PT87128B - Processo para a preparacao duma pomada curativa compreendendo pelo menos uma cera, um oleo e uma substancia eterea e eventualmente um antisseptico - Google Patents

Processo para a preparacao duma pomada curativa compreendendo pelo menos uma cera, um oleo e uma substancia eterea e eventualmente um antisseptico Download PDF

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Description

Processo para a preparação duma pomada curativa compreendendo pelo menos uma cera, um óleo e uma substância etérea e eventualmente um antisséptico.
A presente invenção diz respeito a uma nova pomada curativa essencialmente sob forma anidra, a um processo para a respectiva preparação, a formas de aplicação prepara das mediante o uso desta pomada bem como à sua preparação. A pomada da presente invenção assim como as formas de aplica ção preparadas mediante o seu uso (pensos, ligaduras ou gaze impregnadas, etc.) são usadas para o tratamento ou para o curativo de lesões em que se verifique a existência de da nos na epiderme ou da pele global. Estas feridas podem ser, por exemplo, queimaduras do segundo ou do terceiro graus, perfurações da pele causadas por objectos cortantes, úlceras, etc., queimaduras profundas bem como outras destruições da pele, mesmo as que podem tornar necessárias transplantações de pele. I
As feridas causadas por queimaduras, especialmente quando cobrem uma grande superfície do corpo ou quando são do segundo ou do terceiro grau, não podem ser tratadas simplesmente como processos patológicos localizados sobre a pele; pelo contrário, trata-se de um processo patológico qus prejudica todo o organismo e em casos graves pode pôr a vida em perigo. Por meio de temperaturas elevadas e mais ain3
da por· meio da acção de radiações fortes ou de agentes químicos, libertam-se substâncias vasoactivas endógenas (hista mina, quinina) dos tecidos do local cuja pele foi afectada e ocorre uma elevação da permeabilidade dos vasos capilares, dando-se uma saída de plasma do sistema circulatório e tornando-se menos abundante a quantidade de sangue transponada na circulação. Quando a quantidade de sangue em circulação não é resposta dentro dum período curto, podem ocorrer alterações irreversíveis principalmente no coração e nos rins que podem levar à morte do doente como consequência (Arch. Osp. hare 20, 432-444, 1968).
A segunda fase da afecçao por queimadura é uma fase de toxicidade séptica caracterizada pela multiplicação de bactérias e de fungos nas áreas da pele atingidas bem como pela reabsorção de substâncias tóxicas através dos locais feridos.
primeiro objectivo a atingir com o tratamento de queimaduras é a eliminação do estado de choque e, em seguida, a eliminação ou pelo menos a diminuição da fase de toxicidade séptica e por fim a substituição dos tecidos que:, mados e a correcção das cicatrizes resultantes com fins co.s méticos ou funcionais.
Após a eliminação do choque, pode ter início o tra tamento da ferida com a eliminação dos tecidos mortos. 0 objectivo do tratamento local consiste (uma vez que as funções fisiológicas e de defesa da pele se encontram interrompidas) em proteger a ferida de danos físicos, da secagem e da perda de líquidos e de electrólitos bem como contra as infecções e ainda em favorecer o processo de cura.
Actualmente são usadas para o tratamento
das pomadas que promovem a formação de pele (Bálsamo do Pe ru, pomada de ..ikulitz, pantenolol, etc.) e agentes bacter-i
cidas aplicados sob a forma de tinturas. A utilização das pomadas é levada a efeito quer por aplicação da pomada sobre a superfície de pele efectada seguida da realização dum tratamento aberto ou fechado quer utilizando a pomada sob a for ma de tecido têxtil impregnada sob a forma de pensos. Os per. sos têm no entanto o inconveniente de a ferida ficar demasia do tempo em contacto com os líquidos por ela própria segregados mesmo em caso de mudança frequente de penso, podendo por consequência uma queimadura superficial afectar também as camadas mais profundas da pele tendo os mesmos efeitos
I que uma queimadura profunda.
Têm sido realizadas numerosas investigações para, a preparação de pomadas antissépticas ou quimioterapêuticas De acordo com a publicação de patente Norte-Americana J®. 4 401 651» distribui-se sobre um penso uma camada espessa duma pomada com actividade antimicrobiana e aplica-se 0 penso com a face que contém a pomada sobre a ferida. Deste modo, o penso cobre completamente a superfície lesada.
Na descrição de Patente ITorte-Americana N2. 4 301 refere-se um creme antisséptico que contém complexo PVP-I2 (complexo Polivinilpirrolidona-íodo), citrato de sódio, glicerina, estearina ou álcool cetílico, conservantes, emulsionantes e uma base de creme de um derivado parafínico numa proporção máxima de 85%· De acordo com a descrição, este cre me reune propriedades bactericidas, fungicidas e anti-virais
145
Ka publicação de Patente Britânica PS. 6?p 570 des creve-se uma pomada seca que também pode ser usada em con junto com agentes dotados de actividade terapêutica sensíveis à água. A pomada contém antibióticos como ingredientes acti vos, por exemplo, bacitratina ou sal potássico da penicilina
G. A base da pomada contém, entre outros ingredientes carboximetilcelulose, dodecilsulfato de sódio como agente molliante, betonite como mineral de origem natural incleável e ain-
õLa um açúcar, como/$-lactose e ácido cítrico anidro.
Para o tratamento de queimaduras e no domínio cias transplantações, descreve-se na publicação de patente Horte-Americana ΝΏ. 4 303 066 uma combinação original de terapia e de cobertura do ferimento. De acordo com a descrição, e de sejável em todos os casos um penso completamente fechado, me canicamente resistente, permeável e sem aderência. A formação de películas de polímero estáveis in situ a partir dum material de suporte orgânico e dum polímero hidrófilo demora frequentemente até uma hora. Este facto ê muito desagradável para os pacientes pois devem, ficar todo esse período de tempo imóveis e o solvente usado pode causar dor.
valor do pH da ferida e da região imediatamente adjacente é em geral mais baixo (mais ácido) do que o da pele normal e esta circunstância impossibilita a acção de numerosos produtos.
A presença de água constitui uma outra limitação de utilização. As pomadas e os cremes utilizados em geral para o tratamento de ferimentos, que contêm água em quantidade apreciável, por exemplo sob a forma de emulsões óleo-em-água ou água-em-óleo, retiram da ferida a água secando-a em consequência e causando cicatrizações indesejáveis; a cura do ferimento fica assim prejudicada.
Os preparados contendo água e as emulsões possibilitam a utilização de numerosos princípios activos apenas com pequenas limitações ou mesmo sem qualquer restrição.
Desde há muito tempo que e conhecida a utilização de iodo, especialmente de iodo ligado sob a forma de complexos, para a preparação de agentes antissépticos. 0 iodo é libertado a partir dos complexos de forma muito lenta e exei, ce no local do tratamento uma acção bactericida e fungicida. Em preparados deste tipo, a concentração de iodo não ultra1
passa em geral 2% (J. Trauma 25, 5, 247-249, 1985)·
A melhor acção bactericida, fungicida e anti-virai, como a experiência demonstra, obtém-se com iodo. Para a excelente actividade antimicrobiana contribui também o facto de, no caso da utilização de iodo sob a forma de complexo, se verificar uma concentração em iodo reduzida mas estável na vizinhança da aplicação que garante condições integralmen te antissépticas.
As pomadas conhecidas que são utilizadas em geral na prática clinica para o tratamento das lesões habituais da pele são frequentemente aplicadas sobre um suporte de gaze. Os suportes de gaze sao em geral esterilizados por ar quente e em seguida utilizados para a cobertura das feridas. A gaze é usada tanto para o tratamento de ferinas abertas como de feridas fechadas. Na impregnação de suportes ãe gaze e de outros suportes têxteis ocorrem frequentemente problemas técnicos de difícil solução. Por exemplo, na utilizaçao de pomadas de Mkulitz pode ocorrer uma separação âe óxi do de zinco e no tratamento por ar quente pode ainda ocorrei1 a separação de outras substâncias. As pomadas contêm também frequentemente substâncias sensíveis ao calor que podem ser alteradas pela esterilização térmica e deste· modo retardar possivelmente a cura da ferida por formação de produtos de decomposição.
Finalmente, na utilização dos preparados conhecidos, especialmente de bálsamo do Peru, e de assinalar numa grande parte dos casos tratados a ocorrência de alergias.
Actualmente utilizam-se quantidades consideráveis de lanolina, por exemplo do preparado Grassolind (Paul Har tmann AG, RFA), que contém 78% de vaselina branca, 22;' de lanolina e 2% de parafina líquida. Cs tecidos impregnados com o preparado são destinados à protecção de ferimentos e
à absorção dos fluídos provenientes das feridas. A existência duma concentração considerável de lanolina dá origem fre quentemente ao aparecimento de alergias de contacto memória descritiva de Patente dúngara i?2. 187 41p).
C objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma pomada que, em virtude da respectiva composição, não provoque qualquer alergia nem irritação da pele, que seja apropriada para uma boa impregnação dos têxteis usados em terapia e que não se altere com separação dos respectivos componentes durante a esterilização, Quando do emprego da pomada, tira-se proveito ao máximo das potenciais proprieda des de regeneração das feridas. A pomada assegura tanto no tratamento de ferimentos fechados como de ferimentos abertos as melhores condições para a autorregeneraçao dos tecidos.
C objectivo da presente invenção é, por conseguiu te, uma pomada curativa, especialmente para o tratamento de queimaduras. A pomada curativa da presente invenção é carac terizada por conter:
a 25% em peso de cera, a 68% em peso dum óleo farmacologicamente aceitável, a 15% em peso duma substância etérea refrescante e eventualmente, no máximo, em peso duma substância activa compatível com os componentes anteriores.
Dentro da gama de percentagem.de cera referida co.i sidera-se preferida uma concentração de 1$ a 2C% era peso; são especialmente apropriadas a cera de abelha e a lanolina., sendo especialmente preferida a cera de abelha. 0 óleo farmacológicamente aceitável pode estar presente, de modo apropriado, numa concentração entre 68 e 78% em peso; trata-se, de preferência, de óleo de parafina, óleo de milho, óleo de girassol, óleo de rícino ou misturas destes óleos. A subs9 tância eóerea refrescante pode estar, de preferência, numa concentração de 2 a 9% em peso e é de preferência, constituída por cânfora e/ou mentol. Finalmente, como substâncias activas são considerados principalmente substâncias antissépticas e quimioterapêuticas. Os antissépticos considerados são iodo ou complexos de iodo, como, por exemplo, o complexo de polivinilpirrolidona-íodo. Oomo agentes quimioterapêu ticos considerados utilizam-se antibióticos, como neonicina, tobramicina, eritromicina e oxitetraciclina. As substâncias activas constituem, de preferência, 0,5 a 2% em peso ãa pomada.
A presente invenção refere-se adicionalmente a um processo para a preparação duma pomada curativa para utilização local. 0 processo de acordo com a presente invenção é caracterizado por se preparar uma massa em fusão conuenão 12 a 2% em peso de uma cera, 60 a 8S % em peso dum. óleo far macologicamente aceitável, 1 a 15% duma substância etérea refrescante e eventualmente um. máximo de >1 om peso duma su bstância activa por meio de aquecimento e por se hoiEOgeneizar e se arrefecer esta massa.
A presente invenção r-ofere-se adicionalmente a formas de aplicação local para o tratamento de lesões da cm le, espccialmente de queimaduras. Para a aplicação local, estas formas contendo a pomada curativa acima descrita são caracterizadas pelo facto de a pomada curativa descrita cons tituir uma camada sobre suportes têxteis, como ligaduras, gaze, pensos ou películas.
Por fim, a presente invenção refere-se a um processo para a preparação de formas de aplicação local. C pro cesso é caracterizado pelo facto de a pomada curativa ser disposta numa camada sobre suportes de materiais têxteis tais como musselina, gaze, limo ou películas, ião a quan tidade utilizada de pomada em relação à massa lo suporte ue
0,2 a 10 vezes, de preferência de 1 a 5 vezes, e sendo, se assim se pretender, o material de suporte contendo a pomada esterilizado.
A fim de se conseguir uma composição óptima da pomada foram levadas a efeito numerosas investigações. De início utilizou-se cera branca de abelha e óleo de parafina numa proporção de 1:1 a 2. A pomada obtida deste modo era, no entanto, demasiadamente dura à temperatura ambiente e também os têxteis impregnados endureciam demasiado, lião era possível garantir que apenas as fibras ficavam embebidas, mantendo livre o espaço intermédio do tecido de modo que este conservasse a permeabilidade. Por esta razão foi escolhida uma proporção cera-óleo de 1:3 a 6 (de preferência 1:4). Por adi ção da substância refrescante etérea conseguiu-se ainda um considerável abaixamento do ponto de solidificação.
A adição de substâncias hidrófilas como derivados de polioxieteno à cera branca de abelha possibilita que se obtenha uma massa fundida homogénea a 60°C mas como o arrefecimento a cera separa-se novamente.
Como óleo farmacologicamente aceitável pode também usar-se um óleo de origem vegetal ou de origem animal. Nos óleos usados na investigação a substância refrescante utilizada (cânfora, mentol, etc.) dissolve-se bem e também as demais substâncias activas, por exemplo, o iodo ou o complexo de iodo, se- distribuem bem na base da pomada.
A cera utilizada è de preferencia cera branca de abelha (Cera alba). .Esta pode ser substituída por lanolina quando um dos ingredientes que se pretende incluir não possa ser incorporado de outro modo.
Para a preparação da pomada da presente invenção, funde-se em conjunto a cera com uma parte do óleo farmacologicamente aceitável. Quando se usam soluções alcoólicas para
a preparação da pomada (por exemplo, tintura de iodo), a su bstância refrescante é dissolvida nesta solução, a solução é misturada na parte restante do óleo e, em seguida, ferencia num banho de água, aquece-se a massa fundida da a cerca de 70°0.
a substância refrescante pode ser misturada com uma fracção do óleo e adicionada sob essa forma à massa fundida conten cie preC Θ1 ? s.
Se não for usada qualquer solução alcoólica, do a cera. A mistura é agitada à temperatura referida até completa homogeneidade. A agitação é mantida até completo arrefecimento.
As formas de aplicação igualmente abrangidas no objecto da presente invenção são preparadas por impregnação ou por deposição de uma camada fina de pomada da presente invenção sobre os suportes têxteis ou películas apropriadas Pode ser vantajoso para esta finalidade aquecer um pouco a pomada, fi especialmente vantajoso para material de suporte gaze tecida de malha solta; os fios impregnados formam uma grade antisséptica que não permite, por um lado, o estale lecimento e a multiplicação de bactérias ou de fungos e que( por outro lado, deixa passar livremente o ar ate à superfície da ferida, facilitando deste modo a cura. Uma outra van tagem da grade antisséptica consiste em que torna possível a eliminação das secreções da ferida (as queimaduras princi·· palmente supuram consideravelmente) por simples limpeza com algodão. A pomada pode adicionalmente ser utilizada para a impregnação de emplastros com múltiplas camadas de gaze (Leu koplast). Depois de assegurar a aderência do emplastro, o penso mantém a ferida em condições estéreis, reduz o prurido por acção da substância refrescante e favorece a cura.
As formas de aplicação da presente invenção, espe cialmente os têxteis impregnados, são atraumáticas, não con têm água e não aderem portanto à ferida. A mudança destes pensos não causa dano ao novo tecido em formação e é comple tamente indolor. Antes da aplicação do novo curativo (penso) é possível tratar o local com um antisséptico.
A acção da pomada da presente invenção e das formas de aplicação impregnadas com esta pomada foi experimentada num modelo de cura de feridas em experiências com animais (Linsky C.B., Roves, B.T. : The influence of local envi ronment on the course of wound healing in the guinea pig; Int. Symp. Wound Healing, Rotterdam, págs. 211-213, Foundation International Cooperation in the medicai Sciences, mon treaux 1974). Os animais de experiência usados foram cobaias com 27O a 500 g de peso (metade do sexo masculino e metade do sexo feminino). No dorso dos animais tosquiou-se uma área de 5x5 cm; em seguida, eliminaram-se os pelos com uma máquina de barbear eléctrica e por fim esterilizou-se com álcool.
Desta área praticou-se um corte na pele com de 2,3 cm de diâmetro na espessura da derme As feridas foram tratadas do modo seguinte, pensos de gaze com 10x10 cm impregnados com uma faca circular e da epiderme. Prepararam-se a pomada preparada de acordo com 0 Exemplo 3, utilizando-se por cada imenso de gaze 1 a 1,8 g de pomada. Esta quantidade é suficiente para embeber completamente os fios de gaze, ficando contudo livre 0 espaço intermédio. Estes pensos de gaze foram a aplicados sobre as feridas, em seguida cobertos por gaze esterizada e finalmente fixados com adesivo. 0 penso foi mudado diariamente durante 8 dias. No fim da experiência 0 resultado do tratamento foi caracterizado por meio da medida da diminuição da dimensão da ferida. Os valores obtidos bem como os de comparação de animais não tratados e os de prepara dos de referencia são apresentados no Quadro 1.
A contracção da ferida foi, no caso do preparado de acordo com 0 Exemplo 5, significantemente melhor do que no caso dos animais de comparação e dos preparados de referência. Notou-se especialmente 0 desenvolvimento extraordi<
nariamente rápido de tecido de granulação, verificando-se a cura da ferida muito mais rápida.
É particularmente interessante a comparação com o preparado Braunovidon^; esta substância de referência contém o complexo de polivinilpirrolidona-íodo e o respectivo conteúdo em iodo livre está em concordância com o da pomada da presente invenção. A pomada de BraunovidonK foi igualmente depositada sobre gaze tal como a pomada da presente invenção e as condições da experiência foram idênticas. 0 Quadro mostra uma diferença significativa da actividade.
Foram realizadas experiências de sensibilização com 12 cobaias DHP de 250 a 300 g ds peso. Para este fim uti lizou-se o ensaio epicutâneo aberto (Organization for Economic Cooperation and Development /1981/)· Os animais foram rapados de um lado com uma máquina eléctrica de barbear e, em seguida, friccionados durante 10 dias diáriamente uma vez por dia com a pomada de acordo com o Exemplo 3 até corar a pele. Os animais de comparação foram friccionados em seco. No fim da experiência foi possível observar que se tinha for mado um eritema ou na fase de irritação primária ou na fase final de sensibilização.
levaram-se também a ©feito experiências de irritação cutânea com 6 coelhos da pova Zelândia de 2 a 3 Kg de peso (procedimento da experiência;
Titi© 16, Section 1500.41). 24 horas antes do início da ex periência, os animais foram tosquiados no dorso com uma má quina de tosquiar e em seguida foram pelados com uma solução a 20% de sulfureto de sódio. Após lavagem com água corrente, neutralizou-se o sulfureto de sódio aderente com uma solução de ácido acético a 1%. A pomada de acordo com o Exemplo 3 foi estendida numa camada fina sobre um pedaço de gaze e apli cada sobre a pele. A gaze foi coberta com celofane e fixada com adesivo. Depois de 24 horas, retirou-se o penso e a pela
foi limpa dos restos de pomada aderentes. A partir da média entre os resultados respeitantes à irritação ocorrida às 24 horas e às 72 horas foi construído o índice de irritação pri maria. A pomada de acordo com o Exemplo 3 mostrou não ser irritativa, sendo o respectivo índice de irritação primária igual a zero.
Levaram-se a efeito experiências de irritação dos olhos com 11 coelhos da ITova Zelândia de 1,5 a 1,7 Kg de pe so (procedimento da experiência; ver acima, na Secção 1500. 42). Aplicou-se 0,1 ml da pomada de acordo com o Exemplo 3 nos animais com uma micropipeta no meio da córnea do olho direito. Para comparação foi considerado o olho esquerdo. Uma hora depois da aplicação da pomada observou-se um incremento da produção de lágrimas bem como um incremento da circulação sanguínea da conjuntiva, desaparecendo no entanto es tes sintomas depois de 24 horas. C índice de Draize (segundo a literatura citada) calculado para a pomada de acordo com o Exemplo 3 foi de 0,7 θ que significa que a pomada tem um efeito fracamente irritante sobre os olhos.
Levaram-se a efeito experiências de toxicidade sobre a pele em 20 ratos Víistar de 200 a 270 g de peso (10 am.· mais eram do sexo masculino e 10 do sexo feminino). As expe riências foram levadas a efeito segundo as Directivas da Or ganization for Economic Cooperation and Development /1981/.
Retirou-se o pelo de 40 a 50% la superfície corporal dos am.
mais de experiência 24 horas antes do início da experiência com uma máquina de tosquiar e em seguida com uma solução de sulfureto de sódio a 20%, lavou-se com água e por fim neutra lizou-se com ácido acético a 1%. A pomada de acordo com o
Exemplo 3 foi aplicada sobre a pele a que se eliminara o pe lo com papel de filtro numa dose de 5 g/Kg, a gaze foi coberta com celofane e fixada com adesivo. Depois de 24 horas retirou-se o penso e a pele foi limpa dos restos de pomada
aderentes. Durante todo o decurso da experiência os animais tratados não apresentaram qualquer diferença em relação aos animais de comparação no que respeita a situação da pele, o comportamento e o ganho de peso. 0 valor de DL^q dérmico da pomada de acordo com o Exemplo 3 é superior a 5000 mg/Eg de peso corporal.
Cs exemplos que se seguem têm por finalidade escla recer a presente invenção mais em pormenor.
Jíxemplo 1
Cera branca de abelha 17,8g
Óleo de parafina 71,2g
Cânfora 9,0g
Tintura de iodo 2,0g a 5F _____
100,0 g
A cânfora foi dissolvida na tintura de iodo e à solução resultante foi adicionada uma parte do óleo de parafina. A cera branca de abelha foi fundida juntamente com o resto do óleo de parafina num banho de água a 68°C e em seguida foi misturado com a mistura contendo a cânfora até se obter uma massa homogénea. A massa fundida foi agitada até arrefecimento. A pomada obtida tinha uma coloração amarela e um cheiro característico a cânfora.
Ponto de solidificação: 41-43°C.
Exemplo 2
Cera branca de abelha 18,0
Óleo de parafina 72,0
Cânfora 9,0
PVP-I2 micronizada .......Ju.0
100,0
A cânfora foi misturada com o complexo de polivinilpirrolidona-íodo micronezado (finalmente dividido) e a mistura foi adicionada a uma parte do óleo de parafina. A cera branca de abelha foi aquecida até fusão juntamente coai o resto do óleo de parafina. Em seguida procedeu-se como no Exemplo 1. A pomada obtida tinha uma coloração castanha ama relada e um cheiro característico a cânfora.
Ponto de solidificação: 42-43°0.
Exemplo 3
Cera branca de abelha 16,0 o
óleo de parafina 80,0 g
Cânfora 3,0 ó
PVP-IO micronizada 1,0 Ó
d 100,0 .CP o
A pomada foi preparada de acordo com o método des crito no Exemplo 2.
Ponto de solidificação: 43-44°C.
Exemplo 4
Cera branca de abelha 16,0 g
óleo de parafina Sl,0 g
Mentol 2,0 g
PVP-l£ micronizada 1.0 «·
100,0 g
A pomada foi produzida de acordo com 0 j
crito no Exemplo 2.
Ponto de solidificação: 42°C.
Exemplo 5
Cera branca de abelha
Óleo de parafina
Cânfora
100,0
A cânfora foi dissolvida numa parte do óleo de parafina e a solução foi adicionada à massa fundida obtida com a cera branca de abelha e o resto do óleo de parafina. A massa fundida foi agitada até arrefecimento. A pomada obtida tinha uma coloração branca e um cheiro característico a cânfora.
Ponto de solidificação: 4J-440C.
dxemplo 6
Gera branca de abelha óleo de parafina mentol
16,0 g
82,0 g
-.-2,0 g
100,0 g
A pomada foi produzida de acordo com o método des crito no Exemplo 5· Esta pomada era branca e tinha um cheiro característico a mentol.
Exemplo 7
Cera branca de abelha 18,0 g
Óleo de rícino 77,0 g
ment ol 5,0 g
Tintura de iodo 2.0 c— Ç V Q
A pomada foi produzida de acordo com o método des
no Exemplo 1.
Ponto de solidificação; >7°0·
Exemplo 8
Cera branca de abelha 18,0 g
Inwitor 742 (mistura de óleos, 78,0 g
Dynamit Bobei)
Cânfora 5,0 g
PVP-Io micronizada 1,0 g
A pomada foi produzida de acordo COEI 0 método des
crito no Exemplo 2.
Ponto de solidificação: 53 °C.
Exemplo 9
Cera branca de abelha 18,0 -γ* O
Inwitor 742 7S,0 0>* õ
Mentol 3,0 Gi
PVP-Ιζλ micronizada d 0’ O
100,0 b
A pomada foi produzida de acordo com o método des
crito no Exemplo 2.
Ponto de solidificação: 51°C.
Exemplo 10
Cera branca de abelha 16,0 b
óleo de parafina 76,0 ô
Lanolina 4,5 ff» ô
Cânfora 3,0 g
Eritromicina (base) 0,5 ”p α
100,0 .0’ o
Triturou-se a eritromicina com uma dimensão de pa.? tículas inferior a 150 m com a lanolina, misturou-se uma parte do óleo de parafina com a cera branca de abelha e aqus ceu-se até fusão. Dissolveu-se a cânfora no resto do óleo ds parafina. Por fim trabalhou-se a mistura de todos os componentes ate se obter uma massa homogénea. A massa fundida foi agitada até arrefecimento.
Ponto de solidificação: 40-41°0.
Exemplo 11
Cera branca de abelha
16,0 g
óleo de girassol 76,0 g
Lanolina 4,5 g
Cânfora 3,0 g
Tobramicina (base) c,? g 100,0 g
A pomada foi produzida de acordo com o método des
crito no Exemplo 10.
Ponto de solidificação: 41-4J°0.
Exemplo 12
Cera branca de abelha 16,0 g
óleo de parafina 76,0 g
Lanolina 4,5 S
Cânfora 5,0 g
Sulfato de neomicina g 100,0 g
A pomada foi produzida de acordo com o método de_s
crito no Exemplo 10.
Ponto de solidificação: 41-4J°C.
Exemplo 13
Cera branca de abelha 16,0 g
óleo de parafina 76,0 g
Lanolina 4,5 g
Cânfora 5,0 g
Lactobionato de eritromicina 0,5 o 100,0 g
A pomada foi produzida de acordo com o método de_s
crito no Exemplo IC.
Ponto de solidificação: 42-45°C.
Exemplo 14
Gera branca de abelha 16,0 g
óleo de parafina 76,0 g
Lanolina 4,5 g
Cânfora 3,0 g
Oxitetraciclina (base) Q,5 g 100,0 g
φ
Á pomada foi produzida de acordo com o método des crito no Exemplo 10.
Ponto de solidificação: 42-43°C.
Exemplo 15
As pomadas produzidas de acordo com os Exemplos 1 a 14 foram depositadas em camadas finas numa quantidade de 1,0 a 2,0 g sobre a superfície de uma gaze de 100 cm . A po mada foi para este fim aquecida a uma temperatura de 65 a 7C°C.
Exemplo 16
As pomadas produzidas de acordo com os Exemplos 1 a 14 foram usadas para impregnação de materiais têxteis. Pa ra este fim, a pomada foi aquecida um pouco acima do ponto de solidificação. Os tecidos utilizados foram musselinas fi nas e com as fibras soltas e foram impregnadas por imersão na pomada. Os tecidos foram dobrados várias vezes e por fim foram colocados sobre a face aderente de um adesivo e pressionados. Sobre o penso obtido deste modo foi aplicada uma folha metálica fina. C adesivo foi esterilizado de acordo com técnicas conhecidas em si.
Exemplo 17
As pomadas de acordo com os exemplos 1 a 15 foram usadas para impregnação de materiais têxteis. Para este fim
a pomada foi aquecida um pouco acima do ponto de solidifica· ção. Os pensos de gaze já fixos na face aderente do adesivo foram cobertos com uma fina camada de pomada por meio de um dispositivo apropriado e em seguida foram cobertos com uma fina folha metálica de protecção. Os pensos foram embalados e esterilizados de modo conhecido.
Descrição de. casos clínicos
a) Z.S., um jovem de 11 anos do sexo masculino, caiu em casa sobre água a ferver destinada a depenar uma ga linha mas que estava entornada no chão e queimou-se no braço direito - em 5% da superfície corporal - com uma queimadura superficial de segundo grau. 0 ferimento foi coberto diariamente com gaze que tinha sido impregnada com a pomada de acordo com o Exemplo 15· Em 12 dias o jovem tinha recuperado completainente.
b) F.D., um jovem de 17 anos, queimou-se em casa com uma chama de gasolina nas costas da mão e no antebraço (direitos) numa área global de 5% da sua superfície corporal com queimaduras do segundo grau. 0 tratamento foi realizado com gaze impregnada com pomada de acordo com o Exemplo 5· A cura demorou 7 dias. No líquido exsudado da ferida foi possível detectar bactérias, nomeadamente Staphylocpccus aureus, mas não se tornou necessário qualquer tratamento sistémico com antibiótico·
c) R.F., uma jovem de 1C anos do sexo feminino, queimou-se em casa com água a ferver em 15% da superfície do corpo com queimaduras do segundo grau. 0 tratamento realizado com agentes de tratamento dermatológico normais foi ineficaz. Depois de 10 dias de tratamento com pensos preparados com gaze impregnada com a pomada de acordo com o Exem pio 4 a curã foi completa.
d) G.J., um homem de 29 anos tinha-se queimado em
casa com água a ferver no antebraço esquerdo em 3% da super fície do corpo com queimaduras do segundo grau 3 dias antes da sua observação no hospital. Depois da admissão no hospital recebeu um tratamento sistémico com antibióticos e paralelamente um tratamento da ferida com pomada de acordo com o Exemplo 3 aplicada sobre gaze. Após 7 dias a cura era completa.
e) Ε·Κ·, uma jovem de 29 anos, tinha-se queimado semanas antes da sua admissão no hospital com água a fer ver na perna esquerda, sofrendo queimaduras do segundo a ter ceiro graus sobre 1% da superfície do corpo. Uma vez que os tratamentos por meios normais nao tinham dado qualquer resui tado, efectuou-se uma autotransplantação. C campo da transplantação foi coberto com gaze que tinha sido impregnada com a pomada de acordo com o Exemplo 6. Deste modo tornou-se inú til qualquer tratamento com antibiótico.
A doente considerada curada 7 lias após a operação.
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ÊH I o <_z P P P P 1 P Γ3
Pomada de Mkulitz: Nitrato de prata; ITebacetin: BPK Gulden, Países Baixos;
Braunovidon.: B. Braun, iielsungen, EFA

Claims (4)

  1. lã. - Processo para a preparação duma pomada curativa especialmente para o tratamento local de lesões da pele, em particular de queimaduras, caracterizado pelo facto de se misturar 12 a 25% em peso de cera, 60 a 83% em peso dum. óleo farmacologicamente aceitável, 1 a 15% em peso duma substância etérea refrescante e eventualmente, no máximo, 5% peso duma substância activa compatível com os componentes anteriores.
  2. 2a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, ca racterizado pelo facto de se misturar, como cera, 15 a 20% em peso de cera de abelha e/ou de lanolina; com oleo farmacologicamente aceitável, 68 a 78% peso de óleo de parafina, óleo de milho, óleo de girassol, óleo de rícino ou misturas destes óleos; como substância etérea refrescante, 2 a 9% em peso de cânfora e/ou mentol; e como substância activa. 0,5 a 2% em peso de um antisséptico, de preferência, de complexo de polivinilpirrolidona-íodo, ou de um agente quimioterapêutico, de preferência um antibiótico, como a neomicina, a tobramicina, a eritromicina ou a oxitetraciclina.
  3. 3-· - Processo para a preparação de uma pomada curativa para tratamento local de lesões na pele, de queimaduras, de acordo com a reivindicação 1, caracteri zado por se misturar 12 a 2% em peso de cera, 60 a 88% em peso dum óleo farmacologicamente aceitável, 1 a 15% em peso duma substância etérea refrescante e eventualmente, no máximo, 5% em peso duma substância activa compatível com os componentes anteriores, se aquecer a mistura até uma temperatu ra superior ao ponto de fusão, se homogeneizar e se arrefe cer.
  4. 4ã. - Processo para a preparaçao de pensos de apli
    24 fονΜ cação local, caracterizado pelo facto do se impregnar um suporte têxtil, como seja por exemplo musselina, gaze, linho ou uma película com a pomada curativa de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, ou se espalhar esta pomada sobre o referido suporte, utilizando uma quantidade de pomada de 0,2 a 10 vezesde preferência 1 a 3 vezes, em relação ao suporte coberto ou impregnado e eventualmente se esterilizar antes de embalar.
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