PT89427B - Processo para o aumento da actividade enzimatica e do poder de sintese de organismos - Google Patents

Processo para o aumento da actividade enzimatica e do poder de sintese de organismos Download PDF

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Meinhart H Zenk
Heidrun Gundlach
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Description

Memória descritiva referente à patente de invenção de SCHERING AKTIENGESELLSCHAFT, alemã, industrial e comercial, com sede em Berlim e Bergkamen (endereço postal: 170-178 Mullerstrasse, Berlin 65), República Federal Alemã, (inventores: Prof Dr. Franz Fiedler, Prof. Dr.
Meinhart H. Zenk Dipl.-Biol. Heidrun Gundlach, Dr. Alfred Weber e Dr. Marion Kennecke, residentes na Alemanha Ocidental), para: 11 PROCESSO PARA O AUMENTO DA ACTIVIDADE ENZIMÁTICA E DO PODER DE SÍNTESE DE ORGANISMOS.
Memória descritiva
A presente invenção refere—se a um processo para o aumento da actividade enzimática e do poder de síntese de organismos, o qual é caracterizado pelo facto de se porem em contacto os mesmos com microorganismos inactivados contendo elicia dores, com fragmentos dos mesmos ou com excreções de microorga— nismos contendo eliciadores, com a condição de, para o aumento da actividade enzimática e do poder de síntese de organismos nãc microbianos, se utilizarem bactérias inactivadas contendo elicia dores, fragmentos dos mesmos ou excreções de bactérias contendo eliciadores.
Os eliciadores são, como se sabe, substâncias activas de origem microbiana ou vegetal que são postas em contac1 to com tecidos de plantas superiores e cuja actividade enzimatica e poder de síntese aumentam. As substâncias internas assim acumuladas nestas plantas, quando são anti-microbianas, são de- i signadas por fitoalexinas. I
Presentemente foram já isolados a partir de diversas espécies vegetais mais do que 100 compostos que satisfazem à definição de fitoalexinas. Pertencem a diversos grupos de substancias naturais, tais como terpenoides, derivados de ácido linolenico, acetilenos e poliacetilenos, bibenzileno, estilbenos, fenantrenos e dihidrofenantrenos, benzofuranos e fenolbenzo furanos, furocumarinas, avenaluminas, flavanos, fenilbenzofuranos, benzoxazinonas, alcaloides, isoflavonoides (Brooks e Watson, Nat. Prod. Reports 2^, 1985, 427).
Esta acção dos eliciadores não teve uma aplicação técnica durante muito tempo. Este facto tem várias justifica ções: abstraindo de raras excepções, durante muito tempo não foi possível multiplicar células de plantas superiores em condições i jeconomicamente significativas, em culturas submersas. Os aliciadores incorporados na fermentação por meio de microorganismos pareciam a priori ser desprovidos de qualquer finalidade, visto que, de acordo com a doutrina predominante sobre o modo de acção dos eliciadores (Albersheim: Spectrum der Wissenhafcen, 11, 1985, 85) deveria depreender-se que estes não influenciam a actji vidade enzimatica e o processo do metabolismo em microorganismos.
É de notar também que de acordo com a doutrina prevalecente, as bactérias só podem desencadear uma formação de I fitoalexinas em plantas libertando das paredes celulares da plantas eliciadores por meio de determinados enzimas que, como elicia dores endógenos, estimulam a formação de fitoalexinas.
Descobriu—se agora que os compostos e as preparações celulares que serão designados adiante como eliciadores, estão surpreendentemente em condições de aumentar a actividade enzimática e o poder de síntese em microorganismos. Descobriu-se ainda que existem também bactérias que contêm eliciadores que ião são enzimas nem factores nutritivos.
j É evidente para os especialistas que em regra é
bastante custoso isolar ou sintetizar os próprios eliciadores para utilizá-los então para influenciar o metabolismo de outros organismos. Basta todavia, em regra, utilizarem—se microorganis mos inactivados contendo eliciadores, ou fragmentos destes microorganismos, como por exemplo fracções de paredes celulares, fragmentos de células desagregadas mecanicamente, ou células hi drolisadas química ou enzimaticamente, ou substâncias contidas nas células precipitadas por meio de substâncias auxiliares, co mo por exemplo etanol ou acetona.
Se o microorganismo liberta eliciadores na calda de cultura, ou se depois da hidrólise ou esterilização forma substâncias celulares solúveis em água contendo eliciadores, p£ de-se também então utilizar estas excreções do microorganismo contendo eliciadores para a realização do processo de acordo com a invenção.
Os microorganismos dos quais se sabe que possuem i eliciadores são, entre outros, os fungos e leveduras que figuram no quadro I adiante:
em alguns ensaios apropriados foram ensaiados preparados de paredes celulares, purificados proteoliticamente por meio de trijo sina, de estirpes de bactérias gram-positivas das espécies Bacillus, Corynebacterium, Brevibacterium, Cellulomonas, Lactobacillus Pimelobacter, Rhodococcus e Staphylococcus e de microorganismos, esterilizados por fervura em água, destas mesmas espécies, e dos seus filtrados, quanto ao facto de possuírem ou não eliciadores. No quadro 2 adiante estão indicadas as estirpes das bactérias nas quais foi possível comprovar a presença de eliciadores .
= 3 =
Quadro
Alternaria carthami
Botrytis cinerea (ATCC 48345)
Ceratocystis fimbriata
Ceratocystis ulmi
Chondrostereum purpureum
Cladosporiutn fulvum (ATCC 44961)
Colletotrichum lindemuthianum (ATCC 52471)
Fusarium solani
Fusarium solanifspmori (ATCC 44934)
Ganoderma applanatum
Glomerella cingulata
Helmithosporium carbonum (ATCC 24962)
Monilinia fructicola
Nectria haematococca
Phoma exigua
Phytophthora cannabivora
Phytophthora capsici (ATCC
52771)
Arch. Bioch. Biop. 229, 1984,
136
Physiol. Plant Pathol. 11,
1977, 287
Phylochemistry 23, 1984, 759
Phytochemistry 23, 1984, 383
J. Chem. Soc. Perkin Trans I, 1984, 14341
Physiol. Plant Pathol. 16,
1980, 391
Eur. J. Biochem. 129, 1983,
593
Plant Physiol. 76, 1984, 833
Nat. Prod. Rep. 2, 1985, 439
Phytochemistry 22, 1983, 1039
Physiol. Plant. Pathol. 21, 1982, 171
Z. Naturforsch. Sect. C 38,
1983, 899
J. Am. Chem. Soc., 84, 1962, 1919
Phytochemistry 22, 1983, 2291
Phytochem. 21, 1982, 1818
Z. Naturf. Sect. C. 39, 1984,
217
Physiol. Plat. Pathol. 18,
1981, 379 = 4 =
Quadro 1
(Continuação)
Phytophthora (ATCC 44776)
Phytophthora glycinea
Phytophthora
Phytophthora
Phytophthora
Puccinia infectans megasperma var infectans megasperma nicotiane coronata
Pyricularia oryzae (ATCC 15923)
Saccharomyces cerevisiae Verticillium albo-atrum Verticillium dahliae (ATCC
26289)
Phytochem. 23, 1984, 537
Arch. Bioch. Bioph. 229, 1984,
136
Phytpathol. Z. 27, 1956, 237
J. Biol. Chem. 259, 1984,
11341
Phytopathology 71» 1981, 864
Physiol. Plant Pathol. 20,
1982, 189
Agric. Biol. Chem. 48, 1984,
253
Plant Physiol. 62, 1978, 107
Nat. Prod. Rep. 2_, 1985, 469
ATCC-catálogo, 16^. Ed. 1984 = 5 =
Quadro 2
Bacillus licheniformis ATCC 994-5
Brevibacterium butanicum ATCC 21196
Brevibacterium flavum ATCC 13826, ATCC 14OÓ7
Brevibacterium lactofermentum ATCC 13655
Brevibacterium glutamingenes ATCC 13747
Brevibacterium ammoniagenes ATCC 6872
Brevibacterium pumilus ATCC 7061
Corynebacterium hydrocarboclastum ATCC 15592
Corynebacterium nephridii ATCC 11425
Corynebacterium paurometabolum ATCC 8368
Corynebacterium lilium ATCC 15990
Corynebacterium striatum ATCC 6940
Corynebacterium xerosis ATCC 373
Corynebacterium diphtheriae (estirpe Mass, 8/Behring W erke)
Corynebacterium melassecola ATCC 179^5
Corynebacterium glutamlcum ATCC 13032
Corynebacterium uratoxidans ATCC 21749
Lactobacillus casei subsp. rhamnosus ATCC 7469
Lactobacillus plantarum DSM 20174
Pimelobacter tumescens AJ 1460
Rhodococcus fascians ATCC 12975
Rhodococcus fascians 1 — Isolado do Prof. Dr. Stolp, Univ. Bayreuth
Rhodococcus fascians 2 - Isolado do Prof. Dr. Stolp, Univ. Bayreuth = 6 =
ção de antibióticos ^-lactame de Streptomyces calvuligerus e a síntese de alcaloides de Claviceps paspali. Este aumento assim verificado do poder de síntese dos microorganismos não poderia ser conseguido apenas por meio de preparações de paredes célula res das bactérias enumeradas no quadro 2, pelo que é lícito esperar— se também que por meio de fungos e leveduras contendo com postos eliciadores, tais como os que estão indicados no quadro 1, seja igualmente possível conseguir—se um aumento das actividades enzimáticas e do poder de síntese de microorganismos.
Conseguiu-se também um significativo aumento da formação de alcaloides, com auxílio de preparações de paredes celulares dos microorganismos que figuram no quadro 2, em culturas celulares de plantas superiores como por exemplo Eschscholtzia californica ou Rauvolfia serpentina.
Com auxílio destas preparações de paredes celulares conseguiu-se também aumentar nitidamente a capacidade de Bacillus lentus desidrogenar esteroides na posição 1,2, e a capacidade de Rhodoturula glutinis reduzir selectivamente 17-cetoesteroides, e a capacidade de Penicillium raistrickii hidroxilarem esteroides na posição 15o( · Apenas não teve êxito até ao presente o ensaio, com auxílio de preparações de paredes de celulares, da capacidade de Curvularia lunata para aumento da ιιβΗ -hidroxilação de esteroides.
Estes ensaios permitem alimentar a esperança de que seria possível também, com auxílio do processo de acordo com a invenção, estimular a formação de uma grande diversidade de outras substâncias de origem microbiana utilizáveis pelos tecidos e reforçar outras activldades enzimáticas dos microorganis mos que sejam tecnicamente úteis.
Estas substâncias microbianas próprias são por exemplo antibióticos como as penicilinas, cefalosporinas, cicloj porinas, actinomicinas, gramicidinas, neomicina, gentamicina, istatina, tetraciclina, nicomicina ou a licomicina, a eritromicina, o cloranfenicol, a griseofulvina ou o ácido fusidínico, etc, alcaloides da cravagem, como a ergocriptina, a ergotamina, a ergosina, a ergocristina, a ergocornina, a agroclavina, a cano = 8 = clavina, a festuclavina, o ácido paspálico ou os derivados de ácido lisérgico, vitaminas como a vitamina B12, a riboflavina ou a β-carotina, enzimas como as amilases, glucoseisomerages, proteases, pectinases, lipases, penicilinacilases ou a lactase, nucleósidos como o ácido guanílico ou o ácido inosílico, ou por exemplo também aminoácidos como a cisteina, o ácido glutâmico, o triptofano ou a lisina.
Os microorganismos que devido à sua actividade enzimática podem ser tecnicamente utilizados são por exemplo aqueles que causam transformações de esteroides como a llc( , 11β ou 15 -hidroxilação , a Δ^—deshidrogenação, a 17 4 , 17 β -cetoreduções ou a degradação de cadeias laterais da esterinas, ou transformações em antibióticos, como a dissociação da penici lina.
Na verdade, com auxílio do processo de acordo com a invenção foi possível descobrir-se novas substâncias próprias microbianas utilizáveis tecnicamente, como por exemplo no vos antibióticos, adicionando—se aos microorganismos ensaiados microorganismos inactivos contendo eliciadores. Esta descoberta não era péis de previsão fundamentada, visto que se sabe que inúmeras plantas superiores só produzem fitoalexinas em quantidade apreciável se forem infectadas com microorganismos contendo eliciadores.
A realização do processo de acordo com a invenção, no que se refere à fermentação por meio de microorganis mos, não oferece qualquer problema aos especialistas. O microor ganismo cuja actividade enzimática ou cujo poder de síntese deve ser aumentado é cultivado em condições conhecidas; seguidamente adiciona-se à cultura os microorganismos inactivados contendo eliciadores, ou fragmentos dos mesmos, ou extractos celulares dos mesmos, ou excreções dos mesmos, e prossegue-se a fer mentação como habitualmente. A adição dos microorganismos inactivados, dos fragmentos ou extractos destes organismos ou das excreções de microorganismos contendo eliciadores, pode ser rea lizada logo no início da fermentação. 0 instante óptimo de adição é naturalmente dependente da natureza do microorganismo cul tivado, especialmente do andamento da sua fase exponencial de = 9 =
crescimento, e tem de ser determinado em casos particulares. Assim, no caso de bactérias revelasse frequentemente muito conveniente realizar esta adição 4 a 30 horas depois do início da fermentação. No caso da adição de microorganismos inactivados ou de fragmentos dos mesmos, utiliza—se por metro cúbico da cal. da de fermentação habitualmente 1 a 1 000 g (de preferência 10 a 200 g) do microorganismo inactivado, ou 0,1 até 100 g (de pre ferência 1 a 30 g) do fragmento deste organismo. No caso de se empregarem excreções de microorganismos contendo eliciadores é 3 então em regra suficiente utilizar por m do volume de fermenta ção 1 a 5θ 1 da solução de excreção. Se o processo de acordo com a invenção servir para elevar a actividade enzimática de um microorganismo que é empregue para transformação enzimática de substratos, começa-se a adição do substrato em regra 0 até 10 h depois de realizada a adição do microorganismo inactivado contendo eliciador ou dos seus fragmentos ou excreções.
As condições óptimas da fermentação são ditai j das pela natureza do microorganismo utilizado, das condições da ; fermentação, da natureza e quantidade do produto contendo elicié.
I dores, etc.; terão que ser determinados em casos particulares por ensaios prévios que são perfeitamente conhecidos de qualquer especialista.
Para a preparação do microorganismo inactivado contendo eliciadores estes são cultivados em condições correntes, seguidamente são separados por centrifugação ou filtração da calda de cultura, são eventualmente lavados e novamente isolados. Para inactivação dos microorganismos podem empregar-se diversos processos.
Um método possível de inactivação consiste em fazer actuar sobre estes microorganismos venenos celulares tipi cos, como óxido de etileno, formaldeído, ozono, compostos de mercúrio, dissolventes orgânicos tais como metanol, etanol ou acetona, ou exterminar os microorganismos por aquecimento a tem peraturas de 90 até 140° C por acção de diferenças extremas de pressão (desintegração) acção de campos eléctricos de alta frequência ou por radiação UV, radiação com raios gama ou a acção de ultrassons. As condições nas quais pode ser realizada a inac tivação são perfeitamente conhecidas dos especialistas (K.H. Wallhauser, H. Schmidt: Sterilisation, Desinfektion, Konservierung, Chemotherapie, Edit. Georg Thieme, Estugarda (DE), 1967).
Os fragmentos de microorganismos contendo eli ciadores podem ser obtidos por exemplo por ólise dos microorganismos por acção de choque osmótico ou choque térmico, por auto lise dos microorganismos, por tratamento das células com ultras sons ou por trituração dos microorganismos com esferas de vidro, pó de vidro ou areia de quartzo e em seguida uma centrifugação diferencial (Hughes, D.E., Wimpenny, J.W.T. e Lloyd, D.: The disintegration of micro-organisms. In: Methods in Microbiology, Vol 13, (Norris, J.R. and Ribbons, D.W., eds.) pp. 1-54, Academic Press, New York, Londres, 1971)·
A partir destes fragmentos de células podem preparar-se por exemplo fracções de paredes celulares purificadas por tratamento com tripsina. As preparações de paredes celu lares já mencionadas e utilizadas nos exemplos de preparação adiante, foram preparadas de acordo com o processo descrito por Schleifer e Kandler (Arch. Mikrobiol. 57. 1967, 335-3^5) ·
Todavia, é também possível, por outro lado, a partir de constituintes celulares solúveis em água, preparar precipitados contendo eliciadores por precipitação, por exemplo, com etanol ou acetona (Kocourek, J. e Bailou, C.E., J. Bacteriol. 100, 1969, 1175-1181).
As excreções de microorganismos contendo eliciadores são constituintes celulares desactivados obtidos a par tir das células por ólise, ”leaky machen, extracção com gases liquefeitos a temperaturas super-críticas (por exemplo dióxido de carbono) ou esterilização, ou caídas de culturas solúveis em água ou obtidas por filtração ou centrifugação dos organismos. Se necessário podem ser purificados de novo, por exemplo por ex tracção de substâncias lipófilas, absorção de substâncias corantes, etc.
De acordo com a invenção as bactérias contendo eliciadores, os fragmentos das bactérias ou excreções de bac
terias contendo eliciadores, inactivadas, podem também ser utilizados para aumentar a actividade enzimática e o poder de síntese em tecidos, culturas de tecidos ou culturas celulares de organismos superiores, tais como plantas, animais ou o homem.
já foi referido que a utilização de produtos das bactérias contendo eliciadores e isentos,de enzimas podia ser praticada experimentalmente para aumentar a potência de sín tese de substâncias próprias de plantas superiores; esta circunstância poderia eventualmente ter interesse para a utilização de culturas de células de plantas na preparação de substâncias activas para medicamentos (m.H. Zenk em: Pharmazie heute, 103, 1982, volume 3, págs. 131-13θ)· Basicamente afigura-se tam bém provável que os produtos de bactérias contendo eliciadores possam também ter aplicação para aumentar o poder de síntese de substâncias próprias em culturas de tecidos ou células animais ou humanas, ou que pudessem servir por exemplo em terapia, por exemplo, no tratamento de lesões.
Os exemplos de realização seguintes servem pa ra uma melhor elucidação da invenção.
Exemplo 1
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas (actinorrodina, prodigiosina) por Streptomyces lividans (ATCC 19 844) por meio de preparados de paredes celulares.
ml de um meio de cultura constituído por
103 g de sacarose g de glucose
10,12 g de cloreto de magnésio hexahidratado 0,25 g de sulfato de potássio
0,1 g de ácidos de casamino (Difco Labs. Dedroit/USA)
800 ml de água destilada foram esterilizados (20 minutos, 120° C) e suplementados em con dições estéreis com as seguintes soluções recém-preparadas : 1 ml de solução a 0,5% de dihidrogenofosfato de potássio 8 ml de solução a 3,68% de cloreto de cálcio dihidratado
1,5 ml de solução a 20% de L—prolina
ml de solução a 5,73% de tampão TES (pH 7,2)
0,2 ml de solução de elementos minoritários - contendo por litro 40 mg de cloreto de zinco (li)
200 mg de cloreto de ferro (ill) hexahidratado mg de cloreto de cobre (li) dihidratado mg de cloreto de manganês (li) tetrahidratado mg de tetraborato disódico dihidratado mg de heptamolibdato de haxaamónio tetrahidratado
0,5 ml de soda cáustica IN.
Colocam-se de cada vez 1,8 ml desta solução nutriente em condições estéreis, em cada uma das 24 câmaras de 3 ml de capacidade cada uma, de uma placa múltipla de poliestireno (Multidish, fir ma Mune, 6200 Wiesbaden 12). Para cada caso 2 mg de preparado de paredes celulares, a ensaiar quanto ao teor de eliciador, são esterilisados a 120° C durante 20 min, em água bidestilada, e as suspensões assim obtidas são colocadas nas câmaras. Duas destas câmaras não contem qualquer aditivo, servem apenas para controle. Em todas as câmaras os volumes são ajustados individualmente com água bidestilada estéril a exactamente 2 ml. Cada câmara é inoculada em condições idênticas com 5 pl de uma suspensão de esporos de Streptomyces lividans (ATCC 19844) em condições estéreis. A incubação dos preparados de ensaio é realiza da em condições aeróbicas (mesa de agitação: 100 rotações por minuto) a 26° C.
Ao fim de 96 h centrifuga-se para se separarem as células que se lavam com soro fisiológico, secam-se em vácuo com cloreto de cálcio e obtêm-se assim os rendimentos em células indicados no quadro. Os sobrenadantes obtidos na centri fugação são ajustados ao valor de pH 7, são diluídos até 4 ml com água e determinam-se os seus espectros de absorção entre 180 e 800 nm. As quantidades relativas das substâncias secundárias actinarrodina e prodigiosina dissolvidas, que foram sintetizadas, são determinadas aproximadamente tomando as médias pon deradas dos máximos de absorção dos espectros traçados automati camente.
No quadro 3 adiante apresentam-se os resultados obtidos nesta série de ensaios.
= 13 =
Quadro 3
Paredes de células de bactérias ensaiadas, de Rendimento em células secas (mg) Teor de corante unidades relativas de absorção
nulo (controle) 22 1
B. ammoniagenes (ATCC 6872) 25 38
B. glutamingenes (ATCC 13747) 32 24
B. pumilus (ATCC 70Ó1) 34 2
B. linens (ATCC 19391) 23 1
C. diphtheriae (Mass. 8) 24 34
C. melassecola (ATCC 179^5) 26 34
C. glutamicum (ATCC 13032) 43 50
C. lilium (ATCC 15990) 33 40
Ce. cellasea (ATCC 14359) 36 2
L. plantarum (DSM 20174) 32 31
S. aureus estirpe H 44 1
Β = Brevibacterium
C = Corynebacterium
Ce= Cellulomonas
L = Lactobacillus
S = Staphylococcus = 14 =
Exemplo 2
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas (actinorodina.prodigiosina) por Streptomyces lividans (ATCC 19844) por extractos de paredes celulares.
Nas condições do exemplo 1, mas utilizando agora os filtrados estéreis dos preparados de paredes celulares (2 mg) esterilizados em água bidestilada durante 20 min. a 120° C, consegue-se uma estimulação quase igualmente tão intensa da formação de substâncias coradas por Streptomyces lividans (ATCC 19844) como no caso da utilização de suspensões destas pa redes celulares esterilisadas.
Exemplo 3
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas (actinorodina, prodigiosina) por Streptomyces lividans (ATCC 19844) por extractos de células.
Nas condições do exemplo 2, mas utilizando-se agora em cada caso 20 mg da massa celular, em vez de 2ng do pre parado de paredes celulares, obtém-se uma estimulação da formação de substâncias coradas aproximadamente com a mesma intensidade que no caso da utilização de suspensões de paredes celulares esterilizadas.
Exemplo 4
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas por Streptomyces coelicolor (ATCC 13405)·
Nas condições do exemplo 1 mas utilizando—se agora Streptomyces coelicolor (ATCC 13405) obtém-se igualmente com esta bactéria um aumento significativo da formação de substâncias coradas (provavelmente também actinorodina).
Exemplo 5
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas por Streptomyces griseoruber (ATCC 13738).
Nas condições do exemplo 1 mas utilizando-se =
agora Streptomyces griseoruber (ATCC 1373θ) obtém-se igualmente com esta bactéria um aumento muito nítido da formação de substâncias coradas (provavelmente o antibiótico antraciclina).
Exemplo 6
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas por Streptomyces purpurascens (ATCC 25489).
Nas condições do exemplo 1, mas utilizando-se agora Streptomyces purpurascens (ATCC 25489) obtém—se também com esta bactéria um aumento acentuado da formação de substâncias coradas (provavelmente também o antibiótico antraciclina).
Exemplo 7
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas por
Streptomyces latericius (ATCC 19913)·
Nas condições do exemplo agora Streptomyces latericius (ATCC 19913) com esta bactéria um aumento significativo tâncias coradas.
mas utilizando-se obtém-se igualmente da formação das subs
Exemplo 8
Estimulação da síntese de substâncias próprias coradas por Streptomyces violascens (ATCC 13734).
Nas condições do exemplo 1 mas utilizando—se agora Streptomyces violascens (ATCC 13734) obtém-se com esta bactéria um aumento igualmente significativo da formação de substâncias coradas.
Exemplo 9
Estimulação da formação de antibióticos de -lactame (cefalosporinas, penicilina N) por Streptomyces clavuligerus (ATCC 27064).
g de ácido 3-(N-morfolino)-propanosulfónico (MOPS)
3,5 S de hidrogenofosfato dipotássico
0,6 g de sulfato de magnésio heptahidratado g de L-aspargina g de glicerina g de extracto de levedura (óxido, Wesel, DE) = 16 =
ml de uma solução de sais de elementos minoritários - conten-
do por litro
1 g de sulfato de ferro (li) heptahidratado
1 g de cloreto de manganês (li) tetrahidratado
1 g de cloreto de zinco heptahidratado
1 g de cloreto de cálcio
são dissolvidos em água destilada e completa-se com esta até 1 litro, esterilizando-se em seguida (20 min; 120° C).
Fracções de 1,8 ml cada, desta solução nutritiva, são colocados em dondições estéreis em câmaras, de 3 ml de capacidade cada uma, de uma placa múltipla estéril de polies terino (Multidisch; firma Nunc, 62 Wiesbaden 12). Para cada caso colocam-se 2 mg do preparado de paredes celulares a ensaiar qianto à actividade de eliciadores, ou 2 mg das células a ensaiar, na forma de suspensões homogéneas esterilizadas em água bidestilada (20 ou 45 min, 120° C). Duas da s câmaras que servem de controle não contêm qualquer aditivo. Em todas as câmaras ajusta-se em seguida o volume individualmente com água bidestilada, em condições estéreis, a precisamente 2 ml. Cada câmara é inoculada de forma idêntica com 5 ul de uma suspensão de esporos de Streptomyces clavuligerus (ATCC 27 064).
A incubação desta série de ensaios processa-se em condições aeróbicas (agitador de mesa: 160 rotações por minuto) a 26° C. Os tempos de incubação oscilam entre 24 e 48 horas.
A formação do antibiótico é comprovada comparando-se com os controles por meio do teste de difusão em placa. Os organismos detectores, em suspensão em soft—agar nutritã. vo, são Micrococcus luteus, ou Bacillus subtilis (10^ células por ml). Sobre placas de filtro standard (0,9 cm de diâmetro) aplicam-se em cada caso a partir das câmaras de ensaio 25 ul da calda de cultura centrifugada (48000 x g). Depois de um tempo de difusão de 4 horas a 4° C incuba-se o bioteste durante 24 ho ras a 30° C.
Nas culturas que foram cultivadas com adição de células mortas de Brevibacterium flavum (ATCC 13826) ou de = 17 =
preparados de paredes celulares desta bactéria, ou de preparações de paredes celulares de Corynebacterium diphtheriae (estirpe Mass, 8) em comparação com os controles apresentavam uma formação superior de antibióticos β -lactame. (penicilina N, cefalosporinas) por Streptomyces clavuligerus.
Exemplo 10
Estimulação da formação de alcaloides (sanguinarina, quelirrubina, mercappina e queleritrina) por culturas de Eschscholtzia califoraica.
Em 24 câmaras, de 1 ml de capacidade cada uma, de uma placa múltipla de poliestireno (firma Nunc, 6200 Wiesbaden 12) cultivam-se em cada uma culturas de tecidos de Eschscholtzia californica nas condições descritas como óptimas por J. Berlin et al (z. Naturforsch., 38c, 1983, 346-352). Uma das câmaras permanece como câmara de controle sem qualquer adj. tivo, uma das câmaras recebe 266 mg/1 de um eliciador de levedura extraído por fervura e precipitado com etanol (preparado de acordo com Kocourek J. e Bailou, C.E., J. Bacteriol 100, 1969» 1175-1181) θ as restantes receberam cada uma 266 mg/litro do preparado de paredes celulares das bactérias que estão indicadas no quadro 3. Seguidamente todas as culturas foram in cubadas durante 72 horas a 24° C e depois determinou—se fotome tricamente o teor de alcaloides das culturas, considerando-se como 100$ o teor de alcaloide induzido pelo eliciador de levedura .
quadro 4 adiante apresenta os resultados obtidos nesta série de ensaios.
Quadro 4
Bactérias ensaiadas paredes celulares % de actividade de eliciador
Brevibacterium butanicum ATCC 2119619
Brevibacterium flavum ATCC 1382616
Brevibacterium flavum ATCC 14-OÓ730
Brevibacterium glutamingenes ATCC 137113
Brevibacterium lactofermentum ATCC 13^5543
Brevibacterium ammoniagenes ATCC 687240
Corynebacterium hydrocarboclastum ATCC 155928
Corynebacterium nephridii ATCC 11425123
Corynebacterium paurometabolum ATCC 836816
Corynebacterium lilium ATCC 15990108
Corynebacterium striatum ATCC 694017
Corynebacterium petrophilum ATCC 19080O
Corynebacterium xerosis ATCC 373102
Corynebacterium diphtheriase estirpe Mass, 8137
Rhodococcus fasciens ATCC 1297527
Rhodococcus fascians 111
Isolado do Prof. Dr. Stolp. Univ. Bayreuth
Rhodococcus fascians 27
Isolado do Prof. Dr. Stolp. Univ. Bayreuth = 19 =
Exemplo 11
Estimulação da formação de alcaloides de indol (valésiacotamina) em culturas de Rauvolfia serpentina.
A cultura em suspensão de Rauvolfia serpenti na (Stõckigt, J. , A. Pfitzner and J. Firl : Plant Cell Rep.
1, 36-39 (1981) é cultivada em meio (LS) de Linsmaier e Skoog (Physiol, Plantarum 18, 100-127 (1965) num extractor rotativo (100 rotações por minuto) a 23o C e com exposição à luz (Ó00 Lux). Para a eliciação inoculam-se 200 g de células/litro do meio LS. Como fragmentos de microorganismos contendo eliciadores utilizam-se preparados de parede celular dos microorganismos enumerados no quadro 4, numa concentração de 130 mg/litro.
Depois de um período de incubação de 5 dias verifica-se uma duplicação da massa óelular tanto nas culturas que sofreram eliciação, como também nas de controle. As células são recolhidas e extraídas com metanol.
A quantidade do alcaloide de indol valésiaco tamina é determinada por meio de uma separação de HPLC dos extractos. Enquanto que as culturas de controle não tratadas con têm apenas 1,16 mg/litro do meio, o rendimento nas culturas eliciadas atinge um máximo de 58 mg/litro. Isto corresponde a um aumento de 50 vezes devido ao eliciador.
Exemplo 12
Estimulação da actividade de 17-cetoesteroide-reductase de Rhodotorula glutinis IFO Ο3θ9·
a) um balão de Erlenmeyer de 2 litros de capacidade contendo
500 ml de um meio nutriente estéril composto por
5^0 de glu cose monohidrato
2% de cornsteep liquor”, _ ajustada a pH 6,5 _ é inoculada com um fragmento de uma cultura em agar de Rhodotorula glutinis 16o 0389 e promove-se a cultura durante 48 horas a 30° C com 190 rotações por minuto.
b) um balão de Erlenmeyer de 500 ml de capacidade contendo 100 = 20 =
ml de um meio nutriente estéril composto por
1% de cornsteep liquor
5% de Nurupan ' ' (fabricante Nurupan GmbH, 4000 Dtlsseldorf 1;
DE)
1% de Metarin^^ (fabricante Lucas Meyer ; 2000 Hamburg 28;DE) _ajustado a pH 6,2 _ é inoculado com 10 ml da pré-cultura de Rhodotorula preparada no exemplo 13^ e promove-se a cultura durante 7 horas a 30° C e a 180 rotações por minuto.
Em seguida adiciona-se à cultura 10 mg de 3-hidroxi-1,3»5 (10), 7-estratetraeno-17-ona e prolonga-se a fermentação por mais 210 horas. Depois extrai—se a cultura com metilisobutilcetona, concentram-se os extractos e purifica-se o produto bruto assim obtido por cromatografia através de uma coluna de sílica-gel. Obtêm-se deste modo 5,9 mg de 1,3,5 (10), 7-estratetraeno-3,17-diol = 59% do rendimento.
c) nas condições do exemplo 13b fazem-se fermentar 10 mg de 3-hidroxi-1,3»5 (10)» 7-estratetraeno-17-ona com uma cultura de Rhodotorula glutinis, mas com a diferença de se adicionarem a esta cultura, imediatamente antes da adição do substrato, 5 ml de uma suspensão estéril de 50 mg de uma preparação de parede celular de Bacillus licheniformis (ATCC 9945) em água. Depois do tratamento de cultura obtém-se 8 mg de 1,3,5 (10), 7-estratetraeno-3,17-diol = 5®% do rendimento teórico.
Exemplo 13
Estimulação da actividade de esteróide- Δ'-desidrase de Bacillus lentus (ATCC 13 805).
a) um balão de Erlenmeyer de 2 litros de capacidade contendo 500 ml de uma solução nutriente estéril composta por 0,5% de cornsteep liquor 0,05% de glueose monohidrato 0,1% de extracto de levedura _ajustada a pH 7,0_ é inoculada com um pedaço de uma cultura de Bacillus lentus (ATCC 13 805) e agita-se durante 48 horas a 30° C e a 190 rotações por minuto.
= 21 =
b) um balão de Erlenmeyer de 500 ml de capacidade contendo 100 ml de uma solução nutriente estéril composta por
3,0% de pó de soja
0,5% de cornsteep liquor
0,1% de extracto de levedura
0,05% de glucose monohidrato _ajustada a pH 7,3_ é inoculada com 10 ml de pré-cultura de Bacillus lentus e agita-se durante 7 horas a 30° C e a 180 rotações por minuto. Seguidamente adiciona-se a esta cultura uma solução esterilizada por filtração de 40 mg de 6 ¢( , 9 <X -difluor-11 , 17 -dihidroxi-160(-metil-4-pergneno-3,20-diona em 4 ml de dimetilformamida e procede-se a incubação por mais 41 horas.
Em seguida extrai-se a cultura com metilisobutilcetona, concentra-se o extracto em vácuo e purifica-se o resíduo por cromatografia através de uma coluna de sílica-gel. Obtém-se assim 16 mg de 6 c( , 9 °( -difluor-11 β , 17 0( -dihidroxi-16 -metil-1,4-pergnadieno-3,20—diona ( = 40% do rendimento teórico).
c) nas condições do exemplo 13b fazem-se fer mentar 40 mg de 6 , 9o( -difluor—11 , 170( -dihidroxi-16 o(-me- til-4-pregneno-3,20-diona com uma cultura de Bacillus lentus, mas com a diferença de se adicionar a esta cultura, imediatamen te antes da adição do substrato, de 5 ml de uma suspensão estéril de 50 mg da preparação de parede circular de Corynebacteriur diphtheriae (estirpe Mass. 8) em água. Depois do tratamento da cultura obtêm-se 21 mg de 6 , 9 -difluor-11 p , 17°( -dihidroxi-160( —metil—1,4—pergnadieno—3»20—diona ( = 52,5% do rendimento teórico).
Exemplo 14
Estimulação da formação de alcaloides (amida de ácido lisérgico e amida do ácido isolisérgico) de Claviceps paspali (ATCC 13 895).
a) um balão de Erlenmeyer de 500 ml de capacidade com 50 ml de uma solução nutriente estéril contendo
4% de sorbite (tecnicamente pura)
1% de glucose monohidrato
2$> de ácido succínico
0,6% de sulfato de amónio
0,5% de extracto de levedura (Difco' ' da Difco Labs. Dedroit/ /USA)
0,1% de dihidrogenofosfato de potássio,
0,03% de sulfato de magnésio heptahidratado _ajustada com soda cáustica a pH 5,2_ é inoculada com uma cultura de Claviceps paspali (ATCC 13θ95) congelada a -70° C e agita-se depois durante 5 dias a 24° C e a 24o rotações por minuto.
b) um balão de Erlenmeyer de 500 ml com 50 ml de uma solução nutriente estéril composta por
8% de sorbite (tecnicamente pura)
6% de ácido succínico
0,9% de sulfato de amónio
0,1% de nitrato de cálcio tetrahidratado
0,05% de hidrogenofosfato dipotássico
0,03% de sulfato de magnésio heptahidratado
0,02^ de extracto de levedura (Difco^ ' da Difco Labs., Dedroit/USA)
0,0007% de sulfato de ferro (li) heptahidratado
0,0006% de sulfato de zinco heptahidratado _ajustada com soda cáustica a pH 5,2_ é inoculado com 5 ml da pré—cultura de Claviceps paspali e agita-se durante 250 horas a 24° C e a 240 rotações por minuto.
Seguidamente adiciona-se à cultura soda cáus tica bastante para se alcançar pelo menos um valor de pH de 10, extrai-se com metilisobutilcetona, concentra-se o extracto em vácuo e purifica—se por cromatografia através de uma coluna de sílica-gel.
Obtêm-se assim 35 mg de uma mistura de amida de ácido lisérgico e amida de ácido isoligérgico (rendimento 700 mg/litro de cultura).
c) nas condições do exemplo 14b cultiva-se uma cultura de Claviceps paspali, mas com a diferença de se adicionar à cultura depois de 72 horas, 5 ml de uma suspensão estéril de 25 mg da = 23 = preparação de parede celular de Lactobacillus casei sub—especie Rhamnosus (ATCC 7469) em água. Depois do tratamento da cultura obtêm-se 45 mg de uma mistura de amida do ácido lisérgico e ami da do ácido isoligérgico (rendimento 900 mg/litro de cultura).
Exemplo
Estimulação da actividade de 15 -hidroxilase de Penicillium raistrickii (ATCC 10 490).
a) Um balão de Erlenmeyer de 2 litros de capacidade contendo
500 ml de um meio nutriente estéril composto por
3% de glucose monohidrato
1% de cornsteep liquor
0,2% de nitrato de sódio
0,05% de sulfato de magnésio heptahidratado
0,05% de cloreto de potássio
0,002% de sulfato de ferro (ϋ) hexahidratado
0,1% de dihidrogenofosfato de potássio
0,2% de hidrogenofosfato dipotássico _ ajustada ao pH 6,0_ é inoculada com uma raspagem de uma cultura em agar de Penicil— lium raistrickii (ATCC 1θ49θ) © agita-se durante 48 horas a 30° C e a 18o rotações por minuto.
b) Um balão de Ermenmeyer de 5θ0 ml contendo 100 ml de meio nutriente estéril composto por
1% de cornsteep liquor
3% de glucose monohidrato
0,1% de dihidrogenofosfato de potássio
0,2% de hidrogenofosfato dipotássico
0,05% de sulfato de magnésio heptahidratado
- ajustada a pH 6,0 é inoculada com 10 ml da pré-cultura de Penicillium preparada de acordo com a).
Adicionam-se depois à cultura 300 mg de 13Seguidamente extrai-se a cultura com metilisc
-etil-4—goneno-3,17-diona e fermenta-se durante 120 horas a 3θ°
C e a 18o rotações por minuto.
butilcetona, concentra-se o extracto e purifica-se o produto bruto obtido por cromatografia através de uma coluna de sílica-gel. Obtêm-se assim 180 mg de 13-etil-15 °(-hidroxi-4-goneno-3,17-diona.
c) Nas condições de b) promove—se a fermentação de 3θθ mg de 18-metil-norandrostenodiona com uma cultura de Penicillium raistrickii, mas com a diferença de se adicionar a esta cultura, imediatamente antes da adição do substrato, 5 ml de uma sus pensão estéril. Estes 5 ml da suspensão contêm 50 mg de uma pre paração de parede celular de Corynebacterium diphtheriae (estir pe Mass. 8) em água. Depois do tratamento da cultura obtêm-se 210 mg de 13—etil—15 CX —hidroxi—4—goneno—3,17—diona.

Claims (3)

  1. - 1? _
    Processo para o aumento da actividade enzima tica e do poder de síntese de organismos, caracterizado pelo facto de se porem em contactos os mesmos com microorganismos inactivados contendo eliciadores, com fragmentos dos mesmos, ou com excreções de microorganismos contendo eliciadores, com a condição de, para o aumento da actividade enzimática e do poder de síntese de organismos não microbianos, se utilizarem bactérias inactivadas contendo eliciadores, fragmentos das mesmas ou excreções de bactérias contendo eliciadores.
    -
  2. 2? Processo para o aumento da actividade enzima tica e do poder de síntese de microorganismos de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se porem em contac to os mesmos com microorganismos inactivados contendo eliciadores, com fragmentos dos mesmos ou com excreções de microorganis mos contendo eliciadores.
    = 25 =
  3. 3Processo para o aumento do poder de síntese de microorganismos de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de, para a formação de substâncias coradas, para a formação de alcaloides ou para a formação de antibióticos, se porem em contactos bactérias, fungos e leveduras apropriados com bactérias, fungos e leveduras inactivados contendo eliciadores, com os seus fragmentos ou com excreções destes microorganismo s .
    - 4? -
    Processo para o aumento de actividade enzimática de microorganismos de acordo com a reivindicação 2, caracteriza do pelo facto de, para a transformação de esteróides, se porem em contacto bactérias, fungos ou leveduras apropriados com bactérias, fungos ou leveduras inactivos contendo eliciadores, com fragmentos dos mesmos ou com excreções destes microorganismos.
    - 5- -
    Processo para o aumento do poder de síntese de organismos de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se porem em contacto culturas celulares de plantas superiores aptas para a síntese de substâncias coradas, para a síntese de alcaloides ou para a síntese de fitoalexina, com ba terias inactivadas contendo eliciadores, com fragmentos das me mas ou com excreções destas bactérias.
    - 6* -
    Processo para o aumento da actividade enzimática e do poder de síntese de organismos de acordo com as reivindica çães 1 a 5, caracterizado pelo facto de se porem em contacto os mesmos com microorganismos esterilizados por fervura, contendo eliciadores, ou com filtrados dos mesmos.
    A requerente declara que o primeiro pedido desta patente foi depositado na República Federal Alemã, em 13 de Janeiro de 1988, sob o número de série P 38 01 023.2.
    1« |o
    Lisboa, 12 de Janeiro de 1989.
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