BR112015002768B1 - Método para determinar um ajuste de uma lente de contato em um olho e lente de contato - Google Patents

Método para determinar um ajuste de uma lente de contato em um olho e lente de contato Download PDF

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Abstract

USO DE LENTE DE CONTATO NO TRATAMENTO DE UMA CONDIÇÃO OFTALMOLÓGICA. Uso de lentes de contato para o tratamento de uma ou mais condições oftalmológicas. Em algumas modalidades, as lentes de contato podem ser utilizadas para tratar a presbiopia, a miopia induzida, a síndrome da visão do computador (CVS), acomodação insuficiente, ou uma condição associada com a acomodação insuficiente. A lente de contato pode incluir várias regiões tendo diferentes geometrias (por exemplo, curvatura, largura, diâmetro) dependendo da queratonomia mais plana da córnea para conseguir um ajuste adequado. Por exemplo, a lente de contato pode incluir uma zona ótica circundada por uma região periférica interna e uma região periférica externa ao redor da região periférica interna, cada uma apresentando graus variáveis de curvatura. A lente de contato ajustada pode ser selecionada com base em uma profundidade sagital e/ou excentricidade da córnea medida. Quando ajustada, uma quantidade apropriada de líquido pode acumular-se entre a córnea do olho e a lente de contato. Além disso, a lente pode apresentar uma quantidade suficiente de folga apical de tal modo que quando o usuário pisca, a lente não se move mais do que 1 mm no olho. Além disso, a lente e o olho (...).

Description

PEDIDOS RELACIONADOS
[001] O presente pedido reivindica a prioridade sob 35 U.S.C. § 119(e) para os pedidos de patente provisória U.S., U.S.S.N. 61/682.008, depositado em 10 de agosto de 2012, e U.S.S.N. 61/793.535, depositado em 15 de março de 2013, cada um dos quais é aqui incorporado por referência.
CAMPO DA INVENÇÃO
[002] O tratamento de uma ou mais condições oftalmológicas é descrito de uma forma geral. Em particular, são descritos os métodos e sistemas para o ajuste e uso das lentes de contato aqui debatidas que podem prover um usuário com melhor acuidade visual. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[003] As lentes de contato são lentes amplamente utilizadas para corrigir a visão e são designadas para serem colocadas diretamente sobre a superfície do olho, de modo a cobrir uma parte substancial da córnea. Uma lente de contato tendo curvaturas particulares desvia a luz de uma maneira substancialmente uniforme e é comumente utilizada para corrigir as várias condições do olho.
[004] Algumas lentes de contato são produzidas como lentes or- toceratológicas que são projetadas para remodelar a córnea de modo a reduzir os erros de refração que podem surgir em determinadas condições oftalmológicas. A figura 1A representa uma lente de contato ortoceratológica convencional tendo uma forma basicamente hemisférica, onde a lente é subdividida em várias regiões que podem ou não ter curvaturas diferentes. Uma lente de contato tórica apresenta capacidade concentrada que irá variar dependendo da direção da luz incidente e é frequentemente utilizada para corrigir o astigmatismo. As lentes de contato multifocais (por exemplo, lentes bifocais) são projetadas para ter múltiplos pontos focais e são tipicamente utilizadas para corrigir a presbiopia, que surge do olho que apresenta uma capacidade diminuída (por exemplo, devido à idade) de focalizar objetos situados relativamente perto do olho (por exemplo, material de leitura).
[005] Algumas lentes de contato são produzidas de um material macio, tal como um hidrogel ou um hidrogel de silicone. Os hidrogéis de silicone são de alta permeabilidade ao oxigênio em relação aos hi- drogéis regulares. As lentes rígidas permeáveis a gás podem ser produzidas de polímeros sem água (por exemplo, polímeros sem hidrogel) que são mais rígidos e geralmente menores em diâmetro do que as lentes de hidrogel. As lentes rígidas permeáveis a gás tipicamente fornecem visão mais nítida do que as lentes produzidas a partir de um hidrogel e são comumente utilizadas como lentes para tratamento or- toceratológico.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[006] Os inventores reconheceram que uma ou mais condições oftalmológicas podem ser tratadas pelo modo em que uma lente de contato é ajustada em um olho. Tais condições oftalmológicas podem incluir, mas não são limitadas a estas, presbiopia, miopia induzida, síndrome da visão do computador (CVS), acomodação insuficiente, e outras condições que surgem da acomodação insuficiente.
[007] Os métodos de acordo com a presente divulgação envol vem a determinação de um raio de curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho e uma profundidade sagital da córnea do olho, com base nas técnicas que medem a topografia da córnea. O método também pode envolver a seleção de uma lente de contato que possui uma zona ótica com uma curvatura que varia de uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho entre aproximadamente 2,0 e aproximadamente 6,0 dioptrias. A zona ótica da lente de contato pode ter um raio de curvatura igual à profundidade sagital da córnea acrescido de uma distância entre aproximadamente 0,05 mm e aproximadamente 0,25 mm. A lente de contato pode ser selecionada de tal modo que quando a lente está adequadamente ajustada sobre o olho, um volume de fluido (por exemplo, o volume de lágrima) entre a córnea do olho e a lente de contato entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico é mantido.
[008] Em algumas modalidades, um ajuste da lente de contato em um olho pode ser estruturado de modo a apresentar uma quantidade suficiente de folga apical de tal modo que a lente se move não mais do que 1 mm sobre o olho após piscar. A lente de contato também pode ser ajustada de modo que bolhas maiores do que 0,5 mm de diâmetro sejam impedidas de se formar entre a lente de contato e a superfície do olho.
[009] A lente de contato pode ter várias regiões configuradas e dispostas com geometrias particulares (por exemplo, cada região tendo uma certa combinação de curvatura e diâmetro) que fornecem uma maior correção da visão, por exemplo, através da refração de luz apropriada na retina e/ou, em alguns casos, através da remodelagem da córnea e/ou compensação para a acomodação insuficiente do indivíduo. A lente de contato pode ser utilizada em combinação com um ou mais agentes terapêuticos (por exemplo, um ou mais agentes de amaciamento da córnea) para melhorar a visão.
[0010] Em uma modalidade ilustrativa, se fornece um método de ajuste de uma lente de contato em um olho. O método inclui determinar um raio de curvatura do meridiano mais plano da córnea do olho; e selecionar uma lente de contato tendo uma zona ótica com uma curvatura que varia de uma curvatura do meridiano mais plano da córnea do olho entre aproximadamente 2,0 e aproximadamente 6,0 dioptrias; e determinar uma profundidade sagital da córnea do olho e selecionar uma lente de contato que possui uma zona ótica com um raio de curvatura igual à profundidade sagital da córnea acrescida de uma distância entre aproximadamente 0,05 mm e aproximadamente 0,25 mm.
[0011] Em outra modalidade ilustrativa, se fornece um método de ajuste de uma lente de contato em um olho. O método inclui determinar um raio de curvatura do meridiano mais plano da córnea do olho; e selecionar uma lente de contato que possui uma zona ótica com uma curvatura que varia de uma curvatura do meridiano mais plano da córnea do olho entre aproximadamente de 2,0 e aproximadamente 6,0 dioptrias e tal que, quando a lente de contato for ajustada no olho, um volume de fluido entre a córnea do olho e a lente de contato seja mantido entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico.
[0012] Em uma outra modalidade ilustrativa, um método de uso de uma lente de contato para a correção da visão é fornecido. O método inclui a colocação de uma lente de contato sobre uma córnea de um olho de um indivíduo de tal modo que, quando a lente de contato é ajustada sobre o olho, um volume de fluido entre a córnea do olho e a lente de contato seja mantido entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico. A lente de contato pode incluir uma zona ótica que possui um diâmetro da zona ótica entre 7,0 mm e 9,0 mm e um raio de curvatura entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 10,0 mm, e uma região periférica interna em torno da zona ótica, em que a região periférica interna possui um raio de curvatura entre aproximadamente 0,5 mm e aproximadamente 1,5 mm maior do que o raio de curvatura da zona ótica.
[0013] Em uma outra modalidade, se fornece um método para o tratamento de uma condição oftalmológica, o método compreendendo o uso da lente de contato como aqui descrito, e a aplicação de um ou mais agentes amaciadores a córnea no olho de um indivíduo que sofre ou que é provável de sofrer da condição oftalmológica. Em certas mo-dalidades, a condição sendo tratada ou prevenida é a presbiopia, miopia induzida, síndrome da visão do computador (CVS), acomodação insuficiente, ou uma condição associada com a acomodação insuficiente. Em certas modalidades, o um ou mais agentes amaciadores da córnea são selecionados do grupo que consiste em hialuronidase, condroitinase ABC, condroitinase AC, endo B-galactosidase (cerata- nase), estromelisina (MM3), colagenase bacteriana, colagenase intersticial (MM1), e gelatinase (MM2), e suas combinações. Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de hialuronidase e cola- genase bacteriana no olho. Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de cerca de 1 a cerca de 10 unidades USP por ml de hialuronidase e cerca de 5 a cerca de 15 unidades USP por ml de colagenase bacteriana no olho.
[0014] As vantagens, novas características e objetivos da inven ção se tornarão evidentes a partir da seguinte descrição detalhada da invenção quando considerada em conjunto com os desenhos anexos, os quais são esquemáticos e que não se destinam a ser representados em escala. Para propósitos de clareza, nem todo componente é rotulado em cada figura, nem é todo componente de cada modalidade da invenção representada onde a ilustração não é necessária para permitir que aqueles de habilidade prática na técnica compreendam a invenção.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0015] Os desenhos anexos não se destinam a serem representa dos em escala. Nos desenhos, cada um dos componentes idênticos ou quase idênticos que é ilustrado em várias figuras é representado por um número semelhante. Várias modalidades da invenção são descritas, a título de exemplo, com referência aos desenhos anexos, nos quais:
[0016] A figura 1A é uma vista em perspectiva de uma lente de contato convencional;
[0017] A figura 1B é uma vista em corte através do ápice de uma lente de contato;
[0018] A figura 2A é uma vista superior de uma lente de contato de acordo com algumas modalidades;
[0019] A figura 2B é uma vista superior da lente de contato da figu ra 2A colocada sobre um olho;
[0020] A figura 2C é uma vista em corte através das linhas 2C-2C da lente de contato da figura 2A;
[0021] A figura 2D é uma vista superior de outra lente de contato de acordo com algumas modalidades;
[0022] A figura 3A é uma vista superior de outra lente de contato de acordo com algumas modalidades;
[0023] A figura 3B é uma vista em corte através das linhas 3B-3B da lente de contato da figura 3A;
[0024] A figura 4A é um mapa tangencial instantâneo de um olho tomado para fins de diagnóstico;
[0025] A figura 4B é um mapa de refração padrão utilizado para ajustar uma lente de contato;
[0026] A figura 4C é um padrão de fluoresceína que mostra a folga da lente; e
[0027] As figuras 5A e 5B representam uma Tabela (figura 5A) e gráfico de barras correspondente (figura 5B) demonstrando a melhora da visão perto e longe antes e após 7 dias, 1 mês, 4 meses, 6 meses e 8 meses em pacientes com presbiopia após o tratamento utilizando uma formulação enzimática compreendendo hialuronidase e colage- nase bacteriana em combinação com uma lente de contato da presente invenção. A visão de perto foi medida utilizando a escala de teste Jaeger. J1, J2 = Tamanho da fonte 4 (escrita fina); J2, J3 = Tamanho da fonte 5 (comuns); J4/J5 = Tamanho da fonte 6 (páginas amarelas); J6 = Tamanho da fonte 8 (jornal); J8 = Tamanho da fonte 10 (livros para adultos); J9-J11 = Tamanho da fonte 14 (livros infantis); J11, J12 = Tamanho da fonte 18 (letras grandes).
DESCRIÇÃO DETALHADA DE CERTAS MODALIDADES DA INVENÇÃO
[0028] A presente divulgação refere-se ao uso de uma lente de contato para o tratamento de uma ou mais condições oftalmológicas. Os métodos aqui descritos podem resultar em uma melhor correção da visão com base em certas características tais como os aspectos geométricos de várias regiões da lente de contato em relação à topografia do olho. Estes aspectos geométricos podem depender, em parte, do ajuste e prescrição das lentes de contato conforme determinado por meio de um exame de optométrico, que incorpora um ajuste de diagnóstico. Os procedimentos e parâmetros para a determinação do ajuste e forma geométrica apropriados da lente de contato são aqui descritos e ilustrados nas figuras.
[0029] Em algumas modalidades, as lentes de contato aqui descri tas podem ser úteis para o tratamento de presbiopia. Em algumas mo-dalidades, as lentes de contato aqui debatidas podem ser úteis para tratar outras condições separadas ou além da presbiopia, tal como a miopia induzida, síndrome da visão do computador (CVS), acomodação insuficiente, e condições associadas com a acomodação insuficiente. Em alguns casos, certos tipos de lentes de contato aqui descritas são preferidos para o tratamento de certas condições. Alternativamente, as lentes de contato aqui descritas podem ser utilizadas para tratar vários tipos de condições.
[0030] As lentes de contato de acordo com a presente divulgação podem incluir várias regiões que cada uma apresenta uma curvatura diferente na superfície interna da lente. Os aspectos da presente di- vulgação se relacionam com uma única maneira em que a respectiva curvatura de diferentes regiões da lente é selecionada de acordo com a sua conexão com a topografia da córnea. As combinações geométricas de certas regiões da lente podem resultar em uma superfície de múltiplas focagens que corrige qualquer uma das condições aqui debatidas.
[0031] Na seleção de uma lente de contato apropriada, a zona óti ca da lente pode ser selecionada para ter uma curvatura que varia da curvatura do meridiano mais plano da córnea do olho entre aproximadamente 2,0 dioptrias e aproximadamente 6,0 dioptrias. Por exemplo, a curvatura da zona ótica da lente de contato pode ser selecionada para ser maior, ou menor, do que a curvatura do olho no meridiano mais plano da córnea entre aproximadamente 2,0 e aproximadamente 6,0 dioptrias (por exemplo, 2,5 D, 3,0 D, 3,5 D, 4,0 D, 4,5 D, 5,0 D, 5,5 D). A zona ótica da lente de contato pode ter um raio de curvatura igual à profundidade sagital da córnea acrescida de uma distância entre aproximadamente 0,05 mm e aproximadamente 0,25 mm.
[0032] Quando a lente for apropriadamente ajustada no olho, um volume de fluido (por exemplo, volume de lágrima) entre a córnea do olho e a lente de contato entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico é mantido. Além disso, quando a lente é apropriadamente colocada no olho, pode haver uma quantidade suficiente de folga apical de tal modo que quando o usuário pisca, a lente se desloca não mais de 1 mm no olho. Em algumas modalidades, quando apropriadamente ajustada no olho de um indivíduo, a lente de contato é estruturada de modo que bolhas maiores do que 0,5 mm de diâmetro sejam impedidas de formar entre a lente de contato e o olho.
[0033] A figura 1B ilustra uma vista em corte de uma lente de con tato 2 tendo uma profundidade sagital SD e um diâmetro total D. O di- âmetro total é medido ao longo do plano de base b, o qual é mostrado na figura 1B e definido como um plano de referência que fica nivelado com a superfície da borda externa da lente de contato. A profundidade sagital SD é a distância medida a partir do vértice da lente de contato perpendicular ao plano de base b. O vértice da lente de contato é o ponto em que a lente é mais plana, definindo um plano apical a que corre em paralelo com o plano de base b. Para uma lente de contato radialmente simétrica, o vértice também é o ponto mais alto da lente de contato. Na figura 1B, a lente de contato possui uma superfície arqueada que se conforme com uma forma de tipo geralmente hemisférico liso (por exemplo, hemisfério esmagado). No entanto, deve ser observado que as lentes de contato de acordo com a presente divulgação não são requeridas para se conformar com uma forma hemisférica exata. Por exemplo, como aqui descrito, as lentes de contato podem incluir várias regiões que apresentam as respectivas curvaturas que são diferentes entre si.
[0034] Como aqui debatido, a lente de contato pode incluir uma região substancialmente central à lente de contato chamada a "zona ótica". De um modo geral, quando a lente de contato é adequadamente colocada sobre o olho, a zona ótica é a parte da lente de contato que fornece para a maioria, se não todos, correção visual. Em alguns casos, a zona ótica pode ser circundada em torno da sua periferia por outra parte da lente de contato que não afeta a visão. Em outros casos, as partes circundantes da zona ótica podem contribuir para a correção e/ou ajuste visual. Visto que as lentes de contato se assentam diretamente sobre a córnea do olho, em alguns casos, a zona ótica possui aproximadamente o mesmo diâmetro que a pupila do olho. Por exemplo, a própria zona ótica e/ou a borda da zona ótica repousa sobre a córnea. Embora, em algumas modalidades, as regiões da lente de contato diferentes da zona ótica, e/ou da borda da zona ótica, po- dem repousar sobre a córnea do olho. Ou, em algumas modalidades, uma lente de contato (por exemplo, a lente rígida permeável a gás) pode ser ajustada no olho de tal forma que as partes da zona ótica da lente são afastadas da córnea do olho de modo a permitir que o fluido (por exemplo, líquido, formação de bolhas, agentes bioativos, etc.) adequadamente se acumule, ou de outra forma se reúna, nas regiões apropriadas entre a lente e o olho. Consequentemente, quando a lente é adequadamente colocada no olho, certas regiões da lente podem fazer contato com a superfície do olho (por exemplo, a periferia da zona ótica) e outras regiões da lente (por exemplo, zona ótica) podem permanecer a uma distância apropriada da superfície do olho.
[0035] Além da zona ótica, a lente de contato pode ter múltiplas regiões, cada uma tendo diferentes formas (por exemplo, curvatura) e tamanhos (por exemplo, largura, diâmetro). Em algumas modalidades, a zona ótica da lente de contato refrata a luz que entra no olho que resulta em uma melhora da acuidade visual. A zona ótica pode ser circundada por uma região periférica interna, ou uma região intermediária. A região periférica interna pode ser circundada por uma região periférica externa. Várias regiões podem ser moldadas para fornecer um reservatório apropriado para o líquido (por exemplo, lágrimas). Por exemplo, quando a lente de contato é colocada sobre um olho, a zona ótica e/ou uma das regiões periféricas podem ter uma curvatura que dão origem a um volume lacrimal adequado que se acumula debaixo da lente.
[0036] Em algumas modalidades, a lente de contato pode ser pro gressivamente mais plana na curvatura mais longe do centro da lente. Por exemplo, a região periférica interna pode ser mais plana do que a zona ótica e a região periférica externa pode ser ainda mais plana do que a região periférica interna. Uma tal estrutura pode levar em conta a lente de contato para apropriadamente ajustar de forma confortável e de maneira a ajustar-se perfeitamente no olho. Contudo, pode-se observar que as lentes de contato de acordo com a presente divulgação podem não apresentar características progressivamente mais planas na curvatura mais longe do centro da lente. Por exemplo, em algumas modalidades, enquanto que a região periférica interna possa ser mais plana do que a zona ótica, a região periférica externa pode ser mais íngreme do que a região periférica interna. Ou, a região periférica interna pode ser mais íngreme do que a zona ótica e a região periférica externa pode ser mais íngreme do que a região periférica interna.
[0037] Uma lente de contato pode incluir outras regiões, por exemplo, uma região adicional que circunda a região periférica externa; uma região localizada entre as regiões periféricas internas e externas; ou uma região localizada entre a zona ótica e a região periférica interna. Alternativamente, uma ou mais das regiões acima podem não estar presente em várias modalidades da lente de contato. Por exemplo, em algumas modalidades, uma lente de contato pode incluir apenas uma zona ótica e uma única região periférica.
[0038] Uma ou mais de cada uma das regiões da lente de contato podem funcionar para remodelar a córnea em conformidade com o tratamento ortoceratológico. Em algumas modalidades, quando colocadas no olho, as várias regiões da lente de contato exercem pressão sobre a superfície da córnea, o que induz a alteração física da córnea. Por exemplo, as partes da lente de contato (por exemplo, regiões pa- racentrais) podem ser apropriadamente encharcadas de uma maneira constante e uniforme, resultando em uma melhora no ajuste e/ou acuidade visual. Em algumas modalidades, a lente de contato corrige a visão de um indivíduo que sofre de uma condição oftalmológica em combinação com remodelação ortoceratológica da córnea, ou alternativamente, sem a remodelação ortoceratológica da córnea. Em algumas modalidades, a lente de contato descrita e mostrada nas figuras 2A-2D pode ser útil para corrigir a visão de um indivíduo que sofre de presbiopia, miopia induzida, síndrome da visão do computador, acomodação insuficiente, ou uma condição associada com a acomodação insuficiente.
[0039] Cada uma da zona ótica, da região periférica interna, e da região periférica externa pode ter um raio apropriado de curvatura que é determinado como a distância do centro de uma esfera de referência que é coincidente com o arco tendo uma curvatura particular, que é definido pela superfície interna (côncava) de cada região. Como representado nas figuras 2A-2D, cada uma da zona ótica, da região periférica interna, e da região periférica externa pode ter uma respectiva largura ou diâmetro que cai dentro de uma faixa adequada.
[0040] As figuras 2A-2C representam uma modalidade ilustrativa de uma lente de contato 10 com várias regiões tendo diferentes configurações geométricas (por exemplo, tendo diferentes curvaturas, larguras, diâmetros, etc.). A lente de contato inclui uma zona ótica 12, a qual, como mencionado acima, é a parte primária da lente de contato que fornece correção visual, ou pelo menos uma parte substancial de correção da visão. Em alguns casos, a zona ótica da lente de contato pode ser estruturada de tal modo que, quando a lente de contato é colocada sobre o olho, um volume de fluido adequado (por exemplo, lágrimas, composição/solução bioativa) se acumula entre a lente e o olho. A figura 2B representa um exemplo que mostra tal acúmulo de fluido entre a lente e o olho, como identificado por um marcador de flu- oresceína.
[0041] Como mostrado na figura 2A, a zona ótica 12 é circundada por uma região periférica interna 14. A região periférica interna pode ou não fornecer correção visual. A região periférica interna da lente de contato pode ter um raio de curvatura que é maior ou menor do que o raio de curvatura da zona ótica. Isto é, a curvatura da região periférica interna da lente pode ser mais ou menos íngreme do que a curvatura da zona ótica da lente.
[0042] O movimento mais extenso radialmente de fora, da região periférica interna 14, por sua vez, é circundado pela região periférica externa 16. A região periférica externa 16 é mostrada na figura 2A de compreender a borda externa da lente de contato. A região periférica externa da lente de contato pode ter um raio de curvatura que é maior (ou menor), por sua vez, do que o raio da curvatura de cada uma da região periférica interna e da zona ótica.
[0043] As configurações geométricas das regiões periféricas inter nas e externas podem fornecer um ajuste melhorado da lente de contato sobre a córnea do olho onde, assim que colocada adequadamente, a lente de contato permanece relativamente centrada sobre a córnea sem capacidade substancial. Em algumas modalidades, quando colocada no olho, toda a lente de contato está localizada sobre a córnea.
[0044] Como ainda mostrada na figura 2C, a zona periférica inter na 14 apresenta menos curvatura do que aquela da zona ótica 12 e a região periférica externa 16 apresenta menos curvatura do que aquela tanto da zona ótica quanto da região periférica interna. Em outras palavras, a lente de contato é gradualmente mais plana ainda a partir do centro da lente de contato. Em alguns casos, embora não necessariamente assim, uma tal estrutura pode fornecer o acúmulo de um volume lágrima apropriado entre a lente de contato e do olho enquanto alcança um ajuste adequado. A figura 2B representa uma modalidade de uma lente de contato colocada na córnea de um olho tendo um volume de fluido adequado (por exemplo, volume de lágrima) localizado entre a lente de contato e o olho.
[0045] Em algumas modalidades, e como mostrado nas figuras 2A e 2C, uma primeira região de intermediária 13a pode estar localizada entre a zona ótica 12 e a região periférica interna 14, e a segunda zona intermédia 13b pode estar localizada entre a região periférica interna 14 e a região periférica externa 16. As regiões intermediárias 13a, 13b são mostradas nas figuras 2A e 2C para serem as partes relativamente estreitas da lente de contato que são opcionalmente dispostas como transições (por exemplo, regiões de transição combinadas) entre as partes da lente de contato tendo graus particulares de curva-tura. Por exemplo, a primeira região intermediária 13a pode apresentar uma geometria (por exemplo, curvatura) que compreende uma mistura das respectivas geometrias (por exemplo, curvaturas) da zona ótica 12 e da região periférica interna 14. Consequentemente, o raio de curvatura da primeira região intermediária 13a pode estar entre os respectivos raios de curvatura de cada um da zona ótica 12 e da região periférica interna 14. A geometria da segunda região intermediária 13b pode compreender uma mistura das respectivas geometrias da zona periférica interna 14 e região periférica externa 16. Como tal, o raio de curvatura da segunda zona intermediária 13b pode estar entre os respectivos raios de curvatura de cada uma da região periférica interna 14 e da região periférica externa 16. Cada uma das primeira e segunda regiões intermediárias 13a, 13b pode ter uma largura adequada, tipicamente menor do que a largura das regiões periféricas internas ou externas. No entanto, em alguns casos, uma região intermediária pode ter uma largura que é maior do que a largura das regiões periféricas internas ou externas.
[0046] Como observado, a inclusão de regiões intermediárias en tre a zona ótica e as regiões periféricas internas/externas na lente de contato é opcional. Em algumas modalidades, não existe nenhuma região intermediária ou de transição localizada entre a zona ótica ou as regiões periféricas internas e externas. A figura 2D representa uma modalidade ilustrativa onde a região periférica interna 14 imediatamen- te circunda a zona ótica 12, e a região periférica externa 16 imediatamente circunda a região periférica interna 14.
[0047] Dependendo da capacidade de prescrição e do tipo de vi são a ser corrigido, a lente de contato pode ter uma espessura adequada. Em algumas modalidades, se a lente de contato não tiver nenhuma capacidade de prescrição, a espessura da lente de contato aproximadamente no centro da zona ótica é de aproximadamente 0,18 mm. Para cada dioptria de potência positiva de uma lente de contato que corrige uma doença oftalmológica particular, a espessura pode ser aumentada ou diminuída em aproximadamente 0,02 mm. Por exemplo, uma lente adequada para corrigir uma doença oftalmológica por +2 dioptrias pode ter uma espessura de cerca de 0,22 mm aproximadamente no centro da zona ótica. Em alguns casos, a lente pode geralmente ser mais plana, ou mais íngreme, na superfície interna (côncava) do que na superfície externa (convexa). Em outro exemplo, uma lente adequada para corrigir outra doença oftalmológica por -2 dioptri- as pode ter uma espessura de cerca de 0,16 mm aproximadamente no centro da zona ótica.
[0048] Em algumas modalidades, o diâmetro global D da lente de contato como medido ao longo de um plano de base de referência b que intersecta a superfície de borda externa da lente de contato está entre aproximadamente 9,0 mm e aproximadamente 11,0 mm (por exemplo, 9,2 mm, 9,4 mm, 9,6 mm, de 9,8 mm, 10,0 mm, 10,5 mm). Embora, em alguns casos, o diâmetro global D da lente de contato possa cair dentro de uma faixa adequada que é ainda mais ampla, por exemplo, entre aproximadamente 8,0 mm e aproximadamente 12,0 mm, entre aproximadamente 8,5 mm e aproximadamente 11,5 mm, entre aproximadamente 9,0 mm e aproximadamente 11,0 mm, entre aproximadamente 9,5 mm e aproximadamente 10,5 mm ou entre aproximadamente 9,5 mm e aproximadamente 10,0 mm. Em algumas modalidades, o diâmetro global D da lente de contato está relacionado com o diâmetro da zona ótica DOZ. Por exemplo, se o diâmetro da zona ótica DOZ aumenta e as respectivas larguras das outras regiões permanecem constantes, o diâmetro global D da lente de contato irá aumentar proporcionalmente.
[0049] Em algumas modalidades, o diâmetro da zona ótica DOZ da lente de contato, como mostrado nas figuras 2A-2D e como medido ao longo de uma corda que corre em paralelo ao plano de base de referência b, pode estar entre aproximadamente 7,5 mm e aproximadamente 8,5 mm (por exemplo, 7,6 mm, 7,8 mm, 8,0 mm, 8,2 mm, 8,4 mm). O diâmetro da zona ótica DOZ da lente de contato pode variar de forma apropriada e, em alguns casos, cai dentro de uma faixa adequada, tal como entre aproximadamente 6,0 mm e aproximadamente 10,0 mm, entre aproximadamente 6,5 mm e aproximadamente 9,5 mm ou entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 9,0 mm.
[0050] A zona ótica 12 da lente de contato pode ter uma curva de base que possui uma curvatura definida por um raio adequado de curvatura (ou raio de curva de base) como medido ao longo da superfície côncava da zona ótica, voltando-se em direção ao olho. Em algumas modalidades, o grau de curvatura da zona ótica é maior (mais íngreme) do que o grau de curvatura da córnea no seu vértice (por exemplo, no meridiano mais plano da córnea). Em outras palavras, para algumas modalidades, o raio de curvatura da zona ótica da lente de contato é menor que o raio de curvatura do olho no ápice da córnea ou onde a córnea é mais plana. Uma tal configuração pode ser útil para conseguir um ajuste adequado da lente de contato sobre o olho enquanto se alcança um volume de fluido adequado entre a lente de contato e o olho.
[0051] O vértice da córnea pode ser determinado utilizando várias técnicas, tais como através do uso de topografia da córnea ou cerato- metria. A topografia da córnea, geralmente, envolve técnicas médicas não invasivas de formação de imagem para mapear a topografia da superfície e/ou curvatura da córnea. Em uma córnea radialmente simétrica perfeita, o vértice está localizado no centro geométrico da córnea e no seu ponto mais elevado; no entanto, a localização do vértice pode variar de pessoa para pessoa.
[0052] De acordo com os métodos aqui descritos, a zona ótica de uma lente de contato selecionada pode ter uma curvatura que é maior ou menor no grau do que a curvatura do olho no vértice da córnea (ou região da córnea tendo a ceratometria mais plana). Em algumas modalidades, o grau de curvatura da zona ótica pode diferir do grau de curvatura da córnea no seu vértice (ou na sua ceratometria mais plana) em aproximadamente 2,0 a 6,0 dioptrias. Dependendo de que tipo de correção de visão é desejado, a curvatura da zona ótica da lente de contato pode ser selecionada consequentemente. Por exemplo, a curvatura da zona ótica da lente de contato pode ser maior do que a curvatura do olho no meridiano mais plano da córnea entre aproximadamente 2,0 e aproximadamente 6,0 dioptrias (por exemplo, 2,5 D, 3,0 D, 3,5 D, 4,0 D, 4,5 D, 5,0 D, 5,5 D). Alternativamente, em alguns casos, a curvatura da zona ótica da lente de contato pode ser menor do que a curvatura do olho no meridiano mais plano da córnea entre aproxima-damente 2,0 dioptrias e aproximadamente 6,0 dioptrias (por exemplo, 2,5 D, 3,0 D, 3,5 D, 4,0 D, 4,5 D, 5,0 D, 5,5 D).
[0053] Pode ser observado que a faixa de ajuste de curvatura da zona ótica da lente de contato em relação à curvatura do olho no vértice da córnea pode variar apropriadamente. Por exemplo, uma faixa de ajuste de curvatura entre a zona ótica da lente de contato e o olho no vértice da córnea pode estar entre aproximadamente 2,0 e aproximadamente 7,0 dioptrias, entre aproximadamente 2,5 e aproximadamente 6,5 dioptrias, entre aproximadamente 3,0 e aproximadamente 6,0 diop- trias, ou entre aproximadamente 3,5 e aproximadamente 5,5 dioptrias.
[0054] A Tabela 1 fornece uma lista dos valores correspondentes para o raio de curvatura de uma zona ótica e diâmetro total da lente de contato de uma lente de contato com base nas medições de dioptria fornecidas de um ceratômetro. Consequentemente, um aumento nas dioptrias ceratométricas na zona ótica corresponde a uma diminuição no raio de curvatura da zona ótica (levando a um maior grau de curvatura) e uma diminuição no diâmetro global D da lente de contato. Inversamente, uma diminuição nas dioptrias ceratométricas na zona ótica corresponde a um aumento no raio de curvatura da zona ótica (que leva a um menor grau de curvatura) e um aumento no diâmetro global D da lente de contato. Tabela 1: Raio de curvatura da zona ótica e diâmetro da lente de contato com base nas dioptrias ceratométricas da zona ótica.
Figure img0001
[0055] Pode ser observado que a zona ótica da lente de contato pode ter um raio de curva de base da curvatura que cai dentro de uma faixa adequada. Em algumas modalidades, o raio de curvatura da zona ótica está entre aproximadamente 5,0 mm e aproximadamente 11,0 mm, entre aproximadamente 6,0 mm e aproximadamente 10,0 mm, entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 10,0 mm ou entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 9,0 mm.
[0056] Os aspectos da presente divulgação fornecem um método não cirúrgico não invasivo para eficazmente tratar a presbiopia ou outra condição oftalmológica ao longo de períodos prolongados de tempo. Em algumas modalidades, os métodos ortoceratológicos são utilizados para alterar a fisiologia da córnea, incluindo a potência dióptrica da córnea, por meio de uma técnica interativa de ajuste do olho a uma lente de contato que altera a forma da córnea (alterando assim a capacidade de refração). Em algumas modalidades, as lentes de contato prescritas são utilizadas de uma maneira que remodela a córnea, e uma composição farmacêutica formulada para a paciente é administrada, em parte, para levar em conta a remodelação da córnea. As lentes de contato podem ser escolhidas com base em vários fatores, tais como as diferentes curvas de base das curvaturas posteriores e anteriores, o diâmetro ótico da zona ótica, e as múltiplas regiões periféricas na zona ótica. Em alguns casos, a lente de contato exerce pressão sobre a superfície da córnea, encharcando assim as partes da córnea paracentral de uma forma concêntrica.
[0057] Em algumas modalidades, o raio de curvatura da zona ótica da lente de contato é determinado em relação à profundidade sagital da córnea. Em um exemplo, para uma lente de contato tendo uma diâmetro da zona ótica de 8,0 mm, a zona ótica possui um raio de curvatura igual à profundidade sagital da córnea acrescido de 0,1511 mm +/- 0,0285 mm. Em algumas modalidades, a zona ótica pode ter um raio de curvatura igual à profundidade sagital da córnea acrescido de uma distância entre aproximadamente 0,01 mm e aproximadamente 0,4 mm, entre aproximadamente 0,03 mm e aproximadamente 0,35 mm, entre aproximadamente 0,04 mm e aproximadamente 0,3 mm, entre aproximadamente 0,05 mm e aproximadamente 0,25 mm, entre aproximadamente 0,07 mm e aproximadamente 0,23 mm, entre apro-ximadamente 0,1 mm e aproximadamente 0,2 mm, entre aproximada- mente 0,1 mm e aproximadamente 0,15 mm, entre aproximadamente 0,15 mm e aproximadamente 0,2 mm ou entre aproximadamente 0,12 mm e aproximadamente 0,18 mm. Pode ser observado que o raio de curvatura da zona ótica da lente pode variar fora das faixas acima mencionadas e pode ser aplicável para lentes de contato tendo uma variedade de diâmetros da zona ótica e para os olhos com córneas que apresentam uma ampla faixa de valores de profundidade sagital.
[0058] A profundidade sagital de uma córnea (Sag) sobre um diâ metro da zona ótica (por exemplo, tendo um DOZ de 8,0 mm) pode ser determinada de acordo com a seguinte fórmula:
Figure img0002
onde Ro = Raio Apical, y = ^ diâmetro de corda, e = excentricidade da córnea. Tais valores podem ser medidos de acordo com os métodos conhecidos na técnica para a determinação da topografia do olho. A excentricidade da córnea pode ser determinada pelo ajuste de uma elipse com a topografia da córnea baseada nas medições tomadas, por exemplo, pela topografia da córnea ou um ceratômetro. Em geral, quanto maior a excentricidade da córnea, tanto menor a profundidade sagital da córnea. Em algumas modalidades, o raio de curvatura da zona ótica da lente de contato é determinado com respeito à excentricidade da córnea.
[0059] A profundidade sagital SD de uma lente de contato pode variar de forma apropriada a partir da profundidade sagital da córnea, de modo a alcançar um ajuste desejável e volume de fluido/lágrima. Por exemplo, se a profundidade sagital SD da lente de contato for excessiva, após a lente de contato ter sido colocada sobre o olho, o fluido pode se estabelecer de forma desproporcionada com a possibilidade significativa de surgir bolhas indesejáveis. Se a profundidade sagi- tal SD da lente de contato for insuficiente, a lente de contato pode não se ajustar bem sobre o olho, o que leva ao alinhamento impróprio da lente e/ou o balanço da lente de contato sobre a córnea. Consequentemente, o ajuste de uma lente de contato no olho pode depender, pelo menos em parte, da profundidade sagital e/ou excentricidade da córnea em relação à curvatura da zona ótica da lente de contato.
[0060] Como debatido acima, a configuração geométrica da lente de contato em relação ao olho pode resultar em um volume de fluido (por exemplo, volume de lágrima) mantido durante um período de tempo adequado entre a córnea e a zona ótica da lente de contato. Em um exemplo, um tal volume de fluido pode ser de cerca de 0,183 mm cúbico +/- 0,047 mm cúbico. Em algumas modalidades, quando a lente de contato for colocada sobre o olho, o volume de fluido entre a córnea e a zona ótica da lente de contato é mantida em uma quantidade entre aproximadamente 0,01 mm cúbico e aproximadamente 0,5 mm cúbico, entre aproximadamente 0,03 mm cúbico e aproximadamente 0,45 mm cúbico, entre aproximadamente 0,04 mm cúbico e aproximadamente 0,4 mm cúbico, entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico, entre aproximadamente 0,1 mm cúbico e aproximadamente 0,25 mm cúbico, entre aproximadamente 0,05 mm cúbico e aproximadamente 0,2 mm cúbico, entre aproximadamente 0,2 mm cúbico e aproximadamente 0,3 mm cúbico, ou entre aproximadamente 0,12 mm cúbico e aproximadamente 0,23 mm cúbico. O volume de fluido/lágrima pode ser mantido entre a córnea e a lente de contato durante um período de tempo prolongado, por exemplo, qualquer um dos períodos de tratamento descrito mais abaixo. Pode ser observado que, quando a lente de contato é adequadamente ajustada no olho, o volume de fluido/lágrima que é mantido entre a córnea do olho e a lente de contato pode variar fora das faixas acima mencionadas.
[0061] As lentes de contato aqui descritas podem ser ajustadas sobre o olho de um indivíduo, com base na topografia total da córnea. Isto é, em um ajuste de diagnóstico, outros aspectos da córnea além da curvatura na ceratometria mais plana são levados em conta, tais como a profundidade sagital e a excentricidade da córnea. Em algumas modalidades, a lente de contato é ajustada de modo que o fluido seja capaz de reunir centralmente entre a lente de contato e a córnea que, em alguns casos, pode estar em contraste de como a lente de contato permeável ao gás convencional é ajustada. Além de permitir que um volume apropriado de fluido/lágrimas seja capturado ou de outro modo mantido entre a lente de contato e a córnea, folga apical suficiente da lente pode ser alcançada de tal modo a que a lente não se move mais do que 1 mm (ou mais do que 0,2 mm, mais do que 0,4 mm, mais do que 0,6 mm, mais do que 0,8 mm, mais do que 1,2 mm, mais do que 1,4 mm, mais do que 1,6 mm, maios do que 1,8 mm, mais do que 2 mm, mais do que 2,5 mm, etc.) sobre o olho após uma piscadela. Deve ser observado que quando um volume particular de fluido for mantido entre a lente de contato e a córnea, a troca de fluido e gás entre o ambiente circundante e o espaço entre a lente e o olho pode ocorrer. Além disso, tal ajuste da lente de contato pode ser tal que bolhas maiores do que 0,5 mm (ou maiores do que 0,2 mm, maiores que 0,4 mm, maiores do que 0,6 mm, maiores que 0,8 mm, maiores que 1 mm, etc.) de diâmetro são impedidas de formar entre a lente de contato e a superfície do olho.
[0062] A região periférica interna 14 da lente de contato pode ter uma largura adequada W1, como medida ao longo de uma direção de referência que corre em paralelo com o plano de base b de forma consistente em torno da circunferência da lente de contato. Em algumas modalidades, a largura W1 da região periférica interna da lente de contato está entre aproximadamente 0,35 mm e aproximadamente 0,45 mm (por exemplo, 0,36 mm, 0,38 mm, 0,4 mm, 0,42 mm, 0,44 mm). A largura W1 da região periférica interna pode cair dentro de uma faixa apropriada mais ampla do que a faixa acima mencionada, por exemplo, entre aproximadamente 0,10 mm e aproximadamente 0,70 mm, entre aproximadamente 0,20 mm e aproximadamente 0,60 mm, entre aproximadamente 0,25 mm e aproximadamente 0,55 mm, ou entre aproximadamente 0,30 mm e aproximadamente 0,50 mm. Deve ficar entendido que outros valores da largura W1 também são possíveis.
[0063] A região periférica interna 14 da lente de contato também pode ter um raio de curvatura adequado como medido ao longo da superfície côncava da região periférica interna, voltada para o olho. Em certas modalidades, o raio de curvatura da região periférica interna 14 da lente de contato é maior que o raio de curvatura da zona ótica 12 em torno da qual a região periférica interna circunda. Isto é, o grau de curvatura da região periférica interna 14 pode ser menor do que o grau de curvatura da zona ótica 12. Em alguns casos, a curvatura da região periférica interna pode fornecer espaço para um reservatório de lagrimas, de modo que o fluido não se acumule substancialmente na região diretamente entre a zona ótica da lente de contato e a córnea. Embora possa ser observado que outras geometrias são possíveis, por exemplo, o grau de curvatura da região periférica interna 14 pode ser maior do que o grau de curvatura da zona ótica 12.
[0064] Em algumas modalidades, a região periférica interna 14 da lente de contato pode ter um raio de curvatura que é maior do que o raio de curvatura da zona ótica da lente de contato em uma quantidade entre aproximadamente 0,7 mm e aproximadamente 1,2 mm (por exemplo, 0,7 mm, 0,9 mm, 1,1 mm). A quantidade pela qual o raio de curvatura da região periférica interna 14 é maior do que o raio de curvatura da zona ótica pode varia fora da faixa acima mencionada. Por exemplo, o raio de curvatura da região periférica interna da lente de contato pode ser maior do que o raio de curvatura da zona ótica em uma faixa entre aproximadamente 0,1 mm e aproximadamente 2,0 mm, entre aproximadamente 0,3 mm e aproximadamente 1,5 mm, ou entre aproximadamente 0,5 mm e aproximadamente 1,5 mm. Em algumas modalidades, o raio de curvatura da região periférica interna 14 está entre aproximadamente 5,5 mm e aproximadamente 12,0 mm, entre aproximadamente 6,0 mm e aproximadamente 11,5 mm, entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 10,5 mm, entre aproxi-madamente 8,0 mm e aproximadamente 10,0 mm (por exemplo, 8,5 mm, 9,0 mm, 9,5 mm), ou qualquer outra faixa adequada.
[0065] Como mostrado nas figuras 2A e 2C, a zona periférica ex terna 16 da lente de contato circunda tanto a zona ótica 12 quanto a região periférica interna 14. A região periférica externa 16 pode ter uma largura adequada W2, como medido ao longo de uma direção de referência que corre em paralelo com o plano de base b de forma consistente ao redor da circunferência da lente de contato. Em algumas modalidades, a largura W2 da região periférica externa da lente de contato está entre aproximadamente 0,35 mm e aproximadamente 0,45 mm (por exemplo, 0,36 mm, 0,38 mm, 0,4 mm, 0,42 mm, 0,44 mm). A largura W2 da região periférica externa pode cair dentro de uma faixa adequada, tal como entre aproximadamente 0,20 mm e aproximadamente 0,60 mm, entre aproximadamente 0,25 mm e apro-ximadamente 0,55 mm, ou entre aproximadamente 0,30 mm e aproxi-madamente 0,50 mm. Pode ser observado que outros valores da largura W2 sejam possíveis.
[0066] A região periférica externa 16 da lente de contato também pode ter um raio de curvatura adequado como medido ao longo da superfície côncava da região periférica externa, voltada para o olho. Em algumas modalidades, a região periférica externa 16 da lente de contato pode ter um raio de curvatura que varia entre aproximadamente 10,8 mm e aproximadamente 11,8 mm (por exemplo, 10,8 mm, 11,0 mm, 11,3 mm, 11,5 mm, 11,8 mm). O raio de curvatura da região periférica externa 16 pode variar fora da faixa acima mencionada. Por exemplo, o raio de curvatura da região periférica externa da lente de contato pode estar entre aproximadamente 9,0 mm e aproximadamente 14,0 mm, entre aproximadamente 9,5 mm e aproximadamente 13,0 mm, entre aproximadamente 10,0 mm e aproximadamente 12,5 mm, entre aproximadamente 10,5 mm e aproximadamente 12,0 mm, ou qualquer outra faixa adequada.
[0067] De forma semelhante ao observado anteriormente com respeito à região periférica interna, o raio da curvatura da região periférica externa pode variar de acordo com o raio de curvatura da zona ótica. Em certas modalidades, o raio de curvatura da região periférica externa 16 da lente de contato pode ter um raio de curvatura que é maior do que o raio de curvatura da zona ótica da lente de contato em uma quantidade entre aproximadamente 2,0 mm e aproximadamente 5,0 mm (por exemplo, 2,5 mm, 3,0 mm, 3,5 mm, 4,0 mm, 4.5 mm). Ou, o raio de curvatura da região periférica externa pode ser maior do que o raio de curvatura da zona ótica por um intervalo entre aproximadamente 1,0 mm e aproximadamente 6,0 mm ou entre aproximadamente 1,5 mm e aproximadamente 5,5 mm. Por exemplo, quando o raio de curvatura da zona ótica está entre aproximadamente 7,0 mm e aproximadamente 7,5 mm, o raio de curvatura da região periférica externa pode ser de aproximadamente 11,0. Como outro exemplo, quando o raio de curvatura da zona ótica está entre aproximadamente 7,5 mm e aproximadamente 8,5 mm, o raio de curvatura da região periférica externa pode ser de aproximadamente 11,5.
[0068] O ajuste da lente de diagnóstico pode ser utilizado para de terminar a conexão apropriada entre uma lente de contato e a córnea após o que a lente se assentará, com relação a uma lente de contato adequada a ser selecionado. Um ajuste ideal da lente de contato en- volve uma lente de contato que é perfeitamente centralizada, ou quase perfeitamente, se move 1 mm ou menos (por exemplo, 0,5 a 1,0 mm) após uma piscadela, não desenvolve uma formação de bolhas excessiva, e apresentam folga apical. A folga apical surge quando existe uma distância adequada entre a superfície posterior da lente de contato e o vértice da córnea. Como observado acima, enquanto a lente de contato pode apresentar folga apical, um ajuste apropriado entre a lente de contato e o olho também impede a formação de bolhas de ar em excesso de 0,5 mm de diâmetro, ou em excesso de 1,0 mm de diâmetro, entre a ótica zona da lente de contato e o olho. Em algumas modalidades, as lentes de contato são selecionadas para serem o mais íngreme possível no olho, embora não possuam uma bolha de ar tendo um diâmetro maior do que 0,5 mm a 1,0 mm entre a zona ótica e o olho.
[0069] A lente de contato 20 que pode ser bem adequada para o tratamento ortoceratológico é ilustrada nas figuras 3A-3B. Como mostrada, a zona ótica 22 é circundada por uma região periférica interna 24. Em algumas modalidades, a zona ótica 22 e/ou a região periférica interna 24 é formada para fornecer um reservatório para o líquido (por exemplo, lágrimas) se acumular sem afetar prejudicialmente a visão. A região periférica interna 24 pode ser circundada por uma região intermediária 26. A região intermediária 26 pode ser circundada por uma região periférica externa 28. A região intermediária 26 e periférica externa 28 pode ser moldada com relação a lente de contato para se ajustar apropriadamente de maneira a ajustar-se perfeitamente e de modo confortável sobre o olho. Cada uma das regiões mencionadas pode ter uma certa geometria que contribui para a melhora global da visão. Outras regiões podem ser incluídas ou certas regiões podem ser excluídas. Quando apropriadamente colocada no olho, a zona ótica da lente pode assentar diretamente sobre a córnea, de modo a re- fratar a maior parte da luz que entra no olho a ser focada sobre a retina, o que melhora a acuidade visual.
[0070] A zona ótica 22 inclui uma curva de base tendo uma curva tura definida por um raio de curva de base (isto é, o raio de curvatura) na superfície interna (côncava) da lente e uma curva de energia na superfície externa (convexa) da lente. O raio da curva de base irá variar principalmente dependendo do ajuste da lente de contato sobre o olho. A curva de energia irá variar dependendo da prescrição da lente que afeta a espessura total da lente de contato. Em várias modalidades, a zona ótica da lente de contato pode ter uma espessura que depende da capacidade da prescrição da lente de contato. Por exemplo, quando se corrige certas condições oftalmológicas, a espessura da zona ótica pode ser maior ou menor.
[0071] A região periférica interna 24 da lente de contato ilustrada nas figuras 3A-3B apresenta um maior grau de curvatura do que aquela da zona ótica - uma tal região é mostrada como tendo um raio de curva inverso. Isto é, o raio de curvatura da região periférica interna 24 é menor do que o raio de curvatura da zona ótica. Em algumas modalidades, uma tal estrutura pode formar um reservatório de lagrimas que permite que um volume lacrimal adequado para reunir a zona periférica com a ótica.
[0072] A região intermediária 26 e a região periférica externa 28 podem apresentar graus adequados de curvatura, respectivamente, levando-se em conta um ajuste apropriado da lente de contato sobre o olho. Em algumas modalidades, e como mostrado na figura 3B, os raios de curvatura de cada uma das regiões intermediárias e periféricas externas 26, 28 são maiores do que o raio de curvatura da região periférica interna 24.
[0073] Como ainda observado acima, as lentes de contato e as técnicas de ajuste de diagnóstico aqui descritas podem ser bem adap- tadas para a correção da presbiopia e/ou outras condições oftalmológicas. O ajuste e a prescrição de uma lente de contato dependem, em parte, da forma do olho e do tipo de visão para ser corrigida (isto é, presbiopia, miopia induzida, síndrome de visão do computador, entre outros). Um exame optométrico geralmente envolve a medição da topografia do olho e a determinação de qual grau de correção ótica é necessário para alcançar um nível adequado de acuidade visual, tanto para os olhos quanto para cada olho separadamente. Uma prescrição de lente de contato frequentemente inclui um registro do material recomendado a ser usado na lente de contato, o raio da curva de base (isto é, o raio de curvatura da superfície interna côncava da zona ótica), o diâmetro global D da lente de contato, a capacidade da lente em dioptrias, e a espessura do centro da lente de contato.
[0074] Em algumas modalidades, quando se corrige para certas condições, tais como presbiopia, uma lente de contato é selecionada de modo que ele apresente a curvatura mais íngreme possível no olho, ao mesmo tempo que não dá origem à formação de bolhas de ar (ou bolhas de ar que são maiores do que um tamanho limiar). A lente de contato também deve ser selecionada de modo que se centralize adequadamente bem sobre o olho e mova-se de 0,5 a 1,0 mm ou menos em cada piscar. Durante um procedimento de ajuste, um mapa topográfico pode ser tomado do olho para avaliar a curvatura da córnea e excentricidade. Para prover o indivíduo com um ajuste inicial, uma lente de diagnóstico tendo um ajuste apropriado na curvatura com base no mapa topográfico do olho pode ser utilizada. Depois, a super- refração pode ser avaliada para determinar a capacidade apropriada da lente. Por exemplo, como discutido mais adiante no Exemplo 1, se um olho na ceratometria mais plana for determinado de ter uma curvatura de 40,6 D e uma excentricidade (esfericidade) de 0,22, uma lente de diagnóstico de 45 D pode ser utilizada para o ajuste inicial no paci- ente. Diversos aspectos do ajuste, tais como a folga apical, podem ser avaliados com base nos métodos de diagnóstico apropriados (por exemplo, utilizando a formação de imagem de fluoresceína). Em seguida, o nível de super-refração é determinado. Por exemplo, se a capacidade da lente de diagnóstico for -5,5 D e a super-refração é determinada de ser 1,25 D, então uma lente de contato tendo uma capacidade de -4,25 D pode ser selecionada na prescrição final, com as dimensões de ajuste apropriadas.
[0075] Em algumas modalidades, quando se corrige uma ou mais condições oftalmológicas, o exame optométrico pode envolver a determinação de uma prescrição adequada e o raio de curvatura da superfície côncava da zona ótica da lente de contato. Em algumas modalidades, o raio da curva de base da curvatura da zona ótica da lente de contato é determinado através da primeira medição do raio de curvatura da córnea, em dioptrias, na ceratometria mais plana (no vértice da córnea). Subsequentemente, fazendo referência à Tabela 1 para determinar a conexão entre a capacidade ótica em dioptrias e o raio de curvatura da zona ótica, uma quantidade de ajuste ou correção curvatura adequada do raio de curvatura da zona ótica é adicionada (por exemplo, 3,5 a 5,5, dioptrias, 3,50 dioptrias). Por exemplo, se a cera- tometria plana é determinada de ser 41,50 dioptrias, a adição de 3,50 dioptrias como uma quantidade de ajuste adequada resulta em um total de 45,00 dioptrias. Com base na Tabela 1, 45,00 dioptrias é equivalente a um raio de curvatura da superfície côncava da zona ótica de 7,50 mm.
[0076] A lente de contato pode incluir qualquer material adequado que permita uma colocação confortável da lente de contato sobre o olho de modo a fornecer correção da visão. Em algumas modalidades, a lente de contato é preparada de um material permeável a gás tendo um grau apropriado de permeabilidade. Por exemplo, a lente de conta- to pode ser compreendida de um copolímero de siloxanil fluorometacri- lato que apresenta permeabilidade substancial ao gás (por exemplo, BOSTON XO tendo uma permeabilidade maior do que 100, medido como transmissibilidade por espessura). Em algumas modalidades, a lente de contato é composta de um material permeável ao gás que possui uma transmissibilidade por espessura entre aproximadamente 50 e aproximadamente 500, entre aproximadamente 100 e aproximadamente 400, ou entre aproximadamente 150 e aproximadamente 300.
[0077] As lentes de contato podem ser fabricadas por qualquer método adequado. Em algumas modalidades, as lentes de contato são fundidas sob rotação onde o líquido de silicone ou outro material adequado é girado em um molde rotativo em altas velocidades. Ou, de forma semelhante, o material de lente fundido pode ser adicionado a um molde rotativo e moldado pelas forças centrífugas. Alternativamente, as lentes de contato podem ser transformados em losango através do corte de um disco cilíndrico em um torno mecânico e polimento e da superfície côncava e convexa da lente com um abrasivo fino. Um tal processo pode ser utilizado para formar lentes tanto rígidas quanto macias. Em alguns casos, as lentes de contato podem ser fabricadas através da moldagem por injeção. Por exemplo, o material da lente de contato pode ser umedecido em todo o processo de fundição e moldagem e apropriadamente hidratado para formar-se. Outros métodos de fabricação podem ser empregados. Os métodos convencionais para a produção de lentes de contato são divulgados na Patente U.S. No 5.815.237, intitulada "Contact Lens and Method for Making the Same"; Patente U.S. No 5.894.002, intitulada "Process and Apparatus for the Manufacture of a Contact Lens"; e Patente U.S. No 7.346.416, intitulada "Contact Lens Manufacture", cada uma das quais é aqui incorporada por referência na sua totalidade. Métodos de Tratamento
[0078] Como se compreende a partir da presente divulgação, a presente divulgação ainda se refere ao uso e ajuste de uma lente de contato em combinação com um ou mais agentes amaciadores da córnea no olho para o tratamento de uma condição oftalmológica da qual um indivíduo está sofrendo ou é provável de sofrer. Um tal método de tratamento compreende a aplicação da lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea no olho do indivíduo. Em certas modalidades, o método de tratamento ainda compreende a aplicação de um ou mais agentes terapêuticos no olho do indivíduo. Em certas modalidades, a condição oftalmológica pode estar presente em um olho ou nos dois olhos.
[0079] Como aqui utilizado, "aplicação", no contexto de agentes amaciadores da córnea e agentes terapêuticos ("agentes"), refere-se à administração de um ou mais agentes por via tópica no olho ou injeção no olho (por exemplo, na córnea do olho). "Aplicação" no contexto da lente de contato refere-se à colocação da lente no olho.
[0080] Em certas modalidades, o método de tratamento compre ende a aplicação de uma quantidade eficaz de um ou mais agentes. Como aqui utilizado, uma "quantidade eficaz" refere-se à quantidade de um ou mais agentes necessários para extrair a resposta biológica desejada, por exemplo, no caso de agentes de amaciamento da córnea, a remodelagem da córnea, melhorando assim a visão do indivíduo (por exemplo, a visão de perto e/ou a visão de longe). Como será observado por aqueles de habilidade prática nesta técnica, a quantidade eficaz de um agente pode variar dependendo de tais fatores como o estágio final biológico desejado, a condição sendo tratada, o modo de administração, e a idade, saúde, e condição do indivíduo. Uma quantidade eficaz abrange o tratamento terapêutico e profilático (preventivo).
[0081] Como aqui utilizado, e a não ser que de outra maneira es pecificada, os termos "tratar", "tratando" e "tratamento" contemplam uma ação que ocorre enquanto um indivíduo está sofrendo da condição especificada que reduz a gravidade da condição ou retarda ou atrasa a progressão da condição ("tratamento terapêutico"), e também contempla uma ação que ocorre antes que um indivíduo comece a sofrer com a condição e que inibe ou reduz a gravidade da condição ("tratamento profilático").
[0082] Como aqui utilizado, e a não ser que de outra maneira es pecificada, uma "quantidade terapeuticamente eficaz" refere-se a uma quantidade de um agente ou combinação de agentes suficientes para fornecer um benefício terapêutico no tratamento da condição ou para retardar ou minimizar um ou mais sintomas associados com a condição. O termo "quantidade terapeuticamente eficaz" pode englobar uma quantidade que melhora a terapia total, reduz ou evita sintomas ou causas da doença, ou melhora a eficácia terapêutica do outro agente.
[0083] Como aqui utilizado, e a não ser que de outra maneira es pecificada, uma "quantidade profilaticamente eficaz" refere-se a uma quantidade de um agente ou combinação de agentes suficientes para prevenir uma condição ou um ou mais sintomas associados com a condição, ou para impedir a recorrência. O termo "quantidade profilati- camente eficaz" pode abranger uma quantidade que melhora a profilaxia total ou aumenta a eficácia profilática de outro agente profilático.
[0084] Um "indivíduo" para o qual a administração é contemplada inclui seres humanos (ou seja, um homem ou mulher de qualquer faixa etária, por exemplo, um indivíduo pediátrico (por exemplo, uma criança entre 2 e 10 anos de idade, um adolescente entre 11 a 19 anos de idade) ou indivíduo adulto (por exemplo, um jovem adulto entre 20 a 40 anos, um adulto de meia-idade entre 41 a 64 anos, ou um sênior adulto entre 65 a 100 anos de idade)). Outros animais não humanos, por exemplo, mamíferos (por exemplo, primatas (por exemplo, macacos cinomolgos, macacos Rhesus); e mamíferos comercialmente importantes tais como coelhos, gado, porcos, cavalos, ovelhas, cabras, gatos e/ou cães, também são contemplados como indivíduos. O animal não humano pode ser macho ou fêmea e em qualquer fase de desenvolvimento.
[0085] Após a cessação do tratamento, ao contrário da ortocerato- logia tradicional, os sintomas da condição e do pré-tratamento não são esperados de voltar dentro de 24 a 48 horas, mas em vez disso são esperados de retornar não mais cedo do que 1 mês (por exemplo, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ou 12 meses) após o período de tratamento ter encerrado. No momento em que os sintomas da condição e pré- tratamento retornam, o indivíduo pode escolher repetir o método de tratamento. Em certas modalidades, o tratamento resulta na visão corrigida durante pelo menos 1 mês até pelo menos um ano, durante pelo menos 2 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 3 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 4 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 5 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 6 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 7 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 8 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 9 meses a pelo menos um ano, durante pelo menos 10 meses a pelo menos um ano, ou durante pelo menos 11 meses a pelo menos um ano, por exemplo, o tratamento resulta na visão corrigida durante pelo menos 1, 2, 3, 4 , 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ou 12 meses. Em certas modalidades, o tratamento resulta na visão corrigida durante mais de 1 ano, por exemplo, mais de um ano, mais de 2 anos, mais de 3 anos, mais de 4 anos, ou mais de 5 anos.
[0086] Em certas modalidades, o período de tratamento (isto é, o período de tempo durante o qual o método é praticado) está entre 3 dias a 14 dias, por exemplo, entre 3 a 10 dias, entre 3 a 7 dias, entre 4 a 7 dias, entre 4 a 6 dias, entre 3 a 6 dias, ou entre 3 a 5 dias, inclusivos, por exemplo, o período de tratamento é de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14 dias. Em certas modalidades, no entanto, o período de tratamento é mais longo do que 14 dias, por exemplo, pelo menos 3 semanas, pelo menos 4 semanas, pelo menos 5 semanas, ou ainda mais longo do que 5 semanas.
[0087] Em certas modalidades, o método de tratamento compre ende a aplicação da lente de contato no olho durante cerca de 1 hora até cerca de 24 horas por dia durante o período de tratamento, por exemplo, durante cerca de 1 hora a cerca de 18 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 15 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 10 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 8 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 6 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 4 horas, durante cerca de 1 hora a cerca de 2 horas, durante cerca de 2 horas a cerca de 18 horas, durante cerca de 2 horas a cerca de 15 horas, durante cerca de 2 horas a cerca de 10 horas, durante cerca de 2 horas a cerca de 8 horas, durante cerca de 2 horas a cerca de 6 horas, ou durante cerca de 2 horas a cerca de 4 horas; por exemplo, o método compreende a aplicação da lente de contato no olho durante cerca de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 ou 24 horas por dia durante o período de tratamento.
[0088] Em certas modalidades, o método de tratamento compre ende o uso da lente de contato todos os dias durante o período de tratamento. Em certas modalidades, o método compreende o uso da lente de contato a cada dois dias (alternados) durante o período de tratamento. Em certas modalidades, o método compreende o uso da lente de contato durante o uso noturno, por exemplo, durante o sono.
[0089] Em certas modalidades, o um ou mais agentes amaciado- res da córnea são aplicados uma ou mais vezes por dia durante o tempo em que o indivíduo está utilizando a lente de contato. Em certas modalidades, o um ou mais agentes amaciadores da córnea são aplicados uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, ou cinco vezes por dia durante o tempo em que o indivíduo está utilizando a lente de contato. Em outras modalidades, o um ou mais agentes amaciadores de córnea são aplicados a cada cinco minutos, a cada quinze minutos, a cada meia hora, a cada hora, de duas em duas horas, ou de três em três horas durante o tempo em que o indivíduo está utilizando a lente de contato. O uso de um ou mais agentes amaciadores da córnea é contínuo durante tanto tempo quanto o indivíduo utiliza as lentes de contato. Em certas modalidades, um agente amaciador da córnea, ou uma combinação de dois ou três agentes amaciadores da córnea diferentes são aplicados durante o período de tratamento.
[0090] Como geralmente descrito acima, em certas modalidades, o um ou mais agentes amaciadores da córnea são aplicados em combinação com um ou mais agentes terapêuticos. Em certas modalidades, o um ou mais agentes terapêuticos são aplicados uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes ou cinco vezes por dia durante o tempo em que o indivíduo está utilizando a lente de contato. Em outras modalidades, o um ou mais agentes terapêuticos são aplicados a cada cinco minutos, a cada quinze minutos, a cada meia hora, a cada hora, de duas em duas horas, ou de três em três horas durante o tempo em que o indivíduo está fazendo uso da lente de contato. O uso de um ou mais agentes terapêuticos é contínuo durante tanto tempo quanto o indivíduo utiliza as lentes de contato. Em certas modalidades, um agente terapêutico, ou uma combinação de dois ou três agentes tera-pêuticos diferentes são aplicados durante o período de tratamento. Em certas modalidades, o um ou mais agentes terapêuticos são aplicadas ao olho, no mesmo plano de tempo como o um ou mais agentes ama- ciadores da córnea, ou são aplicados em plano de tempo diferente.
[0091] Em certas modalidades, o um ou mais agentes amaciado- res de córnea são impregnados ou revestidos sobre a lente de contato para levar em conta a liberação no tempo (por exemplo, liberação contínua) do agente no olho, e, assim, a aplicação adicional de uma ou mais agentes amaciadores da córnea no olho é então apenas opcional.
[0092] Em certas modalidades, a condição oftalmológica a ser tra tada é presbiopia, acomodação insuficiente, ou uma condição associada com acomodação insuficiente. A acomodação insuficiente, também referida como insuficiência acomodativa (IA), envolve a incapacidade do olho em focar apropriadamente sobre um objeto. A acomodação visual é o processo pelo qual o olho aumenta a capacidade ótica para manter uma imagem clara (foco) sobre um objeto quando se aproxima do olho. O olho do indivíduo pediátrico pode alterar o foco da distância de 7 cm do olho em 350 milissegundos. Esta alteração dramática na capacidade focal do olho de aproximadamente 15 dioptrias (uma dioptria é 1 dividido pelo comprimento focal em metros) ocorre como uma consequência de uma redução da tensão zonular induzida pela contração do músculo ciliar. A amplitude de acomodação diminui com a idade. Por meia-idade, a lente do olho do indivíduo perde a sua capacidade de focalizar, o que torna difícil ver objetos de perto. Quando isso ocorre, o indivíduo é presbiópico. Assim que a presbiopia ocorre, aqueles que são emetrópicos (não requerem correção ótica para visão à distância) irão necessitar de um auxílio ótico para a visão de perto; aqueles que são miópicos (míopes e requerem uma correção ótica para visão de longe) irão descobrir que eles veem melhor de perto sem a sua correção de distância; e aqueles que estão hiperópicos (hipermetropia) irão descobrir que eles podem necessitar de uma correção para a visão tanto para longe quanto para perto. O declínio relacionado com a idade na acomodação ocorre quase universalmente, e com 60 anos de idade, a maior parte da população terá notado uma diminuição na sua capacidade de focar sobre objetos próximos. Os sintomas exemplares de presbiopia e acomodação insuficiente incluem, mas não são limitados a estes, diminuição da capacidade de focagem para objetos próximos (visão de perto obscura), astenopia (tensão ocular), e dor de cabeça. Em certas modalidades, os indivíduos com presbiopia ou acomodação insuficiente, podem optar por tratamentos cirúrgicos, tais como faixas de expansão da esclera, Pres- byLASIK, ou ceratoplastia condutora, para corrigir a condição antes do uso da lente de contato.
[0093] Em certas modalidades, a condição oftalmológica sendo tratada é a miopia induzido, também conhecida como miopia adquirida, em que uma mudança de refração com respeito a miopia (por exemplo, mudança induzida em direção a miopia) é provocada e depende de uma condição de início ou agente. As condições ou agentes exemplares que induzem a miopia incluem, mas não são limitados a estes, cataratas nucleares relacionadas com a idade, exposição a produtos farmacêuticos tais como sulfonamidas, e uma variabilidade no nível de açúcar do sangue. Em certas modalidades, os métodos aqui descritos são direcionados para a prevenção da miopia induzida.
[0094] Em certas modalidades, a condição oftalmológica sendo tratado é a síndrome da visão do computador, ou provocada pela sín- drome da visão do computador. A síndrome da visão do computador (CVS) é uma condição resultante de focalizar os olhos em uma tela do computador durante períodos prolongados ininterruptos de tempo. Sintomas exemplares de CVS incluem dor de cabeça, visão turva, dor de garganta, vermelhidão nos olhos, fadiga, astenopia (tensão ocular), olhos secos, olhos irritados, visão dupla, poliopia, e diminuição da capacidade de focagem (dificuldade reorientar os olhos). Estes sintomas podem ser ainda agravados por condições inadequadas de iluminação (por exemplo, iluminação superior de luz ofuscante ou brilhante) ou movimento de ar próximo dos olhos (por exemplo, ventos acima da cabeça, ar direto de um ventilador).
[0095] Em certas modalidades, o método de tratamento compre ende a indução de alterações na fisiologia e anatomia da córnea. Em certas modalidades, o método compreende alterar a capacidade da córnea do olho tratado. Em certas modalidades, o método compreende alterar o raio de curvatura da superfície anterior do olho. Em certas modalidades, o tratamento corrige a visão de perto do indivíduo, por exemplo, em 1, 2, 3, 4 ou 5 linhas Jaeger, por exemplo, como medido pela escala de teste Jaeger: J1, J2 = Tamanho da fonte 4 (escrita fina); J2, J3 = Tamanho da fonte 5 (normais); J4/J5 = Tamanho da fonte 6 (páginas amarelas); J6 = Tamanho da fonte 8 (jornal); J8 = Tamanho da fonte 10 (livros para adultos); J9 a J11 = Tamanho da fonte 14 (livros infantis); J11, J12 = Tamanho da fonte 18 (letras grandes). Em certas modalidades, o método corrige a visão de perto do indivíduo sem diminuir substancialmente a visão de longe. Em certas modalidades, o método corrige a visão ao perto do indivíduo sem diminuir a visão de longe. Em certas modalidades, o método corrige a visão de longe do indivíduo. Em certas modalidades, o método corrige tanto a visão de perto quanto a visão ao longe do indivíduo tratado.
[0096] Em certas modalidades, em qualquer um dos métodos aci ma descritos, o método de tratamento é o tratamento de primeira linha. No entanto, em outras modalidades, o indivíduo já pode ter sido submetido à cirurgia para corrigir um erro de refração de um olho (por exemplo, através da alteração cirúrgica da curvatura da córnea) e o método pode ser utilizado para corrigir qualquer erro de refração remanescente após a cirurgia. Em certas modalidades, o método leva em conta a correção de qualquer erro de refração remanescente do olho sem cirurgia adicional. Exemplos de tratamentos oculares cirúrgicos incluem, mas não são limitados a estes, incisão cirúrgica da cór- nea, ceratomileuse por um processo de congelamento, ceratomileuse lamelar automatizada (ALK), ceratomileuse fotorreativa (PRK), cera- tomileuse in situ assistida por laser (LASIK), ceratomileuse intraestroma a laser, ceratomileuse epitelial a laser (LASEK), ceratoplastia con- dutiva (CK), e ressecção da esclera. Ver, por exemplo, a Publicação do Pedido de Patente US No. 2003/0139737 e Patentes U.S. Nos 5.144.630; 5.520.679; 5.484.432; 5.489.299; 5.722.952; 5.465.737; 5.354.331; 5.529.076, 6.258.082; e 6.263.879.
Composições Farmacêuticas
[0097] Como aqui geralmente descrito, em certos aspectos, é for necido um método para o tratamento de uma condição oftalmológica, o método compreendendo a aplicação de uma lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea, e opcionalmente um ou mais agentes terapêuticos, no olho de um indivíduo que sofre ou é provável de sofrer de uma condição oftalmológica, como aqui descrita. O um ou mais agentes amaciadores da córnea e opcionalmente um ou mais agentes terapêuticos ("agentes") podem ser fornecidos na mesma composição farmacêutica ou composições farmacêuticas separadas. A composição farmacêutica é uma composição adequada para a administração ocular, e compreende, além de um ou mais agentes, um ou mais excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
[0098] Em certas modalidades, a composição farmacêutica com preende um agente e um excipiente farmaceuticamente aceitável. Em certas modalidades, a composição farmacêutica compreende dois agentes e um excipiente farmaceuticamente aceitável. Em certas modalidades, a composição farmacêutica compreende mais do que dois agentes e um excipiente farmaceuticamente aceitável. Em certas modalidades, onde dois ou mais agentes são administrados, os agentes podem ser fornecidos na mesma composição farmacêutica ou duas ou mais composições farmacêuticas separadas.
[0099] Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis incluem qual quer um e todos os solventes, diluentes ou outros veículos líquidos, auxiliares de dispersão ou suspensão, reagentes tensoativos, reagentes isotônicos, reagentes espessantes ou emulsificantes, conservantes, aglutinantes sólidos, lubrificantes e outros mais, conforme adequado para a forma de dosagem particular desejada. As considerações gerais na formulação e/ou fabricação de composições farmacêuticas podem ser observadas, por exemplo, em Remington’s Pharmaceutical Sciences, Sixteenth Edition, E. W. Martin (Mack Publishing Co., Easton, Pa., 1980), e Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 21st Edition (Lippincott Williams & Wilkins, 2005). Certos excipientes especificamente contemplados para a administração ocular incluem, mas não são limitados a estes, água (tridestilada), salina, agentes tamponantes, sais, lubrificantes (por exemplo, portadores líquidos oleosos), e outros veículos que aumentam a viscosidade, úteis para prolongar o período de contato do agente com o olho, tais como hidrogéis, substâncias mucoadesivas e polímeros (por exemplo, polímeros hidrofóbicos e hidrófilos). Os polímeros exemplares contemplados para uso com o presente método incluem, mas não são limitados a estes, celulose, metilcelulose, álcool polivinílico, e polietileno glicol.
[00100] As quantidades relativas do um ou mais agentes, do excipi- ente farmaceuticamente aceitável, e/ou de quaisquer ingredientes adicionais em uma composição farmacêutica irão variar, dependendo da identidade, tamanho e/ou condição do indivíduo tratado e ainda dependendo da via pela qual a composição deve ser administrada. Em certas modalidades, o método contempla a administração não invasiva (tópica), tal como a administração da composição farmacêutica formulada como um líquido (colírios, pulverização) ou gel (por exemplo, gel semissólido) no olho do indivíduo. Em outras modalidades, o método contempla a injeção de uma composição farmacêutica dentro do olho, por exemplo, da córnea do olho, e neste exemplo, a composição farmacêutica é formulada como um líquido injetável. Em certas modalidades, a composição farmacêutica líquida ou em gel é hipertônica (5 % a 40 %, por exemplo, 10, 20, 30 ou 40 %) ou hipotônica (0 % a 5 %, por exemplo, 1, 2, 3 ou 4 %) dependendo das necessidades do indivíduo (por exemplo, tal como as necessidades de trabalho, horas de descanso, sono).
[00101] Em certas modalidades, um kit é fornecido compreendendo a composição farmacêutica que compreende um ou mais agentes (por exemplo, agentes amaciadores da córnea, agentes terapêuticos). O kit pode ainda opcionalmente incluir lentes de contato, colírios lubrificantes, soluções de limpeza para lentes de contato, um estojo para carregar a lente de contato, um par extra de lentes de contato, e instruções com relação ao uso das lentes de contato.
Agentes Amaciadores da Córnea
[00102] Como aqui descrito de uma forma geral, em certos aspectos, é fornecido um método para o tratamento de uma condição oftalmológica, o método compreende a aplicação de uma lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea no olho de um indivíduo que sofre ou é provável de sofrer de uma condição oftalmológica, por exemplo, a aplicação de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ou 10 diferentes agentes amaciadores da córnea no olho. Um tal método pode compreender ainda a aplicação de um ou mais agentes amaciadores da córnea em combinação com um ou mais agentes terapêuticos no olho.
[00103] Os "agentes amaciadores da córnea" são agentes decompõem vários componentes estruturais da córnea, amaciando assim a córnea e permitindo que a lente de contato molde a córnea na forma desejada. Tais agentes incluem, mas não são limitados a estes, enzimas exógenas e agentes úteis na ativação de enzimas endógenas do olho.
[00104] Os componentes estruturais da córnea humana são principalmente proteoglicanos e colágenos. Os proteoglicanos são compostos por um núcleo de hialuronato, um núcleo de proteína, e glicosami- noglicanos, que são monômeros de proteoglicanos com unidades de repetição de dissacarídeos. Aproximadamente 60 % dos glicosamino- glicanos da córnea são preparados de sulfato de queratina, enquanto os 40 % remanescentes são na maior parte sulfato de condroitina. O outro componente estrutural principal da córnea, colágeno, é encontrado em sete diferentes formas na córnea humana. Os agentes ama- ciadores da córnea enzimáticos exógenos exemplares que são contemplados úteis em combinação com as lentes incluem, mas não são limitados a estes, hialuronidase, condroitinase ABC, condroitinase AC, endo B-galactosidase (queratanase), estromelisina (MM3), colagenase bacteriana, colagenase intersticial (MM1), e gelatinase (MM2). Os agentes exemplares úteis na ativação de enzimas endógenos, tais como as metaloproteinases endógenas, do olho incluem, mas não são limitados a estes, interleucina-1α, fator de necrose tumoral, monoidrato de urato monossódico, acetato de 4-amino fenilmercúrico, soro humano amiloide A, microglobulina humana B2, e cloreto de cobre. Ver, por exemplo, as Patentes U.S. Nos 5.626.865 e 6.132.735. Outros agentes amaciadores da córnea incluem carbamida. Outras enzimas que degradam outros açúcares ou proteínas encontradas na córnea também podem ser utilizadas em combinação com a lente de contato. Em cer-tas modalidades, as enzimas atuam no nível das uniões das lamelas na córnea. Em outras modalidades, um agente conhecido de alterar as forças de sustentação da estrutura molecular da córnea (por exemplo, lamelas da córnea) é utilizado em combinação com a lente de contato.
[00105] Em certas modalidades, o método compreende a aplicação da enzima hialuronidase no olho em combinação com a lente de contato. A hialuronidase é uma enzima que degrada os mucopolissacarí- deos através da catalisação da hidrólise da uma a quatro ligações em ácido hialurônico, condroitina, e sulfatos de condroitina 4 A & C. Mu- copolissacarídeo é uma das substâncias de solo intracelulares (cimento ou cola) do estroma, o tecido do tipo conjuntivo da camada média da córnea. A forma da córnea é largamente dependente da disposição das fibrilas de colágeno nas camadas do estroma da córnea e na disposição das camadas de mucopolissacarídeos entre estas fibrilas. A hialuronidase decompõe as cadeias de mucopolissacarídeo quando liberada na córnea. O estroma da córnea é assim amolecido tornando- o mais receptivo à remodelação pela lente de contato.
[00106] A hialuronidase pode ser obtida a partir de uma variedade de fontes naturais das quais a enzima pode ser purificada em pelo menos 90 % de pureza, pelo menos 95 % de pureza, pelo menos 96 % de pureza, pelo menos 97 % de pureza, pelo menos 98 % de pureza ou pelo menos 99 % de pureza. As fontes naturais incluem testículos bovinos (touro), testículos de ovinos (ovelhas), sanguessugas e bactérias (Streptomyces). Em certas modalidades, a hialuronidase é comercialmente disponível. Por exemplo, uma forma de hyalouronidase está disponível sob o nome comercial WYDASE® (Wyeth Laboratories, Inc., Philadelphia, PA). A hialuronidase WYDASE® é uma preparação de hialuronidase testicular bovina altamente purificada. A enzima hialu- ronidase pode ser fornecida como um pó liofilizado. O pó pode ser re-constituído utilizando uma solução salina tampão de fosfato. Proporções típicas incluem aproximadamente 150 unidades USP de hialuro- nidase por 1 mililitro. Em certas modalidades, a hialuronidase é preparada utilizando a tecnologia de DNA recombinante. A hialuronidase pode ser uma versão modificada, por exemplo, uma forma clivada, quimicamente modificada, ou geneticamente modificada. Em certas modalidades, a concentração (porcento em peso) de hialuronidase na composição farmacêutica varia de 0,01 % a 10 %, ou de 0,1 % a 8 %, ou de 0,1 % a 7 %, ou de 0,1 % a 6 %, ou de 0,1 % a 5 %, ou de 1 % a 6% porcento em peso. Em certas modalidades, a concentração é de cerca de 1 a cerca de 10 unidades USP por ml, por exemplo, cerca de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 unidades USP por ml. Em certas modalidades, a concentração é de cerca de 3 a cerca de 8 unidades USP por ml, de cerca de 4 a cerca de 7 unidades USP por ml, ou de cerca de 5 a cerca de 6 unidades USP por ml de hialuronidase.
[00107] Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de uma colagenase bacteriana (por exemplo, uma colagenase de Clostridium) no olho em combinação com a lente de contato. Em certas modalidades, a colagenase bacteriana é uma colagenase secreta- da pelas bactérias Clostridium histolyticum. Em certas modalidades, a colagenase bacteriana é preparada utilizando a tecnologia de DNA re- combinante. Em outras modalidades, a colagenase bacteriana é purificada a partir de uma fonte natural. A colagenase bacteriana pode ser uma versão modificada, por exemplo, uma forma clivada, quimicamente modificada, ou geneticamente modificada. Em certas modalidades, a concentração (porcento em peso) de colagenase bacteriana na composição farmacêutica varia de 0,01 % a 10 %, ou de 0,1 % a 8 %, ou de 0,1 % a 7 %, ou de 0,1 % a 6 %, ou de 0,1 % a 5 %, ou de 1 % a 6% porcento em peso. Em certas modalidades, a concentração é de cerca de 5 a cerca de 15 unidades USP por ml, por exemplo, cerca de 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, ou 15 unidades USP por ml. Em certas modalidades, a concentração é de cerca de 8 a cerca de 15 unidades USP por ml, de cerca de 10 a cerca de 15 unidades USP por ml, ou de cerca de 10 a cerca de 12 unidades USP por ml de colagenase bacte- riana.
[00108] Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de hialuronidase e colagenase bacteriana no olho em combinação com a lente de contato. Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de cerca de 0,1% a cerca de 10% de hialuronidase e de cerca de 0,1 % a cerca de 10 % de colagenase bacteriana no olho em combinação com a lente de contato. Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de cerca de 1 a cerca de 10 unidades USP por ml de hialuronidase e de cerca de 5 a cerca de 15 unidades USP por ml de colagenase bacteriana no olho em combinação com a lente de contato.
[00109] Em outras modalidades, o método compreende a aplicação de outras combinações de hialuronidase e outro agente amaciador da córnea no olho em combinação com a lente de contato. Por exemplo, em certas modalidades, o método compreende a aplicação de hialuro- nidase e colagenase intersticial (MM1) no olho em combinação com a lente de contato. Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de uma hialuronidase e gelatinase (MM2) no olho em combinação com a lente de contato.
Agentes Terapêuticos
[00110] Como aqui descrito de uma forma geral, em certos aspectos, é fornecido um método para o tratamento de uma condição oftalmológica, o método compreende a aplicação de uma lente de contato e uma combinação de um ou mais agentes amaciadores da córnea e um ou mais agentes terapêuticos no olho de um indivíduo que sofre ou é provável de sofrer de uma condição oftalmológica, por exemplo, um ou mais agentes amaciadores da córnea em combinação com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 agentes terapêuticos diferentes no olho. Vários agentes terapêuticos são contemplados para melhorar a terapia, tal como, por exemplo, através da redução da inflamação, redução da irritação, melhora do conforto do indivíduo, redução da possibilidade de infecção, e melhora da atividade dos agentes amaciadores da córnea, tais como através da redução da cicatrização de feridas e/ou redução da regressão de volta à condição de pré-tratamento. Os agentes tera- pêuticos exemplares incluem, mas não são limitados a estes, anestésicos, vitaminas, zinco, antibióticos, agentes antialérgicos, citocinases, vasoconstritores, agentes antivirais, agentes antifúngicos, agentes an- ti-inflamatórios, e lubrificantes.
[00111] Em certas modalidades, o método compreende a aplicação de um anestésico utilizado para reduzir a irritação da lente de contato sobre a córnea em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea. Exemplos de anestésicos incluem benzocaína, bupivacaína, cocaína, etidocaína, lidocaína, mepivacaína, pramoxina, prilocaína, cloroprocaína, procaína, proparacaína, ropicaí- na e tetracaína.
[00112] Em outras modalidades, o método compreende a aplicação de um agente anti-inflamatório, tal como um agente anti-inflamatório esteroide ou não esteroide, em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea. Exemplos de agentes anti-inflamatórios incluem aspirina, acetaminofeno, indometacina, sul- fassalazina, olsalazina, salicilato de sódio, magnésio trissalicilato de colina, salsalato, diflunisal, ácido salicilsalicílico, sulindac, etodolac, tolmetina, diclofenac, cetorolac, ibuprofeno, naproxeno, flurbiprofeno, cetoprofeno, fenoprofeno, suprofeno, oxaproxin, ácido mefenâmico, ácido meclofenâmico, oxicans, piroxicam, tenoxicam, pirazolidinadio- nas, fenilbutazona, oxifentatrazona, feniramina, antazolina, nabumeto- na, inibidores de COX-2 (Celebrex), apazona, nimesulide, e zileuton. Os glicocorticoides tais como hidrocortisona, prednisolona, fluorometolona e dexametasona também podem ser utilizados como agentes anti-inflamatórios.
[00113] Em mais outras modalidades, o método compreende a aplicação de um lubrificante em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea. Estes agentes são incluídos para melhorar o conforto do indivíduo durante o tratamento. Uma pes- soa de habilidade nesta técnica com base no paciente individual determina a composição dos colírios sendo prescritos para o indivíduo.
[00114] Em certas outras modalidades, o método compreende a aplicação de agentes antimicrobianos, tais como agentes antibacteria- nos, antivirais e/ou antifúngicos, em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea. Agentes antimicrobi- anos exemplares incluem zinco de bacitracina, cloranfenicol, clorote- traciclina, ciprofloxacina, eritromicina, gentamicina, norfloxacina, sulfa- cetamida, sulfisoxazol, polimixina B, tetraciclina, tobramicina, idoxuri- dina, trifluridina, vidarabina, aciclovir, foscarnet, ganciclovir, natamici- na, anfotericina B, clotrimazol, econazol, fluconazol, cetoconazol, mi- conazol, flucitosina, clindamicina, pirimetamina, ácido folínico, sulfadiazina, e trimetoprim-sulfametoxazol.
[00115] Em certas outras modalidades, o método compreende a aplicação de vasoconstritores em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea. Vasoconstritores podem incluir dipivefrin (propina), epinefrina, fenilefrina, apraclonidina, cocaína, hidroxianfetamina, nafazolina, tetraliidrozolina, dapiprazol, betaxolol, carteolol, levobunolol, metipranolol e timolol.
[00116] Em certas outras modalidades, o método compreende a aplicação de vitaminas ou outros nutrientes tais como a vitamina A, vitamina B15 vitamina B6, vitamina B12, vitamina C (ácido ascórbico), vitamina E, vitamina K, e zinco em combinação com a lente de contato e um ou mais agentes amaciadores da córnea.
[00117] Uma composição farmacêutica exemplar para uso com as lentes de contato inclui a aplicação de uma composição farmacêutica compreendendo uma combinação de hialuronidase e colagenase bac- teriana no olho, e opcionalmente pode adicionalmente incluir a aplicação de um ou mais dos seguintes: 5 a 10 % de anestésico, 10 a 20 % de antibiótico, 10 a 20% de agente anti-inflamatório, 20 a 30 % de agente antialérgico, 20 a 30 % de vitamina A, 3 a 5 % de carbamida (ureia), 2 a 5 % de citocinase, 10 a 20 % de vasoconstritor, e/ou de 1 a 30 % de um ou mais veículos de aumento da viscosidade, no olho.
EXEMPLOS
[00118] Os seguintes exemplos são destinados a ilustrar certas modalidades da invenção aqui descrita, e não devem ser interpretados como limitativos e não exemplificam o escopo completo da invenção. Exemplo 1: Lente de contato para uso na correção da presbiopia
[00119] O procedimento para determinar um ajuste apropriado para a lente de contato utiliza mapas topográficos para leituras K (curvatura da córnea) e excentricidade. O objetivo neste exemplo era ter a lente mais íngreme possível no olho que não cria uma bolha de ar. A lente também foi requerida de centralizar bem e mover de 0,5 a 1,0 mm ou menos em cada piscadela. A super-refração foi utilizada para determinar a capacidade adequada da lente.
[00120] A figura 4A representa um mapa instantâneo (tangencial) (à esquerda) com Simk’s - 40,60 @ 90 graus e 39,82 @ 180 graus. A figura 4B mostra um mapa padrão 2 (esquerda refrativa) com uma excentricidade (esfericidade) de 0,22.
[00121] A lente de diagnóstico tinha os seguintes parâmetros:
Figure img0003
[00122] A figura 4C representa um padrão de fluoresceína que mostra a folga da lente com fluoresceína e luz negra.
[00123] Com base no ajuste avaliado utilizando as lentes de diagnóstico e na super-refração determinada, a lente selecionada ordenada teve os seguintes parâmetros:
Figure img0004
[00124] A curva periférica secundária, que corresponde à região periférica interna de figuras 2A e 2C, tinha um raio de curvatura de 8,00 mm e uma largura de 0,4 mm. A curva periférica, que corresponde à região periférica externa de figuras 2A e 2C, tinha um raio de curvatura de 11,00 mm e tinha uma largura de 0,4 mm. Exemplo 2: Correção da presbiopia em uma população de pacientes
[00125] As figuras 5A e 5B fornecem dados de uma amostra de 12 pacientes de um estudo clínico dentro de uma população com presbi- opia no México utilizando uma lente de contato e uma formulação en- zimática compreendendo hialuronidase e colagenase bacteriana. Neste estudo, o paciente com presbiopia é administrado uma formulação compreendendo hialuronidase e colagenase bacteriana no olho em combinação com uma lente de contato da presente invenção. O período de tratamento é tipicamente de quatro a oito horas por dia durante cerca de quatro a sete dias. Medições de pré-tratamento e medidas de sete dias, quatorze dias, um mês, quatro meses, seis meses e oito meses de pós-tratamento para a visão tanto de perto quanto de longe são registradas pelo optometrista.
[00126] Com a exceção de um paciente (paciente 10), cada acuidade de visão de perto do paciente nesta amostra de 12 pacientes melhorou após o tratamento, e esta melhora durou pelo menos oito meses após o tratamento. Além disso, ao contrário de outros métodos para o tratamento de presbiopia, o tratamento não resultou na melhora da visão de perto à custa da visão de longe do paciente. Pelo contrário, a visão de longe do paciente permaneceu inalterada após o tratamento, e mais notavelmente, a maioria experimentou uma melhora na visão de longe, que durou pelo menos seis meses após o tratamento; ver, por exemplo, os resultados dos pacientes de (1) a (5) e de (7) a (9), (11) e (12) em seis meses, e os resultados dos pacientes de (1) a (5) e de (7) a (9) em oito meses. Os pacientes (6), (11) e (12) não participaram da medição de oito meses. O paciente (10) não participou das medições de seis e oito meses, e desde então desistiu do estudo. EQUIVALENTES
[00127] Embora várias modalidades da presente invenção tenham sido aqui descritas e ilustradas, aqueles de habilidade prática na técnica facilmente visionarão uma variedade de outros meios e/ou estruturas para executar as funções e/ou a obter os resultados e/ou uma ou mais das vantagens aqui descritas, e cada uma de tais variações e/ou modificações é suposta de estarem dentro do escopo da presente invenção. De uma forma mais geral, aqueles versados na técnica facilmente irão observar que todos os parâmetros, dimensões, materiais e configurações aqui descritas destinam-se a ser exemplares e que os parâmetros, dimensões, materiais e/ou configurações reais dependerão da aplicação ou aplicações específicas para as quais os ensinamentos da presente invenção são utilizados. Aqueles versados na técnica reconhecerão, ou serão capazes de verificar utilizando não mais do que experimentação de rotina, muitos equivalentes das modalida-des específicas da invenção aqui descrita. Deve, portanto, ficar entendido que as modalidades anteriores são apresentadas apenas a título de exemplo e que, dentro do escopo das reivindicações anexas e seus equivalentes, a invenção pode ser praticada de outro modo que não o especificamente descrito e reivindicado. A presente invenção é direcionada a cada aspecto, sistema, artigo, material, kit e/ou método individual aqui descrito. Além disso, qualquer combinação de dois ou mais de tais aspectos, sistemas, artigos, materiais, kits e/ou métodos, se tais aspectos, sistemas, artigos, materiais, kits e/ou métodos não forem mutuamente incompatíveis, é incluída dentro do escopo da presente invenção.
[00128] Tendo assim descrito os vários aspectos de pelo menos uma modalidade desta, deve ser observado que várias alterações, modificações e melhoras facilmente irão ocorrer por aqueles versados na técnica. Tais alterações, modificações e melhorias se destinam a ser parte desta divulgação, e se destinam a estar dentro do espírito e escopo da invenção. Consequentemente, a descrição anterior e os desenhos são apenas a título de exemplo.

Claims (14)

1. Método para determinar um ajuste de uma lente de contato (10) em um olho caracterizado pelo fato de que compreende: determinar um raio de curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho; e selecionar uma lente de contato (10) que possui uma zona ótica (12) com uma curvatura que varia a partir de uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho entre 2,0 e 6,0 dioptrias e tal modo que, quando a lente de contato (10) se ajusta no olho, um volume de fluido entre a córnea do olho e a lente de contato (10) é mantido entre 0,05 mm cúbico e 0,3 mm cúbico.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o volume de fluido entre a córnea do olho e a lente de contato (10) é um volume de lágrima.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que selecionar a lente de contato (10) compreende sele-cionar uma lente de contato (10) tendo uma zona ótica (12) com uma curvatura que é maior do que uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho entre 2,0 e 6,0 dioptrias.
4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que selecionar uma lente de contato (10) compreende selecionar uma lente de contato (10) tendo uma zona ótica (12) com uma curvatura que varia a partir de uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho entre 3,5 e 5,5 dioptrias.
5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que selecionar uma lente de contato (10) compreende selecionar uma lente de contato (10) tendo uma zona ótica (12) com uma curvatura que é menor do que uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olho entre 2,0 e 6,0 dioptrias.
6. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que selecionar uma lente de contato (10) compreende selecionar uma lente de contato (10) de tal modo que, quando a lente de contato (10) se ajusta no olho, bolhas maiores do que 0,5 mm de diâmetro são impedidas de se formar entre a lente de contato (10) e o olho.
7. Lente de contato (10) caracterizada pelo fato de que compreende: uma zona ótica (12) que possui um diâmetro da zona ótica (12) entre 7,0 mm e 9,0 mm e um raio de curvatura entre 7,0 mm e 10,0 mm, e uma região periférica interna (14) ao redor da zona ótica (12), em que a região periférica interna (14) possui um raio de curvatura entre 0,5 mm e 1,5 mm maior do que o raio de curvatura da zona ótica (12), em que a lente de contato (10) está configurada para ser disposta em uma córnea de um olho de modo que, quando a lente de contato (10) é ajustada no olho, um volume de fluido entre a córnea do olho e a lente de contato (10) seja mantido entre 0,05 mm cúbicos e 0,3 mm cúbicos.
8. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a zona ótica (12) da lente de contato (10) possui um raio de que varia de uma curvatura no meridiano mais plano da córnea do olha entre 2,0 e 6,0 dioptrias.
9. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a lente de contato (10) é configurada para ser usada com um ou mais agentes amaciadores da córnea para o tratamento do olho de um indivíduo que sofre ou está suscetível a sofrer de uma doença oftalmológica.
10. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a condição é presbiopia, síndrome da visão do computador (CVS), ou acomodação insuficiente.
11. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que um ou mais agentes amaciadores da córnea são selecionados do grupo que consiste em hialuronidase, condroitinase ABC, condroitinase AC, endo B-galactosidase (querata- nase), estromelisina (MM3), colagenase bacteriana, colagenase intersticial (MM1) e gelatinase (MM2).
12. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que a lente de contato (10) é configurada para ser usada com hialuronidase e colagenase bacteriana.
13. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a hialuronidase está em uma quantidade de 1 a 10 unidades USP por ml e a colagenase bacteriana está em uma quantidade de 5 a 15 unidades USP por ml.
14. Lente de contato (10), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que quando a lente de contato (10) é ajustada no olho, bolhas maiores do que 0,5 mm em diâmetro são impedidas de se formarem entre a lente de contato (10) e o olho.
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