BR0111304B1

BR0111304B1 - distribuidor com elemento de fixação com estanqueidade periférica.

Info

Publication number: BR0111304B1
Application number: BRPI0111304-6A
Authority: BR
Inventors: Dany Ray; Gilles Jourdin
Priority date: 2000-05-31
Filing date: 2001-04-13
Publication date: 2012-10-30
Also published as: DE60108243T2; ES2234832T3; CN1210195C; CN1440355A; US20010048003A1; FR2809714B1; BR0111304A; JP2003534994A; FR2809714A1; EP1289858A1; US6575339B2; DE60108243D1; EP1289858B1; WO2001092132A1

Description

DISTRIBUIDOR COM ELEMENTO DE FIXAÇÃO COM ESTANQUEIDADE

PERIFÉRICA

A presente invenção se refere a um distribuidor de produto fluido que compreende um elemento de distribuição, tal como uma bomba ou uma válvula, um recipiente com um gargalo e um elemento de fixação para fixar o elemento de distribuição sobre o gargalo. Esse gênero de distribuição é freqüentemente utilizado no domínio da farmácia, da cosmética ou da perfumaria para distribuir produtos fluidos, por exemplo, sob a forma pulverizada. Para a fixação da bomba ou da válvula sobre o gargalo do recipiente, utiliza-se um elemento de fixação mais comumente designado pelo termo de anel de fixação. Este coopera, em geral, com o exterior do gargalo e compreende um alojamento de recepção, no qual o corpo da bomba ou da válvula é montado, por exemplo, por travamento. O anel de fixação compreende uma aba que coopera com o exterior do gargalo: as técnicas as mais comumente utilizadas são parafusação, travamento ou engaste. A presente invenção se interessa mais particularmente pelo travamento.

Nessa técnica de fixação (travamento), é conhecido formar a aba do anel seja com um cordão de travamento interno contínuo, seja com cabeças de travamento dispostas na extremidade inferior de garras de travamento, de modo que a aba é fendida. As cabeças de travamento ou o cordão de travamento cooperam, em geral, com um rebordo que forma a parede externa do gargalo. Com efeito, uma concepção clássica para um gargalo de recipiente consiste em realizar a extremidade superior do gargalo com uma parte externa reforçada ou espessa freqüentemente designada como parte reforçada. As partes de travamento ou o cordão de travaraento são, portanto, adaptados a se prenderem sob a parte reforçada onde esta forma o rebordo.

Naturalmente é importante realizar uma estanqueidade ao nível do gargalo do recipiente, a fim de que o produto fluido não possa escapar entre o gargalo e o anel de fixação. Uma técnica conhecida consiste em dispor uma junta na extremidade superior do gargalo, essa junta sendo comprimida por um flange anular formado pelo anel que se designa freqüentemente sob o termo de prato. Certos distribuidores não necessitam de junta e a estanqueidade é diretamente realizada por contato do anel com o gargalo do recipiente. Para se obter uma boa estanqueidade por contato direto, é necessário que o gargalo do recipiente seja fabricado em um material mais duro do que aquele do anel: em geral, o recipiente é fabricado em vidro e o anel em matéria plástica moldada. A estanqueidade pode ser realizada seja ao nível da extremidade superior do gargalo em contato com o prato do anel, seja ao nível do rebordo da extremidade. Nos dois casos, a estanqueidade é axial, e é necessário exercer uma forte tração ou impulso sobre o anel em sentido axial do recipiente para conseguir essa estanqueidade. Para exercer esse impulso ou tração, utiliza-se freqüentemente um aro de revestimento que vem cobrir o anel de fixação e que serve de elemento de impulso, para forçar as garras e as cabeças de travamento a se prenderem embaixo da parte reforçada do gargalo. Por conseguinte, a estanqueidade não é alcançada, quando o aro de revestimento não está montado sobre o anel de fixação. A presente invenção tem por finalidade prevenir os inconvenientes da técnica anterior, definindo um distribuidor no qual o elemento de fixação realiza uma estanqueidade ao nível do gargalo, sem para tanto ter necessidade de deformar a aba ou as garras de travamento.

Para isso, a presente invenção propõe um distribuidor de produto fluido, compreendendo um elemento de distribuição, um recipiente com um gargalo que define uma superfície periférica externa, e um elemento de fixação para fixar o elemento de distribuição sobre o gargalo, esse elemento de fixação formando uma aba que define uma parede interna destinada a envolver do exterior e a cooperar com a superfície periférica externa do gargalo, caracterizado pelo fato de meios de estanqueidade periféricos, por aperto radial, serem previstos ao nível dessa parede interna ou dessa superfície periférica externa.

Vantajosamente, a parede interna e a superfície externa são sensivelmente concêntricas e cilíndricas. Considerando-se que os meios de estanqueidade são interpostos entre duas superfícies sensivelmente cilíndricas, a estanqueidade é radial e não mais axial, conforme na técnica anterior. Portanto, não é mais necessário exercer um impulso ou uma tração sobre o anel para se obter uma estanqueidade eficaz. Os meios de estanqueidade exercem, portanto, uma dupla função, a saber aquela intrínseca de estanqueidade, e aquela de meio de fixação, permitindo um encaixe eficaz da aba sobre o exterior do gargalo. Pode-se assim se livrar completamente de cabeças de travamento ou de um cordão de travamento, para realizar a fixação do anel sobre o gargalo. Pode-se igualmente se livrar de um gargalo formado com uma parte reforçada ou extremidade. Dessa forma, a concepção do anel e do gargalo é muito mais simples.

De acordo com um modo de realização, os meios de estanqueidade compreendem uma nervura de estanqueidade anular contínua formada sobre a superfície periférica externa do gargalo e adaptada para vir se prender na parede interna da aba. Nesse caso, o gargalo do recipiente é, de preferência, fabricado em um material mais duro do que a aba do elemento de fixação, de modo que a nervura de estanqueidade anular contínua penetre na parede interna da aba, fazendo se deformar a matéria da aba nesse local. Em posição final, isto é, quando a extremidade superior do gargalo entra em contato com o prato do elemento de fixação, a nervura forma uma estanqueidade anular e realiza ao mesmo tempo uma fixação eficaz da aba sobre o gargalo.

De acordo com um outro modo de realização, a parede interna da aba é provida de uma junta de estanqueidade anular contínua adaptada para se comprimir contra a superfície periférica externa do gargalo. Vantajosamente, a junta é fixada em um alojamento formado pela parede interna da aba. De acordo com uma versão, a superfície periférica externa do gargalo é formada com uma calha anular contínua adaptada para receber a junta anular. De acordo com uma outra versão, o gargalo forma uma parte reforçada, formando ressalto para o exterior, essa superfície periférica externa sendo formada pela parte reforçada, essa aba formando um cordão de travamento adaptado para se prender sob a parte reforçada. De preferência, o cordão de travamento forma a parte inferior do alojamento da junta.

Em todos as formas de realização, os meios de estanqueidade constituem meios de fixação da aba sobre o gargalo.

A invenção será a seguir mais amplamente descrita com referência nos desenhos anexados, dando a título de exemplo não limitativo três modos de realização da invenção.

Nos desenhos:

-a figura 1 representa uma vista em seção transversal vertical através de um elemento de fixação montado sobre um gargalo de recipiente, conforme um primeiro modo de realização;

-a figura Ia representa uma vista em corte horizontal através do elemento de fixação da figura 1;

-a figura 2 representa uma vista em seção transversal vertical através de um elemento de fixação montado sobre um gargalo, conforme um segundo modo de realização da invenção; e

-a figura 3 representa uma vista em corte transversal através de um elemento de fixação, conforme um terceiro modo de realização da presente invenção.

Nos três modos de realização utilizados para ilustrar a presente invenção, o elemento de fixação designado pela referência numérica 2 apresenta uma configuração global similar. O mesmo acontece com o gargalo 10 do recipiente 1 representado nas figuras 1 e 2.

O elemento de fixação 2, que é em geral fabricado em matéria plástica moldada, compreende um alojamento de travamento 2 5 destinado a receber por travamento o corpo de uma válvula ou de uma bomba (não representada) . Esse alojamento de travamento 2 5 se prolonga sobre sua periferia externa por um prato 22 destinado a entrar em contato com a extremidade superior 14 do gargalo 10. A periferia externa do prato 22 se liga a uma aba 20 que se estende para baixo, mas pode igualmente se estender para cima como representado nas figuras. A parte da aba 20 que estende para baixo apresenta uma parede interna 2 0 destinado a cooperar com a superfície externa do gargalo 10. Um aro de revestimento 3 recobre o elemento de fixação 2, de modo que não é visível. 0 elemento de fixação tem apenas uma função estética na presente invenção. O gargalo 10 do recipiente 1, representado nas figuras .1 e 2, é de um tipo geral conhecido, formando uma parte reforçada ou extremidade 11 que forma ressalto radialmente para o interior ao nível do exterior superior do gargalo .10. A parte reforçada 11 apresenta uma superfície periférica externa 13 que é de forma sensivelmente cilíndrica. A parte reforçada forma igualmente um rebordo .12 que faz a ligação entre a superfície 13 e a parte do gargalo 10 situada embaixo da parte reforçada. Trata-se de um tipo particular bem conhecido de forma de gargalo de recipiente. Todavia, é possível utilizar um recipiente com um gargalo desprovido de parte reforçada para os modos de realização das figuras 1 e 2. Nesse caso, a superfície externa do gargalo 10 pode ser perfeitamente cilíndrica até sua extremidade superior.

A parede interna 21 da aba 20 do elemento de fixação 2 coopera com a superfície periférica externa 13 da parte reforçada 11. O mesmo acontece com a superfície inferior do prato 22 que entra em contato com a extremidade superior 14 do gargalo 10.

A parede interna 21 da aba 2 0 ao nível da parte reforçada é também sensivelmente cilíndrica, de modo que a parede e a superfície 13 entram em contato mútuo.

De acordo com a invenção, meios de estanqueidade são previstos ao nível da superfície periférica externa da parte reforçada 11, isto é, ao nível da parede interna 21 da aba 20 ao nível da parte reforçada 11.

No modo de realização representado nas figuras 1 e la, esses meios de estanqueidade se apresentam sob a forma de uma nervura de estanqueidade anular contínua 15 formada pelo gargalo ao nível da superfície periférica externa 13 da parte reforçada. Essa nervura 15, de forma arredondada na figura 1, pode, todavia, apresentar qualquer perfil, permitindo um encaixe eficaz na parede interna 21 da aba .20. Pode-se, por exemplo, imaginar um perfil de nervura em forma de entalhe de parada para realizar uma fixação por arpoação. Além disso, embora tenha sido representada apenas uma única nervura 15 na figura 1, pode-se, naturalmente, imaginar outras formas de realização com mais de uma nervura realizada ao nível da superfície periférica externa .13 da parte reforçada. 0 gargalo do recipiente é, de preferência, fabricado em uma matéria mais dura do que aquela do elemento de fixação, de modo que a nervura 15 não é deformada, quando da montagem do elemento de fixação 2 sobre o gargalo. Ao contrário, é a parede interna 21 da aba 2 0 que sofre uma deformação, por exemplo por deformação de matéria em torno da nervura 15 em posição final representada na figura 1. De maneira clássica, o recipiente pode ser fabricado em vidro e o elemento de fixação em matéria plástica.

Deve ser observado que a nervura 15 que serve de meio de estanqueidade serve também de meio de fixação da aba sobre o gargalo. Com efeito, a matéria plástica constitutiva do elemento de fixação 2 tem tendência a se deformar em torno da nervura 15 e a realizar uma fixação eficaz nesse local. A fixação, assim como a estanqueidade são, portanto, realizadas por aperto radial e não mais por tração ou impulso, como é o caso na técnica anterior. Não é, portanto, necessário prever meio de fixação qualquer ao nível da parede interna 21 da aba 2 0 embaixo do rebordo da extremidade 12 como as cabeças ou cordão de travamento da técnica anterior. O anel pode, portanto, ter uma configuração muito simples perfeitamente cilíndrica, assim como a parede externa do gargalo 10. Com efeito, a nervura15 pode muito bem ser formada sobre um gargalo do recipiente perfeitamente cilíndrico, isto é, desprovido de parte reforçada 11.

Será feita então referência à figura 2 para explicar um segundo modo de realização. Esse modo de realização difere do precedente pelo fato da nervura 15 formada pelo gargalo 10 ser substituída por uma junta de estanqueidade 4 disposta em um alojamento 23, formado na parede interna 21 da aba 20. De preferência, a junta 4 é fixada no alojamento2 3 por qualquer técnica, tal como sobremoldagem, colagem, ou travamento à força. A superfície periférica externa 13 da parte reforçada 11 pode ser perfeitamente cilíndrica, de modo que a junta 4 vem se comprimir contra superfície 13, mas, de preferência, a superfície periférica é formada com uma cavidade 16 de forma sensivelmente complementar à junta4, de modo que a junta 4 pode vir se alojar no interior da cavidade 16. Naturalmente, é necessário que a junta 4 seja um pouco comprimida no interior da cavidade 16 para realizar uma perfeita estanqueidade nesse nível. Conforme no modo de realização precedente, a junta 4 exerce não apenas um função de estanqueidade, mas igualmente de fixação, vindo se alojar no interior da cavidade 16. Não é necessário prever meios de fixação particulares ao nível da aba 2 0 embaixo da parte reforçada .11. Da mesma forma, não é necessário que o gargalo do recipiente seja provido de uma parte reforçada.

Referindo-se a seguir à figura 3, vê-se uma terceira forma de realização de um elemento de fixação. A parede interna 21 da aba 2 0 é, no caso, provida de uma junta 5 que se estende sensivelmente sobre a altura da parte reforçada, isto é, a altura da superfície periférica externa 13. A aba .20 forma igualmente um cordão de travamento 24 destinado a se prender embaixo da parte reforçada 11, isto é, ao nível de seu rebordo 12. A junta pode ser mantida no lugar no anel por colagem por sobremoldagem ou travamento â força. Ainda, a estanqueidade é radial, o que contribui naturalmente à fixação que é, todavia, completada pela presença do cordão de travamento 24 preso sob a parte reforçada 11. É preciso, todavia, notar que o encaixe do cordão de travamento 24 não contribui para realizar a estanqueidade ao nível da junta 5, conforme é o caso na técnica anterior. A junta 5 exerce sua função de estanqueidade e o cordão de travamento 24 serve apenas para completar a fixação sobre o gargalo do recipiente.

Em todos os modos de realização, os meios de estanqueidade periféricos (nervura 15; junta 4 e 5) são sempre solidários seja ao gargalo (nervura 15 formada diretamente pelo gargalo) , seja à aba (juntas 4 e 5) . Por solidário, entende-se que os meios de estanqueidade fazem parte do gargalo ou da aba, seja sendo formados de maneira monobloco, seja sendo complementados, colados, inseridos e/ou sobremoldados.

Claims

1. Distribuidor de produto fluido, compreendendo um elemento de distribuição, um recipiente (1) com um gargalo (10), definindo uma superfície periférica externa (13) e um elemento de fixação (2) sem engaste de montagem livre para fixar o elemento de distribuição sobre o gargalo, esse elemento de fixação formando uma aba (20) que define uma parede interna (21) destinada a envolver do exterior e a cooperar com a superfície periférica externa (13) do gargalo (10), dos meios de estanqueidade periféricos por aperto radial (15; 4; 5) sendo previstos ao nível dessa parede interna (21) ou dessa superfície periférica externa (13) , caracterizado pelo fato de que os meios de estanqueidade compreendem uma nervura de estanqueidade anular contínua (15) formada sobre a superfície periférica externa (13) do gargalo e adaptada para vir prender-se na parede interna (21) da aba (20).

2. Distribuidor de produto fluido, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a parede interna (21) e a superfície externa (13) são sensivelmente concêntricas e cilíndricas.

3. Distribuidor de produto fluido, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os meios de estanqueidade (15; 4; 5) constituem os meios de fixação da aba (20) no gargalo (10).

4. Distribuidor de produto fluido, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a superfície periférica externa ser sensivelmente cilíndrica, a nervura de estanqueidade formando um ressalto para o exterior em relação à superfície externa.

5. Distribuidor de produto fluido, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de serem previstas diversas nervura de estanqueidade.

6. Distribuidor de produto fluido, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a nervura de estanqueidade ter um perfil de arpoação.