BR112017011730B1 - processo cosmético de tratamento de odores do corpo humano, polímero, composição e processos de desodorização - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a um processo cosmético de tratamento de odores do corpo humano, que compreende: i - aplicação à pele de uma composição que contém um polímero (I): (I) em que: - R' representa independentemente H, grupo acetila ou grupo -CO-L-X, em que o polímero contém pelo menos um grupo R' = -CO-L-X; - L é um grupo hidrocarboneto bivalente que contém de 1 a 20 átomos de carbono; - X indica um grupo fotoativo do tipo azida ou diazirina; e - n varia de 5 a 2000; e, em seguida, ii - exposição da pele a radiação de luz; O processo utilizado sobre a pele pode também ser aplicado sobre materiais destinados à desodorização de ambientes com mau odor, tais como solas de sapato e roupas.

Description

[001] A presente invenção refere-se a um processo de tratamento de odores, particularmente um processo cosmético de tratamento de corpo humano, utilizando uma composição que compreende um polímero de quitosana enxertada com um grupo fotoativo específico e exposição da pele tratada à luz.
[002] No campo cosmético, sabe-se bem como usar, em aplicação tópica, produtos desodorantes que contêm substâncias ativas do tipo antitranspirante ou do tipo desodorante para reduzir ou até evitar odores do corpo, particularmente odor das axilas, que é geralmente desagradável.
[003] Suor de ecrina ou apocrina geralmente possui pouco odor quando secretado. É a sua degradação pelas bactérias por meio de reações enzimáticas que produz os compostos com mau odor. Agentes ativos desodorantes possuem, portanto, a função de reduzir ou evitar a formação de odores desagradáveis.
[004] Substâncias desodorantes geralmente destroem a flora bacteriana residente. Dentre essas substâncias, as mais comumente utilizadas são triclosan (2,4,4’-tricloro-2’-hidroxidifenil éter) e farnesol, que geralmente apresentam a desvantagem de modificar substancialmente a ecologia da flora cutânea. Além disso, triclosan apresenta a desvantagem de ser inibido pela presença de certos compostos, tais como tensoativos não iônicos, comumente empregados na formulação de composições cosméticas. Por fim, a natureza insolúvel de triclosan em água não permite a sua incorporação em formulações essencialmente aquosas.
[005] Substâncias desodorantes podem também reduzir o crescimento das bactérias. Dentre essas substâncias, pode-se fazer menção de agentes quelantes de metais de transição, tais como ácido etilenodiaminotetra- acético (EDTA) ou ácido dietilenotriaminopenta-acético (DTPA). Esses materiais possuem a desvantagem de esgotar no meio os metais necessários para o crescimento bacteriano.
[006] Existe ainda a real necessidade de desenvolver compostos ativos que possuam atividade desodorante satisfatória e que sejam de fácil formulação em composições destinadas a reduzir a transpiração e/ou odores, particularmente em seres humanos, especificamente para combater odores do corpo e, mais especificamente, odores das axilas.
[007] Polímeros de quitosana enxertadas com grupos fotoativos são descritos nos documentos a seguir.
[008] A publicação Kim et al, Preparation of photo-reactive azidophenyl chitosan derivative for immobilization of growth factors, Journal of Applied Polymer Science, Volume 117 (2010), edição 5, págs. 3029-3037 descreve quitosana no qual os grupos amino são enxertados com um grupo 4- azidobenzoíla.
[009] A publicação S. R. Jameela et al, Preparation and evaluation of photo-crosslinkable chitosan as a drug delivery matrix, Journal of Applied Polymer Science, vol. 86, 1873-1877 (2002) descreve quitosana no qual os grupos amino são enxertados com grupo 3-azido-2-hidroxipropila.
[0010] A publicação S. Aiba et al, Covalent immobilization of chitosan derivatives onto polymeric film surfaces with the use of a photosensitive hetero-bifunctional crosslinking reagent, Biomaterials, 1987, 8 (6): 481-488 descreve quitosana em que os grupos amino são enxertados com um grupo 4- azidobenzenocarbóxi-imidoíla.
[0011] Os inventores descobriram que a aplicação tópica à pele de um polímero de quitosana que possui grupos aminos enxertados com grupos fotoativos do tipo azida ou diazirina, combinada com a exposição da pele tratada à radiação luminosa, forma um filme que possui efeito desodorante sobre a pele. O filme obtido com este efeito desodorante exibe boa resistência à água e ao atrito. O efeito desodorante do filme também é persistente com relação à água.
[0012] Mais especificamente, um objeto da presente invenção é um processo cosmético de tratamento de odores do corpo humano, particularmente odores das axilas e, eventualmente, transpiração humana, que compreende: i. uma etapa que consiste na aplicação à pele de uma composição, particularmente cosmética, que compreende, em meio fisiologicamente aceitável, um polímero de quitosana no qual os grupos aminos são enxertados com grupos fotoativos do tipo azida ou diazirina da fórmula (I) conforme definido abaixo; ii. uma etapa que consiste na exposição da pele à radiação luminosa, preferivelmente por pelo menos cinco segundos. Esta etapa pode ser repetida por várias vezes ao longo do dia.
[0013] O processo realizado de acordo com a presente invenção possibilita mascarar, absorver, aprimorar e/ou reduzir o odor desagradável resultante da decomposição de suor humano. Além disso, a ação desodorante do processo conduzido exibe boa resistência à água e, portanto, a ação é persistente após lavagem da pele tratada. Adicionalmente, o filme obtido, depositado sobre a pele, exibe boa resistência ao atrito e, portanto, exibe boa propriedade de desgaste ao longo do tempo.
[0014] O polímero de quitosana enxertada utilizado no processo de acordo com a presente invenção é um polímero da fórmula (I):
Figure img0001
em que: - R' representa (CH3C(O)-) ou um grupo -CO-L-X, em que o polímero contém pelo menos um grupo R' = -CO-L-X; - L é um grupo hidrocarboneto bivalente saturado ou insaturado, linear, ramificado ou cíclico, que compreende de um a vinte átomos de carbono, preferivelmente de dois a dez átomos de carbono, que pode ser interrompido por um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio, enxofre ou grupos -NH-, -CO-, -CONH-, -COO- ou -O-CO- N(Ra)-, particularmente -O-CO-NH- ou -N(Rb)-CO-N(Rc), particularmente -NH- CO-NH-, em que o mencionado grupo bivalente pode possivelmente ser substituído por um ou mais grupos selecionados a partir de grupos hidroxila, amina, ácido carboxílico, amida, ciano e acilamino (C1-C4); em que: - Ra, Rb e Rc indicam independentemente um átomo de hidrogênio ou um radical alquila C1-C6 linear ou ramificado, preferivelmente linear; - X indica um grupo fotoativo do tipo azida ou diazirina; e - n varia de 5 a 2000.
[0015] A quitosana enxertada (I) pode, portanto, também ser em que:
Figure img0002
a quitosana enxertada compreende unidades a que contêm um grupo amino livre, unidades b que contêm um grupo N-acetil amino e unidades c que contêm um grupo amino enxertado com um grupo fotoativo - CO-L-X; - b varia de 0 a 0,5, preferivelmente de 0,05 a 0,30 e, de preferência ainda maior, de 0,1 a 0,30; - c varia de 0,001 a 0,5, preferivelmente de 0,01 a 0,3 e, de preferência ainda maior, de 0,01 a 0,2; e a + b + c = 1; e - X, L e n possuem os significados descritos anteriormente.
[0016] Quando a = 0,5, b = 0,3 e c = 0,2, por exemplo, isso significa que 50% dos grupos amino são livres (não substituídos), 30% dos grupos amino são acetilados e 20% dos grupos amino são enxertados com o grupo -CO-L-X, correspondente ao polímero de quitosana da fórmula:
Figure img0003
[0017] X é particularmente um grupo fotoativo tal como o grupo azida (a) ou o grupo diazirina (b):
Figure img0004
em que Rd indica H ou um radical alquila C1-C6 linear ou ramificado, preferivelmente linear, ou um radical CF3.
[0018] Preferivelmente, a quitosana enxertada possui grau de enxerto (teor molar) de grupos fotoativos (-CO-L-X) que varia de 0,1% a 50%, preferivelmente que varia de 1% a 30% e, de maior preferência, que varia de 1% a 20%.
[0019] Preferivelmente, L é um radical hidrocarboneto bivalente C1C20, preferivelmente C1-C10, linear, ramificado ou cíclico, saturado ou insaturado (incluindo aromático), que pode ser interrompido por um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio ou por um ou mais grupos não adjacentes selecionados a partir de -NH-, -CO-, -O-CO- e -NH-CO-.
[0020] Preferivelmente, X representa um grupo fotoativo selecionado a partir de:
Figure img0005
[0021] Convenientemente, a quitosana enxertada (I) possui grau de acetilação (-CO-CH3) que varia de 0% a 50%, preferivelmente que varia de 5% a 30% e, de maior preferência, que varia de 10% a 30%.
[0022] Convenientemente, n varia de 5 a 1700, preferivelmente de 5 a 280 e, de maior preferência, de 15 a 165.
[0023] Preferivelmente, L indica um radical bivalente selecionado a
Figure img0006
** representa a ligação com o grupo fotoativo X.
[0024] Preferivelmente, o grupo -CO-L-X é selecionado a partir de:
Figure img0007
e preferivelmente selecionado a partir de:
Figure img0008
[0025] Outro objeto da presente invenção são os polímeros
Figure img0009
enxertados inovadores da fórmula (II):
Figure img0010
em que R’1 representa independentemente H, um grupo acetila ou um grupo -CO-L-X da fórmula (c) abaixo: em que: - L possui o significado descrito anteriormente; - R’d indica H ou um radical alquila C1-C4 linear ou ramificado, preferivelmente linear, ou um radical CF3; - o polímero contém pelo menos um grupo -CO-L-X da fórmula (c); e - n varia de 5 a 1700, preferivelmente de 5 a 280 e, de maior preferência, de 15 a 165.
[0026] Preferivelmente, L é um radical com base em hidrocarboneto bivalente C1-C20 linear, ramificado ou cíclico, saturado ou insaturado (incluindo aromático), que pode ser interrompido por um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio ou por um ou mais grupos não adjacentes selecionados a partir de -NH-, -CO-, -O-CO- e -NH- CO-.
[0027] Preferivelmente, R’d é selecionado a partir de um átomo de hidrogênio, radical metila e radical CF3.
[0028] Preferivelmente, a quitosana enxertada (II) possui grau (teor molar) de enxerto com grupos fotoativos -CO-L-X que varia de 0,1% a 40%, preferivelmente que varia de 1% a 45% e, de maior preferência, que varia de 1% a 35%.
[0029] Já c varia de 0,001 a 0,4, preferivelmente de 0,01 a 0,35 e, de preferência ainda maior, de 0,01 a 0,3; em que a + b + c = 1.
[0030] Convenientemente, a quitosana enxertada (II) possui grau de acetilação que varia de 0% a 50%, preferivelmente que varia de 5% a 45% e, de maior preferência, que varia de 10% a 35%.
[0031] Convenientemente, n varia de 5 a 1700, preferivelmente de 5 a 280 e, de maior preferência, de 15 a 165.
[0032] A quitosana enxertada (II) pode ser uma quitosana da fórmula (II’):
Figure img0011
em que a, b, c, L e R’d possuem os mesmos significados descritos anteriormente para os compostos (Ib).
[0033] Segundo primeira realização preferida da presente invenção, o polímero de quitosana enxertada (II) pode ser da fórmula (IIa) abaixo:
Figure img0012
em que: - R indica H, acetila ou um grupo (J):
Figure img0013
em que R’e = CH3 ou CF3; e - o polímero compreende pelo menos um grupo (J). Preferivelmente, o grupo J é o grupo:
Figure img0014
[0034] De acordo com segunda realização preferida da presente invenção, o polímero de quitosana enxertada (II) pode ser da fórmula (IIb) abaixo:
Figure img0015
em que:
Figure img0016
em que p = 1 a 3; e o polímero compreende pelo menos um grupo (K). Preferivelmente, o grupo K é o grupo:
Figure img0017
[0035] Os compostos (II) podem ser obtidos de acordo com primeiro método de preparação por meio de reação de quitosana com ácido carboxílico (A) X-L-COOH, utilizando um reagente de acoplamento (B) para formar um ácido ativado (C) e permitir a formação de uma ligação de amida. O reagente de acoplamento é conhecido pelos técnicos no assunto: pode-se fazer uso, por exemplo, de carbodi-imidas tais como cloridrato de 1-etil-3-(3- dimetilaminopropil)carbodi-imida (EDC), alcoxitriazinas tais como cloreto de 4- (4,6-dimetóxi-1,3,5-triazin-2-il)-4-metilmorfolínio e (hidróxi-imino)acetatos.
[0036] A reação pode ser conduzida na presença de segundo ativador de ácido carboxílico, tal como N-hidroxibenzotriazóis, como 1- hidroxibenzotriazol, e N-hidroxissuccinimidas, tais como N- hidroxissulfossuccinimida.
[0037] A reação pode ter lugar em solvente prótico ou aprótico. Preferivelmente, a reação tem lugar em água sob pH de 4 a 9 e, preferivelmente, de 5 a 7. A reação pode ser realizada sob temperatura de 5 a 80 °C. Preferivelmente, a reação tem lugar à temperatura ambiente (25 °C).
[0038] Essa reação de acoplamento é particularmente descrita nos artigos a seguir: Catalytic amide formation from non-activated carboxylic acids and amines, Chem. Soc. Rev., 2014, 43, 2714-2742; Evolution of amide bond formation, ARKIVOC 2010 (viii) 189-250; e Amide bond formation: beyond the myth of coupling reagents, Chem. Soc. Rev. 2009, 38: 606-631.
[0039] Em lugar do ácido carboxílico (A), é possível utilizar um ácido carboxílico ativado (B) X-L-CO-O-W, em que W representa um grupo ativador, tal como um grupo derivado de N-hidroxissulfossuccinimida ou de 1- hidroxibenzotriazol.
[0040] A reação de síntese por meio de ativação do ácido carboxílico (A) com o cloridrato de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)carbodi-imida (B) e enxerto em seguida sobre quitosana é representada em forma de diagrama no Esquema 1 abaixo (com fórmula de quitosana simplificada). ESQUEMA 1
Figure img0018
[0041] Conforme indicado anteriormente, pode-se utilizar um segundo ativador tal como N-hidroxissuccinimida (D) de acordo com um esquema de síntese descrito no Esquema 2 abaixo (com fórmula de quitosana simplificada). ESQUEMA 2
Figure img0019
[0042] Alguns compostos (E) são disponíveis, tais como os descritos na tabela abaixo. Esses compostos evitam o uso do agente de acoplamento, como carbodi-imidas. O acoplamento entre a quitosana e o composto (D) pode ser realizado diretamente em solvente prótico ou aprótico. Preferivelmente, a reação tem lugar em água sob pH de 4 a 9 e, preferivelmente, de 5 a 7. A reação é realizada sob temperatura de 5 a 80 °C. Preferivelmente, a reação é realizada à temperatura ambiente (25 °C).
Figure img0020
[0043] Alguns dos ácidos carboxílicos não ativados (A) que
Figure img0021
[0044] Um objeto da presente invenção também é uma composição que compreende, em meio fisiologicamente aceitável, um polissacarídeo enxertado (II), (IIa) ou (IIb) conforme definido anteriormente.
[0045] A composição utilizada de acordo com a presente invenção é geralmente apropriada para aplicação tópica à pele e, portanto, geralmente compreende meio fisiologicamente aceitável, ou seja, meio que é compatível com a pele e/ou seus tegumentos. Ela é preferivelmente um meio cosmeticamente aceitável, ou seja, meio que possui cor, odor e sensação agradáveis e não causa desconforto inaceitável (ardência, falta de estabilidade ou vermelhidão) propenso a desencorajar o uso dessa composição pelo consumidor.
[0046] A quitosana enxertada (I), (Ia), (II), (IIa) ou (IIb) pode estar presente na composição de acordo com a presente invenção em teor que varia de 0,1% a 10% em peso, com relação ao peso total da composição, preferivelmente que varia de 0,5% a 10% em peso, preferivelmente que varia de 1% a 8% em peso e, de maior preferência, que varia de 1% a 6% em peso.
[0047] A composição de acordo com a presente invenção pode apresentar-se em qualquer forma galênica convencionalmente utilizada para aplicação tópica, especialmente na forma de dispersões do tipo loção ou gel aquoso, emulsões com consistência líquida ou semilíquida do tipo leite, obtidas por meio de dispersão de fase graxa em fase aquosa (O/A) ou vice-versa (A/O), ou de suspensões ou emulsões com consistência mole, semissólida ou sólida do tipo creme ou gel ou, alternativamente, de diversas emulsões (A/O/A ou O/A/O), microemulsões, dispersões vesiculares do tipo iônico e/ou não iônico ou dispersões em fase aquosa/de cera. Essas composições são preparadas de acordo com os métodos habituais.
[0048] Segundo uma realização preferida da presente invenção, a composição encontra-se na forma de emulsão A/O ou gel aquoso.
[0049] Convenientemente, a composição utilizada de acordo com a presente invenção compreende água, particularmente em teor que pode variar de 10% a 99%. em peso, com relação ao peso total da composição, e, preferivelmente, que varia de 50% a 99% em peso.
[0050] A composição utilizada de acordo com a presente invenção pode também conter um ou mais adjuvantes comumente utilizados no campo cosmético, tais como emulsificantes, conservantes, sequestrantes, fragrâncias, espessantes, óleos, ceras ou polímeros formadores de filme.
[0051] É desnecessário afirmar que os técnicos no assunto cuidarão de selecionar esses compostos adicionais opcionais e/ou sua quantidade, de tal forma que as propriedades antirrugas da composição de acordo com a presente invenção não sejam, ou não sejam substancialmente prejudicadas pela adição idealizada.
[0052] Convenientemente, para o processo de acordo com a presente invenção, é possível aplicar 0,01 a 0,5 g de composição cosmética que compreende o polímero de quitosana enxertada, particularmente 0,05 a 0,1 g de composição, por cm2 de pele.
[0053] O processo de acordo com a presente invenção também compreende uma etapa que consiste na exposição da pele à radiação luminosa, preferivelmente que possui comprimento de onda de 360 a 600 nm.
[0054] É possível realizar esta etapa, que consiste na aplicação de radiação luminosa antes, após ou ao mesmo tempo (simultaneamente) que a etapa que consiste na aplicação da composição que compreende o polímero de quitosana enxertada.
[0055] Preferivelmente, em primeira etapa, a composição que compreende o polímero de quitosana enxertada é aplicada à pele e, em seguida, em segunda etapa, aplica-se radiação luminosa à pele.
[0056] É possível realizar uma etapa de enxágue, por exemplo com água, da pele entre cada etapa do processo.
[0057] Preferivelmente, a radiação luminosa utilizada no processo de acordo com a presente invenção possui comprimento de onda de 400 a 480 nm.
[0058] A radiação luminosa possui preferivelmente fluxo (quantidade de energia por unidade de extensão) que varia de 3 a 100 J/cm2 e, preferivelmente, que varia de 3 a 10 J/cm2.
[0059] A radiação luminosa pode ser luz contínua ou não contínua.
[0060] A radiação luminosa pode ser luz natural (luz do dia).
[0061] A radiação luminosa pode ser gerada por um dispositivo tal como lâmpadas de arco, como lâmpadas de xenônio e lâmpadas de mercúrio; lâmpadas fluorescentes; lâmpadas incandescentes, tais como lâmpadas halógenas; LEDs e lasers.
[0062] Pode-se fazer menção específica de goLITE BLU da companhia Philips, a lâmpada Energylight HF 3319/01 da companhia Philips, as lâmpadas Dayvia White e Messa da companhia Solvital, a lâmpada Lumino Plus da companhia Lanaform, a lâmpada Medibeam da companhia Medibeam, a lâmpada M-LED 01 da companhia Meimed, a lâmpada Lifemax Light Pod da companhia Lifemax, a lâmpada Lite-Pad da companhia Reicorp e a lâmpada Camag Box 3 (4x8 W) da companhia Camag.
[0063] O tempo de exposição da pele tratada à radiação luminosa fornecida por um dispositivo é preferivelmente de pelo menos cinco segundos. Preferivelmente, esse tempo de exposição pode variar de 10 segundos a 15 minutos, particularmente de 15 a segundos a 10 minutos, de preferência ainda maior de 20 segundos a 5 minutos, independentemente da ordem das etapas (uma depois da outra ou simultaneamente).
[0064] Como forma de exemplo, no caso de aplicação simultânea da radiação luminosa fornecida por um dispositivo e da composição que compreende o polímero de quitosana enxertada, o tempo de exposição à luz pode convenientemente variar de cinco segundos a quinze minutos. É possível realizar o enxágue da composição.
[0065] Como forma de exemplo, no caso de aplicação da composição de acordo com a presente invenção seguida por exposição à radiação luminosa fornecida por um dispositivo, o tempo de exposição à luz pode ser convenientemente de cinco segundos a quinze minutos. É possível deixar a composição utilizada de acordo com a presente invenção no lugar pelo período de um segundo a três horas, antes da realização da etapa de aplicação da radiação luminosa. É possível realizar enxágue da composição após a etapa de exposição à radiação luminosa.
[0066] O tempo de exposição da pele tratada à luz do dia como radiação luminosa é de preferivelmente pelo menos trinta segundos. Preferivelmente, esse tempo de exposição pode variar de 30 segundos a uma hora, particularmente de 30 segundos a 30 minutos, de preferência ainda maior de um minuto a 15 minutos, independentemente da ordem das etapas (uma depois da outra ou simultaneamente).
[0067] Como forma de exemplo, no caso de aplicação simultânea de luz do dia e da composição que compreende a quitosana enxertada, o tempo de exposição à luz pode variar convenientemente de três minutos a doze horas. É possível realizar o enxágue da composição.
[0068] A título de exemplo, no caso de aplicação da composição que compreende a quitosana enxertada, seguida por exposição à luz do dia, o tempo de exposição à luz pode ser convenientemente de três minutos a doze horas. É possível deixar a composição de acordo com a presente invenção no lugar por período de um segundo a três horas, antes da realização da etapa de aplicação da radiação luminosa.
[0069] É possível realizar enxágue da composição após a etapa de exposição à radiação luminosa, mas isso não é obrigatório.
[0070] A etapa de exposição à radiação luminosa pode ser repetida por várias vezes durante o dia.
[0071] A aplicação da composição cosmética de acordo com a presente invenção é realizada de acordo com os métodos habituais, tais como por meio de aplicação (especialmente de cremes, géis, soro ou loções) à pele destinada a tratamento, particularmente a pele das axilas ou dos pés.
[0072] O processo aplicado à pele pode também ser aplicado a materiais destinados à desodorização de ambientes com mau odor.
[0073] Um objeto da presente invenção também é, portanto, um processo de desodorização dos pés e/ou dos sapatos, que consiste na colocação no sapato de uma sola cuja superfície tenha sido tratada por meio de aplicação à mencionada superfície de uma composição que compreende uma quitosana enxertada (I) conforme descrito anteriormente e exposição em seguida da superfície tratada à radiação luminosa, preferivelmente por pelo menos cinco segundos.
[0074] A sola pode ser feita de cortiça, borracha ou couro.
[0075] Um objeto da presente invenção é também um processo de desodorização do corpo (ou parte do corpo), que consiste em vestir o corpo (ou parte do corpo) com roupas feitas de material tecido cuja superfície tenha sido tratada por meio da aplicação à superfície do tecido de uma composição que compreende uma quitosana enxertada (I) conforme descrito anteriormente e exposição em seguida da superfície tratada à radiação luminosa, preferivelmente por pelo menos cinco segundos.
[0076] A parte do corpo pode ser o pé e a peça de roupa pode ser meia, meia 7/8 ou meia-calça. A parte do corpo pode ser o peito e a peça de roupa, uma camiseta.
[0077] Um objeto da presente invenção é também um processo de desodorização dos pés, que consiste em vestir os pés com uma peça de roupa, notadamente na forma de meias, meia 7/8 ou meias-calças, feita de material tecido cuja superfície tenha sido tratada por meio da aplicação à superfície do tecido de uma composição que compreende uma quitosana enxertada (I) conforme descrito anteriormente e exposição em seguida da superfície tratada à radiação luminosa, preferivelmente por pelo menos cinco segundos.
[0078] O tecido da roupa pode ser algodão, lã, seda, linho, poliamida, poliéster, ácido poliláctico, fibras de cloro, poliacrilonitrila, elastano, aramida, polibenzimidazol, polipropileno, polietileno, polifenol, poliureia, poliuretano ou suas misturas. O tratamento é preferivelmente aplicado ao tecido antes da produção da roupa com o mencionado tecido tratado.
[0079] O tratamento de solas ou do tecido pode ser realizado com uma composição aquosa que contém o polímero de quitosana enxertada.
[0080] As condições de exposição à radiação descritas anteriormente aplicam-se a esses diversos processos.
[0081] A presente invenção será agora descrita com referência aos exemplos a seguir, que são fornecidos como ilustrações não limitadoras. Os conteúdos são expressos na forma de percentual em peso. EXEMPLO DE SÍNTESE 1 (POLÍMERO 1) QUITOSANA FUNCIONALIZADA A 18% COM GRUPO DIAZIRINA
Figure img0022
em que a = 0,52; b = 0,30; c = 0,18; e n é tal que a quitosana não enxertada possui peso molecular Mn = 28.000 daltons.
[0082] Em um balão protegido contra a luz, 5 g de quitosana (Zenvivo® Protect da Clariant com grau de acetilação (% molar) = 30% e peso molecular Mn = 28 kDa) foram dissolvidos em 250 g de uma solução aquosa de ácido acético a 1% em peso. Adicionou-se em seguida uma solução de 9 g de éster de ácido 4- [3-(trifluorometil)diazirin-3-il]benzoico e N- hidroxissuccinimida em 81 ml de dioxano. Após dez minutos de agitação, o pH foi ajustado em 5 com uma solução aquosa de bicarbonato de sódio (2 M). A solução foi agitada à temperatura ambiente (25 °C) por quatro dias. A mistura de reação foi introduzida em seguida em um tubo de diálise (membrana de diálise Spectra/Por MWCO 3500; NFW 54 mm, diâmetro de 34 mm, volume/comprimento 9,3 ml/cm; Spectrumlabs.com ref. 132725) e dialisada em dois litros de água por quatro dias, substituindo-se a água duas vezes por dia. A solução aquosa foi liofilizada para gerar um produto amarelo sólido fibroso. Esse sólido recuperado foi lavado à temperatura ambiente em um frasco marrom utilizando acetona (uma vez com um litro, depois duas vezes com 500 ml).
[0083] O resíduo sólido foi retirado em seguida por meio de filtragem por cinco minutos e seco a vácuo à temperatura ambiente por doze horas. Foram obtidos, portanto, 5,8 g de produto sólido (pó) com coloração bege.
[0084] O produto foi armazenado em um frasco com coloração âmbar a -20 °C.
[0085] Análise de NMR 1H em água deuterada: 18% de enxerto. EXEMPLO DE SÍNTESE 2 (POLÍMERO 2) QUITOSANA FUNCIONALIZADA A 1% COM GRUPO DIAZIRINA
Figure img0023
em que a = 0,69; b = 0,30; c = 0,01; e n é tal que a quitosana não enxertada possui peso molecular Mn = 28.000 daltons.
[0086] Em um balão protegido contra a luz, 0,5 g de quitosana (Zenvivo® Protect da Clariant com grau de acetilação = 30% e peso molecular Mn = 28 kDa) foram dissolvidos em 25 ml de uma solução aquosa de ácido acético a 1% em peso. A solução foi agitada e adicionou-se em seguida uma mistura de 10 ml de etanol, 0,38 g de ácido 4- [3-(trifluorometil)diazirin-3- il]benzoico e 0,54 g de cloridrato de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)carbodi-imida (EDC). A mistura de reação foi agitada a 40 °C por três horas, resfriada, introduzida em seguida em um tubo de diálise (membrana de diálise Spectra/Por MWCO 3500; NFW 54 mm, diâmetro de 34 mm, volume/comprimento 9,3 ml/cm; Spectrumlabs.com ref. 132725) e dialisada em cinco litros de água por 72 horas, substituindo-se a água seis durante essa operação de diálise. A solução foi liofilizada em seguida para obter um produto amarelo claro sólido fibroso. Este sólido recuperado foi lavado à temperatura ambiente utilizando acetona por duas horas (100 ml por lavagem, em que foram realizadas três lavagens). O produto enxertado permanece insolúvel em acetona.
[0087] O resíduo sólido foi retirado em seguida por meio de filtragem por alguns minutos e seco a vácuo à temperatura ambiente por doze horas. Foram obtidos, portanto, 385 mg de produto sólido (pó) com coloração bege.
[0088] O produto foi armazenado em um frasco com coloração âmbar a -20 °C.
[0089] Análise de NMR 1H em água deuterada: 1% de enxerto. EXEMPLO DE SÍNTESE 3 (POLÍMERO 3) QUITOSANA FUNCIONALIZADA A 5% COM GRUPO DIAZIRINA
Figure img0024
em que a = 0,65; b = 0,30; c = 0,05; e n é tal que a quitosana não enxertada possui peso molecular Mn = 28.000 daltons.
[0090] 200 mg de quitosana (Zenvivo® Protect da Clariant com grau de acetilação (% molar) = 30% e peso molecular Mn = 28 kDa) foram dissolvidos em 4,2 ml de água destilada em um balão coberto com folha de alumínio, de forma a evitar a exposição à luz. Foram adicionados 50 mg de 4,4’- azipentanoato de succinimidila (sulfo-SDA da companhia ThermoScientific), com agitação à temperatura de 5 °C. A mistura de reação foi agitada por 24 horas, permitindo-se ao mesmo tempo o aumento da temperatura para 22 °C e mantendo-se pH 4 a 5 por meio da adição de uma solução aquosa de ácido acético (1% em peso). A mistura de reação foi introduzida em seguida em um tubo de diálise (MWCO 3 kDa) e dialisada em cinco litros de água que sofreu osmose por 48 horas, em que a água é substituída seis vezes durante essa operação de diálise. A solução foi liofilizada para obter um produto amarelo sólido fibroso (187 mg).
[0091] O produto foi armazenado em um frasco com coloração âmbar a -20 °C.
[0092] Análise de NMR 1H em água deuterada: 5% de enxerto. EXEMPLO DE SÍNTESE 4 (POLÍMERO 4) QUITOSANA FUNCIONALIZADA A 9% COM GRUPO AZIDA
Figure img0025
em que a = 0,73; b = 0,18; c = 0,09; e n é tal que a quitosana não enxertada possui peso molecular Mn = 28.000 daltons.
[0093] 0,5 g de quitosana (Zenvivo® Protect da Clariant com grau de acetilação (% molar) = 30% e peso molecular Mn = 28 kDa) foram dissolvidos em 25 ml de uma solução aquosa de ácido acético a 1% em peso, em um balão protegido contra a luz. A solução foi agitada e adicionou-se em seguida uma mistura de 5 ml de etanol, 0,38 g de ácido 4-azidobenzoico e 0,54 g de cloridrato de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)carbodi-imida (EDC). A mistura de reação foi agitada a 40 °C por três horas, resfriada, introduzida em seguida em um tubo de diálise (MWCO 3 kDa) e dialisada em cinco litros de água por 48 horas, em que a água é substituída quatro vezes durante essa operação de diálise. A solução foi liofilizada em seguida, de forma a obter um produto amarelo claro sólido fibroso. Este sólido recuperado foi lavado à temperatura ambiente utilizando acetona por duas horas (100 ml por lavagem, em que foram realizadas três lavagens). O produto enxertado permanece insolúvel em acetona.
[0094] O resíduo sólido foi retirado em seguida por meio de filtragem por alguns minutos e seco a vácuo à temperatura ambiente por doze horas. Foram obtidos, desta forma, 360 mg de produto sólido (pó) com coloração bege.
[0095] O produto foi armazenado em um frasco com coloração âmbar a -20 °C.
[0096] Análise de NMR 1H em água deuterada: 9% de enxerto. EXEMPLO DE SÍNTESE 5 (POLÍMERO 5) QUITOSANA FUNCIONALIZADA A 4% COM GRUPO AZIDA
Figure img0026
em que a = 0,66; b = 0,3; c = 0,04; e n é tal que a quitosana não enxertada possui peso molecular Mn = 28.000 daltons.
[0097] Em um balão protegido contra a luz, 250 g de quitosana (Zenvivo® Protect da Clariant com grau de acetilação (% molar) = 30% e peso molecular Mn = 28 kDa) foram dissolvidos em 25 ml de uma solução aquosa de ácido acético a 1% em peso. Adicionou-se em seguida uma solução de 50 mg de 1-{ [(4-azidofenil)carbonil]óxi}pirrolidino-2,5-diona em 3 ml de dioxano. Após dez minutos de agitação, o pH foi ajustado em 5 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio (1 M). A mistura de reação foi agitada à temperatura ambiente por 18 horas. A mistura de reação foi filtrada em seguida e o filtrado foi introduzido em um tubo de diálise (membrana de diálise Spectra/Por MWCO 3500; NFW 54 mm, diâmetro de 34 mm, volume/comprimento 9,3 ml/cm; Spectrumlabs.com ref. 132725) e dialisada em dois litros de água por três horas, substituindo-se a água três vezes. A solução foi liofilizada para gerar um produto amarelo sólido fibroso. Esse sólido recuperado foi lavado à temperatura ambiente em um frasco marrom utilizando acetona (uma vez com um litro, depois duas vezes com 500 ml). O produto enxertado permanece insolúvel em acetona.
[0098] O resíduo sólido foi retirado em seguida por meio de filtragem por cinco minutos e seco a vácuo à temperatura ambiente por doze horas. Foram obtidos, desta forma, 120 g de produto sólido (pó) com coloração bege.
[0099] O produto foi armazenado em um frasco com coloração âmbar a -20 °C.
[00100] Análise de NMR 1H em água deuterada: 4% de enxerto. EXEMPLOS 1 A 8 DEMONSTRAÇÃO DO EFEITO DESODORANTE DOS POLÍMEROS UTILIZADOS DE ACORDO COM A PRESENTE INVENÇÃO
[00101] Foram preparadas as composições a seguir.
[00102] Composição 1: água.
[00103] Composição 2: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de quitosana Zenvivo Protect da Clariant.
[00104] Composição 3: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de polímero 1.
[00105] Composição 4: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de polímero 2.
[00106] Composição 5: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de polímero 3.
[00107] Composição 6: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de polímero 4.
[00108] Composição 7: solução aquosa que contém 5% em peso de material ativo de polímero 5.
[00109] Preparação do substrato:
[00110] Pedaços de estrato córneo humano são colocados sobre fita adesiva (referência 1526886 da companhia Office Depot), cuidando para que a superfície externa do estrato córneo não fique em contato direto com a fita adesiva. Os substratos são cortados em seguida em fitas com cerca de 2 cm de comprimento e 1 cm de largura e utilizados com a fita adesiva na parte inferior e a superfície externa do estrato córneo na parte superior.
[00111] A superfície externa do estrato córneo foi limpa com um pano impregnado com etanol.
[00112] Aplicação das composições:
EXEMPLOS 1 A 3
[00113] 100 μl de cada uma das composições 1 a 3 foram aplicadas, respectivamente, à superfície do estrato córneo, mantidas em repouso por dez minutos, enxaguadas em seguida com 13 ml de solução aquosa de 0,9 M NaCl e a superfície foi limpa com papel absorvente.
EXEMPLO 4
[00114] 100 μl da composição 3 foram aplicados à superfície do estrato córneo, mantidos por cinco minutos e, em seguida, a superfície foi irradiada com um dispositivo simulador solar Oriel da companhia Oriel-Lott por cinco minutos. Conduziu-se enxágue em seguida com 13 ml de uma solução aquosa de 0,9 M NaCl e a superfície foi limpa em seguida com papel absorvente.
[00115] As fitas de estrato córneo tratadas foram cortadas em pedaços pequenos com tamanho de cerca de 3 mm x 3 mm e colocadas em um frasco plástico. 100 μl de suor humano foram adicionados e o frasco foi fechado e agitado. O frasco foi colocado em seguida em um incubador por 24 horas (37 °C, 5% CO2).
[00116] Um quadro de quatro pessoas avaliou em seguida o odor de suor percebido mediante abertura de cada frasco (Exemplos 1 a 4).
[00117] A resistência à água das amostras de estrato córneo tratadas foi medida em seguida realizando-se um ciclo de lavagem/enxágue segurando-se os pedaços de estrato córneo com uma pinça, mergulhando-os por cinco segundos em 10 ml de solução aquosa contendo 15% em peso de lauril éter sulfato de sódio, enxaguando-se em seguida por meio de mergulhamento por dez segundos em 20 ml de água destilada e repetindo-se esse ciclo de lavagem e enxágue por quatro vezes. Os pedaços de estrato córneo lavados desta forma foram colocados em um frasco plástico e foram adicionados 100 μl de suor humano. O frasco fechado foi colocado em um incubador por 24 horas (37 °C, 5% CO2).
[00118] Um quadro de cinco pessoas avaliou em seguida o odor de suor percebido mediante abertura de cada frasco (Exemplos 1a a 4a).
[00119] Outro ciclo de lavagem e enxágue foi recomendado e o odor de suor percebido foi avaliado (Exemplos 1b a 4b).
[00120] Foram obtidos os resultados a seguir.
Figure img0027
Figure img0028
[00121] Os resultados obtidos demonstram que o estrato córneo tratado com polímero 1 e irradiado com luz (Exemplo 4) possui o odor de suor mais fraco percebido pelo painel. O tratamento do estrato córneo com o polímero de acordo com a presente invenção e com exposição à luz confere, portanto, boa propriedade desodorante.
[00122] De forma similar, após um ciclo e dois ciclos de lavagem, o estrato córneo tratado com o polímero 1 possui o odor de suor mais fraco percebido pelo painel. O tratamento de acordo com a presente invenção confere, portanto, ação desodorante que é muito resistente à água.
[00123] O efeito desodorante de polímeros 2 a 5 também foi avaliado de acordo com o protocolo do Exemplo 4, utilizando, respectivamente, as composições 4 a 7 (Exemplos 5 a 8, respectivamente); as avaliações de desodorante foram registradas após dois ciclos de lavagem.
[00124] Foram obtidos os resultados a seguir:
Figure img0029
Figure img0030
[00125] Os resultados obtidos demonstram que o estrato córneo tratado com os polímeros 2 a 5 e irradiado com luz possui odor de suor fraco percebido pelo painel.
EXEMPLO 9
[00126] É preparado um desodorante que possui a composição a seguir: - polímero do Exemplo 1 1 g - hidroxietilcelulose (Natrosol® 250 HHR CS da Ashland) 0,2 g - agentes conservantes qs - água qsp 100 g.
[00127] A composição obtida é aplicada à pele das axilas e a superfície da pele tratada é irradiada em seguida com luz branca (lâmpada Lite- Pad da companhia Reicorp) por cinco minutos. A composição aplicada sobre as axilas possibilita a redução dos odores causados pela transpiração.
EXEMPLO 10
[00128] É preparado um desodorante que possui a composição a seguir: - polímero do Exemplo 2 10 g - hidroxietilcelulose (Natrosol® 250 HHR CS da Ashland) 0,3 g - agentes conservantes qs - água qsp 100 g.
[00129] A composição obtida é aplicada à pele das axilas e a superfície da pele tratada é irradiada em seguida com luz azul (goLITE BLU da companhia Philips) por cinco minutos.
[00130] A composição aplicada sobre as axilas possibilita a redução dos odores causados pela transpiração.
EXEMPLO 11
[00131] É preparado um desodorante que possui a composição a seguir: - polímero do Exemplo 3 5 g - hidroxietilcelulose (Natrosol® 250 HHR CS da Ashland) 0,2 g - agentes conservantes qs - água qsp 100 g.
[00132] A composição obtida é aplicada à pele das axilas e a superfície da pele tratada é irradiada em seguida com luz azul (lâmpada Camag Box 3 da companhia Camag) por um minuto.
[00133] Uma composição similar é preparada utilizando o polímero 4 ou o polímero 5 no lugar do polímero 3.
[00134] A composição aplicada sobre as axilas possibilita a redução dos odores causados pela transpiração.
EXEMPLO 12
[00135] É preparada uma composição desodorante conforme abaixo: - polímero do Exemplo 3 5 g - agentes conservantes qs - água qsp 100 g.
[00136] A composição obtida é aplicada às solas de cortiça da companhia Sunbed (referência 550), mantida para secar à temperatura ambiente (25 °C) por trinta minutos e, em seguida, a superfície das solas é irradiada com luz azul (lâmpada Camag Box 3 da companhia Camag) por um minuto.
[00137] A sola tratada desta forma, colocada em sapatos, possibilita a redução dos odores dos pés.
EXEMPLO 13
[00138] É preparada uma composição desodorante conforme abaixo: - polímero do Exemplo 2 5 g - agentes conservantes qs - água qsp 100 g.
[00139] Um pedaço de algodão (5 cm x 4 cm) (vendido pela companhia SDC Enterprises Ltd., Reino Unido; referência 1205) foi embebido na composição obtida por três minutos e mantida em seguida para secar à temperatura ambiente (25 °C) por trinta minutos. A superfície do algodão foi irradiada em seguida com luz azul (lâmpada Camag Box 3 da companhia Camag) por seis minutos (em que o pedaço de lã é virado após três minutos). A composição aplicada ao algodão possibilita a redução dos odores.
[00140] É possível, portanto, tratar um pedaço de tecido de algodão com tamanho maior para produzir, após tratamento, uma peça de roupa tal como uma camiseta. A pessoa vestida com essa camiseta pode, portanto, desodorizar o corpo ao longo do dia.

Claims (25)

1. PROCESSO COSMÉTICO DE TRATAMENTO DE ODORES DO CORPO HUMANO, particularmente odor das axilas e, eventualmente, da transpiração humana, caracterizado por compreender: (i) uma etapa que consiste na aplicação à pele de uma composição, particularmente composição cosmética, que compreende, em um meio fisiologicamente aceitável, um polímero de quitosana no qual os grupos amino são enxertados com grupos fotoativos do tipo azida ou diazirina da fórmula (I):
Figure img0031
em que: - R' representa independentemente H, um grupo acetila ou um grupo -CO-L-X, em que o polímero contém pelo menos um grupo R' = -CO-LX; - L é um grupo hidrocarboneto bivalente saturado ou insaturado, linear, ramificado ou cíclico, que compreende de um a vinte átomos de carbono, preferencialmente de dois a dez átomos de carbono, que podem ser interrompidos por um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de enxofre, oxigênio, ou grupos -NH-, -CO-, -CONH-, -COO- ou -O-CO- N(Ra)-, particularmente -O-CO-NH- ou -N(Rb)-CO-N(Rc), particularmente -NH- CO-NH-, em que o mencionado grupo bivalente pode ser eventualmente substituído por um ou mais grupos selecionados a partir de grupos hidroxila, amina, ácido carboxílico, amida, ciano e acilamino (C1-C4); - Ra, Rb e Rc indicam independentemente um átomo de hidrogênio ou um radical alquila C1-C6 linear ou ramificado, preferivelmente linear; - X indica um grupo fotoativo do tipo azida ou diazirina; e - n varia de 5 a 2000; (ii) uma etapa que consiste na exposição da pele à radiação luminosa, preferencialmente por pelo menos cinco segundos; a etapa que consiste na aplicação de radiação luminosa sendo realizada após ou ao mesmo tempo que a etapa que consiste na aplicação da composição cosmética compreendendo a quitosana enxertada (I).
2. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela quitosana enxertada (I) possuir grau molar de enxerto com grupos fotoativos -CO-L-X que varia de 0,1% a 50%, preferencialmente que varia de 1% a 30% e, preferencialmente, que varia de 1% a 20%.
3. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado por L ser um radical de hidrocarboneto bivalente C1-C20, preferencialmente C1-C10, linear, ramificado ou cíclico, saturado ou insaturado (incluindo aromático), que pode ser interrompido com um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio ou com um ou mais grupos não adjacentes selecionados a partir de -NH-, -CO-, - O-CO- e -NH-CO-.
4. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pela quitosana enxertada (I) possuir grau de acetilação (-CO-CH3) que varia de 0% a 50%, preferencialmente que varia de 5% a 30% e, de maior preferência, que varia de 10% a 30%.
5. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por n variar de 5 a 280, preferencialmente, de 15 a 165.
6. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo polímero de quitosana enxertada possuir a fórmula (Ia):
Figure img0032
em que: a quitosana enxertada compreende unidades portando um grupo amino livre, unidades b portando um grupo N-acetil amino e unidades c portando um grupo amino enxertado com um grupo fotoativo -CO-L-X; - b varia de 0 a 0,5, preferencialmente de 0,05 a 0,30 e, de preferência ainda maior, de 0,1 a 0,30; - c varia de 0,001 a 0,5, preferencialmente de 0,01 a 0,3 e, de preferência ainda maior, de 0,01 a 0,2; e a + b + c = 1; e X, L e n possuem os significados da reivindicação 0
7. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por L ser selecionado a partir dos grupos a seguir:
Figure img0033
** representa a ligação com o grupo fotoativo X.
8. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo grupo fotoativo X poder ser selecionado a partir dos grupos a seguir:
Figure img0034
em que Rd indica H ou um radical alquila C1-C6 linear ou ramificado, preferencialmente linear, ou um radical CF3; preferencialmente selecionado a partir de:
Figure img0035
9. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das
Figure img0036
reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo grupo -CO-L-X ser selecionado a partir
Figure img0037
10. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pela quitosana enxertada (I) ou (Ia) estar presente na composição em um teor que varia de 0,1% a 10% em peso com relação ao peso total da composição, que preferencialmente varia de 0,5% a 10% em peso, preferencialmente que varia de 1% a 8% em peso e, de maior preferência, que varia de 1% a 6% em peso.
11. PROCESSO de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pela etapa (ii), que consiste na aplicação de radiação luminosa, ser realizada após a etapa (i), que consiste na aplicação da composição cosmética que compreende a quitosana enxertada (I).
12. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pela radiação luminosa ser luz natural ou luz artificial com comprimento de onda de 360 a 600 nm.
13. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pela radiação luminosa possuir uma fonte selecionada a partir de lâmpadas de arco, tais como lâmpadas de xenônio e lâmpadas de mercúrio; lâmpadas fluorescentes; lâmpadas incandescentes, tais como lâmpadas halógenas; LEDs e lasers.
14. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo tempo de exposição à radiação luminosa ser de pelo menos cinco segundos, de preferência esse tempo de exposição pode variar de dez segundos a quinze minutos, especialmente de quinze segundos a dez minutos e, de maior preferência, de vinte segundos a cinco minutos.
15. POLÍMERO, caracterizado por ser de fórmula (II):
Figure img0038
em que R’1 representa independentemente H, um grupo acetila ou um grupo -CO-L-X da fórmula (c) abaixo:
Figure img0039
em que: - L é um grupo hidrocarboneto bivalente saturado ou insaturado, linear, ramificado ou cíclico, que compreende de um a vinte átomos de carbono, preferencialmente de dois a dez átomos de carbono, que podem ser interrompidos com um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio, enxofre ou grupos -NH-, -CO-, -CONH-, -COO-, -O-CO- N(Ra)-, particularmente -O-CO-NH-, -N(Rb)-CO-N(Rc)-, particularmente -NH- CO-NH-, em que o mencionado grupo bivalente pode ser eventualmente substituído com um ou mais grupos selecionados a partir dos grupos hidroxila, amina, ácido carboxílico, amida, ciano e acilamino (C1-C4); - Ra, Rb e Rc indicam independentemente um átomo de hidrogênio ou um radical alquila C1-C6 linear ou ramificado, preferencialmente linear; preferencialmente, L é um radical hidrocarboneto bivalente C1-C20 linear, ramificado ou cíclico, saturado ou insaturado (incluindo aromático), que pode ser interrompido por um ou mais heteroátomos não adjacentes selecionados a partir de oxigênio ou por um ou mais grupos não adjacentes selecionados a partir de -NH-, -CO-, -O-CO- e -NH-CO-; - R’d indica H ou um radical alquila C1-C4 linear ou ramificado, preferencialmente linear, ou um radical CF3; preferencialmente, R’d é selecionado a partir de átomo de hidrogênio, radical metila e radical CF3; - o polímero contém pelo menos um grupo -CO-L-X da fórmula (c); e - n varia de 5 a 1700, preferencialmente de 5 a 280 e, de maior preferência, de 15 a 165.
16. POLÍMERO, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pela quitosana enxertada (I) possuir grau molar de enxerto com grupos fotoativos -CO-L-X que varia de 0,1% a 50%, preferencialmente que varia de 1% a 30% e, preferencialmente, que varia de 1% a 20%.
17. POLÍMERO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 16, caracterizado pela quitosana enxertada (I) possuir grau de acetilação (-CO-CH3) que varia de 0% a 50%, preferencialmente que varia de 5% a 30% e, de maior preferência, que varia de 10% a 30%.
18. POLÍMERO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 17, caracterizado por possuir a fórmula (II’):
Figure img0040
em que: b varia de 0 a 0,5, preferencialmente de 0,05 a 0,30 e, de preferência ainda maior, de 0,1 a 0,30; - c varia de 0,001 a 0,5, preferencialmente de 0,01 a 0,3 e, de preferência ainda maior, de 0,01 a 0,2; e - a + b + c = 1; e L e R’d possuem os significados da reivindicação 15.
19. POLÍMERO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 18, caracterizado pelo polímero de quitosana enxertada (II) possuir a fórmula (IIa):
Figure img0041
em que R indica H, acetila ou um grupo (J):
Figure img0042
em que R’e = CH3 ou CF3 e o polímero compreende pelo menos um grupo (J); ou possuir a fórmula (IIb):
Figure img0043
em que R indica H, acetila ou um grupo (K):
Figure img0044
em que p = 1 a 3 e o polímero compreende pelo menos um grupo (K).
20. COMPOSIÇÃO, caracterizada por compreender, em um meio fisiologicamente aceitável, um polímero (II), (II’), (IIa) ou (IIb), conforme definidos em qualquer uma das reivindicações 15 a 19.
21. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 20, caracterizada pelo polímero (II), (IIa) ou (IIb) estar presente em um teor que varia de 0,1% a 10% em peso com relação ao peso total da composição, de preferência que varia de 0,5% a 10% em peso, preferencialmente que varia de 1% a 8% em peso e, de maior preferência, que varia de 1% a 6% em peso.
22. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 21, caracterizada por compreender um adjuvante cosmético selecionado a partir de água, emulsificantes, conservantes, sequestrantes, fragrâncias, espessantes, óleos, ceras e polímeros formadores de filme.
23. PROCESSO DE DESODORIZAÇÃO, dos pés e/ou dos sapatos, caracterizado por consistir na colocação, em um sapato, uma sola cuja superfície foi tratada por meio de aplicação, à mencionada superfície, de uma composição que compreende uma quitosana enxertada (I), conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, e seguida da exposição da superfície tratada à radiação luminosa, preferencialmente por pelo menos cinco segundos, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 ou 12 a 14.
24. PROCESSO DE DESODORIZAÇÃO, do corpo (ou parte do corpo), caracterizado por consistir em vestir o corpo (ou parte do corpo) com vestimentas feitas de tecido cuja superfície foi tratada por meio de aplicação, à superfície, do tecido de uma composição que compreende uma quitosana enxertada (I), conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, e exposição em seguida da superfície tratada à radiação luminosa, preferivelmente por pelo menos cinco segundos, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 ou 12 a 14.
25. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 24, caracterizado pela parte do corpo ser os pés e as vestimentas serem selecionadas a partir de meias, meias 7/8 e meias-calças.
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