A presente invenção se refere a composições com um efeito de depósito para o controle de microorganismos, compreendendo um conteúdo eficaz de ésteres de um poliol e de sais de ácidos graxos de cadeia curta.
É conhecido um vasto número de substâncias químicas e derivados destas substâncias, com capacidades anti-microbianas, para controlar microorganismos (bactérias Gram-positivo, bactérias Gram-negativo, micobatérias, dermatófitas, leveduras, fungos filamentosos, vírus e esporos) que estão presentes na superfície da pele, cabelo, roupa, utensílios para limpeza e tratamentos corporais, tais como, por exemplo, no setor dentário, instrumentos médicos e também em salas e mobiliário; as referidas substâncias e suas misturas estão divididas de acordo com a sua intenção de uso em desinfetantes, agentes conservantes, anti-sépticos e ingredientes ativos para cosméticos, mencionando apenas alguns.
Os principais representantes destes grupos são: aldeídos, tais como o formaldeído, glioxal ou glutaraldeído, derivados de fenol, tais como o 2,2,-dihidroxibifenila e 4-cloro-3-metilfenol, compostos de amônio quaternário, tensoativos catiônicos, tais como o cloreto de benzalcônio, brometo de cetrimônio, cloreto de cetilpiridínio, agentes tensoativos anfotéricos e também compostos que libertam oxigênio ativo, tais como, por exemplo, peróxido de hidrogênio, perácidos orgânicos, peróxidos de alquila e hidroperóxidos de alquila.
Contudo, estes compostos têm algumas desvantagens porque não preenchem, ou preenchem inadequadamente, os diversos requisitos que lhes são impostos na prática, tais como, por exemplo, atividade de largo espectro, curtos tempos de ação a baixas temperaturas, boa compatibilidade com a pele, baixa toxicidade, compatibilidade com os materiais.
Os desinfetantes com base em aldeído ou fenol são considerados como sendo toxicologicamente e ecologicamente inaceitáveis, pois freqüentemente conduzem à sensibilização, em particular da pele e dos órgãos respiratórios e, além disso, possuem um odor desagradável e pungente caraterístico. Alguns são também potenciais agentes cancerígenos.
Compostos de amônio quaternários (quats) são na sua maioria toxicologicamente aceitáveis, não provocam ou provocam apenas uma sen5 sibilização reduzida da pele e são praticamente inodoros. Contudo, têm um considerável efeito de irritação da pele. Assim como acontece com a utilização de aldeídos, o uso dos quats pode levar a depósitos e filmes indesejáveis nas superfícies tratadas; estes são opticamente desvantajosos e só podem ser removidos, com dificuldade, através de lavagens frequentes, se for 10 possível.
O documento DE-A-42 37 081 divulga desodorizantes cosméticos que compreendem, como ingredientes ativos, ésteres de ácidos graxos de di- e triglicerol. De acordo com os estudos aí incluídos, apenas os monoésteres são eficazes para controlar as batérias Gram-positivo.
Estes monoésteres podem ser preparados, de acordo com os processos conhecidos da técnica anterior (DE-A-38 18 293), através de uma reação catalizada por uma base, de 1,5 a 2,5 vezes um excesso molar de ácidos graxos ou derivados de ácidos graxos com derivados de isopropilideno de di- e triglicerol, subsequente purificação dos produtos de reação e 20 subsequente hidrólise ácida ou alcoólise dos grupos isopropilideno.
De um modo adicional, são também conhecidos processos catalisados enzimaticamente para a preparação de ésteres de ácidos graxos de poliglicerol. A este respeito, D. Charlemagne e M.D Legoy (JAOCS 1995, Vol. 72, N° 1, 61-65) o poliglicerol é primeiramente adsorvido na mesma 25 quantidade de sílica-gel antes de lhe permitir reagir por catálise com lipase, em uma suspensão, com ésteres metílicos de ácidos graxos. A principal desvantagem é a perda do enzima dispendiosa, que é separada juntamente com a sílica, por filtração, quando a reação está completa. S. Matsumura, M. Maki, K. Toshima e K. Kawada (J. Jpn. Oil Chem. Soc. 1999, Vol. 48, N° 7, 30 681-692) utilizam uma alteração deste processo com o intuito de sintetizar ésteres de poliglicerol utilizando 20% em peso da enzima. De acordo com o estudo apresentado na patente DE-A-42 37 081, são realizados purificações adicionais de elevado custo, por meio de cromatografia em coluna, com o objetivo de se obter monoésteres puros com as conhecidas atividades antimicrobianas.
A Patente EP-B-1 250 842 divulga misturas de mono-, di- e triés5 teres de ácidos graxos de poliglicerol preparados por catálise enzimática.
Estes são referidos como tendo atividades comparáveis e, mesmo em alguns casos, melhores, no controle de microorganismos do que os monoésteres preparados por síntese química ou preparação enzimática e purificação.
Foi, por conseguinte, objetivo da invenção, descobrir composi-
ções para controlar microorganismos que resolvessem as desvantagens descritas das composições da técnica anterior, com elevada ação antimicrobiana e possam ser preparadas, de um modo simples, a partir de matériasprimas prontamente acessíveis e através de um processo de produção economicamente funcional e ecologicamente aceitável.
Surpreendentemente, foi descoberto que o efeito antimicrobiano do ésteres de poliol, conhecido da técnica anterior, é significativamente superado por misturas de ácidos graxos de cadeia curta ou seus sais e ésteres de poliol, sendo assim possível providenciar melhorias nas composições antimicrobianas. Sem a intenção de limitar a invenção a um único mecanismo, 20 o efeito dos ésteres de poliol pode ser atribuído, essencialmente à divagem
dos ésteres por enzimas existentes na pele. O fato da divagem dos ésteres apenas ocorrer em uma extensão adequada, se existirem microorganismos suficientes presentes, faz com que o efeito das formulações desodorizantes, preparados com ésteres de poliol, comecem demasiado tarde para poderem prevenir completamente a formação de incômodos odores corporais. Por este motivo, foram necessários, como aditivos, mais ingredientes ativos antimicrobianos.
Esta invenção proporciona composições eficazes antimicrobianamente, para controlar microorganismos que possuem um conteúdo eficaz 30 de misturas de mono- e diésteres de poliois de ácidos graxos, preferencialmente, ésteres de poliglicerol, em particular de mono-, di-, e/ou triglicerol com ácidos monocarboxílicos Ce-u o de ácidos monocarboxílicos saturados : írttirtrmcw ift tTK-rfn.rnüwjr.ir/.yti τ* τίϊ (hr v.' :.rλγ.λ : •x.-r:·. ι '*;μ·ι:ιρ'. · · ri :.· • ··· · ··· · · • · · · ou insaturados, opcionalmente ramificados, opcionalmente hidróxisubstituídos, em particular ácidos graxos C3-14 e particularmente os seus sais.
Contudo, o uso de ácidos graxos de cadeia curta por si só, não é muito desejável, pois estes possuem um odor desagradável e, em doses relativamente elevadas, provocam irritação da pele. Além disso, estes são rapidamente metabolizados na pele, logo não oferecem proteção a longo prazo. (Kabara JJ. Fatty acids and derivates as antimicrobial agents. In: Kabara JJ, ed. The Pharmacological Effet of Lipids I. Champaign, IL: American 10 Oil Chemists' Society; 1978; 1-14. Wyss O, Ludwig BJ, Joiner RR. The fungistatic and fungicidaI ation of fatty acids and related compounds. Arch Biochem. 1943; 7, 415).
Esta invenção também proporciona o uso destas misturas antimicrobianamente eficazes para produzir desinfetantes, composições esterili15 zantes, anti-sépticos, agentes conservantes que são adequados para a esterilização e desinfecção de superfícies e instrumentos cirúrgicos e para a preservação, em particular, para a conservação de preparações cosméticas ou dermatológicas.
Além disso, as composições são também adequadas para a conservação de alimentos podendo também ser usadas nos acabamentos antimicrobianos das embalagens dos alimentos. As composições antimicrobianas, de acordo com a invenção, são particularmente adequadas, em parte devido à sua suavidade, para produzir preparações cosméticas para controlar 0 odor corporal, para controlar a caspa, para controlar enfermidades na 25 pele e para controlar cáries.
Outros objetivos desta invenção estão definidos nas reivindicações.
Exemplos dos polióis utilizados de acordo com a invenção são etilenoglicol, propilenoglicol, butilenoglicol, pentanodiol, hexanodiol, em par30 ticular os seus 1,2-regioisômeros, trimetilolpropano glicerol e hidratos de carbono, como por exemplo, sorbitol ou glucose e polímeros dos referidos polióis. É dada preferência aos poligliceróis com a seguinte fórmula geral:
• · |
··· · ··· * |
• |
• · |
• · · |
• · |
• · ♦ · · · |
|
• |
• · ♦ |
• |
|
• «··«·· |
• |
• |
• |
• · |
|
• *· · · · |
• |
• ·· |
• |
• |
HO-CH2-CH(OH)-CH2-O-[CH2-CH(OH)-CH2-O]n-H em que η = 0 a 9, preferencialmente de 1 a 6, em particular de 1 a 3, especificamente 1 a 2. Os poligliceróis utilizados também podem ser ramificados e conter frações cíclicas.
Existem líquidos que são altamente viscosos à temperatura ambiente e que, para além do diglicerol, compreendem principalmente os oligômeros mais condensados de glicerol. Para os fins desta invenção, é dada preferência ao uso de um grau técnico de misturas contendo poligliceróis que normalmente incluem diglicerol, triglicerol, tetraglicerol e pentaglicerol.
Eles podem, por exemplo, ser preparados industrialmente através da condensação do glicerol, catalisada por uma base ou por hidrólise e condensação da epicloridrina. Para além disso, os poligliceróis são facilmente obtidos através da polimerização do glicidol. A separação e isolamento dos poligliceróis individuais é possível por tratamento com vários agentes conhecidos da técnica anterior. Uma revisão de várias vias sintéticas, por G. Jakobson, pode ser encontrada em Fette Seinfen Anstrichmittel, 1986 volume 88, N° 3, 101-106. As várias possibilidades estruturais para o poliglicerol podem ser conferidas em H. Dolhaine, W. ΡΓβυβ e K. Wollmann (Fette Seifen Anstrichmittel 1984, volume 86, N° 9, 339-343).
Os produtos comerciais padrão são geralmente misturas de poligliceróis com variados graus de condensação, podendo o máximo grau de condensação ser, geralmente até 10 e, em casos excepcionais, pode também ser maior. É dada particular preferência à utilização de poligliceróis que compreendem apenas ou predominantemente di- e triglicerol.
Os ácidos graxos e os derivados de ácidos graxos e suas misturas, que são preferencialmente utilizados para os fins desta invenção, para a formação de ésteres, são derivados de ésteres carboxílicos de ácidos graxos de cadeia linear ou ramificada, saturada, mono- ou polinsaturados contendo 6 a 14 átomos de carbono, preferencialmente 8 a 12, particularmente, 8 a 10 átomos de carbono na cadeia principal.
Os derivados de ácidos graxos que podem ser utilizados são todos os que, normalmente, intervém nas reações de (trans)esterificação. De
acordo com a invenção, os derivados de ácidos graxos são particularmente escolhidos de entre ésteres de alquila de ácidos graxos possuindo 1 a 4 átomos de carbono no radical álcool.
Os ácidos graxos ou seus ésteres usados são, individualmente ou em misturas, ácidos graxos, tais como o ácido capróico, ácido caprílico, ácico cáprico, ácido 2-etil-hexanóico, ácido undecilênico, ácido láurico e ácido mirístico. Em princípio, todos os ácidos graxos com uma distribuição semelhante das cadeias, são adequados.
É atribuída preferência ao uso do ácido caprílico e do ácido cá10 prico.
Os ésteres são preparados através de um processo químico ou enzimático conhecido da técnica anterior, tal como, por exemplo, em DE-B42 37 081, EP-B-1 250 842 ou EP-B-0 451 461.
Os ésteres de ácidos graxos de poliol, de acordo com a inven15 ção, consistem resumidamente em uma mistura de compostos de variados graus de esterificação que podem incluir frações consideráveis de poliol não esterificado. O poliol original pode ser uniforme ou, por sua vez, uma mistura de produtos com variados graus de condensação.
Um componente essencial adicional das misturas, de acordo 20 com a invenção, são sais de cadeia linear ou de ácidos monocarboxílicos ramificados contendo 3 a 14 átomos de carbono na cadeia principal e, opcionalmente, contendo grupos OH e/ou ligações duplas. Como exemplo temos o ácido láctico, ácido capróico, ácido láurico, ácido 2,4-hexadienóico, em particular o ácido caprílico e o ácido cáprico. Nas condições fisiológicas 25 da pele, estes sais são imediatamente e adequadamente eficazes enquanto durar o efeito desodorizante assegurado pelo depósito de ésteres.
Estes sais podem ser metais alcalinos, metais alcalino-terrosos e/ou sais de amônio dos ácidos. Para preparar soluções transparentes de sais nos ésteres, de acordo com a invenção, é dada preferência à co30 utilização de sais de metais alcalinos, em particular sais de potássio.
A razão entre éster e sal, na mistura, é pouco importante podendo variar grandemente. Contudo, visto ser desejado um máximo efeito de
depósito, com efeitos adequadamente imediatos, é geralmente suficiente uma fração de 1 a 20%, em particular 5 a 10 % de sais.
Além disso, as composições, para controlar microorganismos, de acordo com a invenção podem, de acordo com o uso pretendido, incluir a5 gentes tensoativos aniônicos, não-iônicos, catiônicos e/ou anfotéricos comuns neste campo.
Exemplos típicos de tais tensoativos são:
1. Agentes tensoativos não-iônicos baseados em óxidos de al- quileno tais como os etoxilatos de álcoois ramificados de cadeia longa, etoxi-
latos de ésteres de sorbitano, copolímeros de óxido de propileno óxidoetileno, hidroxialquilamidas de ácidos graxos, copolímeros de óxido de polialquileno e polidimetilsiloxano, agentes tensoativos com base em açúcares,
tais como os poliglicósidos de alquila, ésteres glicosídicos de alquila, N-acilglucamidas e ésteres poliglicerólicos,
2. Agentes tensoativos aniônicos, tais como os sulfatos de alquila e sulfato de alquiléter, α-olefinossulfonatos, sulfonatos de ésteres de ácidos graxos, alquilarilsulfonatos, sulfossuccinatos, fosfatos de alquila ou alcoxialquila, tauratos, derivados do ácido N-acilamino, sarcobinatos, isetionatos e sabões,
3. Agentes tensoativos catiônicos como os sais de alquiltrimetilamônio, sais de ésteres de di- e trietanolamônio de ácidos graxos, sais de alquilimidazolínio, sais de acilamidopropildimetilamonio, polidimetilsiloxanos derivados catiônicamente,
4. Agentes tensoativos zwiteriônicos e anfotéricos, tais como as 25 betaínas, sulfobetaínas, óxidos de amina e anfoacetatos.
As composições, de acordo com a invenção para controlar microorganismos são, por exemplo, composições de esterilização, desinfetantes, composições de limpeza e desinfecção, todos os tipos de agentes de limpeza, agentes de limpezas sanitárias, agentes de limpeza de casas de 30 banho, detergentes para máquinas de lavar louça, detergentes para lavar roupa, removedores de cosméticos e composições para cuidados corporais. As composições cosméticas com base nos descritos ésteres de poliol de i í ΓΛ· π-r, r?j' r rwirtrMrJ 'jit '.r.ti r ΛΙϊ*
|
• |
* |
• ··· * · |
• |
|
* · » |
• ·
•
• |
• |
• |
• · «·«··« *··♦*· ·
* ♦ · · |
*
• |
i · ♦
• |
•
* · |
ácidos graxos, são utilizadas, em particular, em quantidades compreendidas entre 0,01 a 5% em peso, para controlar o odor corporal, caspa, problemas de pele ou cáries. Estas podem ser formuladas como tal, na forma de líquidos, géis, pomadas, pastas, preparações semelhantes a ceras ou a emul5 sões, homogêneos. Também é possível a utilização na forma de toalhetes úmidos. Particularmente na forma de emulsões, estas incluem óleos, ésteres oleosos, derivados de silicone como o decametilciclopentassiloxano, óleos parafínicos e seus semelhantes.
No caso de aplicações das misturas, de acordo com a invenção,
particularmente no intervalo de pH < 7 é possível dispensar a co-utilização adicional de substâncias antimicrobianas eficazes necessárias para controlar microorganismos, normalmente utilizadas no estado da técnica. Esta situação é, no entanto, essencialmente possível, sem apresentar desvantagens.
Como tal, dever-se-á ainda mencionar o triclosano, farnesol, 215 etil-hexiloxigliceroi ou latato de octila. Dependendo da utilização pretendida, além dos agentes tensoativos especificados devem-se incluir os auxiliares e aditivos específicos para cada caso, por exemplo solventes, estruturantes, espuma inibidora, sais, lixívias, ativadores de lixívia, abrilhantadores ópticos, inibidores do escurecimento, solubilizantes, espessantes, fragrâncias e co20 rantes, emulsões, ingredientes ativos biogênicos, tais como extratos de plan-
tas e complexos vitamínicos. Os solventes adequados são, em particular, água, ou álcoois, tais como, por exemplo, etanol, propanol, isopropanol, 2metil-2-propanol, propilenoglicol, dipropilenoglicol ou glicerol.
As quantidades de tais aditivos que devem ser usados em cada caso são, dependendo da natureza do produto particular, conhecidos pelos versados na técnica ou, quando necessário, podem ser rapidamente verificados por experimentação simples.
Outras possibilidades de utilização para as composições, de acordo com a invenção, são a sua utilização como conservantes nos alimen30 tos e nas embalagens alimentares, onde são normalmente utilizados em concentrações de 0,01 a 5% em peso, preferencial mente entre 0,1 a 1% em peso. Os ésteres de acordo com a invenção podem ser simplesmente adi.Tí-nr Í/fr, -rs? ϊίτ?:ΐΓττ:'ί·Π2Γ.ΐ£,',·.' «1«,:-'.nrti ír.wnwt τ jtstí rríffji : jra.wit • V ♦ ♦ ·4 *« « cionados aos alimentos nas quantidades correspondentes. Para a utilização em embalagens, os ésteres de poliol são utilizados, por exemplo, através de impregnação de papéis com uma solução ou emulsão de ésteres, ou pela pulverização em filmes com as correspondentes preparações dos ésteres. 5 Os ésteres também podem ser adicionados antes ou durante o processo de formação das embalagens, tal como para a extrusão.
As misturas de acordo com a invenção são, preferencialmente, preparadas por esterificação do poliol com ácidos graxos, preferencialmente, na razão molar de 1:1 com solvente, em uma atmosfera inerte e a tempera-
turas de 180 a 260°C, por processos conhecidos per se. Para um grau de conversão de ácidos graxos de 90 a 95%, a mistura é arrefecida a temperaturas preferencialmente < 100°C e neutralizadas com uma base, preferencialmente com carbonatos, em particular com carbonato de potássio.
Do mesmo modo, é possível a completa esterificação, em uma 15 primeira fase e, subsequente adição de ácidos e sua neutralização, em uma segunda fase, ou uma adição de sais dos ácidos.
Os exemplos de trabalho abaixo representam as reações preferidas da presente invenção, mas não são adequadas para limitar assim a invenção.
Testes Micro biológicos:
A eficácia dos produtos de acordo com a invenção, é estabelecida utilizando o teste do desafio (de acordo com a Directiva Européia Farmacêutica). Isto demonstra que os produtos, de acordo com a invenção são muito superiores comparativa mente aos da técnica anterior.
Realização dos testes microbiológicos
A. Contra a Corynebaterium xerosis, Staphylococcus epidermidis e Candida albicans
1. Materiais e amostras:
1.1 Amostras
a. Caprilato de Diglicerol (substância de comparação, de acordo com a técnica anterior);
b. Caprilato de Diglicerol com caprilato de potássio a 5%;
• · |
4 44 |
• |
• 99 |
4 |
• |
4 |
• |
• 4 · |
44 |
»
• ··· |
4 4
• 4
t |
•
4 ·
• |
• 4
4 4
• |
444
4
4 |
•
• |
»»»
•
4 |
• • · • |
c. Caprilato de Diglicerol com caprilato de potássio a 10%;
d. Caprilato de Diglicerol com caprilato de potássio a 15%;
e. Caprilato de 3-Poliglicerol;
f. Caprilato de 3-Poliglicerol com caprilato de potássio a 7%;
g. Caprilato de trietilenoglicol;
h. Caprilato de trietilenoglicol com caprilato de potássio a 5%;
i. Caprilato de sorbitano;
j. Caprilato de sorbitano com caprilato de potássio a 5%.
1.2 Microorganismos testados
Corynebaterium xeros/s DSM 20743
Staphylococcus epidermidis DSM 3269
Candida afbicans ATCC 10231
1.3 Meios utilizados
Meios nutrientes:
CSL: Solução de peptona com um meio de caseína peptonasementes de soja
CSA: Agar de peptona com um meio de caseína peptonasementes de soja
Caldo/Agar de glicose de Sabouraud
Líquido de diluição com aditivos inativadores
Solução tampão salina de peptona e NaCI com inativadores (Tween® 80 a 3%, lecitina a 0,3%, histina a 0,1 %, Na tiossulfato a 0,5%)
2. Método
2.1. Preparação das soluções teste
No dia anterior à investigação, as soluções teste de 0,1% (p/v) de CSL foram preparadas a partir de cada amostra. Para isto, 100 mL de CSL foram, para cada caso, aquecidos a 60°C em um banho de água. Para cada caso, foram adicionados 0,1 g de cada amostra em 100 mL de CSL a 60°C. As soluções foram vigorosamente agitadas manualmente e deixadas durante a noite em uma incubadora, a 30°C.
2.2. Preparação das suspensões de micróbios para teste
Cultivar, durante 3 a 4 dias, a Corynebaterium xeros/s. Isolar ou-τ,'Λ τ'.ι ';ιτ::τ: íit : rr η jit· i-cJvis^r '“Ίι.τ.ΐ : l v. Κ'ι.ιι i*'.·. '.'iit vii V i. lv ιν.ηγΐΰΊ.'ιϊ irv.* mirjr-ftn·:
» · |
··· |
• |
• ·· · |
• · |
• |
·· |
·· |
« |
• · |
• · · |
··· |
• |
• ·· |
|
|
• |
• · |
• · · · |
• |
• |
• |
• |
|
··· |
f |
• · |
• |
··· |
• |
• |
tros micróbios no caldo ou por elutriação.
2.3. Contaminação das amostras e determinação da redução do número de micróbios
Foram introduzidos, para cada micróbio testado, 20 mL da solu5 ção de teste, em frascos de vidro marrom esterilizado de 50 mL, com esferas de vidro e contaminados com 0,2 mL de uma suspensão microbiana. Para controles, foram também preparados 20 mL de CSL sem amostra, por micróbio testado. As amostras contaminadas foram agitadas durante 3 minutos em um agitador e mantidas em uma incubadora a 30°C, até serem removi10 das.
Nos intervalos de remoção (1, 2, 3, 24 e 48 horas), foi retirado 1 mL de cada preparação e transferidos, em cada caso, para 9 mL de uma solução tampão NaCI-peptona com inativador e foi determinada a contagem de colônias.
Os valores obtidos às 0 horas correspondem à contagem de colônias da suspensão de micróbios teste utilizados, considerando a diluição de 10'2 após a contaminação da amostra.
3. Resultados
Os resultados individuais das amostras são apresentados nos diagramas abaixo. Também estão plotados em cada diagrama a população
de micróbios de uma amostra em branco sem ingredientes ativos (isolados) como valor de controle, após uma incubação de 24 horas (veja figura 1 a
11).
B. Contra a Malassezia furfur
No mesmo procedimento descrito em A, a eficácia do caprilato de diglicerol, contendo caprilato de potássio a 7%, é testada na M. furfur. A M.furfur está normalmente relacionada com o aparecimento da caspa.
A mistura de acordo com a invenção, foi dissolvida em água de modo a originar uma solução contendo 3,0% em peso. Esta solução foi tra30 tada com suspensão microbiana, homogeneizada por agitação e incubada a 30°C. Uma segunda solução, sem a adição de caprilato de diglicerol, é preparada como controle.
WCH Ítvar·1ΐΙ ^.^π:ι*ιίππ?.ΊΐιWΓ:ίγ.τ;ιΐι·.·.Γ.···: W.v.r.anwi r.nn; ιπττ:ν.^Γ.···!·:ι it.· i.·; 1 :τ· y :f :‘:;i -.:1 ί::
Foram obtidos os seguintes resultados:
Amostra, tempo (h) |
0 |
1 |
2 |
4 |
24 |
Controle, N° micróbios/mL |
1 x105 |
n.d. |
n.d. |
n.d. |
1 x104 |
Caprilato de diglicerol a 0,3% N° de micróbios/mL |
1 x105 |
< 10 |
< 10 |
< 10 |
< 10 |
Ο
n.d. = não determinado
Demonstração da clivabilidade dos ésteres de poliol pelos micróbios da pele:
Os microorganismos foram recolhidos efetuando uma raspagem das axilas. Para tal, um cotonete foi embebido em uma solução tampão (tampão de acetato (0,1 M, pH 5,6), contendo 0,1% em peso de Triton X100) e esfregado na pele da axila durante cerca de 1 minuto. O cotonete foi posteriormente colocado em uma solução de 2-hidroxi-4-p-nitrofenoxibutildecanoato. Este éster sofreu uma divagem após 1,5 h pelas enzimas expressas pelos micróbios da pele. As moléculas resultantes da divagem podem ser facilmente convertidas, por oxidação com o NaiO4 e divagem com BSA, em p-nitrofenol; o p-nitofenol pode ser quantificado através de espectroscopia UV. Comparar D. Lagarde, H.K. Nguyen, G. Ravot, D. Wahler, J.-L. Reymond, G. Hills, T. Veit, F. Lefevre, Org. Process Res. Dev., 6, pp. 441 (2002). A absorvância da intensidade variante é observada, dependendo da pessoa.
![Figure BRPI0504145B1_D0023](https://patentimages.storage.googleapis.com/f3/0c/f0/97292469befe61/BRPI0504145B1_D0023.png)
|
Braço |
Axila |
Testa |
Couro cabeludo |
Pessoa A |
0,116 |
0,624 |
0,321 |
0,157 |
Pessoa B |
0,063 |
0,267 |
0,186 |
0,389 |
Pessoa C |
0,077 |
0,185 |
0,108 |
0,082 |
Pessoa D |
0,091 |
0,260 |
0,293 |
0,157 |
Pessoa E |
0,057 |
0,047 |
0,164 |
0,164 |
Valor do branco (média dos 4 valores): 0,049 |
Formulações cosméticas:
Exemplos de formulações em que os produtos, de acordo com a invenção, podem ser utilizados, estão abaixo indicados.
Formulação 1:
Spray desodorizante (de acordo com a invenção)
Caprilato de 3-poliglicerol com caprilato de K a 7%
|
(de acordo com a invenção) |
0,30% |
|
Ciclometicona |
0,75% |
|
Etanol |
38,95% |
|
Butano/propano |
60,00% |
Os constituintes líquidos são misturados e a formulação é vertida para o interior de latas de spray sob pressão.
Formulação 2:
Os sprays desodorizantes (não de acordo com a invenção)
Triclosano |
0,30% |
10 Silicone |
0,75% |
Etanol |
38,95% |
Butano/propano |
60,00% |
Os constituintes líquidos são misturados e a formulação é vertida
para o interior de latas de spray sob pressão. |
15 |
Fórmula 3:
Spray desodorizante transparente em bomba
Fase A:
Caprilato de 3-poliglicerol com caprilato de K a 7% |
|
|
(de acordo com a invenção) |
0,30% |
20 |
T rideceth-12 |
2,00% |
|
Dipropilenoglicol |
4,00% |
|
Perfume
Fase B: |
0,90% |
|
Água |
até 100,00% |
25 |
Agentes conservantes |
q.b. |
|
Ácido cítrico(50% concentração) |
q.b. |
Os constituintes especificados na fase A são combinados, com agitação, pela ordem dada, sendo depois lentamente adicionada água até ao topo (fase Β). O pH é ajustado para 5,5 adicionando ácido cítrico.
Formulação 4:
Emulsão de O/W (pulverizável)
Fase A:
|
Estearato de glicerol (e) ceteth-20 (por exemplo, |
|
|
TEGINACID® H, Degussa) |
3,00% |
|
Álcool estearílico |
1,00% |
5 |
Caprilato de 3-poliglicerol com caprilato de potássio a |
|
|
7%(de acordo com a invenção) |
0,30% |
|
Dimeticona |
0,50% |
|
Hexanoato de ceteariletila |
4,00% |
|
Triglicerídeo Caprilico/cáprico |
4,00% |
10 |
Fase B: |
|
|
Glicerol |
3,00% |
|
Água |
até 100% |
|
Ácido cítrico (50% concentração) |
pH = 6 a 7 |
|
Conservantes |
q.b. |
15 |
Perfume |
q.b. |
As fases A e B são aquecidas até 70 a 75°C. A fase A é adicionada à fase B, com agitação e depois homogeneizada.
A mistura é arrefecida até 30°C, com agitação.
Importante:
Se a fase A for introduzida inicialmente, a fase B deve ser adi-
o |
cionada sem agitação. |
|
Formulação 5:
Desodorizante transparente do tipo roll-on
Fase A: |
|
|
25 |
Caprilato de 3-poliglicerol com caprilato de |
|
|
|
potássio a 7% (de acordo com a invenção) |
0,30% |
|
|
Trideceth-12 |
2,00% |
|
|
Dipropilenoglicol |
2,00% |
|
|
Perfume |
0,50% |
|
30 |
PEG-14 dimeticona |
1,00% |
|
|
Água |
até 65,00% |
• ··· · ·*· · · · · ··· « · · · · · · ·♦· · ··· · • ······ · · «·· •·· · · · · ··· · ·
Fase B: |
• |
|
Hidroxietilcelulose (2% em água) |
35,00% |
·* |
|
Conservante |
q.b. |
|
|
Ácido cítrico (50% concentração) |
q.b. |
|
5 |
Os constituintes especificados na fase A são combinados com |
|
|
agitação pela ordem dada. A fase A é adicionada à fase B com agitação. 0 |
|
|
pH é ajustado a 5,5 com ácido cítrico.
Formulação 6:
Desodorizante transparente do tipo roll-on |
|
|
10 |
Fase A: |
|
o |
|
Caprilato de 3-poliglicerol de caprilato de K a 7% (de acordo com a invenção) |
0,50% |
* |
|
Laureth-23 |
2,00% |
|
|
Fase B: |
|
|
15 |
Perfume |
0,50% |
|
|
Dimeticona PEG-14 |
0,50% |
|
|
Álcool |
20,00% |
|
|
Cocoato de glicerila PEG-7 |
1,00% |
|
|
Água |
16,70% |
|
20 |
Alantoína |
0,20% |
o |
|
Pantenol |
0,10% |
|
Cloro-hídrato de Alumínio |
20,00% |
|
|
Fase C: |
|
|
|
Hidroxietilcelulose |
0,75% |
|
25 |
Água |
36,75% |
|
|
Conservantes |
q.b. |
|
|
A hidroxietilcelulose é deixada a dilatar em água. Seguidamente |
|
|
é adicionado o agente conservante. Os constituintes especificados na fase A |
são aquecidos até 50°C. Os constituintes especificados na fase B são adi-
cionados à fase A, com agitação. As fases A/B são então adicionadas à fase
C, também sob agitação.
* · |
• · · |
• · · · · · · |
• |
• « · |
• * |
• |
·· ······ |
• |
• · ♦ |
• |
|
• |
······ · |
• |
• |
• · |
|
• · ♦ |
• · · · |
• · · |
• |
4 |
Formulação 7: |
♦ |
|
AP/ desodorizante em bastão |
|
|
|
Fase A: |
|
|
|
Álcool estearílico |
23,00% |
|
5 |
Óleo de rícino hidrogenado |
4,00% |
|
|
Éter butílico PPG-14 |
10,00% |
|
|
Palmitato isopropílico |
16,00% |
|
|
Laureth-4 |
1,00% |
|
|
Fase B: |
|
|
10 |
Ciclopentasiloxano |
20,00% |
o |
|
Fase C: |
|
|
|
Clorohidrato de Aluminio |
20,00% |
Λ |
|
Talco |
4,00% |
|
|
Fase D: |
|
|
15 |
Caprilato de 3-poliglicerol compreendendo caprilato |
|
|
|
de K a 7% (de acordo com a invenção) |
1,00% |
|
|
Perfume |
1,00% |
|
|
Os constituintes especificados na fase A |
são agitados a uma |
temperatura de 80-85°C, até que seja obtida uma fase transparente. Os constituintes especificados na fase B são agitados a uma temperatura de
cerca de 75°C. Os constituintes especificados nas fases C e D são posteriormente agitados.
Formulação 8:
Desodorizante transparente de bomba em spray
Fase A:
Caprilato de 3-poliglicerol compreendendo caprilato de K 7% (de acordo com a invenção) 0,50%
Laureth-23 3,00%
Fase B:
Perfume 0,50%
Dimeticona Bis-PEG/PPG-20/20 0,50%
Água 94,00%
Alantoína |
0,20% |
Pantenol |
0,10% |
Cocoato de glicerila PEG-7 |
1,00% |
Citrato de trissódio dihidratado |
0,20% |
Conservantes |
q.b. |
Ácido Cítrico |
q.b. |
Os constituintes especificados na fase A são aquecidos a 50°C.
Os constituintes especificados na fase B são adicionados à fase A com agitação, pela ordem dada. O pH é ajustado a 5,5 com ácido cítrico.
Formulação 9:
Produtos de limpeza domésticos aniônicos (concentrados)
Fase A:
Caprilato de 3-poliglicerol compreendendo caprilato de K 7%(de acordo com a invenção) 4,00%
Etanol 10,00%
T rid eceth-12 5,00%
Cocamidopropilbetaína (conteúdo -38% de ingrediente ativo) 13,20%
Sulfato etílico de lauril-sódio 35,80%
Fase B:
Água até 100%
Os constituintes especificados na fase A são combinados, com agitação, pela ordem dada e depois é lentamente adicionada água até perfazer o volume (fase B).
Formulação 10:
Sabonete líquido
Laureth sulfato de sódio
25,0%
Caprilato de 3-poliglicerila compreendendo caprilato de K a 7% (de acordo com a invenção)
0,5%
Cocoato de glicerila PEG-7
1,5%
Perfume
Água
0,5%
62,5%
• · |
• · · * |
|
|
• · · ♦ |
|
« · · |
• |
• · * · * |
• |
• · · |
|
• · · |
• · |
• * · |
• |
• · |
|
«*« · |
• |
« « |
• · · |
• · |
|
Cocamidopropilbetaína |
8,0% |
* |
Oleato/cocoato de glicerila PEG-18 |
2,0% |
|
Cloreto de sódio |
q.b. |
|
Conservante |
q.b. |
Todos os componentes são misturados pela ordem apresentada.
Formulação 11:
38,25%
0,2%
1,8%
Pasta de dentes
Água
Benzoato de sódio
Hidroxietilcelulose
O
Xilitol
0,3%
Sorbitol (70%)
12,0%
Cocamidopropilbetaína
2,45%