PT670104E - Sementes tratadas - Google Patents

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PT670104E
PT670104E PT95810124T PT95810124T PT670104E PT 670104 E PT670104 E PT 670104E PT 95810124 T PT95810124 T PT 95810124T PT 95810124 T PT95810124 T PT 95810124T PT 670104 E PT670104 E PT 670104E
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Peter Vander Toorn
Tonko Bruggink
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Syngenta Participations Ag
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Description

* £?ôáoíí
DESCRIÇÃO "SEMENTES TRATADAS" A presente invenção diz respeito ao tratamento de sementes activadas conferindo-lhes uma vida útil mais prolongada do que às sementes convencionalmente activadas e ao processo de obtenção de tais sementes e de plantas derivadas deste processo.
As sementes activadas e os métodos para a sua obtenção são processos conhecidos pelos técnicos da área.
As sementes activadas são, em regra, capazes de germinarem mais rapidamente e apresentam uma melhor sincronização na germinação do que as sementes não activadas.
Os processos convencionais de activação de sementes estão descritos na EP 309,551 BI e EP 254 569 Bl. A presente invenção fornece um processo que prolonga a vida útil das sementes activadas e não germinadas com um teor de humidade (MC) entre 2 e 15% com base no peso das sementes frescas (fwb) mantendo contudo, o índice de germinação das sementes activadas, caracterizado pelo facto das sementes activadas antes de secarem para os ditos teores de humidade serem: a) Privadas de água por um período de 1 a 7 dias; ou -2- b) Expostas a um tratamento térmico de 25 a 45 °C durante uma a cinco horas; ou c) Expostas a uma combinação dos processos enunciados nas alíneas a) e b). O processo de secagem de volta das sementes como acima referido, envolve uma redução do teor de humidade (MC) da semente para um teor de humidade (MC) das sementes não tratadas, isto é, sementes secas que não foram activadas.
Os termos teor de humidade (MC) e teor de água serão aqui utilizados com o mesmo significado. O teor de humidade (MC) será dado em termos percentuais, baseado no peso das sementes frescas (a menos que seja feita menção em contrário). O processo de privação de água, de acordo com a alínea a), pode ser alcançado por qualquer processo conhecido pelos técnicos da área do qual resulte um nível mais baixo de teor de humidade para as sementes.
De um modo geral, obtém-se uma privação de água através da redução do teor de humidade (MC) das sementes convencionalmente activadas em 3 unidades percentuais ou mais, isto é até 20% ou menos, se as sementes convencionalmente activadas tiverem um teor de humidade (MC) inicial de 25%, ou até 50% ou menos se as sementes convencionalmente activadas tiverem um teor de humidade (MC) inicial de 55%. Mais especificamente, a privação de água será geralmente conseguida através da redução do teor de humidade (MC) em 5 unidades percentuais até 20 unidades percentuais, pelo que, é geralmente vantajoso não reduzir o teor de humidade (MC) para valores abaixo de 15%. A privação de água deve ser mantida por um período de 1 a 7 dias, -3-
Mb-**' pelo que as condições ideais dependerão i.a. da temperatura e da espécie de semente e poderão ser determinadas através de testes padrão. Note-se que tal pode ser conseguido mantendo-se constante o teor de humidade (MC) das sementes convencionalmente activadas no nível reduzido desejado (isto é, convenientemente 5 a 20 unidades percentuais abaixo do teor de humidade (MC) das sementes convencionalmente activadas) ou através da secagem lenta das sementes convencionalmente activadas para que permaneçam por um período suficientemente longo privadas de água.
Desta forma, pode-se conseguir uma vida útil prolongada através da incubação das sementes activadas sob um potencial de aquoso que induza uma privação de água através de uma redução inicial rápida do teor de humidade (MC) das sementes activadas até um teor de humidade (MC) onde as sementes estejam ainda sujeitas à privação de água, seguido pela incubação ou por uma redução lenta do teor de humidade das sementes activadas parcialmente secas assim obtidas ou por um choque térmico. A redução lenta do teor de humidade (MC) pode ser conseguida de uma maneira por si conhecida, por exemplo, por secagem em condições suaves, ou pondo as sementes activadas em contacto com um osmótico ou absorvente que não seja tóxico para as sementes e com um potencial aquoso abaixo de 0 MPa.. A descrição dos processos (a), (b) e (c) a seguir, ilustra as condições típicas para a sujeição de sementes activadas a um processo de privação de água. O processo de privação de água pode ser conseguido através: a) da secagem lenta das sementes activadas a uma temperatura de 3 a 40 °C durante um período de 3 a 7 dias, ou b) da redução do teor de humidade (MC) das sementes activadas sob condições de secagem convencionais de 3 a 20 unidades percentuais e -4- Μ armazenando as sementes assim secas durante 1 a 7 dias num recipiente com um mínimo de ventilação e humidade, a uma temperatura de 3 a 40 °C, ou c) da incubação de sementes activadas num osmótico por um período de 1 a 7 dias num potencial aquoso escolhido para reduzir o teor de humidade (MC) das sementes activadas em 5 a 20 unidades percentuais. O tratamento térmico pode ser conseguido submetendo as sementes activadas a um choque térmico do nível dos 25 a 45 °C durante 1 a 5 horas.
As sementes produzidas de acordo com os processos da presente invenção apresentam embriões mais tolerantes que as sementes convencionalmente activadas, na medida em que as primeiras sobrevivem por períodos de armazenagem mais longos em condições ambientais de armazenagem aqui a seguir definidas.
Entende-se por uma semente compreendendo um embrião mais tolerante à dessecação, uma semente na qual a redução do teor de humidade (MC) desta para um valor típico de sementes desidratadas, por exemplo, de cerca de 5 a 7%, não afecta substancialmente de forma adversa a viabilidade das sementes, sendo a viabilidade medida em termos da sua capacidade para germinar quando colocada em condições propícias de crescimento ou após sujeição a um teste padrão apropriado, por exemplo, um teste de deterioração controlada (ver a seguir) seja antes ou após um período prolongado de armazenagem em condições ambientais de armazenagem.
Entende-se por embrião da semente estruturas que são necessárias para o desenvolvimento da semente, tais como o cotilédone, o caule e a ponta não emergente da radícula as quais, colectivamente ou em parte, estejam em condições de adquirir uma tolerância à dessecação.
-5-
As sementes activadas podem ser armazenadas durante várias semanas a uma temperatura de cerca de 5 °C mas não podem ser armazenadas por períodos de tempo mais dilatados em condições ambientais de armazenagem. O termo sementes activadas significa (na medida em que não lhe for dado outro sentido) que a semente foi submetida a técnicas convencionais de activação como a seguir se descrevem, que tem um teor de humidade (MC) num nível de 20 a 55% (dependendo da espécie) e que possui uma tolerância de dessecação típica da semente convencionalmente activada. Note-se que toda a semente não activada é tolerante à dessecação, isto é, pode sobreviver à secagem, sendo a tolerância à dessecação dependente das espécies. Aquando da activação por processos convencionais, a semente toma-se menos tolerante à dessecação. A perda de tolerância à dessecação aumenta com o incremento do período de activação, até a um ponto em que a semente não pode ser considerada tolerante à dessecação, sendo que esta completa perda de tolerância à dessecação ocorre no ponto de germinação da semente. Os processos da presente invenção, como a seguir se descrevem, aplicam-se à semente não germinada a qual foi activada de acordo com os processos convencionais de activação. A semente não germinada é aqui definida como a semente cujo radícula e/ou hipocótilo ainda não se projectou ou emergiu do revestimento ou pericarpo da semente. O radícula e/ou hipocótilo poderão ter causado o rompimento ou o rachar do revestimento da semente, contudo poderão não se ter projectado através dessa fenda ou racha. O endosperma envolvendo o embrião, pode ser visível através da fenda ou racha. A semente convencionalmente activada e não germinada à qual foram aplicados os processos da presente invenção será a seguir designada por semente(s) tratada(s). A semente convencionalmente activada e não germinada à qual não foram aplicados os processos da presente invenção será a seguir designada por semente(s) convencionalmente activada(s). Semente(s) aceitávei(s) do ponto de -6-vista comercial mas que não foram activadas, serão referidas como semente(s) não tratada(s). É também possível determinar a fase do processo de germinação através de parâmetros físicos, por exemplo, o tamanho, o volume ou densidade. Deste modo, pode-se proceder a uma selecção de sementes para serem tratadas de acordo com esta invenção.
Deste modo, como abaixo se demonstra, a semente tratada tem um maior tempo de vida útil do que as sementes convencionalmente activadas da mesma espécie e teor de humidade (MC). O maior tempo de vida útil pode ser medido através do percentual de germinação nas mesmas ou em condições semelhantes, por exemplo, condições de crescimento padrão (como abaixo definidas), após um teste de deterioração controlada, ou armazenamento em condições ambientais; sendo que as sementes tratadas apresentam um maior percentual de germinação quando comparadas com as sementes convencionalmente activadas sujeitas ao mesmo teste de deterioração controlada ou armazenamento em condições ambientais.
Entende-se por condições padrão de crescimento uma temperatura de cerca de 15 a 20 °C na presença de ar e água. O termo vida útil, tal como aqui é usado, pode ser expresso em termos de viabilidade (isto é, em termos de capacidade para germinar e dar lugar a plantas normais após armazenamento em condições ambientais de armazenagem, por exemplo, após submissão a um teste de deterioração controlada (CD) (Tarquis A.M. & Bradford K.J., J. Exptal, Bot. Vol 43, 1932, n° 248, p.p. 307-317). A viabilidade das sementes submetidas ao teste CD pode ser determinada em testes laboratoriais de acordo com normas internacionais (ISTA, -7- 1976). As diferenças nos resultados entre testes CD estão geralmente correlacionadas com as diferenças no tempo de vida útil após armazenagem sob condições ambientais de armazenagem.
Os exemplos típicos de métodos de activação convencionais incluem o tratamento de sementes com um tratamento osmótico ( tal como descrito i.a. por Heydecker, e modificações subsequentes, tais como por exemplo, o Método de Activação em Tambor) com água numa matriz sólida ( tal como descrito i.a. na EP 309551 Bl), etc.
Entende-se pelo termo "condições ambientais de armazenamento" o armazenamento à temperatura ambiente e humidade relativa (RH). O termo "temperatura ambiente" tal como aqui se refere, corresponde a uma temperatura de cerca de 3°C até cerca de 25 °C. O termo "HR ambiente" significa uma humidade relativa na faixa dos 20 a cerca de 90%. A aplicação dos processos (a), (b) ou (c) da invenção tal como abaixo descritos, envolvem uma redução do teor de humidade (MC) na semente. O processo (a) da presente invenção, envolve um processo gradual lento de perda de água das sementes activadas (aqui referido como secagem lenta). Deste modo, as sementes activadas são submetidas a uma fase de incubação na qual a taxa de perda de humidade é mantida numa faixa de valores de cerca de 0.1% e 1% do peso seco da semente hora'1, preferencialmente entre cerca de 0.2% até cerca de 0.4% hora'1. A secagem lenta pode ser efectuada num tambor (activação em tambor), gás oxigenado ou oxigénio forçado, ou por simples arejamento (condições passíveis), por mistura. A taxa de perda de humidade é medida pela pesagem das sementes após diferentes períodos de -8- fe. h*.r^ C.-<-Uâ incubação e registo do peso das sementes de tempos a tempos. Deverá notar-se que a taxa de perda de humidade necessária para induzir períodos longos de vida útil variam de espécies para espécies, dentro da faixa acima definida. As sementes mantidas nessas condições terão um teor de humidade (MC) final de cerca de 5% até cerca de 20%, normalmente, desde cerca de 5% até cerca de 15%, abaixo do das sementes activadas.
No processo de secagem lenta, as sementes podem ser incubadas a qualquer temperatura entre 3°C até cerca de 40 °C. Preferencialmente, as sementes são incubadas a temperaturas de cerca de 20 °C até cerca de 35 °C. O período de incubação dura cerca de 24 horas até cerca de 1 semana ou mais dependendo da temperatura de incubação. Deste modo, por exemplo, o período de incubação pode ser de cerca de 24 horas até cerca de 3 dias ou mais, a uma temperatura de 20 °C, dependendo do tipo de semente, ou poderá ser até uma semana ou mais a uma temperatura mais baixa de 8 °C, dependendo do tipo de semente. Temperaturas mais baixas podem ser empregues, por exemplo, para minimizar o risco de infestação por agentes patogénicos.
De acordo com o processo (b), a seguir referido como armazenamento húmido, as sementes activadas são incubadas com um teor de humidade (MC) mais baixo do que o MC das sementes activadas. Deste modo o MC das sementes activadas é diminuído (através de secagem sob condições de secagem convencionais, por exemplo: "condições de secagem rápida"), em cerca de 3 a 20 unidades percentuais, preferivelmente, entre 5 e 15 unidades percentuais, num período inferior a 24 horas, por exemplo 8 horas ou menos. O valor mínimo do MC ao qual as sementes são secas é de cerca de 15%. Daí em diante, as sementes assim secas são sujeitas a uma privação de água através de incubação num recipiente com arejamento e humidade mínima, sendo a temperatura e o tempo de incubação conforme o processo de secagem lenta acima. -9- Ο termo condições de secagem convencional tal como é usado em relação com o processo (b) acima (e tal como é usado abaixo) refere-se às condições de secagem convencionais, por exemplo, voltar a secar através de uma forte corrente de ar à temperatura ambiente tal como é do conhecimento dos técnicos desta área e normalmente aplicado para a secagem de sementes convencionalmente activadas.
Um outro método de sujeição das sementes activadas a um processo de privação de água, sendo o processo de incubação de acordo com o processo (c) da presente invenção, compreende um tratamento PEG (ou outra solução osmótica adequada), o qual envolve uma redução no teor de humidade(MC) das sementes as quais foram submetidas a uma fase de activação por incubação em soluções, sendo o potencial aquoso menor que 0 MPa. Durante a incubação o teor de água na semente é lentamente reduzido em cerca de 3 a 20 unidades percentuais, tal como descrito para o processo (b), mantendo o potencial osmótico da solução um valor especificado, numa faixa de cerca de -0.5 até cerca de -4.0 MPa. Nesta fase, as sementes experimentam uma privação moderada de água devido à falta de água corrente. A incubação ocorre preferencialmente numa coluna de água (incubação líquida), preferencialmente em condições de arejamento. Pode também ocorrer colocando as sementes activadas em papel de filtro saturado numa solução osmótica.
As condições favoráveis para incubação (período de tempo e temperatura) para o processo (b) e (c) incluem i.a. as condições tal como descritas para o processo (a). A incubação de acordo com o processo (c) será tipicamente efectuada num osmótico tendo um potencial aquoso suficientemente baixo para - 10-retirar água das sementes activadas. Qualquer osmótico adequado que não prejudique as sementes, pode ser utilizado, isto é, soluções de polietileno glicol (PEG) tais como PEG 8000 (British Petroleum). As sementes entram em contacto com uma solução tal como PEG 8000, manitol, ou uma solução salgada tal como NaCl ou do género. O potencial osmótico deve ser tal que o teor de humidade da semente (MC) se mantenha a um nível suficientemente baixo por forma a que a indução da tolerância de dessecação ocorra.
Poderá adicionar-se reguladores de crescimento das plantas à solução osmótica numa concentração entre cerca de 10' M e 10' M na primeira incubação. Os reguladores adequados incluem as giberelinas, o ácido abscísico (ABA) e auxinas tais como o ácido indol butírico (IBA).
Na incubação numa coluna de água, a quantidade de sementes por unidade de volume da solução, pode ir desde 1-200 g de sementes Γ1 . Preferencialmente, as sementes estão presentes em cerca de 25 g de sementes Γ1. Geralmente, a incubação pode durar durante vários dias, chegando a levar semanas ou mais. Após a incubação, as sementes são lavadas com água.
Com a incubação em filtro de papel, o papel é humedecido com um osmótico adequado (como acima descrito). Geralmente, as sementes impregnadas e activadas num MC de cerca de 20% e 55% podem ser colocadas no papel de filtro humedecido num sistema fechado, obtendo-se uma elevada RH (Humidade Relativa), por exemplo, de 100%, sendo a temperatura e o tempo de contacto como acima descrito).
Onde for desejado poder-se-á reduzir o MC das sementes activadas de, por exemplo, cerca de 10% através de secagem rápida, antes da incubação num osmótico como acima descrito. Tal passo não é contudo essencial. - 11 -
No tratamento térmico, as sementes activadas são submetidas a um choque térmico com uma amplitude de cerca de 35 a 40 °C, por períodos de tempo de cerca de uma hora até cerca de 5 horas. Preferencialmente, o MC da semente sujeito ao choque térmico deve andar na casa de 0 e 20 unidades percentuais mais abaixo do que 0 MC da semente depois de activada. Geralmente, será mais vantajoso que o MC das sementes que sejam submetidas a um choque térmico, não seja inferior a 15%. O choque térmico pode ser aplicado através de qualquer meio adequado. Deste modo, as sementes podem ser colocadas num recipiente o qual é, posteriormente, colocado numa incubadora.
De notar que 0 resultado desejado (sementes activadas com maior vida útil), pode também ser alcançado através da combinação da privação de água e tensão térmica, isto é, uma combinação de choque térmico com qualquer dos processos (a), (b) ou (c). O processos e as condições ideais para os processos de (a) a (c) acima referidos e o choque térmico para uma determinada espécie de sementes, pode ser estabelecido determinando-se 0 potencial de vida útil e a taxa de germinação (tso) por um método por si conhecido. O tratamento de sementes activadas de acordo com qualquer dos processos (a) a (c), o choque térmico ou uma combinação de tais processos tais como acima descritos, e subsequentemente, onde for desejado - secando as sementes de volta para um MC desejado - permite às sementes um tempo de vida útil maior do que as sementes convencionalmente activadas pertencentes à mesma espécie e tendo o mesmo MC. A presente invenção proporciona sementes que se obtêm pelo - 12- C—Λ processo (a), (b), (c), o choque térmico ou uma combinação de tais processos conforme acima descritos, sendo que as sementes - quando desejado - possam ser secas de novo para um MC desejado. A presente invenção fornece igualmente sementes activadas tratadas sob a forma húmida ou seca, tendo um tempo de vida útil, quando armazenadas em condições ambientais de armazenagem, substancialmente maior do que aquele das sementes convencionalmente activadas pertencentes à mesma espécie e tendo o mesmo MC o qual foi, por opção, reduzido em condições de secagem convencionais.
As sementes da presente invenção têm um MC dentro dos valores típicos das sementes secas, isto é, não tratadas, até um MC no qual processos metabólicos diferentes dos processos metabólicos germinativos se desenvolvem.
As formas comerciais típicas das sementes desta invenção incluem sementes com um MC numa faixa entre mais do que 15% até cerca de 55% ( a seguir aqui referidas como sementes húmidas de acordo com a presente invenção) e sementes que voltaram a ser secas para mais ou menos o MC das sementes secas, isto é, possuindo um MC na faixa de cerca de 2% até cerca de 15% de sementes ( a seguir designadas como as sementes secas de acordo coma presente invenção).
As sementes secas da presente invenção são provenientes da secagem de sementes obtidas de acordo com qualquer um dos processos (a), (b), (c), um choque térmico, uma combinação de qualquer (a), (b) ou (c) com um choque térmico, de acordo com a presente invenção, até um MC final da ordem daquele das sementes não germinadas, não activadas (isto é, sementes não tratadas) utilizando condições de secagem convencionais, isto é, secagem rápida.
- 13-
As sementes podem voltar a ser secas sob condições de secagem convencionais a uma temperatura com uma amplitude de 10 °C até 50°C, geralmente desde 20 °C até cerca de 35 °C, a uma húmidade relativa na casa de 30% até 90%, geralmente desde 30% até cerca de 50%, em ar estático ou em movimento a velocidades próprias para a secagem de sementes. Por exemplo, a velocidade do fluxo de ar pode ser até 2 m s'1 ou mais rápido. O período de tempo pode ser para qualquer intervalo de tempo adequado até 24 horas, dependendo das condições de secagem empregues. As condições adequadas de secagem convencional incluem, por exemplo, temperatura de 20 °C, uma húmidade relativa de 40% num fluxo de ar a uma velocidade de 2m s'1 durante um período de 16 horas.
As sementes secas da presente invenção são úteis, na medida em que a sua taxa de germinação é subsequentemente mais curta do que aquela das sementes não tratadas pertencentes à mesma espécie. A Taxa de germinação é normalmente expressa em termos de t50, isto é, o tempo que leva 50% das sementes de uma amostra de sementes a germinar.
As sementes húmidas da presente invenção são úteis, i.a., na medida em que podem voltar a ser secas de acordo com a presente invenção de forma convencional.
Para além disso, as sementes secas e húmidas da presente invenção têm a vantagem de possuírem uma vida útil mais prolongada do que as sementes convencionalmente activadas da mesma espécie e com o mesmo MC. A presente invenção proporciona desta forma sementes não germinadas possuindo um MC na faixa de 2 a 55%, caracterizadas pelo facto de que, sempre que essas ditas sementes, tenham um MC de sementes não tratadas, ou após terem sido secas de novo para um tal MC em condições de secagem - 14-convencionais, têm um t50 que é substancialmente mais curto do que aquele das sementes não tratadas pertencentes à mesma espécie. O t5o será convenientemente de 60% ou menos do que aquele das sementes não tratadas da mesma espécie. Preferencialmente o t50 é 50% ou menos, mais preferivelmente inferior a 40%. O MC das sementes não tratadas está geralmente na faixa que começa nos 2% até 15%. O Í5o das sementes secas da presente invenção é substancialmente o mesmo que o t50 das sementes convencionalmente activadas pertencentes à mesma espécie contendo, na sua essência, o mesmo MC. Ο t5o pode ser determinado de maneira convencional, por exemplo, de acordo com o método de Orchard T.G. (1977) Seed Sei. & Technol. Vol. 5 pp. 61-69. Geralmente uma tal determinação é executada a uma temperatura com uma amplitude térmica de cerca de 15 a 20 °C num filtro de papel saturado com água. A presente invenção proporciona ainda sementes tratadas activadas sob as formas húmida e seca, dispondo de um tempo de vida útil, quando armazenadas em condições ambientais de armazenagem, substancialmente mais longo do que aquele das sementes convencionalmente activadas quer sob a forma húmida quer após terem sido submetidas a condições de secagem convencionais. O termo vida útil tal como utilizado neste contexto, refere-se ao período de tempo (prazo) durante o qual as sementes podem ser armazenadas sob condições ambientais sem contudo perderem basicamente a sua capacidade de germinação. A capacidade das sementes da presente invenção para germinarem mantém-se substancialmente inalterada após um período de armazenagem e em condições que influenciam negativamente a capacidade germinativa das sementes - 15- θ'·—*^ convencionalmente activadas (descrita em percentagem de germinação das plantas normais).
Por conveniência, aceita-se que as sementes não perderam a sua capacidade de germinação, após armazenagem, se a percentagem de plantas germinadas não for reduzido mais do que 20 unidades percentuais, preferencialmente menos do que 15 unidades percentuais, mais preferencialmente ainda, menos do que 10 unidades percentuais, após armazenagem.
Deste modo, a afirmação "as sementes da presente invenção têm uma vida útil, pelo menos, 35% mais longa do que as sementes convencionalmente activadas" significa que serão necessárias, pelo menos, mais do que 35% de unidades de tempo de armazenagem para que as sementes da presente invenção percam a sua capacidade germinativa (percentagem de germinação de plantas normais) em relação às sementes convencionalmente activadas pertencentes à mesma espécie armazenadas em condições semelhantes.
As sementes secas da presente invenção têm um tempo de vida útil superior ao das sementes convencionalmente activadas da mesma espécie e contendo, basicamente, o mesmo MC. O tempo de vida útil adequado é, pelo menos, 35%, mais especificamente pelo menos 50% mais longo do que aquele das sementes convencionalmente activadas da mesma espécie sempre que as ditas sementes convencionalmente activadas sejam secas de volta a um MC das sementes não tratadas sob condições de secagem rápida que são tradicionalmente empregues para a secagem de sementes convencionalmente activadas. Em condições óptimas de incubação/tratamento térmico, o tempo de vida útil pode ser estendido em cerca de 150% ou mais. Geralmente, o tempo de vida útil pode ser alargado cerca de 50 a 120% e mesmo após incubação/tratamento térmico sob condições menos optimizadas, cerca de 50 a 100%. Em termos absolutos, o -16- η «a tempo de vida útil das sementes secas da presente invenção poderá facilmente ultrapassar os 8 meses, mais especificamente 12 meses, sempre que armazenadas nas mesmas condições das sementes não tratadas e alargar-se a 24 meses ou mais. As sementes secas da presente invenção têm, preferencialmente, um MC na faixa de cerca de 5 a 8%. O tempo de vida útil das sementes da presente invenção, não será maior do que aquele das sementes não tratadas da mesma espécie.
As condições de armazenagem adequadas para as sementes secas de acordo com a presente invenção são as condições ambientais de armazenagem para sementes não tratadas, por exemplo, a uma húmidade relativa geralmente de cerca de 20% até 90%, preferencialmente de cerca de 30% a 60% e a uma temperatura de cerca de 3 °C até 25 °C, dependendo do tipo de semente.
As condições de armazenagem adequadas para as sementes húmidas de acordo com a presente invenção podem incluir a sua armazenagem num recipiente com o mínimo de arejamento e humidade, a uma temperatura de cerca de 3 °C até 10 °C, dependendo do tipo de semente. Nestas condições de armazenagem, as sementes têm um tempo de vida útil de cerca de 4 a 6 semanas.
As sementes da presente invenção podem ser qualquer espécie de sementes desejada às quais se possa aplicar um processo de activação convencional. Os exemplos de tipos de sementes adequados incluem tomate, pimenta, melão, melancia, pepino, Brassicas, alho porro, cenoura, cebola, abóbora, pepino para conserva, chicória, Impatiens, Verbenas, Prímulas, Pelargoniums, Viola, Chigoriums e Cyclamen. Os exemplos específicos de Brassicas incluem couves, brócolos, couve-flor e couves de Bruxelas.
Estão ainda incluídas no âmbito da presente invenção as plantas nascidas a partir das sementes aqui descritas. - 17-
Existe um conjunto de métodos de activação de sementes que são do conhecimento e domínio dos técnicos da área. Estes serão objecto de uma revisão sumária a seguir descrita:
Sementes não activadas, isto é, sementes não tratadas, dependendo das espécies, poderão ser saturadas, por algumas horas, numa solução aquosa, por exemplo, numa coluna de água, num tratamento de pré activação. Um tal tratamento como é do conhecimento dos técnicos da área, evita que as sementes se aglomerem durante a activação e/ou prepara as sementes para a activação.
As sementes não activadas ou as sementes que foram submetidas ao tratamento acima descrito de pré activação, são colocadas sob condições de, por exemplo, tempo, temperatura, absorção de água que permitem à semente absorver água até um nível a partir do qual são iniciados e mantém-se os processos metabólicos pré germinativos mas cuja germinação (tal como acima definida) ainda não é possível. O processo de imersão pode ser executado de acordo com qualquer processo de imersão conhecido. Deste modo, por exemplo, as sementes (não germinadas) a serem emergidas podem ser colocadas num tambor ou numa coluna de água, com ou sem arejamento, a um potencial aquoso de 0 MPa (se as sementes forem colocadas em água), ou entre cerca de 0 MPa até cerca de -1,5 MPa se as sementes forem colocadas numa solução osmótica. Dependendo da técnica de activação escolhida, a quantidade de água absorvida é definida pelo potencial osmótico da solução de activação (nas técnicas de activação em meio líquido, tais como colunas de água) e a quantidade de água adicionada ao sistema (por exemplo, técnicas de activação em tambor). -18-
As sementes absorvem a água adicionada até o seu MC se elevar até entre cerca de 20% e 55%, preferencialmente, de até cerca de 30% até cerca de 50%, dependendo do tipo de semente. O MC das sementes é calculado pela utilização da seguinte fórmula:
Wi-Wa -x 100
Wi onde Wi= peso inicial
Wa= peso após secagem das sementes em estufa a 103 °C durante 16 horas ou 130 °C durante 2 horas. A imersão toma lugar a qualquer temperatura que permita a absorção de água, geralmente, entre cerca de 5 °C e cerca de 30 °C, dependendo das espécies. Quando a imersão se faz numa coluna de água, o grau de arejamento deverá ser suficiente para manter as sementes à superfície ou em suspensão. A imersão pode prolongar-se por qualquer período adequado até cerca de 24 horas, preferencialmente desde cerca de 4 até cerca de 10 horas, dependendo das espécies. Poderá constituir uma fase separada antes do processo de activação, ou fazer parte integrante desse mesmo processo de activação.
Para uma activação adequada, o MC das sementes deve ser mantido a um nível relativamente constante, isto é mais ou menos 1 até 3% do MC desejado, isto é, tipicamente, entre cerca de 20% até cerca de 55%, preferencialmente, entre cerca de 30% e 50%, das sementes. Preferencialmente, a activação executa-se num tambor, durante cerca de 1 até cerca de 21 dias, preferencialmente, entre cerca de 2 a 15 dias, a uma temperatura típica com uma -19- Μ amplitude de cerca de 5 °C até cerca de 30 °C, preferencialmente desde cerca de 15 °C até cerca de 25 °C, dependendo das espécies. O MC da semente e a duração da fase de activação óptimos, dependem do tipo de semente determinado a ser empregue. Estes valores óptimos podem ser encontrados utilizando procedimentos convencionais, por exemplo, determinando-se diferentes MCs para sementes, submetendo-se as sementes a tempos de incubação diferentes sob certas condições controladas de temperatura, RH e arejamento.
Sempre que se desejar adicionar um elemento biológico à semente, o elemento biológico pode ser aplicado utilizando técnicas que são conhecidas pelos técnicos da área. Deste modo, por exemplo, o elemento biológico pode ser adicionado sob qualquer forma adequada, isto é, uma inoculação que poderá ou não ser sob a forma de uma suspensão de microorganismos em meio adequado, espores fúngicos secos ou bactérias congeladas ou liofilizadas. O elemento biológico pode ser adicionado em qualquer fase adequada do processo desta invenção. Preferencialmente, é adicionada sob a forma de uma inoculação no início ou perto do início da activação ou altemativamente em processos envolvendo um tratamento antes da activação, no início ou perto do início de tal pré-tratamento.
Os elementos biológicos adequados podem ser seleccionados a partir de um grupo incluindo microorganismos benéficos tais como Bacilos, Pseudomonas, Tricoderma e Rizobia. Exemplos de microorganismos adequados incluem fluorescência de Pseudomonas, Pesudomonas putida, Xantomonas maltophilia, Bacilos spp., tais como Bacilos subtilis, Bacilos thuringiensis, Bacilos cereus, Tricoderma viride, Tricoderma harzarium, Tricoderma koningii, Gliocladium virens, Fusarium oxisporum (isoladores não patogénicos) e do -20- Μ género. Os elementos biológicos podem ser escolhidos especificamente sempre que se desejar tratar uma semente por forma a tomá-la resistente a um elemento patogénico de uma planta, por exemplo, as Pseudomonas podem ser adicionadas à semente a qual se destina a ser semeada em solos que estejam fortemente contaminados por Pythium ou Bacilos spp., podem ser adicionados a sementes para semeadura que sejam propensas ao ataque da Alternaria spp, por exemplo, a cenoura.
Geralmente, o elemento biológico deve estar presente na faixa desde os 103 a 109 unidades de formação da colónia (cfu) semente -1, dependendo da espécie da semente e dos elementos biológicos. Desta forma, a cfu da Rizobia nos legumes tais como alfafa, deverão ser cerca de 10 semente' . Contudo, para a maior parte dos elementos biológicos a cfu semente'1 , pode ser na ordem de cerca de 104 até cerca de 107.
Sempre que for aplicado um revestimento à semente, pode ser aplicado antes, depois ou durante o período de incubação e antes ou depois de qualquer fase de secagem subsequente. O revestimento pode incluir qualquer material convencional utilizado comummente em revestimentos de sementes e pode ser adicionado à semente utilizando técnicas convencionais de revestimento. O revestimento pode incluir reguladores de crescimento das plantas tais como giberelins ou auxinas e/ou qualquer dos supra mencionados microorganismos tais como Pseudomonas ou Tricoderma e do género. Tipicamente, o conteúdo do regulador de crescimento deverá ser numa faixa desde cerca de 0,0001% até cerca de 0,1% do peso do material de revestimento. O revestimento deve incluir qualquer material convencional utilizado por norma por técnicos desta área para a protecção de sementes. Os materiais adequados são os barros tais como a sub-betonite e a betonite, -21 - C—Λ vermiculite, misturados com aditivos tais como perlite, pumice, estearatos metálicos, polietileno, poliestireno, poliuretano, pó de talco, polipropeno, cloreto de polivinilo (PVC), amidos, açucares, gomas arábicas, polímeros orgânicos, celuloses, farinhas tais como farinhas de madeira, pó de quartzo e do género.
Deste modo, a presente invenção oferece a possibilidade de se obterem sementes a partir de qualquer dos processos acima referidos, sendo as sementes colonizadas com elementos biológicos benéficos.
Numa outra acepção, a presente invenção oferece a possibilidade de se obterem sementes a partir de qualquer dos processos acima referidos, dispondo a semente de um revestimento protector ao qual podem ser adicionados, em opção, elementos biológicos.
Seguem-se agora exemplos os quais ilustram a presente invenção. Não se devem considerar, de modo algum, os actuais exemplos como limitativos do âmbito da presente invenção.
Exemplo 1 (Secagem lenta) 60 gramas de sementes de Viola secas e pré-tratadas são activadas ao serem colocadas num tambor com capacidade para 6 litros o qual gira sob um eixo horizontal a uma rotação de 3 rpm durante 3 dias, numa sala na qual a temperatura é controlada nos 20 °C e com uma RH controlada nos 70%. O tambor tem uma abertura com um diâmetro de 7,5 cm, na tampa da qual tem colocada uma rede de algodão (tamanho aproximado da trama da rede 0,1 mm) para permitir o arejamento das sementes. O MC das sementes durante a activação é mantido a 35% do peso húmido das sementes. O MC inicial das sementes secas é -22-determinado através da pesagem de uma amostra das sementes antes e depois da secagem em estufa durante duas horas à temperatura de 130 °C. O peso das sementes secas é determinado utilizando os métodos conhecidos pelos técnicos da área. Adiciona-se uma quantidade de água suficiente ao tambor para elevar o MC das sementes para o nível desejado, neste caso, para 35% do peso húmido. A evaporação (1-2% por dia calculada na base do peso em fresco) é controlada através da pesagem do tambor e dos conteúdos e voltando a encher diariamente com água para compensar quaisquer diferenças de peso observadas entre pesagens.
Passados 3 dias são retiradas do tambor 10 gramas (peso húmido) de sementes activadas para controlo e secas numa corrente de ar (2 m/s) a uma temperatura de 20 °C e RH de 40% durante 16 horas. A taxa de secagem é de 5-10% de perda de humidade por hora calculada com base no peso da semente seca. O MC da semente, após a secagem, é de 6%. 70 gramas de sementes activadas desta maneira de uma amostra (MC 35%) são submetidas a incubação, sendo novamente incubadas no mesmo tambor durante 3 dias, numa sala com as seguintes condições de secagem lenta de temperatura, humidade relativa e taxa de perda de humidade: temperatura 20 °C, RH 90% e taxa de perda de humidade de 0.1-0.3% MC/hora, determinado através de pesagem como acima mencionado. A abertura do tambor é coberta com uma rede de nylon, com uma medida da trama de aproximadamente 0,6 mm para facilitar a evaporação. As sementes são então retiradas do interior do tambor e são secas nas mesmas condições tais como as sementes de controlo acima referidas, a um MC de 6%.
As sementes são semeadas num papel de filtro saturado com água, e -23-incubadas a uma temperatura de 20 °C, à luz. A percentagem de sementes germinadas é contada diariamente, sendo o tempo médio de germinação t50 calculado de acordo com o método de Orchard T.G. (1977) Seed Sci.& Technol. Vol 5, pp 61-69. A percentagem de plantas normais é calculada através da semeadura de sementes em tabuleiros, em cima de uma camada de 3 cm de terra para vasos fornecida pelo EGO, The Netherlands (EGO 1 Peatsoil, pH 5,5, condutividade eléctrica 0,9 mS, teor total de nitrogénio 5,1 mmol/1). Os tabuleiros são tapados com tampas transparentes e expostos à luz (10.000 lux) a uma temperatura de 20 °C. Após 21 dias, as sementes em processo de germinação são avaliadas através da visualização do cotilédone e do hipocótilo de acordo com as regras ISTA, tal como se encontram descritas no Manual de Avaliação de Sementes em Processo de Germinação supra, na página 64. O tempo de vida útil é calculado utilizando os testes CD descritos na referencia citada acima por Tarquis et al.1992. Para o teste CD, o MC da semente foi incrementado uniformemente para 10% através de incubação em RH 75% durante 3 dias, à temperatura de 20 °C. As amostras de sementes em equilíbrio a uma RH de 75% foram então seladas em jarros os quais foram incubados a uma temperatura de 48 °C durante 24 horas. No final do período de deterioração, as sementes germinaram em papel à temperatura de 20 °C. Procede-se à contagem das sementes em processo de germinação após 14 dias. Os resultados CD expressam-se em % de germinação de plantas normais.
As sementes são armazenadas à temperatura de 18 °C, e humidade relativa de 30% durante 9, 14 e 23 meses. Após a armazenagem, as sementes germinam no solo. Os resultados aparecem no Quadro 1. -24-
Quadro 1: Informação para diferentes variedades de Viola:
Variedade t5o directamente resultados teste CD Teste no solo Após tratamento (24 horas) directamente após Tratamento (% germinação Cont. Inv. Cont. Inv. Cont. Inv. "Roc Yellow" 1.7 1.7 1 73 74 78 "Roc Golden" 2.0 1.8 7 68 65 69 "Roc Blue" 2.3 2.0 0 65 66 67 "Roc White" 1.5 1.3 0 52 88 84 Teste de solo após Teste de solo após Teste de solo após 9 meses de armaz. 14 meses de armaz 23 meses de armaz. (% de germinação) (% de germinação) (% de germinação) Cont. Inv. Cont. Inv. Cont. Inv. "Roc Yellow" 75 89 16 79 30 84 "Roc Golden" 76 83 36 86 26 75 "Roc Blue" 55 72 8 74 5 70 "Roc White" 61 89 3 85 2 79
Cont.= sementes activadas secas para controlo Inv.= sementes da presente invenção.
Os resultados no Quadro acima mostram que a perda de viabilidade no decurso da armazenagem à temperatura de 18 °C de sementes convencional- -25-mente activadas é muito mais rápida do que a das sementes da presente invenção. Deste modo, a viabilidade das sementes convencionalmente activadas baixa entre 9 e 14 meses, enquanto que as sementes da presente invenção mantêm-se viáveis por um período superior a 23 meses, isto é, pelo menos, pelo dobro do tempo das sementes convencionalmente activadas.
Exemplo 2 (Secagem lenta) 60 gramas de sementes pré tratadas de Capsicum (pimenta) são submetidas ao processo de activação em tambor tal como se encontra descrito no exemplo 1, com excepção de que durante a activação o MC é mantido em 37% do peso húmido das sementes. Deste modo, é adicionado uma quantidade suficiente de água para elevar o MC da semente até 37%. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do interior do tambor após 3 dias e são secas tal como no controlo de sementes do Exemplo 1. a um MC de 7%. 70 gramas de sementes deste modo activadas retiradas de uma amostra para testes (MC 37%) são submetidas a incubação tal como no Exemplo 1, na qual a taxa de perda de humidade é de 0,4% MC/hora. As sementes são então secas a um MC de 7%, nas mesmas condições das sementes de controlo do Exemplo 1. O tempo de vida útil é determinado submetendo as sementes a um teste CD como no Exemplo 1, à excepção de que as sementes são incubadas à temperatura de 49 °C durante 24 e 48 horas. Os resultados são mostrados no Quadro 2 em baixo.
Quadro 2: Vida útil das sementes de pimenta convencionalmente activadas comparada com sementes de pimenta activadas segundo a presente invenção. -26-
I O t50 médio antes da activação é de 4,6 dias, após ambos os tratamentos, isto é, a activação padrão e a secagem lenta, o t5o é de 1,3 dias. % de plantas normais após o período de testes CD (h) 0 24 48 Activação padrão lote 1 86 63 4 lote 2 96 70 2 Secagem lenta lote 1 84 82 57 lote 2 94 92 72
Exemplo 3 (Secagem Lenta) 60 gramas de sementes secas de Capsium (pimenta) são submetidas aos passos descritos no Exemplo 2, com uma pequena diferença na taxa de perda de humidade. Ela é de 0,3% de MC/hora. As sementes são então retiradas do tambor e secas a um MC de 7% nas mesmas condições do que as sementes de controlo.
As sementes de controlo ( sementes convencionalmente activadas) e as sementes da presente invenção são armazenadas em sacos revestidos a folha de alumínio à prova de ar, à temperatura de 20 °C durante 8 meses.
As sementes são semeadas sobre papel de filtro saturado em água, e incubadas à temperatura de 20 °C sob iluminação. A percentagem de sementes
-27- germinadas é contada diariamente e o tempo médio de germinação calculado como no Exemplo 1. A vida útil é calculada empregando-se um teste CD tal como no Exemplo 1. com excepção de que as sementes foram incubadas à temperatura de 50 °C. A percentagem de plantas normais em solo é determinada como descrito no Exemplo 1. O Quadro mostra que as sementes da presente invenção sobrevivem tanto às condições CD como às condições de armazenagem por um período de tempo muito maior do que as sementes de controlo.
Quadro 3: A vida útil de sementes de pimenta convencionalmente activadas comparadas com as sementes activadas de acordo com a presente invenção. t50 antes da activação é de 3 dias, após ambos os tratamentos t50 é de 0,7 dias. % de plantas normais após % de plantas normais em teste CD, período (horas): teste de solo após período de armazenagem (meses) 0 24 0 8 Activação padrão 99 4 81 15 Secagem lenta 98 94 84 88 -28- C—Λ·*
Exemplo 4 (Secagem Lenta) 60 gramas de sementes de tomate secas são submetidas a um processo de activação em tambor tal como descrito no Exemplo 1., com excepção de que a duração do processo de activação é de 7 dias e o MC das sementes durante a incubação é mantido nos 38% peso húmido das sementes. Assim, é adicionada uma quantidade suficiente de água para elevar o MC das sementes até aos 38%. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do interior do tambor após 7 dias e secas tal como nas sementes de controlo do Exemplo 1. a um MC de 6%. 70 gramas de sementes assim activadas retiradas de uma amostra teste (MC 38%) são submetidas a uma incubação tal como no Exemplo 1. na qual a taxa de perda de humidade é de 0.1 a 0.3% MC/hora. As sementes são então secas a um MC de 6% nas mesmas condições das sementes de controlo do Exemplo 1.
As sementes são semeadas em papel de filtro saturado com água e incubadas a uma temperatura de 20 °C sob iluminação. A percentagem de sementes germinadas é contada diariamente e o tempo médio para germinação é calculado como no Exemplo 1. A vida útil é determinada recorrendo-se para tanto a um teste CD como no Exemplo 1, exceptuando o facto de que as sementes foram incubadas a uma temperatura de 50 °C durante 24 horas, 48 horas e 72 horas. Os resultados estão evidenciados no Quadro 4. -29- M- W*-» ^^1-1
Quadro 4: A vida útil de sementes de tomate convencionalmente activadas comparadas com sementes de tomate activadas de acordo com a presente invenção: O t50 médio antes da activação é de 4.0 dias, após ambos os tratamentos passa a ser de 1,5 dias.
Duração do teste CD % de plantas normais em papel de teste
Activação padrão Secagem lenta Lote 1 Lote 2 Lote 1 Lote 2 (em horas) _ 0 87 92 93 92 24 84 90 92 90 48 7 36 69 86 72 2 7 37 69
Exemplo 5 (Secagem Lenta) 1200 gramas de sementes secas de couve flor cv. Serrano são submetidas ao processo de activação em tambor tal como no Exemplo 1., exceptua-se o facto de que durante o tempo de activação, a temperatura da sala está controlada para 15 °C e o MC da semente é mantido a 35%. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do interior do tambor após passados 7 dias e são secas tal como no controlo de sementes do Exemplo 1. a um MC de 6%. -30- C——>.1 100 gramas de uma amostra para teste (MC a 35%) são submetidas a incubação num tambor de 6 litros de capacidade durante 5 dias, sendo a temperatura da sala controlada a 20 °C e o Humidade Relativa a 75%. A abertura do cilindro é coberta com uma rede de nylon com uma trama de aproxima-damente O.ómm para facilitar o processo de evaporação. A taxa de perda de humidade no decurso do primeiro dia (0.62% MC/hora) é calculado por pesagem como se encontra descrito acima. As sementes são então retiradas do tambor e secas nas mesmas condições que as sementes de controlo. A vida útil é determinada recorrendo-se ao teste CD tal como se encontra descrito no Exemplo 1., com excepção do facto de que as sementes foram incubadas à temperatura de 48 °C durante 48 horas. O Quadro 5 mostra que o período de incubação que permite uma redução lenta no MC das sementes melhora fortemente a vida útil das sementes activadas até à vida útil das sementes não activadas, isto é, sementes não tratadas.
Quadro 5.
Duração do teste CD (em horas) % de plantas normais em papel de teste (relativo ao controlo no início do teste CD)
Controlo Activação padrão Secagem Lenta (Não activadas) 0 100 94 94 48 60 27 60 -31 - C-'—^
Exemplo 6 (Secagem Lenta) 1200 gramas de sementes secas de cenoura cv. Autumn King Trophy são submetidas à activação em tambor durante 6 dias, nas mesmas condições de activação do Exemplo 5, sendo o MC das sementes durante o processo de activação mantido a 38% do peso húmido das sementes. A taxa de perda de humidade ( 1 a 2 % por dia calculado com base no peso fresco) é controlada diariamente através da pesagem do tambor e do seu conteúdo repondo-se todos os dias a água para compensar as diferenças de peso observadas entre cada pesagem. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do tambor após 7 dias e secas seguindo o processo descrito no controlo de sementes do Exemplo 1, a um MC de 6%. 100 gramas de sementes de uma amostra de teste são submetidas a incubação durante 5 dias nas mesmas condições de incubação do Exemplo 5. A taxa de perda de humidade durante o primeiro dia (0,67% MC h'1) é calculada como se encontra acima descrito. As sementes são retiradas do interior do tambor e secas tal como as sementes de controlo. A vida útil é calculada pela aplicação de um teste CD como no Exemplo 1. excepto quanto ao facto de que as sementes foram incubadas a uma temperatura de 48 °C durante 24 e 48 horas. O Quadro 6 mostra que o período de incubação o qual permite uma redução lenta no MC das sementes melhora substancialmente a vida útil das sementes de cenoura activadas. -32-
Quadro 6.
Duração do teste CD % de plantas normais em papel de teste (em horas) (relativo ao controlo no início do teste CD) Controlo Activação padrão Secagem Lenta (Não activadas) 0 100 94 94 24 85 71 97 48 71 13 64
Exemplo 7 (Secagem Lenta) 1200 gramas de sementes secas de chicórias endivas cv.Liberty são submetidas ao processo de activação em tambor tal como no Exemplo 1., à excepção do MC que é mantido a 38% do peso húmido das sementes. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do tambor após 7 dias e secas como as sementes de controlo do Exemplo 1. a um MC de 6%. 450 gramas de sementes de uma amostra para teste são submetidas a incubação num tambor com capacidade para 24 litros durante 5 dias, numa sala cuja temperatura é mantida nos 20 °C e com uma humidade relativa de 75%. A abertura do tambor é tapada com tecido de algodão com uma trama de -33- Μ (2^'--A. ( aproximadamente 0.1 mm para facilitar o processo de evaporação. A taxa de perda de humidade no primeiro dia (0.29% MC/hora) é calculada pela pesagem acima descrita. As sementes são então retiradas do tambor e secas nas mesmas condições que as sementes de controlo. A vida útil é calculada através do emprego do teste CD como no Exemplo 1., excepto pelo facto de que as sementes foram incubadas à temperatura de 50 °C durante 24 horas. O Quadro 7 mostra que um período de incubação que permita uma redução lenta do MC das sementes melhora signifícativamente a vida útil das sementes activadas de endivas até ao nível das sementes não activadas.
Quadro 7
Duração do teste CD % de plantas normais em papel de teste (em horas) (relativo ao controlo no início do teste CD) Sementes de Controlo Activação padrão Secagem Lenta (Não activadas) 0 100 88 95 24 56 3 54
Exemplo 8 (Secagem lenta) 1200 gramas de sementes secas de alho porro cv. Latina são -34-activadas durante 4 dias sob condições de activação do Exemplo 5. São adicionadas 0.01 g/kg de semente de Aatopam às sementes. O MC das sementes durante o processo de activação é mantido em 38% do peso húmido das sementes. 10 gramas (peso húmido) de sementes de controlo são retiradas do tambor após 4 dias e secas conforme as sementes de controlo do Exemplo 1, a um MC de 6%. 200 gramas de sementes de uma amostra para teste são submetidas a incubação num tambor com capacidade para 24 litros durante 5 dias, numa sala cuja temperatura é mantida a 20 °C e a humidade relativa em 40%. A abertura do tambor está fechada com uma rede de nylon cuja trama mede aproximadamente 0,6 mm para facilitar o processo de evaporação. A taxa de perda de humidade no primeiro dia (1.04% MC/hora) é calculada através de pesagem tal como se encontra acima descrita. As sementes são então retiradas do tambor e secas nas mesmas condições das sementes de controlo. A vida útil é determinada recorrendo a um teste CD como no Exemplo 1, com excepção para o facto de que as sementes foram incubadas a uma temperatura de 48 °C durante 24,48 e 72 horas. O Quadro 8 mostra que um período de incubação que permita uma redução lenta no MC das sementes melhora significativamente a vida útil das sementes activadas de alho porro, até ao nível das sementes não activadas.
Quadro 8.
Duração do teste CD % de plantas normais em papel de teste (em horas) (relativo ao controlo no início do teste CD)
Sementes de Controlo (Não activadas) Activação padrão Secagem Lenta 0 100 96 92 24 - 90 91 48 - 65 91 72 - 9 54
Exemplo 9 (Armazenagem húmida)
As sementes de amor perfeito são pré tratadas e activadas tal como se encontra descrito no Exemplo 1. 10 gramas de sementes de controlo são retiradas do interior do tambor após 3 dias e secas como as sementes de controlo do Exemplo 1. a 6%. 10 gramas de sementes de uma amostra para teste (MC 34%) são secas como sementes de controlo mas a um MC de 25%. As sementes são então transferidas para um recipiente de plástico impermeável à humidade e permeável -36- C____ ( ao ar e incubadas à temperatura de 20 °C durante 3 dias. Após esta incubação, as sementes são novamente secas por processo similar ao das sementes de controlo. A vida útil das sementes de controlo (activação convencional), das sementes da presente invenção (armazenagem húmida) e das sementes não tratadas ( isto é, não activadas), é calculada conforme se encontra descrito no Exemplo 1. O Quadro 9 mostra a sobrevivência das sementes activadas convencionalmente e as sementes da invenção, após o teste CD de 24 horas, expressa como valor relativo comparada com as sementes não tratadas. O quadro mostra que uma incubação a um MC das sementes reduzido mas constante ( por comparação com o MC das sementes após a activação) restitui a vida útil às sementes activadas.
Quadro 9: Informação de teste CD (relativo a sementes não tratadas) de sementes de amor perfeito que foram activadas convencionalmente em tambor ou tratadas de acordo com a presente invenção (armazenamento húmido)
Valor do teste CD (24 horas) Não tratadas 100 Sementes de Controlo (activadas convencionalmente) 20 Sementes da invenção (armazenagem húmida) 62 -37-
Exemplo 10 (Armazenagem Húmida) 100 gramas de sementes secas de Capsicum (pimenta) cv. Abdera são activadas pelo método do tambor como no Exemplo 3. O MC das sementes após activadas era de 35.3%. As sementes foram secas em 135 minutos para um MC de 4.8% a uma temperatura de 25 °C, humidade relativa de 40% e uma velocidade do ar de 2ms'1. Duas amostras iguais de sementes foram retiradas a MCs de 35.3 (MC inicial), 30.6%, 25.5%, 20.0%, 14,8%, e 9,6%. Estas amostras foram incubadas num recipiente fechado (0.15 dl), uma amostra à temperatura de 8 °C e a outra à temperatura de 20 °C, durante um período de tempo de 7 dias.
Após as respectivas incubações, todas as amostras foram secas a um MC final de 4,8%, nas mesmas condições da primeira fase de secagem. A vida útil das sementes de controlo (activadas convencionalmente), as sementes da invenção (armazenamento húmido) e sementes não tratadas (isto é, não activadas) é determinada da forma que se encontra descrita no Exemplo 1. O Quadro 10 mostra que as sementes activadas secas novamente e imediatamente após a activação, a um MC de 4,8%, apresentavam uma baixa sobrevivência após o teste CD, enquanto que as sementes incubadas a um MC que é reduzido em 5 a 15% em relação ao MC após activação, possuem uma vida útil quase igual à das sementes de controlo não tratadas. A temperatura durante esta fase de indução não é crítica para o processo. -38- Αϋ
Quadro 10. Efeito da incubação de sementes activadas a MCs diferentes a temperaturas de 8 °C e 20 °C durante um período de tempo de 7 dias, a uma humidade relativa de 100% sobre o teste CD de sobrevivência.
Resultados do teste CD (24 horas) % de plantas normais Incubação a 8°C Incubação a 20°C Sementes de controlo (não tratadas) 75 75 Sementes de controlo (activadas convencionalmente) 12 4 Incubação a um MC de 35.3% 30 34 Incubação a um MC de 30.6% 64 60 Incubação a um MC de 25.5% 54 84 Incubação a um MC de 20.0% 22 52 Incubação a um MC de 14.8% 9 26 Incubação a um MC de 9.6% 14 4
Exemplo 11 (Armazenagem Húmida)
As sementes de tomate são activadas como no Exemplo 4, durante um período de tempo de 6 dias em que o MC das sementes é mantido a 37,1%. 10 gramas de sementes de controlo são retiradas do tambor após os 6 dias e secas conforme as sementes de controlo do Exemplo 1. a 6%. 10 gramas de sementes de uma amostra para teste ( MC de 37.1%) são secas como sementes de controlo mas a um MC de 25%.
As sementes são em seguida transferidas para um recipiente de -39-
-39- «-A
C—-J plástico impermeável à humidade mas permeável ao ar e incubadas à temperatura de 20 °C por um período de 3 dias. Após esta incubação, as sementes são secas mais uma vez de forma similar às sementes de controlo. A taxa de germinação e a vida útil são calculadas como se encontra descrito no Exemplo 4.
As sementes de controlo tinham um t50 de 4,4 dias, as sementes tratadas de acordo com a presente invenção tinham um t5o de 1.5 dias. O Quadro 11 mostra a sobrevivência após a realização do teste CD como se encontra descrito no Exemplo 1, excepção feita ao facto de que as sementes foram incubadas a uma temperatura de 50 °C durante um período de tempo de 48 horas, expresso como um valor relativo em comparação com as sementes de controlo não tratadas. O quadro mostra que uma incubação a um MC reduzido mas constante, isto é, armazenagem húmida (por comparação com o MC das sementes após activação) restitui a vida útil às sementes de tomate activadas convencionalmente.
Quadro 11. Informação do teste CD (relativa a sementes não tratadas) de sementes de tomate que foram activadas convencionalmente em tambor ou tratadas de acordo com a presente invenção (armazenagem húmida). _Valores do teste CD (48 horas)
Sementes de controlo (Não tratadas) 100
Sementes de controlo (activadas convencionalmente) 6
Sementes da invenção (armazenagem húmida)_64__ -40- ^ intot. (
Exemplo 12 (Armazenagem a Quente) 100 gramas de sementes de Capsicum (pimenta) cv. Abdera são activadas como se encontra descrito no Exemplo 3. O MC das sementes, após activação, era de 35.3%. As sementes foram secas em 165 minutos a um MC de 4.8% e a uma temperatura de 25 °C, com uma humidade relativa de 40% e a uma velocidade do ar de Zm.s'1. As amostras de sementes foram tiradas a MCs de 35.3 (MC inicial), 30.6%, 20.0%, 14.8% e 9.6%. Estas amostras foram incubadas num saco de alumínio impermeável em banho-maria, à temperatura de 40 °C durante um período de tempo de 3 horas.
Após as incubações, todas as amostras foram secas a um MC final de 4,8% nas mesmas condições da primeira fase de secagem. A vida útil das sementes de controlo (activação convencional), das sementes da invenção (armazenagem húmida) e das sementes não tratadas (isto é, não activadas), é determinada como se encontra descrito no Exemplo 1. O Quadro 12 mostra que as sementes activadas secas novamente e imediatamente após o tratamento a um MC de 4,8% apresentam uma baixa sobrevivência após a realização do teste CD, enquanto que as sementes que sofreram um choque térmico sobreviveram muito melhor ao teste CD. O choque térmico foi eficaz até um MC de 15%. -41 - C-—-U wa
Quadro 12. Efeito de um choque térmico num teste CD de sobrevivência de sementes de pimenta activadas
Resultados do teste CD % de plantas normais
Sementes de controlo (não tratadas) 75 Sementes de controlo (activadas convencionalmente) 14 Incubação a um MC de 35.3% 62 Incubação a um MC de 30.6% 46 Incubação a um MC de 20.0% 44 Incubação a um MC de 14.8% 46 Incubação a um MC de 9.6% 24
Exemplo 13 (tratamento com PEG) 10 gramas de sementes de Pimenta cv. Abdera são incubadas num filtro de papel saturado com água em caixas de plástico transparente a uma temperatura de 25 °C sob iluminação. São retiradas amostras de sementes de 1 grama todos os dias até ao quarto dia. Nesse dia, 40% das sementes tinham germinado, enquanto que no dia anterior, não tinham sido observadas quaisquer sementes germinadas.
As sementes de controlo foram secas de acordo com o Exemplo 1.
As amostras para teste foram transferidas para filtros de papel -42- A/Ufy·^ saturados com uma solução de polietileno glicol com um potencial osmótico de -1.5 MPa e incubadas por um período de tempo de 3 dias a uma temperatura de 25 °C. Após o tratamento, as sementes foram lavadas e secas como as sementes de controlo. O tempo de vida útil é determinado realizando-se o teste CD como se encontra descrito no Exemplo 1. O Quadro 13 mostra que as sementes incubadas em água por um dia, apresentam uma vida útil algo aumentada, mas a incubação por 2 ou 3 dias apresenta uma progressiva deterioração da vida útil, enquanto que, em comparação, as sementes de acordo com a presente invenção (que foram incubadas numa solução de PEG) demonstram possuir uma vida útil prolongada.
Quadro 13
Período de Incubação em dias Resultado do teste CD (24 horas) Sementes de controlo Resultado do teste CD ( 24 horas) Sementes da invenção 0 84 82 1 92 97 2 71 91 3 7 57
Exemplo 14: Combinação de tensões de água e calor 50 gramas de semente seca de Viola (Roc Yellow) são activadas -43-como descrito no Exemplo 1. Após três dias de activação, as sementes são transferidas para água oxigenada a uma temperatura de 20 °C. Após 24 horas em água oxigenada a maioria das sementes evidenciam fissuras na casca , mas o radículo ainda não havia rompido o endosperma envolvente. As sementes são então retiradas da água e centrifugadas. O MC das sementes é de 48,5%. 5 gramas (peso húmido) destas sementes, são secas através da exposição ao ar a uma temperatura de 20 °C e a uma humidade relativa de 40%. Após 24 horas de secagem, o MC das sementes é de 6%. As restantes sementes são dividas em três porções, cada uma das quais é exposta a uma corrente de ar de 2ms'1 a uma temperatura de 20 °C e a uma humidade relativa de 40%. As sementes estão expostas à corrente de ar durante vários minutos até que as três porções tenham atingido MCs de 40, 35 e 30%, respectivamente. Duas amostras de 10 gramas são retiradas a cada uma das porções e são embaladas em recipientes de plástico de 180 ml de capacidade que permitem uma humidade e arejamento mínimo e, posteriormente, incubadas a temperaturas de 20 °C ou de 32 °C. Após 1 e 7 dias de incubação às temperaturas indicadas, são secas 2 gramas de cada amostra nas mesmas condições que as sementes que não foram incubadas antes de secas, como acima descrito. A vida útil das sementes tratadas secas determina-se utilizando os testes CD idênticos aos descritos no Exemplo 1.; sendo que as sementes se encontram em equilíbrio com uma humidade relativa de 40%, incubadas a uma temperatura de 50 °C durante um período de tempo de 96 horas e germinadas em papel à temperatura de 20 °C, tal como se encontra descrito no Exemplo 1. A percentagem de germinação final, é contada após 14 dias; os resultados abaixo, mostram a percentagem de germinação na ausência do teste CD de controlo e após a realização do teste CD (96 horas). -44-
Ouadro 14. Percentagem de germinação de sementes de viola activadas antes e depois dos testes CD após diferentes tratamentos de incubação.
Tempo de Tratamento %de germinação teste CD (96 horas) Incubação Temp. Humidade (controlo) sem % de germinação (Dia) Teste CD 0 - 48.5 87 34 1 20 40 86 49 1 20 35 86 69 1 20 30 82 75 1 32 40 81 68 1 32 35 84 87 1 32 30 82 69 7 20 40 85 64 7 20 35 88 76 7 20 30 82 78 7 32 40 82 92 7 32 35 89 79 7 32 30 89 83
Lisboa, 22 de Agosto de 2001 Ç-cLj
ALBERTO GAMELAS Agente Oficial da Propriedade industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (5)

  1. - 1 - REIVINDICAÇÕES 1. Um processo de prolongamento da vida útil de sementes activadas e não germinadas, possuindo um teor de humidade (MC) entre 2 e 15% numa base de peso em fresco (fwb) mantendo contudo a taxa de germinação das sementes activadas, caracterizado POR as sementes activadas, antes de voltarem a serem secas para o mencionado MC fwb serem: a) submetidas a uma privação de água durante um período de tempo desde 1 a 7 dias; ou b) submetidas a um tratamento térmico desde 25 até 45 °C durante um período desde 1 a 5 horas; ou c) submetidas a uma combinação das fases a) e b).
  2. 2. O processo da Reivindicação 1, em que na fase a) a privação de água é alcançada através de uma redução rápida inicial do MC das sementes activadas em cerca de 3%=20 unidades percentuais numa fwb, seguido de incubação ou redução lenta do MC das sementes activadas parcialmente secas obtidas deste modo.
  3. 3. O processo da Reivindicação 1, em que na fase a) a privação de água é alcançada através de uma redução do MC das sementes activadas a uma taxa situada numa faixa de 0.1 a 1.04% de redução por hora do MC (numa base do peso em seco).
  4. 4. O processo da Reivindicação 1, em que na fase a) a redução lenta do MC é alcançada através da exposição das sementes a um potencial aquoso dentro de uma faixa de desde -0.5 a -4.0 MPa. -2-
  5. 5. O processo de Reivindicações de 1 a 4, em que as sementes são seleccionadas do grupo consistindo em sementes de tomate, pimenta, melão, melancia, pepino, Brassicas, alho porro, cenoura, cebola, abóbora, chicória, Impatiens, Verbenas, Prímulas, Pelargoniums, Viola, Chigoriums e Cyclamen. Lisboa, 22 de Agosto de 2001
    ALBERTO CANELAS Agente Oficial da Propriedade Industrial RÚA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA I
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