PT983765E - Profilácticos ou remédios para doenças em associação com anomalia vascular funcional relacionada com a resistência à insulina - Google Patents

Profilácticos ou remédios para doenças em associação com anomalia vascular funcional relacionada com a resistência à insulina Download PDF

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PT983765E
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Atsunori Kashiwagi
Kazuya Shinozaki
Yoshihiko Nishio
Tomio Okamura
Noboru Toda
Ryuichi Kikkawa
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Daiichi Asubio Pharma Co Ltd
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Description

DESCRIÇÃO "PROFILÁCTICOS OU REMÉDIOS PARA DOENÇAS EM ASSOCIAÇÃO COM ANOMALIA VASCULAR FUNCIONAL RELACIONADA COM A RESISTÊNCIA À INSULINA"
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a composições farmacêuticas para a prevenção e/ou tratamento de doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina, compreendendo como um ingrediente activo um composto da fórmula (I): O R1
em que R1 e R2 representam, cada um, um átomo de hidrogénio ou os dois em conjunto representam um única ligação, enquanto R3 representa -CH (OH) CH (OH) CH3, -CH (OCOCH3) CH (OCOCH3) CH3, -CH3, CH2OH ou um grupo fenilo quando R1 e R2 representam, cada um, um átomo de hidrogénio, ou -COCH(OH)CH3 quando R1 e R2 em conjunto representam uma única ligação, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável. 1
TÉCNICA ANTECEDENTE A resistência à insulina é um estado patológico observado em doentes com diabetes tipo II e caracterizado tipicamente por uma ausência de diminuição do nivel de glucose no sangue mesmo sob um estado de insulina elevada. Recentemente, foi referido e denominado de síndroma de resistência à insulina, síndroma X ou síndroma de gordura visceral, um estado patológico caracterizado por uma complicação de tolerância anormal à glucose, obesidade, hipertensão e hiperlipidemia num indivíduo. Estudos epidemiológicos em larga escala mostraram que estes estados patológicos estão basicamente associados com a resistência à insulina e podem ser um factor de risco em várias doenças arterioscleróticas. Consequentemente, é clinicamente importante explicar e prevenir estes estados.
Foi examinado clinicamente o papel da resistência à insulina na disfunção endotelial vascular e um seu estado avançado, tal como o processo arteriosclerótico bem como várias doenças arterioscleróticas. Foi verificado, em primeiro lugar, que uma forte hiperinsulinemia marcada independente de outros factores de risco, i. e. resistência à insulina, também ocorre em doenças que não diabetes, tais como angina vasoconstritiva coronária não-diabética (Shinozaki, K. et al.r Circulation 1995, 92: 1749-1757) . Também foi demonstrada a presença de forte resistência à insulina em angina de esforço ou casos possuindo lesão constritiva significativa na angiografia cerebral (Shinozaki, K. et ai., Diabetes Care 1996, 19: 1-7; Shinozaki, K. et al., Stroke 1996, 27: 37-43) . Para além disso, foi também demonstrada a presença de resistência à insulina e arteriosclerose inicial in vivo (Shinozaki, K. et al., Arterioscler. Thromb. Vasc. Biol., 1997, 17: 3302-3310). 2 É conhecido que o endotélio vascular desempenha um papel importante no tónus vascular ou trombopoiese e, em 1980, foi referido, pela primeira vez, a presença do factor relaxante derivado do endotélio (EDRF). Em 1987, a entidade do EDRF foi provada ser óxido nítrico (NO) . O NO é um radical gasoso e foi demonstrado passar facilmente através das membranas das células e exercer uma grande variedade de efeitos, tais como controlo da circulação, neurotransmissão, inibição da agregação das plaquetas, efeito antibacteriano ou anticancerígeno. O NO não controla apenas o metabolismo reagindo com o enzima do heme ou grupos SH de enzimas, mas também possui funções fisiológicas e actividade patológica através de acção cruzada com espécies de oxigénio activas tais como o superóxido (O2”) , compostos SH, ácido ascórbico ou semelhantes. Contudo, a sua entidade molecular in vivo é ainda desconhecida a muitos níveis, devido a todas estas moléculas serem instáveis. O NO, possuindo uma vasta variedade de efeitos como anteriormente descrito, é produzido quando a L-arginina é oxidada a partir da N6-hidroxil-L-arginina em L-citrulina sendo a reacção catalizada por um enzima denominado sintase de NO (NOS). A NOS ocorre de um modo alargado no endotélio vascular, sistema nervoso, rim, plaquetas, músculos cardíacos, músculos lisos, etc., e o gene já foi, por isso clonado e analisado estruturalmente. Como resultado, foi verificado que o gene para a NOS contém um sítio de ligação para a (6R)-L-eritro-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina (daqui em diante referida como "BH4"), incluída nos compostos da fórmula (I), como ingredientes activos da presente invenção, adicionalmente àqueles para os coenzimas tais como calmodulina (CaM), flavina, NADPH. Para além disso, a BH4 foi sugerida estar, de facto, envolvida no controlo da função da NOS. 3
Foi examinada a influência in vivo de um estado de insulina elevada na produção de superóxido e a capacidade vasorrelaxante dependente do endotélio, na hipótese de a anormalidade do tónus vascular e distúrbio das células endoteliais vasculares puderem ser causadas pela produção aumentada de espécies de oxigénio activo no estado de resistência à insulina. 0 resultado demonstrou que alguns mecanismos retardam a activação de NOS no estado de resistência à insulina enquanto a NOS é activada no endotélio vascular para manter a capacidade vasorrelaxante num estado de insulina exógena elevada, induzido através da administração externa de insulina. Isto sugere que a presença de superóxido pode ser excessiva nas paredes vasculares devido a uma diminuição de NO, resultando numa aceleração da arteriosclerose e aumento da vasoconstrição nos estados de resistência à insulina (Shinozaki, K., Kashiwagi, A. et al. : Superoxide anion impairs endothelium-dependent vascular relaxation in insulin resistant rat aortas. Jap. J. Pharmacology 75 (1997) suppl. 1, p. 11).
Consequentemente, foi considerado o relacionamento entre os estados de resistência à insulina e a disfunção endotelial. Vários estudos foram efectuados em fármacos para melhorar a disfunção vascular causada pela resistência à insulina, para prevenir ou tratar várias doenças associadas com esta, e os derivados da tiazolidinodiona foram referidos como candidatos para esse fim (Law, R. E. et al., Troglitazone inhibits vascular smooth muscle cell growth and intimai hyperplasia, J. Clin. Invest. 98: 1897, 1996). Contudo, nenhuma conclusão definitiva foi ainda alcançada.
Investigações recentes de várias doenças vasculares a nivel molecular conduziram a uma estratégia terapêutica direccionada 4 para os vasos sanguíneos, tais como células endoteliais. É, também, considerado que uma das terapias mais promissoras é tratar os vasos sanguíneos com um agente que controla a produção da entidade de EDRF, i. e. NO, ou um agente que possui uma acção antioxidante (Gibbons, G. H., Dzau, V. J., Science. Vol. 272, 689-693, 1996) . Por exemplo, os agentes antioxidantes, tais como vitaminas E ou probucol, são esperados resistirem ao stress oxidativo em restenose arterial coronária, conhecida como sendo causada pelo metabolito possuindo uma acção oxidante, seguindo-se angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) ou enxerto de bypass da artéria coronária (CABG) (Tardif, J. C. et al., : N. Eng. J. Med. 1997, 337: 365-372), e são utilizados agentes nitrato, tais como preparações de nitroglicerina, como dadores exógenos de NO para a terapêutica da angina. Contudo, não foi ainda estabelecido nenhum fármaco ou terapia que satisfaça esta estratégia terapêutica. 0 objectivo da terapia é prevenir complicações do sistema vascular causadas pela resistência à insulina, de modo que os doentes possam desfrutar de uma qualidade de vida prolongada e mais elevada. Isto requer uma gestão durante o tempo de vida através de farmacoterapia a longo prazo. Apesar de vários estudos em agentes terapêuticos para a resistência à insulina como anteriormente descrito, não existe presentemente um fármaco que seja completamente satisfatório em termos de efeitos secundários, segurança durante a utilização a longo prazo e melhoria na QOL (qualidade de vida) . Assim, está em grande demanda o desenvolvimento de agentes terapêuticos que satisfaçam condições verdadeiramente desejáveis.
Os compostos da fórmula (I) como ingredientes activos em composições farmacêuticas da presente invenção são compostos 5 conhecidos para utilização em composições farmacêuticas contra hiperfenilalaninemia maligna, depressão, doença de Parkinson, sequelas de doença isquémica de coração, sequelas de enfarte cerebral e doenças inflamatórias tal como reumatismo crónico. Por exemplo, ver Divulgação Pública de Patente Japonesa (KOKAI) N° . 25323/84, 76086/84, 277618/86, 267781/88 e patente japonesa JP6056669.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO É um objectivo da presente invenção proporcionar uma composição farmacêutica segura para doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina, sem efeitos secundários, que evita o progresso de alterações, evita o progresso de complicações e melhora a qualidade de vida dos doentes.
Os requerentes, colocaram a hipótese acerca da terapia para doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina, em que a disfunção endotelial causada pelo estado de resistência à insulina poderá ser melhorada através do controlo quer do aumento da produção de espécies de oxigénio activo quer da redução da produção de NO para normalizar cada um deles. Como um resultado de estudos cuidadosos para melhorar o vasorrelaxamento dependente do endotélio, foi verificado inesperadamente que a BH4, que é um coenzima para NOS, melhora a redução da produção de NO endógena e também suprime o aumento da produção de espécies de oxigénio activo quer no estado de resistência à insulina, para melhorar significativamente o reduzido vasorrelaxamento dependente do endotélio. Assim, foi verificado o efeito de BH4 na melhoria da disfunção vascular em 6 estados de resistência à insulina e, como resultado, alcançou-se a presente invenção. A presente invenção refere-se a uma terapia eficaz com preparações de BH4 para doenças possuindo disfunção vascular associada com a resistência à insulina.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a uma composição farmacêutica para prevenir ou tratar doenças possuindo disfunção vascular associada com a resistência à insulina, compreendendo como um ingrediente activo um composto da fórmula (I): O s!
em que R1 e R2 representam, cada um, um átomo de hidrogénio ou os dois em conjunto representam um única ligação, enquanto R3 representa -CH (OH) CH (OH) CH3, -CH (OCOCH3) CH (OCOCH3) CH3, -CH3, CH2OH ou um grupo fenilo quando cada R1 e R2 representa um átomo de hidrogénio, ou -COCH(OH)CH3 quando R1 e R2 em conjunto representam uma única ligação, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
Como aqui utilizado, o termo resistência à insulina significa um estado patológico em que diminui o aumento da assimilação do açúcar periférico através da insulina secretada 7 normalmente, enquanto que a supressão do nível de glucose libertado a partir do fígado diminui, para induzir a tolerância anormal à glucose, e a supressão da lipólise pela insulina também diminui. De modo característico, apresenta-se frequentemente com hiperinsulinemia, mas não é sempre o caso. A resistência à insulina foi referida ocorrer não apenas em células com sensibilidade à insulina mas também em células da parede vascular. As doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina incluem aquelas causadas pela resistência à insulina, aquelas agravadas pela resistência à insulina, aquelas para as quais a cura é retardada pela resistência à insulina, etc., tais como hipertensão, hiperlipidemia, arteriosclerose, angina vasoconstritora coronária, angina de esforço, lesão constritiva cerebrovascular, insuficiência cerebrovascular, vasoespasmo cerebral, distúrbio da circulação periférica, restenose arterial coronária seguida de angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) ou enxerto de bypass da artéria coronária (CABG), obesidade, diabetes independente de insulina, hiperinsulinemia, anormalidade do metabolismo de lípidos, doenças do coração arterioscleróticas coronárias ou semelhantes desde que estas estejam associadas com a resistência à insulina.
Quando administrada a doentes com estas doenças, a BH4 pode prevenir ou tratar estas doenças activando as funções da NOS, aumentando a produção de NO e suprimindo a produção de espécies de oxigénio activo, para melhorar os distúrbios das células endoteliais vasculares.
Consequentemente, o tratamento ou prevenção de acordo com a presente invenção é direccionado para as doenças resistentes à 8 insulina associadas com disfunção vascular possuindo anormalidade do tónus vascular ou disfunção endotelial.
Os compostos da fórmula (I) como ingredientes activos da presente invenção incluem os seguintes e seus sais farmaceuticamente aceitáveis: (6R)-L-eritro-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina (BH4)
OH
CM, (6R,S)-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina, 1' , 2' -diacetil-5, 6,7,8-tetra-hidrobiopterina
sepiapterina
6-metil-5,6,7,8-tetra-hidropterina
6-hidroximetil-5,6,7,8-tetra-hidropterina o
6-fenil-5,6,7,8-tetra-hidropterina
Entre os compostos anteriormente mencionados, são preferidas as 5,6,7,8-tetra-hidrobiopterinas ou seus sais, e a BH4 ou seus sais são os mais preferidos. São compostos conhecidos os compostos da fórmula (I) utilizados como ingredientes activos na presente invenção. Por exemplo, ver Divulgação Pública de Patente Japonesa (KOKAI) N° . 25323/84, 76086/84, 277618/86 e 267781/88. Estes compostos podem ser utilizados como sais apropriados com ácidos não tóxicos farmacologicamente, incluindo ácidos minerais, tais como ácido clorídrico, ácido fosfórico, ácido sulfúrico, ácido bórico; e 10 ácidos orgânicos, tais como ácido acético, ácido fórmico, ácido maleico, ácido fumárico, ácido mesilico.
As composições farmacêuticas da presente invenção são eficazes contra as doenças anteriormente mencionadas. Por exemplo, estas são eficazes contra, mas não estão limitadas a, hipertensão, hiperlipidemia, arteriosclerose, angina vasoconstritora coronária, angina de esforço, lesão constritiva cerebrovascular, insuficiência cerebrovascular, vasoespasmo cerebral, distúrbio de circulação periférica, restenose arterial coronária seguida de angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) ou enxerto de bypass da artéria coronária (CABG) , obesidade, diabetes dependente de insulina, hiperinsulinemia, anormalidade do metabolismo de lípidos, doenças do coração arterioscleróticas coronárias, ou semelhantes desde que estas estejam associadas com a resistência à insulina.
As composições farmacêuticas da presente invenção são preparadas através da formulação de um composto da fórmula (I) com um veiculo farmaceuticamente comum através de procedimentos convencionais numa forma de dosagem apropriada para administração oral, rectal ou parentérica (incluindo administração na veia e fluido cerebrospinal). 0 veiculo utilizado para estas formulações farmacêuticas inclui, de um modo geral, excipientes, ligantes, desintegrantes, etc. dependendo da forma de dosagem escolhida.
Exemplos típicos de excipientes incluem amido, lactose, sacarose, glicose, manitol, celulose, e exemplos de ligantes incluem polivinilpirrolidona, amido, sacarose, celulose de hidroxipropilo, e goma Arábica. Exemplos de desintegrantes 11 incluem amido, agar, gelatina em pó, celulose, CMC, mas também podem ser utilizados guaisguer outros excipientes, ligantes e desintegrantes convencionais.
Adicionalmente a tais veículos, as composições farmacêuticas da presente invenção podem também conter antioxidantes para estabilizar os ingredientes activos. Os antioxidantes podem ser seleccionados apropriadamente a partir daqueles utilizados habitualmente para preparações farmacêuticas, tais como ácido ascórbico, N-acetilcisteína, L-cisteína, dl-α-tocoferol, tocoferol natural, etc. Estes são utilizados numa quantidade que estabiliza (um ou mais) ingredientes activos, e geralmente estes são, de um modo preferido, utilizados na proporção de 0,2 a 2,0 partes por peso para 1 parte por peso do(s) ingrediente(s) activo(s).
As formulações da presente invenção apropriadas para administração oral podem ser proporcionadas na forma de comprimidos, comprimidos sub-linguais, cápsulas, pós, grânulos ou grânulos finos, ou suspensões num liquido não aquoso, tais como emulsões, poções ou xaropes, que contêm a quantidade prescrita de (um ou mais) ingredientes activos.
Por exemplo, os grânulos são preparados misturando homogeneamente (um ou mais) ingredientes activos com um ou mais ingredientes auxiliares, tais como veículos e antioxidantes, como anteriormente mencionado, seguidos por granulação e crivagem para uniformizar o tamanho do grão. Os comprimidos podem ser preparados compactando ou moldando (um ou mais) ingredientes activos opcionalmente com um ou mais ingredientes auxiliares. As cápsulas são preparadas adicionando o pó ou grânulos de (um ou mais) ingredientes activos opcionalmente 12 misturados homogeneamente com um ou mais ingredientes auxiliares em cápsulas apropriadas, utilizando uma máquina de enchimento de cápsulas ou semelhantes. As formulações para a administração renal podem ser proporcionadas como supositórios utilizando veículos convencionais, tal como manteiga de cacau. As formulações parentéricas podem ser proporcionadas como sólidos secos de (um ou mais) ingredientes activos selados num recipiente esterilizado enchido com azoto. Tais preparações de sólidos secos podem ser administradas a doentes dispersando-os ou dissolvendo-os numa determinada quantidade de água esterilizada imediatamente antes da administração.
Estas formulações podem ser, de um modo preferido, preparadas incorporando antioxidantes como mencionado anteriormente, opcionalmente, com um ou mais ingredientes auxiliares seleccionados de tampões, aromas, tensioactivos, espessantes, lubrificantes, etc. em adição aos ingredientes activos e veículos habituais. A dosagem de ingredientes activos, i. e. os compostos da fórmula (I), pode variar naturalmente com a via de administração, o sintoma a ser tratado e o doente em particular, e pode ser determinada por último por um médico de serviço.
Por exemplo, uma dosagem apropriada para tratar doenças possuindo disfunção muscular associada com resistência à insulina depende do objectivo da administração, da idade, peso, estado do doente, etc., mas varia de 0,1 a 50 mg/kg (peso corporal) / dia, tipicamente 0,5 a 10 mg/kg (peso corporal) / dia para administração oral. 13
Pode ser administrada uma dosagem desejada dos referidos ingredientes activos uma vez por dia ou pode ser administrada em doses divididas de duas a quatro vezes por dia em intervalos apropriados.
Os ingredientes activos podem ser administrados isoladamente sem serem misturados com outros ingredientes, ou em combinação com formulações farmacêuticas contendo outros ingredientes activos apropriados para a doença sob tratamento, por exemplo, para facilitar o controlo da dosagem.
Adicionalmente aos compostos da fórmula (I) como ingredientes activos, as formulações da presente invenção podem conter pelo menos um ingrediente activo auxiliar seleccionado do grupo consistindo de substratos, coenzimas ou cofactores para NOS, tais como L-arginina, flavinas (por exemplo, FAD, FMN, etc.) e cálcio. Podem ser esperados efeitos terapêuticos mais excepcionais quando os compostos da fórmula (I) são misturados com estes ingredientes activos do que quando utilizados isoladamente. A proporção de cada um dos referidos ingredientes activos auxiliares nas formulações da presente invenção não está especificamente limitada. Por exemplo, a proporção de peso de pelo menos um seleccionado de L-arginina, flavinas e cálcio para 1 parte por peso dos compostos da fórmula (I) pode estar dentro do intervalo de 0,1 a 10, de um modo preferido, 0,5 a 2.
Por exemplo, uma dosagem apropriada de tais formulações misturadas para o tratamento de doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina depende do objectivo da administração, da idade, peso, estado do doente, etc., mas varia de 0,1 a 50 mg/kg (peso corporal) / dia, de um modo preferido, 0,5 a 10 mg/kg (peso corporal) / dia em termos 14 da quantidade total de ingredientes activos para a administração oral.
Um médico pode escolher apropriadamente formulações que contêm compostos da fórmula (I) isolados ou em combinação com outros ingredientes activos, dependendo da idade, estado ou outros factores do doente.
Os ingredientes activos mais preferidos utilizados na presente invenção são (6R)-L-eritro-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina (BH4) e seus sais, mas também podem ser utilizados os seus análogos, tais como (6R,S)-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina, 1’,2’-diacetil-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina, sepiapterina, 6-metil-5,6,7,8-tetra-hidropterina, 6-hidroximetil-5,6,7,8-tetra-hidropterina ou 6-fenil-5,6,7,8-tetra-hidropterina e seus sais. É desnecessário dizer que, contudo, é preferida a BH4 que ocorre naturalmente nos corpos vivos. 0 dicloridrato de BH4 exibe baixa toxicidade em ratos como demonstrado pela toxicidade aguda de 2 g/kg (peso corporal) ou mais através da via oral. Um análogo opticamente inactivo, (6R, S)-5,6,7,8-tetra-hidrobiopterina é também apenas ligeiramente tóxico como referido na Divulgação Pública de Patente Japonesa N°. 25323/84 para o tratamento da doença de Parkinson, de modo que possa ser também utilizado para a terapêutica de acordo com a presente invenção. Outros compostos da fórmula (I) também exibem baixa ou nenhuma toxicidade aguda.
Os exemplos seguintes ilustram ainda a presente invenção em detalhe sem, contudo, a limitar. 15
EXEMPLOS
Exemplo 1: Grânulos e grânulos finos
Foram adicionadas 10 partes de ácido ascórbico e 5 partes de cloridrato de L-cisteina a 1 parte (por peso) de polivinilpirrolidona (Kollidon 30) dissolvida em água purificada esterilizada para obter uma solução homogénea, e depois foram adicionadas 10 partes de dicloridrato de BH4 para preparar uma solução homogénea.
Esta solução foi adicionada a 59 partes de um excipiente (manitol ou lactose) e 15 partes de um desintegrante [amido de milho ou hidroxipropilo celulose (LH-22)], e a mistura foi amassada, granulada, seca, e depois crivada.
Exemplo 2: Comprimidos A solução homogénea de um ingrediente activo, preparada no Exemplo 1, foi misturada com 58 partes de lactose e 15 partes de celulose microcristalina, depois com 1 parte de estearato de magnésio e preparada em comprimidos.
Exemplo 3: Cápsulas A forma de dosagem preparada no Exemplo 1 foi colocada em cápsulas. Contudo, a formulação contém adicionalmente 0,2% de estearato de magnésio como lubrificante. 16
Exemplo 4: Injecção
Dicloridrato de BH4 Ácido ascórbico
Cloridrato de L-cisteína
Manitol 1.5 g 1.5 g 0,5 g 6.5 g
Os ingredientes anteriores foram dissolvidos em água purificada esterilizada para perfazer 100 mL e foram esterilizados, e cada alíquota de 1 mL ou 2 mL foi dispensada num frasco ou ampola e depois liofilizada e selada.
Exemplo 5: Injecção
Foi esterilizada e selada do mesmo modo que no Exemplo 4, uma solução de 2,0 g de dicloridrato de BH4 dissolvida em água purificada esterilizada para perfazer 100 mL sob uma atmosfera anaeróbia.
Exemplo 6: Supositórios
Dicloridrato de BH4 150 partes Ácido ascórbico 150 partes
Cloridrato de L-cisteína 50 partes
Os ingredientes anteriores foram sedimentados e dispersos homogeneamente em 9950 partes de manteiga de cacau. 17
Exemplo 7: Grânulos 5 partes 5 partes 2 partes
Dicloridrato de BH4 Ácido ascórbico Cloridrato de L-cisteína
Os ingredientes anteriores foram utilizados para preparar uma solução homogénea.
Esta solução foi adicionada a uma mistura homogénea de 55 partes de manitol, 1 parte de polivinilpirrolidona, 14 partes de celulose de hidroxipropilo e 5 partes de L-arginina ou cálcio, e a mistura foi amassada, granulada, seca, e depois crivada.
Exemplo 8: Grânulos
Dicloridrato de BH4 5 partes Ácido ascórbico 5 partes Cloridrato de L-cisteina 5 partes Manitol 52 partes Polivinilpirrolidona (Kollidon 30) 1 parte Celulose de hidroxipropilo (LH-22) 12 partes L-arginina ou cálcio 10 partes
Os ingredientes anteriores foram grânulos e crivados do mesmo modo que no Exemplo 7. 18
Exemplo 9: Grânulos 5 partes 5 partes 2 partes
Dicloridrato de BH4 Ácido ascórbico
Cloridrato de L-cisteína
Os ingredientes anteriores foram utilizados para preparar uma solução homogénea.
Esta solução foi adicionada a uma mistura homogénea de 10 partes de L-arginina ou cálcio, 50 partes de manitol, 1 parte de polivinilpirrolidona (Kollidon 30) e 9 partes de celulose de hidroxipropilo (LH-22), e a mistura foi amassada, granulada, seca, e depois crivada.
Exemplo 10
Foram utilizados ratos Sprague-Dawley machos (150 g, fornecidos por Charles River) para preparar um grupo modelo com resistência à insulina induzido pela adição de frutose na alimentação (daqui em diante referido como "grupo FR") de acordo com o procedimento descrito por Hwang et ai. (Hwang. I-H. et ai., Hypertension 10: 512, 1987) . Foi também preparado um grupo de controlo desenvolvido com uma alimentação com amido (daqui em diante referido como "grupo CTR") (grupo FR: n = 16; grupo CTR: n = 16) . O grupo FR recebeu uma alimentação contendo 67% (entendendo-se daqui em diante, % por peso) de hidratos de carbono (contendo 98% de frutose disponível na Oriental Yeast Co., Ltd.), 13% de gordura e 20% de proteína, enquanto que o grupo CTR recebeu uma alimentação contendo 58% de hidratos de carbono, 12% de gordura e 30% de proteína. Dez mg de 19 dicloridrato de BH4 /kg (peso corporal) / dia foram administrados oralmente a 8 animais de cada grupo FR e grupo CTR (designado como "grupo FR + BH4" e "grupo CTR + BH4", respectivamente). Após 8 semanas, foi recolhida a aorta torácica. Para cada grupo, as secções separadas (EC (-)) e não separadas (EC ( + ) ) pelo endotélio foram preparadas e examinadas quanto ao nível de produção do anião superóxido (C>2~) , actividade NOS (eNOS) endotelial e vasorrelaxamento dependente do endotélio.
Estatísticas
As análises estatísticas grupo-a-grupo foram realizadas por ANOVA unidireccional, sendo o nível de significância p <0,05. A comparação múltipla foi efectuada por Bonferronl/Dunn, sendo o nível de significância p <0,05. Nível de produção do anião superóxido (O2 ) nas secções de tecido da aorta torácica A medição do nível de produção de O2" foi efectuada pelo método de quimioluminescência intensificado por lucigenina (Ohara et al., J. Clin. Invest. 91: 2546, 1993). Os resultados em EC ( + ) dos 4 grupos, i. e. grupo FR, grupo CTR, grupo FR + BH4 e grupo CTR + BH4 são apresentados a seguir na Tabela 1. 20
Tabela 1: Nível de Produção de O2 (100 cpm / mg de peso seco)
Grupo Número de Casos Média Desvio Padrão CTR 4 123,1 34,5 CTR + BH4 4 189, 3 39,2 FR 4 263, 6 35, 9 FR + BH4 4 118,0 24,5
Como apresentado na Tabela 1, o grupo FR apresentou um nível significativamente elevado de produção de C>2~ (p <0,001) de duas ou mais vezes quando comparado com o grupo CTR em EC ( + ) quando não foi administrada BH4, mas o nível de produção de C>2~ no grupo FR diminuiu significativamente (p <0,001) pela administração de BH4. Não foi verificada diferença significativa entre os 4 grupos no EC (-).
Actividade de NOS endotelial A medição da actividade de eNOS foi efectuada de acordo com Rees, D. et al., Hypertension 28: 367, 1996. Os resultados no EC (+) dos quatro grupos são a seguir apresentados na Tabela 2. 21
Tabela 2: Actividade de eNOS (pmol/min/mg de proteína)
Grupo Número de Casos Média Desvio Padrão CTR 5 63,4 13, 0 CTR + BH4 4 57,0 8,5 FR 5 22,3 10, 9 FR + BH4 4 60,2 18,5
Como apresentado na Tabela 2, a actividade de eNOS no grupo FR foi significativamente reduzida (p <0,001) para 50% ou inferior à do grupo CTR quando não foi administrado BH4, mas foi significativamente melhorada (p <0,001) pela administração de BH4 .
Vasorrelaxamento dependente do endotélio A medição do vasorelaxamento dependente do endotélio foi efectuada por tensiometria isométrica (Toda, N. et ai., Stroke 24: 1584, 1993) utilizando oscilografias escritas com tinta (Nippon Kohden Corporation) e um transdutor de deslocamento por força (Nippon Kohden Corporation). Os dados foram apresentados como a % máxima de relaxamento vs. relaxamento máximo induzido por papaverina a 10“4 M após terem sido parcialmente pré-contraídas as secções aórticas com 1-fenilefrina a 1-3 x 10“7 Μ. O vasorrelaxamento dependente do endotélio induzido por acetilcolina (10“5 M) e ionóforo de cálcio (A23187, Sigma) (3 x 1(T7 M) no EC ( + ) de cada um dos 4 grupos é apresentado nas Tabelas 3 e 4, respectivamente. 22
Tabela 3: Vasorrelaxamento dependente do endotélio induzido por acetilcolina (% de relaxamento máximo)
Grupo Número de Casos Média Desvio Padrão CTR 5 89, 0 3,9 CTR + BH4 5 92, 9 2,9 FR 8 65, 9 6, 9 FR + BH4 8 82, 6 2,9
Tabela 4: Vasorrelaxamento dependente do endotélio induzido por ionóforo de cálcio (% de relaxamento máximo)
Grupo Número de Casos Média Desvio Padrão CTR 8 85, 6 7,1 CTR + BH4 8 86, 4 8,0 FR 8 66, 9 7,9 FR + BH4 8 81,8 2,7
Como apresentado nas Tabelas 3 e 4, o vasorelaxamento dependente do endotélio induzido por acetilcolina e ionóforo de cálcio no grupo FR foi significativamente reduzido (p <0,001) quando comparado com o grupo CTR quando não foi administrado BH4, mas foi significativamente recuperado (p <0,001) pela administração de BH4.
Em conclusão, a administração de BH4 reduziu o nivel de produção de O2”, aumentou a actividade de eNOS e recuperou a vasorrelaxamento dependente do endotélio, para melhorar a disfunção vascular no grupo FR. Contudo, não foi observada 23 qualquer alteração significativa em qualquer destes perfis no grupo CTR mesmo por administração de BH4.
Tal como foi explicado, a presente invenção proporciona composições farmacêuticas que previnem e/ou melhoram eficazmente doenças possuindo disfunção vascular associada com resistência à insulina. Adicionalmente, os ingredientes activos das composições farmacêuticas da presente invenção não possuem risco de efeitos secundários ou semelhantes mesmo sob utilização a longo prazo porque estes ocorrem inerentemente nos corpos vivos.
Lisboa, 24 de Outubro de 2006 24

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de um composto da fórmula (I):
    H em que R1 e R2 representam, cada um, um átomo de hidrogénio ou os dois em conjunto representam uma única ligação, enquanto R3 representa -CH(OH)CH(OH)CH3, -CH (OCOCH3) CH (OCOCH3) CH3, -CH3, -CH2OH ou um grupo fenilo quando R e R representam, cada um, um átomo de hidrogénio, ou -C0CH(0H)CH3 quando R1 e R2 em conjunto representam uma única ligação, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, para a preparação de uma composição para prevenir ou tratar doenças possuindo disfunção vascular associada com a resistência à insulina.
  2. 2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, em que R3 é L-eritro-CH(OH)CH(OH)CH3.
  3. 3. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1-2, em que a doença é uma doença com produção aumentada de oxigénio activo.
  4. 4. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1-2, em que a doença é uma doença com produção diminuída de NO. 1 Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, em que a doença é a angina vasoconstritiva coronária. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, em que a doença é a angina de esforço. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, em que a doença é a restenose arterial coronária seguida de angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) ou enxerto de bypass na artéria coronária (CABG). Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, em que a doença é a arteriosclerose. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, em que a doença é a lesão constritiva cerebrovascular. Lisboa, 24 de Outubro de 2006
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