BR112020001939B1

BR112020001939B1 - Inserto de torneamento

Info

Publication number: BR112020001939B1
Application number: BR112020001939-9A
Authority: BR
Inventors: Meir Bar Hen
Original assignee: Iscar Ltd
Priority date: 2017-08-02
Filing date: 2018-07-04
Publication date: 2023-02-07
Also published as: RU2019142294A3; CA3070667A1; US20190039146A1; KR20200037290A; RU2762444C2; JP2020529326A; WO2019026058A1; JP7155175B2; PT3661681T; EP3661681B1; US10710167B2; RU2019142294A; ES2896549T3; CN110944778B; BR112020001939A2; CN110944778A; WO2019026058A9; IL271253A; PL3661681T3; KR102493702B1

Abstract

Um inserto de torneamento (10) para usinagem de peças fabricadas de Inconel e Titânio. O inserto (10) inclui um arranjo de formação de cavacos incluindo apenas uma única ranhura em formato de V. A ranhura inclui profundidade e posição específicas para melhorar a usinagem de ambas as peças fabricadas de Inconel e Titânio.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] O objeto do presente pedido está relacionado a um inserto para atividades de usinagem, em particular um inserto de torneamento negativo compreendendo um arranjo de formação de cavacos para acabamento em profundidade de operações de usinagem. Mais especificamente, o arranjo de formação de cavacos é otimizado para usinar materiais difíceis de usinar com altas propriedades de transferência de calor.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Este pedido em particular se relaciona a insertos negativos, i.e. insertos que possuem uma superfície periférica que se estende perpendicularmente à(s) superfície(s) de inclinação à qual também está(ão) conectada(s). Será entendido que todo o foco deste pedido é a formação de cavacos, e, como conhecido na técnica, insertos negativos e insertos não negativos formam cavacos diferentes mesmo se montados em uma ferramenta para apresentar o mesmo ângulo para uma peça fabricada. insertos negativos são bem conhecidos na técnica e são caracterizados com a letra “N” nos padrões ISO.

[003] Mais especificamente, os arranjos de formação de cavacos são para usinagem de acabamento em profundidade (doravante simplesmente “acabamento”), o qual para os propósitos do presente pedido, são considerados como possuindo uma profundidade de corte de até 2,5mm. Em profundidades maiores, não se espera que os mesmos arranjos de formação de cavacos forneçam o mesmo desempenho benéfico, mesmo se aumentados proporcionalmente.

[004] O arranjo de formação de cavacos, matéria do presente pedido, foi comparativamente testado em relação a vários outros projetos, alguns dos quais foram baseados em arranjos de formação de cavacos do estado da técnica, que serão discutidos em detalhes doravante.

[005] É um objetivo da presente invenção fornecer um arranjo de formação de cavacos novo e melhorado.

RESUMO DA INVENÇÃO

[006] O arranjo de formação de cavacos de acordo com a matéria do presente pedido foi desenvolvido para um propósito incomum de otimizar o desempenho da usinagem de peças fabricadas de Inconel e Titânio. Notavelmente, apesar de ambos Inconel e Titânio possuírem propriedades de transferência de altas temperaturas similares, possuem, no entanto, propriedades notavelmente diferentes quando usinadas. Para elaborar, dos vários projetos testados, o projeto reivindicado teve desempenho pior do que outros projetos na usinagem de Inconel e pior do que alguns dos projetos na usinagem de titânio, mas melhor na média do que todos os projetos (levando em consideração os fatores de formação de cavacos, vida útil da ferramenta à profundidade de corte comparativamente baixa, vida útil da ferramenta com profundidade de corte comparativamente alta) na usinagem de ambos os materiais.

[007] De acordo com um primeiro aspecto do objeto do presente pedido, é fornecido um inserto de torneamento por compreender um arranjo de formação de cavacos que inclui apenas uma única ranhura em forma de V. Sendo a ranhura configurada para usinagem de acabamento em profundidade de peças fabricadas com ambos Inconel e Titânio.

[008] Mais precisamente, o inserto compreende: primeira e segunda superfícies opostas; uma superfície periférica de extensão periférica que se estende perifericamente conectando-se e estendendo-se perpendicularmente até a primeira e segunda superfícies; uma aresta periférica formada em uma interseção da superfície periférica com a primeira superfície, possuindo a aresta periférica ao menos um canto compreendendo um raio do canto; uma aresta de corte formada ao longo de ao menos uma porção da aresta periférica que se estende ao longo do raio de canto assim como da primeira e segunda porções da aresta que conectam-se e estendem-se de diferentes lados do canto; um plano bissetor perpendicular à primeira e segunda superfícies que bissecta o raio de canto; um ponto bissetor definido em uma interseção entre a aresta de corte e o plano bissetor; um plano horizontal perpendicular à superfície periférica e que intersecta o ponto bissetor; uma direção descendente direcionada perpendicularmente ao plano horizontal em direção à segunda superfície; uma direção ascendente oposta à direção descendente; uma direção interna direcionada para dentro do inserto a partir de uma interseção do plano bissetor e da superfície periférica; e um arranjo de formação de cavacos formado na primeira superfície, adjacente à aresta de corte, e consistindo em uma única ranhura contínua em forma de V que se estende em ambos os lados do raio do canto, em uma vista superior; a ranhura compreendendo: uma porção de ranhura curvada adjacente ao raio do canto, e duas porções de extensão retas conectadas a ambos os lados da porção curvada da ranhura; uma superfície decrescente que se estende diretamente da aresta de corte até o ponto mais baixo da ranhura em uma direção descendente-interna; e uma superfície crescente que se estende a partir em uma direção ascendente-interna do ponto mais baixo até um ponto mais alto; em que ao longo do plano bissetor: o ponto mais baixo é uma primeira distância horizontal D1 partindo do ponto bissetor, cumprindo a condição 0,50mm < D1 < 1,20mm; o ponto mais baixo é uma primeira distância vertical H1 descendente a partir do plano horizontal, cumprindo a condição 0,15mm < H1 < 0,30mm; e o ponto mais alto é a segunda distância horizontal D2 do ponto bissetor cumprindo a condição 1,10mm < D2 < 1,70mm.

[009] Como será mostrado abaixo com referência a outros projetos testados, até mesmo arranjos de formação de cavacos com aparência similar se comportaram de forma surpreendentemente diferente quando a localização específica dos elementos acima foi mudada mesmo que em pequenas quantias.

[0010] Preferencialmente, a primeira distância horizontal D1 cumpre a condição 0,70mm < D1 < 1,10mm. Os valores mais preferíveis são os com maior proximidade de D1 = 0,85mm.

[0011] Preferencialmente, a distância vertical H1 cumpre a condição 0,20mm < H1 < 0,30mm. Outros valores preferíveis são os com maior proximidade de H1 = 0,25mm.

[0012] Preferencialmente, a segunda distância horizontal D2 cumpre a condição 1,20mm < D2 < 1,60mm. Outros valores preferíveis tem grande proximidade com D2 = 1,40mm. Para propósitos do relatório descritivo e reinvindicações, a segunda distância horizontal D2 pode incluir porções curvadas e retas de uma única superfície crescente, a qual participa na formação de cavacos durante a usinagem utilizando condições de acabamento. As superfícies decrescentes e crescentes do presente projeto são configuradas para serem as únicas superfícies a participar na formação de cavacos quando usinando a condições de acabamento. Isso será elaborado abaixo em relação a diferentes elementos exemplares (fase, comprimento da aresta de corte se estendendo horizontalmente, superfície em relevo transicional para superfície do ponto de contato).

[0013] Preferencialmente, a segunda distância horizontal D2 é a maior distância se comparada com distâncias comparativas percorridas ao longo de planos que não sejam o plano bissetor. Preferencialmente, a ranhura em forma de V é mais larga ao longo do plano bissetor (i.e. possuindo a maior distância horizontal D2), e se torna progressivamente mais estreita ao longo de ao menos uma porção das porções de extensão retas da ranhura, em uma direção afastada da porção curvada da ranhura.

[0014] Preferencialmente, o arranjo de formação de cavacos é simétrico em relação ao plano bissetor.

[0015] Preferencialmente, a superfície crescente, ao longo do plano bissetor, se estende de maneira suave e côncava.

[0016] Preferencialmente, a maioria da superfície decrescente, ao longo do plano bissetor, se estende de maneira reta.

[0017] Preferencialmente, o ponto mais alto é localizado ascendente ao plano horizontal.

[0018] Preferencialmente, o ponto mais alto é a segunda distância vertical H2 do ponto mais baixo, cumprindo a condição de que H2 é igual a H1 ± 0,05mm (H2 = H1 ± 0,05mm).

[0019] Preferencialmente, o ponto mais alto está a 0,1mm do plano horizontal.

[0020] Preferencialmente, o ponto mais alto está acima do plano horizontal.

[0021] Preferencialmente, a aresta de corte tem um raio circular. Especificamente, é preferível um formato aprimorado do tipo E. Em outras palavras, a aresta de corte pode ser preferencialmente aprimorada para ter um raio circular.

[0022] Preferencialmente a distância vertical H1 pode ser a maior distância comparada a distâncias comparativas percorridas ao longo de planos que não sejam o plano bissetor. Preferencialmente, a ranhura em forma de V pode ser mais profunda (i.e. possuindo a maior primeira distância vertical H1) ao longo do plano bissetor, e torna-se progressivamente mais rasa ao longo de ao menos uma porção das porções de extensão retas da ranhura, em uma direção afastada da porção curvada da ranhura.

[0023] Preferencialmente, a ranhura em forma de V é mais larga ao longo do plano bissetor (P1), e se torna progressivamente mais estreita ao longo de ao menos uma porção das porções de extensão retas da ranhura, em uma direção afastada da porção curvada da ranhura.

[0024] Preferencialmente, a aresta de corte adjacente ao arranjo de formação de cavacos se estende paralelamente ao plano horizontal. Será entendido que essa característica, assim como as outras características abaixo, se relaciona apenas com a área de trabalho que um inserto de acabamento em profundidade utiliza. Por consequência, mais precisamente, pode-se afirmar que a aresta de corte adjacente ao arranjo de formação de cavacos se estende paralelamente ao plano horizontal em uma distância de 2,5mm do ponto bissetor. Para elaborar, além dessa distância, não há relevância para o arranjo de formação de cavacos.

[0025] Preferencialmente, o inserto tem um ou mais arranjos de formação de cavacos adicionais possuindo as mesmas características, mas formados em diferentes locais, e.g. a segunda superfície. Por exemplo, em cada canto da primeira e segunda superfícies um arranjo de formação de cavacos possuindo as mesmas características do arranjo de formação de cavacos definido acima pode ser formado.

[0026] Será entendido que a afirmação “uma superfície decrescente que se estende diretamente a partir da aresta de corte” deve ser compreendida como significando que a superfície decrescente, ou afirmado de forma diferente o arranjo de formação de cavacos, é desprovida de fases. Para propósitos de relatório descritivo e reinvindicações, uma fase só é considerada como tal quando possui uma dimensão horizontal de ao menos 0,1mm tendo em vista que não se espera que uma dimensão menor que isso apresente efeitos prejudiciais significativos no arranjo de formação de cavacos.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0027] Para uma melhor compreensão do objeto do presente pedido, e para mostrar como o mesmo pode ser colocado em prática, serão apresentadas agora referências para os desenhos em escala anexos, nos quais: Fig. 1A é uma vista superior de um inserto compreendendo arranjos de formação de cavacos de acordo com o objeto do presente pedido; Fig. 1B é uma vista lateral do inserto da fig. 1A; Fig. 1C é uma vista ampliada de uma porção circundada IC na Fig. 1A; Fig. 1D é uma vista ampliada de uma porção circundada ID na Fig. 1B; Fig. 2A é um corte transversal que segue ao longo da linha BB na Fig. 1B; Fig. 2B é um corte transversal que segue ao longo da linha XX na Fig. 1C; e Figs. 3A-3G são cortes transversais que seguem ao longo das linhas bissetoras de projetos comparativos.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0028] É feita referência para as Figs. 1A e 1B, ilustrando um inserto de torneamento de acabamento 10 para operações de usinagem. O inserto 10 é tipicamente feito de materiais extremamente rígidos e resistentes ao desgaste como por exemplo carboneto cimentado.

[0029] O inserto 10 pode compreender primeira e segunda superfícies opostas 12, 14 e uma superfície periférica de extensão periférica 16 conectada à primeira e segunda superfícies 12, 14. A primeira e segunda superfícies 12, 14 nesse exemplo não limitante são idênticas e por isso somente a superfície 12 será descrita.

[0030] O inserto 10 compreende ao menos um canto 18A, 18B, 18C, 18D.

[0031] O inserto 10 compreende ao menos um arranjo de formação de cavacos 20 associado com um canto 18A e uma primeira superfície 12. A menos que seja afirmado o contrário, a seguinte descrição será apenas direcionada a um arranjo de formação de cavacos (i.e. o arranjo designado com o numeral “20”), entretanto, será entendido que cada canto do inserto 10, em uma ou ambas primeira e segunda superfícies 12, 14 podem possuir um arranjo de formação de cavacos correspondente.

[0032] Em qualquer caso, no presente exemplo o inserto 10 tem um arranjo de formação de cavacos correspondente em cada um dos cantos mencionados e em ambas, primeira e segunda superfície 12, 14 de cada canto i.e. oito desses arranjos. Também será entendido que a primeira superfície 12 (e a segunda superfície 14 no exemplo mostrado) é uma superfície de inclinação, acima da qual cavacos (não mostrados) cortados de uma peça fabricada (não mostrada) fluem.

[0033] Será entendido que a superfície periférica 16 constitui uma superfície em relevo do inserto 10. Como mostrado a superfície periférica 16 se estende perpendicularmente à primeira e segunda superfícies 12, 14. Afirmado de maneira diferente, o inserto 10 é assim chamado de inserto negativo.

[0034] Referente às Figs. 1C e 1D, o canto 18A pode definir um raio de canto C. Mais precisamente, o raio de canto C é uma porção em forma de arco ao longo de um círculo inscrito I de um canto 18A na vista superior da primeira superfície 12.

[0035] Referente às Figs. 1A-1D, uma aresta periférica 21 é formada entre a primeira superfície 12 e a superfície periférica 16. Uma aresta de corte 22 é formada ao longo de ao menos uma porção da aresta periférica 21 e pode compreender primeira e segunda arestas de sub-corte 22A, 22B, e uma terceira aresta de sub-corte 22C se estendendo ao longo do canto 18A e conectada à primeira e segunda arestas de sub-corte 22A e 22B.

[0036] Primeiro e segundo pontos de conexão 24A e 24B (Fig. 4A) da terceira aresta de sub-corte 22C e primeira e segunda arestas de sub-corte 22A e 22B estão localizados onde a curvatura do canto 18A transiciona para a primeira e segunda arestas de sub-corte retas 22A e 22B.

[0037] Na Fig. 1C, é mostrado um plano bissetor P1, o qual se estende ao longo da linha B-B. O plano bissetor P1 é perpendicular em relação a primeira e segunda superfícies 12, 14 e bissecta o raio de canto C (i.e. dividindo teoricamente o canto 18A em partes iguais). O arranjo de formação de cavacos 20 pode preferencialmente ser simétrico em relação ao plano bissetor P1 como mostrado.

[0038] Um ponto bissetor P é teoricamente definido em uma interseção entre a aresta de corte e o plano bissetor P1.

[0039] Uma direção para dentro DI é definida direcionada ao inserto 10 a partir de uma interseção do plano bissetor B com a superfície periférica 16.

[0040] Um plano horizontal H (Fig. 1D) se estende perpendicularmente até a superfície periférica 16 e intersecta o ponto bissetor P. Na mesma figura pode ser entendido que a aresta de corte 22 se estende paralelamente com o plano horizontal H.

[0041] Uma direção descendente DD é definida direcionada perpendicularmente a partir do plano horizontal H em direção à segunda superfície 14. Uma direção ascendente DU é definida em um sentido oposto à direção descendente DD.

[0042] Como melhor visto na Fig. 1C, em um canto 18A, o arranjo de formação de cavacos 20 compreende apenas uma única ranhura em forma de V contínua 28 se estendendo em ambos os lados do raio do canto C. Para elaborar, uma forma de V é mostrada quando visualizada em uma vista superior (Fig. 1C). De maneira similar a aresta de corte 22, a ranhura 28 compreende duas porções de extensão retas 28A, 28B se estendendo ao longo das arestas de sub-corte adjacentes 22A,22B, e a porção de ranhura curvada 28C adjacente à terceira aresta de sub-corte 22C.

[0043] Como visto na Fig. 2A, em um corte transversal, a ranhura 28 compreende uma superfície decrescente 30 que se estende diretamente da aresta de corte 22 e uma superfície crescente 32.

[0044] Referente à Fig. 2A, é mostrado que a superfície decrescente 30 se estende em ambas as direções descendente DD e direção interna DI (também chamada de direção descendente-interna) para um ponto mais baixo 34 da ranhura 28 (i.e. considerado o ponto mais baixo mais próximo do ponto bissetor P), e a superfície crescente 32 se estende a partir do ponto mais baixo 34 em ambas direção ascendente DU e a direção interna DI (também chamada de direção ascendente-interna) para um ponto mais alto 36. O ponto mais alto 36 é a última porção do arranjo de formação de cavacos 20 o qual participa na formação de cavacos mesmo havendo uma porção de transição 38 localizada entre a superfície do ponto de contato 40 e o ponto mais alto 36. Para elaborar a porção 38 não tem função de formação de cavacos e é, portanto, desconsiderada para a descrição do arranjo de formação de cavacos 20.

[0045] Notavelmente a superfície decrescente 30 se estende diretamente na direção descendente-interna e não inicialmente na direção interna DI como exemplificado pelos elementos 38A e 38B nas Figs. 3F e 3G. Diferentemente, o presente arranjo de formação de cavacos 20 é desprovido de fase. Tendo dito isso, os elementos 38A e 38B também não são considerados fases para o propósito do presente pedido pois, mesmo que eles se estendam na direção interna DI, lhes falta tamanho suficiente para significantemente afetar a formação de cavacos, sendo tal tamanho considerado 0,1mm e maior. Em outras palavras, para propósitos do presente pedido, a estrutura adjacente à aresta de corte não pode ser considerada uma “fase” a não ser que tenha no mínimo 0,1mm ou mais. Como mostrado, até se aproximar do ponto mais baixo 34, a superfície decrescente 30 se estende de maneira reta.

[0046] O ponto mais baixo 34 é uma primeira distância horizontal D1 a partir do ponto bissetor P, ao longo do plano bissetor P1. Nessa condição de modalidade preferencial D1 é 0,85mm.

[0047] O ponto mais alto 36 é uma segunda distância horizontal D2 do ponto bissetor P, ao longo do plano bissetor P1. Nessa modalidade preferencial a segunda distância horizontal D2= 1,40mm. Notavelmente, na Fig. 2B, a distância comparativa D2’ é igual a 0,94mm. De maneira similar, também é verdade que em todas as outras seções D2 é maior que a distância comparativa. Portanto será entendido que a segunda distância horizontal D2 é a maior distância comparada às distâncias comparativas (D2’ sendo a distância comparativa exemplificada). Reafirmando, a ranhura com forma de V 28 é mais larga ao longo do plano bissetor P1. Além disso, a ranhura em forma de V 28 pode preferencialmente se tornar progressivamente mais estreita ao longo de ao menos uma porção das porções de extensão retas da ranhura 28A, 28B, em uma direção afastada da porção curvada da ranhura 2C.

[0048] A superfície do ponto de contato 40 é uma terceira distância horizontal D3 do ponto bissetor. Nessa modalidade preferencial D3=1,84mm.

[0049] O ponto mais baixo 34 é uma distância vertical H1 descendente a partir do plano horizontal H. Nessa modalidade preferencial H1 = 0,25mm.

[0050] O ponto mais alto 36 é uma segunda distância vertical H2 do ponto mais baixo 34. Nessa modalidade preferencial H2 = 0,30mm.

[0051] Uma terceira distância vertical H3 é definida ascendente ao plano horizontal para a superfície do ponto de contato 40. Nessa modalidade preferencial H3 = 0,10mm.

[0052] Uma quarta distância vertical H4 é definida ascendente ao plano horizontal para o ponto mais baixo de uma porção de transição 38 (a qual se estende entre o ponto mais alto 36 e a superfície do ponto de contato 40). Nessa modalidade preferencial H4 = 0,05mm. No entanto, será entendido que a porção de transição 38 é opcional.

[0053] Por questão de completude, os valores na Fig. 2B são D1’ = 0,47mm; D2’ = 0,94mm; D3’ = 1,32mm; H1’ = 0,2mm; H3’ = 0,1mm; H4’ = 0,04mm; e H2’= H1’ + H4’ = 0,24mm. Portanto será entendido que a primeira distância vertical H1 (= 0,25mm) é a maior distância comparada a distâncias comparativas (H1’ = 0,20mm sendo a distância comparativa exemplificada).

[0054] O arranjo de formação de cavacos 20 descrito acima foi desenvolvido e obteve o melhor desempenho geral diante de diversos projetos comparativos similares, suas seções bissetoras sendo mostradas nas figuras 3a a 3G. Os valores comparativos são mostrados na tabela abaixo

[0055] Notas explicativas referentes a tabela estão abaixo.

[0056] A segunda distância vertical H2 não é mostrada em todas as figuras, mas é calculada como a soma da primeira e terceira distâncias verticais H1, H3. Notavelmente esse cálculo não é preciso para Figs. 2A e 3C e, portanto, a distância é mostrada e fornecida.

[0057] Nos exemplos mostrados nas Figs. 3A e 3D, o cavaco será formado ao rodar ao longo de ambas as ranhuras relativamente rasas e, portanto, a segunda distância horizontal D2 se estende tanto quanto mostrado. Por contraste, nas figuras 2A e 3C a formação de cavacos já acaba no final da superfície de subida inicial (portanto finalizando a área funcional do arranjo de formação de cavacos), consequentemente, a localização da primeira distância vertical H1 é mostrada. De acordo com as Figs. 2A e 3C a soma da primeira e terceira distâncias verticais H1, H3 não é igual a segunda distância vertical H2.

[0058] Nas Figs. 3A e 3D, dimensões são calculadas a partir da primeira ranhura, apesar de haver uma dificuldade na analogia pois ambas são arranjos de ranhura dupla os quais portanto diferem do conceito reivindicado. Em qualquer caso, eles foram fornecidos para demonstrar que tais projetos foram testados. Em qualquer caso, a altura da segunda ranhura em ambos exemplos é significantemente menor que 0,15mm, o que é o menor valor do intervalo reivindicado.

[0059] Foi conduzida uma comparação dos resultados dos testes, levando em consideração os fatores de formação de cavacos (ou controle), vida útil da ferramenta à profundidade de corte relativamente baixa e alta profundidade de corte, para ambos Inconel e Titânio.

[0060] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3A, em todas as categorias testadas.

[0061] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3B, nas características de vida útil da ferramenta (usinando Inconel à alta profundidade de corte) e controle de cavaco (usinando Titânio).

[0062] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3C, na categoria de vida útil da ferramenta (usinando Inconel à alta profundidade de corte).

[0063] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3D, nas categorias de vida útil da ferramenta (usinando Inconel à alta profundidade de corte) e controle de cavaco (usinando Titânio).

[0064] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3E, nas categorias de vida útil da ferramenta (usinando Inconel e Titânio à alta profundidade de corte) e controle de cavaco (usinando Titânio).

[0065] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto comparativo da Fig. 3F, nas categorias de vida útil da ferramenta (usinando Inconel à alta profundidade de corte) e controle de cavaco (usinando Titânio).

[0066] O presente projeto (Fig. 2A) foi significativamente vantajoso em relação ao projeto da Fig. 3G, nas categorias de vida útil da ferramenta (usinando Inconel à alta profundidade de corte, e usinando Titânio à baixa e alta profundidade de corte) e controle de cavaco (usinando Titânio).

[0067] Em resumo, o presente projeto teve o melhor desempenho de todos os projetos para usinagem de Inconel à alta profundidade de corte, e superou todos os outros projetos com a exceção de um em controle de cavaco de usinagem de Titânio (obtendo o segundo melhor desempenho). Enquanto outros valores são com frequência iguais aos projetos comparativos, ou as vezes inferiores, o resultado geral de todos os critérios mencionados foi o mais alto para o presente projeto.

Claims

1. Inserto de torneamento (10), caracterizado pelo fato de que compreende: primeira e segunda superfícies opostas (12, 14); uma superfície periférica de extensão periférica (16) que se conecta e se estende perpendicularmente à primeira e à segunda superfícies (12, 14); uma aresta periférica (21) formada em uma interseção da superfície periférica e da primeira superfície, a aresta periférica tendo pelo menos um canto (18A, 18B, 18C, 18D) compreendendo um raio de canto (C); uma aresta de corte (22) formada ao longo de pelo menos uma porção da aresta periférica, e se estendendo ao longo do raio do canto, bem como primeira e segunda porções da aresta (22A, 22B) conectadas a e se estendendo a partir de diferentes lados do canto; um plano bissetor (P1) perpendicular à primeira e à segunda superfícies e que bissecta o raio do canto; um ponto bissetor (P) definido em uma interseção da aresta de corte e o plano bissetor; um plano horizontal (H) perpendicular à superfície periférica e interseccionando o ponto bissetor; uma direção descendente (DD) direcionada perpendicularmente a partir do plano horizontal em direção à segunda superfície; uma direção ascendente (DU) oposta à direção descendente; uma direção interna (DI) direcionada para dentro do inserto a partir de uma interseção do plano bissetor e da superfície periférica; e um arranjo de formação de cavacos (20) formado na primeira superfície, adjacente à aresta de corte, e que consiste em uma única ranhura contínua em forma de V (28) que se estende em ambos os lados do raio do canto, em uma vista superior; a ranhura em forma de V (28) compreendendo: uma porção de ranhura curvada (28C) adjacente ao raio do canto, e duas porções de extensão retas (28A, 28B) conectadas a qualquer um dos lados da porção de ranhura curvada; uma superfície decrescente (30) que se estende diretamente da aresta de corte em uma direção descendente-interna até um ponto mais baixo (34) da ranhura em forma de V (28); e uma superfície crescente (32) que se estende do ponto mais baixo (34) em uma direção ascendente-interna até um ponto mais alto (36); em que ao longo do plano bissetor: o ponto mais baixo é uma primeira distância horizontal (D1) a partir do ponto bissetor, cumprindo a condição 0,50 mm < D1 < 1,20 mm; o ponto mais baixo é uma primeira distância vertical (H1) descendente a partir do plano horizontal, cumprindo a condição 0,15 mm < H1 < 0,30 mm; e o ponto mais alto é uma segunda distância horizontal (D2) a partir do ponto bissetor, cumprindo a condição 1,10 mm < D2 < 1,70 mm.

2. Inserto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a primeira distância horizontal (D1) cumpre a condição 0,70 mm < D1 < 1,10 mm.

3. Inserto de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a primeira distância vertical (H1) cumpre a condição 0,20 mm < H1 < 0,30 mm.

4. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a segunda distância horizontal (D2) cumpre a condição 1,20 mm < D2 < 1,60 mm.

5. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o arranjo de formação de cavacos (20) é simétrico em torno do plano bissetor (P1).

6. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a superfície crescente (32), ao longo do plano bissetor (P1), se estende de uma maneira côncava suave.

7. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que uma maior parte da superfície decrescente (30), ao longo do plano bissetor (P1), se estende de uma maneira reta.

8. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o ponto mais alto (36) está localizado ascendente ao plano horizontal (H).

9. Inserto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o ponto mais alto (36) é uma segunda distância vertical (H2) a partir do ponto mais baixo, cumprindo a condição H2 = H1 ± 0,5mm, e preferencialmente, o ponto mais alto (36) está dentro de 0,1 mm do plano horizontal (H).

10. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a segunda distância horizontal (D2) é a maior distância, comparada a distâncias comparativas percorridas ao longo de outros planos que não sejam o plano bissetor (P1).

11. Inserto de acordo com a reinvindicação 10, caracterizado pelo fato de que a ranhura em forma de V (28) é mais larga ao longo do plano bissetor (P1), e torna-se progressivamente mais estreita ao longo de pelo menos uma porção das porções de extensão retas (28A, 28B) da ranhura em forma de V (28), em uma direção afastada da porção de ranhura curvada (28C).

12. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a aresta de corte adjacente ao arranjo de formação de cavacos se estende paralelamente ao plano horizontal (H).

13. Inserto de acordo com qualquer uma das reinvindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que a primeira distância vertical (H1) é a maior distância, comparada a distâncias comparativas percorridas ao longo de outros planos que não sejam o plano bissetor (P1).

14. Inserto de acordo com a reinvindicação 13, caracterizado pelo fato de que a ranhura em forma de V (28) é mais profunda ao longo do plano bissetor (P1), e torna-se progressivamente mais rasa ao longo de pelo menos uma porção das porções de extensão retas (28A, 28B) da ranhura em forma de V (28), em uma direção afastada da porção de ranhura curvada (28C).

15. Inserto de acordo com a reinvindicação 14, caracterizado pelo fato de que a ranhura em forma de V (28) é mais larga ao longo do plano bissetor (P1), e torna-se progressivamente mais estreita ao longo de pelo menos uma porção das porções de extensão retas (28A, 28B) da ranhura em forma de V (28), em uma direção afastada da porção de ranhura curvada (28C).