PT944491E

PT944491E - Ligacao flexivel de estiva para uma estrutura de suporte para cada uma das rodas de um veiculo de transporte rodoviario colocada sobre um meio de transporte

Info

Publication number: PT944491E
Application number: PT97951281T
Authority: PT
Inventors: Jean-Luc Andre
Original assignee: Lohr Ind
Priority date: 1996-12-10
Filing date: 1997-12-09
Publication date: 2002-01-30
Also published as: ES2161480T3; RU2188771C2; WO1998025795A1; KR20000057464A; US6171037B1; FR2756791A1; ATE203217T1; EP0944491A1; CA2274159A1; CN1239921A; FR2756791B1; DE69705740D1; EP0944491B1; CN1102510C; DE69705740T2; TR199901271T2

Description

87 210

ΕΡ 0 944 491/PT

DESCRIÇÃO “Ligação flexível de estiva para uma estrutura de suporte para cada uma das rodas de um veículo de transporte rodoviário, colocada sobre um meio de transporte” A invenção diz respeito a uma cinta de estiva para a imobilização de uma roda de um veículo de transporte rodoviário sobre uma estrutura de suporte durante o seu deslocamento. Já se conhecem várias modalidades de cintas de estiva previstas para o mesmo fim de imobilização de um veículo através das suas rodas sobre uma estrutura de suporte.

Trata-se, em primeiro lugar, de cintas clássicas apresentando estruturas de bloqueio directamente na face de baixo. A utilização destas cintas foi caindo em desuso devido ao facto das deteriorações que as mesmas podem ocasionar à banda de rolamento do pneu.

Quando se coloca a cinta sob tensão, as estruturas de bloqueio raspam sobre o pneu e vão estragá-lo.

Depois conhecem-se as cintas de estiva com patins. A cinta aplica-se sobre o pneu por intermédio de vários patins antiderrapantes cujas faces de baixo estão conformadas em estruturas de bloqueio. A cinta desliza sobre a face superior lisa plana dos patins quando se colocam sob tensão.

Quando se dão estes movimentos, os patins ficam imóveis e com isso suprimiu-se o inconveniente principal das primeiras cintas, em que se corria o risco de deteriorar o pneu através do deslocamento forçado das estruturas de bloqueio, sob o efeito de uma força de pressão.

Estas últimas cintas não estão no entanto completamente livres de inconvenientes. Com efeito, a presença dos patins toma o assentamento da cinta mais difícil porque para os colocar na posição correcta é necessário a utilização de duas mãos. Ora, o bom assentamento dos patins é essencial porque se os mesmos estiverem mal colocados os mesmos correm o risco de já não assegurarem a sua função.

Para mais, a força de apoio dos patins proveniente da tensão da cinta provoca uma incrustação vertical do patim que, sobre certos pneus com sulcos sobressaídos, corre o risco 2 87 210

ΕΡ 0 944 491/PT de danificar os relevos vizinhos provocando no pneu defeitos de regularidade geométrica. Estas deteriorações podem ocasionar vibrações difíceis, por vezes mesmo impossíveis de suprimir.

Ora, tratando-se na maior parte dos casos de rodas para viaturas novas, e em alguns casos de demonstração, estes inconvenientes vão ter consequências negativas sobre o bom nome da marca no espírito do consumidor. A invenção descrita na patente americana US 5 108 237 ZANKICH diz respeito a uma cinta de estiva que inclui elementos transversais de apoio sobre o pneu, do género de patins. Estes elementos transversais são montados livres em deslize ao longo da cinta entre dois batentes.

Estes batentes limitam para cada patim uma extensão de deslizamento cujo valor está em relação com a extensão de deslocamento da cinta entre o assentamento sobre o pneu e o fim da colocação sob tensão quando da estiva. O objectivo desta invenção consiste em realizar um apoio fixo sobre o pneu, ao mesmo tempo que é permitido o deslocamento quando da acção de colocar sob tensão a cinta em volta do pneu.

Esta solução necessita do emprego de patins conformados na face de baixo de acordo com os relevos de suporte, por exemplo, em forma de pontas situadas na zona média desta face de baixo.

Por outro lado, o contacto de apoio é fixo e bem determinado no que diz respeito à sua disposição, logo que se faz o assentamento da cinta. Este contacto de apoio não pode portanto mexer-se e por isso o assentamento da cinta necessita de um cuidado particular para evitar que um dos relevos da face de baixo de um patim se vá encontrar em frente de uma cavidade do sulco do pneu. A invenção tem como objectivo suprimir o conjunto dos inconvenientes atrás descritos.

Para este efeito, a mesma diz respeito a uma ligação flexível de estiva para uma estrutura de suporte de um meio de transporte para cada uma das rodas de um veículo de transporte rodoviário, ligação que é composta de uma cinta incluindo estruturas de imobilização cm contacto dc apoio com a banda de rolamento do pneu, e estando estendida 3 87 210 ΕΡ 0 944 491/ΡΤ entre dois pontos fixos para suportar sobre o pneu, forçando em apoio, as estruturas de imobilização contra o pneu, caracterizada por as estruturas de imobilização serem elementos transversais de apoio suportados e mantidos de modo paralelo entre si e livres em movimento de rotação sobre si mesmos pela cinta, estando as extremidades dos elementos transversais de apoio sobressaídos transversalmente de um lado e do outro da cinta, estando estes elementos transversais em contacto de apoio com a banda de rolamento do pneu através das suas extremidades que estão sobressaídos transversalmente de um lado e do outro da cinta. A maior parte das numerosas vantagens da invenção podem ser enunciadas como se segue: - é suprimida toda a deterioração ou deformação do pneu devida a uma colocação em apoio efectuada por rolamento dos elementos de apoio sobre si próprios; - o assentamento da cinta não requer nenhuma habilidade em particular. As fases de colocar e de por sob tensão são simples, rápidas e podem ser efectuadas com uma só mão; - as formas dos elementos de apoio são simples de realizar e as características mecânicas de uma matéria plástica de base são suficientes para transmitir sem perigo a força de apoio necessária; - as estruturas de apoio podem ser movidas, permitindo a mudança da peça no caso de deterioração ou de a substituir por uma forma diferente apropriada a pneus especiais ou com outros usos; - a flexão da haste dos elementos transversais de apoio sob o efeito da tensão da cinta melhora a suspensão lateral; - a constituição da cinta com duas bandas permite à banda superior aguentar sozinha a tensão.

Outras características e vantagens da invenção vão aparecer na descrição que se segue, dada a título de exemplo e acompanhada dos desenhos que representam: - na fig. 1: uma vista em perspectiva mostrando a cinta no seu lugar e estendida sobre o pneu de uma roda; - na fig. 2: uma vista de perfil de uma estiva tipo de uma roda de um veículo de transporte rodoviário; - na fig. 3: uma vista em perspectiva do conjunto da cinta com os seus pontos de fixação; 4 87 210

ΒΡ 0 944 491/PT - nas figs. 4 e 5: vistas de detalhe em perspectiva ampliada de uma parte da cinta que corresponde a um grupo de elementos transversais de apoio, respectivamente da face interior e da face exterior da cinta; - na fig. 6: uma vista de perfil da parte expandida que corresponde às figs. 4 e 5; - na fíg. 7: um corte esquemático transversal da cinta sob tensão sobre um pneu, através de um elemento transversal de apoio. A cinta 1, de acordo com a invenção, é uma ligação flexível 2, por exemplo uma banda 3 dobrada ou localmente dobrada feita de matéria têxtil, destinada a estivar uma roda 4 de um veículo por apoio de imobilização sobre o seu pneu 5 que apresenta uma banda de rolamento 6 tendo em vista uma ajuda à manutenção do veículo sobre uma estrutura de suporte 7 de um meio de transporte. A título de exemplo, a estrutura de suporte apresenta um plano de suporte ou uma estrutura de suporte 8 em chapa perfurada 9 plana ou conformada em onda quadrada ou rectangular. A chapa perfurada 9 comporta sobre a sua ou sobre as suas faces de suporte de perfurações oblongas tais como 10 com bordos 11 cheios ou levantados, dispostas em camadas lineares e utilizados como pontos de amarração para as peças de fixação ou de amarração das extremidades da cinta ou para o elemento intermediário de retomo.

As peças de fixação 12, 13 das extremidades da cinta são realizadas por exemplo sob a forma de um gancho metálico em que cada extremidade encurvada 14 vem se alojar numa perfuração 10 da estrutura de suporte 7 e cuja outra extremidade apresenta uma parte transversal 15 sobre a qual a extremidade da cinta é montada de modo articulado por intermédio por exemplo de uma fivela de retomo de extremidade 16,17. A título de variante, pode pensar-se em substituir o primeiro ou os dois ganchos da extremidade por um maciço de retenção 18 (fig. 3) de secção idêntica à forma das perfurações mas de dimensões ligeiramente inferiores de maneira a poder vir introduzir-se na abertura da perfuração e após um quarto de volta constituir um ponto de fixação. O maciço de retenção 18 está ligado, de uma maneira articulada, a uma haste de ligação 19 prolongada por uma extremidade triangular 20 na qual passa a fivela 16 da extremidade da cinta.

Como está representado nas figs. 2 e 3, este tipo de fixação será de preferência utilizado para a primeira extremidade da cinta situada sobre a parte direita destas figuras. 5 87 210

ΕΡ 0 944 491/PT A cinta comporta sobre a sua parte terminal, oposta à sua primeira extremidade, um dispositivo manual para colocação sob tensão, por exemplo um detentor 21 com um punho de manobra 22.

Esta mesma parte terminal é rebatida para baixo e contra o pneu através de um anel de retomo 23 fixo por um gancho 24 numa perfuração 9 adjacente e sobre o qual desliza a cinta, com o objectivo de que a parte terminal no sentido da segunda extremidade apresente uma configuração em linha quebrada, rebatida para baixo e passando o mais perto possível do pneu, permitindo à cinta ficar em contacto com o pneu num maior comprimento possível (fig· 2).

Tendo em vista melhorar a imobilização do pneu, a cinta de acordo com a invenção comporta sobre o seu comprimento útil um ou vários grupos 25 que comportam cada um dos mesmos uma variedade de elementos transversais de apoio tais como 26, mantidos paralelos e ligados entre si pela cinta especialmente colocada a direito relativamente a estes elementos transversais de apoio como veremos de seguida.

Estes últimos podem ter várias formas técnicas e ser mantidos pela cinta de diferentes maneiras. A forma representada sobre os desenhos constitui a variante preferida.

Trata-se de elementos rectilíneos com a forma geral de rolo, com a parte central em forma de haste 27 terminada em cada um dos lados por extremidades idênticas alargadas 28, 29 que apresentam uma estrutura cilíndrica mono anelar ou de múltiplos anéis (x), por exemplo dois ou três 30, 31, 32 de diâmetro superior ao diâmetro da parte central conformada em haste.

Esta conformação faz com que os elementos transversais de apoio tenham um aspecto geral com a forma de um haltere.

Esta estrutura anelar permite realizar em cada um dos lados de cada rolo uma zona de suporte segundo um apoio simples ou múltiplo por um ou vários tirantes de contacto paralelos e longitudinais ao nível de cada uma das extremidades alargadas 28, 29.

Esta sucessão paralela de estrias anulares que formam as extremidades dos rolos assegura uma melhor aderência lateral da cinta sobre o pneu em relação aos esforços laterais aos quais é submetida a carga transportada, por exemplo nas curvas. As formas arredondadas

87 210 ΕΡ 0 944 491/ΡΤ 6 da periferia e da secção de cada uma das extremidades alargadas 28, 29 dos rolos ocasionam uma pressão de contacto por rolamento quando se coloca sob tensão a cinta. Pode-se desta maneira evitar qualquer golpe no pneu ou deformação dos seus sulcos e melhorar o contacto de imobilização.

Ao invés de rasparem sobre a banda de rolamento ou de se encontrarem apertados num único sítio contra o pneu, os elementos transversais de apoio 26 asseguram a função de rolete de pressão que se vão apertando progressivamente contra o pneu durante o seu movimento de deslocamento - rolamento, como resultado da colocação sob tensão da cinta.

Assim, nenhuma outra deterioração adicional por deslize ou fricção se pode produzir.

Os elementos transversais de apoio 26 podem ser agrupados em vários conjuntos repetitivos 25 com um intervalo constante 33 entre si ou apresentarem-se através de uma continuação regular com intervalos constantes em todo o comprimento útil da cinta.

Por necessidades específicas, pode proporcionar-se a variação do intervalo 33 entre os elementos transversais de apoio, por exemplo, um pequeno intervalo na parte central e um intervalo maior nas extremidades do comprimento útil da cinta.

De uma maneira preferencial, a cinta é constituída por duas bandas sobrepostas feitas, por exemplo, de matéria têxtil, unidas uma sobre a outra e fixas uma à outra através, por exemplo, de costura. Distingue-se uma banda superior de tensão 34 e uma banda inferior de manutenção 35 dos elementos transversais de apoio 26. A banda inferior de manutenção 35 pode ser contínua em toda a largura da banda superior de tensão 34 ou existir unicamente nas zonas em que estão presentes os elementos transversais de apoio 26 ou mesmo não existir senão por troços na vizinhança de cada um dos elementos transversais de apoio. A manutenção é assegurada por uma fivela, tal como 36, de banda ou de uma porção inferior da banda que vem envolver parcialmente a haste 27 de cada elemento transversal de apoio 26, sendo a outra parte da haste 27 coberta pela banda superior de tensão 34.

Para melhorar a manutenção dos elementos transversais de apoio 26, cada fivela 36 que contém um elemento transversal de apoio é delimitada por duas costuras transversais paralelas ao longo da parte central em haste 27 de um lado e do outro da mesma. 7 ΕΡ ο 944 491/ΡΤ

Assim, os elementos transversais de apoio 26 estão sempre situados sob a banda superior de tensão 34, o que permite um melhor trabalho de suporte e de apoio desta banda superior. A fig. 7 mostra o trabalho de flexão da haste 27 de cada elemento transversal de apoio 26 e o ligeiro movimento de afastamento na direcção oblíqua das suas extremidades 28, 29, quando estes elementos são submetidos a uma força de apoio proveniente da colocação sob tensão da cinta.

Devido à plasticidade da matéria com a qual são formados os elementos transversais de apoio 26, estes vão deformar-se da maneira representada na fig. 7. A flexão da haste 27 vai reflectir-se como uma força de apoio sobre o pneu através da banda inferior de manutenção 35 e a deformação em afastamento oblíquo das extremidades 28, 29 permitirá melhorar a base do conjunto.

Os pontos de contacto localizados correspondentes ao nível da haste 27 e das extremidades dos elementos transversais de apoio, aumentarão a superfície de contacto com o pneu, o que terá por efeito melhorar o suporte lateral.

Por LOHR INDUSTRIE - O AGENTE OFICIAL -

Claims

87 210 ' ΕΡ 0 944 491/ΡΤ 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Ligação flexível (2) de estiva para uma estrutura de suporte (7) de um veículo para transporte rodoviário para pelo menos uma das suas rodas (4), ligação que é composta por uma cinta (1) com estruturas de imobilização sob a forma de elementos transversais (26) à superfície de contacto de apoio com a banda de rolamento (6) do pneu (5) que equipa a roda (4), projectando-se transversalmente as extremidades (28, 29) destes elementos transversais (26) de um lado e do outro da cinta (1) que está estendida entre dois pontos fixos, para suportar sobre o pneu (5), forçando em apoio as estruturas de imobilização contra o pneu (5), caracterizada por: - os elementos transversais de apoio (26) suportados pela cinta (1) serem livres em movimento de rotação sobre si mesmos e suportando pelas suas extremidades (28, 29) em contacto de apoio sobre o pneu (5); - estes elementos transversais de apoio (26) estarem em contacto de apoio com a banda de rolamento do pneu através das suas extremidades (28, 29) que sobressaem transversalmente de um lado e do outro da cinta.
2. Ligação de estiva de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a parte central dos elementos transversais de apoio (26) ser em linha recta e cilíndrica em forma de haste (27), e por as extremidades (28, 29) que sobressaem transversalmente serem de forma geral cilíndrica e de secção superior à da parte central.
3. Ligação de estiva de acordo com a reivindicação precedente, caracterizada por as extremidades (28, 29) serem idênticas.
4. Ligação de estiva de acordo com a reivindicação precedente, caracterizada por as extremidades (28, 29) estarem conformadas em estruturas anelares.
5. Ligação de estiva de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por os elementos transversais de apoio (26) serem mantidos paralelos entre si pela cinta (1).
6. Ligação de estiva de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada por a cinta ser formada por duas bandas, uma banda superior de tensão (34) e uma banda inferior de manutenção (35) envolvendo as hastes (27) dos elementos de manutenção (26) numa parte da sua superfície lateral por uma fivela (36), sendo a outra parte coberta pela banda superior de tensão (34). 87 210 ΕΡ 0 944 491/ΡΤ 2/2
7. Ligação de estiva de acordo com a reivindicação precedente, caracterizada por a banda inferior de manutenção (35) ser unida sobre a banda superior de tensão (34) na vizinhança dos elementos transversais de apoio (26).
8. Ligação de estiva de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por os elementos transversais de apoio (26) estarem repartidos em vários grupos (25), no interior dos quais os mesmos estão dispostos em intervalos constantes uns dos outros.
9. Ligação de estiva de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes de 1 a 7, caracterizada por os elementos transversais de apoio (26) estarem repartidos uniformemente sobre todo o comprimento útil da cinta (1). Lisboa, Por LOHR INDUSTRIE - O AGENTE OFICIAL -

AMÍÓNIO JOÃO DA» CUNHA FERREI RA Ag. Of. Pr. Ind. Rua das Flores, 74-4,° 1200*195 LISBOA