[0001] A presente invenção se refere a uma vidraça de sinalização luminosa para veículo, de preferência para veículo automóvel, que compreende um sistema de iluminação pela face de aresta da vidraça e meios de opacificação que impedem a emissão da luz para o interior do veículo.
[0002] No domínio automóvel, é conhecido duplicar certas luzes de sinalização tais como os faróis traseiros, as luzes indicadoras de direção, as luzes de freio ou as luzes de marcha ré, por fontes luminosas sincronizadas com essas luzes de sinalização e de mesma cor que essas últimas. Essas fontes luminosas podem ser posicionadas ao nível da carroceria, sobre o retrovisor lateral (repetidor de pisca- pisca) ou então no interior do habitáculo, geralmente na proximidade do para-brisa traseiro, como descrito, por exemplo, no pedido EP 1 234 752. Na vidraça descrita nesse documento, diodos eletroluminescentes (LED) são posicionados dentro de uma caixa na borda da vidraça sobre a face inferior dessa última. Esses LED estão, portanto, em frente a uma face principal da vidraça e são visíveis através de uma janela abaixada no esmalte de enquadramento.
[0003] Tal duplicação de uma parte das luzes de sinalização implica uma ou várias peças suplementares a gerir na cadeia de fabricação e aumenta consequentemente os custos de produção. Por outro lado, essas luzes de sinalização adicionais “adaptadas”, nem sempre são totalmente satisfatórias de um ponto de vista estético. A presente invenção é baseada na ideia de incorporar a função de sinalização suplementar diretamente em uma ou várias vidraças do veículo, por exemplo, no para-brisa traseiro ou nos vidros laterais fixos dianteiros ou traseiros do veículo.
[0004] Tal incorporação de fontes luminosas suplementares, eventualmente que piscam, ao nível dos vidros de um carro apresenta no entanto sérios problemas de segurança rodoviária. De fato, nenhuma luz vermelha deve ser emitida na frente do veículo, nem nenhuma luz branda, com exceção das luzes de marcha ré, atrás do veículo.
[0005] Por outro lado, a luz emitida pelas luzes indicadoras de direção (pisca- piscas e repetidores de pisca-pisca) deve ser visível unicamente no lado no qual está situada a luz indicadora de direção em questão. Se luz fosse emitida por vidros para o interior do veículo, ela apresentaria o risco de ser visível por transparência também no exterior desse último. O pisca-pisca do repetidor de pisca-pisca esquerdo, por exemplo, poderia nesse caso ser interpretado, em certas situações pelo motorista de outro veículo, como provindo do lado direito, e inversamente.
[0006] Será também compreendido que a percepção, pelo motorista, de certas luzes de sinalização de seu próprio carro poderia ser bastante incômoda em certas situações, notadamente durante a condução de noite ou quando essa luz é refletida sobre vidraças ou outras superfícies refletoras no interior do veículo.
[0007] Para serem homologadas, tais vidraças de sinalização luminosa devem, portanto compreender elementos de mascaramento que impedem que a luz penetre no interior do habitáculo, sem, no entanto, reduzir excessivamente ou indesejavelmente a parte transparente de vidro.
[0008] O presente pedido propõe uma vidraça de sinalização luminosa na qual esses objetivos técnicos e de segurança foram atingidos graças a meios técnicos relativamente simples, pouco custosos e bastante satisfatórios de um ponto de vista estético.
[0009] O presente pedido tem consequentemente como objeto uma vidraça de sinalização luminosa para veículo, que compreende:- uma primeira folha transparente feita de vidro mineral, com uma primeira face principal destinada a ser dirigida para o exterior do veículo, uma segunda face principal destinada a ser dirigida para o interior do veículo, e uma face de aresta,- uma ou várias fontes luminosas, de preferência diodos eletroluminescentes (LED), que apresentam cada um deles uma face emissora de luz em frente à face de aresta, a luz emitida pelas fontes luminosas sendo assim guiada na primeira folha entre a primeira e a segunda face principal dessa última,- um meio de extração da luz ao nível de pelo menos uma zona da primeira face principal ou da segunda face principal da primeira folha ou na espessura da primeira folha, e- uma camada opaca formada por tinta ou por esmalte, em contato com o meio de extração da luz e/ou com pelo menos uma das faces principais da folha ou de uma das folhas da vidraça, a dita camada opaca sendo situada na direção do interior do veículo em relação ao meio de extração e mascarando totalmente o meio de extração da luz de maneira a tornar o mesmo invisível a partir do interior do veículo.
[0010] A vidraça da presente invenção pode ser uma vidraça simples, de preferência feita de vidro temperado, ou uma vidraça laminada que compreende pelo menos duas folhas simples coladas uma na outra de maneira conhecida com o auxílio de uma intercalação de laminação. É importante notar que, na descrição abaixo da vidraça da presente invenção, o termo “primeira folha” designará sempre a folha de Vidor iluminada ao nível de sua face da aresta pela ou pelas fontes luminosas, independentemente de sua posição respectiva em relação à segunda folha. Dito de outro modo, a primeira folha (folha “iluminada”) pode ser aquela em contato com o exterior ou com o interior do veículo, e pode ser duplicada por uma segunda folha em sua face orientada respectivamente para o interior ou para o exterior do veículo.
[0011] Bem entendido, quando a vidraça é uma vidraça simples, a “primeira folha” é a única folha feita de vidro da vidraça.
[0012] Quando a vidraça de sinalização luminosa da presente invenção é uma vidraça laminada, ela compreende, além da primeira folha, uma segunda folha transparente, também feita de vidro mineral, com uma primeira face principal destinada a ser dirigida para o exterior do veículo, e uma segunda face principal destinada a ser dirigida para o interior do veículo, a dita segunda folha sendo fixada na primeira folha com o auxílio de uma intercalação de laminação transparente. Essa intercalação de laminação está em contato adesivo(a) ou com a segunda face principal da primeira folha e a primeira face principal da segunda folha,(b) ou com a primeira face principal da primeira folha e a segunda face principal da segunda folha.
[0013] Na variante (a), a folha iluminada por sua face de aresta (primeira folha) é a folha em contato com a atmosfera exterior. Essa variante apresenta a vantagem de um bom rendimento luminoso da vidraça pois a luz emitida para o exterior não será de nenhuma forma absorvida pela intercalação e pela segunda folha. Ela apresenta, no entanto, o inconveniente de que arranhões ou sujidades, presentes na primeira face principal da primeira folha (face exterior da vidraça) serão bastante visíveis quando elas são iluminadas pelos LED situados na face de aresta da primeira folha.
[0014] Essa é a razão pela qual a variante (b), que corresponde ao modo de realização no qual a folha iluminada é aquela que está em contato com a atmosfera do habitáculo do veículo, será geralmente preferida em relação à variante (a), apesar de uma redução potencial do rendimento luminoso.
[0015] Será utilizado de preferência para a primeira folha um vidro mineral sodo- cálcico incolor tais como o vidro Planilux® comercializado pela Requerente. A primeira folha tem tipicamente uma espessura compreendida entre 2,5 e 6 mm quando se trata de uma vidraça simples, e uma espessura compreendida entre 1,4 e 3,2 mm, de preferência entre 1,4 e 2,1 mm quando se trata de uma vidraça laminada.
[0016] Quando a segunda folha é colada sobre a face exterior da primeira folha, ela é de preferência tão transparente e incolor quanto a primeira folha. Em um modo de realização preferido, uma vidraça laminada de acordo com a invenção será constituída por duas folhas Planilux® incolores, reunidas com o auxílio de uma intercalação de laminação tingida.
[0017] Quando ela é colada sobre a face interior da primeira folha, a segunda folha pode, ao contrário, ser feita de vidro tingido, por exemplo, feita de vidro Venus®, TSA3+ ou TSA4+ também comercializados pela Requerente. Ainda que a laminação de duas folhas de tonalidades diferentes apresente, no momento, diferentes inconvenientes ligados ao processo vítreo, esse modo de realização poderia se tornar bastante interessante quando esses problemas forem superados.
[0018] A segunda folha tem tipicamente uma espessura compreendida entre 1,4 e 2,1 mm.
[0019] A intercalação pode ser constituída por qualquer material polimérico correntemente utilizado para essa função. É possível mencionar a título de exemplo de tais materiais o poli(butiral de vinila) (PVB), o poliuretano plastificado e os copolímeros de etileno e de acetato de vinila (EVA), eventualmente parcialmente hidrolisados. A intercalação tem tipicamente uma espessura compreendida entre 0,2 e 1,1 mm e pode ser incolor ou tingida.
[0020] A luz emitida pelas fontes luminosas entra pela face da aresta da primeira folha que desempenha um papel de guia de onda.
[0021] Para “extrair” a luz da guia de onda, existem numerosos meios de extração familiares ao profissional e comumente utilizados no domínio das vidraças. O meio de extração da luz pode ser, por exemplo, uma zona despolida da primeira folha ou então um revestimento difusor aplicado sobre uma das faces principais da primeira folha ou então sobre a face da intercalação de laminação em contato com a primeira folha. Pode também se tratar de uma zona gravada na espessura da primeira folha ou ainda de elementos difusores, tais como partículas ou fibras de vidro, incorporados na intercalação.
[0022] É possível utilizar como revestimento difusor qualquer revestimento difusor correntemente utilizado no domínio da vidraça. Tal revestimento compreende geralmente partículas que têm um tamanho da ordem do micrômetro e um ligante, orgânico ou mineral, que permite fazer essas partículas aderirem na superfície do vidro. As partículas podem ser feitas de metal ou feitas de óxido metálico. O tamanho médio das mesmas é tipicamente compreendido entre 50 nm e 1 micrômetro. Um revestimento difusor apropriado é descrito por exemplo no pedido internacional WO 01/90787.
[0023] Em um modo de realização da presente invenção, a camada opaca do mascaramento é feita de esmalte. O profissional está familiarizado com a aplicação de esmaltes opacos, geralmente de cor preta, ao nível das bordas das vidraças automóveis.
[0024] Para a fabricação de duas camadas congruentes, uma de cor clara (meio de extração da luz) e a outra de cor mais escura, e mesmo preta (camada opaca), será possível se referir ao pedido US2006/0150680. O pedido EP 0636588 descreve a fabricação de esmaltes metalizados que, devido ao caráter refletor dos mesmos, podem ser especialmente interessantes para a presente invenção.
[0025] Em outro modo de realização da vidraça d apresente invenção, a camada opaca de mascaramento é constituída por tinta. Essa tinta não tendo geralmente necessidade de ser submetida a temperaturas tão elevadas quanto o esmalte, a utilização de uma tinta permite possibilidades de aplicação suplementares. De fato, a tinta pode ser aplicada por impressão, por exemplo, por serigrafia, flexografia ou jato de tinta sobre uma das faces principais da primeira ou da segunda folha, mas ela pode também ser aplicada sobre uma das faces da intercalação de laminação que se encontrará, depois de união, em contato direto com uma das faces principais das folhas de vidro.
[0026] As tintas pretas para a impressão de vidro são familiares ao profissional. A impressão da intercalação de laminação com tintas pretas é descrita, por exemplo, no pedido Frances depositado pela Requerente em 12 de abril de 2011 sob o número 11 53189.
[0027] Diferentes configurações para o meio de extração da luz e a camada opaca podem ser consideradas. Esses dois elementos essenciais para a invenção podem estar em contato um com o outro, ou então eles podem ser separados por exemplo por uma das folhas de vidro e/ou pela intercalação de laminação. Em todos os casos, a camada opaca de mascaramento é evidentemente situada mais para o interior do veículo do que o meio de extração, senão ela não poderia desempenhar o papel de barreira ou de tela para a luz.
[0028] Em um modo de realização da vidraça da presente invenção, representado na figura 2, o meio de extração da luz está sobre a segunda face principal da primeira folha, e a camada opaca está diretamente em contato com o meio de extração da luz e o recobre totalmente. A camada opaca pode ser de mesmo tamanho e forma que o meio de extração e se sobrepor perfeitamente a esse último, ou então ela pode ser maior do que esse último e exceder o limite do mesmo. Em um modo de realização preferido, as duas camadas (meio de extração e camada opaca) são colocadas uma acima da outra sobre a segunda face principal da primeira folha. É possível, no entanto, também considerar a colocação do meio de extração da luz sobre a segunda face da primeira folha e a colocação de uma tinta opaca sobre uma das faces de uma eventual intercalação de laminação que será em seguida colocada em contato com a primeira folha de maneira a que essas duas colocações sejam sobrepostas.
[0029] Em um segundo modo de realização da vidraça de acordo com a presente invenção, representada na figura 1, o meio de extração da luz está sobre a primeira face principal da primeira folha e a camada opaca está sobre a segunda face principal da primeira folha. Nesse modo de realização no qual a camada opaca não está diretamente em contato com o meio de extração da luz a decalagem entre essas duas camadas (espessura da primeira folha) apresenta o risco de reduzir a eficácia de mascaramento da luz pela camada opaca. Nesse modo de realização é consequentemente interessante que a extensão da camada opaca seja maior do que aquela do meio de extração e excede esse último em todo seu contorno.
[0030] Mais outro modo de realização da vidraça da presente invenção, representado na figura 3, se refere unicamente às vidraças laminadas. Nesse modo de realização a folha iluminada (= primeira folha) é a folha em contato com a atmosfera exterior, quer dizer a segunda folha é fixada à primeira folha com o auxílio da intercalação de laminação que está em contato adesivo com a segunda face principal da primeira folha e a primeira face principal da segunda folha, e o meio de extração da luz está sobre pelo menos uma das faces principais da primeira folha e a camada opaca sobre pelo menos uma das faces principais da segunda folha. Como para o modo de realização, representado na figura 1, é aqui especialmente interessante que a extensão da camada opaca seja maior do que aquela do meio de extração e exceda esse último em todo seu contorno.
[0031] Finalmente, um último modo de realização vantajoso é caracterizado pelo fato de que a segunda folha é fixada à primeira folha com o auxílio da intercalação de laminação que está em contato adesivo com a primeira face principal da primeira folha e a segunda face principal da segunda folha, e o meio de extração da luz está sobre a primeira face principal da primeira folha e a camada opaca sobre a segunda face principal dessa primeira folha.
[0032] O meio de extração da luz pode tomar a forma de uma zona única contínua, de uma forma qualquer, ou então ele pode ser composto por várias zonas distintas. Evidentemente o mesmo acontece com a camada opaca. Quando o meio de extração está presente sob a forma de várias zonas distintas, a camada opaca pode ser uma zona única que engloba o conjunto dessas zonas, como ilustrado na figura 1.
[0033] Como explicado acima, quando a camada opaca não está diretamente em contato com o meio de extração, ela tem de preferência uma extensão maior do que esse último. De maneira geral, a extensão total da zona ou das zonas cobertas pela camada opaca é superior de pelo menos 5 %, de preferência de pelo menos 10 % e em especial de pelo menos 20 %, à extensão total da zona ou das zonas cobertas pelo meio de extração da luz.
[0034] Em contrapartida, quando essas duas zonas estão em contato uma com a outra, elas podem ser congruentes (quer dizer de mesma forma e tamanho) e sobrepostas uma à outra.
[0035] Ainda que possa ser em princípio considerado, em certos casos, por exemplo para o defletor ou o vidro de proteção (vidraças laterais fixadas na carroceria, respectivamente na dianteira e na traseira do veículo), que toda a superfície da vidraça seja coberta por uma camada opaca, é geralmente indispensável, notadamente para o para-brisa traseiro e certas vidraças laterais, que a vidraça compreenda pelo menos uma zona transparente, chamada “parte transparente de vidro”, não coberta pela camada opaca.
[0036] Essa parte transparente de vidro representa pelo menos 20 %, de preferência pelo menos 50 % e em especial 70 % da superfície total da vidraça, inclusive as zonas cobertas pela encapsulação ou as juntas. Dito de outro modo, a camada opaca cobre uma zona que representa geralmente no máximo 80 %, de preferência no máximo 50 % e em especial no máximo 30 % da superfície total da vidraça.
[0037] Como foi mencionado acima, o esmalte e a tinta que formam a camada opaca podem ser ao mesmo tempo refletores e opacos. Quando eles não são refletores e absorvem a maior parte da luz, pode ser vantajoso, por razões evidentes de rendimento luminoso, interpor entre o meio de extração da luz e a camada opaca uma camada refletora, de preferência uma fina camada metálica.
[0038] Entende-se por “camada opaca” no presente pedido uma camada que tem uma densidade óptica pelo menos igual a 2. A densidade óptica da camada opaca é de preferência compreendida entre 2,5 e 5, mais preferencialmente entre 2,8 e 4,5 e em especial entre 3 e 4.
[0039] Quando a camada opaca é duplicada, em sua face voltada na direção do meio de extração da luz, por uma camada refletora, por exemplo, por uma fina camada metálica, é suficiente que o conjunto dessas duas camadas apresente as densidades ópticas acima.
[0040] A presente invenção tem também como objeto um veículo, de preferência um veículo automóvel, que compreende pelo menos uma vidraça de sinalização luminosa tal como descrita acima.
[0041] A função que a vidraça de sinalização desempenhará dependerá então de sua posição no veículo e da cor da luz emitida pelo meio de extração da luz.
[0042] Quando ela é destinada a funcionar como luz indicadora de direção a vidraça de acordo com a invenção emite uma luz de cor amarela auto (ver Diretiva do Conselho n° 76/759/CEE de 27 de junho de 1976, Anexo V). Ela está nesse caso situada ao nível do para-brisa traseiro quando se trata de um pisca-pisca traseiro (categoria 2), ao nível de um vidro lateral quando de trata de um repetidor de pisca- pisca (categoria 5), ou ao nível do para-brisa quando se trata de uma luz pisca-pisca dianteira (categoria 1).
[0043] De modo análogo a vidraça emitirá uma luz vermelha quando ela funciona como lanterna traseira ou luz de freio, e uma luz branca quando se trata, por exemplo, de uma luz de marcha ré. Nesses dois casos, a vidraça corresponde evidentemente ao para-brisa traseiro.
[0044] A cor da luz emitida pela vidraça, e mais precisamente pelo menos de extração da luz, pode ser determinada, entre outras coisas, - pelo espectro de emissão das fontes luminosas, - pelo espectro de absorção da primeira folha (guia de onda da luz recebida das fontes luminosas).- por uma intercalação de laminação tingida em contato adesivo com a primeira face da primeira folha, ou- pelo espectro de absorção/emissão do material que forma o meio de extração da luz.
[0045] Podem ser citados a título de exemplos de modos de realização preferidos os seguintes:LED de cor amarela auto em combinação com uma primeira folha não tingida e um material de extração branco;LED de cor amarela auto em combinação com uma primeira folha não tingida e um material de extração laranja ou amarelo;LED de cor branca em combinação com uma primeira folha não tingida e um material de extração laranja ou amarelo.
[0046] Será possível também considerar a utilização de LED que emite uma radiação UV em combinação com um material de extração de tipo luminóforo fluorescente.
[0047] Evidentemente, qualquer que seja a função que desempenhará a vidraça de sinalização luminosa da presente invenção, as fontes luminosas deverão ter um sistema de alimentação elétrica, autônomo ou ligado ao sistema elétrico do carro. As fontes luminosas deverão por outro lado ser configuradas de maneira a poder receber sinais de comando que regem o acendimento/extinção das mesmas.
[0048] Em um modo de realização preferido do veículo da presente invenção, a vidraça de sinalização luminosa é uma luz indicadora de direção, capaz de emitir uma luz amarelo auto pisca-pisca. Trata-se de preferência de um repetidor de pisca- pisca (luz indicadora de direção de categoria 5; Diretiva do Conselho n° 76/759/CEE de 27 de junho de 1976), situado ao nível dos defletores ou dos vidros laterais fixos dianteiros.
[0049] Para garantir uma potência luminosa satisfatória, compreendida entre 0,3 e 200 cd vista a partir de um ângulo compreendido entre 5 e 55° em relação ao eixo de referência do veículo (ver a Diretiva n° 76/759/CEE), as faces emissoras das fontes luminosas estão de preferência em frente à face de aresta da primeira folha posicionada na direção da dianteira do veículo.
[0050] A presente invenção será descrita agora em referência às figuras anexas nas quaisa figura 1 é uma representação esquemática em corte transversal de um primeiro modo de realização de uma vidraça de acordo com a invenção,a figura 2 é uma representação esquemática em corte transversal de um segundo modo de realização de uma vidraça de acordo com a invenção,a figura 3 é uma representação esquemática em corte transversal de um terceiro modo de realização de uma vidraça de acordo com a invenção, eas figuras 4a e 4b são uma ilustração de uma vidraça lateral dianteira fixa que desempenha o papel de repetidor de pisca-pisca.
[0051] Mais especialmente, a figura 1 mostra a borda de uma vidraça laminada, em corte transversal. Uma segunda folha 2, em contato via sua primeira superfície principal 21 com a atmosfera exterior, é colada por intermédio de uma intercalação de laminação 3 a uma primeira folha 1, iluminada por sua face da aresta 13. A intercalação de laminação está em contato adesivo com a segunda face principal 22 da segunda folha e com a primeira face principal 11 da primeira folha. A segunda face principal 12 da primeira folha 1 está em contato com a atmosfera interior do veículo. Um diodo eletroluminescente (LED) 4 é posicionado na proximidade da face da aresta 13 da primeira folha 1, sua face emissora 41 estando em frente a essa face da aresta. O meio de extração da luz 5 é aqui constituído por duas zonas 5a, 5b gravadas na superfície da primeira face principal 11 da primeira folha 1. A camada opaca 6, um esmalte aplicado sobre a segunda face principal 12 da primeira folha, tem uma extensão muito maior do que as duas zonas gravadas 5a, 5b e cobre uma zona que engloba essas duas zonas individuais.
[0052] A figura 2 mostra a borda de uma vidraça simples de acordo com a invenção em corte transversal. A vidraça compreende uma folha única 1, chamada de primeira folha, com uma primeira face principal 11 em contato com a atmosfera exterior, uma segunda face principal 12 em contato com o interior do veículo, e uma face da aresta 13. A face emissora 41 de um LED 4 está em frente à face da aresta 13. O meio de extração da luz 5 está em contato direto com a segunda face principal 12 da folha 1. O meio de extração 5 é coberto, em toda sua superfície, por uma camada opaca 6. Essa última tem exatamente a mesma forma e tamanho que o meio de extração da luz 5 e se sobrepõe a esse último sem entretanto exceder o mesmo.
[0053] A figura 3 mostra um modo de realização no qual o meio de extração da luz 5 e a camada 6 estão sobre duas folhas diferentes de uma vidraça laminada. O meio de extração 5 está situado sobre a segunda face principal 12 da primeira folha 1, iluminada pelo LED 4. A camada opaca 6 está em contato com a primeira face principal 21 da segunda folha 2 e também com a intercalação de laminação 3. A camada opaca 6 pode ser formada por um esmalte ou por uma tinta opaca colocados sobre a face 21, ou então pode ser uma camada de tinta impressa sobre a intercalação de laminação 3. Como para a figura 1, a separação no espaço do meio de extração da luz 5 e da camada opaca 6 justifica um dimensionamento maior da camada opaca 6, em relação ao meio de extração 5.
[0054] As figuras 4a e 4b ilustram uma vidraça de sinalização luminosa especial, respectivamente no estado apagado e aceso. Trata-se de um repetidor de pisca- pisca sob a forma de um vidro lateral dianteiro fixo de um veículo automóvel. As fontes luminosas, não representadas, se encontram em frente à face da aresta do vidro, posicionada na direção da dianteira do veículo. O meio de extração da luz 5 é uma única zona de forma alongada na proximidade das fontes luminosas. Uma camada opaca 6, de uma extensão maior do que o meio de extração, impede eficazmente que a luz difundida pelo meio de extração penetre no interior do veículo.