BRPI0408530B1 - Processo para colocar pelo menos um filme funcional sobre pelo menos uma parte de uma face ou das duas faces de substratos planos ou arqueados, máquina de aplicação de película para a execução do processo, e, placas - Google Patents

Description

“PROCESSO PARA COLOCAR PELO MENOS UM FILME FUNCIONAL

SOBRE PELO MENOS UMA PARTE DE UMA FACE OU DAS DUAS

FACES DE SUBSTRATOS PLANOS OU ARQUEADOS, MÁQUINA DE APLICAÇÃO DE PELÍCULA PARA A EXECUÇÃO DO PROCESSO, E, PLACAS” A presente invenção tem como objeto um processo e uma máquina de aplicação de película que permite colocar pelo menos um filme funcional sobre pelo menos uma parte de uma face ou das duas faces de substratos planos ou arqueados.

Entre outras coisas, a presente invenção se refere à proteção de superfícies frágeis de substratos de tipos placas, a fim de não danificá-las por choque, arranhões, etc. por ocasião de seu transporte do sítio de produção para um sítio de utilização ou de montagem assim como por ocasião da dita montagem.

Em especial, a presente invenção se refere à proteção de superfícies de placas de vidro, notadamente de vidro do qual pelo menos uma face recebeu um tratamento, por exemplo pela aplicação de uma camada funcional, que é preciso manter no estado durante toda a manipulação e o transporte a partir do local de fabricação até o sítio de montagem onde a placa deve na maior parte do tempo ser cortada para as diferentes dimensões de vidraças a colocar.

Atualmente, protege-se as placas de vidro [de tipo pleno comprimento float (pcf) ou corte largura float (clf)] com filmes feitos de matéria plástica, autocolantes, descoláveis, que são aplicados sobre as ditas placas que se deslocam horizontalmente umas depois das outras, as ditas placas sendo afastadas entre si de uma pequena distância, da ordem de 20 a 25 mm. Esse método de proteção é bastante incômodo.

De fato, as dimensões dos filmes disponíveis no comércio e as dimensões das placas ou pratos de vidro são tais que é com freqüência necessário utilizar duas bobinas de filme no lugar de uma, os dois fíímes se recobrindo na região mediana da placa.

Além disso, no caso em que não é desejado proteger as bordas da placa, é possível indicar que, se é sabido dar a partida à aplicação de película a uma distância de uma primeira borda transversal da placa, não é possível na prática interromper a aplicação de película a uma distância dada da borda oposta ou no limite dessa borda. Nessas condições, se está obrigado a colar o filme sobre a placa seguinte e depois cortar o filme entre as duas placas. Disso resulta que essa aplicação de película é uma operação que demanda tempo.

Um outro inconveniente maior do processo atual é que ele leva necessariamente a revestir a totalidade ou a quase totalidade da placa (em todo caso, como foi evocado acima, nunca reservando as quatro bordas da placa). Como as placas, em especial as placas de vidro, são destinadas na maior parte do tempo a ser cortadas no local de montagem para constituir as vidraças a colocar, o operador é obrigado a retirar o filme antes de aplicar sua roseta de corte. A placa não está portanto efetivamente protegida até o próprio momento da colocação, os riscos de danificar a superfície do vidro durante o corte e a colocação não sendo desprezíveis.

Assim, o atual processo de aplicação de película não é portanto satisfatório pois ele não leva em consideração os diferentes aspectos seguintes: (1) a aplicação de película (ou aplicação de filme) deveria permitir reservar em qualquer lugar na superfície da placa zonas não recobertas, a fim notadamente de facilitar o trabalho ulterior de corte da placa, as localizações dessas zonas não recobertas podendo se for desejado ser previstas previamente em função da destinação das placas, isso, por séries de placas preparadas em oficina ou usina; (2) a aplicação de película deveria poder ser efetuada em tempos muito mais curtos, se possível em tempo mascarado; de fato, essa operação de aplicação de película se integra em uma cadeia de fabricação, a máquina de aplicação de película devendo vantajosamente ser uma máquina automática, que assegura diretamente a aplicação perfeita do filme, sem bolhas de ar e sem operação manual de corte do filme como é o caso com o processo conhecido; e (3) as placas deveríam vantajosamente poder ser apresentadas para a aplicação de película não mais horizontalmente mas sim verticalmente ou ligeiramente inclinadas em relação à vertical, a fim de diminuir o volume no solo. A presente invenção permite responder ao objetivo (1) precitado, e em modos de realização vantajosos dessa última, aos objetivos (2) e (3). A presente invenção tem portanto primeiro como objeto um processo para colocar pelo menos um filme funcional sobre pelo menos uma parte de uma face ou das duas faces de substratos planos ou arqueados, caracterizado pelo fato de que se traz os substratos um a um em uma estação de aplicação de película para fazer os mesmos se deslocarem nessa última de acordo com o plano dos mesmos ou plano médio, um conjunto aplicador de filme compreendendo pelo menos um eixo que é perpendicular ao sentido de deslocamento e paralelo ao plano de deslocamento e sobre o qual é montada pelo menos uma bobina de filme, sendo disposto na dita estação de aplicação de película, e que, nessa última, traz-se o início do filme de cada uma das bobinas a ser aplicado e mantido sobre uma face do substrato em uma localização escolhida, provoca-se o desenrolamento da ou das bobinas de filme tendo em vista a aplicação do filme em tira(s) sobre o substrato em deslocamento, e depois se corta o ou os filmes a um momento escolhido, e mantém-se o novo início do filme para que ele esteja pronto para ser aplicado na localização escolhida sobre o mesmo substrato, ou sobre um substrato seguinte, a largura de banda de cada uma das bobinas e sua localização sobre os eixos sendo escolhidas em função das regiões dos substratos a recobrir com os filmes.

Faz-se vantajosamente os substratos se deslocarem sucessivamente de acordo com o plano dos mesmos ou plano médio, trazendo-se os mesmos no decorrer de seu deslocamento um a um na estação de aplicação de película. O desenrolamento das bobinas é provocado pelo deslocamento do substrato e/ou por um comando do desenrolamento da bobina.

De acordo com um primeiro modo de realização do processo de acordo com a invenção, é utilizado um conjunto aplicador que compreende um eixo sobre o qual pelo menos uma bobina de filme é montada, que permite assim aplicar sobre uma face do substrato quantas tiras ou bandas paralelas à direção de deslocamento do substrato quantas forem as bobinas, o início e o fim de cada banda sendo posicionados de modo preciso sobre o dito substrato, as ditas bandas sendo espaçadas uma da outra, e a aplicação das bandas podendo ser interrompida e retomada em um mesmo substrato no decorrer de seu deslocamento.

De acordo com um segundo modo de realização do processo de acordo com a invenção, é utilizado um conjunto aplicador que compreende pelo menos dois eixos paralelos, cada eixo levando pelo menos uma bobina, pelo menos uma bobina levada por um eixo estando em posição deslocada em relação a pelo menos uma bobina levada pelo eixo vizinho, que permite assim aplicar sobre uma face do substrato quantas tiras ou bandas paralelas à direção de deslocamento de substrato quantas forem as bobinas, o início e o fim de cada banda sendo posicionados de modo preciso sobre o dito substrato, as ditas bandas podendo se sobrepor de acordo com a localização de duas bobinas vizinhas em seus dois eixos, e a aplicação das bandas podendo ser interrompida e retomada em um mesmo substrato no decorrer de seu deslocamento.

Assim, essa técnica de aplicação de filme por tiras com recobrimento ou não permite ter acesso, se for necessário, a uma margeação na periferia de uma placa de vidro sem corte ulterior do filme para a utilização em um chassi envidraçado com cordão de vitrificação, sem filme pinçado sob o cordão de vitrificação que não permite mais deslacrar o filme do vidro depois de colocação.

As técnicas tradicionais de aplicação de filme impõem um corte na extremidade do vidro, o que impõe uma retomada para a margeação com uma ferramenta cortante que em geral vem arranhar a superfície do vidro. A proteção por filme pode por outro lado permitir evitar colocar intercalações de proteção necessárias para as fases de transporte e de manutenção. É possível fazer os substratos passarem na estação de aplicação de película verticalmente ou em uma posição ligeiramente inclinada em relação à vertical, ou ainda horizontalmente. É possível utilizar um filme funcional descolável, aderido, parcialmente aderido, aderido em zonas pré-recortadas, ou de tipo decalcomania. O filme funcional pode por outro lado ser escolhido entre os filmes de proteção, os filmes decorativos, os filmes que compreendem informações e os filmes de reforço mecânico.

Os filmes utilizáveis são notadamente filmes bem conhecidos pelo profissional, não poluentes, que têm uma resistência às intempéries ou aos UV, tais como os filmes feitos de PET, polietileno de baixa densidade, polipropileno eventualmente revestido com uma camada adesiva acrílica, os filmes acrílicos, etc.. Esses filmes, deixados no lugar por ocasião da colocação, poderão utilmente constituir suportes de informações (condições de colocação ou de conservação) e/ou suportes publicitários. É possível realizar o revestimento de placas de vidro, em especial de placas de vidro monolítico, laminado ou para vidraças múltiplas, que apresentam em pelo menos uma face uma camada funcional, tal como uma camada anti-sujidades, uma camada antiquebra, um filme de tratamento de superfície, as ditas placas de vidro sendo planas ou de faces curvas ou arqueadas, as ditas placas sendo destinadas a formar vidraças ou a ser cortadas para obter vidraças ou sendo destinadas a formar pára-brisas ou vidraças de automóveis.

Em especial, é possível realizar o revestimento de placas de vidro planos destinadas a ser cortadas para formar vidraças, caracterizado pelo fato de que se realiza a aplicação de tiras de filme protetor descolável de acordo com o primeiro modo de realização precitado, a fim de que as zonas não revestidas sejam dispostas de acordo com um quadriculado, cada zona revestida por um tira correspondendo ao claro de visão de uma vidraça, e as zonas não revestidas sendo destinadas a permitir o corte direto do vidro formando as bordas das vidraças destinadas a ser introduzidas nos encaixes dos chassis e a ser escondidas da vista por vedações.

No caso em que é efetuado o revestimento de substratos arqueados, é possível vantajosamente escolher um filme do qual as características de capacidade de alongamento permitem sua aplicação sobre todas as regiões de aplicação previstas e/ou que se regula a largura as bobinas e, em consequência disso, dos tiras em função do raio de curvatura, quanto menor for o raio de curvatura, menor é a largura dos tiras. O processo de acordo com a presente invenção pode também compreender as operações que consistem em: - definir para cada um dos substratos, em função de sua destinação e em pelo menos uma face externa desse último, a ou as regiões que devem receber um filme e a ou as regiões que não necessitam ser revestidas pelo filme; - fazer os ditos substratos passarem sucessivamente na estação de aplicação de película e comandar para cada um deles a aplicação de filme nas regiões destinadas a receber um tal filme; e - recolher os substratos assim revestidos.

Em especial, é possível realizar por cálculo informatizado uma otimização do posicionamento do filme sobre os diferentes substratos da sucessão de substratos em função da dimensão dos substratos e da posição relativa das regiões que devem ser revestidas e das regiões que não devem ser revestidas. É possível realizar a otimização também em função do equipamento das bobinas e das diferentes bobinas que o dito equipamento é suscetível de receber. A presente invenção também tem como objeto uma máquina de aplicação de película para a execução do processo tal como definido acima, caracterizada pelo fato de que ela compreende: - uma estrutura de sustentação e de transferência sucessiva dos substratos a proteger, de acordo com o plano dos mesmos ou o plano médio dos mesmos; - um conjunto aplicador de filme que compreende pelo menos um eixo perpendicular ao sentido de deslocamento previsto dos substratos e paralelo ao plano de deslocamento, um eixo sobre o qual pelo menos uma bobina de filme é suscetível de ser montada de tal modo que o início do filme venha se aplicar contra a face do substrato a revestir por ocasião da transferência desse último, o dito conjunto sendo próprio para receber para cada substrato em decorrer de transferência o número de bobinas necessário e de largura de banda escolhida para formar sobre cada substrato o revestimento em tiras previsto, as ditas bobinas sendo também pelo menos em parte ajustáveis em altura para formar sobre cada substrato o revestimento em tiras previsto; - meios para comandar a cada momento desejado a aplicação sobre o substrato do início do filme de uma bobina; e - meios de corte da banda no fim da aplicação a cada momento desejado, meios sendo previstos para manter o novo início formado depois do corte da tira a fim de que ela esteja pronta para ser de novo aplicada.

Um conjunto aplicador de filme pode compreender um ou dois eixos distintos paralelos entre si, cada eixo levando pelo menos uma bobina.

As bobinas podem ser ativáveis individualmente ou por grupos de bobinas. O conjunto aplicador do filme pode ser móvel em aproximação ou afastamento dos substratos a revestir, o dito conjunto aplicador podendo ser deslocável em translação para se ajustar às dimensões do substrato ou da altura de margeação do filme.

As bobinas podem ser montadas de tal modo para que seu início venha se aplicar contra a face do substrato a revestir depois de passagem sobre um rolo aplicador. A cada rolo aplicador pode ser associado um bico de aspiração escamoteável disposto a jusante do dito rolo no lado oposto ao substrato, de tal modo que o início seja aspirado contra o dito bico para ser mantido pronto para ser aplicado contra o substrato, a desativação da dita aspiração comandando a aplicação contra o substrato do início do filme nòtadamente por uma face adesiva desse último ou devido a seu caráter eletrostático. O meio de corte do filme pode ser constituído por um fio quente escamoteável quando ele não está em serviço, montado no lado oposto ao substrato. A cada bobina pode ser associado um rolo de aplicação do filme contra o substrato depois do corte do dito filme.

Cada bobina pode fazer parte de um módulo de aplicação de filme que compreende um rolo de tensão do filme desenrolado da bobina antes de passagem sobre o rolo aplicador, um dispositivo de carregamento de uma nova bobina de filme e de recolocação automática do filme sendo vantajosamente integrado ao dito módulo.

Pelo menos um eixo do conjunto aplicador pode ser próprio para receber diferentes jogos de bobinas de diferentes larguras de banda. A presente invenção também tem como objeto placas, notadamente placas de vidro monolítico, laminadas, revestidas de camadas funcionais, tais como vidraças, placas a cortar para formar vidraças, pára- brisas, que compreendem por outro lado em pelo menos uma de suas faces um filme funcional aplicado em regiões delimitadas de acordo com tiras, as ditas tiras podendo apresentar bordas que se sobrepõem.

As camadas funcionais podem ser camadas anti-sujidades, camadas antiquebra, filmes de tratamento de superfície,...

As ditas placas podem ter sido obtidas pelo processo tal como definido acima.

Para melhor ilustrar o objeto da presente invenção, vai ser deduzido abaixo, a título indicativo e não limitativo, um modo de realização especial da mesma com referência ao desenho anexo.

Nesse desenho: - a Figura 1 é um esquema funcional de uma máquina de aplicação de película de acordo com a invenção, vista de frente; - a Figura 2 é uma vista esquemática em elevação lateral parcial da máquina da Figura 1; e - a Figura 3 é, em escala ampliada, uma vista esquemática em um plano horizontal, de um módulo de aplicação do filme protetor descolável.

Se é feito referência às Figuras 1 e 2, é possível ver que foi representado um esquema geral de uma máquina de aplicação de película de acordo com a invenção que compreende um chassi 1 de sustentação e de transferência de placas de vidro 2, o chassi 1 apresentando na parte da frente um plano de apoio 3 com colchão de ar inclinado para trás de um ângulo da ordem de 6/ em relação à vertical. A transferência das placas 2 é efetuada por um sistema de acionamento por correias ou rodízios. A máquina compreende também um dispositivo 4 aplicador de bandas horizontais de filme 5. O dispositivo 4 compreende uma viga 6 que tem a mesma inclinação que as placas 2 que são transferidas diante dele.

Na viga 6, vários módulos de aplicação são montados em alturas diferentes, cada módulo compreendendo um rolo aplicador 7 que é representado na Figura 3.

Os rolos aplicadores 7 superior e inferior, são reguláveis em altura em função das margens horizontais inferior e superior não protegidas que se deseja reservar nas placas de vidro 2. No exemplo representado, o rolo inferior é regulável em um menor trajeto.

Os rolos intermediários são em número de três; eles não são reguláveis no exemplo representado, o afastamento dos mesmos sendo fixado previamente.

Se é feito referência à Figura 3, é possível ver que sobre um rolo aplicador 7, faz-se passar o filme 5 do qual a superfície 5a é aquela que é adesiva, o dito filme sendo desenrolado a partir de uma bobina 8 e passando sobre um rolo defletor 9 de tensão do filme. É assim constituída uma ponta livre 10 de filme 5 que é apresentada em frente à placa 2 a proteger pelas bandas de filme (a placa 2 é aqui uma vidraça dupla) que é transferido diante dela. A ponta livre 10 é mantida em frente à placa 2 por um bico de aspiração 11a jusante do rolo aplicador 7. Esse bico 11 é escamoteável quando ele não está em serviço, a ponta livre 10 estando então liberada para vir se aplicar contra a placa 2.

Também, a jusante do bico 11, são previstos sucessivamente um fio quente 12 de corte do filme, também com possibilidade de escamoteação, e um rolo 13 de aplicação depois de corte do filme, cujo papel é o de eliminar todas as bolhas de ar entre filme e placa.

Dois contra-rolos 14 são montados em frente aos rolos 7 e 13 para favorecer a aplicação do filme. O módulo de aplicação da Figura 3 é capaz de receber bobinas de alturas diferentes. O dispositivo de aspiração é projetado e dimensionado para aceitar essas variações de altura. Esse módulo pode ser montado sobre um trilho para se ajustar às dimensões da placa de vidro ou da altura de margeação do filme.

Um ciclo de laminação em uma máquina de aplicação de película poderia sr descrito como se segue: Etapa 1: a ponta de filme é tomada pela banda aspirante; o vácuo é feito na ventosa; o vidro é carregado no transportador antes da célula de detecção das bordas de vidro; os rolos de aplicação são recuados;

Etapa 2: avanço do vidro; a borda dianteira é detectada pela célula;

Etapa 3: avanço do vidro da distância “célula/borda do filme”;

Etapa 4: colocação em pressão dos rolos sobre o vidro; paralisação do vácuo Etapa 5: recuo do vidro para colagem do início do filme Etapa 6: avanço do vidro (laminação do filme); detecção da borda traseira para a célula Etapa 7: avanço do vidro; recuo do módulo Etapa 8: avanço da borda traseira do vidro diante do fio cortante; aspiração do filme pela ventosa Etapa 9: corte do filme com o fio quente Etapa 10: recuo do fio quente Etapa 11: evacuação do vidro, fim da laminação com o rolo menor.

Fica bem entendido que numerosos modos de realização e variantes poderão ser previstos sem que por isso haja um afastamento do âmbito da presente invenção.

Claims (24)

1. Processo para colocar pelo menos um filme funcional (5) sobre pelo menos uma parte de uma face ou das duas faces de substratos (2), planos ou arqueados, caracterizado pelo fato de que os substratos são placas de vidro e os referidos substratos são trazidos um a um em uma estação de aplicação de película para fazer os mesmos se deslocarem nessa última de acordo com o plano dos mesmos ou plano médio, um conjunto (4) aplicador de filme compreendendo pelo menos um eixo que é perpendicular ao sentido de deslocamento e paralelo ao plano de deslocamento e sobre o qual é montada pelo menos uma bobina (8) de filme (5), sendo disposto na dita estação de aplicação de película, e que, nessa última, traz-se o início (10) do filme (5) de cada uma das bobinas (8) a ser aplicado e mantido sobre uma face do substrato em uma localização escolhida, provoca-se o desenrolamento da ou das bobinas (8) de filme tendo em vista a aplicação do filme (5) em tira(s) sobre o substrato (2) cm deslocamento, c depois se corta o ou os filmes (5) a um momento escolhido, e mantém-se o novo início (10) de filme para que ele esteja pronto para ser aplicado na localização escolhida sobre o mesmo substrato, ou sobre um substrato seguinte, a largura de banda de cada uma das bobinas e sua localização sobre os eixos sendo escolhidas em função das regiões dos substratos a recobrir com os filmes, em que o referido método proporciona uma margeação periférica da placa de vidro sem corte subsequente do filme.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que é utilizado um conjunto aplicador (4) que compreende um eixo sobre o qual pelo menos uma bobina (8) de filme (5) é montada, que permite assim aplicar sobre uma face do substrato (2) quantas bandas ou tiras paralelas à direção de deslocamento do substrato (2) quantas forem as bobinas (8), o início e o fim de cada banda sendo posicionados de modo preciso sobre o dito substrato, as ditas bandas sendo espaçadas uma da outra, e a aplicação das bandas podendo ser interrompida e retomada em um mesmo substrato (2) no decorrer de seu deslocamento.

3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que é utilizado um conjunto aplicador (4) que compreende pelo menos dois eixos paralelos, cada eixo levando pelo menos uma bobina (8), pelo menos uma bobina (8) levada por um eixo estando em posição deslocada em relação a pelo menos uma bobina (8) levada pelo eixo vizinho, que permite assim aplicar sobre uma face do substrato quantas tiras ou bandas paralelas à direção de deslocamento de substrato quantas forem as bobinas (8), o início e o fim de cada tira sendo posicionados de modo preciso sobre o dito substrato (2), as ditas bandas podendo se sobrepor de acordo com a localização de duas bobinas vizinhas em seus dois eixos, e a aplicação das bandas podendo ser interrompida e retomada em um mesmo substrato no decorrer de seu deslocamento.

4. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que se faz os substratos (2) passarem na estação de aplicação de película verticalmente ou em uma posição ligeiramente inclinada em relação à vertical.

5. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que se faz os substratos (2) passarem horizontalmente na estação de aplicação de película.

6. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que é utilizado um filme funcional descolável, aderido, parcialmente aderido, aderido em zonas pré-recortadas, ou de tipo decalcomania.

7. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que é utilizado um filme funcional escolhido entre os filmes de proteção, os filmes decorativos, os filmes que compreendem informações e os filmes de reforço mecânico.

8. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que se realiza o revestimento de placas de vidro, em especial de placas de vidro monolítico, laminado ou para vidraças múltiplas, que apresentam em pelo menos uma face uma camada funcional, tal como uma camada anti-sujidades, uma camada antiquebra, um filme de tratamento de superfície, as ditas placas de vidro sendo planas ou de faces curvas ou arqueadas, as ditas placas sendo destinadas a formar vidraças ou a ser cortadas para obter vidraças ou sendo destinadas a formar pára-brisas ou vidraças de automóveis.

9. Processo de acordo com a reivindicação 8, no qual realiza- se o revestimento de placas de vidro planos destinadas a ser cortadas para formar vidraças, caracterizado pelo fato de que se realiza a aplicação de tiras de filme protetor descolável da maneira definida na reivindicação 2 a fim de que as zonas não revestidas sejam dispostas de acordo com um quadriculado, cada zona revestida por uma tira correspondendo ao claro de visão de uma vidraça, e as zonas não revestidas sendo destinadas a permitir o corte direto do vidro formando as bordas das vidraças destinadas a ser introduzidas nos encaixes dos chassis e a ser escondidas da vista por vedações.

10. Processo de acordo com a reivindicação 8, no qual é efetuado o revestimento de substratos arqueados, caracterizado pelo fato de que é escolhido um filme do qual as características de capacidade de alongamento permitem sua aplicação sobre todas as regiões de aplicação previstas e/ou que se regula a largura as bobinas e, em conseqüência disso, das tiras em função do raio de curvatura, quanto menor for o raio de curvatura, menor é a largura das tiras.

11. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que ele compreende as operações que consistem em: - definir para cada um dos substratos, em função de sua destinação e em pelo menos uma face externa desse último, a ou as regiões que devem receber um filme e a ou as regiões que não necessitam ser revestidas pelo filme; - fazer os ditos substratos passarem sucessivamente na estação de aplicação de película e comandar para cada um deles a aplicação de filme nas regiões destinadas a receber um tal filme; e - recolher os substratos assim revestidos.

12. Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que se realiza por cálculo informatizado uma otimização do posicionamento do filme sobre os diferentes substratos da sucessão de substratos em função da dimensão dos substratos e da posição relativa das regiões que devem ser revestidas e das regiões que não devem ser revestidas.

13. Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que se realiza a otimização também em função do equipamento das bobinas e das diferentes bobinas que o dito equipamento é suscetível de receber.

14. Máquina de aplicação de película para a execução do processo tal como definido em uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada pelo fato de que ela compreende: - uma estrutura (1) de sustentação e de transferência sucessiva das placas a proteger, de acordo com o plano das mesmas ou o plano médio das mesmas; - um conjunto (4) aplicador de filme que compreende pelo menos um eixo perpendicular ao sentido de deslocamento previsto dos substratos e paralelo ao plano de deslocamento, um eixo sobre o qual pelo menos uma bobina (8) de filme é suscetível de ser montada de tal modo que o início do filme (5) venha se aplicar contra a face do substrato (2) a revestir por ocasião da transferência desse último, o dito conjunto (4) sendo próprio para receber para cada substrato (2) em decorrer de transferência o número de bobinas (8) necessário e de largura de banda escolhida para formar sobre cada substrato (2) o revestimento em tiras previsto, as ditas bobinas (8) sendo também pelo menos em parte ajustáveis em altura para formar sobre cada substrato (2) o revestimento em tiras previsto; - meios para comandar a cada momento desejado a aplicação sobre o substrato do início (10) do filme (5) de uma bobina; e - meios de corte da banda no fim da aplicação a cada momento desejado, meios sendo previstos para manter o novo início formado depois do corte da banda a fim de que ela esteja pronta para ser de novo aplicada.

15. Máquina de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que um conjunto (4) aplicador de filme compreende um ou dois eixos distintos paralelos entre si, cada eixo levando pelo menos uma bobina.

16. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 ou 15, caracterizada pelo fato de que as bobinas são ativáveis individualmente ou por grupos de bobinas.

17. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 16, caracterizada pelo fato de que o conjunto aplicador de filme é móvel em aproximação ou afastamento dos substratos a revestir, o dito conjunto aplicador podendo ser deslocável em translação para se ajustar às dimensões do substrato ou da altura de margeação do filme.

18. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 17, caracterizada pelo fato de que as bobinas (8) são montadas de tal modo que para seu início (10) venha se aplicar contra a face do substrato (2) a revestir depois de passagem sobre um rolo aplicador (7).

19. Máquina de acordo com a reivindicação 18, caracterizada pelo fato de que a cada rolo aplicador (7) está associado um bico de aspiração (11) escamoteável disposto a jusante do dito rolo (7) no lado oposto ao substrato (2), de tal modo que o início (10) seja aspirado contra o dito bico (11) para ser mantido pronto para ser aplicado contra o substrato (2), a desativação da dita aspiração comandando a aplicação contra o substrato do inicio (10) do filme notadamente por uma face adesiva desse último ou devido a seu caráter eletrostático.

20. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 19, caracterizada pelo fato de que o meio de corte do filme (5) é constituído por um fio quente (12) escamoteável quando ele não está em serviço, montado no lado oposto ao substrato (2).

21. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 20, caracterizada pelo fato de que a cada bobina (8) está associado um rolo (13) de aplicação do filme (5) contra o substrato (2) depois do corte do dito filme (5).

22. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 21, caracterizada pelo fato de que cada bobina (8) faz parte de um módulo de aplicação de filme que compreende um rolo de tensão (9) do filme (5) desenrolado da bobina (8) antes de passagem sobre o rolo aplicador (7), um dispositivo de carregamento de uma nova bobina de filme e de recolocação automática do filme sendo vantajosamente integrado ao dito módulo.

23. Máquina de acordo com uma das reivindicações 14 a 22, caracterizada pelo fato de que pelo menos um eixo do conjunto aplicador (4) é próprio para receber diferentes jogos de bobinas (8) de diferentes larguras de banda.

24. Placas, notadamente placas de vidro monolítico, laminadas, revestidas de camadas funcionais, tais como vidraças, placas a cortar para formar vidraças, pára-brisas, caracterizadas pelo fato de que compreendem por outro lado em pelo menos uma de suas faces um filme funcional aplicado em regiões delimitadas de acordo com tiras, as ditos tiras podendo apresentar bordas que se sobrepõem, e pelo fato de que elas foram obtidas pelo processo tal como definido em uma das reivindicações 1 a 13.