PT96439B - Processo para a preparacao de dioxido de cloro - Google Patents

Processo para a preparacao de dioxido de cloro Download PDF

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    • C01INORGANIC CHEMISTRY
    • C01BNON-METALLIC ELEMENTS; COMPOUNDS THEREOF; METALLOIDS OR COMPOUNDS THEREOF NOT COVERED BY SUBCLASS C01C
    • C01B11/00Oxides or oxyacids of halogens; Salts thereof
    • C01B11/02Oxides of chlorine
    • C01B11/022Chlorine dioxide (ClO2)
    • C01B11/023Preparation from chlorites or chlorates

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Description

ra: PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE DIÓXIDO DE CLORO».
DESCRIÇÃO
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
1. Âmbito técnico
A presente invenção refere-se à pro dução de dióxido de cloro, e especif icamente a um processo para a produção de dióxido de cloro através da reacção de um clorato de metal alcalino, um ácido mineral e um agente redutor. Em particular, esta invenção proporciona a produção de dióxido de cloro sem essencialmente qualquer sub-produto cloro.
2. Descrição da técnica anterior
O dióxido de cloro em solução aquosa é de interesse comercial considerável,não apenas, na ãrea do branqueamento da pasta do papel, mas também, na purificação da água, branqueamento de gorduras e remoção de fenóis dos resíduos industriais. A produção de dióxido de cloro é, assim, objecto de muita investigação. Investigação importan
CR.
te tem-se dirigido ao manuseamento dos sub-produtos de reacção, tais como, cloro e sais de ácidos minerais. 0 cloro, em particular, pode ter efeito adverso no ambiente e/ou contaminar o produto dióxido de cloro, e têm-se tentado métodos para reciclar o cloro ou pelo menos minimizar a sua produção. 0 cloro não apenas apresenta problemas únicos de separação e destino final mas também pode originar a formação, durante o processo de branqueamento, de quantidades pequenas mas significativas de dioxina,um carcinogéneo bem conhecido.
cloro é produzido como um sub-pro duto em todos os esquemas de dióxido de cloro que envolvem a redução de cloratos. Esta equação da reacção é:
C103 + Cl- + 2H+ - C1O2 + 1/2C12 + H20 (1)
Produz-se também uma pequena quanti dade adicional de cloro pela reacção secundária de acordo com a equação:
C1O3~ + 6H + 5C1“ - 3C12 + 3H20 (2)
O sub-produto cloro produzido de acordo com as equações (1) e (2) tem sido utilizado, como tal, na indústria de pasta de papel, como um agente de branqueamento em solução aquosa, ou tem-se feito reagir com hidróxido de sódio para formar hipoclorito de sódio e utilizado como um agente de branqueamento. Actualmente existe uma tendência para uma utilização mais extensiva do branqueamento por dióxido de cloro e, assim, uma diminuição da necessidade de cloro e de hipoclorito como agentes de branqueamento.
Mesmo quando existe uma necessidade de cloro, uma desvantagem da utilização do sub-produto cloro como um agente de branqueamento é que a concentração da solu ção de cloro é muito baixa, normalmente 1-5 gpl. Devido à grande percentagem de água em tais soluções os modernos sistemas de branqueamento não podem utilizar sub-produtos cloro no estado de clorinação. Isso significa que muitas indústrias de pasta de papel consideram que o sub-produto cloro possui uma importância mínima.
Estes factores têm aumentado a necessidade de desenvolver um processo de dióxido de cloro de eficiência e produção adequadas possuindo uma produção signi ficativamente reduzidas do sub-produto-cloro.
As tentativas de técnica anterior para reduzir o sub-produto cloro tem sido a utilização de agentes redutores orgânicos nas reaeçoes do tipo Solvay. Num processo Solvay, reduz-se um cloreto de metal alcalino, normalmente, NaC103 a dióxido de cloro num ambiente ácido, por intermédio de um agente redutor orgânico, normalmente metanol. A teoria tradicional mantém que os iões cloretos se formam in situ por reacção do agente redutor com o cloro co-produzido de acordo com a reacção (1). Uma grande percentagem de cloro é, assim, consumida no meio da reacção em vez de passar para o sistema como efluente.
Embora este esquema de reacção redu za eficazmente a quantidade do sub-produto cloro, é relativa mente ineficiente,utilizando tecnologia de reacção convencio nal de multi-vasos.
problema da baixa eficiência no processo Solvay é referido pela Patente Norte Americana ns. 4081520, que sugere a utilização de um vaso único para a geração contínua de dióxido de cloro, a evaporação do meio de reacção aquoso e cristalização e remoção do sub-produto sal de metal alcalino. Utiliza-se ácido sulfúrico numa normalidade, em excesso, de aproximadamente 9 no meio de reacção. Este processo e as tecnologias semelhantes de processo de vaso único (daqui em diante referido como SVP) aumentam geralmente a eficiência para níveis aceitáveis ao mesmo tempo que mantêm níveis baixos de cloro no efluente.
Têm-se observado, contudo,muitas ve zes problemas de produção quando se utilizam as condições de reacção da Patente '520. A intervalos aleatórios, a produção de dióxido de cloro no meio da reacção cessa e recomeça depois de um período de tempo. Acredita-se que esta perda aleatória periódica de produção, ou white-out, seja de3 vida à falta temporária do ião cloreto no meio da reacção. Pensa-se que o risco de um ”white-out aumenta quando aumenta a normalidade ácida. A própria Patente '520 menciona (coluna 2, linhas 21 a 25) que a quantidade de cloreto de sódio no meio da reacção diminuiu substancialmente com o aumento da normalidade ácida.
A aparente relação inversa entre a concentração de ião cloreto e a normalidade ácida é defendida, por exemplo, na Patente '520 que resume três percursos” feitos a concentrações ácidas de 4,4 normal, 8,04 normal, e 9,3 normal. Para uma normalidade ácida de 4,4, a con centração de cloreto no licor gerador (isto é, meio de reacção) era de 0,39 molar e o cloro constituia 16% do gás desen volvido (sendo o resto, gás C102). A uma normalidade ácida de 8,04 a concentração de cloreto era de 0,04 e de cloro era de 12% de gás libertado. A uma normalidade ácida de 9,3 a concentração de cloreto era de 0,003 molar e a de cloro
era inferior a 1% do gás libertado. Em cada percurso, a con
centração do clorato (NaC103) era relativamente baixa, de 1,56 molar ou menos. Para evitar a falta completa de
iões cloreto nas condições da Patente '520 (normalidade ácida elevada e baixa molaridade de clorato), a Patente Norte Americana ns 4465658 sugere a adição de iões cloreto ao meio da reacção,por um processo SVP que funciona em concentrações ácidas de 9 normal e superiores, de tal forma, que os iões cloreto estão sempre presentes. Aumentando, contudo, as quan tidades de ião cloreto, origina-se a produção de sub-produto cloro adicional não desejado, o que contraria uma das vantagens principais do processo tipo Solvay.
A Patente Norte Americana ns 4473540 sugere que se pode obter uma eficiência elevada na produção de diócido de cloro para normalidades ácidas compreendidas entre 9 normal e inferiores até aproximadamente 7 normal, com ou sem adição de iões de cloreto.
Esta Patente perceitua também que a concentração de cloreto no meio de reacção aumenta até um nível muito elevado quando a acidez baixa até um valor inferior a 9 normal.
A EPO 01313738 menciona também que a produção de dióxido de carbono escala comercial se pode efectuar a normalidades ácidas inferiores a 9 e inferiores a aproximadamente 7, enquanto que, se omite a adição continua de ião cloreto ao meio de reacção. A concentração de cloreto de sódio no meio de reacção está compreendida entre 0,2 e 1,5 molar, e as normalidades ácidas entre 9 e aproximadamente 7 e a concentração de ião de cloreto varia entre aproximadamente e 0,1 e aproximadamente 0,3 molar.
A Patente Norte Americana n24770868 refere-se também à produção de dióxido de cloro utilizando metanol como agente redutor, a normalidades ácidas diferentes. Para evitar as perdas de produção, recomenda-se a adi ção de cloreto de sódio em quantidades tão elevadas como 0,8 moles/1.
Várias conclusões podem ser retiradas destes ensinamentos da técnica anterior. Primeiro para normalidades ácidas compreendidas entre 9 e aproximadamente 7 e para concentrações de clorato de aproximadamente 1,5 molar e inferiores, produz-se ião cloreto suficiente in situ no meio da reacção SVP para obviar a necessidade de adição de ião cloreto no caudal de alimentação. Segundo, os processos SVP que se desenvolvem sob estas condições de normalidade ácida e concentração de clorato originam libertação de quantidades consideradas de cloro, mesmo quando não se adiciona qualquer ião cloreto ao sistema. Terceiro, a concentração do ião cloreto no meio de reacção e, assim, a quantidade de cloro libertada aumenta com a diminuição da normalidade ácida, e, é de esperar que, quando a concentração em ácido diminui abaixo de aproximadamente 7 normal, a concentração do ião de cloreto e a quantidade de cloro libertado tornam-se cada vez mais intoleráveis do ponto de vista de eficiência da produção de dióxido de cloro e por razões de ambiente respectivamente.
Finalmente a técnica anterior leva â conclusão de que a presença de níveis relativamente elevaJ
dos de ião cloreto no meio de reacção deve ser encorajada para evitar o white-out, e para que a libertação de cloro seja apenas o preço pouco significativo a pagar para a manutenção da produção contínua.
Assim, e apesar de se poder produzir clorato de sódio contendo tão pouco como 0,5% em peso ou menos de cloreto de sódio, é convencional adicionar, pelo menos, 1% em peso, muitas vezes 4-5% em peso, de cloreto ao clorato de sódio antes de se utilizar num processo SVP para proporcionar níveis elevados de iões cloretos se for necessário evitar o whit-out.
A técnica anterior falhou na concep ção de um processo satisfatório de minimizar ou eliminar a produção de cloro nos processos de dióxido de cloro mantendo simultaneamente eficiência elevada de produção de dióxido de cloro ou taxas de produção comercialmente aceitáveis.
Resumo da invenção
É assim objectivo desta invenção proporcionar um processo de dióxido de cloro de eficiência elevada e taxa de produção elevada. É outro objectivo desta invenção proporcionar um processo, como atrás referido, em que se forma, como um sub produto, pouco ou nenhum cloro.
É ainda um objectivo desta invenção proporcionar um processo, como atrás referido, em que o desenvolvimento é suave, estável e relativamente insensível a pequenas flutuações na alimentação e na taxa de produção.
É ainda outro objectivo desta invenção proporcionar um processo, como atrás referido, em que se evita o white-out e simultaneamente se minimiza a produção de cloro.
Obtêm-se os objectivos desta invenção por um processo para a produção de dióxido de cloro utilizando a tecnologia SVP,em que a concentração de clorato no meio de reacção se mantém a uma molaridade superior à utilizada nos processos da técnica anterior. Descobriu-se que esta concentração em clorato mais elevada, quando utilizada em associação com uma normalidade ácida inferior a aproximadamente 9, no meio de reacção, permite que a reacção se pro6
cesse sem perigo significativo de white-out, independentemente de se adicionar ião cloreto ao meio da reacção. Sem a adição de ião cloreto, o nível de ião cloreto no meio de reacção é pequeno mas suficientemente significativa para evi tar o white-out. Ao mesmo tempo o nível baixo de ião cloreto minimiza a produção de cloro.
Em particular,conseguem-se os objeç tivos desta invenção por um processo de produção de dióxido de cloro por redução de um clorato de metal alcalino com um agente redutor orgânico num meio de reacção aquoso contendo um ácido forte, tal como,ãcido sulfúrico, mantendo-se o meio de reacção num aparelho gerador-evaporador-cristalizador de camara única, sob uma pressão sub-atmosférica, incluindo o processo os passos de manutenção do meio de reacção no seu ponto de ebulição a uma temperatura inferior aquela a que ocorre a decomposição essencial do dióxido de cloro para eva porar a água do meio de reacção e proporcionar uma mistura gasosa contendo vapor e dióxido de cloro; remoção da mistura gasosa do aparelho de camara única; recuperação de uma solução aquosa de dióxido de cloro, a partir da mistura removida; manutenção, essencialmente, nas condições de estado estacionário do meio da reacção, por alimentação contínua do clorato de metal alcalino, agente redutor orgânico e ácido sulfúrico ao meio de reacção para repôr os produtos químicos consumidos no passo de redução e manter uma normalidade de ácido total no meio da reacção inferior a aproximadamente 9 normal e, pelo menos, aproximadamente 2,4 normal, e uma concentração em clorato no meio da reacção compreendida entre aproximadamente 1,6 molar e a saturação; manutenção do nível do líquido no aparelho de câmara única essencialmente constante por equilíbrio da ãgua alimentada ao aparelho de câmara única com a água removida; deposição contínua do sal sulfato de metal alcalino do meio de reacção depois do meio de reacção se tornar saturado,depois do passo inicial do proces so, e remoção do sulfato de metal alcalino depositado, do aparelho de camara única; em que a concentração do ião cloreto produzido no meio de reacção origina menor concentração em cloro na mistura gasosa.
Descrição pormenorizada das formas de realização preferidas
Verificou-se que aumentando a concentração em clorato a uma dada normalidade ácida reduz-se a quantidade de cloreto no meio de reacção reduzindo assim a quantidade do sub-produto cloro. Sob determinadas condições de processo, a presença de ião cloreto acima do nível mínimo num processo tipo Solvay'1 não é necessária para se obter uma eficiência elevada de produção de dióxido de cloro a uma taxa de produção elevada. Esta descoberta é inesperada do ponto de vista histórico do papel do ião cloreto e tem aplicação comercial significativa. Na presente invenção obtêm-se taxas de produção elevadas com eficiência elevada quando a concentração em clorato no meio da reacção se mantém a um nível elevado e a normalidade ácida do meio de reacção se mantém inferior à aproximadamente 9 normal.
Este nível elevado de concentração em clorato origina um nível muito baixo de ião cloreto no meio de reacção e, assim, um nível muito baixo de cloro libertado. 0 white-out é evitado sob estas condições, uma vez que hã sempre um pequeno mas significativo nível de ião cloreto continuamente formado in situ.
Uma vez que se forma uma quantidade suficiente de ião cloreto in situ, o processo pode processar-se na ausência essencial de ião cloreto adicionado. Podem fazer-se pequenas adições de cloreto de metal alcalino ao clorato, mas deve manter-se inferior a 2% em peso com base no clorato de preferência, inferior a 1% em peso com base no clorato. Contudo, tais adições não são necessárias. A ausência essencial de ião cloreto adicionado significa que o processo pode utilizar clorato convencional, comercialmente disponível sem a necessidade de adição de sal adicional (isto é, cloreto de metal alcalino) ao processo. 0 clorato de metal alcalino convencional, (anterior â adição não convencional de sal) , contém não mais do que aproximadamente 0,5%, muitas vezes não mais do que aproximadamente 0,05% de preferência não mais do que aproximadamente 0,02%, mais preferivelmente não mais do que 0,01%, em peso, de cloreto de metal alcalino.
Um aspecto específico do processo é que a molaridade de clorato é, pelo menos, de aproximadamente 1,6 molar e pode ser igual à concentração de saturação. A concentracção de ácido do processo está compreendida entre aproximadamente 2,4 normal e aproximadamente 9 normal.
Esta invenção é aplicável a um processo, com agentes redutores orgânicos, para a redução de cloro ao ião cloreto, tais como, formaldeído, metanol, etanol, isopropanol e outros compostos orgânicos oxidáveis. Um agente redutor preferido é metanol.
Um dos factores que afecta o inter valo de concentrações em clorato é a normalidade do ácido. Para uma normalidade ácida compreendida entre aproximadamente 2,4 e aproximadamente 4,5, a concentração em clorato pode variar entre aproximadamente 2 molar e a saturação. Para normalidades ácidas compreendidas entre aproximadamente
4,5 e inferior a aproximadamente 9, a concentração em clorato pode ser tão baixa com 1,6 molar e tão elevada como a de saturação. A concentração de saturação real do clorato é uma função, inter alta, da temperatura e pressão de funcionamento e normalidade ácida e pode ser tão elevada como aproximadamente 5 molar. De preferência, mantém-se a normalidade ácida compreendida entre aproximadamente 5,5 e aproximadamente 8,5. Numa forma de realização altamente preferi da, mantém-se a normalidade ácida compreendida entre aproximadamente 5,5 e aproximadamente 6,9 e a molaridade do clorato entre aproximadamente 3 e a saturação.
Funcionando sob estas condições o processo de produção de cloro é suável e estável e insensível a flutuações na alimentação e na taxa de produção. 0 processo é assim fácil de controlar com pequenos riscos whi te-out.
Funcionando o processo sob as condições anteriores pode manter-se a quantidade de cloro formada inferior a aproximadamente 2,5% em peso do gás total libertado. De preferência escolhem-se as condições, de tal forma, que o cloro formado é inferior a aproximadamente 2,2% em peso do gás total desenvolvido, e, mais preferivelmente,
inferior aproximadamente 1,7% em peso do gás total libertado.
A uma acidez superior a aproximadamente 4,5 normal até aproximadamente 9 normal os cristais formados são sesqui-sulfato de sódio, Na3H(SO4)2 em forma de agulhas.
Estes cristais de sesquilsulfato tendem a formar aglomerados em forma de cacho que proporcionam uma massa de sal dura no filtro, aumentando o problema de rotura da massa lavada no manuseamento posterior.
A forma das agulhas depende da aci dez e as agulhas mais curtas obtidas para uma acidez baixa são separadas mais fácilmente no filtro, uma vez que, não formam uma massa no filtro tão dura como as agulhas mais com pridas obtidas para uma acidez elevada. Assim, quando a acidez se aproxima do limite inferior de 4,5 normal para a formação do sesquilsulfato, as agulhas tornam-se mais curtas e mais largas e assim mais fáceis de manusear.
É essencial uma operação de filtra ção contínua, estacionária para o sulfato de sódio precipitado para segurança do processo total de geração do dióxido de cloro. A lavagem da massa do sal é mais eficiente no caso de agulhas curtas, uma vez que, as agulhas compridas proporcionam uma massa mais heterogénea com mais canais de ãgua de lavagem. A acidez mais baixa proporciona também uma concentração em ácido sulfúrico inferior da massa de sal.
A libertação da massa de sal do filtro é muitas vezes feita com um jacto de ar ou vapor com a ajuda de uma faca ou raspador mecânicos. Neste passo a massa de sal contendo as agulhas curtas está mais solta, rompe-se e liberta-se mais fácilmente do que a massa de sal mais dura obtida para uma acidez elevada.
Obtêm-se os melhores resultados pa ra a produção de dióxido de cloro de acordo com esta invenção utilizando clorato de sódio com o clorato de metal alcalino. 0 metanol é o agente redutor preferido. É adequado funcionar num vaso de reacção sob uma pressão de 60-400 mm
Hg absolutos, de preferência, 90-200 mm Hg e a uma temperatura de 50-90eC, de preferência, de 60-752C.
As reacções de produção do C102 são favorecidas pela adição de pequenas quantidades de catalisador ao reactor. Os catalisadores activos pertencem aos grupos VB-VIII, IB, IVA e VIIA da Tabela Periódica dos Elementos. Encontraram-se as actividades mais elevadas para os compostos contendo V, Nb, Cr, Mn, Fe, Ru, Os, Co, Ni, Pd,Pt, Cu, Ag, Ge, Sn, Pb, Br ou I separados ou em combinação.
exemplo seguinte ilustra esta invenção
EXEMPLO
Funcionou-se com um gerador de dióxido de cloro de laboratório a uma taxa de produção de 180 g de Cl02/hr a uma pressão de 150 mm Hg absolutos. Alimentou-se, continuamente, uma solução de 550 gpl de NaC103 com 517 ml/hr ao gerador. Adicionou-se metanol como uma solução a 50% em peso, em ãgua, a uma velocidade de alimentação de 71 ml/hr e alimentou-se ácido sulfúrico a uma concentração de 93% em peso a uma velocidade suficiente para manter a acidez desejada.
Uma mistura gasosa de dióxido de cloro, vapor de água, cloro, ácido fórmico, e oxido de carbono e metanol e ar deixou o gerador e foi absorvida em água. Formaram-se, continuamente, cristais no gerador e descarregaram-se, periodicamente, para manter uma densidade da massa essencialmente constante dentro do gerador.
Efectuou-se uma série de experiências a diferentes normalidades ácidas e sem a adição de sal. Como se pode ver no quadro I, formaram-se pequenas quantidades de cloro. Repetiram-se os ensaios com iões cloro adicio nados de propósito ao licor de reacção. A partir do quadro II pode ver-se que a quantidade de cloro formada aumentou substancialmente.
'ί)
QUADRO 1 cloreto na clorato no cloreto no alimentação, gerador gerador Cl2/C102
Acidez (N) % em peso (M) (mM) % em peso
6,0 0,02 3,9 6,5 0,3
6,4 0,02 4,1 4,3 0,1
8,9 0,02 1,6 2,0 0,1
Q U A D R 0 2
cloreto na clorato no cloreto no
alimentação, gerador gerador ci?/cio?
Acidez (N) % em peso (M) (mM) % em peso
6,5 2,5 4,0 30 2,9
7,8 2,5 2,1 30 4,0
Esta invenção foi ilustrada pelas formas de realização preferidas atrás descritas. É de considerar contudo, que as formas de realização preferidas se apresentam a título de ilustração apenas, e não podem podem ser consideradas como limitantes desta invenção. Tais formas de realização desta invenção estão dentro do âmbito e dos pontos de vista das reivindicações em apêndice e são consideradas como parte desta invenção.

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES
    - lã Processo para a preparação de dióxido de cloro por redução de um clorato de um metal alcalino com um agente redutor orgânico num meio de reacção aquoso contendo ácido sulfúrico, sendo o referido meio de reacção mantido num aparelho gerador - evaporador - cristalizador de uma só câmara sob uma pressão sub-atmosférica, caracterizado por se manter o referido meio de reacção no seu ponto de ebulição a uma temperatura inferior àquela a que ocorre uma decomposição substâncial do dióxido de cloro para evaporar a água do meio de reacção e proporcionar uma mistura gasosa con tendo vapor e dióxido de cloro;
    se remover a mistura gasosa desse aparelho de câmara única, recuperando-se uma solução aquosa de dióxido de cloro a partir da mistura removida;
    se manter condições práticamente estáveis no referido meio de reacção por alimentação contínua de um clorato de um metal alcalino numa quantidade inferior a 2% em peso de clorato, um agente redutor orgânico e ácido sulfúrico a esse meio de reacção para produzir os produtos químicos consumidos nesse passo de redução e para se manter uma normalidade ácida total no meio de reacção inferior a cerca de 9 N e pelo menos cerca de 2,4 N e uma concentração de clorato compreendida aproximadamente entre 1,6 molar e a saturação;
    se manter o nível do líquido, no referido aparelho de câmara única, praticamente constante equilibrando a ãgua de alimentação desse aparelho de câmara única com a água daí removida; se depositar continuamente um sulfato de um metal alcalino proveniente do referido meio de reação depois de este se tornar saturado após o arranque inicial do processo e se remover o referido sal de metal alcalino depositado, retirando-o do aparelho de câmara única;
    em que a reduzida concentração do ião cloreto no meio de reacção origina uma menor concentração do cloro na mistura gasosa.
    _ 2§ Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a normalidade ácida estar compreendida aproximadamente entre 4,5 e 9 N e por a concentração do cloreto estar compreendida aproximadamente entre
    1,6 M e a saturação.
    _ 3a _
    Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a normalidade ácida estar compreendida aproximadamente entre 4,5 e 9 N, a concentração do clorato estar compreendida aproximadamente entre 1,6 M e a saturação e por o agente de redução ser o metanol.
    - 4a Processo de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de o cloreto de metal alcalino ser o cloreto de sódio e ser adicionado numa quantidade inferior a 1% em peso tornando como base o clorato de metal alcalino.
    _ 5a _
    Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo facto de a redução do clorato ser efectuada praticamente na ausência dos iões cloreto adicionados.
    - 63 Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo facto de o metal alcalino ser o clorato de sódio.
    - 73 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a quantidade de cloro libertado ser inferior a 2,5% em peso do gás total libertado.
    - 83 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a quantidade de cloro libertado ser inferior a 1,7% em peso do gás total libertado.
    - 93 j Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2 e 3, caracterizado pelo facto de o sal sulfato de um metal alcalino ser o sesquissulfato de um metal alcalino.
    - 103 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a normalidade ácida estar compreendida aproximadamente entre 2,4 e 4,5 N, a concentração do clorato estar compreendida aproximadamente entre 2 M e a saturação e em que o sal sulfato de um metal alcalino é um sal neutro.
    - 113 * Processo de acordo com qualquer das • reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado pelo facto de a norma15
    1idade ácida no meio de reacção estar compreendida aproximadamente entre 5,5 e 8,5 N, e por a concentração do clorato estar compreendida aproximadamente entre 2 M e a saturação.
    - 12§ Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado pelo facto de a normalidade ácida estar compreendida aproximadamente entre 5,5 e 6,9 N, e por a concentração do clorato estar compreendida aproximadamente entre 3 M e a saturação.
    - 13ã Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o agente de redução ser seleccionado entre o grupo constituído por formaldeído, metanol, etanol, isopropanol e outros compostos orgânicos oxidáveis.
    - 14 a Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado pelo facto de se utilizar um catalisador seleccionado entre o grupo constituído pelos elementos dos Grupos VB-VIII, IB, IVA e VIIA da Tabela Periódica dos Elementos.
    - 15§ Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo facto de o catalisador ser seleccionado entre o grupo constituído por V,N6, Cr, Mu, Fe, Ru, Os, Co, Ni, Pd, Pt, Cu, Ag, Ge, Sn, Pb, Br, I e suas combinações.
    - 15^ Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado pelo facto de a pressão absoluta no vaso de reacção estar compreendida aproximadamente entre 7998 Pa (40 mm Hg) e 53320 Pa e (400 mm Hg) e por a temperatura do meio de reacção estar compreendida aproximadamente entre 50 sc e 90SC.
    A requerente reivindica as prioridades do pedido de patente norte-americano apresentado em 5 de Março de 1990, sob o número de série 07/486,122 e do pedido de patente Sueco apresentado em 9 de Março de 1990 sob ο Ne. 9000834-3.
    Lisboa, 8 de Janeiro de 1991
PT96439A 1990-03-05 1991-01-08 Processo para a preparacao de dioxido de cloro PT96439B (pt)

Applications Claiming Priority (2)

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US07/486,122 US5770171A (en) 1990-03-05 1990-03-05 Process for production of chlorine dioxide
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