PT99730B

PT99730B - Aparelho proprio para o fornecimento intersticial de energia laser

Info

Publication number: PT99730B
Application number: PT99730A
Authority: PT
Inventors: Joshua Makower
Original assignee: American Med Syst
Priority date: 1990-12-10
Filing date: 1991-12-09
Publication date: 1999-02-26
Also published as: ES2075676T3; CA2094250A1; IE914281A1; IE80665B1; EP0561903B1; AU9055591A; EP0561903A1; DE69111079D1; DE9190181U1; JPH0714394B2; DK0561903T3; AU663065B2; WO1992010142A1; ATE124616T1; PT99730A; JPH05507230A; DE69111079T2; GR3017061T3

Description

DESCRIÇÃO

DA

PATENTE DE INVENÇÃO

N.° 99'.730'

REQUERENTE: Pfizer .hospital Products group, inc., norte-americana, industrial, com sede em 235 East 42nd Street, New York - USA

EPÍGRAFE: aparelho e método proprios para o forneci

MENTO INTERSTICIAL DE ENERGIA LASER.

INVENTORES: joshua makower

Reivindicação do direito de prioridade ao abrigo do artigo 4? da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883.

ESTADOS UNIDOS AMERICA DO NORTE, em 10 de Dezembro de '

990, sob o No.62.5,332

INPI. MOO. 113 B f 16733

PFIZER HOSPITAL PRODUCTS GROUP, INC.

APARELHO E MÉTODO PRÓPRIOS PARA O FORNECIMENTO INTERSTICIAL DE

ENERGIA LASER

MEMÓRIA DESCRITIVA

Resumo

O presente invento diz respeito a um aparelho e método próprios para o fornecimento de energia laser a um órgão adjacente a uma passagem natural do corpo humano. É essencialmente constituído por um sistema formado por um cateter e por uma ou mais agulhas móveis que coloca um ou mais elementos (23) constituídos por fibras ópticas e um ou mais dispositivos (24) no seio da massa dum órgão (43) adjacente a uma passagem natural (42) do corpo humano fazendo-os passar através da parede dessa mesma passagem e através desse mesmo órgão. 0 cateter (1) é colocado numa posição adjacente ao órgão (43) e as agulhas (15) são obrigadas a avançar de maneira a parede e deslocar-se no seio do elementos (23) constituídos por fibras ópticas. A agulha (15) pode ser recolhida para dentro do cateter (1) antes de se proceder ao fornecimento da energia laser ou permanecer no seio do órgão (43) a fim de servir de veículo promotor duma acção de aspiração-irrigação. No cateter (1) encontram-se formados uns lúmenes (16) próprios para conduzir as agulhas ocas (15) que também podem ser utilizados para efectuar a aspiração ou a irem perfurar mecanicamente a órgão (43) juntamente com os ϊ

irrigação da passagem (42). Pode ser proporcionada a existência de um ou mais balões de dilatação (19, 20) a fim de se poder fixar e apoiar temporariamente o cateter (1) enquanto a agulha (15) estiver a ser introduzida no interior do órgão (43). A temperatura da zona do órgão a ser tratada é monitorizada por meio de uns dispositivos (24) de avaliação da temperatura que se acham aplicados nos elementos (23) constituídos por fibras ópticas. Os pequenos furos produzidos pelas perfurações realizadas pelas agulhas ocas (15) vão cicatrizar rapidamente e assim reduzir ao mínimo os riscos de infecção.

CAMPO DE APLICAÇÃO DO INVENTO

O presente invento diz respeito a um aparelho e a um método próprios para o fornecimento de energia laser a órgãos internos com vista ao tratamento desses mesmos órgãos e em particular ao tratamento de doenças da próstata, incluindo a hipertrofia benigna da próstata (BPH) e o cancro da próstata. Mais particularmente, o presente invento diz respeito a um cateter que inclui um sistema de sistema de agulha próprio para conduzir uma fibra óptica de guiamento de raios laser directamente à zona a ser tratada por meio do método de fornecimento de energia.

ANTECEDENTES DO INVENTO

As doenças da próstata são das doenças mais vulgares de que padecem os indivíduos do sexo masculino nos Estados Unidos. Entre as doenças da próstata, tal como aqui são designadas, encontram-se incluídas a hipertrofia benigna da próstata (BPH) e o cancro da próstata. Estas duas etiologias afectam uma grande parte dos homens com idades acima dos 60 anos.

Entre os sintomas clínicos da BPH encontra-se incluída a obstrução das vias urinárias devido ao facto da próstata se apresentar com dimensões aumentadas. Apesar de não ser totalmente compreendida, a etiologia da BPH tem-se concentrado em duas hipóteses. A primeira dessas hipóteses identificou a morfologia das células hiperplásticas como uma doença das células do estroma. A segunda dessas hipóteses investigou os efeitos da pró-hormona di-hidrotestosterona (DHT), que é o mediador principal da acção do androgênio sobre as células prostãticas.

tratamento correntemente aceite a.'BPH consiste na ressecção transuretral da próstata (TURP). São realizadas aproximadamente 400.000 TURPs por ano para tratar esta doença nos Estados Unidos. Os graus de morbilidade e de mortalidade da TURP são de 17 e de 1 por cento, respectivamente, para todos os grupos etários combinados. As percentagens mais elevadas de complicações têm lugar entre a população mais idosas, com custos anuais devidos a intervenções cirúrgicas e a hospitalizações de valor superior a 1 bilião de dólares.

Entre os vários tratamentos disponíveis para a doença da BPH podem-se referir os meios farmacológicos tais como os agentes vasoactivos e anti-androgénio. As drogas vasoactivas principalmente utilizadas são receptores alfa^, não tendo efeito os receptores alfa₂· Estas drogas reduzem o tónus dos músculos lisos no interior da próstata, que é em parte responsável pela obstrução mecânica da passagem da urina através da uretra prostática. Os dados relativos a este tratamento sugerem uma boa eficácia no alívio dos sintomas, mas chama-se a atenção para o facto de que a obstrução mecânica pode continuar a existir e poderá promover a formação de infecções nas vias urinárias, de pedras na vesícula e possivelmente de obstruções das vias urinárias superiores.

Os agentes anti-androgénio foram também utilizados para reduzir os sintomas associados à BPH. A principal função destes bloqueadores de anti-androgénio consiste em reduzir os efeitos da actividade da DHT na próstata competindo com os receptores de androgénio. Apesar de haver provas acerca da eficácia clínica destes agentes na redução das dimensões da próstata e no alívio dos sintomas associados, o problema desta intervenção farmacológica tem sido o da lentidão com que a acção terapêutica começa a fazer efeito sobre os pacientes.

incidência como a mortalidade estão em crescimento. Espera-se que apenas durante o presente ano sejam diagnosticados mais de 100.000 novos casos, prevendo-se que cerca de 30.000 desses casos sejam fatais.

Apesar da etiologia do cancro da próstata também não ser bem conhecida, foi sugerido que esta doença seja induzida por via bioquímica ou genética. Os sintomas do cancro da próstata são insidiosos e normalmente não apresentam manifestações clínicas senão depois do curso da doença já se encontrar muito avançado. A solução por que se opta normalmente para o tratamento do cancro da próstata consiste na realização de uma prostatectomia radical que implica a excisão cirúrgica da glande da próstata.

Tanto no caso das doenças serem de natureza cancerosa como de natureza benigna, a causa da redução das dimensões úteis do canal de escoamento no lúmen do vaso, isto é, da uretra da próstata, consiste numa compressão da parede do vaso que é induzida exteriormente em consequência da proliferação do tecido celular epitelial prostãtico. A fim de poder ser eficaz, o tratamento das doenças da próstata deve provocar uma redução da massa do tecido prostãtico que é responsável pela criação de forças de compressão que actuam sobre a uretra e que dão origem à obstrução do escoamento através do lúmen da uretra. Este objectivo é alcançado por meio da excisão cirúrgica desse tecido ou por meio de quaisquer outros processos capazes de provocar a necrose das células e a contracção da massa de tecido.

A energia laser pode ser aplicada a pelo menos quatro níveis diferentes a fim de afectar o tecido que está a ser tratado. 0 primeiro e mais baixo nível de fornecimento de energia laser é o da fluorescência induzida. A este nível, a energia da \y *· -ò Γ· * ' luz laser vai ser dirigida para o interior das' células a fim de excitar as células duma maneira reversível. 0 efeito de fluorescência ocorre quando a energia se liberta ao regressar ao estado de energia mais baixo. 0 nível seguinte resulta na alteração celular em consequência do foto-efeito. A energia da luz laser vai ser dirigida para o interior das células a um nível irreversível, mas abaixo daquele que é necessário para produzir hiperter mia. A este nível de fornecimento de energia, vai-se produzir uma alteração celular (incluindo a necrose, caso isso seja desejável) ao nível molecular devido aos foto-efeitos da luz laser. 0 terceiro nível de fornecimento de energia dá origem a uma hipertermia fazendo com que o nível térmico das células se eleve a um valor compreendido entre os 42 e os 44°C em que ocorre a necrose. 0 quarto nível de fornecimento de energia é aquele em que tem lugar a vaporização. Isto implica que o fornecimento de energia laser seja suficiente para produzir temperaturas da ordem dos 100°C no tecido que está a ser tratado.

A hipertermia laser foi sugerida como um meio possível para provocar a necrose das células prostáticas doentes, Mas até ao presente momento ainda não foram concebidos os meios práticos para se poder proceder à aplicação da hipertermia laser.

Na patente U.S. No. 4.672.963 de Barken são apresentados um aparelho e um método próprios para a realização de cirurgia laser que utiliza um sistema de representação de imagens por meio de ultra-sons que é controlado por um computador e que se destina a posicionar um dispositivo de guiamento de luz laser no interior do corpo dum paciente. Essa patente faz uma análise das doenças da próstata e pretende proporcionar um aparelho adequado para o tratamento dessas doenças; no entanto, não são nela apresentados nenhuns meios específicos para dirigir a energia laser para a zona que necessita de ser submetida a tratamento. Na

patente de Barken apenas é referido que um elemento óptico de guiamento de luz pode ser introduzido no interior do corpo do paciente através duma abertura de dimensões relativamente pequenas praticada por processos cirúrgicos.

Na patente U.S. No. 4.950.267 de Ishihara et al. é apresentado um dispositivo de tratamento por meio de feixes de raios laser próprio para ser utilizado com um endoscópio. O endoscópio permite conduzir uma sonda laser até uma posição situada no interior do corpo dum paciente, a partir da qual a sonda laser irá então ser enfiada na parte do órgão destinada a ser tratada. Essa patente não é específica no que diz respeito à maneira como a sonda laser é introduzida no órgão a ser tratado. Os elementos de fibra óptica já conhecidos não possuem normalmente rigidez mecânica suficiente para serem capazes de perfurar a estrutura constitutiva dum órgão do corpo dum paciente, como é por exemplo o caso da parede uretral. Além disso, na patente de Ishihara encontra-se apresentada uma determinada quantidade de modelos alternativos de sondas laser dotadas de extremidades distais rombas ou arredondadas. É pouco provável que essas sondas possam ser introduzidas mecanicamente â força no interior dum órgão mesmo que possuíssem uma grau de rigidez de valor substancialmente elevado. Deste modo, parece que a introdução de pelo menos algumas das sondas laser caracteristicas da patente de Ishihara exige a aplicação coincidente de energia laser a fim de se poder queimar o órgão de maneira a abrir um orifício nesse mesmo órgão. Esse método de introdução é indesejável porque, quando se procede à extracção do instrumento de dentro do órgão, vai permanecer aberto no referido órgão um pequeno orifício potencialmente capaz de promover o aparecimento de abcessos e de infecções.

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As patentes anteriormente referidas' dizem apenas respeito a processos de hipertermia por meio de laser. Elas não se destinam à possível realização de tratamentos nos quais sejam utilizados os outros níveis de energia que foram anteriormente referidos. Deste modo, no âmbito do fornecimento de energia laser para fins medicinais, incluindo o do tratamento das doenças da próstata, existe a necessidade de se poder dispor dum meio eficaz para se proceder ao fornecimento de vários níveis de energia laser às zonas que se destinam a ser tratadas. No tratamento das doenças da próstata é necessário poder-se dispor de alternativas para o mais mais radicais, e consequentemente mais complicados e mais perigosos, processos cirúrgicos que são as soluções pelas quais se opta normalmente para o tratamento destas doenças, nomeadamente, a TURP para a BPH e a prostatectomia radical para o cancro da próstata.

SUMÁRIO DO INVENTO

Por conseguinte, um dos objectivos do presente invento consiste em proporcionar um sistema prático próprio para o fornecimento de energia laser à próstata ou outros órgãos adjacentes a uma passagem natural do corpo humano.

Também é um objectivo do presente invento aquele que consiste em proporcionar um processo de tratamento da próstata ou outros órgãos que seja potencialmente capaz de não provocar hemorragias em comparação com os processos jã conhecidos e que seja um processo menos invasivo capaz de poder ser realizado numa única vez e que não obriga o doente a ser internado. De acordo com o presente invento, estes e outros objectivos são alcançados por meio dum cateter equipado com pelo menos uma agulha oca móvel que conduz um elemento constituído por fibras ópticas. Deste modo, o cateter pode ser introduzido no interior duma passagem natural do corpo humano adjacente ao órgão que se destina a ser tratado. As agulhas móveis podem ser obrigadas a avançar até irem perfurar mecanicamente a parede da referida passagem e conduzir os elementos constituídos por fibras ópticas através do órgão até à zona que se destina a ser tratada. Depois de na zona a ser tratada ter sido aplicado o desejado nível de energia laser, os elementos constituídos por fibras ópticas e as agulhas ocas vão ser recolhidos para dentro do cateter. 0 cateter irá então ser retirado de dentro da referida passagem. Deste modo, as únicas sequelas provocadas pelo fornecimento de energia laser realizado de acordo com o presente invento vão ser apenas uns pequeníssimos ferimentos produzidos pelas perfurações feitas na parede da referida passagem. Devido à própria natureza da perfuração mecânica por meio da qual são feitos, estes ferimentos vão ser capazes de sarar rapidamente com um risco mínimo de infecções.

presente invento inclui geralmente os seguintes componentes: pelo menos um elemento constituído por fibras ópticas que é próprio para, a partir duma fonte de fornecimento de energia laser, fornecer luz laser a uma zona da próstata a ser tratada; o elemento constituído por fibras ópticas vai ficar alojado duma forma deslizante no interior duma agulha oca própria para conduzir o referido elemento no seu interior; a agulha oca apresenta uma extremidade distai aguçada a fim de poder facilmente perfurar mecanicamente a referida parede duma passagem natural do corpo humano e penetrar no órgão doente de maneira a conduzir o elemento constituído por fibras ópticas para a zona a ser tratada; o elemento constituído por fibras ópticas é disposto de forma deslizante no interior da agulha de maneira a permitir a realização dum movimento axial relativo entre o elemento e a agulha; deste modo, a agulha pode ser recolhida de maneira independente em relação ao elemento constituído por fibras ópticas.

A agulha vai ficar alojada no interior da haste flexível dum cateter que é introduzido no interior da referida passagem. Pelo interior da haste do cateter pode ser conduzido um número qualquer de agulhas. 0 número de agulhas é limitado apenas pelo diâmetro da haste do cateter. Duma maneira geral, por cada agulha é conduzido um elemento constituído por fibras ópticas. As agulhas vão ficar alojadas de forma deslizante nos lúmenes das agulhas no interior da haste do cateter. Na extremidade distai da haste do cateter encontra-se situada uma ponta distai própria para guiar as agulhas para fora do cateter e para o interior da próstata. Os meios próprios para dirigir as agulhas podem ser simplesmente constituídos por um determinado número de canais curvos que comunicam com os lúmenes das agulhas e que se destinam a guiar as agulhas segundo a direcção pretendida, ou então podem ser constituídos por um sistema de apoio e guiamento próprio para guiar cada uma das agulhas.

O presente invento também inclui um sistema de accionamento e controlo próprio para accionar e controlar as agulhas de maneira a que cada uma das agulhas se vã deslocar entre uma primeira posição, na qual se encontra embainhada no interior da haste do cateter e na ponta distai, e uma segunda posição na qual se projecta para fora da ponta distai e para o interior do órgão. 0 sistema de accionamento e controlo é capaz de fazer com que cada uma das agulhas se vã deslocar entre as referidas primeira e segunda posições tanto duma maneira independente em relação ao elemento constituído por fibras ópticas como em conjunção com o elemento constituído por fibras ópticas. Se juntamente com a agulha oca for utilizado um dispositivo de sucção-irrigação, a agulha oca pode servir de veículo próprio para aspirar ou irrigar a zona que estã a receber o tratamento por meio de energia laser, ou então a agulha poderá ser completamente recolhida para o interior da haste do cateter. Também poderá ser utilizado um

X dispositivo de sucção-irrigação em comunicação com o lúmen que se acha formado na haste do cateter e que é próprio para receber a agulha, a fim de se poder promover uma acção de sucção ou de irrigação no interior da referida passagem no ponto onde o elemento constituído por fibras ópticas vai penetrar através da parede dessa mesma passagem.

A fim de se promover a criação dum suporte para a agulha quando se efectuar as operações de perfuração da parede da referida passagem e de introdução da agulha através dessa perfuração, é proporcionada a existência dum sistema de fixação próprio para fixar duma maneira temporária o cateter no interior da referida passagem. Este sistema de fixação compreende pelo menos um balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha colocado em torno de pelo menos parte da extremidade distai da haste do cateter e da ponta distai. Na haste do cateter é proporcionado um lúmen destinado a dirigir um fluido de enchimento para dentro do balão de dilatação.

No caso dum modelo de realização alternativo a agulha encontra-se equipada com uma fibra de guiamento própria para guiar a agulha assim que esta tiver penetrado no interior da próstata. A tensão induzida na fibra de guiamento vai fazer com que a agulha vá ser obrigada a dobrar-se e portanto a mudar de direcção.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

As características e vantagens do invento mais rapidamente evidentes a partir da descrição que irá ser apresentada a seguir e que será feita dência com os modelos de realização referenciais ilustrados nas figuras dos desenhos anexos em que:

tornar-se-ão pormenor i z ada em corresponque se acham a Fig. 1 é uma vista esquemática do aparelho característico do presente invento mostrando o cateter e dispositivos auxiliares;

a Fig. 2 é uma vista em corte da ponta do cateter dum modelo de realização preferencial do aparelho característico do presente invento;

a Fig. 3 é uma vista em pormenor duma parte da Fig. 2 mostrando a agulha e o lúmen próprio para receber a agulha;

a Fig. 4 é uma vista em corte da ponta do cateter dum modelo de realização preferencial alternativo do aparelho característico do presente invento;

a Fig. 5 é uma vista em corte dum modelo de realização preferencial alternativo da ponta distai e dos canais directores das agulhas de acordo com o presente invento;

as Figs. 6a e 6b são vistas em corte transversal da ponta que se acha representada na Fig. 5, tendo os cortes sido feitos segundo as linhas 6a-6a e 6b-6b, respectivamente;

a Fig. 7 é uma vista em corte dum modelo de realização preferencial duma agulha utilizada no aparelho característico do presente invento;

a Fig. 8 é uma vista em corte duma agulha orientável utilizada no aparelho característico do presente invento;

a Fig. 9 é uma vista em corte transversal da agulha da Fig. 8, tendo o corte sido feito segundo a linha 9-9;

a Fig. 10 é uma vista em corte da ponta dum cateter de acordo com um modelo de realização preferencial alternativo do aparelho característico do presente invento; e a Fig. 11 é uma vista em corte da ponta do cateter dum modelo de realização preferencial do aparelho característico do presente invento representado na condição de introdução transuretrai feita com as agulhas e o elemento constituído por fibras ópticas em várias fases de progressão no tecido prostático.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DOS MODELOS DE REALIZAÇÃO PREFERENCIAIS

Representado duma maneira genérica na Fig. 1, o presente invento inclui o cateter (1) que fornece um sistema de agulha (representado em pormenor nas Figs. 3 e 7-9) que por sua vez vai colocar um ou mais elementos constituídos por fibras ópticas e dispositivos de avaliação da temperatura no seio da massa da próstata fazendo-os passar através da parede da uretra ou do recto. A energia laser irá ser então fornecida pelo elemento constituído por fibras ópticas a fim de fazer com que zonas escolhidas sejam tratadas por meio dum processo hipertérmico. Por motivos de clareza e de concisão, a descrição pormenorizada irá ser feita apenas com referência à uretra, ao recto e à próstata. Isso não deve ser considerado como limitativo do âmbito do presente invento, visto ser fácil de perceber que o presente invento é próprio para ser utilizado no fornecimento de energia laser a qualquer órgão ou parte do corpo adjacente a uma passagem acessível por meio dum cateter.

O cateter (1) tem uma haste (2) semi-rígida ou flexível que termina numa ponta distai (3) e que tem início na extremidade proximal (5). O diâmetro do cateter (1) pode ser suficientemente pequeno para permitir que este possa ser introduzido ao longo da haste dum jã bem conhecido uretroscõpio, proctoscópio ou ressectoscópio. Em alternativa, o cateter (1) pode ser de dimensões muito maiores sem que por isso se saia do âmbito do invento; e, portanto ser introduzido directamente no interior do recto ou da uretra.

cabo (9) de controlo da agulha estende-se a partir da extremidade proximal (5) e vai ligar o sistema de agulha a um sistema exterior (8) de accionamento e controlo da agulha. Na prática, a configuração do cabo (9) de controlo da agulha irá variar em função do modelo de realização do invento que estiver a ser utilizado nesse caso particular. Essas variantes serão evidentes para os entendidos nesta matéria com base na descrição dos modelos de realização alternativos que irão ser apresentados seguir.

A fim de ajudar a efectuar o posicionamento do aparelho característico do invento e a realizar as operações de funcionamento desse mesmo aparelho, além do sistema (8) de accionamento e controlo da agulha, são utilizados um ou mais dos dispositivos indicados seguir: fonte (11) de fornecimento de energia laser, dispositivo de sucção-irrigação (12), dispositivo (13) de termo-monitoragem, e aparelho (14) de visualização por meio de fibras ópticas. Estes dispositivos vão cooperar com o cateter (1) através duma interface multi-dispositivos (10). 0 funcionamento e as funções de cada um destes dispositivos já conhecidos deverão ser conhecidos pelos entendidos nesta matéria. A cooperação entre cada um destes dispositivos e o aparelho será melhor percebida depois dos vários componentes do aparelho característico do presente invento terem sido descritos duma maneira mais pormenorizada, tal como irá ser feito a seguir.

V

Na Fig. 2 acha-se ilustrado um modelo de realização preferencial do sistema de agulha e da ponta distai (3) característicos do presente invento. A ponta distai (3) é fixada à extremidade distai (4) da haste (2) do cateter (1). A agulha (15) vai ficar colocada dentro do lúmen (16) próprio para receber a agulha que se acha formado no interior da haste (2). A agulha que se acha representada nesta figura é uma agulha longa, do tipo das agulhas espinais, com flexibilidade suficiente para seguir a passagem uretral ou rectal. Claro que poderá ser utilizada qualquer outra agulha de tipo semelhante que seja longa e fina. Na ponta distai (3) é proporcionada a existência dum canal (17) director da agulha, canal esse que se acha em comunicação com o lúmen (16) próprio para receber a agulha. O canal director (17) vai desembocar na periferia da ponta distai (3), através da abertura (18) de saída da agulha.

Depois do cateter (1) ter sido colocado no interior da uretra ou do recto, com a ponta distai (3) situada num ponto adjacente à próstata, a agulha (15) pode ser então obrigada a avançar por meio do sistema de accionamento e controlo (8). Na prática, será possível utilizar para esse efeito vários sistemas accionamento e controlo. Qualquer pessoa entendida nesta matéria será capaz de reconhecer mecanismos hidráulicos, mecanismos actuados por molas, cabos de translação mecânica ou de rotação mecânica, ligas com memória de forma, ou mecanismos electromagnéticos como constituindo sistemas próprios para poderem ser utilizados para este efeito. Quando é obrigada a avançar, a agulha (15) vai passar de dentro do lúmen (16) para o interior do canal director (17) e portanto vai dobrar-se para fora, dirigindo-se em direcção à parede da uretra ou do recto e depois para o interior da próstata.

A posição do cateter (1) e o avanço da agulha (15) podem ser observados através da utilização de vários sistemas de visualização tais como a fluoroscopia, a espectroscopia de ressonância magnética, a proctoscopia, a uretroscopia, o sistema de ultra-sons trans-rectais, e o sistema de ultra-sons transuretrais. 0 alvejamento específico de certos tipos de pequenas lesões na próstata (isto é, do cancro da próstata) exige a utilização de meios de guiamento intersticiais tais como, por exemplo, um sistema de ultra-sons, o MRI ou a fluoroscopia. As doenças benignas mais massivas, como é por exemplo o caso da BPH, podem não necessitar desses meios de guiamento.

Para fazer com que o cateter se mantenha na sua posição e para se promover a dilatação da uretra ou do recto (comprimir a próstata) ao mesmo tempo que a agulha (15) vai penetrando na próstata, pode ser utilizado um ou mais balões. No caso do modelo de realização que se acha representado na Fig. 2, são utilizados para esse efeito um balão (20) na zona da haste e um balão (19) na zona da ponta. Através dos lúmenes (22) e (21) vai ser fornecida para dentro dos balões (20) e (19), respectivamente, uma substância de enchimento, como por exemplo soro fisiológico ou ar. Ao exercerem pressão contra a parede da referida passagem, os balões vão promover a fixação do cateter a fim de se constituir uma firme base de apoio própria para suportar a agulha ao mesmo tempo que esta estiver a perfurar e a penetrar no interior da próstata.

Além disso, a eficácia do fornecimento de energia elêctrica pode ser aumentada limitando-se o caudal da corrente sanguínea para as células do tecido que se destinam a ser necrosadas. Por exemplo, a fim de que o processo de hipertermia laser seja eficaz, é necessário que a temperatura das células-alvo se eleve no mínimo até que seja atingida um valor de cerca de 42,5°C '•χ e que se mantenha nesse valor durante um bem determinado período de tempo. 0 fornecimento de sangue às células-alvo doentes vai actuar como um sorvedouro de calor que vai absorver a energia térmica e impedir que essas células possam ser suficientemente aquecidas. O efeito de absorção de calor vai impedir que as células-alvo possam atingir a temperatura desejada sem que ao mesmo tempo a temperatura das células do tecido normal circundante vá subir até um valor suficientemente elevado para provocar estragos nestas últimas células. 0 balão ou os balões de dilatação vão exercer pressão contra a próstata a fim de limitar o caudal da corrente sanguínea para as células-alvo e de reduzir o indesejável efeito de absorção de calor.

Na Fig. 3 pode-se ver melhor os pormenores da agulha (15). O elemento (23) constituído por fibras ópticas vai ficar alojado de forma deslizante dentro do lúmen (32) da agulha, isto é, o lúmen que se acha formado no interior da agulha. No caso dum modelo de realização preferencial, o elemento (23) constituído por fibras ópticas consiste apenas numa fibra óptica nua. Podem ser utilizadas modificações tais como as que consistem num revestimento aplicado sobre a fibra e na adopção de extremidades enformadas (ver Fig. 8). Ao elemento (23) encontra-se ligado um ou mais dispositivo de avaliação da temperatura próprios para efectuar a monitoragem da temperatura no local onde se procede ao fornecimento de energia. Para esse efeito podem ser utilizados os dois termo-pares (24) que se acham representados na Fig. 3. Também podem ser utilizados dispositivos de avaliação da temperatura constituídos por fibras ópticas. Os fios de ligação aos termo-pares (24) encontram-se fixados ao elemento (23) constituído por fibras ópticas e vão ficar situados dentro do lúmen (32). 0 lúmen (32) também pode ser utilizado para aspiração ou para irrigação.

Na Fig. 7 encontra-se ilustrado um modelo de realização alternativo possível para a agulha (15). Em vez de ser constituída sob a forma de uma única peça, a agulha que se acha representada na Fig. 7 apresenta uma ponta aguçada (34) que se acha ligada a uma haste flexível (33) por meio duma junta (35). A ponta (34) é feita num aço inoxidável de qualidade própria para aplicações no âmbito da medicina e afiada de maneira idêntica â da aresta de corte duma lâmina de barbear. A haste (33), tal como acontece com todos os outros componentes, é feita num material plástico bio-compatível normalizado que pode ser escolhido por qualquer pessoa entendida nesta matéria. Também neste caso é proporcionada a existência dum lúmen central (32) formado no interior da agulha, que é próprio para conduzir o elemento constituído por fibras ópticas e para permitir efectuar as operações de aspiração ou de irrigação.

Na Fig. 4 acha-se ilustrado um modelo de realização alternativo do aparelho característico do presente invento em que o sistema de dilatação e de fixação é constituído sob a forma de um único balão (19a) que se acha aplicado em torno da ponta distai (3) e da extremidade proximal (4) da haste (2) do cateter (1). No balão (19a) encontram-se formadas umas aberturas de saída das agulhas (18) que são próprias para permitir que as agulhas possam passar de dentro dos canais directores (17) para o interior da próstata. 0 balão (19a) é cheio através de um ou mais lúmenes (21) de passagem de fluido. Esta configuração vai fazer com que as acções de limitação da corrente sanguínea e de suporte do cateter que são prestadas pelo balão (19a) se vão concentrar em torno do ponto de entrada das agulhas no interior da próstata.

A ponta distai (3) que se acha representada na Fig. 1 encontra-se equipada com um único canal director (17) para uma única agulha. É fácil de perceber que podem ser utilizadas múltiplas agulhas, sendo o número de agulhas apenas limitado pelo diâmetro do cateter (1). Nas Figs. 5 e 6 acha-se ilustrado um modelo de realização alternativo duma ponta distai (3a) que se acha dotada de cinco canais directores (17) próprios para acomodar cinco agulhas separadas. Os cinco canais directores (17) separados podem comunicar com um único lúmen de grandes dimensões formado na haste (2) do cateter, ou então, em alternativa, os vários canais directores (17) podem comunicar individualmente com cinco lúmenes separados, cada um deles próprio para receber uma agulha, que se acham formados na haste (2) do cateter (1).

Em relação às Figs. 8 e 9 irá ser descrita uma agulha orientável de acordo com o presente invento. No caso deste modelo de realização é proporcionada a existência duma fibra de guiamento (39) que vai ficar alojada no interior do lúmen (32). A fibra de guiamento (39) vai sair da agulha através da abertura (40) que se acha situada junto da ponta da agulha. A fibra de guiamento (39) é fixada à agulha por meio duma junta (41) num local adjacente à ponta aguçada da agulha. A tensão induzida na fibra de guiamento (39) vai fazer com que a agulha vá ser obrigada a dobrar-se devido ao posicionamento excêntrico da fibra de guiamento no interior do lúmen (32). Esta dobragem ou encurvaraento vai permitir que o cirurgião possa guiar a agulha para o ponto ou local exacto onde é necessário efectuar a hipertermia, depois da agulha já ter perfurado a parede da passagem e ter penetrado no interior da próstata.

Na Fig. 8 encontra-se também ilustrado um modelo de realização possível do elemento (23) constituído por fibras ópticas. Conforme se acha representado na Fig. 8, a fibra óptica (36) encontra-se dotada dum revestimento (38) e duma extremidade esférica (37), a fim de poder dissipara energia laser segundo um ângulo mais aberto na zona do ponto de fornecimento da energia. 0 revestimento (38) é um revestimento óptico normalizado que se encontra disponível no mercado.

Na Fig. 10 encontra-se representado um outro modelo de realização alternativo da ponta distai (3) do cateter, de acordo com o invento. No caso deste modelo de realização, a agulha (15) vai ser obrigada a avançar por meio da manipulação do cabo (25) gue se acha fixado à extremidade proximal da agulha (15). O correcto movimento da agulha (15) é assegurado pelo apoio (26) que se vai deslocar juntamente com a agulha (15) e que via correr suavemente no interior da guia (27). A abertura (18a) de saída da agulha pode encontrar-se tapada por uma cobertura que terá que ser rasgada para que a agulha possa sair através da referida abertura, ou então pode estar exposta da maneira que se acha representada na figura.

A fim de fazer com que a agulha (15) vã ficar finalmente colocada em posição, a tranqueta (28) vai ser puxada para trás por meio do cabo (31) e o apoio (26) vai ser empurrado para diante de maneira a passar para além da tranqueta. O cabo (31) irá então ser libertado e a mola de compressão (29) irá obrigar a tranqueta (28) a manter a agulha (15) em posição graças à sua acção em torno da articulação (30) que vai fazer com que a tranqueta (28) tenha tendência a rodar no sentido do movimento dos ponteiros do relógio em torno dessa mesma articulação (30). Deste modo, a tranqueta (28) irá simultaneamente ajudar a promover a orientação da agulha (15) e oferecer uma resistência própria destinada a manter a agulha (15) em posição. A agulha poderá ser definitivamente imobilizada nessa posição por meio do cabo de bloqueamento (31). A mola (29) pode ser uma mola de plástico ou de metal.

À base da agulha (15) encontra-se fixado um lúmen (32) de aspiração/irrigação que vai permitir que a agulha possa introduzir o elemento (23) constituído por fibras ópticas (juntamente com os termo-pares (24)) e actuar como um veículo de irrigação ou de sucção.

funcionamento global do aparelho característico do presente invento pode ser explicado fazendo referência à Fig. 11. 0 cateter (1) é introduzido no interior da uretra (42) (ou do recto) e colocada num local adjacente à zona da próstata (43) onde se pretende efectuar o fornecimento da energia laser. 0 balão (20) da zona da haste e o balão (19) da zona da ponta, que se acha representado no estado de cheio pela linha a traço-ponto indicada pelo número de referência (19'), vão ser cheios até ao ponto em que a pressão que vão exercer contra as paredes da uretra seja aquela que for considerada como necessária para fixar a posição do cateter (1) e para comprimir a próstata. Conforme se acha representado na Fig. 11, o cateter (1) utiliza uma ponta distai (3) de tipo semelhante ao da ponta distai (3a) que se acha representada na Fig. 5 e as agulhas (15) são formadas por duas partes tal como a agulha que se acha representada na Fig. 7.

A Fig. 11 mostra o aparelho característico do presente invento em duas diferentes fases do seu funcionamento. Na metade superior da Fig. ll, a agulha (15') avançou de maneira a perfurar a parede da uretra e penetrar na próstata (43) . Ao mesmo tempo que vai penetrando na próstata, a agulha (15') vai transportando consigo o elemento (23') constituído por fibras ópticas ao qual se acham fixados os termo-pares (24). Assim que a agulha (15') tiver atingido no interior da próstata a posição pretendida, pode-se proceder à extracção da agulha, deixando o elemento (23') constituído por fibras ópticas colocado em posição, ou deixar a agulha nessa posição a fim desta poder actuar como um veículo de

irrigação ou de sucção. No caso de ser utilizado um processo de vaporização, então será preciso fazer uma aspiração através da agulha a fim de se remover os gases produzidos. O sistema de accionamento e controlo (8) é utilizado para controlar a posição dos elementos constituídos por fibras õpticas com respeito às agulhas e para controlar a posição de ambos com respeito ao cateter. Caso seja necessário, a irrigação ou a aspiração pode ser conduzida através do lúmen (16) próprio para receber a agulha, do canal director (17) e da abertura (18) de saída da agulha que vai desembocar na uretra (42) (ou no recto). A aspiração ou a irrigação tanto da agulha como do cateter é proporcionada pelo dispositivo de sucção-irrigação (12).

Conforme se acha representado na metade inferior da Fig. 11, a agulha (15'') jã foi recolhida para dentro do lúmen (16) próprio para receber a agulha, deixando o elemento (23) constituído por fibras ópticas em posição no interior da próstata (43). No caso deste modelo de realização, o elemento (23) constituído por fibras ópticas compreende uma fibra õptica (36) envolta num revestimento (38). A fibra óptica (36) tem uma extremidade simples, e os termo-pares (24) encontram-se montados no revestimento (38). A energia laser é fornecida aos elementos constituídos por fibras ópticas a partir da fonte (11) de fornecimento de energia laser por meio de processos já bem conhecidos. Os termo-pares (24) encontram-se ligados ao dispositivo (13) de termo-monitoragem que vai efectuar a monitoragem da temperatura da zona a ser tratada, a fim de controlar duma maneira precisa a operação de fornecimento de energia.

Depois de ter sido concluído o desejado fornecimento de energia laser, os elementos constituídos por fibras ópticas podem voltar a ser colocados em posição por meio duma operação que consiste em fazer avançar novamente as agulhas que lhes estão

associadas ou por meio da operação que consiste em recolher os elementos e voltar a posicionar o cateter (1). Em alternativa, no caso de ser utilizada uma agulha orientável (como por exemplo aquela que se acha representada na Fig. 8), a agulha poderá ser significativamente reposicionada sem que para isso seja necessário fazer deslocar o cateter (l). Depois de ter sido concluído o fornecimento de energia, todas as agulhas e todos os elementos constituídos por fibras ópticas irão ser recolhidos para dentro do cateter e o cateter (1) irá ser completamente retirado de dentro do corpo do paciente.

A estrutura caracteristica do presente invento também promove a recuperação do paciente depois do processo ter sido concluído. Graças à profunda ablação dos tecidos e ao modo como é feito o fornecimento de energia, apenas irão permanecer na uretra uns pequenos furos do tamanho das agulhas, resultantes das perfurações feitas por essas mesmas agulhas. Esses furos irão sarar rapidamente, deixando o tecido necrõtico residual profundo separar-se e ser absorvido sub-epitelialmente. Quaisquer produtos liquefeitos ou vaporizados poderão ser aspirados enquanto as agulhas ainda se encontram na sua posição. Não será necessário utilizar nenhum cateter de drenagem na fase pós-operatória e o processo poderá ser realizado numa única vez e sem que o doente precise de ser internado.

Claims

REIVINDICAÇÕES ia- Aparelho próprio para o fornecimento de energia laser a um órgão adjacente a uma passagem natural do corpo humano, caracterizado por compreender:

um elemento constituído por fibras ópticas que apresenta uma extremidade distai e que é próprio para fornecer luz laser a uma zona do órgão a ser tratado;

um sistema de agulha oca que é próprio para perfurar a parede da referida passagem e o referido órgão e para conduzir o elemento constituído por fibras ópticas até à zona do órgão a ser tratado fazendo-o passar através da perfuração, encontrando-se o referido elemento constituído por fibras ópticas disposto de forma deslizante no interior do referido sistema de agulha de maneira a permitir a realização dum movimento axial relativo entre o referido elemento e o referido sistema de agulha, podendo o referido sistema de agulha ser recolhido de maneira independente em relação ao referido elemento de maneira a fazer com que a extremidade distai do elemento constituído por fibras ópticas vã ficar exposta no seio da zona a ser tratada; e um sistema de cateter próprio para fazer com que o referido elemento constituído por fibras ópticas que se acha situado dentro do referido sistema de agulha vá ficar colocado numa determinada posição no interior da referida passagem adjacente ao órgão a ser tratado.
2-— Aparelho de acordo com a reivindicação 1, em que o referido sistema de cateter é caracterizado por compreender:

um corpo tubular que apresenta uma extremidade distai e uma extremidade proximal e que define um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante o referido sistema de agulha; e um sistema próprio para dirigir o referido sistema de agulha para o interior do órgão, incluindo um canal que comunica com o lúmen próprio para receber o referido sistema de agulha e que vai desembocar no interior da passagem natural do corpo humano, e por incluir um sistema de sucção-irrigação que comunica com o lúmen próprio para receber o referido sistema de agulha e que é próprio para aspirar e irrigar alternadamente a referida passagem em torno da perfuração da maneira que se desejar.
3â- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por:

o referido sistema de agulha incluir pelo menos uma agulha em forma de haste tubular que apresenta uma extremidade distai aguçada que é própria para perfurar a parede da referida passagem e o referido órgão;

a referida agulha em forma de haste tubular definir um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante o elemento constituído por fibras ópticas; e o referido lúmen comunicar com um sistema de sucção-irrigação que é próprio para aspirar e irrigar alternadamente a zona de fornecimento de energia da maneira que se desejar.
4a- Aparelho de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a referida agulha em forma de haste tubular ser constituída por uma ponta metálica aguçada que se acha ligada a uma haste flexível.

53- Aparelho de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a referida agulha poder ser orientada individualmente.

63- Aparelho de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a referida agulha incluir:

uma abertura periférica que é definida pela haste tubular e que se acha proximalmente afastada da extremidade distai da agulha; e uma fibra de guiamento que se acha alojada no referido lúmen da agulha e que sai de dentro do referido lúmen da agulha através da referida abertura periférica, encontrando-se a referida fibra ligada à agulha num ponto adjacente à extremidade distai aguçada, de maneira a que a agulha possa ser dobrada e guiada por meio da indução duma tensão na referida fibra de guiamento.

73- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, em que o referido sistema de agulha inclui uma pluralidade de agulhas individuais, cada uma delas em forma de haste tubular, apresentando cada uma dessas agulhas uma extremidade distai aguçada que é própria para perfurar a parede da referida passagem e o referido órgão, e indo cada uma dessas agulhas definir um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante um elemento constituído por fibras ópticas, e o referido sistema de cateter é caracterizado por compreender:

um corpo tubular que apresenta uma extremidade distai e uma extremidade proximal e que define uma pluralidade de lúmenes próprios para receber as referidas agulhas e em número igual ao número de agulhas de que é formada a referida pluralidade de agulhas, encontrando-se em cada um dos lúmenes próprios para receber as referidas agulhas alojada de forma deslizante uma das referidas agulhas;

uma ponta distai cilíndrica que se acha ligada de forma fixa à extremidade distai do corpo tubular, apresentando a referida ponta distai uma pluralidade de canais curvos em número igual ao número de lúmenes próprios para receber as referidas agulhas e indo cada um dos referidos canais curvos comunicar com um dos lúmenes próprios para receber as referidas agulhas na zona da extremidade distai do corpo tubular e desembocar numa das aberturas duma pluralidade de aberturas de saída das agulhas que se acham situadas ao longo da periferia da ponta distai, a fim de ser proporcionada a existência dum sistema próprio para dirigir as referidas agulhas para o interior do órgão; e um sistema de fixação próprio para fixar duma maneira temporária o corpo tubular e a ponta distai no interior da referida passagem em relação à parede da referida passagem.

82- Aparelho de acordo com a reivindicação 7, em que o referido sistema de fixação é caracterizado por compreender:

um primeiro balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha circunferencialmente colocado em torno do corpo tubular, disposto proximalmente em relação às aberturas de saída das agulhas que se acham formadas na ponta distai;

um lúmen de enchimento que se acha formado no referido corpo tubular e em comunicação com o referido primeiro balão;

um segundo balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha disposto na zona da extremidade distai da ponta distai; e um lúmen de enchimento que se acha formado no referido corpo tubular e que se estende através da referida ponta distai em comunicação com o segundo balão.
9a- Aparelho de acordo com a reivindicação 7, em que o referido sistema de fixação é caracterizado por compreender:

um balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha colocado em torno da ponta distai e duma parte distai do corpo tubular, apresentando o referido balão um número de passagens para as agulhas igual ao número de agulhas, encontrando-se cada uma das passagens para as agulhas alinhada com uma das aberturas de saída das agulhas e em comunicação com essa mesma abertura de saída; e um lúmen de enchimento definido pelo corpo tubular e em comunicação com o balão.
10â- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, em que o referido elemento constituído por fibras ópticas é caracterizado por compreender uma fibra óptica envolta num revestimento óptico, com um dispositivo de avaliação da temperatura colocado coaxialmente com a referida fibra óptica.
11^a- Aparelho de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a referida fibra óptica apresentar uma extremidade distai esférica.
12â- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido elemento constituído por fibras ópticas ser formado por uma fibra óptica nua sobre a qual se acha aplicado pelo menos um dispositivo de avaliação da temperatura.
13a- Aparelho terizado por a referida de acordo com a reivindicação fibra óptica apresentar uma

12, caracextremidade distai esférica.
14a- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender também um sistema de accionamento e controlo próprio para accionar e controlar o referido sistema de agulha de maneira a que este se vã deslocar entre uma primeira posição, na qual se encontra embainhado no interior do referido sistema de cateter, e uma segunda posição na qual se projecta para fora do referido sistema de cateter e para o interior do órgão a ser tratado, sendo o referido sistema de accionamento e controlo capaz de fazer com que o referido sistema de agulha se vã deslocar entre as referidas primeira e segunda posições tanto duma maneira independente em relação ao referido elemento constituído por fibras ópticas como em conjunção com o referido elemento constituído por fibras ópticas, de maneira a fazer com que o referido elemento constituído por fibras ópticas possa ser selectivamente posicionado e reposicionado no seio do referido órgão por meio dum processo de perfuração mecânica do referido órgão realizado da maneira que for considerada necessária.
15a- Aparelho de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por as agulhas serem accionadas por meio dum sistema escolhido de entre o grupo constituído por sistemas hidráulicos, sistemas actuados por molas, cabos de translação mecânica, cabos de rotação mecânica, sistemas electromagnéticos e ligas com memória de forma.

163- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, em que o referido sistema de agulha oca é caracterizado por compreender:

uma parte distai rígida que apresenta uma extremidade proximal e uma extremidade distai aguçada, indo a referida parte rígida definir uma passagem oca para o referido elemento constituído por fibras ópticas;

um apoio que se acha montado na referida parte rígida;

um cabo flexível de controlo e accionamento que se acha ligado à extremidade proximal da parte rígida; e uma estrutura que define um lúmen e que se encontra ligada de forma fixa à extremidade proximal da parte rígida, indo o referido lúmen comunicar com a passagem oca, servir como suporte de guiamento próprio para conduzir duma maneira deslizante o referido elemento constituído por fibras ópticas e determinar a existência dum sistema próprio para aspirar e irrigar a zona de fornecimento de energia, e por o referido sistema de cateter ser caracterizado por compreender:

um corpo tubular que define um lúmen próprio para receber o referido sistema de agulha, que é próprio para receber duma maneira deslizante o referido cabo de accionamento e a referida estrutura que define um lúmen;

uma ponta distai cilíndrica que se acha ligada ao corpo tubular, indo a referida ponta definir um canal interno que comunica com o referido lúmen próprio para receber o referido sistema de agulha e que vai desembocar através duma abertura de saída do sistema de agulha na periferia da ponta distai;

um sistema de guiamento que é próprio para receber e guiar o referido apoio que se acha montado na referida parte distai, sendo o referido sistema de guiamento configurado para guiar a extremidade distai aguçada da referida parte rígida do referido sistema de agulha de maneira a que esta vá sair através da referida abertura de saída do referido sistema de agulha quando o referido cabo de controlo e accionamento é obrigado a deslocar-se distalmente; e um sistema próprio para imobilizar duma maneira selectiva a referida parte rígida do referido sistema de agulha numa posição em que esta parte rígida se projecta para fora da referida abertura de saída do referido sistema de agulha.
17a- Aparelho de acordo com a reivindicação 16, caracterizado por a referida parte rígida do referido sistema de agulha ser feita de aço inoxidável e por a extremidade distai aguçada desta parte rígida apresentar um bordo tão afiado como o da aresta de corte duma lâmina de barbear.
18a- Aparelho próprio para o fornecimento de energia laser a um órgão adjacente a uma passagem natural do corpo humano, caracterizado por compreender:

pelo menos um elemento constituído por fibras ópticas que apresenta uma extremidade distai e que é próprio para fornecer luz laser proveniente duma fonte de energia laser a uma zona do órgão a ser tratado;

•X pelo menos uma agulha em forma de haste tubular que apresenta uma extremidade distai aguçada que é própria para perfurar mecanicamente a parede da referida passagem e o referido órgão e para conduzir o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas até â zona a ser tratada fazendo-o passar através da perfuração, indo a referida agulha definir um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas de maneira a permitir a realização dum movimento axial relativo entre o referido elemento e a referida agulha;

um sistema de cateter próprio para fazer com que a (pelo menos uma) referida agulha e o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas vão ficar colocados numa determinada posição no interior da referida passagem adjacente ao órgão a ser tratado, sendo o referido sistema de cateter caracterizado por compreender um corpo tubular que apresenta uma extremidade distai e que define pelo menos um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante a (pelo menos uma) referida agulha, compreendendo ainda o referido cateter um sistema de direcção que é próprio para dirigir a (pelo menos uma) referida agulha para o interior do órgão e que inclui pelo menos um canal que comunica com o (pelo menos um) referido lúmen próprio para receber a (pelo menos uma) referida agulha e que vai desembocar na periferia do corpo tubular;

um sistema de accionamento e controlo próprio para accionar e controlar duma maneira individual a (pelo menos uma) referida agulha de maneira a que esta se vã deslocar entre uma primeira posição, na qual se encontra embainhada no interior do (pelo menos um) referido lúmen próprio para receber a (pelo menos uma) referida agulha, e uma segunda posição na qual se projecta para fora do referido corpo tubular do referido sistema de cateter e para o interior do órgão a ser tratado, sendo o referido sistema de accionamento e controlo capaz de fazer com que a (pelo menos uma) referida agulha se vá deslocar entre as referidas primeira e segunda posições tanto duma maneira independente em relação ao (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas gue se acha alojado no interior da referida agulha como em conjunção com o referido elemento constituído por fibras ópticas, de maneira a fazer com que o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas e a (pelo menos uma) referida agulha possam ser selectivamente posicionados no seio do referido órgão; e um sistema de fixação próprio para fixar duma maneira temporária o referido corpo tubular e a referida ponta distai no interior da referida passagem a fim de se promover a criação dum suporte para a (pelo menos uma) referida agulha quando se efectuar a perfuração da parede da referida passagem e do referido órgão.
19a- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por o referido lúmen definido pela (pelo menos uma) referida agulha comunicar com um sistema de sucção-irrigação próprio para aspirar e irrigar alternadamente da maneira que se desejar a zona a ser tratada por laser.
20ã- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por o, pelo menos um, referido lúmen próprio para receber a , pelo menos uma, referida agulha que se acha formado no corpo tubular do cateter comunicar com um sistema de sucção-irrigação próprio para aspirar e irrigar alternadamente a parede da referida passagem num local adjacente à perfuração.
21â- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, em que o referido sistema de fixação é caracterizado por compreender:

um primeiro balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha circunferencialmente colocado em torno do corpo tubular, disposto proximalmente em relação ao (pelo menos um) referido canal que vai desembocar na periferia do corpo tubular;

um lúmen de enchimento que se acha formado no referido corpo tubular e em comunicação com o referido primeiro balão;

um segundo balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha disposto na zona da extremidade distai do corpo tubular; e um lúmen de enchimento que se acha formado no referido corpo tubular e em comunicação com o segundo balão.
22a- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, em que o referido sistema de fixação é caracterizado por compreender:

um balão de dilatação que se acha colocado em torno da extremidade distai do corpo tubular, apresentando o referido balão pelo menos uma passagem para uma agulha que se acha alinhada com a referida abertura através da qual o (pelo menos um) referido canal do sistema de direcção vai desembocar na periferia do corpo tubular, e em comunicação com essa mesma abertura; e um lúmen de enchimento definido pelo corpo tubular e em comunicação com o balão.
23ã- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por compreender cinco elementos constituídos por por fibras ópticas, cinco agulhas em forma de haste tubular, cinco lúmenes próprios para receber as agulhas, e cinco canais do sistema de direcção.
24â- Aparelho de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por compreender cinco elementos constituídos por por fibras ópticas e cinco agulhas tubulares alojadas num único lúmen próprio para receber as agulhas gue comunica com cinco canais do sistema de direcção que são próprios para receber individualmente cada uma das referidas agulhas.
25a- Aparelho com cateter próprio para fornecimento de energia laser a uma próstata por introdução no interior da uretra ou do recto, caracterizado por compreender:

pelo menos um elemento constituído por fibras ópticas que é próprio para fornecer luz laser proveniente duma fonte de energia laser â zona da próstata a ser tratada;

pelo menos uma agulha oca que define um lúmen próprio para receber o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas, sendo o número de agulhas igual ao número de elementos constituídos por fibras ópticas, apresentando a (pelo menos uma) referida agulha uma extremidade distai aguçada que é própria para perfurar mecanicamente a uretra ou o recto e penetrar na próstata a fim de conduzir o (pelo menos um) referido elemento constituído por fibras ópticas que se acha alojado na referida agulha para uma zona a ser tratada, encontrando-se o referido elemento constituído por fibras ópticas disposto de forma deslizante no interior da referida agulha de maneira a permitir a realização dum movimento axial relativo entre o referido elemento e a referida agulha, podendo a referida agulha ser recolhida de maneira independente em relação ao referido elemento;

uma haste de cateter flexível própria para ser introduzida no interior da uretra ou do recto, apresentando a referida haste uma extremidade distai e uma extremidade proximal e definindo pelo menos um lúmen próprio para receber duma maneira deslizante a (pelo menos uma) referida agulha;

uma ponta distai cilíndrica que se acha ligada de forma fixa à extremidade distai da haste do cateter, apresentando a referida ponta distai um sistema de direcção próprio para dirigir a, pelo menos uma, referida agulha para fora do cateter segundo uma direcção oblíqua com respeito à referida ponta distai, de maneira a que a, pelo menos uma, referida agulha possa ser guiada para o interior da próstata, incluindo o referido sistema de direcção um canal que se acha formado na referida ponta e em comunicação com o, pelo menos um, referido lúmen próprio para receber e dar passagem à, pelo menos uma, referida agulha, indo o referido canal desembocar numa abertura praticada na periferia da ponta distai;

um sistema de accionamento e controlo próprio para accionar e controlar a, pelo menos uma, referida agulha de maneira a que esta se vá deslocar entre uma primeira posição, na qual se encontra embainhada no interior da referida haste do cateter e na referida ponta distai, e uma segunda posição na qual se projecta para fora da referida ponta distai e para o interior da próstata, sendo o referido sistema de accionamento e controlo capaz de fazer com que a, pelo menos uma, referida agulha se vá deslocar entre as referidas primeira e segunda posições tanto duma maneira independente em relação ao referido elemento constituído por fibras ópticas como em conjunção com o referido •X 5 X/ elemento constituído por fibras ópticas, de maneira a fazer com que o referido elemento constituído por fibras ópticas possa ser selectivamente posicionado e reposicionado no seio da próstata através de novos processos de perfuração mecânica da próstata realizados da maneira que for considerada necessária;

um sistema de fixação próprio para fixar duma maneira temporária o referido cateter na uretra ou no recto a fim de se promover a criação dum suporte para a referida agulha quando esta penetra na próstata, compreendendo o referido sistema de fixação um balão de dilatação que pode ser cheio e que se acha colocado em torno de pelo menos uma parte da extremidade distai da haste do cateter, havendo um lúmen que é definido pela haste do cateter e que é próprio para fornecer um fluido de enchimento próprio para ser introduzido no balão; e um sistema de sucção-irrigação que comunica com o lúmen que é definido pela, pelo menos uma, referida agulha e com o lúmen que é definido pela haste do cateter, e que é próprio para aspirar e irrigar alternadamente a zona tratada pelo laser e uma zona adjacente à perfuração realizada na uretra ou no recto.
26§- Método de fornecimento de energia laser a um órgão adjacente a uma passagem natural do corpo humano, caracterizado por compreender as seguintes operações:

introduzir no interior da referida passagem um aparelho que inclui um cateter no qual se acha incorporado um sistema de transmissão de energia laser e que é caracterizado por compreender pelo menos um elemento constituído por fibras ópticas que é conduzido no interior do referido cateter dentro de pelo menos uma agulha oca móvel e que é próprio para transmitir energia laser ao tecido prostãtico;

referido cateter vá ficar colocada numa posição aproximadamente adjacente ao órgão a ser tratado;

fazer avançar a, pelo menos uma, referida agulha oca móvel que se acha alojada no interior do cateter e conduzir o referido sistema de transmissão de energia laser de maneira a que a, pelo menos uma, referida agulha vá perfurar mecanicamente a parede da referida passagem e vá penetrar no interior do órgão de modo a fazer com que o referido sistema de transmissão de energia laser vá entrar em contacto com a zona destinada a receber o fornecimento de energia;

posicionar selectivamente a, pelo menos uma, referida agulha oca entre uma posição em que se encontra totalmente avançada e uma posição em que se encontra totalmente recolhida no interior do referido cateter, ao mesmo tempo que o referido sistema de transmissão de energia que compreende pelo menos um elemento constituído por fibras ópticas vai ser deixado dentro do órgão;

activar o sistema de transmissão de energia laser;

dirigir a energia laser para a zona de recepção de energia;

realizar através da, pelo menos uma, referida agulha oca acções de aspiração e de irrigação da maneira que for considerada necessária para se remover tecido, líquidos e vapor da zona do órgão que está a receber o fornecimento de energia;

desactivar o sistema de transmissão de energia laser depois de ter sido concluído o desejado fornecimento de energia;

-V .?

energia sistema tecido > *. k . „*·' recolher o referido sistema de transmiséão de laser para dentro do cateter de maneira a que o referido de transmissão de energia vã ser retirado de dentro do prostãtico; e extrair o cateter.