PT901554E - Persiana de correr para portas e janelas - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO

PERSIANA DE CORRER PARA PORTAS E JANELAS

Esta patente refere-se a persianas de correr para portas e janelas. É bem sabido que as persianas mais comummente utilizadas para janelas e portas são estores compostos por ripas articuladas horizontalmente, que podem ser manualmente enroladas em tomo de uma trave horizontal através de uma correia, ou automaticamente, através de um motor eléctrico. A ripa superior forma uma peça única com a trave que suporta a totalidade do peso do estore, sendo esta a razão pela qual tem de ser sustida por fortes suportes que são permanentemente presos â parede.

Um dos defeitos dos estores de correr em particular, e das persianas em geral, é precisamente a complexidade do processo duplo de instalação: primeiro que tudo é necessário fixar os suportes da trave e depois fixar a caixa de madeira que tapa o espaço acima da janeia/porta e onde se insere o mecanismo de suporte do estore.

Outro defeito dos estores de correr é o alargado espaço necessário para arrumar o estore quando está totalmente puxado para cima, isto é, completamente enrolado na trave; este espaço é normalmente mais largo do que a própria largura da parede e, consequentemente, projecta-se no interior de casa dando origem a duas desvantagens: uma puramente estética e outra de carácter técnico consistindo no facto de quanto maior for a projecção da caixa do estore para dentro de casa mais longe da janela será necessário pendurar cortinas, porque geralmente as cortinas tapam a caixa do estore para a esconder de vista. O resultado final é uma redução da área útil da casa, comparado com as situações é que é possível pendurar as cortinas junto à parede.

Ao longo dos anos, vários mecanismos têm sido desenvolvidos no sentido de obviar aos defeitos acima mencionados: a patente DE A 29 47501, por exemplo, descreve um estore de correr para janelas e portas no qual as ripas se unem uma â outra através de elementos de conexão com os extremos curvados, e também contendo grampos nos extremos das ripas os quais correm dentro de duas guias laterais (17,18) e uma roda dentada activada por um motor ou uma correia que encaixa os grampos e que ou arrasta ou puxa as ripas para baixar ou subir o estore, respectivamente; quando subidas as ripas devem sobrepôr-se por cima uma da outra. De acordo com esta patente, as guias começam no fundo da persiana e acabam por debaixo da roda dentada de modo a que por cima delas as ripas não sejam guiadas; isto determina um desordenamento das ripas que pode ser prejudicial para um conecto funcionamento da persiana. A persiana descrita na patente acima mencionada, na melhor das hipótese e conforme sugerido nos desenhos, é adequada para clarabóias nas quais a posição quase horizontal ajuda que as ripas se arrumem a elas próprias do modo desejado, enquanto que na posição vertical as hipóteses de que as ripas caiam correctamente são quase nulas Numa das ilustrações da invenção, de facto, as ripas são concebidas para rolarem em tomo de uma trave, ultrapassando deste modo a desvantagem representada pela solução “correr. A patente US 4 303 117 descreve um mecanismo de abertura e fecho para persianas de correr, de acordo com o qual as ripas, providas de ganchos nas extremidades, correm dentro de duas guias e têm um peso descrescente de modo a facilitar a descida; as persianas são então elevadas mediante o puxar de duas cordas fixas â ripa mais baixa; as ripas são puxadas através de dois cabos e dois discos que também são necessários para ultrapassar o peso nas juntas já que as cordas para elevar o estore mantém a trave de união continuamente tensa. Para facilitar o elevar e baixar dos estores é, de tacto, necessário um sistema de contrapesos. O sistema descrito na patente US 4 303 117 é bastante complexo, dispendioso e produz bastante fricção durante o movimentar dos estores, devido ao deslizar dos cabos, aos mecanismos 25 e 26 para fazer com que as ripas se unam e â acção dos contrapesos; para além disto, o sistema descrito na patente acima mencionada também aumenta consideravelmente o peso que tem que ser elevado e os contrapesos que sustêm o movimento uniforme de todo o mecanismo

Por último, o número limitado de ripas (6) e, consequentemente, a sua largura, implica uma caixa (5) para a sua arrumação que notoriamente se projecta além da parede. A presente invenção relaciona-se com um estore de correr para janelas que, para além de caber numa caixa que não excede a largura da parede, graças ao mecanismo de correr das ripas, também ultrapassa os defeitos acima mencionados permitindo um suave correr das ripas por meb de um mecanismo simples com multo pouco peso e um mínimo de fricção.

Esta invenção relaciona-se com uma persiana de janela ou porta, que quando completamente compactada, isto é. levantada, ocupa menos espaço que o tipo corrente de persianas de correr, e, em qualquer caso, menos do que a largura da parede na quai se insere de modo a que a caixa da mesma é perfeitamente coadunável com a parede no seu interior.

Esta invenção também se relaciona com persianas de janela ou porta em que todos os componentes podem ser instalados e suportados dentro da própria caixa, de modo a facilitar e acelerar a instalação da persiana, já que tudo o que é necessário é a colocação da caixa dentro do espaço acima da janela/porta e a sua fixação â parede.

Estes resultados foram obtidos graças à especial estrutura da invenção, compreendendo uma série de ripas horizontalmente articuladas que à medida que a persiana é levantada se encaixam â medida que também entram dentro da caixa.

Assim, a largura da persiana coincide com a largura de uma ripa já que todas as ripas se colocam precisamente por cima uma da outra formando um pilar de largura constante, independentemente do número de ripas que compõem a persiana, e em que, no caso de estores de correr, quanto maior o número das ripas que compõem a persiana, maior o diâmetro da espiral formada pela persiana quando levantada. A primeira ou a ripa do topo é presa directamente ao topo da caixa ou, alternativamente, quando a persiana está totalmente levantada, está em contacto com o topo da caixa, enquanto que quando está totalmente fechada descansa, através de um gancho, num suporte acima da guia do gancho de modo a reduzir o peso global sobre a persiana. O estore é levantado pela rotação de dois discos que encaixam as cabeças dos parafusos no meio de cada uma das ripas e ou as eievam ou as baixam.

Alternativamente, ao invés dos dois discos, um sistema de corrente ou outro semelhante poderá ser utilizado, com a vantagem de exigir um diâmetro inferior do dos discos e, consequerrtemente, permitir uma ainda maior redução da largura da caixa respectiva. Obviamente, mais do que um parafuso poderá ser aplicado nos extremos das ripas, mas os adicionais não terão cabeças arredondadas.

Os dois discos iaterais são movidos manuaimente, com uma correia, ou com um motor, através de um conjunto de rodas dentadas unidas uma à outra e a uma trave mestra; as rodas dentadas são inseridas numa caixa de metei de tamanho adequado, capaz de suportar o esforço requerido para subir e baixar o estore; todo este conjunto é colocado no interior da caixa.

Dado que a trave não tem que suportar o peso do estore, os suportes relativos podem ser fixados nás paredes da caixa, a qual, por sua vez, contém e suporta o estore e o mecanismo para o movimentar.

Isto significa que o estore pode ser instalado com uma única operação, simplesmente através da introdução da caixa contendo o estore no espaço de parede acima da porta/janela e fixando-a no local.

Breve descrição dos desenhos

Para uma melhor compreensão da invenção, as caracterlsficas principais serão agora descritas em pormenor por referência aos desenhos anexos, nos quais:

Fig. 1 - Mostra uma prespectiva e vista esquemática do estore quando completamente elevado e dentro da respectiva caixa;

Fig. 2, 3 e 4 mostram duas ripas nas seguintes posições, respectivamente: coplanar e separadas; copianar e juntas; e sobrepostas, uma no topo da outra, respectivamente;

Fig. 5 mostra a parte RH da caixa com algumas ripas enroladas;

Fig. 6 equivale â fig. 5 vista da esquerda para a direita;

Fig. 7 mostra uma secção de uma ripa no seu extremo;

Fig. 8 mostra uma secção das guias laterais;

Fig. 9 mostra as ripas com os ganchos unidos;

Fig 10 mostra as ripas na fig 9, mas separadas; Fig. 11 dá uma prespectiva diferente das npas.

Por referência às figuras, o presente estore compreende uma série de ripas (1) articuladas umas às outras através de um elemento conector (2) com extremidades curvas (2a), que prendem nas ranhuras nos extremos de cada ripa.

Em particular, no extremo superior de cada ripa (1) há uma ranhura semi-circular (1a), fechada por uma viga arredondada (ib), que encaixa o extremo curvo do elemento conector (2), enquanto qué no extremo inferior de cada ripa (1) existe uma ranhura maior quase rectangular (1c) que também tem uma viga (1a) semelhante â acima mencionada, e que encaixa o extremo superior curvo do elemento conector (2). A ranhura (1c) é suficientemente larga para acomodar parte do elemento conector (2) , quando duas ripas oblíquas e coplanadas (1) se unem (ver fig. 3); para efeitos de construção, as ranhuras 1a e 1c também podem ser centradas (ver fig. 11).

Deverá ser salientado que as ranhuras (1a e 1c) são descentralizadas e localizadas nos extremos opostos de cada ripa (1), desse modo as ripas (1) devem ser colocadas alternadamente de forma a que a ranhura superior (1c) de uma ripa se coadune perfeitamente com a ranhura inferior (1a) da ripa (1) imediatamente acima.

Em cada extremo das ripas (a) existe um paraíuro com a cabeça arredondada (3á) ou (3b) permitindo que os discos (9) encaixem nas ranhuras (1) quando o estore está levantado ou descido; fora da caixa (6), as ripas (1) assumem a posição obliqua.

Dentro da caixa (6) as ripas (1) são dobradas e arrumadas em cima uma das outras sendo levadas a esta posição por um empurrão, no sentido ascendente, dos discos (9) e pelas cabeça dos parafusos (3a e 3b) correndo nas guias (8a e 8b) fixas a dois tabiques em forma de caixa (8).

Por referência à fig. 7, as guias laterais (7) comportam um compartimento especifico (7a) no qual as cabeças arredondadas (3a) e (3b)'dos parafusos (3) deslizam.

Dentro da caixa (6), para além dos discos (9) e da trave guia (5), existem ainda guias específicas (8a), (8b) e (8c) fixadas às paredes interiores dos dois tabiques em forma de caixa (8).

As guias (7) prolongam-se peio interior da caixa (6), nos lados RH e LH, acima dos discos (9), onde as guias (8a) se dividem em dois braços (b) e (8c), a diferentes alturas, cada braço facilita o encaixe das rodas (3a) e (3b) no extremo dos parafusos (3) com os discos (9), e cada um dos dois braços da guia estando de forma a obrigar as ripas a encaixarem como se fosse um acordeão; os parafusos (3) , em conjunto com as ripas colocadas a diferentes alturas (ver fig. 5), obrigam as rodas (3a), quando o estore está descido a posicionarem-se a si próprias no espaço entre a guia e a roda precedente (3b), assim reduzindo o espaço ocupado pela totalidade das rodas quando o estore está levantado.

Na parede interior do tabique em forma de caixa (8), como previamente mencionado, estão fixas as guias (8a), (8b) e (8c) para guiar as rodas (3a) nos extremos dos parafusos (3), enquanto o conjunto das ripas (1) e dos discos (9) permanecem no exterior e centrados precisamente entre o par dos tabiques em forma de cabe (8). O espaço interior dos tabiques em forma de caixa (8) contém as rodas dentadas (10) que estão convenientemente protegidas e podem actuar como reductores.

As guias (8a), (8b) e (8c) na parede interior do tabique em forma de caixa (8) estão formatadas de forma a obrigar as ripas (1) a dobrarem-se par com par, e a desdobrarem-se de idêntica forma, permitindo que os parafusos (3), quando o estore está levantado ou descidc, encaixem nos discos (9) a igual distância, assim se obiendo um movimento uniforme de ievantamente ou abaixamento das ripas Ονο exterior de um dos tabiques em forma de caixa (8), precisamente na parede oposta à guia (8a), está colocado o motor para movimentar o estore ou a roldana activada pela correia.

Lisboa, 8 de Junho de 2000.

CARLOS EUGÊNIO REIS NOBRE

Mandatário Autorizado Junto do l.N.P.I. (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)

Ava Almirante.Reis, 123-1a Tel. 315 09 70/1 - Fax 353 13 52 LISBOA 1150/ PORTUGAL

Claims (3)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Persiana de correr para jarieias e portas composto por uma caixa (6), uma trave (5), dois discos (9) e um conjunto de ripas (1) articuladas através de um elemento conector (2) de forma achatada e com extremidades curvas (2a), que encaixa em ranhuras especfficas (1a e 1c) nos extremos das ripas (1), e no qual as ripas também contêm um parafuso (3) cuja cabeça termina numa roda (3a-3b) e no qual o parafuso encaixa os discos acima referidos (9); os discos são suportados dentro da caixa (6) por dois tabiques em forma de caixa (8) ; ao lado das ripas (1) e dos discos (9) existe uma guia (8a), formatada e unida em dois pontos por um braço-guia (8b), capaz de albergar as cabeças dos parafusos; dentro dos tabiques ém forma de caixa (8) estão guardadas umas rodas dentadas (10), enquanto que as ranhuras sâo descentralizadas e deslocadas para os extremos opostos de cada uma das guias (1), caracterizada pelo facto do braço-guia (8b) estar mais alto que a guia (8a) e pelos parafusos (3) terem diferentes alturas e receberem a roda (3a e 3b) a diferentes alturas, assim sendo obrigada a seguir a guia (8a) e o braço-guia (8b) à altura adequada.
2. 2. Persiana de correr para janelas e portas, de acordo com o reivindicado em 1, caracterizada pelo facto da ranhura (1a) no extremo superior de cada uma dás ripas (1), ser semicircular e fechada por uma viga curva (1b), enquanto que a ranhura no extremo inferior de cada ripa (a) é praticamente rectanguíar e também é fechada por um viga curva (1b) semelhante à mencionada acima (1a); a ranhura (1c) é suficientemente larga para acomodar parte do elemento conector (2) quando duas ripas adjacentes (1) tomam uma posição oblíqua e se unem uma â outra.
3. 3. Persiana de correr de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada pelo facto de que quando o estore é levantado a cabeça do parafuso (3a) se acomoda perfeitamente no espaço entre a guia e a cabeça do parafuso precedente (3b). Lisboa, 8 de Junho dé 2000.

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