PT98960B - Metodo para a preparacao de um tecido a base de alginato, com maior absorvencia, usado em pensos para feridas e queimaduras - Google Patents

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Description

MÉTODO PARA A PREPARAÇÃO DE UM TECIDO À BASE DE ALGINATO, COM MAIOR ABSORVÊNCIA, USADO EM PENSOS PARA FERIDAS E QUEIMADURAS
MEMÓRIA DESCRITIVA
Resumo
O presente invento diz respeito a um tecido não tecido constituído por fibras curtas de alginato, caracterizado por a absorvência do tecido ser superior a 25,0 gramas de ãgua desionizada ou 19,0 gramas de ãgua salgada por grama de tecido, absorvência essa medida tal como se indica no método do teste ilustrado na Figura 1, o qual é preparado por um processo modificado de fixação por meio de agulhas. O tecido é útil na preparação de pensos para feridas e queimaduras.
O presente invento diz respeito a um tecido de alginato, referindo-se mais particularmente a um penso para queimaduras ou feridas formado a partir de um tecido não-tecido constituído por fibras de alginato que é dotado de uma elevada absorvência e de boa consistência.
As fibras de alginato são conhecidas hã jã algum tempo por poderem ser utilizadas na preparação de pensos cirúrgicos. Por exemplo, a patente n^ 653341 do Reino Unido, publicada em 1951, descreve pensos cirúrgicos formados partir de fibras constituídas por alginato de cálcio. Contudo, jã nessa altura se sabia que uma das deficiências das fibras de alginato de cálcio era a sua relativa insolubilidade na água ou no exsudado das feridas. Por isso, na patente GB-A-653341, Bonniksen propôs que a proporção de iões de cálcio no alginato de cálcio fosse substituída por catiões de sódio, uma vez que se sabia que o alginato de sódio era mais solúvel do que o alginato de cálcio. 0 processo resultante tornou-se conhecido como a conversão” do alginato de cálcio para formar um sal alginato misto.
Conhecem-se vários tipos de pensos formados por tecidos constituídos por fibras de alginato. Por exemplo, o penso cirúrgico Sorbsan é uma teia cardada de fibras de alginato em camadas e o penso hemostãtico Kaltostat é uma teia de fibras de alginato cardada e fixada com o auxílio de agulhas.
A patente EP-A-0344913 descreve um penso para feridas â base de alginato cuja consistência é alegadamente tal que permite que o mesmo seja retirado de uma só vez de uma ferida mesmo no caso de se encontrar saturado com sangue e com outros fluidos salinos. Afirma-se que tal é possível com pesos de base de 2 apenas 50 g/m . Resumindo, o penso para fendas apresentado na EP-A-0344913 comprende um tecido não-tecido de fibras curtas de alginato, tecido esse que está essencialmente isento de qualquer ligante adesivo ou da interfusão das fibras nos seus pontos de . . 2 cruzamento. No entanto, com pesos de base inferiores a 50 g/m , providencia-se para que se verifique a inclusão de fibras de reforço, tais como as de rayon, no referido penso para fibras. A consistência requerida é conferida ao tecido do penso da EP-A-0344913 submetendo-se a teia não-tecida de fibras curtas de alginato a um processo de entrelaçamento hidráulico que compreende, de preferência, um hidroentrelaçamento.
Quando uma ferida está a exsudar abundantemente as duas condições essenciais de um penso ideal são uma boa consistência e uma elevada absorvância. A boa consistência garante que o penso seja fácil de manipular. A elevada absorvância significa poder conseguir-se uma absorção eficaz do exsudado, juntamente com as toxinas e outras matérias indesejáveis que lhe estão associadas.
Embora o produto Sorbsan atras identificado revele uma absorvância moderadamente elevada, ele manifesta contudo a tendência para se desintegrar quando molhado, ocasionando assim problemas de manipulação quer na aplicação na, quer na remoção da, ferida.
Enquanto que o penso para feridas apresentado na
EP-A-0344913 tem inquestionavelmente uma boa consistência (cfr.
por exemplo os resultados obtidos relativamente à resistência da teia seca e à resistência da teia húmida no Quadro III da EP-A-0344913), a sua absorvância, tal como foi medida relativamente à 2 absorção de soro em g/cm , e, no melhor dos casos, apenas de aproximadamente 50% da de um penso para feridas da técnica anterior, tal como é exemplificado pela teia cardada e fixada com o auxílio de agulhas do produto Kaltostat (comparar os resultados da absorção de soro obtidos nos Exemplos 13 e C3 no Quadro III da
ΕΡ-Α-0344913). Um exemplo de um tecido de algihato de acordo com a EP-A-0344913 é o produto Tegagel que está à venda no mercado.
Descobriu-se agora que pode ser preparado um tecido não-tecido de fibras de alginato, o qual pode tomar a forma de um penso para feridas ou queimaduras cuja consistência é comparável à do penso Kaltostat que se encontra à venda no comércio, mas que possui uma absorvância, relativamente à água salgada, superior em aproximadamente 33% à do Kaltostat e, superior em pelo menos 40% à do Sorbsan. Além disso, ao contrário do Sorbsan, o penso do presente invento permanece inalterado quando molhado, minimizando assim os problemas de manipulação.
Julga-se que a absorvância surpreendentemente elevada do tecido preparado pelo método do presente invento é devida à sua estrutura de textura aberta, de onde resulta uma capilaridade extremamente aumentada, a qual pode ser conseguida com um tecido mais comprimido tal como o Sorbsan, ou com um tecido de alginato preparado a húmido (ou hidroentrelaçado) tal como o Tegagel. Julga-se, por outro lado, que uma capilaridade aumentada é vantajosa na medida em que permite um acesso mais rápido das substâncias hidrofílicas e, deste modo, um aumento da absorção do exsudado das feridas, do que a que se pode obter com os tecidos usados na manufactura dos pensos da técnica anterior.
Consequentemente, o presente invento apresenta um tecido constituído por fibras de alginato, caracterizado por a absorvância do tecido ser superior a 25,0 g de água desionizada por grama de tecido, medida tal como é referido no método de ensaio ilustrado na Figura 1 em anexo.
Num aspecto novo ou alternativo, o presente invento apresenta um tecido constituído por fibras de alginato, caracterizado por a absorvência do tecido ser superior a 19,0 g de água salgada por grama de tecido, medida tal como é referido no método do teste ilustrado na Figura 1 em anexo.
Num modo de realização preferido, o tecido de alginato do presente invento é um tecido não-tecido constituído por fibras curtas de alginato.
O processo convencional de fixação com o auxílio de agulhas, tal como é empregado, por exemplo, na preparação do penso hemostático Kaltostat atrás referido, compreende o perfurar de uma esteira ou teia, cardada e em camadas, constituída por fibras de alginato, com um conjunto de agulhas com barbela, de forma a que as fibras de cada camada fiquem entrelaçadas. Cada agulha está geralmente provida de uma multiplicidade de barbelas, em regra em número de dez. Deste modo, a esteira é essencialmente segura mediante o entrelaçamento das fibras de uma dada camada com as das camadas superior e inferior. No processo convencional, pelo menos uma das barbelas de cada agulha entra na superfície da esteira, penetra completamente através das várias camadas da mesma e emerge através da superfície oposta da esteira antes de ser de novo retirada através da primeira superfície. Daqui resulta ter o tecido uma aparência essencialmente comprimida ou plana devido ao elevado grau de entrelaçamento de cada uma das fibras no interior da sua estrutura.
da ponta da agora como
É evidente que se apenas uma barbela de cada penetrar completamente através de todas as camadas da nesse caso ela será a barbela mais próxima
Esta barbela será designada a partir de condutora.
agulha esteira, agulha. barbela
Descobriu-se agora que o tecido de alginato de acordo com o presente invento pode ser adequadamente preparado por meio de uma modificação do processo convencional de fixação com o auxílio de agulhas. Assim e num outro aspecto do presente invento, será apresentado um método de preparação do tecido de alginato de acordo com o mesmo, compreendendo os seguintes passos:
(1) o processamento das fibras de alginato de modo a obter-se uma esteira; e (2) o entrelaçamento das fibras na esteira com o auxílio de agulhas com barbela que (a) penetram na superfície da esteira; (b) perfuram a esteira de tal modo que a barbela condutora penetre até a uma profundidade de cerca de 60 a cerca de 99% da espessura da esteira; e (c) são subsequentemente retiradas através da primeira superfície da esteira.
Devera notar-se que no método do invento que atrás se descreve a barbela condutora de cada agulha com barbelas não penetra completamente através da esteira durante o processamento. Devido a este facto, o tecido resultante é consideravelmente menos plano ou comprimido do que os conhecidos pensos Kaltostat ou Sorbsan, tendo uma aparência e toque mais fofos quando seco. Para se ter a certeza de se obter com segurança um tecido de alginato com as propriedades desejadas, a profundidade a que a barbela condutora de cada agulha penetra através da esteira de fibras de alginato será idealmente mantida, tal como se pretende, a uma profundidade compreendida entre 60 e 99% da espessura da esteira. De preferência, as agulhas serão ajustadas de tal modo que a barbela condutora de cada agulha penetre na esteira até a uma profundidade compreendida entre 65 e 85% da espessura da esteira. Num modo de realização particularmente preferido, a
profundidade a que a barbela de cada agulha perfura a esteira é de aproximadamente 75% da espessura da mesma.
presente invento apresenta ainda um tecido de alginato compreendendo uma esteira de fibras de alginato em que as fibras são completamente entrelaçadas entre 60 a 99% da espessura da esteira, de preferência 65 a 85% da espessura da esteira e, sobretudo, entre cerca de 75% da espessura da esteira.
Torna-se evidente, a partir do que atrás foi descrito, que o factor crítico na determinação da qualidade do tecido de alginato acabado é a profundidade atê à qual a barbela condutora de cada agulha penetra através das camadas da esteira durante o processamento. Contudo, descobriu-se que a qualidade do tecido acabado é também afectada pela frequência do processo de picotamento, isto é, do número de agulhas existente na prancha de agulhas por unidade de superfície. Assim, conforme a qualidade da fibra de alginato acabada que se desejar, é possível seleccionar uma frequência de picotamento apropriada tendo em conta a profundidade a que as agulhas foram reguladas para perfurar a esteira e vice-versa. De um modo geral, pode facilmente conseguir-se um equilíbrio entre estes dois factores com base num processo experimental.
Na maioria das aplicações será apropriada uma frequência de picotamento compreendida entre 10.000 e 40.000 penetrações de agulha por metro quadrado. Numa configuração típica poder-se-á aplicar uma frequência de picotamento de 26.000 penetrações de agulha por metro quadrado.
O tecido produzido desta forma tem uma aparência muito menos comprimida do que o Sorbsan ou o Tegagel.
-X -Os alginatos adequados para usar na preparação das fibras de acordo com o invento incluem quer alginatos solúveis, quer alginatos insolúveis na água, mas os mais adequados serão de preferência os alginatos solúveis na água. 0 alginato de sódio é um dos alginatos particulares solúveis na água que se usam no invento. No entanto, o alginato de sódio pode conter vantajosamente 1,5% em peso de iões de cálcio. Os exemplos de produtos específicos à base de alginato de sódio utilizáveis no invento incluem o Manucol DM, comercializado pela Kelco International Limited e o Protan LF 10/60 da Protan Limited.
tecido de alginato de acordo com o invento pode ser preparado convenientemente a partir de fibras de alginato de cálcio ou de fibras mistas de alginato de cãlcio/sódio. De preferência, o tecido de alginato de acordo com o invento será preparado a partir de fibras mistas de alginato de cãlcio/sódio em que a razão dos catiões de cálcio para os catiões de sódio se situa na gama de 40:60 a 90:10, de preferência de cerca de 80:20.
No método de preparação do tecido de alginato de acordo com o invento pode ser usado convenientemente um cardado de algodão para formar uma teia que pode depois ser submetida a sobreposição cruzada, com um dispositivo Garnet Bywater destinado a esse fim, de modo a obter-se uma esteira em camadas. 0 picotamento por meio de agulhas pode ser convenientemente efectuado num tear de agulhas Garnet Bywater, com agulhas ajustadas para perfurar as camadas da esteira de fibras de alginato até a uma profundidade apropriada.
número de camadas da esteira não é crítico e dependerá geralmente do peso de base do tecido desejado.
peso de base de um determinado tecido dependera, em regra, do seu uso, por exemplo, como penso para ferida ou queimadura sobre a qual o penso será colocado. A título de exemplo, para uma ferida de exsudado moderado está indicado um peso de 2 base na gama dos 120 g/m . De modo analogo, para uma ferida com 2 exsudado abundante o peso de base sera na gama dos 240 g/m . Por consequência, a esteira de fibras de alginato compreenderá adequadamente entre 15 e 55 camadas e, em especial, entre 30 e 40 camadas. Calcula-se que um metro quadrado de um tecido com 36 camadas preparado pelo método do invento terá uma superfície total de fibra de pelo menos 50 metros quadrados. Não é essencial que a esteira compreeenda uma multiplicidade de camadas. Quando a esteira não tem uma estrutura composta por camadas é evidente que a espessura e a densidade da esteira assim como as dimensões da fibra serão determinantes no que se refere ao peso de base.
Deverá notar-se que poderão conseguir-se pesos de base 2 2 inferiores a 120 g/m e superiores a 240 g/m variando, por exemplo, o número de camadas ou a espessura da esteira ou as dimensões da fibra. Por exemplo, o peso de base do tecido de acordo com o invento situar-se-á adequadamente na gama compreen2 2 dida entre os 80 g/m e os 1000 g/m , de preferência entre os 160
2 2 g/m e 200 g/m e, sobretudo, nos 240 g/m .
Num outro aspecto, o presente invento apresenta um penso para feridas compreendendo um tecido de fibras de alginato de acordo com o presente invento.
De preferência, os pensos para fibras de acordo com o invento serão constituídos por um tecido não-tecido de fibras curtas de alginato.
Tal como aqui é usada, a expressão penso para feridas incui os pensos cirúrgicos. 0 termo ferida engloba corte, chaga, úlcera, bolha, erupção ou outra qualquer lesão ou zona doente da pele.
Concluiu-se que o tecido preparado pelo método de acordo com o invento tinha uma capacidade de retenção de água, na zona em que era aplicado, de 30 vezes o seu próprio peso de água. Assim, em virtude da sua elevada absorvância e considerável capacidade de retenção de água, o tecido de alginato do invento pode também ser adaptado para ser usado como penso para queimaduras. A título comparativo, o penso para queimaduras Water«Jel à venda no comércio, que é à base de algodão e se pode obter através da Trilling Medicai Technologies, Inc., é caracterizado na literatura que o acompanha por ter uma capacidade de retenção de água de apenas 13 vezes o seu próprio peso. 0 produto Water*Jel é objecto da patente americana ns 3902559.
Deste modo e ainda num outro aspecto, o invento apresenta um penso para queimaduras compreendendo um tecido de fibras de alginato de acordo com o presente invento.
O penso para queimaduras de acordo com o invento compreenderá, de preferência, um tecido não-tecido de fibras curtas de alginato.
Tal como aqui é usado, o termo queimadura inclui queimadura, escaldão, etc.
No tratamento das feridas é desejável que a zona afectada seja mantida continuamente húmida, uma vez que se observou que um tratamento extremamente eficaz para as queimaduras é o de deixar água fresca penetrar durante um período — X ζ· prolongado nas camadas de pele subjacentes ' à área afectada. Propõe-se, por consequência, que o penso para queimaduras do presente invento seja aplicado no estado molhado, quer em agua pura quer, de preferência, em água salgada, sobre o local da queimadura. A elevada absorvância do tecido do invento assegurará que o penso molhado em água forneça uma apreciável quantidade de água à queimadura, enquanto que a capacidade de retenção de água do tecido do invento vai ajudar a prolongar a administração de água refrescante à área afectada. Uma outra vantagem do tecido do invento quando adaptado para usar como penso para queimadura é o facto de ele não deixar escorrer quando aplicado a uma superfície curva como, por exemplo, uma zona do corpo humano, ao contrário dos pensos para queimaduras convencionais tais como a gaze cirúrgica e o algodão que manifestam a propensão para deixar escapar a água.
penso para queimaduras do presente invento poderá ser fornecido adequadamento no estado pré-molhado ou, alternativamente, poderá ser fornecido no estado seco com instruções para que seja molhado antes da aplicação à área afectada na eventualidade de uma queimadura. Caso seja fornecido no estado pré-molhado, o penso para queimaduras incorporará vantajosamente conservantes convencionais, por exemplo, Metasol D3T (Merck), Parasept (metil parabeno) (Kaloma Chemical) ou Bromopol (2-bromo-2-nitro-l,3-propanodiol) (Boots Ltd.), a fim de evitar ou retardar a degradação biológica dos constituintes do tecido.
No sentido de aumentar a sua absorvância e capacidade de retenção de água, o penso do invento poderá incorporar vantajosamente constituintes adicionais formadores de gel, em particular uma bio-goma tal como a goma de gelano ou a goma de alfarroba. Isto assegurará não apenas a presença de mais água refrescante a ser administrada ao local afectado, mas também, o que é mais
-χ· χ .importante ainda, que a duração da sua libertação será prolongada significativamente.
A fim de aumentar a eficácia do tratamento das queimaduras, o penso para queimaduras do invento pode incorporar vantajosamente agentes antimicrobianos conhecidos que servirão para evitar ou inibir a infecção no sítio afectado. Tais agentes antimicrobianos incluirão adequadamente sulfadiazina de prata, sais de zinco, metronidiazol e clorohexina.
Os pensos para feridas ou queimaduras constituídos com base em tecidos de alginato de acordo com o presente invento serão vantajosamente pensos convencionais bem conhecidos na técnica da especialidade. Como exemplos de pensos adequados são de mencionar as ligaduras, os pensos adesivos em tira, os pensos redondos, as compressas de vãrios tipos, as esponjas e emplastros cirúrgicos, os pensos hospitalares, e artigos tais como tampões que podem, por exemplo, ser impregnados com um agente anti-fúngico tal como o miconazole para o tratamento da vaginite provocada pelo Candida albicans. Estes pensos podem ser preparados convenientemente pelos métodos usuais conhecidos da técnica da especia lidade.
Os pensos de acordo com o presente invento podem ser convenientemente embalados num envelope hermeticamente selado e esterilizado, por exemplo, com óxido de etileno ou por radiações gama.
Os Exemplos não limitativos que se seguem destinam-se a ilustrar o presente invento.
Exemplo 1
As fibras de alginato de cálcio/sódio preparadas tal como se encontra descrito na Preparação 1 da WO-A-90/01954 são plissadas e cortadas em comprimentos de 50 mm. Aproximadamente 5 kg da fibra bruta cortada são colocados num funil ligado a um equipamento têxtil o qual é regularmente abastecido. A partir do funil introduzem-se aproximadamente 208 g da fibra bruta, cada 105 segundos, numa máquina de cardar, o que produz uma teia de alginato finamente cardada. Um dispositivo de sobreposição cruzada é ajustado para aproximadamente 10 cruzamentos por minuto a fim de produzir camadas com 66 cm de largura. A teia em camadas é introduzida num tear de agulhas padrão equipado com agulhas normalizadas 15x18x32x3 cps (fornecidas por Foster Needles), ajustadas de tal modo que a barbela condutora de cada agulha perfure a teia até a uma profundidade de aproximadamente 75% da espessura da mesma, tear esse que funciona a 156 batidas por minuto. 0 artigo produzido pelas agulhas é cortado numa largura apropriada usando lâminas de corte e compressão e enrolado a aproximadamente 0,7 metros por minuto.
Método de ensaio
O aparelho usado na determinação da absorvência encontra-se ilustrado na Fig. 1 e consiste num recipiente com ãgua 1 contendo 0,9% (p/p) de uma solução salina aquosa ou de ãgua desionizada, numa tira absorvente 2, numa bureta 3, numa balança de prato (top-pan balance) 4 e num tubo de descarga 5.
A espessura da tira absorvente 2 é substancialmente equivalente à do penso 7. 0 papel de filtro 8 tem substancialmen te as mesmas dimensões planas do penso 7, mas não necessariamente a mesma espessura.
O aparelho é instalado de modo a que à superfície 6 da solução salina esteja nivelada com a superfície da balança de prato 4. O fluxo do líquido da bureta 3 é então ajustado para aproximadamente 1,5 ml por minuto. A tira absorvente 2 é em seguida saturada e colocada entre o recipiente 1 e a balança 4, tal como se pode ver na Fig. 1. A balança 4 é depois tarada. Colocam-se um penso 7 (devidamente pesado) e o papel de filtro 8 (cortado ao tamanho) tal como o ilustra a Fig. 1. Deve ter-se cuidado para se assegurar que o bordo da tira absorvente 2 que se encontra mais afastado do recipiente com ãgua 1 não excede o bordo correspondente do penso 7, tal como se pode ver na Fig. 1.
Passados 6 minutos regista-se o peso indicado pela balança. O penso 7 e o papel de filtro 8 são então removidos e anotado qualquer peso residual na balança.
A absorvência é determinada com base na seguinte equação:
peso do líquido absorvido = —1 peso total | peso penso peso papel peso resid. | na balança - | seco + filtro sat. + na balança |
L_ _J
Resultados
Usando o método de ensaio atrás descrito as absorvências de solução salina pelo tecido de acordo com o invento e do penso Kaltostat à venda no comércio foram determinadas e comparadas. Neste último caso, usaram-se dez amostras do tecido e calculou-se um valor médio de absorvência. Os resultados obtidos foram os seguintes:
QUADRO I
Tecido de alginato do Exemplo 1
Peso do penso Peso da sol. Peso da sol. salina
salina abs. abs. por grama de penso
(g) (g) (g)
0,4893 10,10 20,26
0,5237 11,00 21,00
0,4900 10,30 21,02
0,6130 13,40 21,85
0,5157 10,90 21,14
0,4900 9,80 20,00
0,6128 12,90 21,05
0,5400 11,70 21,67
0,5934 12,20 20,56
0,6300 13,20 20,95
QUADRO II
Kaltostat
Peso do penso Peso da sol. Peso da sol. salina
salgada abs. abs. por grama de penso
(g) (g) (g)
0,3282 4,729 14,41
0,2311 3,637 15,74
0,2573 3,886 15,19
0,3098 4,749 15,33
0,2466 4,120 16,71
0,2583 4,300 16,65
0,3107 5,110 16,45
0,3212 4,959 15,44
0,2784 4,420 15,88
0,2978 4,535 15,23
0,3106 5,000 16,10
0,3100 4,904 15,82
A partir do Quadro I atrás mencionado pode concluir-se que a absorvência média de solução salina do tecido de alginato do Exemplo 1 é de 20,95 de solução salina por grama de penso; enquanto que a partir do Quadro II a média de absorvência do produto Kaltostat â venda no mercado é de 15,75 g de solução salina por grama de penso. Por outras palavras, o tecido de alginato do Exemplo I é, em média, aproximadamente 33% mais absorvente do que o penso Kaltostat que se vende no mercado.
Usando o mesmo método de ensaio, as absorvências de água do tecido de acordo com o invento e do produto Kaltostat foram determinadas e comparadas. Os resultados obtidos foram seguintes:
os
QUADRO III
Tecido de alginato do Exemplo 1
Peso do penso (g) Peso da ãgua desionizada abs. (g) Peso abs. da ãgua desionizada por grama de penso (g)
0,5912 16,40 27,74
0,5345 17,10 31,99
0,4987 14,30 28,67
0,5113 13,82 27,03
0,6002 18,20 30,32
0,4580 12,60 27,51
0,5160 12,90 25,00
0,4328 13,50 31,19
0,4790 12,80 26,72
0,6869 17,90 28,15
QUADRO IV
Kaltostat
Peso do penso Peso da ãgua Peso da água desionizada
(g) desionizada abs. (g) abs. por grama de penso (g)
0,2638 5,54 20,99
0,2616 5,70 21,17
0,3259 6,37 19,56
0,2862 6,11 21,36
0,3486 7,35 21,09
0,2644 5,54 20,94
0,2861 6,11 21,37
0,2630 5,44 20,67
0,3546 7,15 20,15
A partir do Quadro III atrás mencionado pode concluir-se que a absorvância média de ãgua desionizada do tecido de alginato do Exemplo 1 é de 28,43 de água desionizada por grama de penso; enquanto que a partir do Quadro IV a média de absorvência ãgua desionizada do produto Kaltostat â venda no mercado é de 20,81 g de água desionizada por grama de penso. Por outras palavras, o tecido de alginato do Exemplo I é, em média, aproximadamente 36% mais absorvente do que o penso Kaltostat que se vende no mercado.

Claims (7)

  1. lâ - Método para a preparação de um tecido à base de alginato, caracterizado por compreender os seguintes passos:
    (1) processar as fibras de alginato de modo a obter-se uma esteira; e (2) entrelaçar as fibras na esteira com o auxílio de agulhas com barbela que (a) penetram por uma superfície da esteira; (b) perfuram a esteira de tal modo que a primeira barbela penetre até uma profundidade compreendida entre 60 e 99% da espessura da esteira; e (c) são depois retiradas através da superfície inicial da esteira.
    23 - Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a absorvância do tecido produzido ser superior a 25,0 gramas de ãgua desionizada por grama de tecido.
    33 - Método de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o tecido compreender um tecido não tecido de fibras curtas de alginato.
    43 - Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a absorvência do tecido produzido ser superior a 19,0 gramas de água salgada por grama de tecido.
    53 - Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a primeira barbela penetrar até uma profundidade compreeendida entre 65 e 85% da espessura da esteira.
  2. 6 a - Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a primeira barbela penetrar até uma profundidade compreeendida entre 75% da espessura da esteira.
  3. 7a - Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado por as fibras de alginato serem misturadas com fibras de alginato de cálcio/sódio em que a razão de catiões de cálcio para catiões de sódio está compreendida entre 40:60 e 90:10.
  4. 8a - Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 7, caracterizado por o peso de base do tecido produzido . 2 2 estar compreendido entre cerca de 160 g/m e cerca de 350 g/m .
  5. 9 a - Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por compreender adicionalmente o corte do tecido em pensos individuais para feridas e queimaduras.
  6. 10a - Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por compreender adicionalmente as seguintes etapas:
    (i) embalar os pensos para feridas e queimaduras em envelopes;
    (ii) selar hermeticamente; e (iii) esterilizar.
  7. 11a - Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o passo (1) compreender as seguintes etapas:
    (i) cardagem das fibras de alginato de modo a formarem uma teia; e (ii) sua sobreposição cruzada.
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