PT743154E - Revestimento para chao do tipo com reflexos de ondulacao e processo para o respectivo fabrico - Google Patents

Description

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DESCRICÃO “Revestimento para chão do tipo com reflexos de ondulação e processo para o respectivo fabrico” O presente invento consiste num revestimento para chão do tipo com reflexos de ondulação (“moiré”), de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1, bem como um processo para o respectivo fabrico.

Um revestimento para chão deste tipo foi, por exemplo, descrito pelo Instituto Alemão de Garantia da Qualidade e de Classificação, no documento RAL-RG 721/1, edição de Novembro de 1983, com a epígrafe “Superfície superior de revestimentos elásticos para chão”, páginas 7 a 19, tendo um processo deste tipo sido divulgado, por exemplo, pelo documento DE-C-4 114 575. O documento DE-A-1 479 873 descreve um processo e um dispositivo para o fabrico de lâminas ou placas, de preferência, com padrão às riscas, em materiais sintéticos plastificados a frio, sobretudo o poli(cloreto de vinilo) e/ou os seus copolímeros. O material de plástico em gel cortado, por exemplo, em fios, é expandido numa camada em folha de espessura uniforme e posteriormente comprimido a frio. Seguem-se os já conhecidos processos de gelificação ou condensação ou polimerização do artigo, sem pressão ou por meio de pressão, através dos quais a lâmina é compactada. Deste modo, é possível fabricar inúmeros padrões em lâminas sintéticas. O documento US-A-2 083 201 descreve um processo de fabrico de um granulado de borracha já com padrão, destinado a revestimentos para chão, paredes e tectos: num molde, são colocadas soltas inúmeras partículas de granulado de borracha não vulcanizada, de vários tipos, essencialmente na forma de prisma, é exercida uma pressão estática sobre as mesmas, que provoca a aderência das partículas de granulado umas às outras, fazendo com que se deformem ligeiramente e que fiquem posicionadas sem intervalos entre si. Em seguida, a lâmina que se formou é submetida a um processo de vulcanização. De acordo com as figuras 3 e 6 do presente documento de patente, são formados padrões superficiais que correspondem aos de um chão de granulado de pedra polido, com partes superficiais extremamente demarcadas entre si. 84 538 ΕΡ Ο 743 154/ΡΤ 2

Na sua maioria, são aplicados, sobretudo em pavilhões desportivos, revestimentos para chão em PVC ou em linóleo, que apresentam uma estrutura tipo “moiré”. O termo “moiré” descreve um padrão e constitui uma designação de acordo com o documento RAL-RG 725/1 (versão de 1983). A desvantagem destes materiais de revestimento para chão reside no que diz respeito à sua resistência à cinza incandescente dos cigarros. O requisito da respectiva norma DIN 51961 não é satisfeito pelo PVC, sendo-o apenas parcialmente pelo linóleo; este último material permite manchas de queimadura cuja componente de alcatrão é de remoção muito difícil ou até mesmo de todo impossível. Há que assegurar sobretudo em superfícies destinadas à prática de desporto o cumprimento do requisito da norma DIN 18032, que prescreve um grau de reflexão mínimo de 0,2. O padrão de revestimentos para soalho do tipo referido deverá, para além disso, não ser de tal forma dominante no seu contraste, a ponto do forte contraste colorido fazer com que as marcações da zona de jogo deixem de sobressair visualmente na necessária relação.

Os últimos dois requisitos são satisfeitos de modo particularmente satisfatório pelos revestimentos para chão do tipo “moiré”; além disso, os vestígios da fricção das solas de calçado desportivo tornam-se claramente menos visíveis.

Até à data ainda não foi possível fabricar em borracha revestimentos para chão do tipo “moiré”, sobretudo com o grau de reflexão de luz exigido e uma maior resistência às queimaduras provocadas pela cinza incandescente do cigarro. Por este motivo, é desejável que tal seja conseguido, uma vez que este material é de manutenção menos dispendiosa e resiste melhor a um desgaste provocado por uma utilização intensa do tipo da que se verifica nos pavilhões desportivos. O documento DE-C1-41 14 575 divulga um processo de fabrico contínuo de um revestimento para chão com padrão não direccionado, a partir de um material elastomérico vulcanizável, com os seguintes passos de processo: - carregar continuamente num extrusor curto de parafuso sem-fim com uma relação entre o comprimento e diâmetro de 4:1 a 10:1, a uma temperatura de 60 a 100°C, com duas ou três tiras de cores diferentes de material elastomérico vulcanizável; 84 538 ΕΡ Ο 743 154/ΡΤ 3

- transportar um volume de 400 a 600 Kg/h de material elastomérico através do extrusor, sem mistura de cor dos fios; - descarregar o material elastomérico através de um disco perfurado com a forma de 200 a 600 fios com diâmetros de 2 a 10 mm cada; - cortar os fios que saem do disco em objectos moldados de 1 a 2 mm cada; - deixar cair os objectos moldados cortados directamente na fenda de uma calandra de dois cilindros, cujos cilindros apresentam uma relação entre o comprimento e o diâmetro de 1:3,5 e uma temperatura superficial de 60 a 100° C, e comprimir os mesmos sob a influência do calor e da pressão de modo a transformá-los numa lâmina de material homogénea; - introduzir a lâmina de material comprimida e que sai da calandra, directamente numa instalação de vulcanização de funcionamento contínuo, na qual se procede à vulcanização final a 160 a 180°C, até se obter a lâmina de revestimento pronta. O revestimento para chão fabricado deste modo possui não só um padrão totalmente indiferente da direcção, não apresentando também qualquer tipo de oclusões de ar na lâmina de material. Não são necessários quaisquer outros passos de processo para a produção do padrão como, por exemplo, a remoção de camadas próximas da superfície. O presente invento tem por objectivo proporcionar um revestimento para chão que consiste num material mais fácil de tratar e mais robusto que o PVC ou o linóleo. O material deverá, para ser aplicado como revestimento de pavilhões desportivos, apresentar um grau de reflexão mínimo de 0,2, de acordo com a norma DIN 18032, devendo o seu padrão possibilitar o reconhecimento, ao longo de todo a sua secção transversal, bem como da superfície de topo da lâmina de revestimento, de uma direcção preferencial. O padrão propriamente dito não deverá, no entanto, ser muito dominante no seu contraste e nos seus contornos, de modo a não impedir que as eventuais marcações da área de jogo sobressaiam visualmente com a relação necessária. O padrão deverá poder ser indicado como “moiré” nos termos do documento RAL-HG 725/1 (versão de Novembro de 1983). 84 538 ΕΡ Ο 743 154/ΡΤ 4

Este objectivo é conseguido através de um revestimento para chão tipo “moiré” de duas ou três cores base, fabricado em borracha, de acordo com a reivindicação 1.

Para além disso, é indicado um processo, de acordo com a reivindicação 2, destinado ao fabrico de um revestimento para chão deste tipo.

De acordo com a definição atrás mencionada, os revestimentos para chão do tipo moiré fabricados em borracha, sobretudo do tipo moiré ao longo de todo a sua secção transversal, não são, até à data, do conhecimento da requerente. Contrariamente ao PVC e ao linóleo, do ponto de vista do processo técnico é difícil, ao processar materiais elastoméricos vulcanizáveis, produzir uma configuração de superfície colorida deste tipo sem incorrer em enormes despesas. Formam-se contrastes coloridos direccionados demasiado fortes dentro do padrão e/ou as partes superiores apresentam áreas de grandes dimensões, com padrões de intensidade diferenciada, a par umas das outras, que apresentam graus de reflexão fortemente divergentes entre si e que, numa impressão geral, apresentam, deste modo, zonas cujo grau de reflexão mínimo se situa abaixo dos 0,2, ou seja, que se apresenta com manchas escuras visualmente perturbadoras.

Constatou-se agora que através da variação de um processo descrito pelo documento DE-C1-41 14 575, destinado na realidade ao fabrico contínuo de um revestimento para chão com padrão independente da direcção, é possível fabricar também revestimentos para chão com padrão direccionado do tipo moiré, apresentando-se o padrão ao longo de todo o corte transversal. O processo pode ser executado de forma contínua, sendo, deste modo, muito pouco dispendioso. As vantagens da borracha no que diz respeito à limpeza e sobrecarga mecânica podem ser aproveitadas sem a necessidade de camadas de protecção adicionais. O processo de acordo com o invento constitui uma variação do processo apresentado pelo documento DE-C1-41 14 575, uma vez que são utilizadas duas ou três tiras de cores diferentes de material elastomérico vulcanizável, aumentando-se, na execução do processo, o volume de material para 700 a 1300 Kg/h e não se deixando os objectos moldados, que são cortados com cerca, respectivamente, 1 a 2 mm, dos fios que saem do disco, cair directamente na fenda da calandra de dois cilindros, mas deixando-os sim, antes da entrada na calandra, percorrer um percurso de arrefecimento de 4 a 6 m, o qual está à temperatura ambiente. O percurso de arrefecimento consiste num dispositivo de transporte 5 84 538 ΕΡ Ο 743 154/ΡΤ normal, por exemplo, uma correia de borracha termo-resistente, cuja velocidade é adequada ao volume de material pretendido. Não seria de esperar que estas poucas medidas tecnologicamente simples e pouco dispendiosas fossem suficientes para servir de variação a um processo contínuo, de modo a satisfazer, em todos os seus aspectos, o objectivo proposto. A sua continuidade permanece totalmente assegurada, o acréscimo de volume de material reduz ainda mais os custos de produção e o percurso de arrefecimento pode ser facilmente intercalado em instalações existentes para o fabrico de revestimentos para chão não direccionados, fabricados em borracha. O não direccionamento é suprimido a ponto de ser originado um padrão definido, direccionado e do tipo moiré, na superfície e na secção transversal da lâmina de revestimento. Através da simples selecção do volume ideal dentro dos limites fornecidos e por meio da selecção da cor das tiras do material elastomérico vulcanizável utilizado, poderá obter-se, com poucas tentativas anteriores, a respectiva configuração estética pretendida, sendo igualmente possível ajustar o grau de reflexão de luz de acordo com as necessidades. A superfície formada deixa de apresentar quaisquer zonas superficiais que excedam o tamanho de um dedo mínimo, que poderiam ser interpretadas como zonas claras ou escuras. Logo na observação a mais de dois metros, o padrão embora se apresente ligeiramente direccionado, possui no seu todo um aspecto homogéneo. Deste modo exclui-se a formação inadvertida de sequências paralelas de superfícies claras ou escuras, quando do fabrico, que poderiam dar a impressão, a quem observa, de linhas autónomas perturbadoras das marcações da área de jogo. É possível também por meio do presente invento disponibilizar, em primeiro lugar, um revestimento para chão do tipo “moiré”, particularmente adequado a instalações desportivas, devido ao seu padrão, que embora direccionado, não é, no entanto, saliente, concebido sem qualquer camada protectora, feito em borracha e que apresenta todas as suas vantagens, e que pode ser fabricado por meio de um processo contínuo, conhecido e comprovado, bastante rápido e, deste modo, pouco dispendioso.

Lisboa, & s&R. 2G0ú

Por FIRMA CARL FREUDENBERG - O AGENTE OFICIAL -

Claims (2)

1. 84 538 EP 0 743 154/PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1 - Revestimento para chão do tipo com reflexos de ondulação (“moiré”) confeccionado por duas ou três cores de base, destinado sobretudo a pavilhões desportivos, caracterizado por ser fabricado em borracha.
2. 2 - Processo de fabrico contínuo de um revestimento para chão do tipo com reflexos de ondulção (“moiré”), que apresenta as características da reivindicação 1, por meio da aplicação dos seguintes passos de processo: - carregar continuamente um extrusor curto de parafuso sem-fim com uma relação entre o comprimento e o diâmetro de 4:1 a 10:1, a uma temperatura de 60 a 100°C, com duas ou três tiras de cores diferentes de material eiastomérico vulcanizável; - transportar o material eiastomérico através do extrusor, sem mistura de cores; - descarregar através de um disco perfurado do material eiastomérico com a forma de 200 a 600 fios com diâmetros de 2 a 10 mm cada; - cortar os fios que saem do disco em objectos moldados de 1 a 2 mm cada; - deixar cair os objectos moldados cortados directamente na fenda de uma calandra de dois cilindros, cujos cilindros apresentam uma relação entre o comprimento e o diâmetro de 1:3,5 e uma temperatura superficial de 60 a 100°C, e comprimir os mesmos sob a influência do calor e da pressão de modo a transformá-los numa lâmina de material homogénea; - introduzir a lâmina de material comprimida e que sai da calandra, directamente numa instalação de vulcanização de funcionamento contínuo, na qual se procede à vulcanização final a 160 a 180°C, até se obter a lâmina de revestimento pronta, sendo seleccionado um volume de material de 700 a 1300 Kg/h e antes da sua entrada na fenda da calandra de dois cilindros, deixar os objectos moldados cortados percorrer um percurso de arrefecimento de 4 a 6 m, concebido com a 84 538 ΕΡ Ο 743 154/ΡΤ 2/2 forma de dispositivo de transporte, cuja velocidade é adequada ao volume de material pretendido. Lisboa, Í3. Kfó 20B0 Por FIRMA CARL FREUDENBERG -O AGENTE OFICIAL-