BR112021005054A2 - terapia de combinação para tratamento contra câncer no sangue - Google Patents

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Abstract

“terapia de combinação para tratamento contra câncer no sangue”. trata-se de terapias de combinação para o tratamento contra câncer no sangue, em particular, leucemia mieloide aguda, tendo como alvo axl e bcl-2 con-comitantemente.

Description

“TERAPIA DE COMBINAÇÃO PARA TRATAMENTO CONTRA CÂNCER NO SANGUE” REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[001]O presente pedido reivindica o benefício disposto no Título 35 do USC § 119(e) do Pedido de Patente Provisório n° U.S. 62/732.816 depositado em 18 de se- tembro de 2018, cujo pedido é incorporado ao presente documento a título de refe- rência em sua totalidade.
ANTECEDENTES CAMPO DA TÉCNICA
[002]A presente divulgação fornece uma terapia de combinação para o trata- mento contra câncer no sangue, em particular, leucemia mieloide aguda.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA RELACIONADA
[003]A leucemia mieloide aguda (AML) é caracterizada pela expansão clonal de células-tronco leucêmicas (LSCs) e de precursores mieloides (blastos), resultando na hematopoiese prejudicada e na falha da medula óssea (BM) (1 a 3). Ela é altamente heterogênea, com até nove categorias individuais de alterações genéticas (1, 2, 4 a 6). Embora um grande progresso tenha sido feito recentemente na identificação de subgrupos moleculares e genéticos, as terapias de AML e os resultados dos pacientes a longo prazo não aprimoraram significativamente nos últimos 40 anos (3, 4, 7). A taxa de sobrevivência de 5 anos, portanto, permanece em menos de 40% para pacientes <60 anos e apenas 10 a 20% para pacientes mais velhos (1, 8). Embora as quimiote- rapias de indução padrão, tais como a antraciclina ou a citoarabina, levem a uma re- dução inicial das células blásticas mieloides na maioria dos pacientes, nenhum dos tratamentos atualmente disponíveis tem capacidade de cura. A resistência aos fárma- cos e a recidiva ainda são as principais causas para a falha do tratamento, o que enfatiza a necessidade de terapias mais eficazes (9 a 11). Além disso, foi demons- trado que LSCs e seus progenitores de câncer no sangue humano são altamente resistentes às terapias atuais, que mantêm o potencial de recidiva em muitos pacien- tes (12 a 17). Assim, terapias melhoradas são urgentemente necessárias para AML.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[004]A presente divulgação está relacionada a terapias de combinação que fornecem resultado terapêutico superior ao das terapias atualmente disponíveis. Vá- rias modalidades se referem a métodos para o tratamento contra câncer no sangue (por exemplo, AML) em um indivíduo com necessidade do mesmo, em que o método compreende administrar ao indivíduo pelo menos um inibidor de quinase da família TAM (por exemplo, um inibidor de Axl) em combinação com pelo menos um inibidor de proteína da família BCL-2. Vantajosamente, as terapias de combinação divulgadas neste documento são demonstradas para fornecer mais potência aditiva e efeitos te- rapêuticos sinérgicos em comparação às monoterapias administradas separada- mente.
[005]Em uma modalidade, o inibidor da família TAM da quinase utilizado nas terapias de combinação é um potente inibidor de Axl.
[006]Em modalidades mais específicas, o inibidor de Axl é um composto de Fórmula (I): Fórmula (I) em que, A, A1 e A2 são iguais ou diferentes e independentemente -N=, –CR5= ou –O-; R1 é alquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, haloalquila, arila, aralquila, hetero- ciclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída;
R2 é heterociclila, heterociclilalquila, cicloalquila, alquila, aralquila, cicloalqui- lalquila, heteroarila, heteroarilalquila ou arila, dentre as quais cada uma pode ser op- cionalmente substituída; cada R3 e R4 são iguais ou diferentes e selecionados independentemente a partir de hidrogênio, alquila, aralquila, alquenila, aralquenila, alquinila, aralquinila, ci- cloalquila, cicloalquilalquila, halo ou haloalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; R5, em cada ocorrência, é hidrogênio, alquila, aralquila, cicloalquila, cicloal- quilalquila, halo ou haloalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; ou um estereoisômero, enantiômero ou tautômero do mesmo, um sal farmaceu- ticamente aceitável do mesmo ou uma composição farmacêutica do mesmo.
[007]Em uma modalidade mais preferencial, o inibidor de Axl é 3-(5-(ciclopro- pilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina (Com- posto A): Composto A
[008]Em outra modalidade, o inibidor de proteína da família BCL-2 é um com- posto de Fórmula (II): O Y1 R 7 N N O R6
HN S NH (OR8)n O Fórmula (II) em que n é 0 ou 1;
R6 é heterociclilalquila opcionalmente substituída, cicloalquilalquila opcional- mente substituída ou heteroalquila opcionalmente substituída; R7 é heterociclilalquila opcionalmente substituída; R8 é heteroarila opcionalmente substituída ou arila opcionalmente substituída; Y1 é um grupo de retirada de elétrons.
[009]Em modalidades mais específicas, o inibidor de BCL-2 é Venetoclax (VENCLEXTA®, também conhecido como ABT-199) ou Navitoclax (também conhe- cido como ABT-263): Venetoclax (VENCLEXTA®) Navitoclax
[010]Em modalidades mais específicas, a terapia de combinação compreende a administração concomitante de um inibidor de Axl e um inibidor de proteína da fa- mília BCL-2 para o tratamento contra câncer no sangue, incluindo, por exemplo, leu- cemia, linfoma ou mieloma. Em modalidades mais específicas, o câncer no sangue é AML.
[011]Uma outra modalidade fornece um ensaio in vivo com capacidade para determinar a eficácia de um composto de Fórmula (I) em combinação com um ou mais agentes quimioterápicos na prevenção, tratamento ou controle do câncer no sangue, por exemplo, AML, em um paciente.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[012]A Figura 1A e a Figura 1B mostram os valores de índice de combinação para terapias de combinação de inibidor de Axl/BCL-2 contra as linhagens celulares AML Molm-13 e MV4-11, respectivamente.
[013]A Figura 2A e Figura 2B mostram a expressão da superfície celular de Axl para amostras de pacientes com AML e de células doadoras da medula óssea normal (NBM) para AML CD34+ e AML CD34+CD38- enriquecida com células-tronco respectivamente.
[014]A Figura 3A e 3B mostram a expressão média da superfície celular de Axl para amostras de pacientes com AML e células doadoras da NBM para AML CD34+ e AML CD34+CD38- enriquecida com células-tronco, respectivamente.
[015]A Figura 4A e Figura 4B mostram imagens bioluminescentes de camun- dongos de um modelo de xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de AML antes do tratamento (Figura 4A) e após o tratamento (Figura 4B) com monoterapia com inibidor de Axl, monoterapia com inibidor de BCL-2 e terapia de combinação com inibidor de Axl/BCL-2.
[016]A Figura 5 mostra os tamanhos e pesos do baço de camundongos repre- sentativos submetidos à eutanásia de um modelo de PDX de AML de cada grupo de tratamento, conforme indicado para cada coorte de pacientes.
[017]A Figura 6A e a Figura 6B mostram a análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS) da enxertadura com células leucêmicas humanas transduzidas (GFP+) e não transduzidas (GFP-) no sangue periférico (PB) de camundongos representativos submetidos à eutanásia de cada grupo de tratamento em um modelo de PDX de AML.
[018]A Figura 6C e Figura 6D mostram análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS) da enxertadura com células leucêmicas humanas transdu- zidas (GFP+) e não transduzidas (GFP-) na medula óssea (BM) de camundongos re- presentativos submetidos à eutanásia de cada grupo de tratamento em um modelo de PDX de AML
[019]A Figura 7A e a Figura 7B mostram as curvas de sobrevivência de ca- mundongos leucêmicos em um modelo de PDX de AML para grupos de tratamento Coorte 1 e Coorte 2, respectivamente.
[020]A Figura 8A e 8B mostram imagens bioluminescentes de camundongos em um modelo de xenoenxerto da linhagem celular MV4-11 de AML antes do trata- mento (Figura 8A) e após o tratamento (Figura 8B) com monoterapia com inibidor de Axl, monoterapia com inibidor de BCL-2 e terapia de combinação com Axl/BCL-2.
[021]A Figura 9A mostra os tamanhos e pesos do baço de camundongos re- presentativos submetidos à eutanásia em um modelo de xenoenxerto da linhagem celular MV4-11 de AML de cada grupo de tratamento, conforme indicado.
[022]A Figura 9B mostra a marcação com Hemotoxilina e Eosina de camun- dongos submetidos à eutanásia representativos em um modelo de xenoenxerto da linhagem celular MV4-11 de AML de cada grupo de tratamento, conforme indicado.
[023]A Figura 10 mostra a análise de FACS da enxertadura de células leucê- micas no PB, na BM, no baço e no fígado de camundongos representativos em um modelo de xenoenxerto da linhagem celular MV4-11 de AML de cada grupo de trata- mento, conforme indicado.
[024]A Figura 11 mostra curvas de sobrevivência de camundongos leucêmi- cos em um modelo de xenoenxerto da linhagem celular MV4-11 de AML para grupos de tratamento indicados.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[025]Várias modalidades da presente divulgação são direcionadas a terapias de combinação com o uso de um inibidor de quinase da família TAM (por exemplo, um inibidor de Axl) em combinação com um inibidor de proteína da família BCL-2 para o tratamento contra câncer no sangue, em particular, leucemia mieloide aguda (AML). EFEITOS SINÉRGICOS DE ALVEJAR AXL E BCL-2
[026]A sinalização de GAS6/Axl é crucial na patogênese da AML e na resis- tência à terapia. Um alvo-candidato para o tratamento contra AML é o Axl, um membro da família TAM (TRYO3, Axl e MER) de receptor tirosina quinases (18,19). Há quatro ligantes de TAMR putativos: gene específico de impedimento do crescimento 6 (GAS6), Proteína S, TUBBY e proteína semelhante a TUBBY 1 (TULP1) (18,20). Cu- riosamente, GAS6 tem afinidade subnanomolar com relação ao Axl e é o único ligante de ativação para Axl. O TAMR é superexpresso em muitos tumores sólidos e aumenta a sobrevivência e resistência à apoptose (18,19). Axl exerce uma função crucial na mediação da migração e invasão das células cancerosas. Particularmente, foi relatado que a expressão de Axl e GAS6 é mais elevada em alguns pacientes com AML e leucemia mieloide crônica (LMC), o que está associado a um prognóstico insuficiente, além da expressão anormal de BCL-2 e CD34 (18,21 a 23). Sua função potencial como um alvo terapêutico na leucemia humana também foi relatado pela demonstra- ção de que a inibição de Axl, alcançada através de shRNA ou inibidores de pequenas moléculas, aumentou a apoptose e inibiu a proliferação de linhagens celulares de AML/CML e de células de pacientes in vitro e in vivo (21,23 a 25). As células de AML estimulam as células do estroma derivadas da BM de modo que regulem de maneira crescente o GAS6, o que aumenta a quimiorresistência das células de AML (21,23). Dito isso, ter a atividade GAS6/Axl como alvo é, consequentemente, uma nova estra- tégia de tratamento racional na AML. Vários inibidores de Axl e/ou MER para o trata- mento contra tumores sólidos e AML/CML estão em vários estágios de desenvolvimento (19). No entanto, muitos são inibidores de multiquinase; efeitos fora do alvo e/ou toxicidade em células hematopoiéticas saudáveis que permanecem de- safiadores, e a maioria dos estudos foi realizada com linhagens celulares e células de AML não purificadas ou CD34+ em massa (19,21,26,27). Pouco se sabe sobre se a possibilidade de a via de GAS6/Axl ser especificamente ativada em subgrupos de pa- cientes com AML com anormalidades cromossômicas ou mutações específicas ou em determinada subpopulação (ou determinadas subpopulações) que podem expressar os níveis mais altos de Axl e outros membros da família e, portanto, seriam mais sen- síveis à inibição de Axl. Pouco também se sabe sobre a possibilidade de os inibidores de Axl poderem tonar as células-tronco e progenitoras de AML sensíveis à quimiote- rapia ou terapia alvejada, uma vez que essas células são altamente resistentes às terapias anticâncer atuais (12 a 14,17).
[027]A família de proteínas BCL-2 é conhecida como uma protetora (gate- keeper) importante da resposta apoptótica. Esse grupo de proteínas estruturalmente relacionadas compreende membros pró-apoptóticos e antiapoptóticos que interagem entre si. Sequências curtas de aminoácidos comuns a BCL-2 e outros membros dessa família de proteínas são conhecidas como motivos de homologia de BCL-2 (BH). Pelo menos um motivo de BH está contido em cada um dos membros da família BCL-2. Esses motivos, em parte, contribuem para a função de cada membro. Os membros da família BCL-2 podem ser classificados em 3 grupos funcionais: proteínas antiapo- ptóticas, tais como BCL-2, efetores pró-apoptóticos e ativadores pró-apoptóticos. Os dados pré-clínicos sugerem que ativadores, que contêm apenas um único motivo BH3, são mediadores importantes na resposta celular a estresses, tais como danos ao DNA. Os efetores são aquelas proteínas BCL-2 intimamente associadas à membrana mitocondrial e, quando estimulados por ativadores apenas de BH3, promovem a for- mação de poros na membrana mitocondrial, iniciando o programa apoptótico. As cé- lulas tumorais podem se tornar dependentes de BCL-2 para a sobrevivência.
Semelhantemente à dependência de oncogene, em que as células tumorais depen- dem de um único gene dominante para a sobrevivência, as células tumorais também podem se tornar dependentes de BCL-2 para sobreviver. Em resposta aos sinais de estresse, as células malignas podem expressar ativadores pró-apoptóticos. Algumas células cancerosas superexpressam BCL-2, o que pode amortecer essa resposta pró- apoptótica. O resultado é, em muitos casos, uma abundância de ativadores pró-apo- ptóticos ligados e sequestrados por BCL-2. Nessa situação, acredita-se que as células cancerosas são preparadas para a apoptose, pois podem conter quantidades sufici- entes de ativadores pró-apoptóticos, caso deslocados de BCL-2, para induzir a morte celular programada. Os cânceres que dependem do BCL-2 para sobreviver dessa ma- neira estão propensos a terem sensibilidade à modulação de BCL-2.
[028]A presente divulgação descreve o efeito sinérgico de ter Axl e BCL-2 como alvos simultâneos para o tratamento contra câncer no sangue, em particular, AML. Administrando-se simultaneamente um inibidor de Axl e um inibidor de BCL-2 a um paciente com necessidade do mesmo, a terapia de combinação fornece resultados terapêuticos superiores aos de monoterapias ou outras terapias de combinação atuais que utilizam inibidores de Axl.
[029]Em particular, é demonstrado no presente documento o efeito sinérgico contra modelos de leucemia mieloide aguda. Conforme estabelecido nos Exemplos, o efeito sinérgico foi observado em vários modelos de leucemia mieloide aguda, inclu- indo ensaios biológicos in vitro e in vivo e em várias linhagens celulares de AML.
[030]Mais especificamente, combinações de fármacos de um inibidor de Axl, do Composto A com um inibidor de BCL-2 (ABT-199 ou ABT-263) foram testadas, in vitro, com o uso de linhagens celulares AML Molm-13 e MV4-11. As linhagens celula- res com sensibilidade a BCL-2 demonstraram sensibilidade aumentada a ABT-199 e ABT-263 quando combinadas com o Composto A, em relação à monoterapia de ABT- 199 ou ABT-263. A análise do Índice de Combinação (CI) dos dados forneceu índices inferiores a 1, o que indica que ambas as combinações do inibidor de Axl (Composto A) com o inibidor de BCL-2 (ABT-199 ou ABT-263), respectivamente, produziram efei- tos sinérgicos em ambas as linhagens celulares de AML. Consultar, por exemplo, o Exemplo 1.
[031]Além disso, em um ensaio in vivo, demonstrou-se que para ter como alvo células leucêmicas primitivas e/ou para prevenir o desenvolvimento de leucemia a combinação de fármacos do inibidor de Axl (Composto A) com o inibidor BCL-2 (ABT- 199) é mais eficaz que o Composto A isoladamente. Em suma, um ensaio de modelo de xenoenxerto derivado de paciente foi desenvolvido em camundongos com o uso de células-tronco e progenitoras CD34+ purificadas de pacientes com AML que foram transduzidas com um repórter de lentivírus de GFP/Luciferase para permitir o image- amento in vivo não invasivo (IVIS) dos camundongos para acompanhar o desenvolvi- mento da leucemia. Surpreendentemente, a combinação do Composto A/ABT-199 foi altamente eficaz no atraso e na eliminação do desenvolvimento da leucemia em ins- tantes do tempo iniciais, ao passo que a monoterapia com agente único exibiu pro- gressão da leucemia.
[032]Camundongos submetidos à eutanásia também foram verificados quanto à esplenomegalia (baço aumentado) e quanto à presença de células leucêmicas no sangue periférico (PB) e na medula óssea (BM) por meio de análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS). O tamanho e o peso do baço para o grupo de terapia de combinação foram consistentes com os de camundongos não leucêmi- cos. Em contrapartida, os grupos de monoterapia com agente único demonstraram aumento de tamanho e peso nos baços. Da mesma forma, o grupo de terapia de com- binação demonstrou presença reduzida de células leucêmicas no PB e na BM em relação aos indivíduos que receberam monoterapia. Além disso, as curvas de sobre- vivência para os grupos de controle e tratamento demonstraram diferenças significa- tivas (P <0,05) entre os grupos de tratamento de combinação e monoterapia. Em conclusão, o tratamento combinado com o Composto A e ABT-199 diminui a carga de leucemia e aumenta a sobrevivência de camundongos leucêmicos significativamente em um modelo de xenoenxerto derivado de paciente (PDX) com células de paciente com AML primária. Consultar, por exemplo, o Exemplo 3.
[033]Além disso, a eficácia e a segurança da combinação de fármacos do ini- bidor de Axl (Composto A) com o inibidor BCL-2 (ABT-199) foram demonstradas em modelos animais. Em particular, a combinação mostrou ser eficaz na eliminação de células leucêmicas humanas in vivo quando comparada a monoterapias apenas com Composto A ou apenas com ABT-199. Resumidamente, um estudo de xenoenxerto baseado em linhagem celular em camundongos foi realizado usando células MV4-11 transduzidas com um vetor de lentivírus GFP/Luciferase para permitir a classifica- ção/análise de células leucêmicas humanas em camundongos e a imagem não inva- siva in vivo (IVIS) do camundongos para monitorar o desenvolvimento de leucemia e os sítios de formação de leucemia. A saber, a terapia de combinação do Composto A/ABT-199 foi altamente eficaz na eliminação do desenvolvimento de leucemia uma vez que o sinal bioluminescente observado após o tratamento estava abaixo do limite de detecção. Por outro lado, embora a monoterapia de agente único com o Composto A também tenha reduzido os sinais de bioluminescência, porém em menor extensão, o veículo e a monoterapia com ABT-199 exibiram progressão agressiva da leucemia. Os camundongos submetidos à eutanásia foram, também, verificados quanto à infil- tração de células leucêmicas no baço (esplenomegalia) e no fígado e quanto à pre- sença de células leucêmicas no sangue periférico (PB), na medula óssea (BM), no baço e no fígado por meio de análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS). O tamanho e o peso do baço para o grupo de terapia de combinação, assim como a monoterapia com Composto A, foram consistentes com os de camundongos não leucêmicos. Em contrapartida, os grupos de monoterapia com ABT-199 e veículo (controle) demonstraram aumento de tamanho e peso nos baços. Da mesma forma,
a análise de FACS mostrou que o grupo de terapia de combinação demonstrou uma presença drasticamente reduzida de células leucêmicas transduzidas por GFP na BM, no PB, no baço e no fígado em relação aos indivíduos que receberam monoterapia. Além disso, as curvas de sobrevivência para os grupos de controle e tratamento de- monstraram diferenças significativas (P <0,05) entre os grupos de tratamento de com- binação e monoterapia. Em resumo, o tratamento com o Composto A sozinho pode reduzir a atividade de propagação da leucemia in vivo nesse modelo animal MV4-11 e esse efeito inibitório foi consideravelmente aumentado após o tratamento combinado com ABT-199.
TERAPIA COMBINADA
[034]Portanto, no presente documento, são descritos mais detalhadamente métodos para tratamento contra câncer no sangue em um paciente com necessidade do mesmo, em que o método compreende administrar concomitantemente um ou mais inibidores de Axl com um ou mais inibidores de proteína da família BCL-2 ("inibidores de BCL-2"). Os efeitos terapêuticos resultantes são surpreendentemente superiores em comparação aos simples efeitos aditivos de monoterapias que usam cada tipo de inibidor isoladamente. Essa combinação sinérgica apresenta, também, abaixa toxici- dade.
1.INIBIDORES DE AXL
[035]Os inibidores de Axl adequados para a terapia de combinação divulgada são derivados de aminopiridina, conhecidos por serem inibidores de quinase da famí- lia TAM. Consultar, por exemplo, o documento n° WO2015/081257. Em particular, o inibidor de Axl é um composto com a estrutura da Fórmula (I): Fórmula (I) em que
A, A1 e A2 são iguais ou diferentes e independentemente -N=, –CR5= ou –O-; R1 é alquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, haloalquila, arila, aralquila, hetero- ciclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila; R2 é hidrogênio, heterociclila, heterociclilalquila, cicloalquila, alquila, aralquila, cicloalquilalquila, heteroarila, heteroarilalquila ou arila; cada R3 e R4 é igual ou diferente e selecionado independentemente a partir de hidrogênio, alquila, aralquila, alquenila, aralquenila, alquinila, aralquinila, cicloal- quila, cicloalquilalquila, halo ou haloalquila; R5, em cada ocorrência, é hidrogênio, alquila, aralquila, cicloalquila, cicloal- quilalquila, halo ou haloalquila; ou um estereoisômero, enantiômero ou tautômero do mesmo, um sal farmaceu- ticamente aceitável do mesmo ou uma composição farmacêutica do mesmo.
[036]Dentre os compostos de Fórmula (I), outra modalidade fornece compos- tos de Fórmula (Ia): Fórmula (Ia) em que, R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[037]Dentre os compostos de Fórmula (I), outra modalidade fornece compos- tos de Fórmula (Ib): Fórmula (Ib) em que, R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[038]Dos compostos de Fórmula (I), outra modalidade fornece compostos de Fórmula (Ic):
Fórmula (Ic) em que, R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[039]Dentre os compostos de Fórmula (I), uma modalidade fornece compos- tos de Fórmula (Id): Fórmula (Id) em que: R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[040]Dentre os compostos de Fórmula (I), outra modalidade fornece compos- tos de Fórmula (Ie): Fórmula (Ie) em que, R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[041]Dentre os compostos da Fórmula (I), outra modalidade fornece compos- tos de Fórmula (If): Fórmula (If) em que, R1, R2, R3 e R4 são conforme definido acima.
[042]Em uma modalidade mais específica, o inibidor de Axl é um composto de fórmulas (I), (Ia), (Ib), (Ic), (Id), (Ie) ou (If) conforme estabelecido acima, em que o composto é selecionado a partir do grupo que consiste em: terc-butil-4-(4-(6-amino-5-(5-feniloxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato; 3-(5-feniloxazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)etanona; (4-(4-(6-amino-5-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(ciclopropil)metanona; 3-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)etanona; 3-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin- 2-amina; (4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(ciclopropil)metanona; (4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(fenil)metanona; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)-2-feniletanona;
(4-(4-(6-amino-5-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(fenil)metanona; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)-2-feniletanona; 3-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin- 2-amina; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)-2,2-dimetilpropan-1-ona; (4-(4-(6-amino-5-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(4-fluorofenil)metanona; 5-(1-(1-etilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-feniloxazol-2-il)piridin-2-amina; 3-(5-feniloxazol-2-il)-5-(1-(tetra-hidro-2-piran-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 3-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-(tetra-hidro-2-piran-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 3-(5-(3-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(4-clorofenil)oxazol-2-il)-5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-feniloxazol-2-il)piridin-2-amina; 5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(piridin-3-il)oxazol-2-il)piridin-2- amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenilisoxazol-3-il)piridin-2-amina; 3-(5-fenilisoxazol-3-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 3-(5-fenilisoxazol-3-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenilisoxazol-3-il)piridin-2- amina; 3-(5-fenilfuran-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina;
5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenilfuran-2-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenilfuran-2-il)piridin-2-amina; 3-(5-fenilfuran-2-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-fenil-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-fenil-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 3-(5-(2,6-dicloro-3-fluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(4-(terc-butil)fenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(4-(terc-butil)fenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-(2,5-difluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-(4-fluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(4-fluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol- 1-il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidin-1-il)etanona;
3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidin-1-il)-4-metilpentan-1-ona; (4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidin-1-il)(ciclopropil)metanona; (4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidin-1-il)(fenil)metanona; 1-(4-(4-(6-amino-5-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidin-1-il)-2-feniletanona; 3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(1-etilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(1-dodecilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(pirazin-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 4-(4-(6-amino-5-(5-(piridin-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(pirazin-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2- il)piridin-2-amina; 5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(piridin-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(tiazol-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(thiazol-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2- il)piridin-2-amina;
5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(piridin-3-il)-1,3,4-oxadiazol-2- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(piridin-3-il)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 4-(4-(6-amino-5-(5-(4-(trifluorometil)-tiazol-2-il)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3- il)-1H-pirazol-1-il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(4-(trifluorometil)tiazol-2-il)-1,3,4- oxadiazol-2-il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H- pirazol-1-il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 4-(4-(6-amino-5-(5-benzil-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-carboxilato de terc-butila; 3-(5-benzil-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-fenil-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(4-(terc-butil)fenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(2,5-difluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(5-(4-fluorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2- il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenil-1,3,4-oxadiazol-2-il)piridin-2-amina; 3-(5-(2,6-diclorofenil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina;
3-(5-fenil-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 1-(4-(4-(6-amino-5-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)etanona; (4-(4-(6-amino-5-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidina-1-il)(ciclopropil)metanona; 5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5- il)piridin-2-amina; (4-(4-(6-amino-5-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)(fenil)metanona; 1-(4-(4-(6-amino-5-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin-3-il)-1H-pirazol-1- il)piperidin-1-il)-2-feniletanona; 3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(1-etilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-(1-etilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin- 2-amina; 3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(1-dodecilpiperidin-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5- il)piridin-2-amina;
3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina 3-(3-(2,6-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H- pirazol-4-il)piridin-2-amina; 3-(3-fenil-1,2,4-oxadiazol-5-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; 5-(1-ciclo-hexil-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenil-1,2,4-oxadiazol-3-il)piridin-2-amina; 3-(5-fenil-1,2,4-oxadiazol-3-il)-5-(1-(tetra-hidro-2H-piran-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; 3-(5-fenil-1,2,4-oxadiazol-3-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina; 5-(1-(1-metilpiperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)-3-(5-fenil-1,2,4-oxadiazol-3- il)piridin-2-amina; 3-(5-(2,5-diclorofenil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4- il)piridin-2-amina; ou 3-(5-fenil-1,2,4-oxadiazol-3-il)-5-(1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina. Em modalidades preferenciais, a terapia de combinação utiliza um inibidor de Axl com a estrutura representada pela Fórmula (Ia). Em uma modalidade mais preferencial, o inibidor de Axl é 3-(5- (ciclopropilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2- amina. Os inibidores de Axl descritos no presente documento podem ser preparados de acordo com os métodos divulgados no documento n° WO2015/081257, que é incorporado neste documento a título de referência em sua totalidade.
2.INIBIDORES DE PROTEÍNAS DA FAMÍLIA BCL-2
[043]De acordo com várias modalidades, o inibidor de BCL-2 adequado para a terapia de combinação é um composto da Fórmula (II):
O Y1 R 7 N N O R6
HN S NH (OR8)n O Fórmula (II) em que n é 0 ou 1; R6 é heterociclilalquila opcionalmente substituída, cicloalquilalquila opcionalmente substituída ou heteroalquila opcionalmente substituída; R7 é heterociclilalquila opcionalmente substituída; R8 é heteroarila opcionalmente substituída ou arila opcionalmente substituída; Y1 é um grupo de retirada de elétrons, um estereoisômero, enantiômero ou tautômero do mesmo, um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo ou uma composição farmacêutica do mesmo.
[044]Em modalidades mais específicas, o inibidor de BCL-2 é um composto da Fórmula (II), em que R6 é heteroalquila ou heterociclilalquila.
[045]Em modalidades mais específicas, R6 é heteroalquila com a seguinte estrutura:
Z Z1 em que Z é −O−, −S− ou −NH; Z1 é heterociclila. Em modalidades mais específicas, Z1 é azepan-1-ila, morfolin-1-ila, 1,4-oxazepan-4-ila, pirrolidin-1-ila, −N(CH3)2, −N(CH3)(CH(CH3)2), 7-azabiciclo[2.2.1]heptan-1-ila ou 2-oxa-5- azabiciclo[2.2.1]hept-5-ila.
[046]Em modalidades específicas, R7 é em que X1 é H, F, Cl, Br ou I; X2 e X3 são independentemente hidrogênio ou alquila; e X4 é −O-, -C(R9)2- ou −CH2CH2-; e R9 é hidrogênio ou alquila.
[047]Em uma modalidade mais específica, o inibidor de BCL-2 tem uma estrutura de Fórmula (IIa) ou Fórmula (IIb): Fórmula (IIa) Fórmula (IIb) em que R6, R8, X1, X2, X3, X4, Y1, Z e Z1 são conforme definido acima.
[048]Em várias modalidades, R8 é heteroarila opcionalmente substituído por um ou mais substituintes selecionados a partir do grupo que consiste em alquila, NH2 e halo.
[049]Em modalidades mais específicas, R8 é 1H-Pirrol[2,3-b]piridin-5-ila.
[050]Em várias modalidades, Y1 é −CN, −NO2, −SO2C(X5)3, −CF3, F, Cl ou Br; em que cada X5 é, em cada ocorrência, independentemente, H, F ou Cl.
[051]Em modalidades mais específicas, Y1 é −NO2 ou −SO2CF3.
[052]Os inibidores de BCL-2 de Fórmula (II), (IIa) e (IIb), conforme estabelecido acima, podem ser preparados de acordo com os processos divulgados na Patente n° U.S. 7.390.799 e na Patente Publicada n° U.S. 9.345.702, que são incorporados a título de referência em sua totalidade.
[053]Em uma modalidade preferencial, o um ou mais inibidores de BCL-2 é Venetoclax (VENCLEXTA®/ABT-199) ou Navitoclax (ABT-263): Venetoclax (ABT-199) Navitoclax (ABT-263)
[054]Determinados grupos químicos citados no presente documento são precedidos de uma notação abreviada que indica o número total de átomos de carbono que podem ser encontrados no grupo químico indicado. Por exemplo; C7-C12 alquila descreve um grupo alquila, conforme definido abaixo, que tem um total de 7 a 12 átomos de carbono e C4-C12 cicloalquilalquila descreve um grupo cicloalquilalquila, conforme definido abaixo, que tem um total de 4 a 12 átomos de carbono. O número total de carbonos na notação abreviada não inclui carbonos que podem existir em substituintes do grupo descrito.
[055]Por conseguinte, conforme usado no relatório descritivo e nas reivindicações anexas, salvo quando especificado de outro modo, os seguintes termos têm o significado indicado: “Amino” se refere ao radical -NH2. “Metóxi" se refere ao radical -OCH3. “Ciano” se refere ao radical -CN. “Nitro” se refere ao radical -NO2. “Trifluorometila” se refere ao radical -CF3. “Oxo” se refere a =O. “Tioxo” se refere ao =S. “Acila” se refere ao radical -C(O)R14, em que R14 é hidrogênio, alquila, haloalquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, arila, aralquila, heterociclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila.
[056]“Alquila” se refere a um radical de cadeia de hidrocarboneto linear ou ramificado, quando não substituído, que consiste apenas em átomos de carbono e hidrogênio, que não contém insaturação que tem de um a doze átomos de carbono, de preferência, um a oito átomos de carbono ou um a seis átomos de carbono e que está fixado ao restante da molécula por uma ligação simples, por exemplo, metila, etila, n -propila, 1-metiletila (iso-propila), n-butila, n-pentila, 1,1-dimetiletil (t-butila) e semelhantes. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, um grupo alquila pode ser opcionalmente substituído por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento. “Alquenila” se refere a um grupo radical de cadeia de hidrocarboneto linear ou ramificado, quando não substituído, que consiste apenas em átomos de carbono e hidrogênio, que contém pelo menos uma ligação dupla, que tem de dois a doze átomos de carbono, de preferência, um a oito átomos de carbono, e que está fixado ao restante da molécula por uma ligação simples, por exemplo, etenila, prop-1-enila, but-1-enila, pent-1-enila, penta-1,4-dienila e semelhantes. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, um grupo alquenila pode ser opcionalmente substituído por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento.
[057]“Alquinila” se refere a um grupo radical de cadeia de hidrocarboneto linear ou ramificado, quando não substituído, que consiste apenas em átomos de carbono e hidrogênio, que contém pelo menos uma ligação tripla, que contém opcionalmente pelo menos uma ligação dupla, que tem de dois a doze átomos de carbono, de preferência, um a oito átomos de carbono e que está fixado ao restante da molécula por uma ligação simples, por exemplo, etinila, propinila, butinila, pentinila, hexinila e semelhantes. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, um grupo alquinila pode ser opcionalmente substituído por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento. "Alquileno" e "cadeia de alquileno" se referem a uma cadeia de hidrocarboneto divalente linear ou ramificada, que liga o resto da molécula a um grupo radical, que consiste apenas em carbono e hidrogênio, que não contém insaturação e que tem de um a doze átomos de carbono, de preferência, que tem de um a oito carbonos, por exemplo, metileno, etileno, propileno, n-butileno e semelhantes. A cadeia de alquileno pode ser fixada ao restante da molécula e ao grupo radical através de um carbono dentro da cadeia ou através de quaisquer dois carbonos dentro da cadeia.
[058]“Alquenileno” e “cadeia de alquenileno” se referem a uma cadeia de hidrocarboneto divalente linear ou ramificada que liga o resto da molécula a um grupo radical, que consiste apenas em carbono e hidrogênio, que contém pelo menos uma ligação dupla e que tem de dois a doze átomos de carbono, por exemplo, etileno, propileno, n-butileno e semelhantes. A cadeia alquenileno é fixada ao restante da molécula por meio de uma ligação simples e ao grupo radical por meio de uma ligação dupla ou simples. Os pontos de fixação da cadeia de alquenileno ao restante da molécula e ao grupo radical podem ser através de um carbono ou quaisquer dois carbonos dentro da cadeia.
[059]“Alcóxi” se refere a um radical da fórmula -ORa em que Ra é um radical alquila, conforme definido acima. A parte alquila do radical alcóxi pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima por um radical alquila.
[060]“Arila” se refere ao sistema de anel de hidrocarboneto monocíclico ou multicíclico aromático, quando não substituído, que consiste apenas em hidrogênio e carbono e que contém 6 a 19 átomos de carbono, de preferência, de 6 a 10 átomos de carbono, em que o sistema de anel pode ser parcial ou totalmente saturado. Os grupos arila incluem, porém sem limitação, grupos, tais como fluorenila, fenila e naftila. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, o termo “arila" ou o prefixo "ar-" (tal como em “aralquila”) se destina a incluir radicais arila opcionalmente substituídos por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento. “Aralquila” se refere a um radical da fórmula -RaRb em que Ra é um radical alquila, conforme definido acima, e Rb é um ou mais radicais arila, conforme definido acima, por exemplo, benzila, difenilmetila e semelhantes. A parte arila do radical aralquila pode ser opcionalmente substituída, conforme descrito acima, por um grupo arila. A parte alquila do radical aralquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquila.
[061]“Aralquenila” se refere a um radical de fórmula -RcRb em que Rc é um radical alquenila, conforme definido acima e Rb é um ou mais radicais arila, conforme definido acima, que podem ser opcionalmente substituídos, conforme descrito acima. A parte arila do radical aralquenila pode ser opcionalmente substituída, conforme descrito acima, por um grupo arila. A parte alquenila do radical aralquenila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquenila.
[062]“Aralquinila” se refere a um radical de fórmula -RdRb em que Rd é um radical alquinila, conforme definido acima e Rb é um ou mais radicais arila, conforme definido acima. A parte arila do radical aralquinila pode ser opcionalmente substituída, conforme descrito acima, por um grupo arila. A parte alquinila do radical aralquinila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquinila.
[063]“Cicloalquila” se refere a um radical de hidrocarboneto monocíclico ou bicíclico não aromático estável, quando não substituído, que consiste apenas em átomos de carbono e hidrogênio, que tem de três a quinze átomos de carbono, de preferência, que tem de três a doze átomos de carbono e que é saturado ou insaturado e fixado ao resto da molécula por uma ligação simples, por exemplo, ciclopropila, ciclobutila, ciclopentila, ciclo-hexila, decalinila e semelhantes. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, o termo “cicloalquila” deve incluir radicais cicloalquila que são opcionalmente substituídos por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento. “Cicloalquilalquila” se refere a um radical de fórmula -RaRd em que Ra é um radical alquila, conforme definido acima, e Rd é um radical cicloalquila, conforme definido acima. A parte cicloalquila do radical cicloalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um radical cicloalquila. A parte alquila do radical cicloalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima por um radical alquila.
[064]"Grupo de retirada de elétrons" se refere a grupos que reduzem a densidade de elétrons da porção química à qual estão ligados (em relação à densidade da porção química sem o substituinte). Tais grupos incluem, por exemplo, −F, −Cl, −Br, −I, −CN, −CF3, −NO2, −C(O)H, −C(O)alquila, −C(O)Oalquila, -C(O)OH, - C(O)Cl e –S(O)2R (em que R é alquila, haloalquila, OH, NH2 e semelhantes).
[065]"Halo" se refere a bromo, cloro, flúor ou iodo.
[066]“Haloalquila” se refere a um radical alquila, conforme definido acima, que é substituído por um ou mais radicais halo, conforme definido acima. Um ou mais carbonos do radical alquila podem ser substituídos por um ou mais radicais halo. Exemplos de haloalquila incluem, trifluorometila, difluorometila, triclorometila, 2,2,2- trifluoroetila, 1-fluorometil-2-fluoroetila, 3-bromo-2-fluoro-propila, 1-bromometil-2- bromoetila e semelhantes. A parte alquila do radical haloalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquila.
[067]“Haloalquenila” se refere a um radical alquenila, conforme definido acima, que é substituído por um ou mais radicais halo, conforme definido acima, por exemplo, 2-bromoetenila, 3-bromoprop-1-enila e semelhantes. A parte alquenila do radical haloalquenila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquila.
[068]“Heteroalquila” se refere a uma cadeia linear ou ramificada estável, ou combinações das mesmas, incluindo pelo menos um átomo de carbono e pelo menos um heteroátomo (por exemplo, selecionado a partir do grupo que consiste em O, N, P, Si e S), e em que os átomos de nitrogênio e enxofre podem ser opcionalmente oxidados, e o heteroátomo de nitrogênio pode ser quaternizado opcionalmente. O heteroátomo (ou heteroátomos) (por exemplo, O, N, P, S, B, As e Si) pode ser colocado em qualquer posição interior do grupo heteroalquila ou na posição na qual o grupo alquila é fixado ao restante da molécula. Exemplos incluem, porém sem limitação: -CH2-CH2-O-CH3-, -CH2-CH2-N-CH3, -CH2-CH2-S-CH3, -CH2-CH2-S(O)2- CH3, -CH=CH-O-CH3, -Si(CH3)3, -CH2-CH=N-OCH3, -CH=CH-N(CH3)-CH3, -O-CH3 e - CN. Até dois ou três heteroátomos podem ser consecutivos, como, por exemplo, – CH2-O-Si(CH3)3. Embora a cadeia de heteroalquila seja não cíclica, ela pode ser substituída adicionalmente por uma porção química cíclica, incluindo, por exemplo, arila (por exemplo, fenila), heterociclila (por exemplo, morfolin-1-ila), heteroarila, cicloalquila e semelhantes.
[069]“Heterociclila” se refere a um radical de anel não aromático estável com 3 a 18 membros incluindo, como átomos de anel, pelo menos um átomo de carbono e de um a cinco heteroátomos selecionados a partir do grupo que consiste em nitrogênio, oxigênio e enxofre. Para efeito desta divulgação, o radical heterociclila pode ser um sistema de anel monocíclico, bicíclico, tricíclico ou tetracíclico que pode incluir sistemas de anel fundidos ou em ponte; e os átomos de nitrogênio, carbono ou enxofre no radical heterociclila podem ser opcionalmente oxidados; e o átomo de nitrogênio pode ser opcionalmente quaternizado; e o radical heterociclila pode ser parcial ou totalmente saturado. Exemplos de tais radicais heterociclila incluem, porém sem limitação, dioxolanila, deca-hidroisoquinolila, imidazolinila, imidazolidinila, isotiazolidinila, isoxazolidinila, morfolinila, octa-hidroindolila, octa-hidroisoindolila, 2- oxopiperazinila, 2-oxopiperidinila, 2-oxopirrolidinila, oxazolidinila, piperidinila, piperazinila, 4-piperidonila, pirrolidinila, pirazolidinila, tiazolidinila, tetra-hidrofurila, tritianila, tetra-hidropiranila, tiomorfolinila, tiamorfolinila, 1-oxo-tiomorfolinila e 1,1-dioxo-tiomorfolinila. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, o termo “heterociclila” deve incluir radicais heterociclila, conforme definido acima, que são opcionalmente substituídos por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento.
[070]“Heterociclilalquila” se refere a um radical de fórmula -RaRe em que Ra é um radical alquila, conforme definido acima e Re é um radical heterociclila, conforme definido acima, e caso a heterociclila seja uma heterociclila que contém nitrogênio, a heterociclila pode ser fixada ao radical alquila no átomo de nitrogênio. A parte alquila do radical heterociclilalquil pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquila. A parte heterociclila do radical heterociclilalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo heterociclila.
[071]“Heteroarila” se refere a um radical de anel aromático com 5 a 18 membros incluindo, como átomos de anel, pelo menos um átomo de carbono e de um a cinco heteroátomos selecionados a partir do grupo que consiste em nitrogênio, oxigênio e enxofre. Para efeito da presente divulgação, o radical heteroarila pode ser um sistema de anel monocíclico, bicíclico, tricíclico ou tetracíclico, que pode incluir sistemas de anel fundido ou em ponte; e os átomos de nitrogênio, carbono ou enxofre no radical heteroarila podem ser opcionalmente oxidados; e o átomo de nitrogênio pode ser quaternizado opcionalmente. Exemplos incluem, porém sem limitação, azepinila, acridinila, benzimidazolila, benztiazolila, benzindolila, benzotiadiazolila, benzonaftofuranila, benzoxazolila, benzodioxolila, benzodioxinila, benzopiranila, benzopiranonila, benzofuranila, benzofuranonila, benzotienila (benzotiofenila), benzotriazolila, benzo[4,6]imidazo[1,2-a]piridinila, carbazolila, cinolinila, dibenzofuranila, furanila, furanonila, isotiazolila, imidazolila, indolila, indazolila, isoindolila, indolinila, isoindolinila, indolizinila, isoxazolila, naftiridinila, oxadiazolila, 2-oxoazepinila, oxazolila, oxiranila, fenazinila, fenotiazinila, fenoxazinila, ftalazinila, pteridinila, purinila, pirrolila, pirrol[2,3-b]piridinila, pirazolila, piridinila, pirazinila, pirimidinila, piridazinila, quinazolinila, quinoxalinila, quinolinila, quinuclidinila, isoquinolinila, tiazolila, tiadiazolila, triazolila, tetrazolila, triazinila e tiofenila. Salvo quando declarado especificamente de outro modo no relatório descritivo, o termo “heteroarila” deve incluir radicais heteroarila, conforme definido acima, que são opcionalmente substituídos por um ou mais substituintes, conforme definido no presente documento. Heteroarila, conforme definido no presente documento, pode ser monovalente ou divalente. Quando a heteroarila é um substituinte de outra porção química, a heteroarila é monovalente, o que significa que a heteroarila está conectada à outra porção química por um único átomo de anel. Um exemplo de uma heteroarila monovalente pode ser encontrado no radical de heteroarilalquila, em que um grupo alquila é substituído por um grupo heteroarila.
[072]“Heteroarilalquila” se refere a um radical de fórmula -RaRf em que Ra é um radical alquila, conforme definido acima e Rf, é um radical heteroarila, conforme definido acima. A parte heteroarila do radical heteroarilalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo heteroarila. A parte alquila do radical heteroarilalquila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquila.
[073]“Heteroarilalquenila” se refere a um radical de fórmula -RcRg em que Rc é um radical alquenila, conforme definido acima, e Rg é um radical heteroarila, conforme definido acima. A parte de heteroarila do radical heteroarilalquenila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo heteroarila. A parte alquenila do radical heteroarilalquenila pode ser opcionalmente substituída, conforme definido acima, por um grupo alquenila.
[074]“N-heteroarila” é um subconjunto de heteroarila e se refere a uma heteroarila que tem pelo menos um átomo de nitrogênio no anel. Diferentemente, a heteroarila é conforme definido no presente documento. Exemplos de N-heteroarilas incluem, sem limitação, benzimidazolila, benzindolila, benzotriazolila, benzo[4,6]imidazo[1,2-a]piridinila, carbazolila, cinolinila, imidazolila, indolila, indazolila, isoindolila, indolinila, isoindolinila, indolizinila, isoxazolila, naftiridinila, oxadiazolila, 2-oxoazepinila, oxazolila, fenazinila, fenotiazinila, fenoxazinila, ftalazinila, pteridinila, purinila, pirrolila, pirazolila, piridinila, pirazinila, pirimidinila, piridazinila, quinazolinila, quinoxalinila, quinolinila, quinuclidinila, isoquinolinila, tiazolila, tiadiazolila, triazolila, tetrazolila e triazinila.
[075]"Substituinte" se refere a um radical (um único átomo não hidrogênio ou um grupo funcional) que é ou pode ser ligado a outra molécula. Portanto, um substituinte é qualquer um dentre os seguintes radicais: alquila, alquenila, amino, halo, haloalquila, haloalquenila, ciano, oxo, tioxo, nitro, arila, aralquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, heterociclila, heterociclilalquila, heteroarila, heteroarilalquila, -OR14, -OC(O)R14, -N(R14)2, -C(O)R14, -C(O)OR14, -C(O)N(R14)2, -N(R14)C(O)OR16, - N(R14)C(O)R16, -N(R14)(S(O)tR16) (em que t é 1 a 2), -S(O)tOR16 (em que t é 1 a 2), -
S(O)tR16 (em que t é 0 a 2), e -S(O)tN(R14)2 (em que t é 1 a 2) em que cada R14 é independentemente hidrogênio, alquila, haloalquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, arila (opcionalmente, substituído por um ou mais grupos halo), aralquila, heterociclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila; e cada R16 é alquila, haloalquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, arila, aralquila, heterociclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila, e em que cada um dentre os substituintes acima é não substituído, salvo quando indicado de outro modo.
[076]"Pró-fármacos" se refere a um composto que pode ser convertido sob condições fisiológicas ou por solvólise em um composto biologicamente ativo das Fórmulas (I) ou (II) ou qualquer uma das respectivas subestruturas. Dito isso, o termo "pró-fármaco" se refere a um precursor metabólico de um composto de Fórmulas (I) ou (II) ou qualquer uma das respectivas subestruturas que seja farmaceuticamente aceitável; o último também é conhecido como um "composto parenteral". Um pró- fármaco pode ser inativo quando administrado a um indivíduo que dele necessite, porém é convertido in vivo em um composto ativo, isto é, o composto parenteral. Os pró-fármacos são tipicamente transformados rapidamente in vivo para produzir o composto original, por exemplo, por hidrólise no sangue.
[077]O termo "pró-fármaco" também se destina a incluir quaisquer carreadores ligados de maneira covalente que liberam o composto ativo da divulgação in vivo quando tal pró-fármaco é administrado a um indivíduo mamífero. Os pró- fármacos de um composto da divulgação podem ser preparados pela modificação de grupos funcionais presentes no composto de Fórmula (I) ou qualquer uma das subestruturas de tal forma que as modificações sejam clivadas, seja na manipulação de rotina ou in vivo, ao composto parenteral. Os pró-fármacos incluem compostos da divulgação em que um grupo hidróxi, amino ou mercapto está ligado a qualquer grupo que, quando a divulgação do pró-fármaco é administrada a um indivíduo mamífero, cliva para restaurar o grupo hidróxi livre, amino livre ou mercapto livre,
respectivamente. Exemplos de pró-fármacos incluem, porém sem limitação, acetato, formato e benzoato e derivados de fosfato de grupos funcionais de álcool ou amina nos compostos de Fórmula (I), (II) ou qualquer uma das subestruturas.
[078]"Mamífero" ou "indivíduo mamífero" inclui humanos e animais domésticos, tais como gatos, cães, suínos, gado, ovelhas, cabras, cavalos, coelhos e semelhantes.
[079]“Opcional” ou “opcionalmente” significa que o evento de circunstâncias subsequentemente descrito pode ou não ocorrer e que a descrição inclui casos em que tal evento ou circunstância ocorre e casos em que não ocorre. Por exemplo, “arila opcionalmente substituída” significa que o radical arila pode ou não ser substituído e que a descrição inclui radicais arila substituídos e radicais arila sem substituição.
[080]"Carreador, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável" inclui, sem limitação, qualquer adjuvante, carreador, excipiente, deslizante, agente edulcorante, diluente, conservante, corante/corante, intensificador de sabor, surfactante, agente umectante, agente dispersante, agente de suspensão, estabilizador, agente isotônico, solvente ou emulsificante que foi aprovado pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos como sendo aceitável para uso em humanos ou animais domésticos.
[081]"Sal de adição de ácido farmaceuticamente aceitável" se refere aos sais que retêm a eficácia biológica e as propriedades das bases livres, que não são biologicamente indesejáveis ou de outro modo indesejáveis, e que são formados com ácidos inorgânicos, tais como, porém sem limitação, ácido clorídrico, bromídrico ácido, ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido fosfórico e semelhantes e ácidos orgânicos, tais como, porém sem limitação, ácido acético, ácido 2,2-dicloroacético, ácido adípico, ácido algínico, ácido ascórbico, ácido aspártico, ácido benzenossulfônico, ácido benzoico, ácido 4-acetamidobenzoico, ácido canfórico, ácido canfor-10-sulfônico, ácido cáprico, ácido caprílico, ácido caprílico, ácido carbônico, ácido cinâmico, ácido cítrico, ácido ciclâmico, ácido dodecilsulfúrico, ácido etano-1,2-dissulfônico, ácido etanossulfônico, ácido 2-hidroxietanossulfônico, ácido fórmico, ácido fumárico, ácido galactárico, ácido gentísico, ácido gluco-heptônico, ácido glucônico, ácido glucurônico, ácido glutâmico, ácido glutárico, ácido 2-oxo-glutárico, ácido glicerofosfórico, ácido glicólico, ácido hipúrico, ácido isobutírico, ácido láctico, ácido lactobiônico, ácido láurico, ácido maleico, ácido málico, ácido malônico, ácido mandélico, ácido metanossulfônico, ácido muco, ácido naftaleno-1,5-dissulfônico, ácido naftaleno-2-sulfônico, ácido 1-hidroxi-2-naftoico, ácido nicotínico, ácido oleico, ácido orótico, ácido oxálico, ácido palmítico, ácido pamoico, ácido propiônico, ácido piroglutâmico, ácido pirúvico, ácido salicílico, ácido 4-aminossalicílico, ácido sebácico, esteárico ácido, ácido succínico, ácido tartárico, ácido tiociânico, ácido p-toluenossulfônico, ácido trifluoroacético, ácido undecilênico e semelhantes.
[082]“O sal de adição de base farmaceuticamente aceitável” se refere aos sais que retêm a eficácia biológica e as propriedades dos ácidos livres, que não são biologicamente indesejáveis ou de outro modo indesejáveis. Esses sais são preparados a partir da adição de uma base inorgânica ou orgânica ao ácido livre. Os sais derivados de bases inorgânicas incluem, porém sem limitação, sais de sódio, potássio, lítio, amônio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, cobre, manganês, alumínio e semelhantes. Os sais inorgânicos preferenciais são os sais de amônio, sódio, potássio, cálcio e magnésio. Sais derivados de bases orgânicas incluem, porém sem limitação, sais de aminas primárias, secundárias e terciárias, aminas substituídas incluindo aminas substituídas de ocorrência natural, aminas cíclicas e resinas de troca iônica básicas, tais como amônia, isopropilamina, trimetilamina, dietilamina, trietilamina, tripropilamina, dietanolamina, etanolamina, deanol, 2-dimetilaminoetanol, 2-dietilaminoetanol, diciclo-hexilamina, lisina, arginina, histidina, cafeína, procaína, hidrabamina, colina, betaína, benetamina, benzatina, etilenodiamina, glucosamina, metilglucromamina, trietanolamina, purinas, piperazina, piperidina, N-etilpiperidina,
resinas de poliamina e semelhantes. Bases orgânicas particularmente preferenciais são isopropilamina, dietilamina, etanolamina, trimetilamina, diciclo-hexilamina, colina e cafeína.
[083]Muitas vezes, as cristalizações produzem um solvato do composto da divulgação. Conforme usado no presente documento, o termo "solvato" se refere a um agregado que compreende uma ou mais moléculas de um composto da divulgação com uma ou mais moléculas de solvente. O solvente pode ser água, nesse caso o solvato pode ser um hidrato. Alternativamente, o solvente pode ser um solvente orgânico. Desse modo, os compostos da presente divulgação podem existir como um hidrato, incluindo um mono-hidrato, di-hidrato, hemi-hidrato, sesqui-hidrato, tri-hidrato, tetra-hidrato e semelhantes, assim como as formas solvatadas correspondentes. O composto da divulgação pode ser solvatos verdadeiros, ao passo que em outros casos, o composto da divulgação pode apenas reter água adventícia ou ser uma mistura de água mais algum solvente adventício.
[084]Uma “composição farmacêutica” se refere a uma formulação de um composto da divulgação e a um meio geralmente aceito na técnica para a entrega do composto biologicamente ativo a mamíferos, por exemplo, seres humanos. Esse meio inclui todos os carreadores, diluentes ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis para os mesmos.
[085]"Quantidade terapeuticamente eficaz" se refere à quantidade de um composto da divulgação que, quando administrado a um mamífero, de preferência, um ser humano, é suficiente para efetuar o tratamento, conforme definido abaixo, de uma doença ou afecção no mamífero, de preferência, um ser humano. A quantidade de um composto da divulgação que constitui uma "quantidade terapeuticamente eficaz" variará dependendo do composto, da afecção e de sua gravidade, e da idade do mamífero a ser tratado, porém pode ser determinada rotineiramente por uma pessoa versada na técnica com relação a seu próprio conhecimento e à presente divulgação.
[086]"Tratar" ou "tratamento", conforme usado no presente documento, cobre o tratamento da doença ou da afecção de interesse em um mamífero, de preferência, um ser humano, com a doença ou distúrbio de interesse e inclui: (i) prevenir que a doença ou afecção ocorra em um mamífero, em particular, quando tal mamífero tiver pré-disposição à afecção, porém ainda não foi diagnosticado com esta; (ii) inibir a doença ou afecção, isto é, interromper seu desenvolvimento ou reverter sua progressão; ou (iii) aliviar a doença ou afecção, isto é, causar a regressão da doença ou afecção.
[087]Os compostos da divulgação ou sais farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos podem conter um ou mais centros assimétricos e podem, assim, originar enantiômeros, diastereômeros e outras formas estereoisoméricas que podem ser definidas, em termos de estereoquímica absoluta, como (R)- ou (S)- ou como (D)- ou (L)- para aminoácidos. A presente divulgação se destina a incluir todos esses isômeros possíveis, assim como suas formas racêmicas e opticamente puras. Os isômeros opticamente ativos (+) e (-), (R)- e (S)- ou (D)- e (L)- podem ser preparados com o uso de síntons quirais ou reagentes quirais ou resolvidos com o uso de técnicas convencionais, tais como HPLC com o uso de uma coluna quiral.
[088]Um "estereoisômero" se refere a um composto produzido a partir dos mesmos átomos ligados pelas mesmas ligações, porém com diferentes estruturas tridimensionais, que não são intercambiáveis. A presente divulgação contempla vários estereoisômeros e misturas dos mesmos e inclui "enantiômeros", que se refere a dois estereoisômeros cujas moléculas são imagens espelhadas não sobreponíveis uma da outra.
[089]Um "tautômero" se refere a um deslocamento de próton de um átomo de uma molécula para outro átomo da mesma molécula. A presente divulgação inclui tautômeros de qualquer um dentre os ditos compostos.
[090]Quando uma ligação é representada por uma linha tracejada (---), entende-se que a localização permite a possibilidade de uma ligação dupla. Por exemplo, a estrutura da porção química de anel "A" do ligante é mostrada como: , em que cada ligação representada por traço pode, porém não necessariamente, indicar a presença de uma ligação dupla. Por exemplo, quando A é –NH=, A está conectado aos dois átomos de carbono adjacentes por uma ligação simples e uma ligação dupla, respectivamente. Por outro lado, caso A seja definido como –O–, A está conectado aos dois átomos de carbono adjacentes por ligações simples, respectivamente. A localização e o número das ligações duplas em uma determinada estrutura de anel "A" devem atender à exigência de valência, como seria reconhecido por uma pessoa versada na técnica.
ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA COMBINADA
[091]De acordo com várias modalidades, um ou mais inibidores de Axl, de preferência, um composto de Fórmula (I) ou qualquer uma das subestruturas representadas pelas Fórmulas (Ia) a (If), é usado como um ingrediente ativo em combinação com um ou mais inibidores de BCL-2, de preferência, um composto de Fórmula (II), ou qualquer uma das subestruturas representadas pelas Fórmulas (IIa) a (IIb). A terapia de combinação é eficaz na prevenção, tratamento ou controle contra um ou mais cânceres no sangue.
[092]Conforme usado no presente documento, o câncer no sangue se refere a qualquer um dentre os três tipos principais de cânceres hematológicos, a saber,
leucemia, linfoma e mieloma. A terapia de combinação é particularmente eficaz contra AML.
[093]Vantajosamente, tais terapias de combinação exercem efeitos maiores do que aditivos, isto é, efeitos sinérgicos, quando comparados a cada terapia administrada individualmente. Por conseguinte, conforme usado no presente documento, "terapia de combinação" se referes à administração de um ou mais inibidores de Axl, (por exemplo, um composto da Fórmula (I)), em combinação com a administração de um ou mais inibidores de BCL-2. Salvo quando indicado de outro modo, "terapia de combinação" pode incluir a administração simultânea ou sequencial do inibidor de Axl e do inibidor de BCL-2, em qualquer ordem, em qualquer forma de dosagem.
[094]As terapias de combinação da invenção são úteis na prevenção, tratamento ou controle contra um ou mais cânceres no sangue, em particular, leucemia. Exemplos de leucemia incluem leucemia aguda, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda, tais como leucemia mieloblástica, promielocítica, mielomonocítica, monocítica, eritroleucemia e síndrome mielodisplásica, leucemia crônica, tal como, porém sem limitação, leucemia mielocítica (granulocítica) crônica, leucemia linfocítica crônica, leucemia de células pilosas.
[095]O efeito antiproliferativo de uma terapia de combinação da invenção pode ser avaliado pela administração dos ingredientes ativos da terapia de combinação a uma linha de células tumorais em cultura. No contexto de um ensaio in vitro, a administração de um ingrediente ativo pode ser realizada simplesmente colocando-se as células em cultura em contato com o ingrediente ativo em quantidades eficazes para inibir a proliferação celular. Alternativamente, o efeito antiproliferativo de uma terapia de combinação da invenção pode ser avaliado pela administração dos ingredientes ativos da terapia de combinação a um animal em um modelo in vivo aprovado para proliferação celular.
[096]As terapias de combinação da invenção podem ser testadas para o tratamento contra leucemia e linfoma testando-se a terapia de combinação no xenoenxerto no modelo de camundongo SCID com o uso de linhagens celulares cancerosas que expressam Axl humano incluindo, porém sem limitação, Molm-13, MV4-11, HeLa, MDA-MB-231, SK-OV-3, OVCAR-8, DU145, H1299, ACHN, A498 e Caki-1. Além disso, a terapia de combinação pode ser testada quanto ao seu uso no tratamento contra leucemia no xenoenxerto em modelo de camundongo SCID ou nu/nu com o uso de linhagens celulares de leucemia AML que expressam Axl humano e CML.
[097]A seleção da dose com eficácia profilática ou terapêutica preferencial de um ingrediente ativo usado nas terapias de combinação da invenção pode ser determinada (por exemplo, por ensaios clínicos) por uma pessoa versada na técnica com base na consideração de vários fatores, incluindo a atividade do composto específico empregue; a estabilidade metabólica e duração da ação do composto; a idade, peso corporal, saúde geral, sexo e dieta do paciente; o modo e o tempo de administração; a taxa de excreção; a combinação de fármacos; e a gravidade do câncer metastático.
[098]A dose precisa do inibidor de Axl ou de um ou mais inibidores de BCL-2 usados nas terapias de combinação da invenção também dependerá da rota de administração e da gravidade da leucemia e deve ser decidida de acordo com o julgamento do médico e de acordo com as circunstâncias de cada paciente. As doses eficazes podem ser extrapoladas de curvas de resposta à dose derivadas de sistemas de teste in vitro ou em modelo animal.
[099]Por exemplo, uma dose diária terapeuticamente eficaz para um inibidor de Axl ou um inibidor de BCL-2 pode ser, para um mamífero de 70 kg, de aproximadamente 0,001 mg/kg (isto é, 0,07 mg) a aproximadamente 300 mg/kg (isto é, 21,0 gm); de preferência, uma dose terapeuticamente eficaz é de aproximadamente
0,01 mg/kg (isto é, 0,7 mg) a aproximadamente 100 mg/kg (isto é, 7,0 gm); com mais preferência, uma dose terapeuticamente eficaz é de aproximadamente 0,1 mg/kg (isto é, 7 mg) a aproximadamente 50 mg/kg (isto é, 3,5 gm); e, com mais preferência, a dose terapeuticamente eficaz é de aproximadamente 0,5 mg/kg (isto é, 35 mg) a aproximadamente 25 mg/kg (isto é, 1,75 gm).
[0100]De preferência, a invenção fornece qualquer método para administrar doses mais baixas de um ou mais inibidores de BCL-2 usados nas terapias de combinação da invenção do que anteriormente conhecido por ser eficaz para a prevenção, tratamento e controle contra cânceres do sangue. Com ainda mais preferência, as doses mais baixas de um ou mais inibidores de BCL-2 são administradas nas terapias de combinação da invenção com doses mais baixas do inibidor de Axl.
[0101]Nas terapias de combinação da invenção, um inibidor de Axl é administrado simultaneamente, antes ou após a administração de um ou mais inibidores de BCL-2, conforme descrito no presente documento, pela mesma via de administração ou por vias diferentes. Tal terapia de combinação inclui a administração de uma formulação de dosagem farmacêutica única que contém um inibidor de Axl e um ou mais agentes quimioterápicos adicionais, assim como a administração do inibidor de Axl e cada inibidor de BCL-2 em sua própria formulação de dosagem farmacêutica separada. Por exemplo, o inibidor de Axl e o outro um ou mais inibidores de BCL-2 podem ser administrados ao paciente juntos em uma única composição de dosagem oral, como um comprimido ou cápsula, ou cada agente pode ser administrado em formulações de dosagem oral separadas. Quando formulações de dosagem separadas são usadas, o inibidor de Axl e um ou mais inibidores de BCL-2 podem ser administrados ao paciente essencialmente ao mesmo tempo, isto é, simultaneamente, ou em momentos alternados separadamente, isto é,
sequencialmente. Todas essas combinações de administração são abrangidas pelas terapias de combinação da invenção.
[0102]Em determinadas modalidades das terapias de combinação da invenção, o inibidor de Axl é administrado a um paciente concomitantemente com um ou mais inibidores de BCL-2 úteis para o tratamento contra câncer. O termo "concomitantemente" ou "simultaneamente" não se limita à administração dos ingredientes ativos (isto é, o inibidor de Axl e um ou mais inibidores de BCL-2) exatamente ao mesmo tempo, porém, de preferência, significa que o inibidor de Axl e o inibidor de BCL-2 (ou inibidores de BCL-2) são administrados a um paciente em uma sequência e dentro de um intervalo de tempo de modo que o inibidor de TAM possa atuar junto com o inibidor de BCL-2 (ou inibidores de BCL-2) para fornecer um benefício sinérgico em comparação a caso fossem administrados de outro modo. Por exemplo, cada ingrediente ativo das terapias de combinação da invenção pode ser administrado ao mesmo tempo ou sequencialmente em qualquer ordem em diferentes instantes no tempo; no entanto, caso não sejam administrados ao mesmo tempo, devem ser administrados suficientemente próximo no tempo para fornecer o efeito terapêutico ou profilático desejado. Por exemplo, o agente quimioterápico pode ser administrado uma vez por semana, e o inibidor de Axl pode ser administrado todos os dias. Em outras palavras, os regimes de dosagem para os ingredientes ativos são realizados simultaneamente, até mesmo caso os ingredientes ativos não sejam administrados simultaneamente ou na mesma consulta do paciente.
[0103]Em determinadas modalidades, os ingredientes ativos da invenção são administrados ciclicamente a um paciente. A terapia cíclica envolve a administração de um primeiro ingrediente ativo, como o inibidor de Axl, por um período de tempo, seguido pela administração do segundo e/ou terceiro ingrediente ativo por um período de tempo e repetição dessa administração sequencial. A terapia cíclica pode reduzir o desenvolvimento de resistência a uma ou mais das terapias, evitar ou reduzir os efeitos colaterais de uma das terapias e/ou melhorar a eficácia do tratamento.
[0104]Em ainda outras modalidades, os ingredientes ativos das terapias de combinação da invenção são administrados em regimes de dosagem metronômica, por infusão contínua ou administração frequente sem períodos de descanso prolongados. Essa administração metronômica pode envolver a dosagem em intervalos constantes sem períodos de descanso. Normalmente, os agentes quimioterapêuticos, em particular, os agentes citotóxicos, são usados em doses mais baixas. Esses regimes de dosagem abrangem a administração diária crônica de doses relativamente baixas durante longos períodos de tempo. Em uma modalidade, o uso de doses mais baixas do agente quimioterápico pode minimizar os efeitos colaterais tóxicos e eliminar os períodos de descanso. Em determinadas modalidades, os ingredientes ativos são administrados por infusão de baixa dose crônica ou contínua em uma faixa de aproximadamente 24 horas a aproximadamente 2 dias, a aproximadamente 1 semana, a aproximadamente 2 semanas, a aproximadamente 3 semanas a aproximadamente 1 mês a aproximadamente 2 meses, a aproximadamente 3 meses, a aproximadamente 4 meses, a aproximadamente 5 meses, a aproximadamente 6 meses. O planejamento de tais regimes de dosagem pode ser otimizado pelo oncologista qualificado.
[0105]Em uma modalidade preferencial, o inibidor de Axl é administrado a cada 24 horas ao paciente, e um ou mais inibidores de BCL-2 são administrados em 24 horas.
[0106]Os versados na técnica também estão familiarizadas com a determinação de métodos de administração (oral, intravenosa, inalação, subcutânea etc.), formas de dosagem, excipientes farmacêuticos adequados e outras questões relevantes para a entrega dos compostos a um indivíduo em necessidade dos mesmos.
[0107]A administração dos compostos da divulgação, ou sais farmaceuticamente aceitáveis do mesmo, na forma pura ou em uma composição farmacêutica apropriada, pode ser realizada por meio de qualquer um dos modos aceitos de administração de agentes para servir a utilidades semelhantes.
As composições farmacêuticas da divulgação podem ser preparadas combinando-se um composto da divulgação com um carreador, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável apropriado e podem ser formuladas em preparações em formas sólidas, semissólidas, líquidas ou gasosas, tais como comprimidos, cápsulas, pós, grânulos, pomadas, soluções, supositórios, injeções, inalantes, géis, microesferas e aerossóis.
As vias típicas de administração de tais composições farmacêuticas incluem, sem limitação, oral, tópica, transdérmica, inalação, parenteral, sublingual, bucal, retal, vaginal e intranasal.
O termo parenteral, conforme usado no presente documento, inclui injeções subcutâneas, intravenosas, intramusculares, injeção intraesternal ou técnicas de infusão.
As composições farmacêuticas da divulgação são formuladas de modo que permitam que os ingredientes ativos nelas contidos estejam biodisponíveis após a administração da composição a um paciente.
As composições que serão administradas a um indivíduo ou paciente assumem a forma de uma ou mais unidades de dosagem, em que, por exemplo, um comprimido pode ser uma unidade de dosagem única e um recipiente de um composto da divulgação na forma de aerossol pode conter uma pluralidade de unidades de dosagem.
Os métodos reais de preparação de tais formas de dosagem são conhecidos ou ficarão evidentes, para os versados na técnica; por exemplo, consultar Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 20ª Edição (Philadelphia College of Pharmacy and Science, 2000). De todo modo, a composição a ser administrada conterá uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto da divulgação, ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, para o tratamento contra uma doença ou afecção de interesse de acordo com os ensinamentos da presente divulgação.
[0108]Uma composição farmacêutica da divulgação pode estar na forma de um sólido ou líquido.
Em um aspecto, o carreador (ou carreadores) são particulados, de modo que as composições estejam, por exemplo, na forma de comprimido, cápsula ou pó.
O carreador (ou carreadores) pode ser líquido, em que as composições são, por exemplo, um óleo oral, líquido injetável ou um aerossol, que é útil, por exemplo, administração por inalação.
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EXEMPLOS
[0109]Os exemplos de terapia de combinação a seguir são fornecidos a título de ilustração, e não de limitação. Nos exemplos de terapia de combinação a seguir, 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-
amina, que é um composto da Fórmula (I) e indicado nos seguintes exemplos e Figuras 1 a 11 como "Composto A" ou "Comp. A", foi testado quanto à sua capacidade para prevenir, tratar ou controlar o câncer metastático, sozinho ou em combinação com um inibidor de proteína da família BCL-2. EXEMPLO 1
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE COMBINAÇÃO EM ENSAIO COM BASE EM CÉLULAS CÉLULAS, CONDIÇÕES DE CULTURA E REAGENTES:
[0110]As linhagens celulares AML Molm-13 e MV4-11 foram obtidas de DSMZ. As células foram mantidas em cultura com o uso de RPMI-1640 que contém 10% de soro inativado pelo calor a 37 °C/5% de CO2. Para todas as experiências, salvo quando indicado de outro modo, foram utilizadas as condições de cultura acima mencionadas. Os inibidores de BCL-2 venetoclax (ABT-199) e navitoclax (ABT-263) foram comprados da Chemietek. O inibidor de Axl 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4- oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina (Composto A) foi sintetizado de acordo com o método divulgado no documento n° WO2015/081257.
ENSAIOS DE RESPOSTA À DOSE DE COMPOSTO E ANÁLISE COMPUSYN:
[0111]As células de AML Molm-13 e MV4-11 foram colocadas em placas com 24 poços a 5 x 104 células/ml e doseadas no dia seguinte com o uso do único ou a combinação de fármacos com veículo (DMSO), apenas controles. Cada tratamento com células foi conduzido em duplicata. As células foram coletadas 48 ou 72 horas após o tratamento com a fármaco, misturadas 1:1 com azul de tripano e contadas manualmente com o uso de um hemocitômetro. Um total de 100 células (pelo menos) foi contado para cada amostra. A % de viabilidade foi calculada e normalizada em relação a controles tratados com veículo. A IC50 individual de cada composto foi determinada em cada linhagem celular, com o uso de doses crescentes. Quatro doses inferiores à IC50 para cada composto para cada linhagem celular foram selecionadas para realizar os estudos de associação. Os valores de IC50 foram calculados com o uso de Prism Versão 5.01. O software CompuSyn Versão 1.0 foi usado para calcular os índices de combinação. RESULTADOS:
[0112]A fim de verificar a sinergia potencial entre os inibidores de BCL-2 e os inibidores de Axl, as linhagens celulares de AML Molm-13 e MV4-11, que são com sensibilidade a aos inibidores de BCL-2 venetoclax e navitoclax, foram escolhidas para os estudos. Demonstrou-se que ambas as linhagens celulares têm baixa IC50 nanomolar para os inibidores de BCL-2 testados. Nas linhagens celulares com sensibilidade a venetoclax, Molm-13 e MV4-11, os valores de IC50 de agente único com venetoclax foram 55,91 nM e 20,53 nM, respectivamente. Esses valores de IC50 foram reduzidos significativamente na presença do Composto A. Os valores de IC50 de ABT-199 foram reduzidos para 9,9 nM em Molm-13 e para 0,99 nM em MV4-11 quando o Composto A estava presente. Os valores de IC50 de ABT-263 foram determinados como sendo 358,4 nM e 93,47 nM para Molm-13 e MV4-11, respectivamente. Semelhantemente à situação de ABT-199, os valores de IC50 para ABT-263 também diminuíram para 116 nM e 36,75 nM em Molm-13 e MV4-11, respectivamente, na presença do Composto A. Esses resultados estão resumidos na Tabela 1. TABELA 1
[0113]Para os estudos de combinação, quatro concentrações foram escolhidas de modo que cada concentração de composto única fosse inferior à IC50 do agente único do mesmo, a fim de estabelecer a sinergia da combinação dos compostos avaliados. Caso o Índice de Combinação (CI) seja inferior a 1, isso indica que os dois compostos em combinação têm um efeito sinérgico. As Figuras 1A e 1B mostram que os índices de combinação foram inferiores a 1 para ambas as linhagens celulares. Os resultados demonstram que as combinações do inibidor de Axl (Composto A) com o inibidor BCL-2 (ABT-199 ou com ABT-263), produziram efeitos sinérgicos nas linhagens celulares AML Molm-13 e MV4-11. A fração afetada (FA) na mesma dose foi muito maior para os grupos de combinação de compostos em comparação aos grupos de composto único. EXEMPLO 2
MARCAÇÃO DE SUPERFÍCIE DE AXL MÉTODOS/MODELO EXPERIMENTAL:
[0114]A fim de investigar qual amostra de paciente com AML expressa níveis elevados de proteína de Axl, foi realizada a marcação de superfície de várias amostras de AML diferentes (com fusões de leucemia de linhagem misturada (MLL) e sem fusões de MLL) com um anticorpo Axl-APC. Populações de células- tronco/progenitoras CD34+ AML e de AML CD34+CD38- enriquecida com células- tronco foram incluídas, pois relatou-se que as últimas têm altos níveis da expressão de Axl em alguns pacientes com AML.
[0115]Conforme demonstram as Figuras 2A e 2B, as amostras de pacientes com AML expressam níveis de Axl na superfície do mais elevados que as células doadoras normais da medula óssea (NBM). A Figura 2A é um resumo da marcação de superfície do Axl com um anticorpo Axl-APC de células CD34+ AML e NBM (parte superior) e detalhes para cada amostra (parte inferior). A Figura 2B é um resumo da marcação de superfície de Axl para populações de AML CD34+CD38- enriquecida com células-tronco e de NBM (parte superior) e detalhes para cada amostra (parte inferior).
[0116]As Figuras 3A e 3B demonstram adicionalmente que as amostras de pacientes com MLL AML expressam altos níveis de Axl na superfície. A Figura 3A é um resumo da marcação de superfície de Axl com um anticorpo Axl-APC de células CD34+ AML e NBM. A Figura 3B é um resumo da marcação de superfície de Axl para populações de AML CD34+CD38- enriquecida com células-tronco e de NBM. RESULTADOS:
[0117]Os resultados indicaram que a proteína Axl é expressa nas células de paciente CD34+ AML em um nível significativamente mais alto em comparação às células CD34+ NBM saudáveis (Figura 2A), com algumas amostras de MLL AML expressando os níveis mais altos de Axl (Figura 2A e Figura 3A). Surpreendentemente, as amostras de pacientes com AML CD34+CD38- enriquecidas com células-tronco expressam níveis de proteína de Axl levemente mais altos e uma quantidade de Axl significativamente maior que seus equivalentes normais (Figura 2B), em que as amostras de MLL AML expressam em elevados níveis médios de proteína Axl (Figura 3B). As amostras de AML n° 2 e n° 14 expressam altos níveis de Axl e foram usadas para o modelo de PDX in vivo. EXEMPLO 3 TERAPIA DE COMBINAÇÃO DO COMPOSTO A E ABT-199 EM UM MODELO DE XENOENXERTO DERIVADO DO PACIENTE (PDX) MÉTODOS/MODELO EXPERIMENTAL:
[0118]A eficácia relativa do Composto A e a combinação do Composto A e ABT-199 no direcionamento de células leucêmicas primitivas e/ou para prevenir o desenvolvimento de leucemia foram investigadas em ensaios in vivo. Primeiramente, células-tronco e progenitoras CD34+ altamente purificadas de dois pacientes com AML diferentes (com alta expressão de Axl e GAS6; coorte 1 = paciente com AML n° 2, coorte 2 = paciente com AML n° 14, conforme determinado no Exemplo 2) foram transduzidas com um GFP/Repórter de lentivírus de luciferase para permitir imagens não invasivas in vivo (IVIS) dos camundongos para monitorar o desenvolvimento de leucemia. Em seguida, um número de células otimizado de 50.000 células por camundongo foi injetado por via intravenosa em camundongos fêmea NRG-3GS imunocomprometidos irradiados (produzindo IL-3 humana, GMC-SF e fator de aço), seguido por injeções de toxina antidifteria intraperitoneal no Dia 1 e 2 após as injeções de células para eliminar as células T residuais que poderiam matar os camundongos. Três semanas depois, IVIS foi realizado para confirmar o início da leucemia em todos os camundongos. Em seguida, o tratamento com veículo (controle), 50 mg/kg de Composto A sozinho uma vez por dia, 50 mg/kg ABT-199 sozinho uma vez por dia ou uma combinação de Composto A (50 mg/kg, uma vez por dia) e ABT-199 50 mg/kg (uma vez por dia) foi iniciado por gavagem oral durante 4 semanas (total de 20 doses) antes de outro ciclo de IVIS ser realizado para avaliar a eficácia dos tratamentos.
[0119]A Figura 4A e 4B mostram a imagem bioluminescente de camundongos representativos antes e após gavagens orais com tratamentos indicados, respectivamente. As áreas escurecidas representam sítios de bioluminescência observada resultante da presença de células leucêmicas de GFP/luciferase.
[0120]A carga de células leucêmicas também foi medida no sangue periférico (PB), medula óssea (BM) e baços em um conjunto de camundongos submetidos à eutanásia (um camundongo de cada grupo de tratamento em ambas as coortes, respectivamente) e imunofenótipos de células enxertadas determinados com CD45 marcado com fluorescência, CD34, CD38, CD33, CD15, CD14, marcadores de superfície CD19. A esplenomegalia foi avaliada pelo tamanho e peso do baço (Figura 5). A Figura 6 mostra a análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS) da enxertadura com células leucêmicas humanas transduzidas (GFP+) e não transduzidas (GFP-) no PB e na BM de camundongos representativos submetidos à eutanásia de cada grupo de tratamento conforme indicado para cada coorte de paciente.
[0121]Todos os camundongos restantes foram monitorados quanto aos sintomas de desenvolvimento da doença (perda de peso, letargia, etc.) e sobrevivência entre os grupos de tratamento comparados. As Figuras 7A e 7B mostram curvas de sobrevivência de camundongos leucêmicos para grupos de tratamento indicados para ambas as coortes de pacientes. A sobrevivência média para cada grupo de tratamento é indicada em dias entre parênteses. Os valores P foram calculados com o teste de Log-rank (Mantel-Cox) e diferenças significativas entre grupos são indicados. RESULTADOS:
[0122]A combinação do Composto A com ABT-199 foi altamente eficaz não apenas em retardar como também em eliminar o desenvolvimento da leucemia em instantes do tempo iniciais, ao passo que os agentes únicos e, especialmente, os controles de veículos exibiram progressão da leucemia. Consultar, por exemplo, o modelo de PDX da AML pré-tratamento (Figura 4A) e pós-tratamento (Figura 4B).
[0123]Além disso, a abordagem de combinação para ter Axl e BCL-2 como alvos simultâneos foi capaz de prevenir a esplenomegalia. A Figura 5 mostra os tamanhos e pesos de camundongos saudáveis não leucêmicos (sem células), controle de veículo (sem tratamento), monoterapia apenas com o Composto A, apenas com ABT-199 e a terapia de combinação com Composto A e ABT-199. Conforme mostrado, os baços estavam significativamente aumentados nos grupos de controle de veículo e monoterapia quando comparados aos dos camundongos saudáveis não leucêmicos; ao passo que os camundongos submetidos à terapia de combinação não mostraram nenhum sinal de aumento do baço.
[0124]As Figuras 6A a 6D demonstram, também, a redução da enxertadura com células leucêmicas humanas no PB (Figura 6A e Figura 6B) e na BM (Figura 6C e Figura 6D) e a infiltração de células leucêmicas no baço. Como resultado, a vantagem de sobrevivência significativa foi mostrada no grupo de terapia de combinação em comparação aos camundongos tratados com agentes únicos ou veículo em ambas as coortes de pacientes (Figura 7A e Figura 7B, P < 0,025). As análises detalhadas da BM de camundongos leucêmicos representativos revelaram que a inibição simultânea de Axl e BCL-2 foi muito eficaz na eliminação de células- tronco enxertadas, células progenitoras e células blásticas diferenciadas, assim como células mieloides e blastos mieloides. Em conclusão, o tratamento combinado com o Composto A e ABT-199 diminui a carga de leucemia e aumenta a sobrevivência de camundongos leucêmicos significativamente em um modelo de xenoenxerto derivado de paciente (PDX) com células de paciente com AML primária. EXEMPLO 4 TERAPIA COMBINADA DO COMPOSTO A E ABT-199 NO MODELO DE XENOENXERTO DE LINHAGEM CELULAR MV4-11 MÉTODOS/MODELO EXPERIMENTAL:
[0125]A fim de investigar a segurança e a eficácia da monoterapia com Composto A e terapia de combinação com ABT-199 para a eliminação de células leucêmicas humanas em animais, foi realizado um estudo de xenoenxerto com base na linhagem celular em camundongos. Em primeiro lugar, as células MV4-11 foram transduzidas com um vetor de lentivírus GFP/Luciferase para permitir a classificação/análise de células leucêmicas humanas em camundongos, e o sistema de imagem não invasivo in vivo (IVIS) dos camundongos para rastrear o desenvolvimento de leucemia e os sítios de formação de leucemia. Em seguida, 2,5 milhões de células MV4-11 positivas para GFP por camundongo foram injetadas por via intravenosa em camundongos NRG machos irradiados. Duas semanas após a injeção, a imagem IVIS foi realizada para confirmar a formação de leucemia e níveis consistentes de carga de leucemia em cada camundongo. Após isso, os camundongos receberam 3 semanas (total de 15 doses) de tratamento oral com veículo (controle), 50 mg/kg do Composto A sozinho uma vez por dia, 50 mg/kg de
ABT-199 sozinho uma vez por dia ou uma combinação de Composto A (50 mg/kg, uma vez por dia)e ABT-199 (50 mg/kg, uma vez por dia).
[0126]Após o período de tratamento, outro ciclo de imagens IVIS foi realizado para avaliar a eficácia dos tratamentos. A Figura 8A e a Figura 8B mostram a imagem bioluminescente de camundongos representativos antes do tratamento e após gavagens orais com tratamentos indicados, respectivamente. As áreas escurecidas representam sítios de bioluminescência observada resultante da presença de células leucêmicas de GFP/luciferase. Para comparação, camundongos saudáveis sem células leucêmicas transduzidas (“sem células”) também são mostrados.
[0127]Em seguida, um grupo representativo de camundongos foi sacrificado para comparar o enxerto de células leucêmicas no sangue periférico (PB), na medula óssea (BM), nos baços e nos fígados de cada grupo de tratamento. A infiltração de células leucêmicas em órgãos hematopoiéticos como baço e fígado foi avaliada por pesos e análise histopatológica. As Figuras 9A e 9B mostram tamanhos e pesos do baço, e marcação com Hemotoxilina e Eosina de camundongos representativos de cada grupo de tratamento conforme indicado, respectivamente. A Figura 10 mostra a análise de FACS do enxerto de células leucêmicas na BM, no PB, no baço e no fígado de camundongos representativos de cada grupo de tratamento, conforme indicado.
[0128]Os ratos restantes foram monitorados quanto à sobrevivência entre os grupos de tratamento. A Figura 11 mostra curvas de sobrevivência de camundongos leucêmicos para grupos de tratamento indicados. A sobrevivência média para cada grupo de tratamento é indicada em dias entre parênteses. Os valores P foram calculados com o teste de Log-rank (Mantel-Cox) e diferenças significativas entre grupos são indicados. RESULTADOS:
[0129]Após três semanas de gavagem oral, o camundongo tratado com Composto A teve sinais bioluminescentes de intensidade consideravelmente mais baixos em comparação ao veículo e camundongos tratados com ABT-199 e o sinal do camundongo tratado com combinação estava ainda mais abaixo do limite de detecção (Figura 8B). Essa observação foi corroborada, também, por nenhum sinal de aumento do baço em camundongos tratados com o Composto A ou em combinação com ABT- 199 em comparação ao controle de veículo e camundongos tratados com ABT-199 (Figura 9A). A análise histológica confirmou, também, que o tratamento contra combinação preveniu a infiltração de células leucêmicas no baço (Figura 9B). A análise de classificação celular ativada por fluorescência (FACS) mostrou que a terapia de combinação reduziu o enxerto de células leucêmicas humanas no PB, na BM, no baço e no fígado (Figura 10), o que resulta em uma sobrevivência prolongada significativa em comparação aos camundongos tratados com agentes únicos ou veículo (Figura 11, P <0,007). Em resumo, o tratamento com o Composto A sozinho pode reduzir a atividade de propagação da leucemia in vivo nesse modelo animal MV4-11 e esse efeito inibitório foi consideravelmente aumentado após o tratamento combinado com ABT-199.
[0130]Todas as patentes dos EUA, publicações de pedidos de patentes dos EUA, pedidos de patentes dos EUA, patentes estrangeiras, pedidos de patentes estrangeiras e publicações não relacionadas a patentes citadas no presente relatório descritivo e/ou listadas na Folha de Dados do Pedido são incorporados no presente documento a título de referência, em sua totalidade.
[0131]A partir do supracitado, será observado que, embora as modalidades específicas da divulgação tenham sido descritas no presente documento a título de ilustração, várias modificações podem ser feitas sem haver desvio do espírito e do escopo da divulgação. Consequentemente, a divulgação se limita apenas às reivindicações anexas.

Claims (11)

REIVINDICAÇÕES
1.Combinação de um inibidor de Axl e um inibidor de proteína da família BCL- 2 para uso concomitante em terapia para câncer no sangue CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é um composto da Fórmula (I): Fórmula (I) em que, A, A1 e A2 são iguais ou diferentes e independentemente -N=, –CR5= ou –O-; R1 é alquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, haloalquila, arila, aralquila, heterociclila, heterociclilalquila, heteroarila ou heteroarilalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; R2 é heterociclila, heterociclilalquila, cicloalquila, alquila, aralquila, cicloalquilalquila, heteroarila, heteroarilalquila ou arila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; cada R3 e R4 são iguais ou diferentes e selecionados independentemente a partir de hidrogênio, alquila, aralquila, alquenila, aralquenila, alquinila, aralquinila, cicloalquila, cicloalquilalquila, halo ou haloalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; R5, em cada ocorrência, é hidrogênio, alquila, aralquila, cicloalquila, cicloalquilalquila, halo ou haloalquila, dentre as quais cada uma pode ser opcionalmente substituída; ou um estereoisômero, enantiômero ou tautômero do mesmo, um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo ou uma composição farmacêutica do mesmo; e o inibidor de proteína da família BCL-2 é um composto de Fórmula (II):
Fórmula (II) em que n é 0 ou 1; R6 é heterociclilalquila opcionalmente substituída, cicloalquilalquila opcionalmente substituída ou heteroalquila opcionalmente substituída; R7 é heterociclilalquila opcionalmente substituída; R8 é heteroarila opcionalmente substituída ou arila opcionalmente substituída; Y1 é um grupo de retirada de elétrons, um estereoisômero, enantiômero ou tautômero do mesmo, um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo ou uma composição farmacêutica do mesmo.
2.Combinação, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é um composto de: Fórmula (Ia); Fórmula (Ib); Fórmula (Ic); Fórmula (Id); Fórmula (If). Fórmula (Ie); ou
3.Combinação, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4-oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-
il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina.
4.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de proteína da família BCL-2 é um composto de Fórmula (IIa) ou (IIb): Fórmula (IIa) Fórmula (IIb) em que X1 é H, F, Cl, Br ou I; X2 e X3 são independentemente hidrogênio ou alquila; e X4 é −O-, -C(R9)2- ou −CH2CH2-; Y1 é −CN, −NO2, −SO2C(X5)3, −CF3, F, Cl ou Br; em que cada X5 é, em cada ocorrência, independentemente, H, F ou Cl. R9 é hidrogênio ou alquila.
5.Combinação, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de que Y1 é −NO2 ou −SO2CF3.
6.Combinação, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de proteína da família BCL-2 é:
Venetoclax; ou Navitoclax.
7.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4- oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)-1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; e o inibidor de proteína da família BCL-2 é venetoclax.
8.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é 3-(5-(ciclopropilmetil)-1,3,4- oxadiazol-2-il)-5-(1-(piperidin-4-il)- 1H-pirazol-4-il)piridin-2-amina; e o inibidor de proteína da família BCL-2 é Navitoclax.
9.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o câncer no sangue é leucemia mieloide aguda (AML).
10.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de Axl é administrado em uma dose mais baixa do que uma monoterapia que usa o mesmo inibidor de Axl.
11.Combinação, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o inibidor de proteína da família BCL-2 é admi- nistrado em uma dose mais baixa do que uma monoterapia que usa o mesmo inibidor de proteína da família BCL-2.
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