BRPI0620361B1 - utilização de paredes ou cascas de levedura, composição fito-sanitária e utilização da mesma - Google Patents

utilização de paredes ou cascas de levedura, composição fito-sanitária e utilização da mesma

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Abstract

utilização de uma composição, processos para tratar ou proteger uma planta contra doenças provocadas por agentes patogênicos, para induzir ou estimular defesas naturais em uma planta, para prevenir ou bloquear o desenvolvimento de patogêneses e para limitar a quantidade de resíduos de produtos agroquímicos em ou sobre os produtos consumíveis, e, composição a presente invenção se refere a composições e métodos para proteger as plantas contra diversos agentes patogênicos tais como champignons, vírus e bactérias. a invenção é utilizável, sozinha ou em alternância e/ou em combinação com outros meios de proteção de plantas, e é adaptada para o tratamento de múltiplas espécies vegetais.

Description

“UTILIZAÇÃO DE PAREDES OU CASCAS DE LEVEDURA, COMPOSIÇÃO FITO-SANITÁRIA E UTILIZAÇÃO DA MESMA” A presente invenção se refere a composições e processos para proteger as plantas contra diversos agentes patogênicos tais como cogumelos, vírus e bactérias. A invenção é utilizável, sozinha ou em alternância e/ou em combinação com outros meios de proteção de plantas, e é adaptada ao tratamento de múltiplas variedades vegetais.
Dentre os agentes patogênicos, os cogumelos, responsáveis pelas doenças fúngicas ou criptogâmicas, são os que têm maior impacto econômico. Cada espécie vegetal é sensível a uma ou mais doenças principais, susceptíveis de reduzir fortemente seu vigor, seu crescimento, e finalmente a quantidade e/ou a qualidade da colheita.
Diversos parâmetros influenciam o desenvolvimento das doenças como as condições de solo e a fertilização, a sensibilidade varietal, o modo de condução (rotação, trabalho do solo, número de plantas ou plântulas por hectare, sistema de tamanho, etc.), ou sobretudo as condições climáticas. Mas agir sobre alguns destes parâmetros não basta, em geral, para limitar suficientemente os estragos causados pelas doenças. Também, para se pré-munir, o cultivador que deseja otimizar e proteger seu rendimento, tratará sua cultura no momento oportuno com um produto fitossanitário, frequentemente preventivo. Geralmente os produtos utilizados são produtos químicos, para a maior parte muito eficaz, mas que podem apresentar riscos sanitários para as pessoas que os manipulam e são geradores de resíduos nas produções tratadas, nos solos e nas águas. Além disso, a utilização repetida de certas matérias ativas fungicidas que agem sobre o mesmo sítio metabólico, seleciona cepas resistentes a estes fungicidas.
Para tentar remediar a isso, é necessário limitar o número de utilizações anuais de produtos químicos da mesma família, alternar as famílias químicas com diferentes modos de ação, e utilizar todos os meios desfavoráveis ao agente patogênico.
Neste contexto, existe conseqüentemente uma necessidade real e importante de soluções alternativas contra as doenças das plantas. Idealmente, estas soluções devem agir de maneira diferente daquela dos fungicidas químicos existentes, não gerar resíduos químicos nas colheitas e no meio ambiente, e serem mais assertivas e sãs para os operadores. Tais tratamentos poderíam ser utilizados, sozinhos ou em alternância e/ou em combinação com os tratamentos químicos atuais ou qualquer outro tratamento, para impedir o aparecimento ou limitar o desenvolvimento destas patogêneses, e de suas cepas resistentes, sobre os vegetais, e limitar os riscos para o homem e o meio ambiente.
Sumário da invenção A presente invenção fornece novas composições e processos para o tratamento ou a proteção das plantas contra agentes patogênicos. Mais particularmente, a invenção reside em evidenciar que, de maneira inesperada, as paredes ou cascas de leveduras possuem a capacidade de proteger eficazmente as plantas contra a infecção por agentes patogênicos. Este efeito é obtido por simples contacto das paredes ou cascas com a planta, por meio de uma pulverização, por exemplo.
Os resultados obtidos mostram que o tratamento por meio de paredes ou cascas de leveduras confere uma proteção não somente aos órgãos ou partes de plantas tratadas (ação direta no ponto de contacto), mas igualmente aos órgãos aparecidos posteriormente. As paredes ou cascas que não podem penetrar na planta para ser veiculadas pela seiva, não se trata de uma sistêmica. Em contrapartida, tal resultado sugere um efeito indutor de mecanismos de defesas naturais da planta, e permite conseqüentemente encarar uma longa duração de proteção, igual ou superior a um mês, e uma ação polivalente de composições e métodos da invenção.
Um objeto da invenção reside conseqüentemente na utilização de paredes ou em cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para o tratamento ou a proteção das plantas contra as doenças produzidas ou provocadas por agentes patogênicos, notadamente fungicos, bacterianos ou virais.
Outro objeto da invenção reside na utilização de paredes ou em cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para a indução ou a estimulação em uma planta de defesas naturais contra agentes patogênicos. A invenção se refere igualmente a um processo para o tratamento ou a proteção das plantas contra as doenças produzidas ou provocadas pelos agentes patogênicos, notadamente fungicos, bacterianos ou virais, compreendendo a aplicação sobre a planta ou uma parte desta de paredes ou de cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s). A invenção tem ainda por objeto um processo para a indução ou a estimulação em uma planta de defesas naturais (contra agentes patogênicos), compreendendo a aplicação sobre a planta ou uma parte desta de paredes ou de cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s).
Como será descrito mais em detalhes na seqüência do texto, a invenção se aplica a todos os tipos de planta, e notadamente as gramíneas e dicotiledôneas, as plantas anuais, semestrais e perenes, os legumes, os cereais incluindo o trigo, a cevada e o arroz, o milho, sorgo, painço, as oleaginosas, as proteaginosas, as batatas, beterrabas, canas de açúcar, tabaco, plantas lenhosas, as árvores, frutíferas ou não, as vinhas e os vegetais ornamentais. Além disso, o agente patogênico pode ser de natureza diversa, tal como um cogumelo, uma bactéria, um vírus, micoplasma, um espiroplasma ou viróide.
As paredes ou cascas de levedura(s) utilizadas na invenção podem provir de todas as espécies de leveduras, em particular de leveduras do gênero Saccharomyces, notadamente S. cerevisiae, e podem ser obtidas ou preparadas de acordo com técnicas conhecidas em si do especialista, que serão descritas na seqüência do texto, notadamente por autólise, separação, concentração, etc.
Outro objeto da invenção se refere a uma composição (fitofarmacêutica) que compreende paredes ou cascas de levedura, que podem ser administradas ou aplicadas sobre uma planta, ou colocadas em contato com esta última, ou alguns de seus órgãos apenas, quaisquer que sejam, escolhidos notadamente dentre as folhas, as flores, os frutos, o caule, o tronco, ou as raízes. Tal composição pode ser qualificada de preparação fitofarmacêutica. A referida composição pode ser sob a forma de líquido, concentrado ou não, de pó, molhável ou não, de granulados, dispersáveis ou outros, ou de qualquer outra forma adaptada à colocação em contato de paredes ou cascas de leveduras com os órgãos da planta que orienta o tratamento, por exemplo, pulverização após diluição, colocação em suspensão ou outro, na água ou em um outro veículo, sobre as partes aéreas do vegetal, aporte ao solo ou por solução nutritiva, no nível das raízes da planta, etc.
Em modos de aplicação preferidos, as composições da invenção podem compreender, além disso, agentes de formulação, dispersantes, estabilizadores, tensoativos, etc.
Outro objeto da invenção se refere a uma composição (fitofarmacêutico) que compreende paredes ou cascas de levedura em combinação com um agente fungicida, antiviral ou antibacteriano, com o propósito de sua aplicação simultânea, separada ou espaçada no tempo.
Ainda outro objeto da invenção reside em um processo para lutar contra as doenças provocadas por agentes patogênicos nos vegetais, compreendendo a aplicação sobre uma planta de cascas ou paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), eventualmente em alternância ou combinação com um outro tratamento ativo contra o referido agente patogênico.
Outro objeto da invenção reside em um processo para prevenir ou frear o desenvolvimento de patogêneses resistentes a uma família de substâncias ativas, caracterizado pelo fato de que a planta é tratada por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para reduzir a pressão de seleção das cepas resistentes à referida família de substâncias ativas, ou pelo fato de que o(s) tratamento(s) da planta com uma substância da referida família de substâncias ativas é(são) altemado(s) ou combinado(s) com um(ou mais) tratamento(s) da referida planta por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s). A invenção se refere ainda à utilização de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s) para aumentar a eficácia global da proteção fitossanitária, pela diminuição do nível de infecção e/ou pela redução da emissão de inoculação. A invenção tem também por objeto a utilização de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s) para obter uma proteção fitossanitária parcial ou completa, de longa duração, por exemplo de um mês e meio pelo menos.
Outro objeto da invenção se refere a um processo para limitar a quantidade dos resíduos de produtos agroquímicos em ou sobre os produtos consumíveis, nos solos e águas durante o tratamento de culturas ou de uma planta, o processo compreendendo um (ou mais) tratamento(s) da referida cultura ou planta por cascas ou por paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s).
Outro objeto da invenção reside na utilização de cascas ou em paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para a prevenção ou o tratamento das doenças na agricultura biológica ou ecológica.
Descrição detalhada da invenção Como indicado precedentemente, a invenção se refere a um processo e produtos para lutar, a título preventivo ou curativo, contra os agentes patogênicos nos vegetais. A invenção repousa notadamente na evidencia propriedades vantajosas e inesperadas de paredes e cascas de levedura, e propõe sua utilização na luta contra as doenças provocadas por agentes patogênicos nas plantas. A presente invenção decorre, notadamente, da descoberta que as cascas e/ou paredes de leveduras são capazes de proteger os órgãos ou partes da planta tratadas diretamente pelas composições da invenção (ou seja que exercem uma ação direta no local de contato), e também os órgãos ou partes de planta que aparecem após o tratamento. As paredes ou cascas que não podem penetrar na planta, para ser veiculadas pela seiva, não se trata de uma sistêmica. Em contrapartida, esta propagação da proteção para a planta inteira e para os órgãos novamente formados sugere um mecanismo de indução ou estimulação de defesas naturais, tais como esses já conhecidas com o ácido b-aminobutírico, o ácido 2,6-dicloroisonicotínico, o acibenzolar-s- metil, ou certos extratos de algas (patentes ou pedidos de patente n° FR 2. 868.253; WO03/092384; WO97/14310 e W099/53761) e permite encarar uma longa duração de proteção, igual ou superior a um mês, e uma ação polivalente de composições da invenção.
Além disso, as paredes ou cascas de levedura de acordo com a invenção que não tem a priori efeito direto sobre os agentes patogênicos, elas são menos susceptíveis de provocar fenômenos de resistência.
Os resultados apresentados na invenção são particularmente surpreendentes, pois mostram que não é necessário empregar moléculas purificadas, mas que as paredes ou cascas de levedura inteiras são ativas sem que seus componentes tenham sido isolados ou separados previamente. Além disso, não é necessário proceder às modificações químicas subseqüentes de cascas ou paredes de levedura. A invenção se refere conseqüentemente a utilização de paredes ou a cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para a proteção de plantas contra as doenças provocadas por agentes patogênicos. A invenção se refere igualmente à utilização de paredes ou a cascas de levedura(s), ou uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para a indução ou a estimulação em uma planta de defesas naturais contra agentes patogênicos. A invenção se refere igualmente a um processo para a indução ou a estimulação em uma planta de defesas naturais contra agentes patogênicos, compreendendo a aplicação sobre a planta ou uma parte desta de paredes ou de cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s).
As paredes e cascas de levedura empregadas na presente invenção podem ser produzidas a partir de diferentes tipos de leveduras, eventualmente em mistura(s). A levedura é de preferência uma levedura de padaria. Uma levedura de padaria é uma levedura que pertence ao gênero Saccharomyces, essencialmente produzida por multiplicação ou cultura aeróbia como ensinado no capítulo 6 “Baker’s yeast production” da obra de referência “Yeast technology”. A levedura pode igualmente ser uma levedura de cervejaria, uma levedura oenológica ou uma levedura de destilaria. Outros tipos de leveduras são utilizáveis no quadro da presente invenção como, por exemplo, as leveduras de gêneros Kluyveromyces spp, Pichia spp, Metschnikowia spp ou Candida spp.
Uma levedura é uma célula, esquematicamente composta de um invólucro e um conteúdo. O invólucro é designado “casca” ou “parede”.
Os produtos industriais designados “paredes” ou “cascas” de leveduras podem ser produzidas de diferentes maneiras, a partir de diferentes tipos de levedura(s), eventualmente em mistura(s), de acordo com protocolos que são conhecidos em si pelo especialista.
Em um modo de emprego particular, as cascas ou paredes de levedura(s) são susceptíveis de ser produzidas por lise (autólise ou heterólise) de células de leveduras, por exemplo, de Saccharomyces cerevisiae, seguido de uma separação das partes solúveis e insolúveis, por exemplo, por meios físicos, como a centriíugação, e recuperação da parte insolúvel. A parte insolúvel é assim tipicamente recuperada por eliminação da parte solúvel por centrifugação. A parte insolúvel é denominada “cascas de leveduras”, ou “paredes de leveduras”. A parte solúvel que resulta deste processo, de cor clara e baixa turbicidade, é denominada “extrato de levedura”. A autólise de leveduras é uma hidrólise do conteúdo celular da levedura, pelas suas próprias enzimas. Ela é obtida tipicamente colocando uma suspensão de levedura(s) em certas condições físicas de meio e/ou contato com ativadores que provocam a morte de leveduras e a liberação de suas enzimas no corpo celular. A hidrólise do conteúdo celular produz compostos solúveis. Separada e recuperada, esta fração solúvel constitui o “extrato de levedura”. A fração insolúvel recuperada na seqüência da referida separação constitui o produto designado “cascas de leveduras” ou “paredes de levedura”. Este produto compreende a citoesqueleto de leveduras, e as membranas e componentes não solubilizados pela autólise ou o heterólise. A fração insolúvel é geralmente recuperada sob forma de suspensão aquosa de cascas de leveduras, cuja concentração em matéria seca é tipicamente de 10 a 15% (peso/volume). As cascas correspondem à cerca de 25 a 45% do peso seco das células inteiras de leveduras, em média à cerca de 35%.
Pode-se utilizar cascas ou paredes que foram submetidas à tratamentos químicos suplementares, de extração ou funcionalização por exemplo, como um delipidação. Em um modo de emprego preferido da invenção, utiliza-se cascas ou paredes de levedura não modificadas, ou seja notadamente não submetidas a tais tratamentos.
Para a aplicação da presente invenção, pode-se utilizar paredes ou cascas de levedura(s) ou qualquer composição que compreenda paredes ou cascas de levedura(s) que provêm de um mesmo tipo de levedura ou de vários tipos ou espécies diferentes.
Tais produtos estão igualmente disponíveis no comércio, como notadamente Springcell 8001 0 PW de Biospringer SEU (F-94 Maison-Alfort) ou Pronady de Prodesa (Bra. Valinhos).
Para o emprego da invenção, pode-se utilizar como matéria prima qualquer preparação que compreende paredes ou cascas de leveduras, mais ou menos desidratadas. Em um modo de emprego preferido, utiliza-se uma suspensão aquosa de cascas ou paredes de leveduras, de preferência concentrada a menos de 20% de matéria seca, de preferência a menos de 17% ou mesmo 14% de matéria seca. Em um outro modo de emprego preferido, utiliza-se preparações procedentes da secagem da suspensão líquida, por exemplo por atomização, e contendo de preferência mais de 80% de matéria seca, de preferência mais 85, 90, de 93 ou 95%.
Em um modo particular de aplicação da invenção, prepara-se composições (ou preparações) fitossanitárias (ou fitofarmacêuticas) mais ou menos concentradas, destinadas a ser misturadas para sua aplicação a um veículo líquido ou sólido, e compreendendo, como matéria ativa, cascas e/ou paredes de levedura(s) tais como foram definidas acima. A agricultura profissional utiliza frequentemente preparações fitossanitárias concentradas que são diluídas na água para pulverização, ou misturada em um adubo ou correção para melhoria do solo. Em um modo particular, a composição da invenção é então uma composição fitossanitária concentrada, com formulação seca ou líquida.
De acordo com um outro modo de emprego particular da invenção, prepara-se composições prontas para o uso, que podem ser sob forma líquida ou sólida. Em uma preparação pronta para o uso, a matéria ativa (compreendendo as cascas ou paredes de levedura(s)) já é misturada a um veículo adaptado para uma utilização nas plantas, tal como por exemplo um líquido para preencher um pulverizador de tipo aerossol, um adubo, um substrato de cultura sob estufa, etc.
Tais preparações ou composições podem compreender, para além da matéria ativa, qualquer agente de formulação adaptado.
Assim, um objeto particular da invenção se refere a qualquer composição, notadamente de tipo fitofarmacêutico ou fitossanitário, compreendendo paredes ou cascas de levedura.
De acordo com uma primeira variante de realização, a composição é uma composição sob forma seca, por exemplo, de pó ou granulado.
De acordo com outra variante de realização, a composição é uma composição sob forma líquida, de preferência sob forma líquida aquosa. Pode tratar-se notadamente uma de uma suspensão, de um gel, de um creme, de uma pasta, etc.
Em um modo de emprego preferido, as composições compreendem além disso um ou vários agentes de formulação. Geralmente, as composições de acordo com a invenção compreendem de 0,1% a 99,9% (em peso) de cerca de matéria ativa e um ou vários agentes de formulação, sólidos ou líquidos.
Os agentes de formulação podem ser constituídos(s) de qualquer composto ou qualquer matéria inerte que permita tomar possíveis, facilitar, ou otimizar o transporte, o armazenamento, a manipulação, e/ou a aplicação da matéria ativa sobre a planta ou partes desta. Tais agentes são adaptados ao objetivo procurado: conservação dos agentes ativos, mantida em suspensão de paredes ou cascas ou outras substâncias ativas durante o armazenamento ou durante a utilização na preparação da pasta de tratamento, anti-espuma, anti-poeiras, adesão ao vegetal, e outros. Este ou estes agentes podem ser sólidos(s), líquido(s), sozinhos ou em mistura. O ou os agentes de formulação, e notadamente esses adaptados para a pulverização, podem ser escolhidos notadamente dentre todos os agentes tensoativos, dispersantes, conservadores, molhantes, emulsionantes, agentes de adesão, tampão-pH, etc., sozinhos ou em misturas.
Em um modo de realização particular, a composição compreende, além disso, outro agente ativo, de preferência um agente fungicida, antibacteriano ou antiviral. O agente fungicida pode ser escolhido, por exemplo, dentre os fungicidas agroquímicos orgânicos, ou os fungicidas minerais inorgânicos a base de enxofre e/ou de cobre, por exemplo.
Exemplos de fungicidas agroquímicos orgânicos atualmente disponíveis são notadamente as cloronitrilas incluindo clorotalonil, os carbamatos dos quais os ditiocarbamatos assim como mancozebe, ptalimidas das quais o captano, as sulfamidas, guanidinas, as quinonas, as quinoleínas, as tiadiazinas, os anilídeos, hidroxianilídeos, e fenilamidas, as imidazolinonas, oxazolidinadionas, as estrobilurinas, os cianoimidazóis, o fluazinam, o dinocap, o sitiofam, as dicarboximidas, o fiudioxonil, os organo-fosporados, o propamocarbo HC1, a difenilamina, as piridilaminas, os inibidores da biosíntese de esteróis (IBS), dos quais os imidazóis, pirimidinas, as hidroxipirimidinas, as anilinopirimidinas, triazóis, a espiroxamina, as orfolinas e piperidinas, o fenhexamid, o himexazol, o zoxamida, o dietofencarbe, benzimidazóis, o pencicuron, o quinoxifeno, o iprovalicarbo, o cymoxanil, o dimetomorfo, fosfonatos, triazinas, etc. A invenção pode também ser utilizada em alternância, associação ou combinação com um ou vários compostos elicitadores de defesas nas plantas, tais como por exemplo, o ácido b-aminobutírico, o ácido 2,6-dicloroisonicotínico, o acibenzolar-s-metil ou certos extratos de algas (patentes ou pedidos de patente n° FR 2.868.253; WO03/092384; WO97/14310 e W099/53761). Exemplos de tais compostos são notadamente a laminarina e os ulvanos.
Os produtos ou composições de acordo com a invenção podem ser aplicados de diferentes maneiras e de acordo com diferentes protocolos ou programas de tratamentos.
Em um modo preferido de aplicação, os produtos ou composições são aplicados por pulverização, notadamente pulverização foliar ou ao solo.
Em variante, é possível aplicar os produtos ou composições sob a forma de mistura com adubos, suporte de cultura, à água de irrigação, ou outro. A composição pode assim ser administrada nas raízes por pulverização ao solo, incorporação mecânica, mistura com adubos, correção, em pré-mistura, ou outros.
Assim, a invenção se refere a qualquer composição, notadamente de tipo fitofarmacêutico (ou fitossanitário) ou pronta para o uso, compreendendo paredes ou cascas de levedura como matéria ativa. Tais composições compreendem vantajosamente um ou vários excipientes adaptados a uma aplicação sobre vegetais, como por exemplo, sob a forma de pulverização, de aerossol, ou pulverização de pó, notadamente para utilização doméstica ou jardinagem. Tais composições podem além disso compreender um ou vários agentes ativos suplementares, como por exemplo um agente fungicida, antibacteriano, antiviral, ou um ou vários adubos, com o propósito de sua aplicação simultânea, separada ou seqüencial sobre vegetais. Outras composições prontas para o uso, por exemplo, misturada com um adubo para aporte ao solo, ou um suporte de cultura são utilizáveis.
Os produtos ou composições da invenção podem ser aplicados sobre toda a planta ou sobre uma ou várias partes somente desta última, como por exemplo, as folhas, os caules, as flores, os frutos, o tronco e/ou as raízes. Podem igualmente ser utilizados sobre o material de propagação dos vegetais, como, por exemplo, as sementes, as grãos ou as plântulas, em montes ou não. Levando-se em conta seu modo de ação proposto, os produtos da invenção devem permitir proteger eficazmente os vegetais contra agentes patogênicos durante um período de tempo grande, podendo ultrapassar um mês. Naturalmente, uma aplicação repetida pode ser encarada, com intervalos definidos pelo usuário. A quantidade aplicada é definida pelo especialista, em função notadamente do agente patogênico a tratar, do tipo de vegetal, das combinações utilizadas, etc. A quantidade aplicada é de preferência suficiente para proteger a planta contra um agente patogênico, ou para limitar ou suprimir o desenvolvimento e os efeitos do agente patogênico presente. Esta quantidade pode ser determinada por exemplo por ensaios em campo.
De acordo com a invenção, a composição é aplicada ou utilizada a uma dose de emprego eficaz superior a 1 mg/1 de cascas ou paredes de levedura quando o produto é aplicado por pulverização até ao limite do escoamento, ou superior a 1 g/ha nos casos de pulverização com fraco volume de água. De preferência, a dose eficaz é compreendida entre 1 e 1000 mg/1 de cascas ou paredes de levedura quando o produto é aplicado por pulverização até ao limite do escoamento, ou ainda entre 1 e 1000 g/ha em outros casos.
Em um modo de emprego particular, a composição é aplicada ou utilizada a uma dose de emprego eficaz compreendida entre 1 e 250 mg/1 de cascas ou paredes de levedura, de preferência entre 2,5 mg e 25 mg/1, quando o produto é aplicado por pulverização até ao limite do escoamento, ou ainda entre 1 e 250 g/ha, de preferência entre 2,5 e 25 g/ha em outros casos, como por exemplo, nos casos de pulverização com fraco volume de água. Independentemente da dose de emprego, a composição pode ser produzida, transportada e/ou vendida com diversas concentrações. Assim, quando a preparação está sob forma seca, pode conter por exemplo 96% em peso de paredes ou cascas de leveduras. Uma preparação líquida pode ser sob a forma de suspensão que compreende por exemplo 13% de paredes ou cascas de leveduras em matéria seca. A preparação pode igualmente ser pronta para o uso, ou seja, por exemplo, compreender paredes ou cascas de leveduras a uma concentração de cerca de 25 mg/1. Entende-se que a concentração em matéria ativa nas preparações da invenção ou durante sua aplicação pode ser adaptada pelo especialista, e que doses superiores àquelas mencionadas acima podem ser empregadas.
Além disso, como indicado previamente, os produtos e composições da invenção podem ser utilizados em alternância e/ou em combinação com um ou vários outros tratamentos.
Um objeto particular da invenção reside em um processo para lutar contra as doenças provocadas por cogumelos em vegetais, compreendendo a aplicação sobre uma planta de cascas ou paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), em alternância ou em combinação com um tratamento antifungico.
Outro objeto da invenção reside em um processo para lutar contra as doenças provocadas por bactérias em vegetais, compreendendo a aplicação sobre uma planta de cascas ou paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), em alternância ou em combinação com um tratamento antibacteriano.
Outro objeto da invenção reside em um processo para prevenir ou frear o desenvolvimento de cepas de cogumelos resistentes a uma família de agentes fungicidas, caracterizado pelo fato de que a planta é tratada por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para reduzir a pressão de seleção das cepas resistentes à referida família de agentes fungicidas, ou pelo fato de que o(s) tratamento(s) da planta com uma substância da referida família de agentes fungicidas é(são) altemado(s) ou combinado(s) com um (ou mais) tratamento(s) da referida planta por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s).
Outro objeto da invenção reside em um processo para prevenir ou frear o desenvolvimento de cepas de bactérias resistentes a uma família de agentes antibacterianos, caracterizado pelo fato de que a planta é tratada por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para reduzir a pressão de seleção das cepas resistentes à referida família de agentes antibacterianos, ou pelo fato de que o(s) tratamento(s) da planta com o referido agente antibacteriano é(são) altemado(s) ou combinado(s) com um (ou mais) tratamento(s) da referida planta por cascas ou paredes levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s). A invenção se aplica ao tratamento de qualquer tipo de planta, em campo aberto, pomar, floresta, estufa ou de plantas de interior ou de jardim. A invenção se aplica assim notadamente a gramíneas e dicotiledôneas, às plantas anuais, semestrais e perenes, as plantas leguminosas, cereais incluindo o trigo, a cevada e o arroz, o milho, sorgo, painço, as oleaginosas, as proteaginosas, as batatas, beterrabas, canas de açúcar, tabaco, as plantas lenhosas, as árvores, frutíferas ou não, as vinhas, os vegetais de ornamento, etc.
Em um primeiro modo de emprego particular, a planta é uma árvore frutífera, por exemplo uma árvore frutífera com sementes em particular escolhida entre as macieiras, as pereiras e as cítricas.
Em um outro modo de realização particular, a planta é escolhida dentre a vinha, os cereais notadamente o trigo, a colza, a beterraba, a batata, o feijão, o tomate, o pepino, a alface ou ainda os morangos.
Entende-se que a invenção não se limitaria a um tipo particular de planta, mas que pode ser utilizada sobre todos os vegetais.
Os processos da invenção podem ser aplicados à luta contra qualquer tipo de agente patogênico, e notadamente os cogumelos, de vírus, bactérias, micoplasmas, espiroplasmas ou viróides. A título de exemplos específicos de agentes patogênicos, pode-se citar notadamente os cogumelos dos tipos A. solani, Ascochyta spp por exemplo A. fabae ou A. pinodella, Botrytis spp por exemplo B. cinerea, Bremia spp por exemplo B. lactucae, Cercospora spp por exemplo C. beticola, Cladosporium spp por exemplo C. allii-cepae, Colletotrichum spp por exemplo C. graminicola, Erysiphe spp por exemplo E. graminis, Fusarium spp por exemplo F. oxysporum e F. roseum, Gloeosporium spp por exemplo G. fructigenum, Guignardia spp por exemplo G. bidwellii, Helminthosporium spp por exemplo H. tritici-repentis, Marssonina spp por exemplo M. rosae, Monilia spp por exemplo M. fructigena, Mycosphaerella spp por exemplo M. brassicicola, Penicilium spp por exemplo P. expansum ou P. digitatum, Peronospora spp por exemplo P. parasitica, Pezicula spp, Phragmidium spp por P. rubi-idaei Phytophtora spp da qual P. infestans, Plasmopara spp dont P.viticola, Podosphaera spp por exemplo P. leucotricha, Pseudocercosporella spp dont P. brassicae, Pseudoperonospora spp por exemplo P. cubensis, Pseudopeziza spp por exemplo P. medicaginis, Puccinia spp P. graminis, Pythium spp, Ramularia spp dont R betae, Rhizoctonia spp por exemplo R. solani, Rhizopus spp, por exemplo R. nigricans, Rynchosporium spp, como R. secalis, Sclerotinia spp como S sclerotiorum, Septoria spp por exemplo S. nodorum ou S. tritici, Sphaerotheca spp como S. macularis, Taphrina spp por exemplo T pruni, Uncinula spp por exemplo U. necator, Ustilago spp por exemplo U. tritici e Venturia spp por exemplo V. inaequalis.
Um agente patogênico específico é Venturia inaequalis, que é responsável da sarna sobre macieras.
Exemplos de bactérias que afetam as culturas incluem notadamente os tipos Corynebacterium, Clavibacter, Curtobacterium, Streptomyces, Pseudomonas, Xanthomonas, Erwinia spp e particularmente E. amylovora, E. carotovora, E. chrysanthemi. Exemplos de vírus que afetam as culturas são, por exemplo, os vírus do mosaico do tabaco, ou o vírus Y da batata.
Um objeto particular do presente pedido se refere a utilização de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para o tratamento da sarna, notadamente nas árvores frutíferas, notadamente a sarna da macieira. Outro objeto da invenção se refere a um processo para o tratamento da sarna, notadamente das árvores frutíferas, notadamente da macieira, compreendendo a aplicação sobre a planta de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura.
Outro objeto da invenção se refere a um processo para induzir ou estimular as defesas naturais de uma planta contra a sarna, notadamente nas árvores frutíferas, compreendendo a aplicação sobre a referida planta ou uma parte desta última de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s).
Outro objeto da invenção se refere a um processo para prevenir ou frear o desenvolvimento de cepas de Venturia resistentes a um agente fungicida, caracterizado pelo fato de que o(s) tratamento(s) da planta com o referido agente fungicida é(são) altemado(s) ou combinado(s) com um (ou mais) tratamento(s) da referida planta por cascas ou paredes de levedura(s), ou uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s). Em um modo específico, o processo é utilizado para ffear o desenvolvimento de cepas resistentes de Venturia inequalis e/ou de Venturia pirina.
Outro objeto da invenção reside na utilização de cascas ou em paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para a prevenção ou o tratamento da sarna na agricultura biológica ou ecológica.
Outro objeto particular do presente pedido se refere à utilização de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s), para o tratamento da cercosporiose, notadamente na beterraba. Outro objeto da invenção se refere a um processo para o tratamento da cercosporiose, notadamente na beterraba, compreendendo a aplicação sobre a planta de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura.
Outro objeto da invenção se refere a um processo para induzir ou estimular as defesas naturais de uma planta contra a cercosporiose, notadamente na beterraba, compreendendo a aplicação sobre a referida planta ou uma parte desta última de paredes ou cascas de levedura(s), ou de uma composição que compreende paredes ou cascas de levedura(s).
Outro objeto da invenção reside na utilização de cascas ou paredes de levedura(s), ou de uma composição que compreende cascas ou paredes de levedura(s), para a prevenção ou o tratamento da cercosporiose na agricultura biológica ou ecológica.
Outros aspectos e vantagens da presente invenção aparecerão à leitura dos exemplos que seguem, que devem ser considerados como ilustrativos e não limitativos.
Exemplos Exemplo 1: Ensaio de eficácia contra a sarna da macieira de composições que compreendem cascas de leveduras. A sarna constitui a doença principal das árvores frutíferas com sementes. Sobre da macieira, o agente responsável é Venturia inaequalis.
Na ausência de tratamento, a sarna provocaria perdas de rendimentos e de qualidade das colheitas que podem atingir até 70% do valor da colheita, o que leva o arboricultor a proteger seu pomar ao preço de 10 a 15 tratamentos fitossanitários durante a estação. As conseqüências econômicas e ambientais são muito pesadas.
As quantidades de matérias ativas assim trazidas representam somente as duas mais da metade dos aportes de matérias ativas agroquímicas globalmente aplicadas sobre as macieiras, uma das culturas mais consumidoras de produtos fitossanitários. Tais aportes geram importantes quantidades de resíduos nos solos, águas, e sobre as frutas propriamente ditas.
Os tratamentos atualmente disponíveis contra a sarna podem ser agrupados em quatro famílias de produtos: Os produtos de contatos, não penetrantes, e conseqüentemente sensíveis à lixiviação pela chuva, não móveis e então deixando sem proteção os órgãos que surgem após o tratamento, que implica tratar novamente logo que novos órgãos (folhas, frutas) saiam ou aumentem.
As anilinopirimidinas, parcialmente penetrantes, mas que não protegem os órgãos surgidos após tratamento, e selecionam cepas resistentes de Venturia.
As estrobilurinas, ligeiramente móvel na planta, e desenvolvem cepas resistências.
Os inibidores da síntese de esteróis (IBS) são sistemáticos: difundem pela seiva. Protegem assim os órgãos que se desenvolvem após o tratamento. Estes produtos são também sujeitos ao desenvolvimento de resistências.
Limitar as resistências impõe limitar em 2 ou 3 a repetição de tratamentos à base de produtos agroquímicos da mesma família, e alternar as famílias.
Neste contexto, a disponibilízação de uma nova composição que age diferentemente, produzindo um efeito duradouro, e que não traz resíduos químicos, seria uma vantagem real para arboricultor, o consumidor e o meio ambiente. Este primeiro exemplo demonstra a eficácia de cascas e paredes de leveduras para a proteção de macieiras contra a sama.
Material e Métodos O ensaio é conduzido sob estufa em condições controladas, sobre macieiras jovens procedentes de semeadura.
Uma população de sementes procedentes de uma polinização aberta é colocada a vemalizar a 4°C em caixas de Pétri preenchidas de areia e umectantes com saturação durante 90 a 120 dias. A umectação da areia é mantida todos os 15 dias. A partir da germinação das primeiras sementes, uma semeadura de todas as sementes é efetuada em terrinas de plástico de 40 x 30 x 15 cm, a razão de sessenta sementes por terrina, das quais 50 apenas serão retidas para o teste. As sementes são depositadas em pastilhas de turfa re-hidratadas postas sobre um leito de terra (CombiTree B MG da firma DCM) que contém uma mistura de adubos (NPK 7-7-10 a 2 kg/ m e NPK 15-8-12 a Λ divulgação lenta, a 2 kg/ m ).
As terrinas são recobertas de terra, umedecidas e colocadas a uma temperatura que se aproxima de 10°C durante uma semana antes de ser coloca em estufa a 18°C. Dependendo do caso, uma proteção inseticida é assegurada durante o ensaio.
As plantícuias são tratadas a partir da fase 3-4 folhas desenvolvidas, a razão de dois tratamentos sucessivos, separados de uma semana. A patogêneses (Venturia inaequalis) é inoculada três dias após o segundo tratamento. As observações são efetuadas 14 dias e 21 dias após a inoculação. O dispositivo estatístico é com 3 repetições, cada um correspondendo a uma terrina de 50 plantícuias. O ensaio compara 3 doses de uma suspensão aquosa (água desmineralizada) OY de cascas de leveduras que trazem respectivamente 2,5 mg/1, 25 mg/1 e 250 mg/1 de cascas a uma testemunha tratada com água desmineralizada.
As cascas utilizadas aqui correspondem ao produto Springcell 8001 de Biospringer SAS, (Maisons-Alfort, França), composto de cascas com 96% de matéria seca.
Tabela 1 O tratamento é feito por pulverização após agitação, com um pulverizador manual de 500 ml (marca BIRCHMEIER). Interrompe-se a pulverização ao limite do escoamento. A última folha desenrolada ao dia precedente o tratamento é designada “Fl”, e localizado por uma ligação fixada ao pecíolo. A folha novamente formada ou desenrolada após o tratamento, e que não recebeu a composição de tratamento, é denominada “F0”. Quando esta folha está formada mas não desenrolada durante o tratamento, ela é mascarada durante a pulverização. A inoculação intervindo 3 dias após tratamento, F0 é, pelo menos, desenrolada parcialmente durante desta operação. A inoculação de Venturia inaequalis é preparada do seguinte modo.
Folhas perfuradas foram colhidas durante o verão em diferentes pomares. Após secagem durante 20 dias, as folhas são colocadas em saquinhos plásticos e conservadas no congelador a -18°C. No dia da utilização, coloca-se estas folhas em uma garrafa de 1 litro, contendo 200 ml de água de chuva, e depois agita-se manualmente durante 10 minutos. A suspensão é filtrada na peneira fina, e o volume obtido é medido.
Recenseia-se os conídios obtidos ao microscópio sobre um hematocímetro de Bürker, a razão de 2 contagens de 2x144 quadrados, do qual se faz a média. Este número de conídios é multiplicado pela constante de Bürker (250 000), e, para obter um número de conídios viáveis, corrigido de um coeficiente de germinação de conídios, ele próprio resultado de um teste efetuado na véspera.
Sobre esta base, a suspensão de esporos é diluída até obter 150.000 conídios viáveis por ml. É necessário então cerca de 1 litro de suspensão para inocular 1000 plântulas.
As plântulas são inoculadas por pulverização manual, de uma suspensão 150.000 conídios viáveis de Venturia por ml, e transferidos em câmara úmida à saturação por 48 horas.
As observações referentes Fie F0. Elas exprimem a superfície de folha esporulante, em porcentagem da superfície da folha. A média das 50 plântulas é calculada para cada repetição. A média de 3 repetições de cada objeto (ou modalidade) conduz à média por objeto. Por fim, a eficácia de acordo com Abott é calculada, de acordo com a fórmula: Eficácia = [(Observação “água”) - (Observação objeto testado)]/(Observação “água”) Resultados Os resultados são apresentados na tabela 2 abaixo.
Tabela 2 Os resultados obtidos mostram que os produtos de acordo com a invenção são capazes de induzir uma diminuição significativa da superfície esporulante, tanto sobre folhas tratadas Fl, como sobre folhas FO formadas após o tratamento.
Neste último caso, as paredes ou cascas que não podem penetrar na planta para serem veiculadas pela seiva, não se trata provavelmente de uma sistêmica. Em contrapartida, tal resultado sugere um efeito indutor de mecanismos de defesas naturais da planta.
Exemplo 2: Ensaio de eficácia contra a sarna de composições que compreendem cascas de leveduras. O ensaio foi conduzido sobre plântulas enxertadas, em vasos. Três variedades foram utilizadas: “Reinette Capucins”, “de Jonagold”, e “Reinette de Waleffe”, enxertadas sobre porta-enxerto M9. As colocações em crescimento das variedades sob túnel plástico foram deslocadas de modo que as plântulas estivessem todas em uma mesma fase durante o ensaio. Reinette de Waleffe, e depois 15 dias mais tarde, Reinette Capucins, e depois 1 semana mais tarde, Jonagold.
As plântulas são etiquetadas com o nome da variedade e o número do tratamento que receberão antes da inoculação.
Os métodos de tratamento, preparação da inoculação, a inoculação e observação são semelhantes àqueles descritos no exemplo 1.
As plântulas são tratadas à razão de dois tratamentos sucessivos, separados de 10 dias. O dia seguinte do segundo tratamento, a última folha desenrolada “fl” é referenciada.
Dois dias após o segundo tratamento, a patogênese (Venturia inaequalis) é inoculada a dose de 1,5*105 conídios/ml, diretamente em câmara úmida. A inoculação é seguida de uma incubação de 48 horas em câmara úmida a 18°C, e depois as plântulas permanecem em alojamentos condicionados a 18° + 2°C e 80 + 10% de H.R. O dispositivo estudado é o seguinte (tabela 3): Tabela 3 As casca de leveduras OY2 correspondem a uma suspensão aquosa a 25 mg/1 do produto Springcell 8001 Biospringer SAS, (Maison-Alfort, França), ele próprio composto de cascas com 96% de matéria seca.
As observações são efetuadas do vigésimo primeiro dia após a inoculação sobre as 2 últimas folhas tratadas (F2 e Fl) e a folha neoformada após tratamento F0, sobre cerca de 25 crescimentos por objeto. O conjunto de resultados é relatado abaixo, tabela 4.
Tabela 4 Todas as variedades e todas as folhas misturadas, a eficácia é em média: 60,8%. Ela é em média de 68,8% sobre as folhas tratadas F2 e Fl, e 46,6% sobre as folhas F0 neoformadas.
Esta eficácia continua próxima, mas sempre superior àquela obtida com o BABA no mesmo período.
Uma observação com 41 dias após tratamento dá os seguintes resultados: Tabela 5 Para esta data, novas folhas foram desenroladas: F-l F-2, e a doença progrediu por contaminação natural, sem nova inoculação.
Todas as variedades e todas as folhas misturadas, a eficácia é em média: 63,4%. Ela é em média de 76% sobre as folhas tratadas, F2 e Fl, e de 50% sobre as folhas neoformadas: F0, F-l e F-2.
Novamente, esta eficácia continua próxima, mas sempre superior àquela obtida com o BABA no mesmo período.
Notar-se-á a mais longa persistência do efeito fungicida, muito superior àquela dos produtos agroquímicos (de ordem de 7 a 15 dias). Exemplo 3: Ensaio de proteção contra a cercosporiose da beterraba Um ensaio à pequena escala foi conduzido sob estufa sobre cercosporiose da beterraba. Esta doença füngica é provocada por Cercospora beticola.
Grãos da variedade de beterraba FORTIS conhecida como sensível à cercosporiose foram semeadas em brotos. Em um canteiro, jovens plantículas foram transplantadas em vasos mantidos em estufa a 24°C, sob um fotoperíodo de 16 horas de luz por dia. O dispositivo experimental comportava 2 blocos (2 repetições) de 8 plantas por modalidade (ou objeto).
As plântulas foram tratadas apenas uma vez, na fase 4 folhas por pulverização sobre as folhas de preparações contendo cascas de leveduras.
As preparações, codificadas OY, eram compostas de cascas de leveduras (Springcell 8001 de Biospringer SAS, composto de cascas com 96% de matéria seca) em suspensão aquosa. O tratamento consistia em pulverizar após agitação as preparações obtidas, com ajuda de um pulverizador manual. O tratamento, efetuado na fase 4 folhas da beterraba, alvejava as 2 últimas folhas completamente desenvolvidas e assegurava uma cobertura de 2 faces foliares até ao limite do escoamento.
As plantas tratadas foram mantidas em um recinto sob atmosfera mantida úmida por irrigação regular do substrato.
As plântulas foram inoculados 1 semanas mais tarde, na fase 6 folhas, por pulverização de uma suspensão de conídios de C. beticola cepa 524, a 20.000 esporos por ml, sobre as duas faces foliares, até ao limite do escoamento, e depois as plantas foram mantidas em atmosfera úmida. A cepa 524 de Cercospora beticola fornecida pela Unidade de Fitopatologia da Faculdade Universitária de Gembloux (Bélgica) foi escolhida em função de sua agressividade. A cepa foi cultivada em caixas de Pétri sobre o meio V8 sob a forma de colônias individualizadas. Ao final de 5 dias de incubação no escuro em uma câmara de cultura com temperatura de 24°C, as colônias individualizadas foram recuperadas em um tubo estéril que contém 3 ml de água destilada estéril. A preparação assim obtida então seria então vortexada para liberar os conídios da patogênese. A suspensão conidiana foi utilizada em seguida para semear novas caixas Pétri contendo o meio V8 frescamente preparado. As culturas assim preparadas foram incubadas a 24°C em uma câmara de cultura onde o fotoperíodo era de 16 horas de luz. Ao final de uma semana de incubação, a cultura foi recuperada e uma suspensão de conídios foi preparada por revolvimento superficial da cultura na água destilada utilizando uma lâmina de Scalpel. Procedeu-se em seguida a uma contagem do número de conídios na suspensão conidiana utilizando a célula de Bürker, e a suspensão conidiana foi ajustada a 20.000 conídios por mililitro na água destilada.
As plantas assim inoculadas são mantidas nestas condições de forte umidade. A importância dos sintomas é avaliada um mês mais tarde com ajuda da escala visual utilizada pelo Instituí Royal Belge pour 1’Amélioration de la Beterave (IRBAB), que comporta 10 valores de 0 a 9, no qual o valor 9 corresponde a 100% de superfície foliar sã (não coberta por lesões), e o valor 0 a 0% de superfície foliar sã (não coberta por lesões). O tratamento é efetuado por meio de uma suspensão de cascas codificada OY, com diferentes concentrações, OY1, OY2, OY3, descritas na tabela 6 abaixo.
Tabela 6 A nota obtida por cada objeto, em média de duas repetições é relatada na tabela 7 abaixo.
Tabela 7 Neste exemplo 3, as cascas permitem passar de uma apreciação média de estrago qualificada de insuficiente a uma apreciação qualificada de bastante aceitável.
Exemplo 4: Ensaio de proteção de trigo contra septoriose. A septoriose (Septoria nodorum, e/ou Septoria triticí) é a principal doença foliar do trigo na Europa, ainda causando perdas de rendimentos que podem ir até a 40% da colheita. A luta química consiste geralmente em um tratamento sistemático na fase 2-3 nós que pode ser seguido de um tratamento à fase de panícula. Este ensaio mostra que o aporte precoce de uma preparação a base de paredes ou cascas de leveduras permite retardar o surgimento da doença, e substituir o primeiro tratamento químico. O que se traduz em benefícios nos planos toxicológicos para o operador e o consumidor (resíduos) e no plano ambiental.
Material e métodos O ensaio foi conduzido na França, em campo aberto, sobre uma cultura de trigo tema de inverno da variedade Orvantis, instaurada em 06/10/2005. O ensaio foi conduzido de acordo com o método CEB N° M 189 (Commission des Essais Biologiques, de 1’Association Française pour la Protection des Plantes, Paris) e respeitando as Boas Práticas Experimentais. O dispositivo estatístico consiste em blocos de Fisher randomizados. Cada modalidade contando com 4 repetições, cada uma correspondendo a uma parcela elementar de 8x 2,5 m (20 m ). O ensaio visa comparar o efeito de cascas de leveduras utilizadas em suspensão aquosa (Springcell 8001 de Biospringer SAS, compostas de cascas com 96% de matéria seca), codificados OY, quando são utilizadas no início de um programa de tratamento contra a septoriose. A referência química utilizada aqui é Opus (epoxiconazol 125 g/1, BASF Agro) utilizado a 11/ha. O tratamento é conduzido à razão de 200 L/ha com ajuda de um pulverizador carrinho equipado de uma rampa de pulverização de 2,5Om.
De acordo com as modalidades, o programa de tratamento varia como indicado na seguinte tabela. Todas as modalidades recebem Opus a 1 1/ha 40 dias após o primeiro tratamento.
Tabela 8 Cinco observações foram realizadas sobre o período do ensaio a fim de avaliar a ffeqüência e a intensidade de ataque da septoriose: - Observação 1: em 04/04/06 a TI (BBCH 31) Fase espigueta a lcm. - Observação 2: em 28/04/06 a T3 (BBCFI32) Fase segundo nó; - Observação 3: em 15/05/06 a T4 (BBCH 39) fase última folha estendida. - Observação 4: em 29/05/06 a T4 + 15 dias (BBCH 55) fase semi-panícula. - Observação 5: o 22.06.06 à BBCH 71 fase grão leitoso. O calendário de realização do ensaio é o seguinte então (N = observação): TI T2 T3 T4 04/04/06 04/11/06 04/28/06 05/15/06 05/29/06 06/22/06 BBCH 31 BBCH 32 BBCH 33 BBCH 39 BBCH 55 BBCH 71 NI N2 N3 N4 N5 Septoriose septoriose septoriose septoriose Septoriose prévia Para cada observação, a freqüência e a intensidade foram consideradas sobre 3 estágios foliares (Fl, F2, F3), F1 designando a última folha visível inteiramente desenrolada, dos 25 pés tomados aleatoriamente. A freqüência corresponde a uma porcentagem de folhas atingidas pela septoriose. A intensidade corresponde a uma porcentagem média de superfície foliar atingida pela doença. A média de 25 pés é calculada para cada repetição. A média de 4 repetições para cada modalidade conduz à média por modalidade. Por fim, a eficácia de acordo com Abott é calculada.
Resultados Durante as 4 primeiras observações, a intensidade da doença continuou a ser baixa (< 3% na testemunha não tratada). A eficácia de modalidades OY não parece estatisticamente significativa. Na 5a observação, a doença é declarada e a intensidade superior a 95% na testemunha não tratada sobre a folha F3.
Nesta data, os resultados, significância de diferenças, e porcentagens de eficácia são as seguintes: Tabela 9 Os resultados mostram uma diminuição significativa da intensidade da doença durante Fie F2, 80 dias após a aplicação em primeiro tratamento, e este qualquer que seja a dose testada de OY. Melhor ainda, as eficácias obtidas em média sobre F1 e F2 com OY são estatisticamente equivalentes àquela obtida com a referência química Opus.
Exemplo 5: Ensaio de proteção da ervilha proteaginosa contra a antracnose. A antracnose é uma das principais doenças foliares da ervilha, e prejudica enormemente o rendimento em grãos. Ela é provocada por um cogumelo Ascochyta pisi.
Material e métodos O ensaio foi conduzido na França, em campo aberto, sobre uma cultura de ervilhas proteaginosas de primaveras da variedade Lumina. A cultura foi instaurada em 22 de Março. O ensaio foi conduzido de acordo com o processo CEB N° M215 (Commission des Essais Biologiques, de FAssociaction Française pour la Protection des Plantes, Paris) e respeitando as Boas Práticas Experimentais. O dispositivo estatístico consiste em blocos de Fisher randomizados. Cada modalidade conta 4 repetições, cada uma correspondendo a uma parcela elementar de 8x 2,5 m (20m ). O ensaio compreende: - 2 testemunhas: 1 seca e 1 tratada com água: modalidades 1 e 2 - 1 referência química (Dithane Neotec: Mancozebe 75%, Dow Agroscience) aplicada duas vezes: modalidade 3 - 3 modalidades de cascas de leveduras, utilizadas em suspensão aquosa com diferentes concentrações (Springcell 8001 de Biospringer SAS, compostas de cascas com 96% de matéria seca), codificada OY, modalidades 4 a 6: - Modalidade 4: 25 g/ha - Modalidade 5: 250 g/ha - Modalidade 6: dois tratamentos espaçados de uma semana, com 25 g/ha e depois 25 g/ha O tratamento é conduzido à razão de 200 1/ha com ajuda de um pulverizador carrinho equipado de uma rampa de 2,50 m.
As primeiras aplicações foram realizadas em 17/05/2006 na fase de 7-8 folhas. Uma contaminação artificial é praticada em 19/05/06 com ajuda de micélio e esporos frescos de Ascochyta pisi sobre grãos de cevada (20 Kg de grãos/1000 m2), fornecido pela sociedade ARBIOTECH. O posicionamento de tratamentos é o seguinte: Tabela 10 A observação é realizada em 10/06/06 na fase BBCH 67 (fase floração), a fim de avaliar a freqüência e a intensidade de ataque da antracnose sobre as folhas. O calendário de realização do ensaio é conseqüentemente o seguinte: Durante a observação, a freqüência e a intensidade foram consideradas sobre 3 estágios foliares (baixo-médio-elevado) dos 25 pés por parcela elementar. A freqüência corresponde a uma porcentagem de folhas atingidas pela doença. A intensidade corresponde a uma porcentagem média de superfície foliar atingida. A média de 25 pés é calculada para cada repetição. A média de 4 repetições para cada modalidade conduz à média por modalidade. Por fim, a eficácia de acordo com Abott é calculada.
Uma análise de variante é efetuada, bem como um teste de Neuman e Keuls, a fim de avaliar o significado das diferenças entre modalidades (mesmas letras: resultados não diferentes ao risco de 5%; letras diferentes: resultados diferentes ao risco de 5%).
Resultados Apesar da contaminação artificial, as infestações em antracnose permaneceram em um nível bastante baixo (intensidade < 8% na testemunha não tratada).
Na observação, os resultados e as porcentagens de eficácia são os seguintes.
Tabela 11: Intensidade de ataques de antracnose sobre folhas e eficácia O estágio elevado ainda não atacado, a avaliação se faz sobre o estágio baixo e médio. Todas as doses testadas de OY mostram uma eficácia equivalente à da referência química.
Exemplo 6: Ensaio de proteção da vinha contra o oídio {Erysiphe necator) O oídio (Uncinula necator, Erysiphe necator) é uma doença fungica da vinha presente em todos os vinhedos com intensidades diferentes r de acordo com as regiões e as videiras. E a doença da vinha mais propagada no mundo. O oídio ataca todos os órgãos da vinha e pode provocar perdas de produção muito importantes.
Material e métodos O ensaio foi realizado sob estufa, em vasos, sobre jovens plântulas da videira Cinsaut. As condições foram controladas, e a contaminação artificial.
As plântulas foram produzidas em estufa a partir de muda com um broto, e lotes homogêneos foram constituídos. O dispositivo estatístico comportava 6 repetições de 1 vaso cada um. A repetição dando o resultado mais afastado da média foi eliminada durante a análise.
Os tratamentos foram efetuados com um banco de pulverização com jato projetado e pressão constante sobre o conjunto do vegetal, e as plantas de um mesmo lote foram tratadas simultaneamente. O banco é constituído de um carrinho pulverizador, que se desloca sobre um trilho com velocidade constante e comportando 5 bicos (2 de cada lado e um acima do vegetal). O volume de tratamento era equivalente a 600 litro por ha.
Durante o tratamento, os níveis foliares foram marcados por uma ligação de cor fixa sob a 3a folha estendida de forma a poder observar o efeito do tratamento sobre as folhas neoformadas (formadas após o tratamento).
Os tratamentos foram aplicados 14 ou 7 dias antes da contaminação artificial. Um lote de plantas foi tratado duas vezes, ou seja 14 e depois 7 dias antes da contaminação.
Os produtos testados eram cascas de leveduras utilizadas em suspensão aquosa (Springcell 8001 de Biospringer SAS, composto de cascas com 96% de matéria seca), codificados OY. 4 doses foram testadas: - dose N/10: 2,5 g/ha - dose N: 25 g/ha - dose 2N: 50 g/ha - dose 10N: 250 g/ha As doses foram testadas de acordo com o calendário de tratamento seguinte: Tabela 12 O material fungico era constituído de um conjunto de conídios provenientes de uma cepa de sensibilidade normal aos fungicidas.
Todas as plantas do ensaio foram contaminadas por polvilhação a seco de esporos acima das plantas colocadas no interior de uma volta de inoculação de plexiglás. O material fúngico utilizado é constituído de um conjunto de esporos de uma cepa de oídio multiplicada previamente em grande quantidade sobre folhas em sobrevivência ou sobre plantas. A inoculação utilizada é de idade de 12 a 14 dias para o oídio da vinha. A qualidade da inoculação foi verificada por meio de uma célula Malassez colocada no nível de plantas dentro da volta de inoculação. Uma densidade de 800 a 1000 esporos por cm2 foi utilizada.
Todas as plantas foram colocadas em incubação após sua contaminação em uma sala climatizada a 21 ± 2°C e iluminada 14 horas por dia. Cada condição do ensaio foi perfeitamente isolada de outras sob mini-recintos.
As plantas permaneceram nestas condições durante 14 dias. No fim deste período, uma observação de estragos do cogumelo foi realizada. Observações As folhas de níveis foliares superiores F2, F1 e F0 (nível formado após o tratamento) foram notados. Cada folha é notada por observação visual. A freqüência (porcentagem de folhas atingidas pela doença) não é notada pois é igual a 100. A intensidade (porcentagem média de superfície foliar atingida) é avaliada de acordo com uma escala de 0 a 100. A eficácia de acordo com Abott é calculada sobre as intensidades médias, e uma análise de variante é efetuada. Um teste de Neuman e Keuls, permite avaliar a significatividade de diferenças entre modalidades (mesmas letras: resultados não diferentes ao risco de 5%; letras diferentes: resultados diferentes ao risco de 5%).
Resultados Tabela 13: Taxa de estragos sobre plantas tratadas em diferentes datas (14 e 7 dias antes inoculação de E. necator) com a especialidade codificada OY (Springcell 8001 de Biospringer SAS).
Observação sobre folhas sensíveis F2, Fl, FO: Somente uma aplicação 14 dias antes da inoculação não permitiu proteger as folhas. Ao contrário, as aplicações efetuadas 7 dias antes de contaminação produzem um efeito de proteção contra o oídio. As doses mais fortes (2N seja 50 g/ha e 10N, seja 250 g/ha) têm um efeito mais significativo.
Uma aplicação de 25 g/ha (dose N) 14 dias antes de inoculação, seguido de uma idêntica, 7 dias antes de inoculação, dá um excelente resultado.
Exemplo 7: Ensaio de proteção da vinha contra míldio (Plasmopara viticola). O míldio é do cogumelo {Plasmopara viticola). Presente em graus diversos na maior parte dos vinhedos do mundo, prejudica o rendimento e a qualidade da colheita, a ponto de poder aniquilar esta na ausência de tratamento.
Material e métodos O ensaio foi realizado sob estufa, em vasos, sobre jovens plântulas da uva Cabemet-Sauvignon. As condições foram controladas, e a contaminação artificial.
As plântulas foram produzidas em estufa a partir de muda com um broto, e lotes homogêneos foram constituídos. O dispositivo estatístico comportava 6 repetições de 1 vaso cada um. A repetição dando o resultado mais afastado da média foi eliminada durante a análise.
Os tratamentos foram efetuados com um banco de pulverização com jato projetado e pressão constante sobre o conjunto do vegetal, e as plantas de um mesmo lote foram tratadas simultaneamente. O banco é constituído de um carrinho pulverizador, que se desloca sobre um trilho com velocidade constante e comportando 5 bicos (2 de cada lado e um acima do vegetal). O volume de tratamento era equivalente a 600 litro por ha.
Durante o tratamento, os níveis foliares foram marcados por uma ligação de cor fixa sob a 3a folha estendida de forma a poder observar o efeito do tratamento sobre as folhas neoformadas (formadas após o tratamento).
Os tratamentos foram aplicados 14 ou 7 dias antes da contaminação artificial. Um lote de plantas foi tratado duas vezes, ou seja 14 e depois 7 dias antes da contaminação.
Os produtos testados eram cascas de leveduras utilizadas em suspensão aquosa (Springcell 8001 de Biospringer SAS, composto de cascas com 96% de matéria seca), codificados OY. 4 doses foram testadas: - dose N/10: 2,5 g/ha - dose N: 25 g/ha - dose 2N: 50 g/ha - dose 10N: 250 g/ha As doses foram testadas de acordo com o calendário de tratamento seguinte: Tabela 14 As plantas foram inoculadas simultaneamente por pulverização de uma suspensão de esporícistos provenientes de uma cepa Plasmopara viticola normalmente sensível aos fungicidas. A suspensão de esporícistos foi preparada exatamente antes da contaminação. As esporulações do cogumelo foram recuperadas por lavagem de folhas infectadas com a água permutada. Uma titulação foi realizada com ajuda de uma célula Malassez. A concentração utilizada era de 50.000 esporos/ml. 10 ml de suspensão esporos pulverizados por planta, sobre a face inferior das folhas. Cada planta foi contaminada individualmente, em todos os níveis de folhas presentes.
As plantas foram em seguida agrupadas por modalidade, e as modalidades foram isoladas umas das outras por recintos fechados.
As plantas então foram mantidas sob brumização para favorecer o desenvolvimento da doença, a uma temperatura de 21°C, e 14 horas de iluminação por dia, durante 8 dias. No final desta duração, as observações foram efetuadas.
Observações Cada folha é notada por observação visual. A freqüência (porcentagem de folhas atingidas pela doença) não é notada pois é igual a 100. A intensidade (porcentagem média de superfície foliar atingida) é avaliada de acordo com uma escala de 0 a 100. A eficácia de acordo com Abott é calculada sobre as intensidades médias.
Resultados Os resultados de intensidade e as eficácias foram agrupadas conforme se tratasse de folhas tratadas ou folhas neoformadas, conseqüentemente não tratadas.
Tabela 15 _________________________________Folhas tratadas__Folhas neo formadas Todas as doses de cascas testadas tiveram uma eficácia sobre o míldio das folhas tratadas ou neoformadas, qualquer que seja o prazo que separa o tratamento da contaminação. A eficácia tende a crescer com a dose.
Exemplo 8: Ensaio em campo aberto de proteção da vinha contra o míldio. Material e métodos O ensaio foi realizado na França, perto de Bordeaux, em campo aberto, sobre vinha da variedade Cabemet-Sauvignon. O ensaio foi conduzido respeitando as Boas Práticas Experimentais. A instalação de parcelas do ensaio e as primeiras aplicações foram realizadas em 25/05/2006 na fase BBCH 55. O dispositivo estatístico consiste em blocos de Fisher randomizados. Cada modalidade conta 4 repetições, cada uma que corresponde a uma parcela elementar de 10 cepas. O ensaio compreende: - 1 testemunha não tratada; - 2 modalidades OY em suspensão aquosa (Springcell 8001 de Biospringer SAS, composto de cascas com 96% de matéria seca). O tratamento é conduzido à razão de 1000 L/ha com ajuda de um pulverizador da marca Solo. O posicionamento de tratamentos consiste em uma aplicação semanal desde o 25 de maio (fase BBCH55).
Tabela 16 A observação é efetuada antes de aplicação. A doença tendo chegado tardiamente, a observação é efetuada em 18/08/2006. A freqüência e a intensidade sobre folhas foram estimadas em 50 folhas tomadas aleatoriamente, por parcela elementar, ou seja 5 folhas por pé de vinha. A freqüência corresponde a uma porcentagem de folhas atingidas pela doença. A intensidade corresponde a uma porcentagem média de superfície foliar atingida. A média das 50 folhas é calculada para cada repetição. A média das 4 repetições para cada modalidade conduz à média por modalidade.
Por fim, a eficácia de acordo com Abott é calculada sobre as intensidades médias.
Resultados Os resultados e as porcentagens de eficácia são as seguintes.
Tabela 17: Observação míldio sobre folhas de 18 de Agosto - BBCH 83 Observa-se uma eficácia do produto com 2 doses testadas, ou seja 100 e 250 g/ha.

Claims (25)

1. Utilização de paredes ou cascas de levedura caracterizada pelo fato de ser como uma substância ativa para o tratamento ou a proteção de plantas contra as doenças provocadas por agentes patogênicos ou para induzir ou estimular as defesas naturais de uma planta contra agentes patogênicos,
2. Utilização, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que a planta é escolhida dentre gramíneas e dicotiledôneas, plantas anuais, bienais e perenes, legumes, cereais incluindo trigo, cevada e arroz, milho, sorgo, painço, oleaginosas, proteaginosas, batatas, beterrabas, canas de açúcar, tabaco, plantas lenhosas, árvores, frutíferas ou não, vinhas e plantas ornamentais.
3. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a planta é urna árvore frutífera, de preferência uma árvore frutífera com sementes, em particular escolhida dentre macieiras, pereiras e cítricas.
4. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de que o agente patogênico é um fungo, vírus, bactéria, micoplasma, espíroplasma ou víróide,
5. Utilização, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que o agente patogênico é escolhido dentre os fungos dos gêneros Alternaria spp, por exemplo, A, solani, Âscochyta spp, por exemplo, A.fabae ou A, pinodella, Botrytis spp, por exemplo, B. dnerea, Bremia spp, por exemplo, B. laciucae, Cercos pora spp, por exemplo, C beficokt, Cladosporium spp. por exemplo, C alVü-cepae, Colletotrichum spp, por exemplo, C. graminicola, Erysiphe spp, por exemplo, E. gmminis, Fusarium spp, por exemplo, F. oxyspomm e F. rose um, Gloeosporium spp, por exemplo, G. fruetigenum, Guígnardia spp, por exemplo, G. bidwellii, Helminthosporium spp, por exemplo, H. trítici-repentis, Marssonina spp, por exemplo, M. rosae, Monília spp, por exemplo, M. fruetígena, Mycosphaerella spp, por exemplo, M. brassicicola, Penicilium spp, por exemplo, P. expansum ou P. digitatum, Peronospora spp, por exemplo, P. parasitica, Pezicula spp, Phragmidium spp, por exemplo, P. rubi-idaei Phytophtora spp incluindo P. infestam, Plasmopara spp incluindo P. viticola, Podosphaera spp, por exemplo, P. leucotricha, Pseudocercosporella spp incluindo P. brassicae, Pseudoperonospora spp, por exemplo, P. cubensis, Pseudopeziza spp, por exemplo, P. medicaginis, Puccinia spp P. graminis, Pythium spp, Ramularia spp incluindo R betae, Rhizoctonia spp, por exemplo, R. solani, Rhizopus spp, por exemplo, R. nigricans, Rynchosporium spp, como R. secalis, Sclerotinia spp, como S sclerotiorum, Septoria spp, por exemplo, S. nodorum ou S. tritici, Sphaerotheca spp, como S. macularis, Taphrina spp, por exemplo, T pruni, Uncinula spp, por exemplo, U. necator, Ustilago spp, por exemplo, U. tritici e Venturia spp, por exemplo, V. inaequalis.
6. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura do gênero Saccharomyces, são de preferência, S. cerevisiae.
7. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são suscetíveis de serem obtidas por lise de células de leveduras, separação de partes solúveis e insolúveis, e depois recuperação da parte insolúvel.
8. Utilização, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a parte insolúvel é recuperada por eliminação da parte solúvel por centrifugação.
9. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8, caracterizada pelo fato de que paredes ou cascas de levedura são paredes ou cascas de leveduras deslipidiadas.
10. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9, caracterizada pelo fato de que paredes ou cascas de levedura são ainda associadas com um ou vários agentes de formulação, em particular aqueles adaptados para pulverização, selecionados a partir de tensoativos, dispersantes, conservantes, umectantes, emulsificantes e agentes de adesão, isolados ou misturados.
11. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são ainda associadas com um agente fungicida, antiviral ou antibacteriano.
12. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ou 11, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são ainda associadas com um ou vários compostos elicitores de defesas imunológicas nas plantas, tais como ácido b-aminobutírico, ácido 2,6-dicloroisonicotínico, acibenzolar-s-metil ou certos extratos de algas.
13. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ou 12, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura estão em uma composição fito-sanitária concentrada, com formulação seca ou líquida.
14. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura estão em uma composição pronta para o uso.
15. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são administradas por pulverização nas folhas ou no solo.
16. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 ou 15, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são administradas nas raízes por pulverização no solo, incorporação mecânica, misturada com fertilizantes, correção do solo, em pré-mistura ou outras.
17. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 ou 16, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são administradas sobre toda ou em uma parte da planta, escolhida notadamente dentre folhas, talos, flores, frutas, tronco ou raízes.
18. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16 ou 17, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são aplicadas ou utilizadas em uma dose eficaz superior a 1 mg/1 de paredes ou cascas de levedura quando o produto é aplicado por pulverização até o limite do escorrimento, ou superior a 1 g/ha no caso de pulverização com pequeno volume de água, e de preferência compreendido entre 1 e 1000 mg/1 de paredes ou cascas de levedura quando o produto é aplicado por pulverização até o limite do escorrimento, ou entre 1 e 1000 g/ha no caso de pulverização com pequeno volume de água.
19. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 ou 18, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são aplicadas ou utilizadas em uma dose eficaz compreendida entre 1 e 250 mg/1 de cascas ou paredes de levedura, de preferência entre 25 mg e 250 mg/1 quando o produto é aplicado por pulverização até o limite do escorrimento, ou entre 1 e 250 g/ha, de preferência entre 25 e 250 g/ha no caso de pulverização com pequeno volume de água.
20. Utilização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 ou 19, caracterizada pelo fato de que as paredes ou cascas de levedura são utilizadas em alternância e/ou em combinação com um ou vários outros tratamentos.
21. Composição fito-sanitáría caracterizada pelo fato de compreender paredes ou cascas de levedura como uma substância ativa e um agente de formulação adaptado à pulverização selecionado dentre agentes tensoativos, dispersantes, conservantes, umectantes, emulsificantes, agentes de adesão, sozinhos ou em misturas, para sua aplicação à planta inteira ou uma parte da mesma.
22. Composição fito-sanitária caracterizada pelo fato de compreender paredes ou cascas de levedura como uma substância ativa e um agente fungicida, antiviral ou antibacteriano como outra substância ativa, para sua aplicação simultânea à planta inteira ou uma parte da mesma.
23. Composição fito-sanitária caracterizada pelo fato de compreender paredes ou cascas de levedura como uma substância ativa e um ou vários compostos elicitores de defesas imunológicas nas plantas como outra substância ativa, para sua aplicação à planta inteira ou uma parte da mesma, tais como ácido b-aminobutírico, ácido 2,6- dicloroisonicotínico, acibenzolar-s-metil ou certos extratos de algas.
24. Utilização de uma composição conforme qualquer uma das reivindicações 21 a 23, caracterizada pelo fato de ser para aumentar a eficácia de conjunto da proteção fito-sanitária pela diminuição do nível de infecção e/ou redução da emissão de inóculo.
25. Utilização de uma composição conforme qualquer uma das reivindicações 21 a 23, caracterizada pelo fato de ser para obter uma proteção fito-sanitária parcial ou completa de longa duração.
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