"PANO DE PRENSA MULTIAXIAL TENDO FIOS COM FORMATO"
Fundamentos da Invenção
1. Campo da Invenção
A presente invenção refere-se às técnicas de fa-bricação de papel. Mais especificamente, a presente invençãose refere a panos prensados para a seção de prensa de umamáquina de papel.
2. Descrição da Técnica Anterior
Durante o processo de fabricação de papel, é for-mada uma manta fibrosa celulósica por meio da deposição deuma pasta semifluida fibrosa, ou seja, uma dispersão aquosade fibras de celulose em um pano de formação em movimento naseção de formação de uma máquina de papel. Uma grande quan-tidade de água é drenada da pasta semifluida através do panode formação, deixando a manta fibrosa celulósica na superfí-cie do pano de formação.
A manta fibrosa celulósica recentemente formadaprossegue a partir da seção de formação até uma seção deprensa, que inclui uma série de regiões de garras. A mantafibrosa celulósica passa através das regiões de prensas su-portada por um pano de prensa ou, como é freqüente no caso,entre dois panos de prensa. Nas regiões de garras, a mantafibrosa celulósica é submetida a forças de compressão queespremem a água dali e que fazem aderir entre si as fibrascelulósicas na manta para tornar a manta fibrosa celulósicauma folha de papel. A água é aceita pelo pano de prensa oupanos e idealmente, não retorna para a folha de papel.Finalmente, a folha de papel prossegue até uma se-ção secadora que inclui pelo menos uma série de tambores oucilindros secadores rotativos, que são aquecidos internamen-te por vapor. A folha de papel recentemente formada é dire-cionada em um caminho de serpentina seqüencialmente em tornode cada na série de tambores por um pano secador, que mantéma folha de papel bem apertada contra as superfícies dos tam-bores. Os tambores aquecidos diminuem o teor de água da fo-lha de papel até um nível desejado através de evaporação.
Deve ser apreciado que os panos de formação, deprensa e secador, todos têm a forma de laços sem fim na má-quina de papel e funcionam como transportadores. Deve-seapreciar ainda que a fabricação de papel é um processo con-tínuo que prossegue a velocidades consideráveis. Isso eqüi-vale a dizer que a pasta semifluida fibrosa é continuamentedepositada no pano de formação na seção de formação, ao mes-mo tempo em que uma folha de papel fabricada recentemente écontinuamente enrolada em rolos depois que ela sai da seçãosecadora.
A presente invenção refere-se especificamente apanos de prensa usados na seção de prensa. Os panos de pren-sa desempenham um papel crítico durante o processo de fabri-cação de papel. Uma de suas funções, conforme implícito aci-ma, é suportar e carregar o produto de papel que está sendofabricado através das regiões de garras.
Os panos de prensa também participam no acabamentoda superfície da folha de papel. Ou seja, os panos de prensasão projetados para terem superfícies uniformes e estruturauniformemente resilientes de tal modo que, no curso da pas-sagem através das regiões de prensa, uma superfície unifor-me, livre de marcas, seja conferida ao papel.
Talvez o mais importante, os panos de prensa acei-tam as grandes quantidade de água extraídas do papel molhadona região de garra. De modo a preencher esta função, lite-ralmente deve haver espaço, comumente referido como volumevazio dentro do pano de prensa para a água ir e o pano temque ter permeabilidade adequada à água por toda sua vidaútil.
Finalmente, os panos de prensa têm que ser capazesde impedir que a água aceita a partir da manta de papel re-torne e molhe novamente o papel quando da saída da região degarra.
Panos de prensa contemporâneos são fabricados emuma grande variedade de estilos projetados para atender àsnecessidades das máquinas de papel nas quais eles são insta-lados para os graus de papel que estão sendo fabricados. Ge-ralmente, eles compreendem um pano com base tecida no qualtenha sido guarnecido material fibroso não tecido fino. 0pano de base pode ser tecido a partir de monofilamento, mo-nofilamento de folha de formação, múltiplos filamentos oumúltiplos fios de filamentos de folha de formação e pode teruma camada, múltiplas camadas ou laminado. Os fios são ti-picamente extrudados a partir de qualquer das resinas poli-méricas sintéticas, tais como resinas de poliamida e resinasde poliéster, usadas para esta finalidade por aqueles de ha-bilidade comum na técnica de tecelagem em máquinas de papel.Os próprios panos com base tecida tomam muitasformas diferentes. Por exemplo, eles podem ser tecidos semfim, ou tecidos plano e subseqüentemente transformados emsem fim com uma costura tecida. Alternativamente, eles podemser produzidos por um processo conhecido comumente como te-celagem sem fim modificada, em que as bordas no sentido dalargura do pano de base são dotadas de laços de costura queusam os fios da direção da máquina (MD) . Neste processo, osfios MD são tecidos continuamente para trás e> para frenteentre as bordas no sentido da largura do pano, em cada bordavoltando e formando um laço de costura. Um pano de base pro-duzido desta maneira é colocado na forma sem fim durante ainstalação em uma máquina de papel e, por esta razão, é re-ferido como um pano costurável na máquina. Para colocar talpano na forma sem fim, as duas bordas no sentido da largurasão colocados juntos, os laços de costura nas duas bordassão interdigitados entre si e um pino ou pino de dobradiça édirecionado através da passagem formada pelos laços de cos-tura interdigitados.
Ainda, os panos de base tecidos podem ser lamina-dos colocando-se um pano de base dentro do laço sem fim for-mado por um outro e pelo guarnecimento de um lote de fibrascurtas através de ambos os panos de base para uni-los entresi. Um ou ambos os panos de base tecido podem ser do tipocosturável em máquina.
Em qualquer caso, os panos de base tecidos estãona forma de laços sem fim ou são costuráveis em tais formas,tendo um comprimento específico, medido longitudinalmente emtorno deles, e uma largura específica, medida transversal-mente através deles. Devido ao fato das configurações de má-quina de papel variarem muito, é necessário que os fabrican-tes de panos para máquinas de papel produzam panos de pren-sa, e outros panos de máquina de papel, nas dimensões reque-ridas para se adequarem-a posições particulares nas máqui-nas de papel de seus clientes. Não é necessário dizer queesta necessidade torna difícil dinamizar o processo de fa-bricação, já que cada pano de prensa, tipicamente, tem queser feito sob encomenda.
Em resposta a esta necessidade de produzir panosde prensa em uma variedade de comprimentos e larguras maisrapidamente e eficientemente, os panos de prensa têm sidoproduzidos nos anos recentes com o uso de uma técnica em es-piral descrita na patente U.S. No. 5.360.656, concedida co-mumente a Rexfelt et al., cujos ensinamentos estão incorpo-rados aqui por referência.
A patente U.S. No. 5.360.656 mostra um pano deprensa que compreende um pano de base que tem no mesmo umaou mais camadas de material de fibras curtas guarnecidas nomesmo. O pano de base compreende pelo menos uma camada com-posta de uma tira enrolada em espiral de pano tecido tendouma largura que é menor do que a largura do pano de base. 0pano de base é sem fim na longitudinal ou na direção da má-quina. Filamentos no sentido do comprimento da tira enroladaem espiral fazem um ângulo com a direção longitudinal dopano de prensa. A tira de pano tecido pode ser tecida planaem um tear que seja mais estreito do que aqueles usados ti-picamente na produção de panos de máquina de papel.
O pano de base compreende uma pluralidade de vol-tas enroladas em espiral e unidas da tira de pano tecido re-lativamente estreito. A tira de pano é tecida a partir defios no sentido do comprimento (urdidura) e no sentido dalargura (alimentação). Voltas adjacentes de tiras de panoenroladas em espiral podem ser apoiadas uma contra a outra ea costura helicoidalmente contínua assim produzida pode serfechada por costura, alinhavo, fusão ou soldagem. Alternati-vamente, partes de borda longitudinais adjacentes de voltasespirais juntas podem ser dispostas por sobreposição, con-tanto que as bordas tenham uma espessura reduzida, de modo anão fazer aparecer uma espessura maior na área da sobreposi-ção. Ainda, o espaçamento entre os fios no sentido do com-primento pode ser aumentado nas bordas da tira de tal modoque quando voltas espirais juntas sejam dispostas em sobre-posição, possa haver um espaçamento não alterado entre osfios no sentido do comprimento na área da sobreposição.
Em qualquer caso, um pano de base tecido, que tomea forma de um laço sem fim e que tenha uma superfície inter-na, uma direção longitudinal (máquina) e uma direção trans-versal (transversal à máquina), é o resultado. As bordas la-terais do pano de base tecido são então aparadas de modo atorná-las paralelas à sua direção longitudinal (máquina). 0ângulo entre a direção da máquina do pano de base tecido e acostura helicoidalmente continua pode ser relativamente pe-queno, ou seja, tipicamente menor do que 10°. Do mesmo modo,os fios no sentido do comprimento (urdidura) da tira de panotecido fazem o mesmo ângulo relativamente pequeno com a di-reção longitudinal (máquina) do pano de base tecido. De ma-neira similar, os fios no sentido transversal (alimentação)da tira de pano tecido, sendo perpendiculares aos fios nosentido do comprimento (urdidura), fazem o mesmo ângulo re-lativamente pequeno com a direção transversal (transversal âmáquina) do pano de base tecido. Em resumo, nem os fios nosentido do comprimento (urdidura) nem os fios no sentidotransversal (alimentação) da tira de pano tecido têm alinha-mento com as direções longitudinal (máquina) ou transversal(transversal à máquina) do pano de base tecido.
No método mostrado na patente U.S. No. 5.3 60.656,a tira de pano tecido é enrolada em torno de dois rolos pa-ralelos para montar o pano de base tecido. Reconhece-se queos panos de base sem fim, em uma variedade de larguras e decomprimentos, podem ser proporcionados enrolando-se espiral-mente um pedaço relativamente estreito de tira de pano teci-do em torno dos dois rolos paralelos, sendo que o comprimen-to de um pano de base sem fim particular é determinado pelocomprimento de cada volta espiral da tira de pano tecido esendo que a largura é determinada pelo número de voltas es-pirais da tira de pano tecido. A necessidade anterior de pa-nos de base com tecelagem completa com comprimentos e largu-ras específicos sob encomenda, pode, deste modo, ser evita-da. Ao invés disso, um tear tão estreito quanto 0,5 metros(20 polegadas) pode ser usado para produzir uma tira de panotecido mas, por razões de praticidade, um tear têxtil con-vencional que tenha uma largura de 1,0 a 1,5 m (40 a 60 po-legadas) pode ser preferido.
A patente U.S. No. 5.360.656 também mostra um panode prensa que compreende um tecido de base que tem duas ca-madas, sendo que cada uma é composta de uma tira enrolada emespiral de pano tecido. Ambas as camadas tomam a forma de umlaço sem fim, sendo que uma é dentro do laço sem fim formadopelo outro. De preferência, a tira enrolada em espiral depano tecido em uma camada, faz espirais em uma direção opos-ta àquela da tira de pano tecido na outra camada. Ou seja,mais especificamente, a tira enrolada em espiral em uma ca-mada define uma espiral à direita, enquanto que na outra ca-mada define uma espiral à esquerda. Em tal pano de base la-minado de duas camadas, os fios no sentido do comprimento(urdidura) da tira de pano tecido em cada uma das duas cama-das faz ângulos relativamente pequenos co ma direção longi-tudinal (máquina) do pano de base tecido e os fios no senti-do do comprimento (urdidura) da tira de pano tecido em umacamada fazem um ângulo com os fios no sentido do comprimento(urdidura) da tira de pano tecido na outra camada. De manei-ra similar, os fios no sentido transversal (alimentação) datira de pano tecido em cada uma das duas camadas faz ângulosrelativamente pequenos com a direção transversal (transver-sal à máquina) da tira de pano tecido e os fios no sentidotransversal (transversal à máquina) da tira de pano tecidoem uma camada fazem um ângulo com os fios no sentido trans-versal (alimentação) da tira de pano tecido na outra camada.
Em resumo, nem os fios no sentido do comprimento (urdidura)nem os fios no sentido transversal (alimentação) da tira depano tecido em uma camada ou outra têm alinhamento com asdireções longitudinal (máquina) ou transversal (transversalà máquina) do pano de base. Além do mais, nem os fios nosentido do comprimento (urdidura) nem os fios no sentidotransversal (alimentação) da tira de pano tecido em uma ca-mada ,ou outra têm alinhamento com aqueles da outra.
Como conseqüência, os panos de base mostrados napatente U.S. No. 5.360.656 não têm fios no sentido da máqui-na ou direção transversal à máquina definidos. Ao invés dis-so, os sistemas de fios ficam em direções a ângulos oblíquosàs direções da máquina e transversal à máquina. Um pano deprensa que tenha tal pano de base pode ser referido como umpano de prensa multi-axial, enquanto os panos de prensa pa-drão da técnica anterior têm três eixos geométricos: um nadireção da máquina (MD), um na direção transversal à máquina(CD) e um na direção Z, que é através da espessura do pano,um pano de prensa multi-axial não tem apenas estes três ei-xos geométricos, mas também tem pelo menos mais dois eixosgeométricos definidos pelas direções dos sistemas de fios emsua camada enrolada em espiral ou camadas. Além do mais,existem caminhos de fluxo múltiplos na direção Z de um panode prensa multi-axial. Consequentemente, um pano de prensamulti-axial tem pelo menos cinco eixos geométricos. Por cau-sa de sua estrutura multi-axial, um pano de prensa multi-axial tendo mais de uma camada exibe resistência superior aoencaixamento e/ou ao encolhimento em resposta à compressãona região de garra durante o processo de fabricação de papelem comparação a um tendo camadas de pano base cujos sistemasde fios estejam em paralelo entre si.
A presente invenção é um pano de prensa multi-axial aperfeiçoado que tem um pano de base do tipo anterior.
O pano de base ou, mais particularmente, a forma de tira depano tecido em que o pano de base é montado, inclui fios comformato em pelo menos uma das direções: sentido do compri-mento (urdidura) e sentido transversal (alimentação). Os fi-os com formato podem ser fios ocos ou fios de seção trans-versai não circular.
Sumário da Invenção
Em sua forma mais ampla, o presente pano de prensamulti-axial para a seção de prensa de uma máquina de papelcompreende um pano de base que tem pelo menos uma camadaformada enrolando-se em espiral uma tira de pano. A tira depano é tecida a partir de fios no sentido do comprimento efios no sentido transversal.
Pelo menos um dos fios no sentido do comprimento eno sentido transversal são fios com formato. Os fios comformato ou são fios ocos ou fios com uma seção transversalnão circular. A seção transversal não circular pode ter umformato substancialmente retangular ou pode ter uma plurali-dade de lobos.
A tira de pano tem uma primeira borda lateral euma segunda borda lateral e é enrolada em espiral em umapluralidade de voltas contíguas em que a primeira borda la-teral em uma volta da tira de pano se apoia na segunda bordalateral de uma volta adjacente. Uma costura helicoidalmentecontínua que separa voltas adjacentes da tira de pano, destemodo, é formada. A costura helicoidalmente formada é fechadaprendendo-se primeira e segunda bordas laterais que se en-costam da tira de pano uma na outra. Desta maneira, um panode base na forma de um laço sem fim tendo uma direção da má-quina, uma direção transversal à máquina, uma superfície in-terna e uma superfície externa, é proporcionado.
O pano de base pode compreender uma ou mais cama-das adicionais formadas enrolando-se em espiral tiras depano, que são tecidas a partir de fios no sentido do compri-mento e fios no sentido transversal. Conforme acima, pelomenos um dos fios no sentido do comprimento e os fios nosentido transversal pode ser fio com formato.
A tira ou tiras de pano adicional também tem pri-meira borda lateral e segunda borda lateral e é enrolada emespiral em uma pluralidade de voltas contíguas em que a pri-meira borda lateral em uma volta de cada tira de pano adi-cional encosta na segunda borda lateral de uma volta sua ad-jacente. As costuras helicoidalmente contínuas que separamvoltas adjacentes das tiras de pano adicionais, desta forma,são formadas. As costuras helicoidalmente contínuas são fe-chadas prendendo-se primeira e segunda bordas laterais quese encostam de cada tira de pano adicional, uma à outra.Desta maneira, uma ou mais camadas adicionais na forma delaços sem fim tendo uma direção da máquina, uma direçãotransversal à máquina, uma superfície interna e uma superfí-cie são proporcionadas.De preferência, pelo menos algumas das tiras depano adicionais são enroladas em espiral em uma direçãooposta àquela em que a primeira tira de pano é enrolada emespiral. Os laços sem fim formados pela camada (ou camadas)adicional são dispostos em torno do laço sem fim formadopela primeira camada.
Uma pluralidade de camadas de material de fibrascurtas é presa a uma ou a ambas as superfícies, interna eexterna, do pano de base. Ao mesmo tempo, quando o pano debase inclui mais de uma camada, as camada são presas entresi por fibras individuais do material guarnecido de fibrascurtas.
A presente invenção será descrita agora com deta-lhes mais completos com referência mais freqüente sendo fei-to às Figuras identificadas abaixo.
Breve Descrição dos Desenhos
A Figura 1 é uma vista esquemática plana de topoque ilustra um método para fabricar uma das camadas do panode base do pano de prensa multi-axial da presente invenção;
A Figura 2 é uma vista em corte transversal tomadaconforme indicada pela linha 2-2 na Figura 1;
A Figura 3 é uma vista em corte transversal tomadaconforme indicado pela linha 3-3 na Figura 2;
A Figura 4 é uma vista plana de topo de uma camadaacabada do pano de base;
A Figura 5 é uma vista plana de topo de um pano debase laminado de duas camadas para o pano de prensa multi-axial da presente invenção;A Figura 6 é uma vista em perspectiva do pano deprensa multi-axial da presente invenção;
A Figura 7 é uma vista em corte transversal de umfio com formato que tem uma seção transversal com três lobos ;
A Figura 8 é uma vista em corte transversal de umfio com formato que tem uma seção transversal em quatro lobos; e
A Figura 9 é uma vista em corte transversal de um fio oco.
Descrição Detalhada da Modalidade Preferida
Agora, com referência às diversas figuras, a Figu-ra 1 uma vista esquemática plana de topo que ilustra um mé-todo para fabricar uma das camadas do pano de base do panode prensa multi-axial da presente invenção. 0 método podeser praticado usando-se um aparelho 10 que compreende umprimeiro rolo 12 e um segundo rolo 14, que são paralelos en-tre si e que podem ser girados nas direções indicadas pelassetas. Uma tira de pano tecido 16 é enrolada a partir de umrolo de armazenamento 18 em torno do primeiro rolo 12 e osegundo rolo 14 em uma espiral contínua. É reconhecido quepode ser necessário fazer a translação do rolo de armazena-mento 18 a uma taxa adequada ao longo do segundo rolo 14 (àdireita na Figura 1) à medida em que a tira de pano 16 estásendo enrolada em torno dos rolos 12, 14.
O primeiro rolo 12 e o segundo rolo 14 são separa-dos por uma distância D, que é determinada com referência aocomprimento total, requerido para a camada de pano de baseque está sendo fabricada, sendo que o comprimento total, C,é medido longitudinalmente (na direção da máquina) em tornada forma de laço sem fim da camada. A tira de pano tecido16, que tem uma largura W, é enrolada em espiral no primeiroe segundo rolos 12, 14 em uma pluralidade de voltas a partirdo rolo de armazenamento 18, o qual pode ser trasladado aolongo dos segundos rolos 14 no curso do enrolamento. Voltassucessivas da tira de pano 16 são encostadas uma contra aoutra e são presas entre si ao longo de costura helicoidal-mente contínua 20 por costura, alinhavo, fusão ou soldagempara produzir a camada de pano de base 22, conforme mostradona Figura 4. Quando um número suficiente de voltas da tirade pano 16 tiver sido feita para produzir a camada 22 nalargura desejada W, sendo que aquela largura é medida trans-versalmente (na direção transversal à máquina) pela forma dolaço sem fim da camada 22, e enrolamento em espiral estáconcluído. A camada de pano de base 22 assim obtida tem umasuperfície interna, uma superfície externa, uma direção damáquina e uma direção transversal à máquina. Inicialmente,as bordas laterais da camada de pano base 22, isso será apa-rente, não serão paralelas à sua direção da máquina e têmque ser aparadas ao longo das linhas 24 para proporcionar àcamada 22 a largura desejada W e com duas bordas lateraisparalelas à direção da máquina de sua forma de laço sem fim.
A tira de pano 16 é tecida a partir de fios nosentido do comprimento e fios no sentido transversal. Ou osfios no sentido do comprimento ou os fios no sentido trans-versal ou tanto os fios no sentido do comprimento quanto osfios no sentido transversal, são fios com formato de uma dasvariações a serem descritas abaixo. A tira de pano 16 tambémpode incluir monofilamento, monofilamento de folha de forma-ção, fios de múltiplos filamentos. Ambos os últimos fios efios com formato são extrudados a partir de uma resina poli-mérica sintética, tal como poliéster ou poliamida. A tira depano 16 pode ser tecida da mesma maneira que os outros panosusados no processo de fabricação de papel e pode ser de umatecelagem em uma camada ou camadas múltiplas. Depois da te-celagem, o pano pode ser tratado termicamente da maneiraconvencional antes do armazenamento no rolo de armazenamento 18.
De maneira alternativa, a tira de pano 16 pode sertecida e tratada termicamente de um modo convencional e ali-mentada diretamente ao aparelho 10 a partir de uma unidadede tratamento térmico sem armazenamento em um rolo de arma-zenamento 18. Também pode ser possível eliminar o tratamentotérmico com a seleção apropriada de material e construção deproduto (tecelagem, tamanhos e contas de fios) . Em tal s.itu-ação, a tira de pano 16 seria alimentada ao aparelho 10 pormeio de um tear de tecer sem armazenamento em um rolo de ar-mazenamento 18.
A Figura 2 é uma seção transversal de uma tira depano 16 tomada conforme indicado pela linha 2-2 na Figura 1.
Ela compreende fios no sentido do comprimento 26 e fios nosentido transversal 28, inter-tecidos em uma camada única de7 calas. Os fios no sentido transversal 28 são representadoscomo monofilamentos de seção circular, embora, entenda-se,eles ou possam ser fios de monofilamento de folha de forma-ção ou fios de múltiplos filamentos ou fios com formato deuma das variedades a serem descritas abaixo.
A Figura 3 é um corte transversal tomado conformeindicado pela linha 3-3 da Figura 2. Os fios no sentido docomprimento 28, vistos agora na seção transversal, são fioscom formato; ou seja, mais especificamente, fios no sentidodo comprimento 2 6 são fios monofilamento de seção transver-sal substancialmente retangular. Junto com o padrão de tece-dura de 7 calas ilustrado, estes fios monofilamento planosdão à tira de pano uma superfície extremamente uniforme nolado (topo na figura) em, que os fios no sentido do compri-mento 26 fazem longas flutuações sobre os fios no sentidotransversal 28. No entanto, deve-se entender que a tira depano 16 pode ser tecida de acordo com qualquer dos padrõesde tecelagem usados comumente para tecer pano de máquina depapel.
Devido ao fato da tira de pano 16 ser enrolada emespiral para a montagem da camada de pano base 22, os fiosno sentido do comprimento 26 e os fios no sentido transver-sal 28 não têm alinhamento com as direções da máquina etransversal à máquina, respectivamente, da camada 22. Ao in-vés disso, os fios no sentido do comprimento (urdidura) 26fazem um leve ângulo Θ, cuja grandeza é uma medida do passodos enrolamentos da espiral da tira de pano 16, com relaçãoà direção da máquina da camada 22, conforme sugerido pelavista plana de topo mostrada na Figura 4. Este ângulo, con-forme notado anteriormente, é tipicamente menor do que 10°.Devido ao fato dos fios no sentido transversal 2 8 da tirade pano 16 geralmente cruzarem os fios no sentido do compri-mento 26 a um ângulo de 90°, os fios no sentido transversal28 fazem o mesmo ângulo θ com relação à direção transversalà máquina da camada 22.
A tira de pano tecido 16 tem uma primeira bordalateral 30 e uma segunda borda lateral 32 que juntas definema largura do corpo da tira de pano tecido 16. À medida emque a tira de pano 16 está sendo enrolada em espiral no pri-meiro e no segundo rolos 12, 14, a primeira borda lateral 3 0de cada volta fica encostada contra a segunda borda lateral32 da volta imediatamente precedente e presa a ela.
Em um método preferido, se desejado, uma segundacamada de pano de base para o pano de prensa multi-axial dapresente invenção pode ser proporcionada no topo da camadade pano de base 22 antes da remoção da camada de pano debase 22 do aparelho 10. A segunda camada de pano de base 34pode ser feita da mesma maneira que a descrita acima. Depreferência, a segunda camada de pano de base 34 é fabricadaem espiral em uma direção oposta àquela da camada de pano debase 22 começando-se no lado direito do segundo rolo 14 naFigura 1, ao invés de começar no lado esquerdo, como foi ocaso para a fabricação da camada de pano de base 22, e pelatranslação do rolo de armazenamento 18 a uma taxa adequadapara a esquerda ao longo do segundo rolo 14 à medida em quea tira de pano 16 está sendo enrolada em torno dos rolos 12,14. Será apreciado que a tira de pano 16 terá que ser enro-lada em um número suficiente de voltas para cobrir comple-tamente a camada de pano de base 22 e que as bordas lateraisda segunda camada de pano de base 34 terá que ser aparadapara tornar-se paralela à direção da máquina e para se con-formar àquelas do pano de base 22. 0 resultado é mostrado naFigura 5, onde costura helicoidalmente contínua 20 de camadade pano base 22 é mostrada como uma linha pontilhada. Cama-das adicionais, que fazem espiral em uma direção ou outra,podem ser proporcionadas da mesma maneira.
O pano de base laminado de duas camadas 3 6 mostra-do na Figura 5, consequentemente, compreende uma segunda ca-mada de pano de base 34 que sobrepõe a primeira camada depano de base 22. Os fios no sentido do comprimento (urdidu-ra) 26 na tira de pano 16 em ambas as camadas 22, 34 fazemângulos relativamente pequenos com relação à direção da má-quina (MD) do pano de base 3 6 e, devido ao fato da primeiracamada 22 e da segunda camada 34 fazerem espiral em direçõesopostas, se cruzam a um ângulo relativamente pequeno que éigual à soma dos ângulos que cada uma faz com a direção damáquina. De maneira similar, os fios no sentido transversal(alimentação) 28 na tira de pano 16 em ambas as camadas 22,34 fazem pequenos ângulos com relação à direção transversalà máquina (CD) do pano de base 3 6 e se cruzam a um ângulorelativamente pequeno que é igual à soma dos ângulos quecada um faz com a direção transversal à máquina. Como conse-qüência, o pano de base laminado de duas camadas 36 não temfios no sentido do comprimento ou fios no sentido transver-sal definidos. Ao invés disso, os fios no sentido do compri-mento (urdidura) 26 e os fios no sentido transversal (28) daprimeira camada e da segunda camada 22, 34 ficam em quatrodireções diferentes a ângulos oblíquos à direção da máquinae â direção transversal à máquina. Por esta razão, o pano debase 36 é considerado como sendo multi-axial.
A Figura 6 é uma vista em perspectiva de um panode prensa multi-axial 46 da presente invenção. 0 pano deprensa 46 está na forma de um laço sem fim que tem uma su-perfície interna 48 e uma superfície externa 50 e compreendeo pano de base 36.
A superfície externa 50 do pano de prensa multi-axial 46 tem uma pluralidade de camadas de material de fi-bras curtas presas a ela por guarnecimento. O guarnecimentodas camadas de material de fibras curtas na superfície ex-terna 50 do pano de prensa 46 também prende a primeira e asegunda camadas 22, 34 do pano de base 3 6 uma à outra, jáque o guarnecimento leva as fibras individuais do materialde fibras curtas para dentro e através da primeira e da se-gunda camadas 22, 34 que se sobrepõem. O material de fibrascurtas pode ser de poliamida, poliéster ou qualquer das ou-tras variedades de fibras curtas usada por aqueles versadosna técnica para fabricar pano de máquina de papel. Em geral,uma ou ambas as superfícies interna e externa do pano deprensa têm uma pluralidade de camadas de material de fibrade união presas a elas por guarnecimento.
Agora, retornando aos fios com formato inclusos natira de pano tecido usada para produzir o pano de prensamulti-axial da presente invenção, os fios com formato sãoincluídos em pelo menos uma das direções, no sentido do com-primento (urdidura) e transversal (alimentação) da tira depano 16. Os fios com formato podem ser fios monofilamento deseção transversal substancialmente retangular, como era ocaso com os fios no sentido do comprimento 2 6 vistos acimana Figura 3.
Os fios com formato de seção transversal substan-cialmente retangular podem, por exemplo, ter uma largura nafaixa de 0,25 mm a 0,50 mm e uma espessura na faixa de 0,12mm a 0,25 mm. Os fios com formato que têm uma largura maiordo que 0,50 mm podem ser usados; quando for este o caso, osfios com formato podem ser perfurados para permitir que aágua passe através deles assim como em torno dos fios.
Conforme está implícito acima, os fios com formatocom seção transversal retangular proporcionam uma superfíciede fio estendida para uniformidade de pressão de folha máxi-ma dentro da região de garras. A superfície do fio, sendoalongada, desgastará a uma taxa reduzida, estendendo, destemodo, a vida útil do pano. Uma vantagem adicional do usodestes fios é que eles fazem o pano de prensa mais fiiios doque seria o caso se os fios com seção transversal circularfossem usados. Esta espessura menor, maior uniformidade depressão de folha e a natureza incompressível de um pano mul-ti-axial de mais de uma camada, tornam o pano multi-axialespecialmente útil em prensas do tipo prensa co sapata comregião de garra longa que têm uma correia de prensa de sapa-ta com ranhura.
Os fios com formato podem, alternativamente, terseção transversal com três lobos, conforme mostrado na Figu-ra 7, ou seção transversal com quatro lobos, conforme mos-trado na Figura 8. A Figura 7 é uma vista em corte transver-sal de um monofilamento 60 que tem uma seção transversalcom três lobos. A vista em corte transversal apresentada naFigura 7 indica a presença de três lobos 62. A Figura 8 éuma vista em corte transversal de um monof ilamento 70 quetem uma seção transversal com quatro lobos. A vista em cortetransversal apresentada na Figura 8 indica a presença dequatro lobos 72. Os fios com formato destes dois tipos pro-porcionam tira de pano 16 e finalmente o pano de prensa mul-ti-axial fabricado a partir delas, com volume vazio adicio-nal, o que permite que o pano aceite quantidades adicionaisde água em uma região de garras. Estes fios com seção trans-versal com três e com quatro lobos podem ter dimensões daseção transversal (ou diâmetros) nas mesmas faixas que aque-las expressas acima para os fios com seção transversal subs-tancialmente retangular.
Ainda, os fios com formato podem ser fios ocos comformato de seção transversal circular ou algum outro formatode seção transversal. A Figura é uma vista em corte trans-versal de tal fio oco 80, que pode ter um diâmetro na faixade 0,020 mm a 0,050 mm. A presença deste tipo de fio em umadireção ou outra na tira de pano permitirá que o pano deprensa multi-axial 46 seja comprimido em uma região de garra.
Em algumas aplicações, tal compressibilidade é ne-cessária para ajudar o processo de remoção de água.Modificações no pano de prensa multi-axial da pre-sente invenção seriam óbvias para aqueles com conhecimentocomum da técnica mas não tornariam a invenção tão modificadaalém do escopo das reivindicações em anexo. Por exemplo, seupano de base pode compreender, em adição a uma ou mais cama-das enroladas em espiral, uma ou mais camadas de pano debase padrão. Quer dizer, uma ou mais camadas adicionais po-dem ser formadas pelo pano tendo fios na direção da máquinae na direção transversal à máquina e produzidos por técnicasbem conhecidas daqueles versados na técnica. Tal pano podeser tecido sem fim nas dimensões requeridas para a máquinade papel à qual ele se destina ou tecido plano e subseqüen-temente transformado em forma sem fim com uma costura teci-da. Ele também pode ser produzido por uma técnica de tecela-gem sem fim modificada de modo a ser costurável na máquina.
0 pano laminado, tendo uma ou mais camadas de pano base pa-drão, também pode ser usado.