BR112018076105B1

BR112018076105B1 - Dispositivo luminoso móvel de emergência

Info

Publication number: BR112018076105B1
Application number: BR112018076105-2A
Authority: BR
Inventors: Jorge Torre Sarmiento
Original assignee: Netun Solutions, S.L.
Priority date: 2016-06-16
Filing date: 2017-06-15
Publication date: 2023-02-07
Also published as: US10198917B2; KR20190018695A; ES1160036U; CN109311422B; EP3473495A1; DK3473495T3; KR102375971B1; CN109311422A; EP3473495B1; EP3473495A4; US20170365136A1; IL263716A; ES2910824T3; PL3473495T3; WO2017216409A1; BR112018076105A2; CA3027721A1; PT3473495T; MX2018015477A; JP2019518314A

Abstract

Compreende uma carcaça (1), uma tampa de fecho móvel (2), uma tulipa (3), uma placa eletrônica (5) de controle, e um refletor combinado (4), no qual o refletor combinado (4) tem forma de sino invertido aberta nas suas duas extremidades, no qual a placa eletrónica está solidariamente unida ao refletor combinado (4), e é dotado de uma pluralidade de díodos emissores de luz (LED), orientados para o dito refletor combinado (4), e no qual a carcaça (1) forma interiormente uma cavidade cilíndrica (13), em cujo interior se aloja um interruptor automático, acionado pela aproximação da base da carcaça a um material ferromagnético.

Description

[001] A presente invenção consiste num dispositivo luminoso destinado fundamentalmente à sinalização visual e identificativa de uma situação de perigo ou de um elemento imóvel qualquer, por exemplo, um veículo, ou como meio de localização de emergência, ou sinalização de saídas ou pontos de reunião em condições críticas. O funcionamento do dispositivo da invenção é preferencialmente automático, por meios indutivos magnéticos, sem que seja necessário um interruptor de acionamento manual externo. Igualmente, não é necessário utilizar um cabo de ligação a uma fonte de alimentação externa, utilizando-se preferencialmente um acumulador elétrico, recarregável ou não. Apresenta aliás a novidade do seu tamanho, miniatura, e uma sequência de emissão luminosa de emergência, de triplo flash, que pode ser facilmente identificada por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo; tem também a opção de mudar à vontade da modalidade de flash para uma modalidade de luz fixa, de modo que é útil tanto como dispositivo de flash de emergência, como dispositivo de tocha de luz fixa omnidirecional. Por último, dispõe de um sistema de comunicação, por exemplo, mediante radiofrequência, a uma unidade remota; a unidade remota pode ser um terminal móvel, um computador fixo ou na nuvem, de modo que o dispositivo da invenção possa ser governado por meio de um terminal fixo ou um terminal móvel, por exemplo um Smartphone, um tablet ou similar. Tanto a unidade remota como o terminal de governo estão dotados do software correspondente.

[002] O terminal de governo permite assim enviar a informação necessária para o controlo do dispositivo da invenção, diretamente ou através de uma central de operação, previamente instalado num terminal móvel convencional, para transferir determinados dados ou valores de uso de emergência e instruções automáticas predeterminadas desde um terminal móvel qualquer, através de um repetidor, até uma base de dados remota, ou até um centro gestor de emergências telefónicas, oficial ou privado, tudo isso por meio de uma placa de comunicação adicional; ao mesmo tempo, o software remoto, pré-instalado no terminal móvel associado, permitirá ao utilizador a possibilidade de visualizar umas instruções predeterminadas, ou pôr-se em contato diretamente com os meios de emergência, com um seguro de assistência, ou até com a polícia, etc., além de emitir a posição exata em que se encontra. Tudo isso num dispositivo de tamanho miniatura, capaz de ser transportado no bolso de um casaco, ou no porta-luvas da documentação de um carro convencional, ou de uma motocicleta.

[003] O dispositivo está principalmente concebido como luz de primeira emergência, ou emergência inicial, não dependente de alimentação externa, para todos os usos sociais onde se requeira um sinal plenamente identificativo de perigo, como casos de necessidade em lugares isolados, embora preferencialmente esteja destinado ao setor da automoção privada, e muito especialmente aos utilizadores com problemas de mobilidade, para se poder sinalizar sem a necessidade de sair do veículo, em substituição ou como complemento ao triângulo de pré-sinalização, por ser muito mais seguro e eficaz visualmente que este, sobretudo nas horas noturnas, onde existe maior risco de atropelamento, como demonstram os números oficiais associados a este tipo de situações; mas também serve como luz auxiliar fixa de tipo tocha e mãos livres, que cobre os 180 graus em torno do seu eixo, como apoio em eventuais situações de necessidade, como avarias, acidentes, e quaisquer outras situações que requeiram a utilização de um dispositivo de iluminação fixa de emergência, sem os inconvenientes próprios deste tipo de aparelhos, normalmente lanternas com luz dirigida e pontual, as quais aliás precisam das mãos para a sua fixação e orientação.

[004] As funcionalidades do dispositivo objeto desta invenção, são aplicáveis igualmente aos dispositivos luminosos móveis de emergências relacionados com usos profissionais, como os de polícia ou serviços de transporte em geral, já que além das qualidades técnicas associadas à telecomunicação das funções básicas do equipamento, que permitirão ao utilizador ter o controlo absoluto sobre o correto funcionamento do elemento luminoso de emergência, este dispositivo passará a dotar-lhes de uma fonte de luz auxiliar fixa de emergência de tipo tocha, que transforma o dispositivo de sinalização numa ferramenta muito eficaz de iluminação, ao oferecer uma funcionalidade para além da próprio sinalização de emergência, no mesmo equipamento, podendo ser utilizada para múltiplos usos fornecendo luz em cenários críticos, como acidentes de circulação, cuidado de feridos, controlos de identificação, etc..

Antecedentes da invenção e estado da técnica

[005] É amplamente conhecido no estado da técnica a utilização de artefactos luminosos móveis de emergência, embora todos eles se destinem ao seu uso profissional, quer por parte das diferentes polícias e serviços públicos em geral, quer por parte do mundo do transporte profissional, ou veículos industriais lentos, até para a sinalização de serviços de obras nas vias públicas. Todos eles têm vários aspetos em comum; todos são artefactos destinados a usos profissionais, todos dispõem de uma única fonte luminosa monocromática, todos funcionam com uma sinalização sequencial predefinida, e todos eles se alimentam desde um meio externo por meio de um cabo. Uns possuem uma fonte luminosa fixa, à qual se acrescenta uma divisória refletora rotativa para oferecer o efeito flash, outros funcionam com sequências de flashes provocados pela atividade de uma lâmpada estroboscópica, e outros emitem em impulsos predefinidos, como os atuais equipamentos LED, que redirigem o seu feixe luminoso através de uma fonte colimadora, ou quer por meio de um meio refletor em sino fixo. Embora atualmente exista um dispositivo móvel que permite a utilização de uma pilha ou bateria recarregável, está orientado para um uso exclusivamente profissional, mas mantendo a unidade de critério de uma única fonte luminosa monocromática de flash ou intermitente, bem como uma dependência auxiliar de um cabo; para o seu funcionamento, em quase todos os casos se requer um interruptor manual ou é a própria ficha de ligação que exerce de interruptor, embora atualmente já existam dispositivos que introduzem um interruptor magnético automático interno, indutivo, de tipo mecânico, isto é, requer o movimento de um cilindro que ativa um botão ou similar. Estes dispositivos ativam-se ao apoiar-se fisicamente numa fonte indutiva, como um material de ferro de determinada densidade, momento em que o imã interior, que se mantém em repouso elevado por um elemento elástico, vence a força da citada mola, e prime um interruptor comercial qualquer, normalmente de tipo alavanca, que ativa a carga. Contudo, estes dispositivos precisam sempre de uma superfície indutiva de elevada densidade, algo adaptado para o seu uso profissional, pelo que uma folha muito fina de aço é incapaz de provocar o movimento do interruptor.

[006] Por outro lado, os dispositivos móveis de emergência estão pensados para dotar um veículo policial camuflado de um elemento indispensável para denunciar a sua presença e fazer-se ver pelos restantes condutores, para abrir caminho entre eles, graças à sua cor identificativa. Igualmente, determinadas máquinas, guindastes, ou veículos industriais, utilizam este tipo de dispositivos em circunstâncias especiais, normalmente para alertar os utilizadores sobre a presença de elementos ou obstáculos na via realizando trabalhos técnicos, circulação extremamente lenta, ou como complemento de segurança aos próprios trabalhadores. Finalmente, estes equipamentos destinam-se exclusivamente a usos profissionais, e não estão pensados ou concebidos para sinalizar uma concreta situação de perigo.

[007] Devido ao alto índice de atropelamentos associados às paragens por avaria, algumas legislações no contexto europeu tendem à permissividade da utilização deste equipamentos profissionais de sinalização, na sua modalidade em cor âmbar, aos utilizadores particulares, para a sinalização de um veículo obstáculo na estrada, como é o caso, por exemplo, de Espanha. Contudo, estes sinais, pelas suas próprias características técnicas, construtivas, e de frequência de flash, que não oferece nenhuma distinção entre as diferentes condições de utilização, produzem uma séria confusão entre os condutores, que não são capazes de discriminar uma sinalização industrial de obra ou serviços, de uma situação de perigo, motivo pelo qual os condutores que as visualizam também não tomam especiais precauções ao observá-las, salvo que o sinal seja de outra cor, como o azul, em cujo caso identificam claramente um veículo de emergências policial, e portanto, tomam medidas de segurança. Por outro lado, a dependência de um cabo de alimentação dá lugar a que, na maior parte dos casos, estes sinais sejam completamente inúteis pela falta de alimentação derivada da própria situação de emergência ou acidente. Esta situação deve-se fundamentalmente à inexistência, até à data, de um sinal específico relacionado com a situação de emergência associada a estes casos. O único sinal conhecido é o triângulo de pré-sinalização de emergência, cuja utilização contudo comporta um risco evidente de atropelamento, tal como demonstram os elevados números de sinistralidade, aumentado pelas atuais características das estradas, muito mais rápidas que as do passado, e que fazem com que este sinal não só não tenha eficácia, mas que aumente exponencialmente o risco de atropelamento, sobretudo em condições de pouca luz, onde o tempo de reação se amplia também substancialmente por razões óbvias.

[008] Outro dos inconvenientes dos dispositivos atuais é, por exemplo, o espaço que ocupam num veículo, incompatível com a sua portabilidade no habitáculo, já que se trata de artefactos muito volumosos e pesados, que nunca foram pensados para uma utilização como equipamento de emergência privado ou pessoal. O seu tamanho também não permite agarrá-los ou manuseá-los com uma só mão, e a sua ligação, por meio de cabo, além de comportar um risco no momento da sua ligação, já que a simples ligação pode provocar uma situação perigosa em ambientes com gases inflamáveis em caso por exemplo, de acidente, também não permite o seu fácil transporte, armazenamento e utilização; a sua dependência do cabo é incompatível com uma avaria elétrica, a causa mais comum de paragem em estrada hoje em dia, ou com as circunstâncias de estresse natural associadas a uma paragem de emergência causada por um acidente. Os equipamentos móveis com baterias que hoje em dia estão no mercado, estão pensados para um uso contínuo e de carácter profissional, e portanto, as suas características técnicas de manutenção e o seu tamanho são incompatíveis com um uso pontual, característica essencial que define uma situação de emergência de tipo pessoal; o seu elevado custo de fabrico impede aliás o fácil acesso dos utilizadores a este tipo de equipamentos, e muito menos, de forma generalizada.

[009] Por último, no mercado existem luminárias diversas de todo o tipo que combinam um elemento intermitente, direcional, com uma fonte de luz branca, lanterna, etc., todos eles dotados de vários tipos de refletores, um ou mais interruptores, independentes, e funcionam com pilhas comerciais ou por cabo. Este tipo de equipamentos são incompatíveis com a sinalização de emergência devido ao seu volume, peso, e à sua própria estrutura construtiva de grandes dimensões, que não é cómoda para o seu manuseio, e também não é ágil. As lâmpadas emissoras de luz intermitente fazem-no numa direção concreta e numa sequência de ligação e desligamento que também não é distintiva ou identificativa, o que leva o utilizador a adotar medidas de conhecimento do aparelho e de ambiente, como procurar a posição para a qual deve sinalizar, um lugar apropriado; o seu tamanho implica que se levem no porta-bagagens. A sua potência de emissão também não está pensada para ser visível além de uns poucos metros.

[0010] Os equipamentos que montam refletores, são feitos com conceções de tipo em sino, numa só peça ou em várias alinhadas em torno de um eixo, mas nenhum deles tem a possibilidade, ou foi apreciado até hoje, de utilizar os seus dois lados como elementos reflexivos combinados.

[0011] Nenhum dos equipamentos atualmente existentes no mercado permite aliás ativar de forma automática um software remoto, de qualquer tipo.

[0012] Não se conhecem, finalmente, dispositivos luminosos móveis de flash de emergência para veículos automóveis privados, que sejam autónomos, de reduzidas dimensões, que disponham de mais de uma única fonte luminosa monocromática, que ofereçam um sinal claramente identificativo de perigo, ou que incluam uma tocha de luz fixa, que sejam aliás de ativação automática indutiva muito sensível, mecânica ou indutiva, com possibilidade de acionamento automático e manual sem necessidade de um interruptor externo, e disponham aliás da possibilidade de provocar a ativação remota automática de um software de emergência num terminal móvel, tal como um telemóvel ou um tablet, e que utilizem como fonte emissora de luz um refletor em sino de dupla face de reflexão, a externa e a interna, em função das necessidades de iluminação, direcional ou omnidirecional.

Descrição da invenção

[0013] O dispositivo objeto da presente invenção apresenta importantes novidades sobre os dispositivos atualmente em uso, pois se trata de um elemento de sinalização que cumpre uma função específica de alerta de perigo através da emissão de um sinal concreto luminoso identificável, com umas condições de utilização completamente intuitivas, dotado de diferentes elementos inovadores que determinam o seu reduzido tamanho, o seu manuseio intuitivo e seguro, e a sua capacidade de emissão e concentração ou desconcentração do feixe luminoso, além da sua capacidade de comunicação via sem fios, por meio de uma unidade emissora de radiofrequência, em correspondência com um elemento recetor previamente instalado num terminal móvel, e de um software de telecomunicações específico.

[0014] O dispositivo da invenção é formado por: • um corpo ou carcaça com forma preferencialmente cilíndrica, • um ou mais imãs no dito corpo ou carcaça, com uma predeterminada orientação polar; os ditos imãs atuam tanto como elemento de fixação do aparelho sobre uma base metálica como de elemento de ativação de um circuito elétrico correspondente que põe o dito aparelho em funcionamento. • Uma placa eletrônica que compreende por sua vez: a. Um conjunto de díodos emissores de luz (LED); b. Um circuito de ativação do dispositivo; a dita ativação produz-se por meio de uma distorção ou indução por campo magnético, na placa eletrônica. c. Um circuito de geração da fonte emissora de luz; d. Um circuito de regulação do sinal e frequência de flash; e. Um circuito de comunicações sem fios; e f. Um ou mais interruptores de ativação ou desativação indutiva de tipo “switch” ou “reed switch”, ou de tipo mecânico, podendo combinar-se conforme seja conveniente, dependendo da aplicação final do dispositivo. • uma cavidade que tem a função de alojamento de um acumulador elétrico, estando o dito acumulador elétrico ligado à placa eletrônica mediante um cabo de ligação ou por meio de terminais • e uma tampa móvel, preferencialmente de acoplamento tipo baioneta, com possibilidade de rotação sobre si mesma; a dita tampa é dotada de: a. um disco ou folha extrafina de material de ferro b. uma junta de estanquidade c. um refletor em forma de paraboloide invertido, reflexivo por ambas as faces, e d. de uma tulipa translúcida com guias adequadas para a homogénea dispersão de um feixe luminoso.

[0015] A placa eletrônica está unida solidariamente ao refletor.

[0016] De preferência, o tamanho do dispositivo é tal que a sua base cabe na palma de uma mão, e pode ser abraçada com uma só mão (aprox. 8 a 12 cm de diâmetro, sem carácter limitativo); a secção central da tulipa forma um arco arredondado, e a sua altura é entre uma e duas vezes o diâmetro da carcaça, estando o dispositivo isento de arestas vivas.

Breve descrição dos desenhos

[0017] Para ilustrar a seguinte explicação, anexamos à presente memória descritiva duas folhas de desenhos, nas quais em três figuras se representa a título de exemplo e sem carácter limitativo, a essência da presente invenção, e nas quais:

[0018] A figura 1 Mostra uma vista esquemática em secção transversal do dispositivo, onde se observam todos os elementos que o compõem;

[0019] A figura 2 Mostra uma vista externa em perspetiva do dispositivo da figura 1; e

[0020] A figura 3 Mostra uma vista lateral na qual se apreciam as diferentes posições de operação.

[0021] Nas ditas figuras podem ser encontrados os seguintes sinais de referência: 1Carcaça 2Tampa de fecho móvel 3Tulipa translúcida 4 Refletor combinado (nas faces interior e exterior) 5Placa eletrônica de controlo 6Primeiro conjunto de LEDs disposto à volta do refletor 7Segundo conjunto de LEDs alinhado sob o refletor 8Terceiro conjunto de LEDs no interior da forma em sino 9Botão 10 Módulo de Telecomunicações 11 Terminais de ligação 12 Acumulador elétrico (pilha ou bateria) 13 Cavidade cilíndrica 14 Êmbolo 15 Primeiro imã Permanente 16 Mola Helicoidal 17 Segunda cavidade 18 Segundo imã permanente 19 Saliências 20 Placa de material ferromagnético 21 Saliências de ajuste 22 Junta 23 Superfície ferromagnética exterior 24 Condensadores eletrolíticos 25 Guias 26 “Reed switch” 27 Protuberância 28 Marca correspondente a posição de extração da tampa 29 Marca correspondente a posição de ligação manual 30 Marca correspondente a posição de desligamento manual 31 Nervos radiais

Descrição das formas de realização preferida da invenção

[0022] Tendo em vista as ditas figuras, pode observar-se como o dispositivo luminoso móvel de emergência objeto da presente invenção, é constituído por um conjunto de elementos que incluem uma carcaça 1, sobre a qual se acoplam uma tampa de fecho móvel 2, e uma tulipa translúcida 3; no interior da carcaça alojam-se: • um elemento refletor combinado 4; • uma placa eletrônica 5, normalmente unida de modo solidário ao refletor combinado 4; • uma série de fotodíodos eletroluminiscentes ou LED 6, 7 e 8 dispostos circunferencialmente na placa em torno do seu eixo; os LEDs estão dispostos em posições predefinidas e orientados para sobre pontos concretos do elemento refletor combinado 4, para refratar os feixes de luz dos LEDs em direções concretas, conforme o modo de funcionamento do dispositivo, sendo estes conjuntos de LEDs: a. um primeiro conjunto de LEDs 6 está alinhado à volta do refletor combinado 4 no seu perímetro mais externo de modo que dissipam os feixes de luz resultantes em todas as direções, limitados pela posição da carcaça 1; b. um segundo conjunto de LEDs 7 está alinhado sob o refletor combinado (4) numa posição predeterminada para refletir horizontalmente ao eixo de simetria do dispositivo os feixes de luz resultantes conforme um cálculo predefinido do paraboloide do refletor combinado 4; c. e um terceiro conjunto de LED 8, disposto no interior da forma em sino do refletor combinado 4 de modo que os feixes de luz resultantes se orientem para a zona zenital do dispositivo; • um dispositivo interruptor 9 disposto na placa eletrônica 5, que pode ser acionado mecanicamente ou mediante a ação de um campo magnético; • um módulo de telecomunicações 10; • uns terminais 11 de ligação elétrica adequados para um acumulador elétrico 12, que se aloja no interior da carcaça 1, podendo a dita bateria ser recarregável ou descartável (por exemplo, uma ou um conjunto de pilhas comerciais); • um ou mais condensadores eletrolíticos 24.

[0023] A carcaça 1 forma interiormente uma cavidade 13 normalmente cilíndrica em cujo interior se aloja um êmbolo 14 dotado de um primeiro imã permanente 15 sobre o qual atua uma mola helicoidal 16, que empurra e mantém o êmbolo 14 numa posição de repouso “de elevação”, isto é, separado da base de apoio, premindo um botão 9. Numa posição, normalmente simétrica à cavidade cilíndrica 13 em relação ao eixo do dispositivo, existe uma segunda cavidade 17 que contém um segundo imã permanente 18, de modo que o dito imã permanente se encontra numa posição fixa, normalmente apoiado contra o fundo da carcaça 1. Ambos os imãs permanentes primeiro 15 e segundo 18 podem estar dispostos em posição de paralelismo polar ou não, conforme os requisitos de funcionamento do dispositivo. A deformação do campo magnético produzida pela aproximação ou apoio à base da carcaça 1 de uma superfície de um material ferromagnético 23 determina a atração do primeiro imã permanente 15 à dita base, vencendo a resistência da mola helicoidal 16 determinando a ativação de operação do dispositivo;

[0024] O botão 9 está ligado de forma permanente à placa eletrônica 5, e ao acumulador elétrico 12 que está alojado no interior da carcaça 1 sendo acessível retirando a tampa de fecho móvel 2 que é desmontável.

[0025] Entre a carcaça 1 e a tampa de fecho móvel 2 há um acoplamento de tipo baioneta. A dita tampa é dotada de uma pluralidade de saliências 19 associadas a ambas as guias 25 feitas nas paredes da carcaça 1, por meio das quais se fixa a posição da tampa de fecho móvel 2 sobre a carcaça 1, e permite um movimento de rotação limitado pelo fim de curso das guias 25, que permite adotar diferentes posições: • uma posição de fecho fixa e inativa, • uma posição de ativação na qual a placa de material ferromagnético 20 está situada sob o êmbolo 14 e alinhada com este, e que determina a atração do primeiro imã permanente 15, alinhado polarmente com o segundo imã permanente 18, para a dita placa 20, com a qual se liberta a pressão da mola helicoidal 16 sobre o botão 9 ativando a operação, e • uma posição de desmontagem da tampa

[0026] A tampa de fecho móvel 2 dispõe exteriormente de uma protuberância 27 a modo de guia visual e táctil, que atua em conformidade com respetivas marcas de alinhamento 28, 29 e 30 que emergem do anel visível da carcaça 1, sendo 28 uma marca de extração da tampa, 29 uma marca que indica a posição de ligação manual, e 30 uma marca que indica a posição de desligamento manual.

[0027] O elemento refletor combinado 4 é composto por uma forma em sino invertido oca em ambas as extremidades, onde as suas duas faces vistas, externa e interna, dispõem de um substrato reflexivo apropriado para refletir a luz incidente numa direção predeterminada dada pelo cálculo prévio do paraboloide de ambas as faces, interna e externa. Este elemento está fixo de forma permanente e imóvel sobre a placa 5 com duas ou mais saliências 21 de ajuste. A face interna, ao receber os feixes de luz provenientes dos LEDs 8, determina a direccionalidade da luz para o zénite do dispositivo, e a face externa determina a direccionalidade da luz que os LEDs 6 e 7 emitem nas direções pré- calculadas, de forma que o refletor combinado 4 possa determinar como mínimo entre dois e três formatos de dispersão ou concentração da luz incidente, sem a necessidade de recorrer a elementos móveis adicionais.

[0028] Entre a carcaça 1 e a tampa de fecho móvel 2 previu-se uma junta 22 para garantir a estanquidade do interior do dispositivo face a agentes externos, como água, gases, humidade ou pó.

[0029] A tulipa 3 é canelada interiormente mediante nervos 31 radiais, que facilitam a dispersão dos feixes luminosos provenientes da fonte de emissão de luz e do refletor combinado 4.

[0030] O funcionamento do dispositivo é como segue: ao acoplar manualmente o dispositivo por meio da sua carcaça 1 a uma superfície ferromagnética 23, o primeiro imã permanente 15, atraído pela massa ferromagnética, provocará a compressão da mola helicoidal 16 e o movimento do êmbolo 14 através da cavidade cilíndrica 13, libertando a pressão sobre o botão 9, que fechará o circuito que produzirá a alimentação da placa eletrônica 5 através da corrente fornecida pelo acumulador elétrico 12, o qual provocará o disparo da linha de LED 7 que emitirá feixes de luz de flash predefinidos contra um arco predeterminado do paraboloide na face externa do refletor combinado 4 concentrando la luz num disco de luz em torno do eixo de simetria do dispositivo nos trezentos e sessenta graus. Ao mesmo tempo o módulo de telecomunicação 10 ativa-se permitindo a sua ligação com um terminal móvel previamente associado por meio de um software específico, e a transmissão das ordens ou fatores pré-gravados. Igualmente, a energia liberta pelo acumulador elétrico 12 alimentará uma série de condensadores eletrolíticos 24 situados sob a placa eletrônica 5, para determinar a mudança de estado de iluminação do dispositivo. Se o dispositivo é levantado e novamente apoiado sobre a superfície ferromagnética 23 num intervalo de tempo curto, produzir-se-á o desligamento automático dos LEDs 7 e do módulo de telecomunicações 10, e a ligação da série de LEDs 6 e 8, ou só uns ou outros, passando o dispositivo para modo de luz fixa, por exemplo em cor branca, e cujos feixes luminosos incidentes sobre as faces externa e interna do refletor combinado 4 determinarão uma fonte de luz homogénea em redor de todo o dispositivo e em todas as direções possíveis, só limitada em arco pela posição da carcaça 1.

[0031] Perante a falta eventualmente de uma superfície ferromagnética 23, e como modo de acionamento manual, previu-se que a tampa de fecho móvel 2 pudesse rodar um certo ângulo determinado pelo fim de curso das guias 25 em conformidade com as saliências 19, de modo que a placa de material ferromagnético 20 fixa no seu interior se possa situar, à vontade do utilizador do dispositivo, sob a posição que ocupa o êmbolo 14, e assim provocar o acionamento do dispositivo da mesma forma que se estivesse sobre uma superfície ferromagnética 23 qualquer, sem que a dita superfície seja necessária. Assim, um movimento de rotação da tampa de fecho móvel 2 em relação à carcaça 1 em mais de um ciclo, é capaz de provocar as mesmas mudanças que as previstas na funcionalidade inicialmente indicada, podendo o dispositivo, finalmente, funcionar de ambas as formas, sem a necessidade de um dispositivo de pressão externo. O funcionamento neste modo manual, vem determinado pela posição polar em paralelo dos imãs permanentes primeiro 15 e segundo 18.

[0032] De acordo com outra forma de realização, o dispositivo não tem botão 9, e o êmbolo 14 e a mola helicoidal 16 são substituídos por um elemento “reed switch” 26 disposto na superfície da placa eletrônica 5 e orientado simetricamente entre os imãs permanentes primeiro 15 e segundo 18, cuja posição é fixa em relação à carcaça 1. A orientação polar entre si dos ditos imãs permanentes nesta realização é igualmente em paralelo, de modo que se gera um campo magnético estável unipolar em redor do “reed switch” 26 que o mantém em posição de aberto. Perante a proximidade de uma superfície ferromagnética qualquer 23, o dito “reed swhitch” 26 fecha-se devido à reorientação polar dos imãs em relação à superfície ferromagnética 23, dando lugar à alimentação da face do dispositivo, que atuará da mesma forma descrita nos casos anteriores.

[0033] Assim, o dispositivo apresenta duas funções luminosas diferenciadas em função do modo de ativação, quer modo flash direcional, ou quer luz fixa omnidirecional, determinado pela ação do dispositivo de ativação indutiva.

[0034] Finalmente, previu-se que a ativação dos LEDs 7 dispostos à volta do refletor combinado 4 que emitem o seu feixe em redor do eixo de simetria nos trezentos e sessenta graus à sua volta, se realizasse em ciclos com numa sequência de 0,050 + 0,300 + 0,050 + 0,300 + 0,050 + 1,200, (tempo em segundos) sendo 0,050 um estado ativo e o resto inativo “off”. Preferencialmente a dita emissão de luz será em cor âmbar.

Claims

1. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, compreendendo: • uma carcaça (1); • uma tampa de fecho móvel (2); • uma tulipa translúcida (3); • uma placa eletrônica (5) de controle; • um refletor combinado (4); no qual o refletor combinado (4) tem uma forma em sino invertido, e está aberto em ambas as extremidades; no qual a placa eletrônica está solidariamente unida ao refletor combinado (4), e é dotada de uma pluralidade de díodos emissores de luz (LED), convenientemente orientados para o dito refletor combinado (4); e no qual a carcaça (1) forma interiormente uma cavidade cilíndrica (13), caracterizado por também possuir um interruptor automático acionado pela aproximação da base da carcaça a um material ferromagnético solidário à placa eletrônica (5); a placa eletrônica (5), ser dotada de um módulo de telecomunicações (10), de ligação com um dispositivo externo, tal como um terminal móvel dotado do correspondente software; a placa eletrônica (5), ser dotada também de: um primeiro conjunto de LEDs (6) está alinhado à volta do refletor combinado (4) no seu perímetro mais externo de modo que dissipam os feixes de luz resultantes em todas as direções, limitados pela posição da carcaça (1); um segundo conjunto de LED (7) está alinhado sob o refletor combinado (4) numa posição predeterminada para refletir horizontalmente ao eixo de simetria do dispositivo os feixes de luz resultantes conforme um cálculo predefinido do paraboloide do refletor combinado (4); e um terceiro conjunto de LED (8), disposto no interior da forma em sino do refletor combinado (4) de modo que os feixes de luz resultantes se orientem para a zona zenital do dispositivo.

2. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o interruptor automático, ser formado por um êmbolo (14) que incorpora um primeiro imã permanente (15), com uma mola helicoidal (16) que em posição natural pressiona o êmbolo (14) contra um botão (9); e por compreender ainda um segundo imã permanente (18) numa posição normalmente diametralmente oposta ao primeiro (15), e com igual orientação polar, que gera um campo magnético estável e equilibrado entre o primeiro imã permanente (15) e o segundo imã permanente (18); de modo que a deformação do campo magnético produzida pela aproximação ou apoio da base da carcaça (1) a uma superfície de um material ferromagnético (23) determina a atração do primeiro imã permanente (15) à dita base, vencendo a resistência da mola helicoidal (16) determinando a ativação de operação do dispositivo; no qual o botão (9) está ligado de forma permanente à placa eletrônica (5), e à fonte de alimentação determinada por um acumulador elétrico (12) alojada no interior da carcaça (1), sendo acessível a dita fonte de alimentação elétrica desde a tampa de fecho móvel (2).

3. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por: a tampa de fecho móvel (2) ser desmontável permitindo o acesso ao interior da carcaça (1) na qual se encontra a cavidade do acumulador elétrico (12); a tampa ser dotada na sua face interior de uma placa de um material ferromagnético (20), preferencialmente em forma de disco, disposto em conformidade com a posição do êmbolo (14); a dita tampa ser dotada de uma pluralidade de saliências (19) associadas a diferentes guias (25) feitas nas paredes da carcaça (1), por meio das quais se fixa a posição da tampa de fecho móvel (2) sobre a carcaça (1), e permite um movimento de rotação limitado pelo fim de curso das guias (25), que permite adotar diferentes posições: • uma posição de fecho fixa e inativa, • uma posição de ativação na qual a placa de material ferromagnético (20) está situada sob o êmbolo (14) e que determina a atração do primeiro imã permanente (15), alinhado polarmente com o segundo imã permanente (18), para a dita placa (20), com a qual se liberta a pressão da mola helicoidal (16) sobre o botão (9) ativando a operação, e • uma posição de desmontagem da tampa; e por se dispor uma junta (22) de estanqueidade entre a carcaça (1) e a tampa de fecho móvel (2).

4. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o interruptor automático ser de tipo “reed switch” (26) e situado simetricamente entre dois imãs permanentes primeiro (15) e segundo (18), fixos por sua vez de forma permanente à superfície da carcaça (1), e dispostos em polaridade paralela, no qual a ativação de operação se produz por aproximação de um corpo ferromagnético (23) de qualquer dos imãs permanentes primeiro (15) e segundo (18).

5. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a placa eletrônica (5) dispor de um ou mais condensadores eletrolíticos (24) associados a um elemento semicondutor convencional, que determinam a mudança de alimentação sobre os LED (6), (7) e (8), desde o acumulador elétrico (12), com um só botão (9) ou um “reed switch” (26), quando o dispositivo se aproxima repetidas vezes sobre uma superfície ferromagnética (23), de modo que ao ultrapassar um limite temporal predefinido pela capacidade dos citados condensadores eletrolíticos (24), o dispositivo volte ao seu estado original de repouso.

6. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por a série de LEDs (7) dispostos em redor do refletor combinado (4), emitirem em direção horizontal em relação ao eixo de simetria do dispositivo, nos trezentos e sessenta graus à sua volta, em cor âmbar, e com uma sequência de triplo flash predefinida preferencialmente pela seguinte fórmula: 0,050 + 0,300 + 0,050 + 0,300 + 0,050 + 1,200, sendo 0,050 um estado ativo “on”, e o resto inativo “off”.

7. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por a tulipa (3) ser canelada interiormente mediante nervos (31) radiais, que facilitam a dispersão dos feixes luminosos provenientes da fonte de emissão de luz e do refletor combinado (4).

8. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por quando a tampa de fecho móvel (2) está colocada na carcaça (1) a dita carcaça deixar visível uma zona anelar, e por a tampa de fecho móvel (2) dispor exteriormente de uma protuberância (27) a modo de guia visual e tátil, que atua em conformidade com umas marcas de alinhamento (28), (29) e (30) que emergem desde o anel visível da carcaça (1), sendo as ditas marcas de alinhamento: uma marca (28) correspondente a uma posição de extração da tampa uma marca (29) correspondente a uma posição de ligação manual, e uma marca (30) correspondente a uma posição de desligamento manual.

9. DISPOSITIVO LUMINOSO MÓVEL DE EMERGÊNCIA, de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por ter duas funções luminosas em função do modo de ativação, quer modo flash direcional, ou quer luz fixa omnidirecional, determinado pela ação do dispositivo de ativação indutiva.