PT781103E - Calcado estanque a prova de agua e processo para tornar a prova de agua um artigo de calcado - Google Patents

Calcado estanque a prova de agua e processo para tornar a prova de agua um artigo de calcado Download PDF

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PT781103E
PT781103E PT95904853T PT95904853T PT781103E PT 781103 E PT781103 E PT 781103E PT 95904853 T PT95904853 T PT 95904853T PT 95904853 T PT95904853 T PT 95904853T PT 781103 E PT781103 E PT 781103E
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James J Woods
Seshamamba Yalamanchili
Glenn W Crowther
Thomas G Sugar
Bruce D Troutman
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Gore & Ass
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    • A43B17/10Insoles for insertion, e.g. footbeds or inlays, for attachment to the shoe after the upper has been joined specially adapted for sweaty feet; waterproof
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Description

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DESCRIÇÃO "CALÇADO ESTANQUE À PROVA DE ÁGUA E PROCESSO PARA TORNAR À PROVA DE ÁGUA UM ARTIGO DE CALÇADO"
CAMPO DO INVENTO
Este invento diz respeito a um calçado estanque à prova de água e ao processo para tomar um calçado existente à prova de água.
ANTECEDENTES DO INVENTO A finalidade de conseguir um calçado à prova de água tem sido o centro de interesse de estudos desde há muitos anos. Muitas técnicas diferentes e materiais têm sido desenvolvidos no esforço de alcançar esta finalidade.
Talvez que os primeiros esforços que se fizeram nesta área se concentraram na utilização de materiais de borracha que foram utilizados em várias zonas do calçado a fim de evitar que a água entrasse nas zonas interiores dos sapatos e botas. O calçado totalmente fabricado a partir de borracha ou de outros materiais semelhantes foram construídos fazendo vazar ou moldando o material directamente para dentro de uma forma semelhante a uma peúga ou com outra forma de calçado. A construção de calçado utilizando as técnicas de vazamento ou moldagem com mais sucesso não permitem, de modo a conseguir a impermeabilização à água, fazer qualquer separação entre a gáspea e a sola exterior. Estas construções, contudo tinham poucas propriedades de adaptação, eram extremamente pesadas e apesar de conseguirem que a água não entrasse, não eram capazes de evitar que se formasse vapor de água dentro do sapato dando desta forma uma sensação de abafado e húmido dentro do sapato durante o período de tempo da sua utilização. As técnicas de vazamento e de moldagem também não eram facilmente adaptáveis para a construção de calçado de estilos variados.
Mais recentemente, as técnicas de vazamento e de moldagem foram modificadas de modo a permitir que o calçado tivesse mais respiração. Estes artigos de calçado são constituídos pela gáspea ou corpo do sapato que é feita a partir de materiais com mais respiração e pela sola que é feita de borracha e outros materiais impermeáveis à água. O maior problema resultava contudo, de neste tipo de construção a zona de ligação entre a sola à prova de água e a gáspea ser a maior origem de fugas uma vez que não havia uma forma eficaz de tomar a zona de ligação à prova de água.
Uma proposta alternativa à finalidade de conseguir um sapato confortável e à prova de água implica o emprego de uma inserção à prova de água dentro do sapato. Esta inserção à prova de água, se for construída a partir de materiais apropriados tem a vantagem adicional de ser permeável ao vapor de água e de modo a não se formar vapor de água ao longo do tempo em que o sapato é utilizado. Enquanto que estas inserções são muito eficazes em não deixar entrar a água e em não se formar o vapor de água, a construção de tais sapatos é complicada e dispendiosa uma vez que a parte inserida tem ela própria que ser convenientemente fabricada, devendo o sapato ser fabricado separadamente, e a parte inserida tem que ser apropriadamente integrada no sapato. Há também elementos adicionais do artigo de calçado que estão actualmente em evolução para os tomar à prova de água. Por exemplo, tem sido desenvolvida a utilização de solas interiores de cartão à prova de água e a utilização de solas interiores à prova de água de tiras entrançadas que compreendem materiais poliméricos não tecidos flexíveis e duros revestidos com -3-
uma camada contínua de adesivo termoplástico à prova de água. Estes elementos têm que ser integrados no artigo de calçado na altura da sua construção e não são apropriados para serem posteriormente aplicados ao artigo acabado.
Foram desenvolvidas técnicas adicionais para minimizar os locais de entrada de água nos artigos de calçado. Por exemplo, na Patente US 5.289.644 de Driskill e outros emprega-se uma ligação polimérica fixada ao bordo da gáspea que contorna o cartão da sola interior à prova de água. Formam-se vedações resistentes à prova de água entre a faixa polimérica e a gáspea assim como entre a faixa polimérica e o cartão da sola interior. O fabrico deste tipo de sapatos é igualmente complicado e dispendioso devido ao controlo da formação e dimensão das pregas que se formam quando a gáspea contorna o cartão da sola interior e é a ele ligada por meio do material polimérico. As vedações à prova de água criadas com as faixas também são susceptíveis de se danificarem quando as solas exteriores são aplicadas aos sapatos acabados. Além disso, este processo requer a integração dessas faixas na altura da construção e não são apropriadas para serem posteriormente aplicadas ao artigo de calçado acabado.
Uma proposta alternativa à criação de um sapato à prova de água envolve um processo de moldação injectada tal como se explica na Patente US 4.899.465 de Bleimhofer e outros no qual o calçado tem uma gáspea com uma área extensa com uma malha porosa que é cheia com um material de poliuretano que também é utilizado na área da sola exterior. Este processo de moldação injectada é dispendioso e devido aos elevados custos dos moldes tem limitações na configuração das solas. De forma semelhante ao processo das faixas acima descrito, este processo requer que o sapato seja feito à prova de água durante a construção do sapato e não é aplicável para tomar à prova de água os sapatos que já tiverem sido construídos. -4-
Tem havido uma pesquisa limitada no processo de fazer um tratamento para tomar à prova de água um artigo de calçado acabado que não seja o de fazer o tratamento exterior do artigo acabado. Na Patente US 4.707.874 de Champagne é descrito um processo desenvolvido para fazer o tratamento do interior de um artigo de calçado que requer a utilização de um material polimérico dissolvido num solvente que é então utilizado para produzir uma camada de material à prova de água por cima da superfície de áreas do artigo seleccionadas. Isto requer com frequência um período inicial de espera de 24 horas. O processo requer além do mais que o artigo de calçado seja virado do avesso de modo tal a que o solvente utilizado na produção desta camada possa evaporar-se por secagem. Ele implica um sistema de secagem extenso e é necessário um período de pelo menos 12 horas e frequentemente mais de 24 horas a fim de se permitir que o solvente seque. A FR-A-2 576 195 divulga um artigo de calçado à prova de água que compreende uma gáspea, uma sola interior e uma sola exterior em que uma camada de poliuretano cobre a superfície superior da sola interior alcançado a zona de ligação da gáspea com os lados da sola interior de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1, respectivamente da reivindicação 8. É necessário um sistema eficaz livre de solvente para tomar à prova de água a fim de ser utilizado em artigos de calçado que podem não se terem tomado à prova de água previamente. -5-
SUMÁRIO DO INVENTO
Este invento proporciona para um artigo de calçado de acordo com a reivindicação 1 que é à prova de água e o processo de acordo com a reivindicação 8 para tomar à prova de água um artigo de calçado previamente construído. Com vantagem os modelos de realização do artigo da reivindicação 1 e com vantagem as características do processo da reivindicação 8 são definidas nas reivindicações 2-7 e 9-12. O artigo de calçado que se tomou à prova de água compreende uma gáspea que tem uma zona inferior que se prolonga até ao lado de baixo da sola interior, uma camada, com um sistema de poliuretano de dois componentes específicos, que se forma do lado superior da sola interior e na zona de ligação da gáspea com os lados da sola interior, e tem uma camada do pé que fica posicionada por cima da camada do material de poliuretano e uma sola exterior que está localizada por baixo da sola interior. O processo para tomar à prova de água um artigo de calçado que tenha uma gáspea, uma sola interior à qual as zonas inferiores da gáspea se ligam pelo lado debaixo da sola interior e uma sola exterior por baixo da sola interior, inclui as fases de introdução de um sistema de poliuretano de dois componentes específicos na zona interior do sapato por baixo da sola interior e em que se forma uma camada de material à prova de água pelo menos na zona de ligação entre a sola interior com a gáspea do sapato, e em que se insere uma camada do pé por cima da camada de material à prova de água. O sistema de poliuretano de dois componentes é um sistema de poliuretano líquido livre de solventes. Proporcionam-se também técnicas para forçar o sistema de poliuretano a penetrar dentro das áreas interiores do artigo de calçado.
DESCRICÃQ RESUMIDA DAS FIGURAS A Figura 1 é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado antes de qualquer tratamento. -6- A Figura la é uma vista esquemática em corte transversal em que se mostra uma construção em que a consistência é dada com fios. A Figura lb é uma vista esquemática em corte transversal em que se mostra uma construção em que a consistência é dada por tiras. A Figura lc é uma vista esquemática em corte transversal em que se mostra uma construção em que a consistência é dada por mocassina. A Figura ld é uma vista esquemática em corte transversal em que se mostra uma construção com uma forma tubular. A Figura 2 é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado em que o processo do invento foi aplicado para criar uma camada de material à prova de água por cima da sola interior. A Figura 2a é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado em que o sistema de poliuretano à prova de água só foi aplicado na zona de ligação entre a sola interior e a gáspea. A Figura 3 é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado em que o processo do invento foi aplicado para criar uma camada de material à prova de água por cima da sola interior assim como uma camada na gáspea. A Figura 4 é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado em que o material à prova de água impregnou uma camada interior da gáspea na zona de ligação entre a sola interior e a gáspea.
-Ί Α Figura 4a é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado em que o material à prova de água formou uma camada na parte de cima da sola interior e impregnou a camada interior da gáspea. A Figura 5 é uma vista esquemática em corte transversal de uma empola insuflável tal como é utilizada dentro de um artigo de calçado para melhorar a impregnação do material de poliuretano nas várias camadas do sapato. A Figura 6 é uma vista esquemática em corte transversal de um centrifugador apropriado para ser utilizado no processo do invento. A Figura 7 é uma vista por cima da camada da sola interior de um artigo de calçado que tem espaços vazios através dos quais o líquido de poliuretano pode fluir. A Figura 7a é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado, a qual tem espaços vazios através dos quais o líquido de poliuretano pode fluir. A Figura 8 é uma vista esquemática em corte transversal de um artigo de calçado modificado que tem uma estrutura de sola interior compósita. -8-
DESCRICÂQ PORMENORIZADA DOS MODELOS DE REALIZAÇÃO PREFERENCIAIS
Este invento proporciona um artigo de calçado acabado com uma gáspea com uma forma apropriada para se tomar à prova de água e o processo para tomar à prova de água um artigo de calçado previamente construído. O invento é particularmente apropriado para artigos de calçado que têm gáspeas contendo camadas impermeáveis à água tais como os tecidos GORE-TEX® comercializados pela W. L. Gore & Associates, Inc. O invento também é apropriado para artigos de calçado que não têm a gáspea à prova de água e em r que é desejável que no artigo acabado ela seja à prova de água. E utilizado no processo um sistema de poliuretano de dois componentes. Não são necessárias fases de aquecimento ou secagem. Além disso, da utilização do sistema de poliuretano não resulta a emissão de componentes orgânicos voláteis. Além do mais, o sistema de poliuretano assegura que não permanecem espaços vazios no artigo que não sejam cobertos pelo poliuretano o que consiste um problema que está associado aos sistemas com solventes. O material requerido para ser utilizado no processo é um sistema de poliuretano de dois componentes semelhante ao que foi descrito na Patente US 4.814.412. O material preferido é constituído por um componente A que é um poli-isocianato com uma funcionalidade isocianato de 2,7 ou menos e um componente B que é uma mistura de poliois que têm uma funcionalidade hidróxilo total de 2,7 ou menos e que tem uma viscosidade de menos de 2000 cps. que consiste também num poliéster ou poliéter diol ou triol que tem um peso molecular de cerca de 2000-3000, um diol ou um triol que tem um peso molecular de menos de cerca de 200, e um catalisador para a reacção de hidróxilo-isocianato a fim de formar o poliuretano, estando o catalisador presente numa quantidade suficiente de modo a proporcionar uma gelificação ao fim de mais de cerca de 2 minutos e antes de menos do que cerca de 10 minutos. -9-
Nenhum destes componentes é um solvente nem se comporta como um solvente para o outro. O sistema de poliuretano de dois componentes é uma melhoria significativa sobre a tecnologia existente a qual inclui sistemas com base em solventes. Por exemplo, as resinas à base de solventes são sistemas de polímeros lineares. Uma vez que um solvente se evapora ou é de qualquer outra forma removido, os componentes que ficam secos são mais susceptíveis de degradação por solvente e pelo calor. Estes sistemas livres de solventes são contudo designados para envolver uma reacção de ligação cruzada provocando desse modo com que os componentes curados sejam mais resistentes ao calor e aos solventes. O sistema de poliuretano livre de solventes quando é aplicado é auto-curável à temperatura ambiente. Não é necessário aplicar calor. O tempo para o sistema curar é relativamente curto e requer menos do que cerca de 10 minutos. Se a construção do calçado ao qual o sistema de poliuretano é aplicado tiver uma camada intermédia tal como uma membrana porosa expandida de politetrafluoroetileno (PTFE) com o qual o sistema de poliuretano está em contacto, o poliuretano é capaz de molhar dentro da micro-estrutura expandida de PTFE de nódulos poliméricos interligados com fibrilas. Uma vez curado, o PTFE expandido e molhado alcança as propriedades finais do poliuretano permitindo que a membrana tenha mais resistências à abrasão. O PTFE expandido também melhora a vedação desta camada dentro da construção do sapato em áreas em que a camada está em contacto com outras partes do sapato.
Dever-se-á porém ter cuidado quando se prepara o sistema de poliuretano de dois componentes uma vez que a proporção em peso dos dois componentes tem que ser exacta a fim de se alcançar uma cura apropriada. O - 10- material também deverá ser utilizado numa área bem ventilada a fim de evitar a exposição a isocianatos transportados pelo ar. O invento será melhor compreendido fazendo referência aos desenhos juntos. A Figura 1 é um esboço em corte transversal de um artigo de calçado acabado que ainda não foi tomado à prova de água. A gáspea 1 compreende uma camada exterior 2, uma camada interior 4, e tal como se mostra neste modelo de realização, uma camada intermédia 3 a qual compreende um material à prova de água. A zona inferior da gáspea 1 é dobrada em tomo da sola interior 6. A parte dobrada da gáspea pode ser fixada à sola interior tal como se mostra nesta figura com uma camada de cimento 5. Uma sola exterior 10 também é fixada por métodos convencionais. Uma camada do pé 7 (que se mostra na Figura 4) pode também ser colocada por cima da sola interior 6. São apropriados todos os processos e métodos alternativos de dar consistência para serem utilizados com este invento. Estes processos para dar consistência incluem mas não estão limitados a que a consistência seja obtida por meio de fios (em que um fio 31 está fixado à gáspea na área de contacto com a sola interior que é então puxada em tomo da sola interior tal como se mostra na Figura la), a que a consistência seja obtida por tiras largas (em que a gáspea se dobra em tomo e por baixo da sola interior tal como se mostra na Figura 1), a que a consistência seja obtida por tiras estreitas (em que a gáspea se dobra de modo a ir ao encontro e se nivelar com a sola interior tal como se mostra na Figura lb), a que a consistência seja obtida com mocassina (em que a gáspea tem um desenvolvimento contínuo por cima do qual se pode opcionalmente colocar uma sola interior tal como se mostra na Figura lc) e que a consistência seja dada com uma forma tubular (em que a gáspea se desenvolve de modo a cobrir o fundo e se junta por meio de uma ou mais costuras ao longo do fundo tal como se mostra na Figura ld).
Podem ser também utilizados diferentes métodos para ligar ou fazer aderir entre si as diferentes partes do sapato, incluindo por exemplo cosê-las ou aplicando tachas ou pregos.
Quando estes artigos de calçado são construídos, são criadas passagens que dão entrada à água e a outros materiais indesejáveis que podem por elas entrar para o interior do artigo. Além das passagens de entrada que são criadas pela aplicação de grampos, tachas e pelas costuras, aparecem também passagens de entrada nas zonas de ligação em que as diferentes partes do artigo de calçado se reúnem tal como na área assinalada com um círculo na Figura 1. O processo do invento permite que todas estas passagens de entrada possam ser tapadas tomando desta forma à prova de água o artigo de calçado assim tratado. O sistema de poliuretano de dois componentes pode ser aplicado de modo a proporcionar uma camada local no sapato construído ou pode ser aplicado e tratado de modo a ser impregnado e forçado por entre as diferentes partes do artigo de calçado. A Figura 2 mostra um corte transversal esquemático de um artigo de calçado acabado no qual o sistema de poliuretano 8 de dois componentes à prova de água foi aplicado por cima de uma sola interior 6. Nesta situação, a sola interior 6 não é de um modo geral à prova de água. O sistema líquido 8 é derramado no interior do sapato e permitindo-se que ele se espalhe ao longo de totalidade da superfície da sola interior de modo a formar uma camada separada tal como se mostra na Figura 2.
Em alternativa e tal como se mostra na Figura 2a, em que se utiliza uma sola interior 6’ à prova de água, o sistema de poliuretano líquido pode ser aplicado apenas na zona de ligação 11 onde a sola interior 6 está em contacto - 12- com a gáspea 1. Em qualquer uma destas situações, o sistema de poliuretano de dois componentes cria uma vedação à prova de água em áreas onde era mais susceptível que a água entrasse no sapato.
Noutro modelo de realização proporciona-se que a camada de poliuretano 8 seja criada não somente na parte superior da sola interior mas seja também aplicada de modo a formar uma camada sobre a gáspea, tal como se mostra na Figura 3. Tal como se pode ver na Figura 3, o artigo de calçado original possui uma gáspea 101 que compreende apenas uma camada interior 104 e uma camada exterior 102. Nenhuma destas camadas tem como se deseja a característica de ser à prova de água. O sistema de poliuretano 108’ pode ser introduzido no interior do artigo que é rodado e orientando-o de modo a revestir não somente a sola interior do sapato mas também a gáspea. O produto resultante tal como se mostra-se na Figura 3 tem uma camada à prova de água criada de novo com o sistema de poliuretano 108 tanto na sola interior como na gáspea. O sistema de poliuretano de dois componentes pode também ser aplicado de modo a impregnar diferentes camadas do sapato. Isto é realizado, quer aplicando forças mecânicas quer proporcionando concepções alternativas para a construção do sapato e seleccionando materiais de modo a fazer com que o poliuretano flua para essas áreas do sapato e que penetre nas diferentes camadas. A Figura 4 mostra um artigo de calçado acabado em que o sistema de poliuretano 8 de dois componentes foi aplicado de modo a impregnar as camadas da gáspea incluindo a camada interior 4 e a camada intermédia 3 à prova de água somente nas zonas de ligação 11. A Figura 4a mostra um artigo de calçado acabado 104 que tem uma camada 3 à prova de água em que o sistema de poliuretano 8 de dois componentes foi aplicado de modo a impregnar a totalidade da camada 4 assim como formando uma camada à prova de água por cima da sola interior 6 deste modo tomando o que era antes um sapato não à prova de água num que é agora à -13- prova de água.
Muitas técnicas diferentes podem ser utilizadas para fazer fluir o sistema de poliuretano de dois componentes para dentro do artigo de calçado impregnando as várias camadas. Um método consiste simplesmente em derramar o poliuretano viscoso para dentro do sapato e rodando-o e orientando-o de modo a que a força da gravidade actue no poliuretano líquido e obrigando o fluxo dos materiais a ir para as áreas desejadas. Esta técnica pode ser facilitada seleccionando as propriedades de fluição do sistema de poliuretano de dois componentes de modo a que flua facilmente para o interior do artigo de calçado e penetre nas camadas pretendidas. O material é seleccionado de modo a que na interface entre a camada interior da gáspea e a sola interior, o líquido tenha uma afinidade com os materiais da gáspea. Líquidos de baixa viscosidade e materiais com elevada energia superficial promovem espontaneamente a acção de molhar fazendo assim com que o líquido penetre através das camadas interiores. Tal como se pode ver, por exemplo nas Figura 4 e 4a, o poliuretano líquido era capaz de penetrar na camada interior 4 e alcançar a camada intermédia 3 ou a camada exterior 2. Há outros métodos para fazer com que o poliuretano impregne as várias camadas do artigo de calçado incluindo a aplicação de forças mecânicas sobre o líquido para o empurrar através das várias camadas. Isto pode ser efectuado injectando o poliuretano para dentro do sapato com uma pressão suficientemente elevada de forma a provocar a sua penetração.
Pode ser utilizada uma empola insuflável 20, tal como se mostra na Figura 5, para a aplicação desta força sobre o poliuretano líquido. Esta técnica implica primeiro derramar dentro do sapato e em seguida inserir a empola dentro do sapato de modo a que quando a empola é insuflada, se introduz assim uma - 14- pressão de ar que faz aumentar a pressão tal como se mostra por meio das setas de modo a forçar o poliuretano líquido para dentro das zonas pretendidas.
Um outro método apropriado para impregnar com líquido as zonas de ligação de artigo de calçado inclui a utilização de um aparelho de centrifugação. Este método inclui a colocação de um artigo de calçado, que contém o líquido do sistema de poliuretano, no aparelho de centrifugação e em seguida, fazer funcionar o aparelho de modo a que a força centrípeta actue no interior do artigo, forçando o líquido a espalhar-se no artigo de calçado impregnando todos os poros ou zonas que não estejam vedadas.
Outras técnicas que realcem a penetração do líquido de poliuretano para dentro das camadas do artigo de calçado incluindo por exemplo uma prensa mecânica para empurrar o líquido para dentro das passagens de entrada ou criando um vácuo que sugue efectivamente o líquido de poliuretano para dentro das camadas.
Adicionalmente, o artigo de calçado pode ele próprio ser modificado de modo a fazer com que o sistema de poliuretano de dois componentes flua para dentro e penetre em áreas predeterminadas. Uma técnica implica a criação de espaços vazios 55 na sola interior 6 de modo a proporcionar passagens que façam pouca resistência à passagem do poliuretano líquido através delas, tal como se mostra na vista por cima da Figura 7 e numa vista do interior na Figura 7a. O líquido de poliuretano passa através desses espaços e alcança as camadas interiores da gáspea que foram metidas por baixo da sola interior 6.
Outra modificação do artigo de calçado inclui a utilização de uma estrutura da sola interior compósita tal como se mostra no corte transversal da Figura 8 em que são utilizadas duas solas interiores que têm um agente altamente - 15- absorvente em sanduíche entre elas. Este tipo de configuração do calçado é preferido para os artigos de calçado em que exposição visível do sistema de poliuretano ou a sua penetração em áreas em que tal não se pretende é uma preocupação principal. Neste modelo de realização, as duas solas interiores 80 e 82 estão posicionadas paralelamente entre si tendo um espaço entre elas para o material absorvente 84 a fim de limitar a infiltração do sistema de poliuretano. O material absorvente pode ser qualquer material desde que seja espontaneamente molhado dos dois lados pelo sistema de poliuretano. Apropriadamente os materiais absorventes incluem materiais não tecidos e tecidos tais como algodão, nylon, poliéster, e as misturas dos mesmos; espumas com células abertas; cortiça, e materiais de poliolefina. Em alternativa, podem-se utilizar espaços vazios ou uma combinação de espaços vazios e de materiais absorventes. Tal como se pode ver na Figura 8, é colocado um furo 86 na parte superior da sola interior 82 através da qual é introduzido o sistema de poliuretano de dois componentes sob a forma líquida.
Uma vez que o material líquido tenha revestido a sola interior de qualquer um dos modelos de realização acima descritos e tenha alcançado as áreas pretendidas da gáspea, é permitida a cura do material à temperatura ambiente até atingir o estado de dureza.
Lisboa, 4 de Julho de 2000
JORGE CRUZ Agente Oficiai da Propriedade Industriai RUA VICTOR CORDON, 14
1200 LISBOA

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Artigo de calçado à prova de água que compreende: (a) uma gáspea (1,101) que tem pelo menos uma camada, (b) uma sola interior (6) que tem as superfícies superior e inferior à qual se liga a zona inferior da gáspea (1, 101) pelo bordo inferior da sola interior (6) e em que as zonas extremas da sola interior (6) estão em contacto com a gáspea (1, 101) na zona de ligação (11); (c) um sistema de poliuretano que forma a camada (8, 108) que cobre pelo menos uma parte da superfície superior da sola interior (6) na zona de ligação (11); (d) uma camada do pé (7) que cobre a camada (8,108) do sistema de poliuretano; e (e) uma sola exterior (10) que cobre a superfície inferior da sola interior (6); caracterizado por o sistema de poliuretano ser um sistema de dois componentes que compreende um poli-isocianato e uma mistura de poliois em que a mistura é constituída por 1) um poliéster ou poliéter diol linear e 2) um outro diol ou triol, tendo o sistema de dois componentes uma funcionalidade isocianato de 2,7 ou menos, e que tem uma funcionalidade hidróxilo total de 2,7 ou menos feito a partir de uma mistura de um poliéster ou poliéter diol com um peso molecular de 2000-3000 e um diol ou triol com um peso molecular menor do que 200, tendo o referido sistema uma viscosidade de 2000 cps. ou menos.
  2. 2. Artigo de calçado à prova de água tal como se descreve na Reivindicação 1, em que a camada (8, 108) do sistema de poliuretano de dois componentes cobre completamente a superfície superior da sola interior (6).
  3. 3. Artigo de calçado à prova de água tal como se descreve na Reivindicação 1, em que a camada (108) do sistema de poliuretano de dois componentes se forma na camada interior (102) da gáspea (101).
  4. 4. Artigo de calçado à prova de água tal como se descreve na Reivindicação 1, em que a gáspea (1, 101) é impregnada pelo sistema de poliuretano de dois componentes.
  5. 5. Artigo de calçado à prova de água tal como se descreve na Reivindicação 1, em que a gáspea (1) tem uma camada intermédia (3) à prova de água e em que a camada (8) do sistema de poliuretano de dois componentes impregna a zona de ligação (11) e pelo menos uma parte da camada intermédia (3) à prova de água.
  6. 6. Artigo de calçado à prova de água da Reivindicação 1, em que a sola interior (6) contém uma multiplicidade de espaços vazios através do quais penetra o sistema de poliuretano de dois componentes.
  7. 7. Artigo de calçado à prova de água da Reivindicação 1 que além do mais compreende (f) uma segunda sola interior (80) que contém o furo (86) através do qual o sistema de poliuretano de dois componentes é introduzido e (g) um material absorvente (84) localizado entre as duas solas interiores (80, 82) que absorve o sistema de poliuretano de dois componentes.
  8. 8. Processo para tomar à prova de água um artigo de calçado que tem a gáspea (1, 101), a sola interior (6) à qual se liga à zona inferior da gáspea (1) e uma sola exterior (10) à qual a sola interior (6) está além do mais ligada, o qual compreende as fases de: (a) introdução de um sistema de poliuretano na zona interior do artigo de calçado por cima da sola interior (6); (b) revestimento com o sistema de poliuretano da zona de ligação (11) que se -3- forma entre a sola interior (6) e a gáspea (1,101); (c) cura do referido sistema de poliuretano, e (d) inserção de uma camada do pé (7) por cima da sola interior (6) e da zona de ligação (11) revestida com o sistema de poliuretano; caracterizado por o sistema de poliuretano ser um sistema de poliuretano de dois componentes que têm uma funcionalidade isocianato de 2,7 ou menos, e que tem uma funcionalidade hidróxilo total de 2,7 ou menos e sendo feito de uma mistura de um poliéter ou poliéster diol com um peso molecular de 2000-3000 e de um diol ou triol com um peso molecular menor do que 200, tendo o referido sistema uma viscosidade 2000 cps., ou menos.
  9. 9. Processo para tomar à prova de água um artigo de calçado tal como se descreve na Reivindicação 8, que além do mais compreende uma fase de formação de pelo menos uma camada (8, 108) à prova de água por cima da sola interior (6) e da zona de ligação (11) com o sistema de poliuretano de dois componentes.
  10. 10. Processo para tomar à prova de água um artigo de calçado tal como se descreve na Reivindicação 8, em que o sistema de poliuretano é introduzido derramando o sistema para dentro do artigo de calçado.
  11. 11. Processo para tomar à prova de água um artigo de calçado tal como se descreve na Reivindicação 8, que inclui uma fase de impregnação da sola interior (6) e da zona de ligação (11) pelo referido sistema de poliuretano aplicando uma força mecânica ao sistema de poliuretano.
  12. 12. Processo para tomar à prova de água um artigo de calçado tal como se descreve na Reivindicação 11, em que a força mecânica aplicada é seleccionada de entre o grupo que inclui a utilização da força da gravidade, a -4- utilização de pressão para injectar o sistema de poliuretano, a utilização de um empola insuflável (20) a fim de forçar o sistema de poliuretano, a utilização de um aparelho de centrifugação (Fig. 6) a fim de fazer rodar o artigo de calçado contendo dentro dele o sistema de poliuretano, e a utilização de uma prensa mecânica. Lisboa, 4 de Julho de 2000 V Λ JORGE CRUZ Agente Oficiai da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
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