PT92089B

PT92089B - Estrutura absorvente

Info

Publication number: PT92089B
Application number: PT92089A
Authority: PT
Inventors: Frank S Glaug; William B Mattingly Iii
Original assignee: Mcneil Ppc Inc
Priority date: 1988-10-24
Filing date: 1989-10-24
Publication date: 1995-08-09
Also published as: ATE149087T1; PT92089A; JPH02257951A; AU631380B2; AR242900A1; ZA898059B; GR1001048B; CA2001370A1; IE893435L; EP0366079A3; ES2098224T3; DE68927793T2; ZW13289A1; IE78011B1; DE68927793D1; CN1043258A; NZ231115A; MY110013A; CA2001370C; AU4370689A

Description

DESCRIÇÃO

Antecedentes da Invenção

A presente invenção refere-se a um produto para absorver fluidos do corpo. Mais particularmente, esta invenção refere- se a um enchimento absorvente para utilização em produtos tais como pensos higiénicos, revestimentos de cuecas, fraldas e análogos.

Em geral, tais produtos incluem uma ou várias camadas de um núcleo de material hidrofílico tal como polpa de madeira, raion, tecido ou análogos. 0 material hidrofílico, geralmente na forma fibrosa, ê proporcionado como um enchimento possuindo uma forma rectangular ou oblonga ou, em alguns casos, uma forma concebida para se ajustar mais adequadamente à anatomia do utilizador. Tais produtos podem também ser concebidos dé forma a terem asas ou abas, que se estendem transversalmente a partir do produto e que servem para proteger as cuecas do utilizador de ficarem manchadas devido à tendência dos fluidos do corpo se escoarem para os lados do toalhete.

Normalmente proporciona-se o enchimento com um revestimento envolvente permeável aos fluidos do corpo no lado do enchimento que está colocado junto ao corpo e impermeável a tais fluidos no lado oposto ao corpo. 0 objectivo de um tal invólucro impermeável aos fluidos do corpo é, naturalmente, proteger o vestuário do utilizador de se manchar e humedecer.

Regra geral, tais produtos têm desempenhado satisfatoriamente a sua função de absorverem e reterem os fluidos do corpo

e de evitarem manchar e humedecer o vestuário do utilizador. Quando o produto é colocado adequadamente e retido pelo utilizador na posição pretendida, o fluido do corpo dirige-se para o centro ou para próximo do centro do produto e distribui-se, por intermédio de escoamento do líquido, radialmente a partir do ponto de deposição através do meio absorvente. Contudo, algumas vezes o produto é mal colocado, ou fica saturado com a utilização. Além disso, a largura do produto é gerelmente muito mais pequena do que o comprimento do produto. Depois de atingir a superfície do produto, o fluido distribui-se de forma aproximadamente igual em todas as direcçães a partir do ponto de deposição. Assim, tende a atingir os lados longitudinais do produto antes de se dirigir para as extremidades do produto, originando, potencialmente, manchas nos lados antes de ser utilizada toda a capacidade absorvente do produto.

Por vezes, o fluido do corpo atinge o enchimento fora do centro e mais proximo das extremidades periféricas do enchimento. Se o fluido do corpo atinge o enchimento fora do centro, o fluido tende a escoar-se em direcção ao lado que está mais próximo do ponto onde o fluido atinge o enchimento e origina uma deficiência isto é, o flui do do corpo mancha e humedece as roupas do utilizador. Tais deficiências são conhecidas como deficiências laterais.

Têm sido feitos esforços no sentido de dirigir o fluxo numa direcção longitudinal a fim de proporcionar meios para saturar o toalhete longitudinalmente, e não lateralmente. Por exemplo, a Patente Norte Americana No. 4·524·474 (Svensson) descreve um enchimento de absorção para protecção de uma cama que inclui uma camada inferior de material impermeável a líquidos e uma camada superior de material absorvente de líquidos laminada na camada inferior. A camada absorvente de líquidos está impregnada com cordães ou filamentos de um agente resistente a líquidos que não endurece o enchimento. Os cordães formam uma estrutura semelhante a uma grade para definir compartimentos entre os cordães em toda a área do enchimento de absorção. Contudo, uma estrutura semelhante a uma grade não é eficaz num penso higiénico ou produto análogo devido a que uma tal estrutura não efectua uma saturação longitudinal sem favorecer uma saturação lateral. Além disso, os cordães ou filamentos não evitam a infiltração excessiva através do material absorvente.

A Patente Canadiana No. 8θ3·531 (Ruffo) descreve um enchimento com um invólucro à prova de humidade que é ondulado numa série de estria9 e sulcos alternadas, paralelas que se estendem no sentido do comprimento do toalhete.

Este invólucro à prova de humidade ê colocado por baixo da camada absorvente e actua como uma série de canais para conduzir o fluido do corpo ao longo do eixo longitudinal. Contudo, este invólucro à prova de humidade aparece apenas na parte inferior de uma camada absorvente fibrosa, permitindo assim que o fluido do corpo continue a fluir ao longo do eixo transversal do material absorvente e sobre os lados do toalhete.

A Patente Norte Americana No. 3·954·1Ο7 (Chesky et al.) descreve um produto absorvente com partes laterais que definem um canal, que se desenvolve longitudinalmente, adjacente ao ponto médio lateral do enchimento, separando-se as partes laterais durante a utilização para expor uma área aumentada do conjunto do enchimento. Contudo, este tipo de conjunto pode mostrar-se ineficaz durante a utilização, ume vez que foi concebido para se separar e falha se permanecer integrado.

E também provável que este enchimento se deforme, o que aumenta a probabilidade de deficiência do produto.

E, assim, um objectivo deste invenção proporcionar um produto absorvente susceptível de controlar e dirigir o fluxo de fluidos do corpo de forma a evitar deficiências nos lados e/ou extremidades do produto absorvente.

Assim, é um objectivo desta invenção proporcionar um produto absorvente que seja susceptível de dirigir os fluidos do corpo de forma a fluirem em direcçães longitudinais ao mesmo tempo que impede essencialmente o fluxo desse fluido do corpo em direcçftes transversais.

Outro objectivo desta invenção é proporcionar um produto absorvente que essencialmente evite deficiências laterais.

Ê ainda outro objectivo desta invenção proporcionar um produto absorvente que possa ficar bastante saturado com fluido do corpo sem a ocorrência de deficiências laterais.

Outro objectivo desta invenção é proporcionar um produto de protecção higiénica que torne eficiente a utilização da capacidade absorvente do seu elemento absorvente.

E ainda um objectivo desta invenção proporcionar um produto de protecção higiénica, em compartimentos que mantenham essencialmente a sua integridade estrutural durante a utilização.

Sumário da Invenção

De acordo com os princípios da presente invenção, proporciona-se um produto absorvente possuindo meios para dirigir o fluxo de fluido essencialmente ao longo da direcção longitudinal do produto e para limitar ou evitar essencialmente deficiências laterais, evitando esseneialmente o fluxo de fluido através do eixo transversal do produto. No produto absorvente desta invenção, proporcionam-se dois ou vários canais, ou compartimentos, dentro de um elemento absorvente que actuam para separar o elemento absorvente numa pluralidade de áreas absorventes longitudinais separadas ao longo do eixo longitudinal do elemento absorvente.

As áreas absorventes são separadas pelas áreas repelentes de fluidos. Estas áreas repelentes de fluido podem ser formadas pela camada barreira à humidade, a qual pode ser moldada em canais em forma de U. Alternativámente, as áreas repelentes de fluido podem ser formadas de material repelente de fluido tal como fibras repelentes de fluido, trama de fibras, tecido repelente, espumas poliméricas ou películas polimêricas colocadas ao longo do eixo longitudinal do elemento absorvente. As áreas repelentes de fluidos podem incluir um material relativamente hidrofóbico, ou repelente de fluido, invólucro, ou barreira de fluido. Quando um compartimento fica saturado com o fluido do corpo, o fluido escoa-se para o compartimento adjacente.

Podem colocar-se materiais absorventes, tais como fibra de celulose, polpa de madeira, raiom, musgo de turfa, polpa misturada com superabsorvente e análogos, nos canais para proporcionar capacidade absorvente. Pode xevestir-se o elemento absorvente com um material de revestimento fibroso, tal como uma estrutura não-tecida que ajuda a transferência do fluido do corpo para o elemento absorvente. Pode

também, utilizar-se para esta função um invólucro limpo, seco feito de película polimérica perfurada ou fibra tratada com repelente, o qual é hidrofóbico e permeável aos fluidos. Por exemplo, pode utilizar-se uma película perfurada feita de acordo com os preceitos da Patente Norte Americana No. 4*690.679 (Mattingly et al.). De preferência, pode ligar-se uma camada de material hidrofílico, ou não-tecido humectante ao invólucro limpo e seco para melhorar a capacidade de escoamento do referido invólucro.

Descrição Pormenorizada das Formas Preferidas de Realização

A Figura 1 representa uma vista da secção transversal de um penso higiénico 100 feito de acordo com os princípios desta invenção. Proporciona-se o penso higiénico 100 com um elemento absorvente 110 localizado no centro e possuindo, em geral, extremidades 120 e 125 que se desenvolvem longitudinalmente e extremidades 130 e 135 que se desenvolvem transversalmente. 0 penso higiénico 100 possui um lado 105 voltado para o vestuário e um lado 107 voltado para o corpo. 0 elemento 110 é constituído por uma pluralidade de compartimentos 115 que se desenvolvem ao longo do eixo longitudinal do penso. Os compartimentos 115 são formados por barreiras repelentes de fluidos 140.

A barreira repelente de fluidos 140 pode formar-se noa referidos meios de separação de compartimentos pela adesão da barreira, em posição, com o adesivo ligante 150 entre os espaços verticais e prendendo depois a barreira repelente 140. A barreira repelente 140 pode ser feita de qualquer película polimérica tal como polietileno, polipropileno, poli-uretano ou celofane, ou pode ser de um material normalmente permeável a fluidos que foi tratado para ser impermeável, tal como um papel repelente de fluidos ou papel tratado com silicone, tecidos tratados com repelentes, tecidos revestidos, veículos superabsorventes, películas micro-porosas ou películas poliméricas perfuradas. A barreira pode também ser feita de tramas de fibras contendo fibras repelentes de fluidos.

Numa forma de realização preferencial, a barreira repelente pode ser uma película co-extrudida de polímero polietileno/vi_ nil-acetato de etilo (PE/EVA). Pode aquecer-se esta película para activar 0 EVA e depois prendê-la com o lado EVA voltado para 0 lado do toa- 5 lhete voltado para o vestuário. A estrutura adere na forma presa, formando assim compartimentos sem se utilizar adesivo.

adesivo ligante 150 aplica-ae também à superfície 107 da barreira repelente voltada para o corpo com a finalidade de contactar e aderir ao material absorvente colocado nos compartimentos.

Podem utilizar-se outros materiais diferentes das barreiras de película polimérica e revestimentos não tecidos repelentes, para formar compartimentos nos produtos absorventes desta invenção. Por exemplo, pode colocar-se entre os compartimentos uma tira de inserção de fibras ocas ligadas de 27,Og/m2 Hollofil (* uma Marca Registada de E.I. du Pont de Nemours). A transferência de fluido ê então controlada pela densidade e espessura das inserções Hollofil . Nesta forma de realização, no lado do elemento absorvente voltado para o vestuário deve colocar-se uma barreira à prova de humidade. Outros materiais adequados como barreiras repelentes de fluidos incluem espumas de células abertas (por exemplo, poliuretano), espumas de células fechadas e películas microporosas.

Pode formar-se a barreira repelente de fluido 140 num compartimento central em forma de U e podem adicionar-se uma ou várias barreiras adicionais que se formam em compartimentos em forma de U maiores, os quais se alinham concentricamente e se arranjam de tal modo que se formam compartimentos adicionais entre os lados dos Us_o Numa tal configuração os U maiores formam uma barreira impermeável no lado do enchimento voltado para o vestuário.

adesivo ligante 150 pode, ser qualquer um de um grande número de adesivos fundidos a quente de colagem sensíveis à pressão, adesivos termo-curados, adesivos de colagem a frio ou análogos que estão comercialmente disponíveis, incluindo terc-polímeros de bloco estireno (etileno) butileno/estireno (SEBS), copolímeros estireno-isopreno - estireno e análogos. Os exemplos de adesivos fundidos a quente adequados como adesivos ligantes nos produtos desta invenção são» Fuller HM-335O-C, disponível de II. B. Fuller Co_o, adesivo fundido a quente contendo polipropileno amorfo e agentes de viscosidade hidrocarbonetos ( viscosidade 3800^ 950 cps a 149°C, densidade O,88g de gelo a 21°C, gama de amaciamento 1060°C - 7°C, temperatura do aplicador de 135°C a l63°C).

Eastobond A 337S (disponível de Eastman Chemical Products, Inc,), possuindo uma base amorfa de polipropileno revestida com polietileno para facilitar o manuseamento (viscosidade 150c£ 400 cps a 177°C, densidade 0,90 - 0,01 g/cm3 a 23°C, gama de amaciamento 98°C - 11°C _ - 1°C e temperatura do aplicador 135°C - l63°C)| National Starch 5432-119-1 (disponível de National Starch & Chemical Corp.), possuindo uma viscosidade de 2135 cps a 149°C, um ponto de amaciamento de 60°C e uma temperatura do aplicador de 121°C - 177°C} e análogos. São também adequados os adesivos de colagem a frio com base em acetato de polivinilo. 0 adesivo ligante pode aplicar-se na forma de linhas, aspersftes, marcas, quadrados longitudinais, linhas transversais ou qualquer outra configuração adequada.

material absorvente de elevada densidade l60 pode colocar-se na parte inferior de cada compartimento 115 para proporcionar um reservatório para reter o fluido, do corpo absorvido. 0 material absorvente de elevada densidade lóO que pode conter material superabsorvente ou musgo de turfa ou material semelhante para ajudar na absorção pode ser um cartão de polpa de madeira densifiçado, uma mistura de polpa densificada-polietileno, tecido altamente absorvente impregnado com superabsorvente, cartão ou cartão de felpa de polpa que foi prensado para ficar mais flexível} uma camada fibrosa, absorvente, porosa, compactada, densificada possuindo um material hidro-coloide particulado nela distribuido tal como descrito na Patente Norte Americana No. 4.217.9OI, publicada em 19 de Agosto de 1980 (Bradstreet et al.) ou análogos. 0 material absorvente de baixa densidade 165 tal como fibras de celulose, polpa de madeira, misturas de polpa/poliester ou análogos, coloca-se em cada compartimento 115 junto ao lado 107 do penso voltado para o corpo para escoar o fluido do corpo para fora da superfície do penso.

material absorvente de baixa densidade 165 pode aer fibras de celulose de baixa densidade livremente associadas, por exemplo, felpa de polpa de madeira, celulose regenerada, fibras de algodão ou fibras bicomponentes fundíveis possuindo um núcleo exterior que funde a temperaturas relativamente baixas e um núcleo interior que funde a temperaturas elevadas. Tais fibras podem ser química ou fisicamente modificadas e os elementos absorventes podem incluir essas fibras em

combinação com outros materiais, naturais e sintéticos, tais como espumas hidrofílicas, polímeros hidrofílicos ou análogos. A polpa de madeirs é frequentemente o material escolhido, principalmente devido ao seu baixo custo e devido a estar facilmente disponível.

invólucro 170 envolve o elemento absorvente no lado do penso voltado para o corpo e envolve as extremidades longitudinais do elemento absorvente e parcialmente sob a barreira repelente. Alternativamente, o invólucro 170 pode envolver todo o elemento absorvente de forma a encerrá-lo completamente. 0 invólucro 170 pode também ser dobrado entre os compartimentos para formar barreiras, como mostrado na Figura 6. 0 invólucro 170 pode ser de qualquer dos materiais de revestimento bem conhecidos utilizados em produtos de protecçào higiénica, incluindo, por exemplo, estruturas nao tecidas de celulose, celulose regenerada, poliester ou outros polímeros sintéticos. Adicionalmente, podem também utilizar-se películas poliméricas ou películas possuindo orifícios para tornar os materiais permeáveis aos fluidos. Um material de invólucro ê um tecido contendo uma mistura de polpa e fibras fundíveis tais como fibras conjugadas ligadas a quente de poliester/polietileno.

adesivo de laninação l80, que pode ser um adesivo fundido a quente, é colocado ao longo das linhas longitudinais por baixo da barreira repelente e do tecido do invólucro para aderir a barreira repelente e o tecido do invólucro a uma barreira 190 impermeável à humidade. Alternativamente, um invólucro não tecido pode envolver toda a estrutura absorvente para manter a sua integridade sem a necessidade de uma barreira adicional 190« A barreira 190 pode ser polietileno ou material polimêrico semelhante resistente à humidade ou uma estrutura não tecida que foi tratada para se tornar impermeável à humidade.

adesivo de posição 195 coloca-se ao longo das linhas longitudinais ou em qualquer configuração adequada no lado do elemento absorvente voltado para o vestuário para ajudar a posicionar o elemento absorvente na roupa interior. 0 adesivo de posição 19 5 pode ser um adesivo fundido a quente sensível à pressão. 0 papel de retirar 197 protege o adesivo de posição 195 antes do uso pelo utilizador.

As paredes do compartimento longitudinal 115 podem estar separadas entre si de aproximadamente, 0,31 cm a aproximada- 8 -

mente 5cm

Mais preferencialmente estão separadas de aproximadamente l,3cm. Noutra forma de realização, pode existir um compartimento relativamente maior colocado no centro do penso e compartimentos mais estreitos nos lados do compartimento central. A largura entre as paredes do compartimento pode ser exactamente a mesma da largura entre as paredes dos outros compartimentos ao longo do eixo transversal do penso ou pode variar relativamente ã largura de outros canais. Naturalmente, os compartimentos devem ser lineares, mas podem colar-se em qualquer configuração que conduza a que o fluxo do fluido no produto seja, em geral, longitudinal.

Noutra forma de realização, pode obter-se uma libertação controlada de fluido, a partir do centro, colocando material absorvente que possua maior capacidade hidrofóbica, ou capacidade repelente de fluido, nos compartimentos adjacentes aos compartimentos centrais.

A superfície dos meios de separação dos compartimentos juntos à superfície do penso voltada para o corpo deve efectuar uma segmentação do material absorvente do penso. Isto evita a transferência de fluido entre canais ao longo do eixo transversal do penso. Assim, facilita-se o fluxo do fluido ao longo do eixo longitudinal do material absorvente sem escoamento ou transferência para os canais adj acentes.

A Figura 3 representa outra forma de realizaÇao preferencial dos produtos absorventes desta invenção. Na Figura 3, removeu-se o material do invólucro para permitir a vista de um elemento absorvente contendo material absorvente de baixa densidade 265 nos compartimentos 215 da parte central. Nos compartimentos 215 junto às extremidades longitudinais 300 e 305 encontra-se material superabsorvente 273 que pode ser constituído de material absorvente de baixa densidade e material superabsorvente natural ou fabricado tal como musgo de turfa, material polimérico ou análogos.

As Figuras 4 e 5 representam outra forma de realização preferencial desta invenção. 0 penso higiénico representado na Figura 4 contém três compartimentos 415« Estes compartimentos estão separados por um invólucro 470« Os compartimentos 415 são cheios com ma- 9 -

terial absorvente de baixa densidade 4^5« 0 invólucro 470 é mais repelente de fluidos do que o material absorvente de baixa densidade 4^5« invólucro 470 pode ser feito de qualquer material conhecido como adequado para produtos de protecção higiénica. Por exemplo, podem utilizar-se estruturas não tecidas que foram tratadas para se tornarem relativamente hidrofóbicas em comparação com o material absorvente de baixa densidade, assim como películas perfuradas sintéticas de polímero. Se oninvólucro for menos hidrofóbico do que o material absorvente, o fluido fica mais apto a escoar-se ao longo do elemento absorvente. A parede do invólucro, quando saturada, permite a libertação controlada do fluido para o compartimento seguinte. A acção de libertação de compartimento para compartimento é controlada pela diferença na capacidade hidrofóbica entre o material absorvente e a parede, e pela espessura da parede.

invólucro 470 envolve completamente o elemento absorvente e mantêm-no unido. A dobra dupla do invólucro é ligada em conjunto para evitar a separação ao longo da dobra.

A Figura 6 representa outra forma de realização preferencial dos produtos desta invenção. Os compartimentos 615, 617 e 619 são separados pelo invólucro 670 de uma forma semelhante à da Figura 5. 0 fluido ao atingir o penso tende a encher os compartimentos 615 e 6l7 antes de se espalhar para o compartimento 619, que envolve os compartimentos 6l5 e 617. 0 compartimento 619 pode conter material absorvente que ê ligeiramente mais repelente de fluidos do que os compartimentos 6l5 e 617. Alternativamente, os compartimentos 6l5 e 6l7 podem associar-se num compartimento. A forma encurvada do compartimento evita que ocorra o desdobramento entre os compartimentos interiores e o compartimento 619. Esta construção evita que o fluido saia do compartimento 619, que está adjacente ao corpo e à roupa interior do utilizador. Alternativamente, o compartimento 619 pode conter material absorvente de baixa densidade e superabsorvente, o que tende a evitar que o fluido saia do penso.

Numa forma de realização alternativa, os compartimentos 6l5, 617 e 619 podem separar-se por intermédio de uma camada barreira impermeável por baixo do elemento absorvente ou por intermédio de uma parede barreira relativamente hidrofóbica formada pelo material de barreira ou polpa relativamente hidrofóbica ou material de celulose.

Os exemplos seguintes ilustram os conceitos e produtos desta invenção. Contudo, servem apenas para ilustrar e não para limitar o âmbito desta invenção.

Exemplo 1

Fabricaram-se três pensos higiénicos experimentais de canal múltiplo, de acordo com os preceitos desta invenção. Testaram- se, em adição aos pensos feitos de acordo com esta invenção, pensos de controlo, comercialmente disponíveis como pensos higiénicos da marca SURE & NATURAL. Fabricou-se um primeiro produto experimental (a) com quatro canais separados de l,5ócm. Fabricou-se o produto experimental (B) com cinco canais separados de l,25cm. Fez-se o produto experimental (C) com oito canais, cada um com uma largura de O,78cm. 0 produto de controlo consistia de uma estrutura absorvente com largura de 6,25cm possuindo um invólucro de polietileno que envolve o enchimento absorvente.

Utilizou-se um aparelho de ensaio para analisar todos os produtos pensos higiénicos. Utilizou-se este aparelho constituido por um analisador rápido de capacidade dinâmica do fluido, para medir a capacidade de absorção dos produtos pensos higiénicos numa simulação para condições de utilização in vivo. Suspenderam-se cada um dos pensos de amostra num molde de borracha que simulava a forma feminina. Manteve-se a forma em movimento por intermédio de uma série de rodas dentadas, excêntricas e hastes e permitiu-se que um sucedâneo de fluido menstrual contendo lfo de cloreto de sódio, em peso, gotejasse para o penso para simular as condições de utilização. Aplicou-se o fluido a uma velocidade de 15,2cm3/ciclo e operou-se a forma a uma velocidade de 1,0 ciclos/minuto. Mediu-se a capacidade de fluido do penso sob condições dinâmicas através do volume total de fluido aplicado até à altura da deficiência, isto ê, o tempo a partir do qual se notaram manchas no lado inferior do penso. Distribui-se o fluido no produto penso higiénico num ângulo de aproximadamente 90° com a superfície dos enchimentos voltada para o corpo, até ocorrer deficiências nos lados do produto.

Os resultados deste ensaio dinâmico de laboratório apresenta-se na Tabela I adiante. Os dados na Tabela I mostram os centímetros cúbicos de sucedâneo de fluido menstrual retidos em cada

enchimento antes da deficiência. Os canais experimentais de l,6cm apresentam um aumento de llfí na absorção relativamente ao produto de controlo. Os canais de l,25cm apresentavam um aumento de 33/ na absorção relativamente ao produto de controlo. Os canais de 0,7βαη apresentavam um aumento de 22/ na absorção relativamente às amostras de controlo. Os da dos mostram que o espaçamento mais preferencial para um produto com uma largura de 6,25cm ê de l,25cm entre canais.

Exemplo 2

Fabricaram-se produtos pensos higiénicos contendo três compartimentos longitudinais, de acordo com os preceitos desta invenção. 0 compartimento central continha polpa de madeira de baixa densidade e fibras aglutinantes de poliester. Os compartimentos laterais foram feitos de fibras Hollofil fundidas enroladas ao longo da direcção longitudinal e revestidas com superabsorvente de acido poliacrílico. 0 invólucro era um invólucro perfurado de fibras aspergido no lado voltado para o produto para adesão do elemento absorvente.

Testaram-se estes produtos para observar a absorção utilizando dez peritos de opinião. Cada perito utilizou pensos de três-compartimentos durante um mês e Maxipads marca STAYFREE no mês seguinte. Os pensos foram utilizados durante cinco horas ou até se observar deficiência. Os resultados deste teste apresentam-se na Tabela II.

Os resultados mostram que os pensos com compartimentos reduzem significativamente a taxa de deficiências relativamente aos pensos sem compartimentos.

Exemplo 3

Fabricaram-se produtos pensos higiénicos, de acordo com os preceitos desta invenção, contendo três compartimentos longitudinais cheios com polpa de madeira de baixa densidade e fibras aglutinantes de poliester. Utilizou-se material de revestimento não tecido feito de poliester e raiom para formar paredes de compartimento que dividem os compartimentos. 0 invólucro era mais repelente de fluidos do que a polpa. 0 compartimento central de cada elemento absorvente tinha aproximadamente 3,75cm de largura transversal. Os compartimentos situados nos lados do compartimento central tinham aproximadamente l,25cm de

largura. Foi pedido a onze mulheres que usassem os pensos com compartimentos durante os seus períodos menstruais, nos dias de fluxo mais intenso durante um período de 5 horas, ou até ocorrer a deficiência. No mês seguinte, foi pedido às mesmas onze mulheres que usassem maxipads marca STAYFREE sob as mesmas condições para se poder comparar. Os resultados destes testes apresentam-se na Tabela III. Os resultados destes testes mostram que a frequência diária de deficiências diminuiu quando se utilizaram pensos com compartimentos. Além disso, os pensos com compartimentos desta invenção produziam menos manchas graves nas cuecas quando ocorria a deficiência.

Exemplo 4

Testaram-se pensos com compartimentos de l,25cm do Exemplo I, como no Exemplo 3· Os resultados deste teste apresentam-se na Tabela IV. Tanto os pensos de marca SURE AND NATURAL como os pen sos com compartimentos desta invenção apresentaram uma taxa de ocorrência de deficiência superior a 4O>= sob as condições do teste. Devido ao pequeno caudal do fluido das mulheres submetidas ao teste (0,75 g/hr. e 0,09 g/hr.), aparentemente o fluido menstrual escoou-se ao longo do invólucro dos pensos e não atingiu o elemento absorvente do enchimento. As manchas produzidas eram predominantemente nódoas ligeiras, o que indica que as deficiências foram originadas pelo escoamento no invólucro, e não por deficiência na capacidade absorvente.

TABELA I

CAPACIDADE DINflMICA DO PRODUTO ANTES DA DEFICIÊNCIA (cm3)

Teste No.	Controlo	Largura do 1,56cm	Compartimento 1,25cm	O,78cm
1	30.41	22.95	40.20	31.31
2	24.86	23.57	39.61	31.30
3	21.71	20.99	29.58	30.20
4	31o35	31.85	36.IO	27.63
5	23.78	29.62	26.51	33.08
6	22.26	27.82	39.95
7	22.02	26.15	29.00

Jd	____
Cont. TABELA I
8 22.55 35.23	25.16
9 23-37 28.48	24.98
10 29.15 31.48	42.25
Média 25.15 27.81	33.33	30.70
TABELA II
	Pensos com	Maxipads marca
	Compartimentos	STAYFREE
Total de pensoa diários	77	89
Peso médio adicionado (g)	7.35	7.98
Tempo médio de uso (horas)	4.50	4.42
Caudal médio (g/hr.)	1.76	2.32
Deficiências diárias	34 (4459	51 (5759
Capacidade média de deficiência (g)	7.83	10.34
Tempo médio de uso até à deficiência
(horas)	4.23	4. 29
No. de deficiências 2 g	5	5
6 g	17	14
12 g	28	36
1 h.	0	0
2 hrs.	1	4
3 hrs.	1	8
4 hrs.	5	19
5 hrs.	14	39
Tipo de deficiência
Apenas dos lados	19	21
Apenas nas extremidades	14	16
Combinação (lado e extremidade)	3	12

Cont.

Cont. TABELA II

Peritos com deficiência hrs. 6 8

No. de peritos com deficiência reduzida 7 4

Intensidade das manchas

Nõdoa pequena 25 33

Mancha pequena 3 11

Mancha moderada 2 5

TABELA III

Maxipads Pensos com

STAYFREE Compartimentos

Total de pensos diários	75	68
Peso médio adicionado (g)	6.15	7.23
Tempo médio de uso (hrs.)	4-33	4o 61
Caudal médio (g/hr.)	1.68	1.94
Deficiências diárias	47 (62.67^0)	21 (30.88^)
Tempo médio de uso (hrs.) de penso
com deficiência	6.97	8.8O
Capacidade média de deficiência	4.31	4-49
No. de deficiências 2 g.	5	4
6 g.	25	11
12 g.	42	15
1 hr.	0	1
2 hrs.	4	3
3 hrs.	7	7
4 hrs.	17	8
5 hrs.	35	15

Cont.

Cont. TABELA III

Tipo de deficiência

Apenas dos lados Apenas nas extremidades Combinação (Lado e Extremidade)

Peritos com deficiências a 4 horas

No. de peritos com deficiência reduzida

Intensidade das manchas

Nódoa pequena Mancha pequena Mancha moderada

TABELA IV

SURE & Pensos com

NATURAL Compartimentos

Total de pensos diários

Peso médio adicionado (g)

Tempo médio de uso (hrs.)

Caudal médio (g/hr.) Deficiências diárias Capacidade média de deficiência

No. de deficiências 2 g.

g·

g.

3.08

4.94

0.75 (41.0/c)

3.18

3.28

4.93

0.90 (48.75S) 3.87 hr. 4 3 hrs. 5 5 hrs. 5 11 hrs. 2 0

Cont» TABELA IV

Tempo de deficiência

Apenas dos lados 10 8

Apenas nas extremidades 2 3

Combinação (Lado e Extremidade) 4 δ

Peritos com deficiências a 4 brs. 12 11

Intensidade das manchas

Nódoa pequena 14 14

Mancha pequena 2 5

Mancha moderada 0 0

Claims

REIVINDICAÇÕES

- 16 Estrutura absorvente possuindo um lado voltado para o corpo e um lado voltado para o vestuário, caracterizada por possuir»

a) um invólucro permeável a fluidos no lado voltado para o corpo,

b) pelo menos dois compartimentos absorventes encostados formados por paredes que controlam os fluidos e que se desenvolvem ao longo do eixo longitudinal do toalhete os quais contêm material absorvente que em cada compartimento está esseneialmente isolado do material absorvente nos compartimentos adjacentes.

- 25 Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os compartimentos serem formados por paredes que controlam os fluidos seleccionados entre o grupo constituído por fibras não tecidas impermeáveis à humidade, película polimérica impermeável à humidade, tecido tratado com repelente, textura tratada com repelente, trama de fibras repelentes à humidade, barreira superabsorvente ou espuma polimérica.

- 3^e Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por as paredes que controlam os fluidos serem constituídas por uma película polimérica impermeável à humidade seleccionada entre o grupo constituído por uma película polimérica densa e impermeável, uma película microporosa ou uma película polimérica perfurada.

_ ₄fi _

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a película polimérica impermeável ser constituída por uma película de poliolefinas inferiores.

- 5^a Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o tecido tratado com repelente ser constituído por tecido celulósico revestido com silicone.

_ 6» Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a trama de fibras repelentes à humidade ser constituída por uma trama não tecida de fibras bicomponentes.

_ 7δ _

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a parede não tecida que controla os fluidos ser seleccionada entre o grupo constituído por poliester, raiom, poliolefinas inferiores, fibras acrílicas, tecido tratado com repelente, trama expandida, película microporosa ou uma combinação dos referidos materiais.

_ 8fi Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a espuma polimérica ser constituída por poliuretano.

_ 18 -

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a parede ser constituida por um material de invólucro não tecido possuindo um peso base de pelo menos 1 mg/cm .

- IO® _

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o material absorvente ser constituido por felpa de polpa de madeira, celulose regenerada, fibras de algodão, musgo de turfa ou uma sua combinação.

- ll® _

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o material absorvente ser constituido por um material absorvente de elevada densidade, adjacente ao lado da estrutura absorvente voltado para o vestuário e por um material absorvente de baixa densidade, adjacente ao lado da estrutura absorvente voltado para o corpo.

- 126 Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por o material absorvente de elevada densidade ser constituido por felpa de polpa de madeira e por um material superabsorvente com uma densidade compreendida entre 0,1 e 0,5 g/cm^ aproximadamente.

- 136 _

Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 12, caracterizada por a densidade estar compreendida entre 0,2 e 0,35 g/cm\

- 14» Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 12, caracterizada por o material superabsorvente ser constituido por pó de poliacrilato quimicamente ligado com amido possuindo a fórmula»

W m°(^(CH2^CH)x^(CH2^CH)y)n COOH COONa

- 19 - 15« Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o material absorvente de baixa densidade ser constituído por felpa de polpa de madeira, celulose regenerada, raiom, algodao ou uma sua combinação.

- lóâ Estrutura absorvente de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a película ser constituída por duas camadas adjacentes constituídas por uma camada de uma película de vinil-acetato de etilo e por uma camada de uma película de polietileno em que a referida película de vinil-acetato de etilo está localizada no lado de estrutura absorvente voltado para o vestuário.

A requerente reivindica a prioridade do pedido norte-americano apresentado em 24 de Outubro de 1988, sob o número de série 247,820.