamentos de reforço orientados obliquamente em relação ao plano equatorial p-p do pneu. Modos de realização preferidos podem prover que elementos em forma de tira de duas larguras diferentes sejam usados para formar todas as camadas de reforço do pneu (cada camada compreendendo os elementos em forma de tira de ambas as larguras diferentes). Em particular, pode ser provido que a(s) camada(s) de reforço da estrutura de carcaça e as camadas de reforço da estrutura de cinta sejam formadas com elementos em forma de tira das respectivas larguras efetivas. Em outras palavras, a lona ou as lonas de carcaça poderiam ser formadas por elementos em forma de tira tendo larguras efetivas Wl, W2 (com Wl Φ W2), enquanto as camadas de cinta poderiam ser formadas por elementos em forma de tira tendo larguras efetivas W3, W4 (com W3 φ W4), em que W3 e W4 poderiam ser, respectivamente, iguais a Wl e W2, ou em que pelo menos um dentre W3 e W4 poderia ser diferente de pelo menos um dentre Wl e W2.

A fig. IA mostra esquematicamente um exemplo de aparelho convencional adaptado para fabricar um elemento em forma de tira. Os elementos em forma de tira serão indicados simplesmente como "tiras" no restante da descrição, por brevidade.

Com referência à fig. IA, um extrusor 12 para extrusar um composto elastomérico tem um cilindro provido internamente com um parafuso, e um funil conectado ao cilindro para fornecer o composto elastomérico para dentro do cilindro. O parafuso é girado para misturar o composto elastomérico fornecido para dentro do cilindro e para portar o composto elastomérico através da extremidade frontal do cilindro para uma matriz 14 de uma forma predeterminada, tipicamente mantida em uma cabeça de isolamento.

Um inseridor 15 é disposto atrás da matriz 14 do extrusor 12.

Uma pluralidade de elementos tipo filamentos de reforço 21, como cordas de aço ou cordas têxteis, se desenrolam a partir de uma pluralidade de carretéis 16 dispostos atrás do inseridor 15, são arranjados uns paralelos aos outros em um plano horizontal (ou seja, um plano ortogonal à fig. IA). Os elementos tipo filamentos de reforço 21 serão indicados exemplarmente como "cordas" na descrição a seguir, por brevidade. As cordas paralelas 21 se deslocam através da matriz 14 à medida que o composto elastomérico é extrusado através da matriz 14 para revestir as cordas 21 com o composto de borracha. Desse modo, uma tira reforçada por corda 22 de uma forma e uma largura predeterminadas é formada continuamente.

A tira contínua reforçada por corda 22 de uma largura predeterminada extrusada pelo extrusor 14 é guiada tracionando-se através de um tambor de tração 17. A tira contínua reforçada por corda 22 é adicionalmente despachada através de um rolo ocioso 19 em direção a um suporte 25, como uma transportadora de cinta, ou um tambor de fabricação cilíndrico, ou um tambor de fabricação toroidal. Um festão 18 é formado entre o rolo de tração 17 e o rolo ocioso 19.

Um cortador 20 é disposto na frente do suporte 25. O cortador 20 corta a tira contínua reforçada por corda 22 em tiras 23 de um comprimento predeterminado. As tiras 23 são despachadas sucessivamente por cima do suporte 25 por meios convencionais, não mostrados na fig. IA. Quando formando uma lona de carcaça, as tiras 23 são arranjadas em uma direção substancialmente perpendicular a uma direção de avanço do suporte 25 (tipicamente entre 70° e 110°). Quando formando uma camada de cinta, as tiras 23 são arranjadas em uma direção formando um ângulo θ com a direção de avanço do suporte 25 que fica tipicamente compreendido entre 15o e 65°.

Em uma configuração alternativa, não mostrada na fig. IA, a tira contínua reforçada por corda 22 produzida pelo extrusor 14 é enrolada como produto semi-finalizado sobre um carretei adequado. O carretei portando a tira contínua reforçada por corda 22 enrolada poderia, então, ser aproximado ao cortador 20, a fim de formar as tiras 23 de comprimento predeterminado a serem arranjadas sobre o suporte 25.

Na operação, a tira 23 é despachada por cima do suporte 25, o suporte 25 é acionado para avançar a tira 23 por uma distância predeterminada, e, então, a tira 23 seguinte é despachada por cima do suporte 25, de modo que uma porção de borda lateral frontal da tira 23 subsequente seja aproximada a uma porção de borda lateral traseira da tira 23 precedente. A aproximação pode ser realizada tanto sobrepondo-se as porções de borda lateral, quanto confinando-se as bordas laterais das tiras 23. As porções de borda lateral aproximadas das tiras adjacentes 23 são, então, reunidas. Essas etapas são repetidas até que um comprimento alvo para a camada de reforço sendo formada seja alcançado.

A fig. 2 e a fig. 3 mostram, respectivamente, de modo esquemático, porções de uma lona de carcaça e de uma camada de cinta formadas de acordo com modos de realização da presente invenção.

A lona de carcaça da fig. 2 e a camada de cinta da fig. 3 são formadas alternando-se uma pluralidade de tiras A a uma pluralidade de tiras B, respectivamente, tendo uma largura efetiva Wl e W2, com Wl Φ W2. Por exemplo, a lona de carcaça e a camada de cinta poderiam ser formadas sobre uma respectiva cinta transportadora (não mostrada). O fornecimento das tiras A para a cinta transportadora poderia ser provido por uma primeira linha de extrusão, e o fornecimento das tiras B para a cinta transportadora poderia ser provido por uma segunda linha de extrusão, a primeira e a segunda linhas de extrusão sendo, por exemplo, semelhantes àquelas mostradas na fig. 1. Alternativamente, uma única linha de extrusão poderia ser usada para fabricar uma tira de largura efetiva cumulativa Wl + W2, que é, então, cortada longitudinalmente para resultar em duas tiras contínuas tendo larguras efetivas Wl e W2, antes de cortar as tiras no comprimento necessário para a camada de reforço sendo preparada e fornecer as tiras sobre a cinta transportadora.

Em modos de realização adicionais, as tiras AeB poderiam ser providas desenrolando-se de uma tira contínua preparada em avanço a partir de carretéis adequados, cortadas no comprimento e fornecidas à cinta transportadora (tanto a partir de dois carretéis portando tiras contínuas, respectivamente, de largura efetiva Wl e W2, quanto a partir de uma tira contínua de carretei de largura efetiva cumulativa W1+W2 cortada longitudinalmente para formar as tiras contínuas tendo larguras efetivas Wl e W2).

A fim de aperfeiçoar a eficiência de produção, a provisão da pluralidade de tiras A e da pluralidade de tiras B para a cinta transportadora poderia ser realizada em paralelo. Por exemplo, enquanto uma tira A está sendo aplicada à cinta transportadora e unida à tira B anterior, a tira B subsequente está sendo puxada e cortada. Vantajosamente, a aplicação das tiras AeB sobre a cinta transportadora poderia ser provida a partir de lados opostos da cinta transportadora. O avanço da cinta transportadora poderia ser adequadamente controlado, a fim de permitir a deposição alternada das tiras A eB.

A fig. 4 e a fig. 5 mostram, respectivamente, de modo esquemático, porções de uma lona de carcaça e de uma camada de cinta formadas de acordo com modos de realização adicionais da presente invenção.

A lona de carcaça da fig. 4 e a camada de cinta da fig. 5 são formadas formando-se separadamente uma primeira porção com uma pluralidade de tiras A e uma segunda porção com uma pluralidade de tiras B, tendo, respectivamente, uma largura efetiva W1 e W2, com W1 ≠ W2, e, então, unindo-se as duas porções (tanto sobrepondo-se as porções de borda lateral quanto confinando-se as bordas laterais das mesmas).

Por exemplo, as primeira e segunda porções da lona de carcaça e/ou da camada de cinta poderiam ser formadas sobre duas respectivas cintas transportadoras (não mostradas). O fornecimento das tiras A para a respectiva cinta transportadora poderia ser provido por uma primeira linha de extrusão, e o fornecimento das tiras B para a respectiva cinta transportadora poderia ser provido por uma segunda linha de extrusão, a primeira e a segunda linhas de extrusão sendo semelhantes, por exemplo, àquelas mostradas na fig. 1.

Alternativamente, uma única linha de extrusão poderia ser usada para fabricar uma tira de largura efetiva cumulativa Wl+W2, então, adequadamente cortada longitudinalmente para resultar em duas tiras contínuas tendo larguras efetivas W1 e W2, antes de cortar as tiras no comprimento necessário para a camada de reforço sendo preparada e alimentar as tiras sobre as respectivas cintas transportadoras.

Em modos de realização adicionais, as tiras A e B poderiam ser providas desenrolando-se de uma tira contínua preparada em avanço a partir de carretéis adequados, cortadas no comprimento e fornecidas às respectivas cintas transportadoras (tanto a partir de dois carretéis portando tiras contínuas, respectivamente, de largura efetiva W1 e W2, quanto a partir de uma tira contínua de carretei de largura efetiva cumulativa W1 + W2 cortada longitudinalmente para formar as tiras contínuas tendo larguras efetivas W1 e W2).

A fim de aperfeiçoar a eficiência de produção, a aplicação da pluralidade de tiras A e da pluralidade de tiras B para as cintas transportadoras poderia ser realizada em paralelo sobre as duas cintas transportadoras. A fig. 6 mostra esquematicamente um modo de realização adicional da aplicação das tiras A, B tendo larguras efetivas diferentes para formar uma camada de reforço (tanto uma lona de carcaça quanto uma camada de cinta). No modo de realização mostrado na fig. 6, as tiras A, B são aplicadas a um tambor de fabricação 50, que é mostrado em uma seção transversal. O tambor 50 poderia ser um tambor cilíndrico, ou um tambor toroidal. Nesta descrição, por "tambor de fabricação", deve ser entendido qualquer tipo de tambor de fabricação usado para a preparação de pelo menos uma porção de um pneu verde, por exemplo, um tambor de construção, ou um tambor auxiliar, ou um tambor de formação. Na representação esquemática da fig. 6, as tiras A, B são mostradas (em seção transversal) como sendo retilíneas, embora, na verdade, nessa configuração, as tiras sejam depositadas sobre o tambor 50 e sigam a relativa curvatura do mesmo. Além disso, são mostrados espaços na fig. 6 entre as seções transversais das várias tiras, que, tipicamente, não são formados em uma aplicação real, e que foram introduzidos na figura somente para distinguir claramente as várias tiras A. B umas das outras.

As tiras AeB têm, respectivamente, larguras efetivas Wl e W2, com Wl φ W2. O número de tiras A aplicadas é Nl e o número de tiras B aplicadas é N2. No modo de realização mostrado na fig. 6, Nl é igual a N2, ou seja, as tiras A, B são aplicadas em número igual sobre o tambor 50 (o número mostrado NI, N2 de tiras A, B é puramente um exemplo e não é, necessariamente, indicativo de uma aplicação real). Como mostrado na fig. 6, um primeiro aparelho de aplicação 51 controla a aplicação das tiras A por cima de uma porção 52 do tambor 50, enquanto um segundo aparelho de aplicação 53 controla a aplicação das tiras B por cima de uma porção 54 do tambor 50. O primeiro aparelho de aplicação 51 e o segundo aparelho de aplicação 53 ficam localizados, de preferência, sobre lados opostos do tambor 50. Especificamente, as porções de aplicação 52, 54, controladas, respectivamente, pelo primeiro aparelho de aplicação 51 e pelo segundo aparelho de aplicação 53, ficam localizadas a 180° uma da outras. Entretanto, pode ser provido que o primeiro aparelho de aplicação 51 e o segundo aparelho de aplicação 53 fiquem dispostos em posições diferentes daquelas mostradas na fig. 6. Por exemplo, eles poderiam ser dispostos a um ângulo diferente um do outro (por exemplo, 90°) ou ser dispostos lado-a-lado.

Na operação, o primeiro aparelho de aplicação 51 e o segundo aparelho de aplicação 53 podem aplicar, ao mesmo tempo, respectivamente, uma tira A e uma tira B, de modo a aumentar a eficiência do processo de aplicação. Os números circundados mostrados na fig. 6 definem uma seqüência de etapas de aplicação adaptadas para cobrir a inteira circunferência do tambor 50 com as tiras AeB, cada etapa de aplicação compreendendo uma aplicação contemporânea de uma tira A por cima da porção 52 e de uma tira B por cima da porção 54. Em particular, na etapa de aplicação (1), uma primeira tira A é aplicada pelo primeiro aparelho de aplicação 51 por cima da porção de tambor 52 e uma primeira tira B é, contemporaneamente, aplicada pelo segundo aparelho de aplicação 53 por cima da porção de tambor 54. Depois da aplicação do primeiro par de tiras A, B sobre lados opostos do tambor 50, o último é girado (na direção mostrada pela seta) em um ângulo correspondendo à largura efetiva cumulativa W1+W2 das tiras A, B. Então, na etapa de aplicação (2), uma segunda tira A é aplicada pelo primeiro aparelho de aplicação 51 por cima da porção de tambor 52 e uma segunda tira B é, contemporaneamente, aplicada pelo segundo aparelho de aplicação 53 por cima da porção de tambor 54. Depois da aplicação do segundo par de tiras A, B sobre lados opostos do tambor 50, o último é novamente girado em um ângulo correspondendo à largura efetiva cumulativa W1+W2 das tiras A, B, e essas etapas são repetidas até que a inteira circunferência do tambor 50 seja coberta (depois da etapa (7) na fig. 6). Como resultado, é obtida a perfeita alternação das tiras A, B na camada de reforço formada. A sobreposição das porções de borda lateral ou o confinamento das bordas laterais das tiras A, B poderiam ser providos durante a aplicação, de acordo com exigências específicas.

A fíg. 7 mostra esquematicamente um modo de realização adicional da aplicação das tiras A, B tendo larguras efetivas diferentes para formar uma camada de reforço (tanto uma lona de carcaça quanto uma camada de cinta). No modo de realização mostrado na fig. 7, as tiras A, B são aplicadas ao tambor de fabricação 50, como na fig. 6, e têm, respectivamente, as larguras efetivas Wl e W2, com Wl Φ W2. O número de tiras A aplicadas é de Nl e o número de tiras B aplicadas é de N2. Entretanto, no modo de realização mostrado na fig. 7 Nl é diferente de N2, ou seja, as tiras A, B são aplicadas em número desigual sobre o tambor 50 (o número NI, N2 de tiras A, B mostrado é puramente um exemplo e não é, necessariamente, indicativo de uma aplicação real). O número cumulativo Nl+N2 de tiras A, B é um 15 número par. Exemplarmente, na fig. 7, o número Nl de tiras A é maior que o número N2 de tiras B. Como na fig. 6, um primeiro aparelho de aplicação 51 controla a aplicação das tiras A por cima de uma porção 52 do tambor 50, enquanto um segundo aparelho de aplicação 53 controla a aplicação das tiras B por cima de uma porção 54 do tambor 50. O primeiro aparelho de aplicação 51 e o segundo aparelho de aplicação 53 ficam localizados sobre lados opostos do tambor 50. Especificamente, as porções de aplicação 52, 54 controladas, respectivamente, pelo primeiro aparelho de aplicação 51 e pelo segundo aparelho de aplicação 53 ficam localizadas a 180° uma da outra.

Entretanto, como foi observado anteriormente com referência à fig. 6, isso não deve ser considerado obrigatório.

Na operação, o primeiro aparelho de aplicação 51 e o segundo aparelho de aplicação 53 podem aplicar, ao mesmo tempo, respectivamente, uma tira A e uma tira B, de modo a aumentar a eficiência do processo de aplicação. Isso pode ser concluído somente para um determinado número de pares de tiras A, B (no máximo até exaurir as N2 tiras B a serem dispostas). Os números circundados mostrados na fig. 7 definem uma seqüência de etapas de aplicação adaptadas para cobrir a inteira circunferência do tambor 50 com as tiras AeB. Cada etapa de aplicação pode compreender tanto uma aplicação contemporânea de uma tira A por cima da porção 52 e de uma tira B por cima da porção 54, quanto uma aplicação de uma tira A sozinha. Em particular, na etapa de aplicação (1), uma primeira tira A é aplicada pelo primeiro aparelho de aplicação 51 por cima da porção de tambor 52 e uma primeira tira B é, contemporaneamente, aplicada pelo segundo aparelho de aplicação 53 por cima da porção de tambor 54. Depois da aplicação do primeiro par de tiras A, B sobre lados opostos do tambor 50, o último é girado (na direção mostrada pela seta) em um ângulo correspondendo à largura efetiva cumulativa W1+W2 das tiras A, B. Então, na etapa de aplicação (2), uma segunda tira A é aplicada pelo primeiro aparelho de aplicação 51 por cima da porção de tambor 52 e uma segunda tira B é, contemporaneamente, aplicada pelo segundo aparelho de aplicação 53 por cima da porção de tambor 54. Depois da aplicação do segundo par de tiras A, B sobre lados opostos do tambor 50, o último é novamente girado em um ângulo correspondendo à largura efetiva cumulativa Wl+W2 das tiras A, B. Essas etapas são repetidas até a etapa de aplicação (4), depois da qual o tambor 50 é girado em um ângulo diferente com relação às etapas anteriores, ou seja, um ângulo correspondendo a uma largura W1+W1+W2. Então, a etapa de aplicação (5) é realizada, com a aplicação contemporânea do quinto par de tiras A, B. Entre as etapas de aplicação (5), (6) e (7), o ângulo de rotação do tambor 50 volta ao valor anterior correspondendo à largura efetiva cumulativa Wl+W2 das tiras A, B. Depois da etapa de aplicação (7), as tiras B não têm mais de ser aplicadas. O tambor é girado em um ângulo correspondendo à largura efetiva W2 da tira B e uma etapa de aplicação (8) da oitava tira A é realizada. Finalmente, o tambor é girado em um ângulo adequado (correspondendo a uma soma de um número de larguras efetivas das tiras A, B) até a posição na qual a última tira A deveria ser aplicada, na etapa de aplicação (9). A inteira circunferência do tambor 50 é, desse modo, coberta. Como resultado, é obtida a alternação das tiras A, B na camada de reforço formada somente em algumas porções da camada de reforço formada, enquanto outras porções compreendem tiras da mesma largura efetiva adjacentes umas às outras. A sobreposição das porções de borda lateral ou o confinamento das bordas laterais das tiras A, B poderiam ser providos durante a aplicação, de acordo com exigências específicas.

Verificou-se que o uso dos elementos em forma de tira de larguras efetivas diferentes para fabricar os componentes de reforço de um pneu pode prover o nível de flexibilidade exigido por uma linha de produção completa. Com essa escolha, o processo de fabricação poderia ser projetado com menos restrições de projeto, sem a necessidade de grandes inventários de tiras de tamanhos diferentes, e/ou sem a necessidade de modificar continuamente a largura efetiva de tira a fim de lidar com uma mudança de tamanho de pneu e/ou com uma circunferência alvo diferente a ser coberta.

Indicando-se com D o diâmetro de uma circunferência alvo genérica a ser coberta pelos elementos em forma de tira para formar uma dada camada de reforço, e as larguras efetivas dos elementos em forma de tira usados com Wl, W2, o número Nl de elementos em forma de tira da largura efetiva Wl e o número N2 de elementos em forma de tira da largura efetiva W2 a serem aplicados para cobrir a circunferência alvo correspondendo ao diâmetro D devem satisfazer a seguinte relação [1]:

<formula>formula see original document page 28</formula>

A equação [1] se mantém no caso da camada de reforço ser preparada em uma lona de carcaça, enquanto para a preparação de uma camada de cinta deve ser satisfeita a seguinte relação: <formula>formula see original document page 29</formula>

em que θ representa o ângulo dos elementos tipo filamentos da camada de cinta em relação ao plano equatorial do pneu. A seguir, a equação [1] será tomada como referência. Entretanto, as mesmas considerações poderiam ser aplicadas à equação [Γ] obtendo resultados correspondentes.

O valor das larguras efetivas Wl, W2 dos elementos em forma de tira poderia sempre ser escolhido ou expresso, pelo menos como uma aproximação, como um número inteiro. Além disso, o valor de ϋπ, ou seja, o valor da circunferência alvo ser coberta pelos elementos em forma de tira para formar a dada camada de reforço, também poderia ser expresso, pelo menos como uma aproximação, como um número inteiro. Isso poderia ser facilmente conseguido expressando-se os valores de largura efetiva e de circunferência alvo na relação [1] acima em mm, por exemplo. A precisão da aproximação pode definir uma tolerância para o cálculo, de modo que o valor cumulativo W1 N1 + W2 N2 (ou seja, o comprimento da camada formada pela união dos N1 elementos em forma de tira de largura efetiva W1 e dos N2 elementos em forma de tira de largura efetiva W2) difira da circunferência alvo a ser coberta pela camada de reforço sendo formada de um valor que seja controlável, a fim de mantê-lo sob um valor de limiar prestabelecido. Modos de realização preferidos poderiam prover uma inteira cobertura prática da circunferência alvo por meio da escolha adequada do diâmetro alvo D.

A equação [1], desse modo, pode ser re-escrita como

W1 N1 + W2 N2 = C [2]

em que C representa a aproximação de inteiro da circunferência alvo. A equação [2] contém somente números inteiros (com Nl e N2 sendo as quantidades desconhecidas a serem determinadas), e é conhecida na literatura matemática como equação diofantina. Métodos matemáticos convencionais poderiam ser explorados para resolver a equação [2] para qualquer valor prático da circunferência alvo aproximada C, ou seja, para qualquer camada de reforço e/ou tamanho de pneu. Por exemplo, de acordo com o método euleriano, a equação [2] poderia ser progressivamente transformada em equações com coeficientes inteiros menores, sendo mais facilmente capaz de ser resolvida, e, então, por meio de retrotransformações progressivas, encontrando a solução da equação [2], ou seja, determinando as incógnitas Nl e N2.

As soluções para as equações [1] e [2] poderiam ser encontradas, em princípio, para qualquer valor da circunferência alvo, uma vez que os valores das larguras efetivas Wl e W2 tenham sido fixados. Na prática, "qualquer valor da circunferência alvo" na estrutura de uma linha de produção de pneu significa qualquer circunferência alvo a ser casada com qualquer tamanho e/ou modelo de pneu, e/ou camada de reforço a ser aplicada sobre tambores de fabricação de qualquer tamanho conveniente. Desse modo, uma escolha conveniente das larguras efetivas Wl e W2 pode conduzir à provisão de uma série de pares (NI, N2) adaptados para aplicar qualquer camada de reforço em qualquer tamanho e/ou modelo de pneu sobre tambores de fabricação de qualquer tamanho conveniente.

Uma vez que o número Nl de elementos em forma de tira tendo largura efetiva Wl (elementos em forma de tira A) e o número N2 de elementos em forma de tira tendo largura efetiva W2 (elementos em forma de tira B) tenham sido determinados, a seqüência de arranjo particular dos elementos em forma de tira AeB sobre o suporte adequado usado durante a fabricação do pneu pode ser determinada da maneira mais conveniente para o fabricante. Por exemplo, a eficácia de produção e/ou a redução do inteiro tempo de ciclo para formar cada camada de reforço poderiam ser buscadas a fim de encontrar a melhor seqüência de aplicação para cada par (NI, N2). Os modos de realização revelados acima com referência às figs. 2-7 poderiam ser exemplos aplicáveis.

Como é bem conhecido, os tamanhos de pneu são representados pelos diâmetros de projeto de assento de talão de pneu, expressos em polegadas. Por exemplo, há pneus tendo, respectivamente, diâmetros de assento de talão de 15 polegadas (38,1 cm), 16 polegadas (40,6 cm), 17 polegadas (43,2 cm) e assim por diante. Voltando à equação [2], quando a fabricação da mesma camada de reforço com os mesmos elementos em forma de tira para dois tamanhos diferentes é considerada, as seguintes relações poderiam ser escritas:

em que Cl = Dn e C2 = Ό2π, Dl e D2 estando relacionados aos dois tamanhos de pneu. Vamos presumir que o 2o tamanho é maior que o I0 tamanho. Se os dois tamanhos de pneu forem subsequentes um ao outro, e Dl e D2 forem expressos em polegadas, segue-se que D2 = Dl + 1, de modo que C2 = Cl + π, se expressos em polegadas, ou, em outras palavras, Cl e C2 diferem um do outro de cerca de 80mm (mais precisamente, cerca de 79,76mm). Além disso, visto que NI, N2, N3, N4 são todos inteiros, e N3 e N4 se referem a um tamanho de pneu maior, as seguintes relações poderiam ser escritas:

1 ° tamanho: Wl Nl + W2 N2 = Cl [3]

2 o tamanho: Wl NS + W2 N4 = C2 [4]

em que incl e inc2 são números inteiros representando a diferença no número entre os elementos em forma de tira necessários para formar a camada de reforço no Io tamanho de pneu e no 2o tamanho de pneu.

N4 = N2 + inc2 [5]

N3 = Nl + incl [6]

Tudo isso sendo levado em conta, a equação [4] poderia ser re- escrita como:

Wl (NI + incl) + W2(N2 + inc2) = Cl + π [4'] que (ver equação [3]) também poderia ser escrito como

Wl incl + W2 inc2 = π [7] A equação [7] dá uma regra que poderia ser seguida para escolher adequadamente as larguras efetivas Wl e W2 dos elementos em forma de tira. Por exemplo, considerando-se incl = Ie inc2 = 1, e aproximando-se o valor de π como sendo de 79mm, pode-se escolher Wl = 40mm e W2 = 39mm. Como outro exemplo, considerando-se incl = 1 e inc2 = 2, e aproximando-se o valor de π como sendo de 80mm, pode-se escolher W1 = 27mm e W2 = 26mm.

Na Tabela 1 a seguir, são reportados resultados para preparar uma lona de carcaça em tamanhos de pneu diferentes, variando de 17 polegadas (43,2 cm) a 23 polegadas (58,4 cm). E assumido que a lona de carcaça deve ser formada por elementos em forma de tira tendo larguras efetivas Wl = 40mm e W2 = 39mm, e que os elementos em forma de tira são aplicados a um suporte cilíndrico tendo um diâmetro iniciando a partir de 490mm a 17 polegadas (43,2 cm) (os diâmetros dos suportes cilíndricos a serem usados para fabricar os pneus de outros tamanhos poderiam ser facilmente derivados, visto que eles conduzem a circunferências alvo diferindo umas das outras por um valor de π, como revelado acima). A tabela reporta, para cada tamanho de pneu (TS), o número de elementos em forma de tira necessários da largura efetiva Wl = 40mm (NI), o número de elementos em forma de tira necessários da largura efetiva W2 = 39mm (N2), a circunferência alvo a ser coberta (TG), a soma cumulativa das larguras efetivas dos (N1+N2) elementos em forma de tira (CS). Como pode ser visto, a lona de carcaça poderia ser vantajosamente produzida com uma diferença mínima (dentro de poucos milímetros) entre a soma cumulativa das larguras efetivas dos elementos em forma de tira e a circunferência alvo a ser coberta.

É observado que a tabela poderia ser completada para qualquer tamanho de pneu prático, mesmo menor do que 17 polegadas (43,2 cm) ou maior do que 23 polegadas (58,4 cm). Tabela 1

<table>table see original document page 33</column></row><table>

Nos exemplos acima, as larguras efetivas (expressas em mm) dos elementos em forma de tira foram escolhidas de modo que W2 = Wl - 1. Neste caso particular, as soluções para a equação diofantina [2] poderiam ser explicitamente escritas como:

N1 = C+ kW2 [8]

N2 = -C -k W1 [9]

em que k é qualquer número inteiro diferente de zero. Na verdade, substituindo-se as expressões [8] e [9] e lembrando que W2 = Wl - 1, a equação [2] poderia ser escrita como:

W1 (C + kW2) + W2 (-C - k Wl) = C

==> W1 C-W2 C = C

==> W1 C -(W1 - 1) C = C

==> C = C

o que é sempre verificado. Desse modo, escolhendo-se apropriadamente o valor do parâmetro k, pode-se encontrar os números Nl e N2 do modo mais conveniente.

Na Tabela 2 a seguir, são reportados resultados para preparar uma lona de carcaça em tamanhos de pneu diferentes, variando de 17 polegadas (43,2 cm) a 23 polegadas (58,4 cm). É assumido que a lona de carcaça deveria ser formada pelos elementos em forma de tira tendo larguras efetivas Wl = 27mm e W2 = 26mm, e que os elementos em forma de tira são aplicados a um suporte cilíndrico tendo um diâmetro começando a partir de 472,3mm em 17 polegadas (43,2 cm) (os diâmetros para outros tamanhos poderiam ser facilmente derivados, como observado acima). A tabela reporta, para cada tamanho de pneu (TS), o valor do parâmetro k, o número de elementos em forma de tira necessários tendo largura efetiva Wl = 27mm (NI), o número de elementos em forma de tira necessários tendo largura efetiva W2 = 26mm (N2), a circunferência alvo (TC), a soma cumulativa das larguras efetivas dos (NI + N2) elementos em forma de tira (CS). Como pode ser visto, a lona de carcaça poderia ser vantajosamente produzida com um número Nl = N2 ou Nl = N2 de elementos em forma de tira de larguras efetivas diferentes, com uma diferença mínima (quase sempre dentro de lmm) entre a soma cumulativa das larguras efetivas dos elementos em forma de tira e a circunferência alvo a ser coberta.

Tabela 2

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Como mostrado com os exemplos acima, uma lona de carcaça poderia ser convenientemente formada usando-se dois elementos em forma de tira tendo diferentes larguras efetivas. Para a preparação de uma segunda lona de carcaça a ser sobreposta à primeira (preparada com Nl elementos em forma de tira de largura efetiva Wl e N2 elementos em forma de tira de largura efetiva W2), deve ser levado em conta o aumento na circunferência alvo a ser coberta devido à espessura da primeira lona de carcaça. Sendo G a espessura da primeira lona de carcaça, o aumento (versus C) da circunferência alvo é dado por 2nG. Esse aumento poderia ser gerenciado modificando-se os números Nle N2 e levando-se em conta a diferença entre as larguras efetivas W2-W1.

Por exemplo, considerando-se uma espessura da primeira lona de carcaça de Imm e uma diferença entre as larguras efetivas dos elementos em forma de tira de Imm (como nos exemplos acima), o aumento na circunferência alvo se torna de cerca de 6mm, o que poderia ser gerenciado aplicando-se (NI + 6) elementos em forma de tira de largura efetiva Wl e (N2 - 6) elementos em forma de tira de largura efetiva W2 (assumindo que W2 < Wl).

Alternativamente, a segunda lona de carcaça poderia ser formada usando-se o mesmo número Nl e N2 de elementos em forma de tira da primeira lona de carcaça, calculando-se a partir do aumento de circunferência alvo um vão distribuído a ser aplicado entre os Nl + N2 elementos em forma de tira.

Em qualquer caso, uma vez que as larguras efetivas Wl e W2 dos elementos em forma de tira tenham sido escolhidas, qualquer lona de carcaça para qualquer tamanho de pneu poderia ser preparada com uma combinação adequada de elementos em forma de tira.

Os exemplos acima foram revelados com referência à preparação de uma lona de carcaça. Como já mencionado, considerações semelhantes poderiam ser realizadas para a preparação das camadas de cinta, iniciando a partir da equação [Γ], ao invés da equação [1]. As larguras efetivas dos elementos em forma de tira a serem usados para a preparação das camadas de cinta poderiam ser as mesmas que as larguras efetivas dos elementos em forma de tira a serem usados para a preparação da lona ou lonas de carcaça, ou podem ser diferentes.

As considerações acima sobre as equações diofantinas e os exemplos ralacionados poderiam se referir a uma aplicação dos elementos em forma de tira realizada confmando-se as bordas laterais dos elementos em forma de tira umas com as outras. Nesse caso, as larguras efetivas Wl e W2 poderiam corresponder às larguras reais dos elementos em forma de tira. No caso de uma sobreposição entre as porções de borda lateral dos elementos em forma de tira ser usada durante a aplicação dos mesmos, as larguras efetivas Wl e W2 correspondem às larguras das porções dos elementos em forma de tira que não são destinados a se sobrepor aos elementos em forma de tira adjacentes. Uma largura da porção de sobreposição é somada às larguras efetivas, a fim de encontrar as larguras reais dos elementos em forma de tira a serem preparados para a formação das camadas de reforço.

Por exemplo, a fig. 8A mostra esquematicamente dois elementos em forma de tira AeB tendo lados de borda confinados uns com os outros, e englobando um respectivo número diferente de elementos em forma de tira. Os dois elementos em forma de tira AeB são mostrados em seção transversal, que (idealmente) é retangular. As larguras reais dos elementos em forma de tira correspondem às larguras efetivas Wl e W2 neste caso.

Por outro lado, como outro exemplo, a fig. 8B mostra esquematicamente três elementos em forma de tira, um assinalado como A e dois assinalados como B, tendo porções laterais de borda afuniladas. Os dois elementos em forma de tira assinalados como B são um igual ao outro e cada um engloba um número diferente de elementos tipo filamentos em relação ao elemento em forma de tira A. Os dois elementos em forma de tira AeB são mostrados em seção transversal, que (idealmente) é de forma hexagonal. Como pode ser visto, os elementos em forma de tira da fig. 8B têm porções destinadas a se sobrepor a um elemento em forma de tira adjacente. Em particular, o elemento em forma de tira A tem uma porção lateral de borda tendo a largura Xl destinada a se sobrepor a uma porção de um elemento em forma de tira adjacente, e uma largura efetiva Wl. Dessa vez, o elemento em forma de tira B tem uma porção lateral de borda tendo a largura X2 destinada a se sobrepor a uma porção de um elemento em forma de tira adjacente, e uma largura efetiva W2. As larguras reais dos elementos em forma de tira AeB, desse modo, são, respectivamente, iguais a Wl +Xl e W2 + X2, neste caso. É observado que a invenção não está limitada a qualquer forma particular de seção transversal de elemento em forma de tira, de modo que as formas mostradas nas figs. 8A e 8B devem ser consideradas puramente como exemplo.

A invenção, vantajosamente, permite superar muitos problemas envolvidos em uma linha de produção de pneu completa, como revelado acima. Em adição, é observado adicionalmente que um aperfeiçoamento dos pneus fabricados de acordo com o apresentado acima também poderia ser obtido. Na verdade, uma maior uniformidade poderia ser obtida devido ao casamento da circunferência alvo com qualquer camada de reforço e/ou qualquer tamanho de pneu. Além disso, o uso dos elementos em forma de tira de larguras efetivas diferentes para a formação das camadas de reforço pode reduzir a ocorrência de efeitos vibracionais devido às componentes harmônicas causadas pelas porções unidas dispostas regularmente ao longo da circunferência do pneu, especialmente com configurações alternadas entre os elementos em forma de tira de uma primeira largura efetiva e os elementos em forma de tira de uma segunda largura efetiva diferente.

Embora a presente invenção tenha sido revelada e descrita por meio de alguns modos de realização, é visível para aqueles experientes na técnica que diversas modificações dos modos de realização descritos, bem como outros modos de realização da presente invenção são possíveis sem se afastar do escopo da mesma como definido nas reivindicações anexas.

Por exemplo, embora a descrição detalhada sempre faça referência a duas pluralidades de elementos em forma de tira, é observado que as mesmas considerações ou considerações semelhantes poderiam ser repetidas no caso do uso de mais de duas pluralidades dos elementos em forma de tira. Como outro exemplo, embora a descrição detalhada sempre faça referência à fabricação das lonas de carcaça para pneus radiais, é observado que as mesmas considerações ou considerações semelhantes poderiam ser repetidas para a fabricação das lonas de carcaça para pneus não- radiais (por exemplo, de lona cruzada). Como outro exemplo, embora a descrição detalhada sempre faça referência à preparação das camadas de reforço (lonas de carcaça, camadas de cinta) do pneu, é observado que as mesmas considerações ou considerações semelhantes poderiam ser repetidas para a preparação de outros componentes de reforço do pneu, incluindo elementos tipo filamentos de reforço, como, por exemplo, um forro provido para o reforço de talão.

Claims

1. Processo para fabricar um pneu, caracterizado pelo fato de compreender: - prover uma primeira pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma primeira largura efetiva; - prover pelo menos uma segunda pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma segunda largura efetiva; - arranjar os elementos em forma de tira da mencionada primeira pluralidade e da mencionada segunda pluralidade sobre um suporte aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar pelo menos um componente de reforço do pneu sobre o mencionado suporte; em que a mencionada primeira largura efetiva é diferente da mencionada segunda largura efetiva.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que um número de elementos em forma de filamentos de reforço nos elementos em forma de tira da mencionada primeira pluralidade é diferente de um número de elementos em forma de filamentos de reforço nos elementos em forma de tira da mencionada segunda pluralidade.

3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que os mencionados elementos em forma de filamentos de reforço são dispostos de modo a ter substancialmente o mesmo passo tanto nos elementos em forma de tira da mencionada primeira pluralidade quanto nos elementos em forma de tira da mencionada segunda pluralidade.

4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o mencionado pelo menos um componente de reforço do pneu compreende pelo menos uma lona de carcaça.

5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o mencionado pelo menos um componente de reforço de pneu compreende pelo menos uma camada de cinta.

6. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a mencionada aproximação das porções de borda lateral dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade compreende confinar as bordas laterais dos elementos em forma de tira umas com as outras.

7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a mencionada aproximação das porções de borda lateral dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade compreende sobrepor as porções de borda lateral dos elementos em forma de tira umas com as outras.

8. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o mencionado arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade compreende arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade alternados com os elementos de tira da segunda pluralidade em pelo menos uma porção do pelo menos um componente de reforço.

9. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o mencionado arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade compreende: - arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar uma primeira porção do mencionado pelo menos um componente de reforço; - arranjar os elementos em forma de tira da segunda pluralidade aproximando-se as porções de borda lateral dos mesmos umas às outras, de modo a formar uma segunda porção do mencionado pelo menos um componente de reforço; - aproximar as porções de borda lateral das primeira e segunda porções do mencionado componente de reforço umas às outras para formar o mencionado pelo menos um componente de reforço.

10. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que um comprimento total do pelo menos um componente de reforço formado pelos elementos em forma de tira arranjados da primeira pluralidade e da segunda pluralidade difere de uma respectiva circunferência alvo do mencionado componente de reforço por um valor que é menor que um valor de limiar prestabelecido.

11. Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o mencionado valor de limiar prestabelecido é menor do que, ou, igual a 0,5% da circunferência alvo.

12. Processo de acordo com a reivindicação 10 ou 11, caracterizado pelo fato de que as mencionadas primeira e segunda larguras efetivas são maiores do que, ou, iguais a 1% da circunferência alvo.

13. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a mencionada primeira pluralidade de elementos em forma de tira compreende um primeiro número inteiro Nl de elementos em forma de tira, em que a mencionada segunda pluralidade de elementos em forma de tira compreende um segundo número inteiro N2 de elementos em forma de tira, e em que tanto Nl quanto N2 são maiores ou iguais a (NI + N2)/5.

14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que tanto Nl quanto N2 são maiores ou iguais a 2(N1 + N2)/5.

15. Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que Nle N2 diferem, no máximo, por uma unidade.

16. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o mencionado arranjo dos elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade sobre o mencionado suporte compreende arranjar os elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade sobre uma superfície do mencionado suporte, a mencionada superfície sendo uma superfície cilíndrica, ou uma superfície toroidal, ou uma superfície plana.

17. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as mencionadas primeira e segunda larguras efetivas diferem uma da outra em no máximo 5mm.

18. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que as primeira e segunda larguras efetivas diferem uma da outra em no máximo 2mm.

19. Pneu, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos um componente de reforço formado pelos elementos em forma de tira aproximados, em que os mencionados elementos em forma de tira compreendem uma primeira pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma primeira largura efetiva, e uma segunda pluralidade de elementos em forma de tira, cada um tendo substancialmente uma segunda largura efetiva, em que a mencionada primeira largura efetiva é diferente da mencionada segunda largura efetiva.

20. Pneu de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que cada elemento em forma de tira da primeira pluralidade compreende um primeiro número de elementos em forma de filamentos de reforço e cada elemento em forma de tira da segunda pluralidade compreende um segundo número de elementos em forma de filamentos de reforço, diferente do primeiro número.

21. Pneu de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que os mencionados primeiro e segundo números de elementos em forma de filamentos de reforço são dispostos de modo a ter substancialmente o mesmo passo tanto nos elementos em forma de tira da mencionada primeira pluralidade quanto nos elementos em forma de tira da mencionada segunda pluralidade.

22. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a -21, caracterizado pelo fato de que o mencionado pelo menos um componente de reforço do pneu compreende pelo menos uma lona de carcaça.

23. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a -22, caracterizado pelo fato de que o mencionado pelo menos um componente de reforço do pneu compreende pelo menos uma camada de cinta.

24. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a -23, caracterizado pelo fato de que os elementos em forma de tira da primeira pluralidade e da segunda pluralidade são alternados uns com os outros em pelo menos uma porção do pelo menos um componente de reforço.

25. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a -24, caracterizado pelo fato de que a mencionada primeira pluralidade dos elementos em forma de tira compreende um primeiro número inteiro Nl de elementos em forma de tira, em que a mencionada segunda pluralidade de elementos em forma de tira compreende um segundo número inteiro N2 dos elementos em forma de tira, e em que tanto Nl quanto N2 são maiores ou iguais a (NI + N2)/5.

26. Pneu de acordo com a reivindicação 25, caracterizado pelo fato de que tanto Nl quanto N2 são maiores ou iguais a 2(N1 + N2)/5.

27. Pneu de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que Nle N2 diferem em no máximo um.

28. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as mencionadas primeira e segunda larguras efetivas diferem uma da outra em no máximo 5mm.

29. Pneu de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que as mencionadas primeira e segunda larguras efetivas diferem uma da outra em no máximo 2mm.

30. Pneu de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a -29, caracterizado pelo fato de que a mencionada primeira largura efetiva e a mencionada segunda largura efetiva são maiores ou iguais a 15mm.