PT891157E

PT891157E - Dispositivo de aplicacao laser

Info

Publication number: PT891157E
Application number: PT97925822T
Authority: PT
Inventors: Gerhard Muller; Thomas J Vogl Prof Dr Med; G Mack Dr Martin; Frank Kniep; Andre Rogan
Original assignee: Somatex Medizintechnische Inst
Priority date: 1996-04-04
Filing date: 1997-04-04
Publication date: 2001-09-27
Also published as: PL329173A1; CA2251370C; CA2251370A1; DE19702898A1; NO984566D0; US20010020165A1; EP0891157A1; CZ313798A3; WO1997037601A1; ES2157580T3; NO984566L; ATE199637T1; DE59703143D1; DK0891157T3; CZ288864B6; JPH11508173A; EP0891157B1; US6283958B1

Description

PESCRICÃO “DISPOSITIVO DE APLICAÇÃO LASER” O invento refere-se a um dispositivo de aplicação laser, tratando-se de um dispositivo de aplicação interventivo para a termoterapia induzida por laser de invasão mínima para tratamento de tumores em tecidos moles. A partir do estado da técnica é sabido que, com a radiação laser emitida por um condutor de fibra óptica, por exemplo a radiação de um laser Nd : YAG a 1064 nm, sob a utilização de uma fibra óptica feita de vidro de cristal (tipo PCS, HCS ou ALL-SILICA) como sistema condutor de raio, podem ser aplicados necroses de coagulação de simetria radial no tecido biológico. Para tal, a fibra condutora de luz é encostada ao tecido ou introduzida no tecido. Neste processo terapêutico terá de se contar com a desvantagem de, no ponto de contacto entre a superfície final da fibra e o tecido, ocorrer uma elevada densidade de potência que, dependente do diâmetro da fibra, acima de alguns 100 mW de rendimento luminoso leva à carbonização da superfície do tecido e, assim, impede um maior alastramento da radiação no tecido devido à elevada absorção de carbono.

Além disso, é conhecido um equipamento de aplicação de radiação laser (DE4137983Al), em que a extremidade do condutor de fibra óptica para radiação laser, que está voltada para o objecto a tratar, se encontra num invólucro tubular estanque transparente no lado frontal para a radiação, em especial num tubo de plástico estanque a ar e líquidos na extremidade do lado do objecto, em que o lado frontal do invólucro e/ou a extremidade do condutor de fibra ópticas está equipado com um dispositivo difusor que possui um volume de difusão. São também usados 754 2 tubos de câmaras múltiplas para proporcionar uma eventual refrigeração através de uma peça distribuidora conectada. É conhecido uma EP 0 634 909 „Haste de trabalho para a terapia fototérmica“, em que uma haste de trabalho óptica com condutor de fibra óptica no interior, que pode ser banhado, é introduzido num endoscópio de modelo conhecido e, assim, possibilita o tratamento de um tumor. Uma desvantagem desta solução técnica resulta do facto de um reposicionamento do endoscópio com haste de trabalho e que inclui um condutor de fibra óptica só é possível com um novo puncionamento.

Além disso, é conhecida a solução técnica WO 94/26184 „Processo e equipamento para a obliteração térmica de tecidos biológicos“, em que um processo para a obliteração térmica de tecidos biológicos através de um condutor de fibra óptica por radiação laser aplicada no tecido, sendo a radiação difundida através de um meio injectado junto à superfície de saída da radiação no condutor de fibra óptica e através da injecção medianamente ou altamente viscosa difusora compatível que não absorve a radiação laser, mas a difunde dentro dos tecidos, é formado um depósito de fluído de difusão não separado, que é usado para o aquecimento controlado dos tecidos. O equipamento para a execução do processo está representado, em que existe uma disposição de condutores de fibra óptica conectável a uma fonte de radição laser, contida num lúmen de uma sonda de diversos lúmens e um equipamento conectado a, pelo menos, uma outra sonda de lúmen para o abastecimento de um líquido medianamente a altamente viscoso. Uma desvantagem desta solução técnica é o facto do reposicionamento do endoscópio com a haste de trabalho inclusa e com condutor de fibra óptica só ser possível com um novo puncionamento. A desvantagem em todos estes processos terapêuticos que foram apresentados aqui, baseia-se no facto de que os respectivos métodos de tratamento 3 das diversas soluções técnicas com os seus equipamentos não permitir a flexibilidade no tratamento de tumores em tecidos moles. O objectivo deste invento é o de conceber um dispositivo de aplicação laser que permita um tratamento suave do paciente e permita a monitorização através da tomografia computadorizada ou tomografia de ressonância magnética. A função do invento é de criar um dispositivo de aplicação laser que elimine as desvantagens do estado da técnica e dos actuais processos terapêuticos através da concepção de um dispositivo de aplicação interventivo para a terapia laser de tumores em tecidos moles, sendo necessário, para tal, criar um posicionamento preciso através da estabilidade do dispositivo de aplicação laser e assegurada uma elevada flexibilidade na utilização de um laser no tratamento de tumores em tecidos moles.

Esta tarefa é solucionada por este invento através da concepção de um dispositivo de aplicação laser de acordo com a reinvindicação 1.

Como componente adicional do dispositivo de aplicação laser existe um cateter envolvente com um mandril interior. Este cateter envolvente com o mandril interior é introduzido aquando da remoção do mandril do tubo de introdução. O cateter envolvente está concebido de forma que na extremidade distai é estanque a ar e líquidos e apresenta uma ponta no cateter envolvente, o que contribui substancialmente para que possa ser feito um reposicionamento do cateter envolvente no tumor a tratar. No cateter envolvente também se encontram marcações em intervalos de 1 cm, o que permite um posicionamento preciso do cateter envolvente durante a introdução no tubo de introdução. O início da graduação (marcas) no cateter envolvente está feito de forma a que, ao ser alcançada a primeira marcação, este sobressaia do tubo de introdução aprox. 30 mm, o que é essencial para a funcionalidade do dispositivo de aplicação laser. Dentro do cateter envolvente está um mandril interior, que na extremidade possui uma pega para a remoção. O mandril interior é feito de fio em aço inoxidável, que, preferencialmente, deve ser feito de

material paramagnético. Este fio em aço inoxidável está envolto por um invólucro de plástico. É essencial que, através do mandril interior, seja obtida uma estabilização da introdução do cateter envolvente no tubo de introdução e, assim, se possa proceder ao posicionamento preciso da ponta do cateter envolvente no tumor a tratar. Também é essencial no invento que o tubo de introdução com mandril e o cateter envolvente com o seu mandril interior sejam feitos de materiais que possam ser aplicados na monitorização do processo terapêutico através da tomografia computadorizada ou tomografia de ressonância magnética. De preferência, os materiais que compõem o tubo de introdução e o mandril, bem como o cateter envolvente com o mandril interior, são feitos de plástico, sendo utilizado polietileno (PE), politetrafluoretileno (PTFE), perfluoretilenopropileno (FEP). O dispositivo de aplicação laser inventado apresenta as seguintes vantagens em relação aos dispositivos de aplicação conhecidos para a terapia laser nos tumores em tecidos moles.

As marcações (graduação) feitas no tubo de introdução permitem um posicionamento exacto do tubo de introdução no paciente. O posicionamento exacto do dispositivo de aplicação laser em relação à lesão é determinante para o êxito da terapia. Além disso, terá de ser constatado, que, através da membrana na peça em T do tubo de introdução, poderá ser feito um posicionamento seguro e antiderrapante do cateter envolvente de acordo com o invento. O cateter envolvente é termoestável até 400°C e na extremidade distai é estanque a ar e líquidos. O cateter envolvente, que, assim, impede um contacto directo do aplicador laser com o paciente, dispõe de um mandril interior, composto de um fio de material paramagnético, que contribui, de forma determinante, para a estabilização do cateter envolvente durante a introdução. Assim, por um lado, o cateter envolvente pode ser mantido fino, por outro, é conseguida a estabilidade necessária. As marcações do cateter envolvente permitem um posicionamento exacto do cateter envolvente e impedem que ocorra a fusão do tubo de introdução quando o cateter envolvente transparente não sobressair o suficiente do sistema do tubo de introdução impermeável à luz. Através do controlo constante por um tomógrafo computadorizado ou tomógrafo de ressonância magnética é possível um reposicionamento do cateter envolvente, que está aplicado no interior do tubo de introdução. Se, durante a introdução do aplicador laser, for detectada uma avaria ou outra falha de funcionamento, pode ser introduzido a qualquer momento um novo aplicador laser, sem que tenha de ser iniciada uma nova fase terapêutica. Através da respectiva composição do material está criado um dispositivo de aplicação laser que é compatível com a monitorização por tomografia computadorizada ou tomografia de ressonância magnética.

Uma outra vantagem resultante da invenção encontra-se no facto de, no final da terapia laser e remoção do tubo de introdução, poderem ser introduzidos agentes de tratamento através do abastecimento tubular e torneira de três vias conectada, como, por exemplo, cola de tecido e, assim, é impedida a propagação das células do tumor tratado, o que na terapia laser em tumores representava até agora uma desvantagem marcante.

Além disso, basta um puncionamento único de um tumor a ser tratado com o dispositivo de aplicação laser inventado, o que impede a propagação do tumor.

Como outras indicações para a utilização do dispositivo de aplicação laser inventado devem ser considerados os seguintes aspectos. Com este dispositivo de aplicação laser inventado é possível uma terapia laser percutânea de, por exemplo, metástases hepáticas, que, devido à sua distribuição não são removíveis por via operativa. Além disso, é possível a terapia laser de metástases operáveis, quando o paciente recusa a operação. Simultaneamente é possível colocar um paciente em estado operável através do tratamento laser recorrendo ao dispositivo de aplicação laser em uma ou várias metástases. E possível tratar metástases com, no máximo, 4 cm de diâmetro. Como outros âmbitos de aplicação do dispositivo de aplicação laser devem ser referidas a terapia paliativa de tumores recidivantes na área da cabeça e pescoço e a terapia percutânea de tumores em tecidos moles na área da bacia. O cateter envolvente do dispositivo de aplicação laser está equipado com um conector. A este conector está ligada uma peça de fixação de um cateter interior envolvente, estando o cateter interior envolvente dentro do cateter envolvente do 7S4 6 dispositivo de aplicação laser. Na extremidade distai do cateter interior envolvente é aplicada uma saída para o agente de lavagem ou refrigeração. O conector do cateter envolvente e a peça de fixação do cateter interior envolvente podem ser unidos de forma fixa através de uma rosca de fecho no conector. O conector e a peça de fixação possuem ligações, havendo nas ligações peças em T. Através das peças em T é ligada uma bomba para a circulação do agente de lavagem e/ou refrigeração. Assim, através de uma peça em T do cateter interior envolvente é conduzido um líquido de lavagem e/ou refrigeração, de preferência soro fisiológico isotónico estéril, através da ligação da peça de fixação para dentro do cateter interior envolvente, em que o refluxo entre o cateter interior envolvente e o cateter envolvente é feita através do conector e a ligação para a peça em T. Assim, toda a área de tecido exterior puncionada é refrigerada de forma óptima pelo agente de refrigeração.

Na peça de fixação do cateter interior envolvente está aplicada uma vedação em diafragma. Através desta vedação em diafragma é introduzido e retirado o mandril interior do dispositivo de aplicação laser e também introduzido o aplicador laser no tratamento terapêutico. Uma outra vedação em diafragma no conector serve para vedar durante a introdução do cateter interior envolvente no cateter envolvente.

Através da composição especial do cateter envolvente existem outras vantagens essenciais na utilização do dispositivo de aplicação laser. Com a utilização do dispositivo de aplicação laser é possível obter, sob condições óptimas, necroses de coagulação com um diâmetro máximo de 20 a 25 mm. Devido à eliminação do calor, que está limitado grandemente pelo fluxo sanguíneo nos vasos e difusão do tecido, in vivo não é possível, por regra, induzir com o dispositivo de aplicação laser necroses de coagulação maiores que 2 x 2 x 2 cm sem a utilização do cateter interior envolvente. No entanto, a maioria dos tumores nos tecidos moles já possui um tamanho de 3 a 4 cm quando são diagnosticados. Até agora, para se coagular um volume de 4 x 4 x 4 cm com a utilização do dispositivo de aplicação laser da patente principal eram necessárias oito aplicações laser e, assim, também oito puncionamentos. Neste caso, usava-se uma potência de laser de aproximadamente 5 Watt durante 20 minutos. É determinante que, através da versão com cateter envolvente, a utilização do dispositivo de aplicação laser possa induzir necroses de coagulação de até 4,2 x 4,2 x 4,2 cm através de uma aplicação laser. Neste caso, aplicam-se potências laser de até 30 Watt durante até 15 minutos. Através do cateter envolvente, que é utilizado no dispositivo de aplicação laser, consegue-se que as elevadas potências laser só sejam aplicadas se estiver assegurada uma refrigeração do tecido imediatamente adjacente ao cateter envolvente e, assim, seja impedida uma carbonização ou vaporização do tecido. Uma carbonização ou vaporização no tecido imediatamente adjacente ao cateter envolvente impede um alastramento da zona de coagulação, pois toda a potência laser no comprimento de onda aplicado de 1064 nm seria absorvido pela área circundante do cateter envolvente. O cateter de aplicação laser, em conjunto com o cateter envolvente do dispositivo de aplicação laser do registo principal, apresenta as seguintes vantagens para o paciente: 1. Para coagular uma lesão de 4 x 4 x 4 cm basta uma aplicação laser com o cateter envolvente em combinação com o dispositivo de aplicação laser, em vez das oito aplicações laser com o dispositivo de aplicação laser. 2. Além disso, através da redução substancial do número de puncionamentos reduz-se o risco de complicações decorrentes do puncionamento, como hemorragias, lesões vasculares e nervosas ou lesões em órgãos. 3. Como o número dos puncionamentos necessários para o tratamento de tumores diminui, reduz-se também o risco de uma propagação do tumor pelas células e, por conseguinte, o risco de uma metástase de vacinação. 4. A utilização do cateter envolvente especial em conjunto com o dispositivo de aplicação laser leva também a uma redução nítida dos custos, pois com uma lesão com um tamanho de 4 x 4 x 4 cm já não é necessário fechar oito canais de puncionamento com cola de fibrina, mas só um canal de puncionamento.

5. Como, por regra, não são tolerados pelo paciente oito puncionamentos numa sessão da terapia, a segunda metade do tumor teria de ser tratada numa segunda sessão com terapia laser. Na utilização do cateter envolvente do dispositivo de aplicação laser não é necessário recorrer a uma segunda sessão. 6. Em lesões com um diâmetro de até 4 cm de diâmetro é conseguido, com a utilização do cateter envolvente com o dispositivo de aplicação laser, uma bastante maior probabilidade de uma coagulação do tumor a 100%. Assim, através desta utilização é possível obter uma redução nítida das recidivas locais.

Os desenvolvimentos vantajosos do invento estão caracterizados nas reinvindicações secundárias ou são apresentadas em seguida com mais pormenor em conjunto com a descrição do exemplo de concepção preferido do invento com base em figuras. As figuras mostram:

Figura 1 Agulha de puncionamento;

Figura 2 Fio em aço inoxidável;

Figura 3 Tubo de introdução do mandril;

Figura 4 Tubo de introdução com peça em T;

Figura 5 Cateter envolvente;

Figura 6 Cateter envolvente do mandril interior;

Figura 7 Cateter envolvente com refrigerador;

Figura 8 Ponta do cateter envolvente com refrigerador.

A figura 1 apresenta uma agulha de puncionamento 1 com um mandril de agulha 2 incluso, que apresenta uma ponta de mandril de agulha 3. Trata-se de uma agulha de puncionamento de um modo de construção conhecido. Neste caso, é essencial que a agulha de puncionamento 1 seja feita de material paramagnético e, assim, tome possível a utilização da tomografia de ressonância magnética. A agulha de puncionamento 1 possui um comprimento de aprox. 200 mm e um diâmetro de aprox. 1,3 mm. O mandril de agulha apresenta uma ponta de puncionamento triangular, que sobressai da agulha de puncionamento 1. Com uma pega, o mandril de agulha 2 pode ser removido sem problemas da agulha de puncionamento 1.

Na figura 2 é representado um fio 4 em aço inoxidável, existindo uma versão especial desse fio 4 com uma ponta de mola 5, sendo este equipado com uma mola cónica. No exemplo apresentado, o comprimento do fio é de aproximadamente 1 metro, tendo a ponta de mola 5 aprox. 100 mm de comprimento. O fio 4 é fabricado a partir de material paramagnético.

As figuras 3 e 4 mostram o tubo de introdução 6 e o mandril 12, sendo o tubo de introdução 6 e o mandril 12 feitos à base de plástico, como, por exemplo, PE, PTFE, FEP. O tubo de introdução 6 possui um comprimento de aproximadamente 100 - 200 mm e um diâmetro de aprox. 1,5 mm até 4 mm de acordo com o modelo. O mandril 12, que existe no tubo de introdução 6, é, de acordo com o tamanho do tubo de introdução 6, concebido de forma a caber com exactidão. Na extremidade proximal do tubo de introdução 6 existe uma lamela de silicone 10, em que se conecta uma peça em T 9. Esta lamela de silicone 10 está concebida como membrana de silicone sob a forma de uma lamela dobrável dobrada. Através da lamela de silicone 10 é melhorado substancialmente o manuseamento do tubo de introdução 6. Na peça em T existe um abastecimento tubular 8 e, em seguida, uma torneira de três vias 7. Por cima da torneira de três vias 7 e o abastecimento tubular 8 é possível aplicar na peça em T 9 adicionalmente um anestésico local, assim como, por exemplo, lubrificante, cola de tecido, álcool, etc., o que contribui de forma substancial para que, mesmo as lesões com cápsula, possam ser tratadas maioritariamente sem dor. Além disso, existe na peça em T 9 uma rosca exterior 13, 10 através da qual o mandril 12 com a rosca interior pode ser fixado à pega 14. Entre a peça em T 9 e a rosca exterior 13 existe uma membrana 16, que impede que possam haver fugas de líquidos e assegura um posicionamento seguro e antiderrapante do cateter envolvente 17. No tubo de introdução 6 existem marcações 11. Estas encontram distribuídas de forma vantajosa em intervalos de 1 cm por todo o tubo de introdução 6. Assim, é possível o posicionamento preciso do tubo de introdução. O mandril 12, quando fixado ao tubo de introdução 6, apresenta um comprimento que se distingue pelo facto de aprox. 1 cm da ponta do mandril 15 sobressair do tubo de introdução 6 na extremidade distai.

Uma versão preferida é também a que tem o mandril 12 oco. Através deste formato oco do mandril 12 é garantida uma maior capacidade de deslizamento durante a introdução do tubo de introdução 6 no paciente com o mandril 12 através do fio 4.

As figuras 5 e 6 apresentam, de acordo com o invento, o cateter envolvente 17 com mandril interior 20. O cateter envolvente 17 é feito de um plástico termoestável, que suporta temperaturas até 400 °C. Neste caso, é vantajosa a aplicação de plásticos como PTFE e FEP. O cateter envolvente 17 possui um comprimento de aprox. 400 mm. Essencial no invento é a ponta existente na extremidade distai do cateter envolvente, que é estanque a ar e líquidos. O diâmetro exterior do cateter envolvente poderá variar de 1,5 a 4 mm, de acordo com o modo de utilização. Neste cateter envolvente 17 existe um mandril interior 20 com uma pega 19. Quanto ao mandril interior 20 trata-se de um fio, composto de um material paramagnético, e possui um invólucro em plástico. Através deste mandril interior 20, o cateter envolvente 17 pode, durante a introdução no tubo de introdução 6, devido à grande estabilidade do fio em aço inoxidável, ser introduzido no mandril interior 20 com um posicionamento seguro, e continuam a existir possibilidades de comando, para realizar o posicionamento do cateter envolvente 17. No cateter envolvente 17 existem, na parte superior, do lado oposto à ponta do cateter envolvente 21, marcações em intervalos de 1 cm. A primeira marcação para a ponta do cateter envolvente 21 está disposta de modo que, durante a introdução no tubo de introdução 11 6 e ao alcançar a primeira marcação, aprox. 30 mm do cateter envolvente 17 sobressaiam do tubo de introdução 6 na extremidade distai. Através da remoção do mandril interior 20 com a pega 19 pode ser empregue, em seguida e sem problemas, um condutor de fibra óptica para tratamento laser do respectivo tumor. Com base no posicionamento do cateter envolvente 17 de acordo com o invento, através da marcação no cateter envolvente 17 para o tubo de introdução 6, pode-se impedir, em grande parte, que, no tratamento com o condutor de fibra óptica, se verifique uma fusão da fonte luminosa com o tubo de introdução impermeável à luz laser 6, pois o cateter envolvente 17 sobressai sempre aprox. 30 mm do tubo de introdução 6 na extremidade distai. A figura 7 apresenta uma versão especial do cateter envolvente com refrigeração, que é composto do modo descrito em seguida. O cateter envolvente 17 do dispositivo de aplicação laser é usado do mesmo modo, havendo na extremidade proximal do cateter envolvente 17 um conector 22. No conector 22 está conectada uma peça em T 26 através de uma ligação 25. A esta peça em T 26 está ligada uma bomba para o abstecimento com agente de lavagem e/ou refrigeração. Através de uma rosca de fecho no conector 22 é fixada com firmeza uma peça de fixação 23 do cateter interior envolvente 30. O cateter interior envolvente 30 encontra-se no interior do cateter envolvente 17. Neste caso, o cateter interior envolvente 30 está concebido de forma que a extremidade distai termine 5 mm antes da ponta do cateter envolvente 21. O cateter interior envolvente 30 está aberto na extremidade distai. Através da peça de fixação 23 do cateter interior envolvente 30 também são disponibilizadas uma ligação 24 e uma peça em T 27 para conexão de uma bomba para o agente de lavagem e/ou refrigeração. O agente de refrigeração 31 passa, através da peça em T 24, ligação 25, peça de fixação 23, pelo cateter interior envolvente 30 até à ponta do cateter envolvente 17 e, na fase de refluxo, o agente de lavagem e/ou refrigeração 31 é conduzido entre o cateter envolvente 17 e o cateter interior envolvente 30 através do conector 22, peça de ligação 25, peça em T 26 até à bomba. Para o agente de lavagem e/ou refrigeração é usado, preferencialmente, soro fisiológico isotónico estéril. No cateter interior envolvente 30 é introduzido o aplicador laser 33. Deste modo, está garantida uma refrigeração máxima de todos os 7ί4 12 tecidos puncionados, pois, através do refluxo entre o cateter envolvente 17 e o cateter interior envolvente 30, a refrigeração é transferida para toda a zona do tecido puncionado, o que representa uma vantagem essencial obtida pelo invento. Para a vedação durante a introdução do aplicador laser 33 ou a remoção do mandril interior 20 do dispositivo de aplicação laser existe uma vedação em diafragma 28 na peça de fixação 23 do cateter interior envolvente 30. Para vedar a introdução do cateter interior envolvente 30 existe no conector 22 uma vedação em diafragma 29. A figura 8 apresenta a ponta do cateter envolvente 17 na sua forma de apresentação. É visível que o agente de refrigeração 31 sobressai do interior do cateter interior envolvente 30 e sobressai na ponta do cateter envolvente 21 no lado exterior entre o cateter interior envolvente 30 e o cateter envolvente 17. Como o aplicador laser 33 sobressai através da extremidade distai do cateter interior envolvente 30, através do fluxo do agente de lavagem e/ou refrigeração, toda a zona exterior do tecido do tumor a tratar é refrigerada.

De acordo com o invento, a utilização do dispositivo de aplicação laser durante um tratamento terapêutico de um tumor em tecidos moles é feita do seguinte modo.

Com a agulha de puncionamento 1, o mandril de agulha 2 incluso e a ponta do mandril de agulha 3, o tumor a tratar é puncionado. O puncionamento é facilitado através da ponta de mandril de agulha triangular 3 da agulha de puncionamento 1. Após o puncionamento positivo, o mandril de agulha 2 é retirado da agulha de puncionamento 1. Em seguida, é introduzido um fio 4 até à extremidade distai da agulha de puncionamento 1. Através deste fio 4 é removida a agulha de puncionamento 1. Em seguida, é aplicado no fio 4 o tubo de introdução 6 com o mandril 12 fixado e conduzida até à extremidade distai do fio 4 no tumor a ser tratado. Após o posicionamento preciso do tubo de introdução 6, o fio 4 é retirado com o mandril 12. Na torneira de três vias 7 são disponibilizados os anestésicos locais necessários. Através de um ligeiro movimento de rotação da pega 14 do 7ί4 13 mandril 12 é desprendida a fixação com a peça em T 9 do tubo de introdução 6, e o mandril 12 pode ser puxado para fora do tubo de introdução 6.

Uma versão preferida permite também que, através das marcações no tubo de introdução 6, possa ser realizado um posicionamento preciso do tubo de introdução 6 no tumor a ser tratado. Em seguida, o cateter envolvente 17 com o mandril interior 20 incluso é introduzido no tubo de introdução 6. Com base na marcação no cateter envolvente 17 é possível um posicionamento preciso do cateter envolvente 17 no tumor a ser tratado, prevendo o invento que a primeira marcação esteja colocada de modo que o cateter envolvente 17 sobressaia 30 mm da extremidade ditai do tubo de introdução 6. Para permitir uma melhor correcção e estabilização durante a introdução do cateter envolvente 17 existe o mandril interior 20. Após a remoção do mandril interior 20 com a pega 19 é, depois, introduzido um condutor de fibra óptica para a respectiva terapia laser até à extremidade distai do cateter envolvente 17. Através da constante monitorização com o auxílio de tomografia computadorizada e tomografia de ressonância magnética, pode-se proceder a um posicionamento preciso do cateter envolvente 17 com a ponta do cateter envolvente 21, prevista pelo invento. Além disso, pode ser verificado o modo de funcionamento do condutor de fibra óptica introduzido, de modo a impedir que ocorra uma fusão da fonte de luz com o invólucro não transparente do tubo de introdução 6. Através do posicionamento preciso com o auxílio do tubo de introdução 6 e o cateter envolvente 17 é também possível, remover um condutor de fibra óptica danificado e substituí-lo por um condutor de fibra óptica novo e, assim, evitar um novo puncionamento. Após a realização do tratamento com o condutor de fibra óptica, este é retirado e, em seguida, o cateter envolvente 17 e o tubo de introdução 6. É possível, por exemplo, introduzir cola de tecido durante a remoção do tubo de introdução 6 através da torneira de três vias 7 e o abastecimento tubular 8 na peça em T 9 e, assim, ser obtida uma vantagem do invento, resultante de uma propagação mínima das células do tumor a ser tratado durante a remoção do tubo de introdução 6, o que constituía até agora uma desvantagem determinante na terapia laser de tumores.

Legenda 1. Agulha de puncionamento 2. Mandril de agulha 3. Ponta de mandril de agulha 4. Fio 5. Ponta de mola 6. Tubo de introdução 7. Torneira de três vias 8. Abastecimento tubular

9. Peça em T 10. Lamela de silicone 11. Marcação 12. Mandril 13. Rosca exterior 14. Pega 15. Ponta de mandril 16. Membrana 17. Cateter envolvente 18. Marcação 19. Pega 20. Mandril interior 21. Ponta do cateter envolvente 22. Conector 23. Peça de fixação 24. União 25. União

26. Peça em T

27. Peça em T 28. Vedação em diafragma 15 29. Vedação em diafragma 30. Cateter interior envolvente 31. Agente de lavagem e/ou refrigeração 32. Rosca de fecho 33. Aplicador laser

Lisboa, 12 de Junho de 2001

I 0 Agente Oficial da Propriedade Industrial

JOSÉ DE SAMPAIO A.O.P.I. Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1269-063 LÍSCOA

Claims

RE I V I N P I C A Ç Ò E S 1. Dispositivo de aplicação laser para tratamento de tumores que inclui um tubo de introdução (6) com mandril oco (12) incluso, que pode ser fixado, destinado à introdução do tubo de introdução ao longo da agulha de puncionamento (1) com mandril de agulha (2,3,4) no tecido a ser tratado, um cateter envolvente (17) de plástico, cuja extremidade distai é estanque a ar e líquidos e possui na extremidade proximal um conector (22), em que o cateter envolvente (17), após a remoção do mandril incluso (12) no tubo de introdução (6), sobressai da extremidade distai do tubo de introdução (6), um mandril interior (20), que pode ser introduzido no cateter envolvente (17) e se destina à sua estabilização durante a introdução para o interior e através do tubo de introdução (6) até ao tecido tumoral, um cateter interior envolvente (30), que, após a remoção do mandril interior (20) para fora do cateter envolvente (17), pode ser introduzido no cateter envolvente (17), possuindo o cateter interior envolvente (30) uma extremidade distai aberta bem como uma peça de fixação (23) na extremidade proximal, através da qual, com o conector (22) do cateter envolvente (17) é estabelecida uma ligação que pode ser separada, de modo que o cateter interior envolvente (30) termine na extremidade distai 5 mm antes da ponta do cateter envolvente (21) , um condutor de fibra óptica (33), que pode ser introduzido no cateter interior envolvente (30) e se encontra disposto de forma deslocável, de modo que a sua extremidade distai sobressaia da extremidade distai do cateter interior envolvente (30), em que o cateter interior envolvente (30) possui na sua extremidade distai uma saída para o agente de refrigeração destinado à refrigeração da ponta distai do cateter envolvente (17), o que permite refrigerar a área de tecido puncionada e a ponta distai do condutor de fibra óptica (33), Μ em que na extremidade proximal do tubo de introdução (6) existe um dispositivo (7,8,9) para o abastecimento de líquidos ou aspiração de líquidos, e em que tanto no tubo de introdução (6) como no cateter envolvente (17) existem marcações, de modo a ser possível um posicionamento preciso em relação um ao outro, bem como em relação ao tumor.
2. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto do tubo de introdução (6) e o mandril (12) nas extremidades distai e proximal estarem abertos.
3. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto de que o cateter envolvente (17) na extremidade distai possuir uma ponta de cateter envolvente (21) bem como se encontrar aberto na extremidade proximal.
4. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto de que no tubo de introdução (6) e no cateter envolvente (17) estarem dispostas marcações (18) e (11), para que o cateter envolvente (17), após a sua introdução no tubo de introdução (6), sobressaia 30 mm na extremidade distai do tubo de introdução (6).
5. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicações 1 e 4, caracterizado pelo facto das marcações (11, 18) existirem em intervalos de 1 cm, estando no tubo de introdução (6) marcado o comprimento total.
6. Dispositivo de aplicação laser segundo, pelo menos, uma das reinvindicações acima referidas, caracterizado pelo facto do tubo de introdução (6) na extremidade proximal possuir uma peça em T (9), em que a lamela de silicone (10) se encontra posicionada entre a peça em T (9) e o tubo de introdução (6) e, no outro lado, existir uma rosca exterior (13), com uma membrana interior (16), bem como na peça em T (9) existir um abastecimento tubular (8) com uma torneira de três vias (7) na extremidade.
7. Dispositivo de aplicação laser segundo, pelo menos, uma das reinvindicações, caracterizado pelo facto de a pega (14) no mandril (12) possuir uma rosca interior, o que toma possível uma fixação do mandril (12) com a rosca exterior (13) do tubo de introdução (6).
8. Dispositivo de aplicação laser segundo, pelo menos, uma das reinvindicações acima referidas, caracterizado pelo facto de que o tubo de introdução (6) e o mandril (12) são ocos e são compostos de um material adequado para a tomografia de ressonância magnética, de preferência em PE, FEP, PTFE, etc.
9. Dispositivo de aplicação laser segundo, pelo menos, uma das reinvindicações acima mencionadas, caracterizado pelo facto de o mandril (12), na extremidade distai e em estado fixado, sobressair aproximadamente 10 mm do tubo de introdução (6) e apresentar uma ponta de mandril aberta (15).
10. Dispositivo de aplicação laser segundo, pelo menos, uma das reinvindicações acima mencionadas, caracterizado pelo facto do mandril interior (20) ser composto de um fio, que é composto preferencialmente de um material paramagnético e está envolvido por um invólucro de plástico.
11. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto de existir na peça de fixação (23) uma vedação em diafragma (28) e através de uma ligação (24) estar conectada uma peça em T (27).
12. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto de no conector (22) existir uma vedação em diafragma (29) e através de uma ligação (25) estar conectada uma peça em T (26).
13. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 11 e 12, caracterizado pelo facto de na peça em T (27 e 26) estar ligada uma bomba para o abastecimento de agente de lavagem e/ou refrigeração(31).
14. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 13, caracterizado pelo facto de que como agente de lavagem e/ou refrigeração (31), que entra através do cateter interior envolvente (30) no cateter envolvente (17), é usado soro fisiológico isotónico estéril.
15. Dispositivo de aplicação laser segundo reinvindicação 1, caracterizado pelo facto de o cateter interior envolvente (30) estar concebido de modo de que está assegurado 4 um refluxo do agente de lavagem e/ou refrigeração (31) entre o cateter envolvente (17) e o cateter interior envolvente (30). 2001 Lisboa, 12 de Junho de Agente Oficio! da Propriedade Industrial

JOSÉ DE SAMPAIO A.O.P.I. Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1269-063 LISBOA