PT2978455T - Composto de semifluorocarbono contendo agente de contraste - Google Patents

Composto de semifluorocarbono contendo agente de contraste Download PDF

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Röthlein Doris
Schmitt Jürgen
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Description

DESCRIÇÃO
"COMPOSTO DE SEMIFLUOROCARBONO CONTENDO AGENTE DE CONTRASTE" A presente invenção relaciona-se com uma emulsão aquosa compreendendo um composto de semifluorocarbono especifico, um triglicerideo de cadeia média (MCT) e um emulsificante bem como o uso da emulsão como um agente de contraste ou agente de intensificação do contraste. Adicionalmente, a invenção relaciona-se com o uso da referida emulsão para a deteção de diagnóstico de condições patológicas inflamatórias usando imagiologia de MR.
As doenças inflamatórias são de longe as causas mais importantes de morbidade e mortalidade globalmente. Embora existam métodos de diagnóstico e terapêuticos eficazes para doenças inflamatórias agudas (predominantemente causadas por patogénios), em muitos casos, o diagnóstico de doenças inflamatórias crónicas é maioritariamente dificil, e a sua terapia está limitada a medidas sintomáticas. Métodos de imagiologia não invasivos, tais como ecocardiograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear, proporcionam informação anatómica detalhada e são assim ferramentas valiosas para avaliação da função de órgãos. No entanto, não tem sido possivel até à data com nenhum dos métodos mencionados detetar processos inflamatórios inequivocamente com elevada resolução espacial.
Em Nature Biotechnology Vol. 23, No. 8, agosto 2005, p. 983-987, Arens et al. descrevem métodos para rastreio de células imunoterapêuticas. Por meio da imagiologia de ressonância magnética (MRI) de éter de perfluoro-15-coroa-5 tenta-se detetar células in vivo que possuem relevância imunoterapêutica. Eles usaram células dendriticas carregadas ex vivo com éter de perfluoro-15-coroa-5. Subsequentemente, o seu destino após injeção no tecido de murganho ou administração intravenosa a murganhos foi examinado in vivo. WO 2005/072780 A2 e WO 03/075747 A2 relacionam-se com exames similares. Em Medica Mundi 47/1, abril 2003, p. 34-39, G. M. Lanza et ai. descrevem o uso de nanoparticulas paramagnéticas para o direcionamento de células. Neste método, as nanoparticulas paramagnéticas são empregues para produzir extinção do sinal na imagem de ressonância magnética de 1H. Foram empregues veiculos carregados com I9F como sondas. WO-A-2005/072780 relaciona-se com a marcação ex vivo de células isoladas com perfluorocarbonos. É divulgado que as células isoladas marcadas com perfluorocarbonos ex vivo são adequadas para estudo das migrações celulares no organismo após injeção.
Oku, Naoto et ai. (Biochimica et Biophysica Acta 1280 (1996), 149-154) relacionam-se com o uso de lipossomas carregados com glicose marcada com 18F para estudo do "tráfego lipossomal". Os estudos foram realizados por meio de diagnósticos de PET. US 2009/0280055 AI divulga o uso de brometo de perfluoro-octilo para propósitos de diagnóstico usando métodos de imagiologia. É o objetivo da presente invenção proporcionar um método que permita a visualização de condições especificamente patológicas, tais como processos inflamatórios, por meio de métodos de imagiologia, e assim o reconhecimento das regiões afetadas.
Um objetivo adicional da presente invenção é o fornecimento de agentes de diagnóstico à base de fluorocarbono para o diagnóstico especifico de doenças cardiovasculares, em particular diagnóstico de processos inflamatórios do sistema cardiovascular, e mais especificamente para o diagnóstico de Miocardite ou cardiomiopatia inflamatória.
Um objetivo adicional da invenção é o fornecimento de uma emulsão de óleo em água biocompatível que possa ser usada para a espetroscopia de ressonância magnética e que seja estável no armazenamento mesmo sob condições de stress tal como a esterilização.
Uma primeira forma de realização da presente invenção é uma emulsão aquosa compreendendo a) um composto semifluorado da fórmula I: CF^CF4ACH?irCHv d) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10, b) um triglicerideo que é miscivel com o composto semifluorado a 20 °C; e c) um emulsificante.
Uma forma de realização especifica adicional da invenção é uma emulsão aquosa compreendendo a) um composto semifluorado da fórmula I: CF^ÍCF^L^CCH^krCH^ <!> em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10, b) um triglicerideo de cadeia média (MCT) e c) um emulsificante. A emulsão da presente invenção é preferencialmente uma emulsão óleo em água que compreende obrigatoriamente um composto semifluorado.
Compostos semifluorados dentro do significado da presente invenção são alcanos semifluorados. Os alcanos semifluorados compreendem um fluorocarbono e uma fração de hidrocarbonetos. Comummente, os alcanos semifluorados seguem as seguintes nomenclaturas: FXHY em que X representa o número de átomos de carbono que estão substituídos por átomos de flúor e Y representa o número de átomos de carbono que estão substituídos por átomos de hidrogénio. Por exemplo, perfluorohexiloctano é representado pela fórmula : F6H8. F6H8 é mostrado na seguinte fórmula:
Compostos semifluorados que são adequados para as emulsões da presente invenção estão refletidos na fórmula (I): CFr{CF2)^íCH2>y-CH3 (I) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um inteiro variando de 1 a 10.
Numa forma de realização, x na fórmula (I) varia de 2 a 6, preferencialmente 3 a 6, mais preferencialmente 4 a 6 e especialmente x é 5.
Numa forma de realização preferencial adicional, y na fórmula (I) está a variar de 2 a 9, preferencialmente 3 a 8, mais preferencialmente 5 a 8, adicionalmente preferencialmente 6 a 8 e especialmente y é 7.
Podem ser alcançados bons resultados em termos de imagiologia e estabilidade da emulsão com compostos semifluorados da fórmula (I) em que y é maior do que x.
Compostos semifluorados especialmente preferenciais são perfluorohexiloctano (F6H8) e/ou perfluorobutilpentano (F4H5) .
Um componente adicional da invenção é um triglicerideo que é miscivel com o composto semifluorado a 20 °C (doravante também composto b)).
Dentro do significado da presente invenção, o triglicerideo (componente b) ) é miscivel com o composto semifluorado (componente a) ) se, a uma temperatura de 20 °C e após mistura e armazenamento subsequente a 20 °C durante 24 horas, o componente a) e o componente b) não formarem fases continuas separadas.
Numa forma de realização preferencial, o componente b) é miscivel no componente a) em qualquer razão. Em particular, o componente a) e o componente b) são misciveis numa razão de pesos do componente a) em relação ao componente b) de 1:20 a 1:0,7, preferencialmente 1:15 a 1:0,8, mais preferencialmente 1:10 a 1:0, 9, adicionalmente preferencialmente 1:4 a 1:1, especialmente 1:2 a 1:1.
Numa forma de realização alternativa, a razão de pesos do componente a) em relação ao componente b) é de 1:20 a 1:0,20, preferencialmente 1:15 a 1:0,25, mais preferencialmente 1:10 a 1:0,30, adicionalmente preferencialmente 1:4 a 1:0,35, especialmente 1:2 a 1:0,4.
Numa forma de realização preferencial, o triglicerideo que é miscivel com o composto semifluorado é um triglicerideo de cadeia média (MCT).
Numa forma de realização especifica, a razão de pesos do componente a), preferencialmente F6H8, em relação ao MCT varia de 4:1 a 1:4, especialmente 3:2 a 2:3. O óleo da emulsão aquosa descrita aqui compreende preferencialmente triglicerideos de cadeia média. "Triglicerideos de cadeia média (MCTs)" são uma classe de óleo de triglicerideos que pode ser naturalmente derivado ou sintético. Os MCTs são formados a partir de ácidos gordos de 6 a 14 carbonos, preferencialmente 6 a 12 carbonos, especialmente 8 a 10 carbonos, em comprimento. O MCT pode conter ácido caprilico (por exemplo, numa quantidade de cerca de 50% a cerca de 80% por peso do MCT), um FA saturado de 8 carbonos (8:0) . O MCT pode conter ácido cáprico (por exemplo, numa quantidade de cerca de 20% a cerca de 50% por peso do MCT) , um FA saturado de 10 carbonos (10:0). Por exemplo, os triglicerideos de cadeia média podem conter triglicerideos de ácido caprilico e ácido cáprico, numa quantidade de pelo menos 90% por peso dos triglicerideos de cadeia média. A descrição do MCT para uso nesta divulgação pode, por exemplo, cumprir os requisitos da monografia de EP 0868, intitulada "Triglycerides, Medium Chain" (Triglicerida saturate media) (EP 0868, 2008) .
De acordo com um aspeto adicional da invenção, o triglicerideo de cadeia média (MCT) é glicerol que está esterificado com ácidos carboxilicos como especificado no seguinte: ácido caproico numa quantidade de 2% por p ou menos; ácido caprilico numa quantidade variando de cerca de 50 a cerca de 80% por p; ácido cáprico numa quantidade variando de cerca de 20 a cerca de 50% por p; ácido láurico numa quantidade de 3% por p ou menos; ácido miristico numa quantidade de 1% por p ou menos, em que a % por peso (% por p) é baseada no peso total dos ácidos gordos.
Os triglicerideos de cadeia média (MCT) são solventes excelentes para os compostos semifluorados. De acordo com a invenção podem ser usados um ou mais MCTs. O MCT está comercialmente disponível como por exemplo Miglyol 812 (Sasol GmbH Alemanha), ou CRODAMOL GTCC-PN (Croda Inc, Nova Jérsia) .
De acordo com outra forma de realização preferencial da presente invenção, a emulsão compreende um MCT que consiste em glicerol que está esterificado com ácidos gordos compreendendo pelo menos 50% por p de ácidos gordos selecionados do grupo de ácidos gordos tendo 7, 9 e 11 átomos de carbono. Tripheptanoina é preferencial. A quantidade do triglicerideo b) , preferencialmente os triglicerideos de cadeia média na emulsão da presente invenção, pode variar de 2 a 40, preferencialmente 5 a 25, e o mais preferencialmente de 8 a 18% por peso (% por p) , com base no peso total da emulsão.
Num aspeto preferencial da invenção, a quantidade do composto semifluorado a) e do triglicerideo b) , que é preferencialmente o triglicerideo de cadeia média, varia de 5 a 40% por p, preferencialmente 10 a 30% por p, especialmente 15 a 25% por p, em particular 18 a 22% por p, p.ex., cerca de 20% por p, com base no peso total da emulsão.
Pode ser alcançado um bom equilíbrio de uma elevada concentração do composto semifluorado e uma excelente estabilidade a longo prazo, se a razão de pesos do composto de carbonos semifluorados a) em relação ao triglicerideo, que é preferencialmente o triglicerideo de cadeia média (MCT), variar de 1:20 a 1:0,7, preferencialmente 1:15 a 1:0,8, mais preferencialmente 1:10 a 1:0,9, mais preferencialmente 1:4 a 1:1, especialmente 1:2 a 1:1, p.ex., cerca de 1:1,5.
Numa forma de realização alternativa, a razão de pesos do componente a) em relação ao componente b) é de 1:20 a 1:0,20, preferencialmente 1:15 a 1:0,25, mais preferencialmente 1:10 a 1:0,30, adicionalmente preferencialmente 1:4 a 1:0,35, especialmente 1:2 a 1:0,4. A emulsão da presente invenção compreende o composto semifluorado e preferencialmente o triglicerideo de cadeia média (MCT). De acordo com um aspeto da invenção, os componentes de óleo da emulsão formam uma solução homogénea a 20 °C. O MCT e o composto semifluorado tal como o F6H8 são misciveis a 20C e assim formam uma solução homogénea. A fase de óleo pode compreender componentes de óleo adicionais tais como triglicerideos de ácidos gordos de cadeia longa com base em óleo vegetal ou óleos marinhos tais como óleo de peixe. A quantidade dos componentes de óleo adicionais é preferencialmente ajustada que seja mantida uma fase de óleo completamente miscivel. Geralmente, a quantidade de componentes de óleo que são diferentes do composto semifluorado e triglicerideo b), que é preferencialmente o MCT, é menor do que 50% por peso (% por p) , preferencialmente menor do que 40% por p, mais preferencialmente menor do que 30% por p, adicionalmente preferencialmente menor do que 20% por p, especialmente menor do que 10% por p, em particular menor do que 5% por p ou essencialmente isenta, em que a quantidade é baseada no peso total dos componentes de óleo. A razão de pesos do MCT em relação aos triglicerideos de cadeia longa (LCT) na emulsão da invenção pode variar geralmente de 1:1 a 10000:1 ou mais, preferencialmente variando de 3:2 e 1000:1, mais preferencialmente variando de 3:1 a 500:1, especialmente 5:1 a 200:1.
Os óleos que podem estar presentes nas emulsões da invenção e que são diferentes do MCT podem ser selecionados de "triglicerideos de cadeia longa" (LCT).
Em certas formas de realização, o óleo pode compreender um óleo vegetal. "Óleo vegetal" refere-se a óleo derivado de sementes de plantas ou nozes. Os óleos vegetais são tipicamente "triglicerideos de cadeia longa" (LCTs), formados quando três ácidos gordos (usualmente 14 a 22 carbonos em comprimento, com ligações insaturadas em números e localizações variáveis, dependendo da fonte do óleo) formam ligações de éster com os três grupos hidroxilo no glicerol. Em certas formas de realização são usados óleos vegetais de grau altamente purificado (também chamados "superrefinados") para garantir a segurança e estabilidade das emulsões óleo-em-água. Em certas formas de realização podem ser usados óleos vegetais hidrogenados, que são produzidos por hidrogenação controlada do óleo vegetal. Óleos vegetais exemplares incluem mas não estão limitados a óleo de amêndoa, óleo de babaçu, óleo de semente de groselha-negra, óleo de borragem, óleo de canola, óleo de rícino, óleo de coco, óleo de milho, óleo de semente de algodão, azeite, óleo de amendoim, óleo de palma, óleo de palmiste, óleo de colza, óleo de cártamo, óleo de soja, óleo de girassol e óleo de sésamo. Podem ser também usadas formas hidrogenadas e/ou ou parcialmente hidrogenadas destes óleos. Em formas de realização especificas, o óleo compreende adicionalmente óleo de cártamo, óleo de sésamo, óleo de milho, azeite e/ou óleo de soja. Em formas de realização mais especificas, o óleo compreende adicionalmente óleo de cártamo, e/ou óleo de soja.
Em formas de realização especificas onde o óleo compreende adicionalmente óleo de soja, o óleo de soja pode ter um conteúdo de ácido palmitico (p/p) de entre 9 e 13%, um conteúdo de ácido esteárico de entre 2,5% e 5%, um conteúdo de ácido oleico de entre 17% e 30%, um conteúdo de ácido linoleico de entre 48% e 58%, e um conteúdo de ácido linolénico de entre 5% e 11%.
Adicionalmente, numa forma de realização especifica, a emulsão aquosa da invenção pode compreender triglicerideos estruturados. Um "triglicerideo estruturado" como usado aqui é um triglicerideo compreendendo triglicerideos ou misturas de triglicerideos tendo pelo menos um grupo de ácido gordo com um comprimento de cadeia de carbonos de 6 a 12 átomos de carbono e pelo menos um grupo de ácido gordo com um comprimento de cadeia de carbonos de mars do que 12 unidades de carbono.
Um componente adicional da emulsão da invenção é um emulsificante. Preferencialmente, o emulsificante é selecionado do grupo consistindo em fosfolipidos, tensioativos anfotéricos e iónicos tais como sais de ácidos gordos. 0 emulsificante pode estar presente na emulsão numa quantidade de até 10% por p, preferencialmente 0,5 a 5% por p com base no peso total da emulsão.
Preferencialmente, o emulsificante é um fosfolipido ou uma mistura de fosfolipidos.
Num aspeto, o emulsificante pode compreender lecitinas, preferencialmente lecitinas ocorrendo naturalmente tais como lecitina de soja, lecitina de ovo, lecitina de óleo de girassol, esfingosina, gangliosideos, fitoesfingosina, e suas combinações. Lecitina hidrogenada, i.e., o produto da hidrogenação controlada da lecitina, pode ser também adicionalmente usada no emulsificante.
Fosfolipidos exemplares úteis na presente invenção incluem, mas não estão limitados a, fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilglicerol, ácido fosfatidico, liso-fosfatidilcolina e suas misturas. o componente de fosfolipido das composições pode ser um fosfolipido único ou uma mistura de vários fosfolipidos. Os fosfolipidos empregues podem ser naturais ou sintéticos, mas devem ser aceitáveis para administração parenteral, especialmente intravenosa.
Uma lista não exaustiva de fosfolípidos adequados que podem estar adicionalmente presentes no emulsificante está listada em baixo: Ácidos fosfatídicos, incluindo ácido 1,2-Dimiristoí1-sn-glicero-3-fosfatídico, sal de sódio (DMPA, Na) , ácido 1.2- Dipalmitoíl-sn-glicero-3-fosfatídico, sal de sódio (DPPA, Na), ácido 1,2-Distearoíl-sn-glicero-3-fosfatídico, sal de sódio (DSPA, Na); fosfocolinas, incluindo 1,2-Dilauroíl-sn-glicero-3-fosfocolina (DLPC), 1.2- Dimiristoíl-sn-glicero-3-fosfocolina (DMPC), 1,2-Dipalmitoíl-sn-glicero-3-fosfocolina (DPPC), 1,2-Distearoíl-sn-glicero-3-fosfocolina (DSPC); fosfoetanolaminas, incluindo 1,2-Dilauroíl-sn-glicero-3-fosfoetanolamina (DLPE), 1,2-Dimiristoíl-sn-glicero-3-fosfoetanolamina (DMPE), 1,2-Dipalmitoíl-sn-glicero-3-fosfoetanolamina (DPPE), 1,2-Distearoíl-sn-glicero-3-fosfoetanolamina (DSPE); fosfogliceróis, incluindo 1,2-Dilauroíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de sódio (DLPG, Na), 1,2-Dimiristoíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de sódio (DMPG, Na), 1,2- Dimiristoíl-sn-glicero-3-fosfo-sn-1-glicerol, sal de amónio (DMP-sn-l-G, NPU), 1,2-Dipalmitoíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de sódio (DPPG, Na), 1,2-Distearoíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de sódio (DSPG, Na), 1,2-Distearoíl-sn-glicero-3-fosfo-sn-l-glicerol, sal de sódio (DSP-sn-lG, Na) ; fosfosserinas, incluindo 1,2-Dipalmitoíl-sn-glicero-3-fosfo-L-serina, sal de sódio (DPPS, Na); fosfolípidos de cadeia mista, incluindo 1-Palmitoí1-2-oleíl-sn-glicero-3-fosfocolina (POPC), l-Palmitoíl-2-oleoíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de sódio (POPG, Na) , 1-Palmitoí1-2-oleoíl-sn-glicero-3-fosfoglicerol, sal de amónio (POPG, NPU) ; lisofosfolípidos, incluindo 1-Palmitoí1-2-liso-sn-glicero-3-fosfocolina (P-liso-PC), 1-Estearoí1-2-liso-sn-glicero-3-fosfocolina (S-liso-PC); fosfolípidos peguilados, incluindo N-(Carbonil-metoxipolietilenoglicol 2000)-MPEG-2000-DPPE, sal de sódio, N-(Carbonil-metoxipolietilenoglicol 5000)-MPEG-5000-DPPE, sal de sódio, N-(Carbonil-metoxipolietilenoglicol 750)-MPEG-750-DSPE, sal de sódio, N-(Carbonil-metoxipolietilenoglicol 2000)-MPEG-2000-DSPE, sal de sódio.
Numa forma de realização, a quantidade de fosfolipido na emulsão da presente invenção, por peso com base no peso total da composição, está dentro de uma gama de 0,1 a 30% por p. Em certas formas de realização, o fosfolipido pode estar presente dentro de uma gama de 0,5 a 15% por p, incluindo 0,8 a 10% por p, tal como 1 a 5% por p.
Numa forma de realização exemplar, a quantidade de fosfolipido na emulsão aquosa da presente invenção é até 10% por peso (% por p) , preferencialmente 0,5 a 5% por p com base no peso total da emulsão.
Numa forma de realização, o emulsificante compreende lecitina de ovo compreendendo 60-80% p/p, tal como 67% p/p de f osf atidilcolina; 10-20% p/p, tal como 15% p/p, de f osf atidiletanolamina; <= 3% p/p, tal como 2% p/p, de esf ingomielina; e <= 3% p/p, tal como 1% p/p, de lisofosfatidilcolina. "Lecitina de ovo PL90" (Fresenius Kabi AB) é um exemplo de uma lecitina de ovo tendo um tal conteúdo de fosfolipido.
Em particular podem ser obtidos bons resultados com um emulsificante compreendendo uma lecitina compreendendo cerca de 80 a cerca de 85% por p de fosfatidilcolina; cerca de 7,0 a cerca de 9,5% por p de fosfatidiletanolamina ; menos do que 3% por p de lisofosfatidilcolina; menos do que 0,5% por p de lisofosfatidiletanolamina; e cerca de 2 a cerca de 3% por p de esfingomielina.
De acordo com uma forma de realização preferencial da presente invenção, o emulsificante compreende uma mistura de fosfolipidos e glicolipidos. Foi surpreendentemente descoberto que misturas de fosfolipidos e glicolipidos melhoram adicionalmente a estabilidade no armazenamento das emulsões a temperaturas mais elevadas (40 °C) . Em particular, estas misturas estabilizam as emulsões mesmo sob condições de stress como a esterilização das emulsões. As emulsões da invenção são usualmente esterilizadas, por exemplo, a 121 °C durante 15 min a uma pressão de 2 bar numa autoclave rotativa.
Os glicolipidos são lipidos com um carboidrato anexado. Os glicolipidos são lipidos da membrana isentos de fósforo de membranas celulares em que um ou mais mono ou oligossacarideos estão conectados a um lípido. Os lipidos são ácidos gordos que estão conectados através de ligações de éster com glicerol ou através de ligações de amida com esfingosina.
Numa forma de realização preferencial, a emulsão da invenção compreende adicionalmente glicolipidos, que são preferencialmente selecionados de gliceroglicolipidos, tais como monogalactosildiglicerideo ou glicoesfingolipidos ou cerebrosideos.
Numa forma de realização preferencial, a quantidade de glicolipidos é 5 a 30% por p, preferencialmente 10 a 28% por p com base no peso total da soma de glicolipido e fosfolípido. Misturas de fosfolípidos e glicolípidos estão comercialmente disponíveis como Lipoid S 75 ex Lipoid GmbH, Alemanha.
Numa forma de realização preferencial especial, o emulsificante compreende cerca de 68 a cerca de 73% por p de fosfatidilcolina; cerca de 7 a 10% por p de fosfatidiletanolamina; menos do que cerca de 3% por p de lisofosfatidilcolina; e cerca de 14 a cerca de 25% por p de glicolipidos, em que todos os pesos são baseados na quantidade total da soma de glicolipidos e fosfolipidos. A emulsão compreende preferencialmente 0,5 a 5% por p, mais preferencialmente 1,0 a 4,0% por p de um emulsif icante em que a quantidade é baseada no peso total da emulsão. A emulsão da presente invenção é preferencialmente uma emulsão óleo em água em que a fase aquosa é a fase continua e a fase oleosa é a fase descontinua.
Como notado acima, a emulsão óleo-em-água da presente invenção compreende adicionalmente um meio aquoso. "Meio aquoso" ou "fase aquosa" refere-se a um liquido contendo água. Em algumas formas de realização, o meio aquoso é água e/ou uma solução tampão aquosa. A emulsão aquosa, preferencialmente a emulsão óleo-em-água, da invenção pode compreender 70-98% por p, preferencialmente 70 a 90% por p de água, com base no peso total da emulsão.
Em algumas formas de realização, a emulsão pode compreender 0 a 4 mm, preferencialmente 0,5 a 3 mM de um agente tamponante fisiologicamente compatível.
Em algumas formas de realização, as emulsões aquosas de acordo com a presente invenção compreendem opcionalmente um cotensioativo. Cotensioativos adequados para uso nas emulsões da presente invenção são aqueles que previnem a floculação e/ou coalescência da emulsão de lipidos. Cotensioativos exemplares incluem, mas não estão limitados a, colesterol, ácido oleico, oleato, Tween 80 (mono-oleato de PEG-sorbitano), HCO-60, Solutol H15 (polioxietileno-660-hidroxiestearato), PEG-400 (polietileno glicol), Pluronic F68 (BASF), Cremophor EL (polioxietileno-35-ricinoleato), ou o sal de um ácido biliar, tal como ácido desoxicólico. Em outras formas de realização, o cotensioativo é selecionado do grupo consistindo em ácidos gordos C12-C22, seus sais, e/ou suas misturas, tais como de ácidos gordos C16-C20, seus sais, e/ou suas misturas, ou de ácidos gordos C18, seus sais, e/ou suas misturas. Em formas de realização específicas, o ácido gordo é monoinsaturado.
Em algumas formas de realização, o cotensioativo pode estar presente na emulsão numa quantidade (% por p) maior do que ou igual a 0,005%, maior do que ou igual a 0,01%, ou maior do que ou igual a 0,02%. De acordo com qualquer uma destas formas de realização, o cotensioativo pode estar presente numa quantidade (% por p) menor do que ou igual a 4%, menor do que ou igual a 1%, ou menor do que ou igual a 0,04%. Em formas de realização específicas, o cotensioativo é selecionado do grupo consistindo em ácidos gordos de cadeia longa, tais como ácido palmítico, ácido oleico ou ácido esteárico, ou seus sais alcalinos. Oleato e/ou ácido oleico, particularmente oleato de sódio, são cotensioativos particularmente adequados.
Em certas formas de realização onde o cotensioativo é oleato e/ou ácido oleico, o cotensioativo pode estar presente numa quantidade (% por p) igual a ou maior do que 0,005% por p, igual a ou maior do que 0,01% por p, ou igual a ou maior do que 0,02% por p. De acordo com uma destas formas de realização, o cotensioativo pode estar presente numa quantidade (% por p) menor do que ou igual a 0,5% por p, menor do que ou igual a 0,2% por p, menor do que ou igual a 0,1% por p, ou menor do que ou igual a 0,05% por p. Em formas de realização especificas, o cotensioativo é oleato de sódio e está presente numa quantidade de 0,03% por p (0,3 g/L) . As emulsões descritas aqui podem ser adequadas para infusão parenteral, tal como infusão intravenosa. Em formas de realização especificas, a concentração de certos cotensioativos é portanto mantida num minimo para prevenir efeitos secundários tais como irritação, inibição do citocromo P450, etc. Em formas de realização especificas, Pluronic F68 (poli(etilenoglicol)-13-poli (propilenoglicol-co-propilenoglicol) está presente numa quantidade menor do que 0,7% por p, ou menor do que 0,5% por p. Em outras formas de realização especificas, Solutol-HS (Macrogol-15-hidroxiestearato) está presente numa quantidade menor do que 1,2% por p, ou menor do que 1% por p. A emulsão óleo-em-água de acordo com a invenção pode compreender um agente de tonicidade. Tais composições podem ter uma osmolalidade na gama de 200-1000 mOsm/kg, preferencialmente 220 a 800 mOsm/kg, especialmente 250 a 600 mOsm/kg.
De acordo com formas de realização especificas da invenção, as emulsões podem ser isotónicas e iso-osmóticas. As composições podem ter uma osmolalidade de 220-600 mOsm/kg, ou 230-360 mOsm/kg.
Agentes de tonicidade adequados incluem cloreto de potássio ou sódio, trehalose, sacarose, sorbitol, glicerol, glicose, xilitol, manitol, polietileno glicol, propileno glicol, albumina, aminoácido e suas misturas. Em certas formas de realização, uma osmolalidade de 270 a 330 mOsm/kg, tal como 280 a 300 mOsm/kg, é alcançada com um agente que aumenta também a pressão osmótica, tal como glicerol, dextrose, lactose, sorbitol ou sacarose.
Numa forma de realização, o agente de tonicidade é um poliol fisiologicamente aceitável, tal como glicerol, sorbitol ou xilitol. Numa forma de realização específica, o agente de tonicidade é glicerol.
Assim sendo, de acordo com um aspeto adicional da invenção, a emulsão compreende adicionalmente um agente de tonicidade, preferencialmente glicerol. O agente de tonicidade pode estar presente numa quantidade variando de 0,1 a 10% por p, preferencialmente 0,5 a 8% por p, mais preferencialmente 1 a 5% por p, com base no peso total da emulsão. O agente de tonicidade é geralmente usado numa quantidade que não tem efeitos biológicos adversos, mas é suficiente para proporcionar composições iso-osmóticas e/ou isotónicas. Quando glicerol é o agente de tonicidade, o glicerol pode estar presente na gama de 2 a 5% (% por p) , tal como 2,1% a 2,9% (% por p), incluindo 2,3% a 2,7%. Em formas de realização específicas, as emulsões da presente invenção compreendem 2,5% de glicerol (25 g/L). Numa forma de realização adicional, o agente de tonicidade está presente numa quantidade de 2,5% por p ou mais, com base no peso total da emulsão.
Em algumas formas de realização, as emulsões de acordo com a presente invenção têm um pH dentro da gama de pH 6,0a pH 9,0, tal como pH 6,5 a pH 8,5, incluindo pH 7,5 a 8,5, tal como 8,0 a 8,5. Numa forma de realização alternativa, o pH pode variar dentro de 5,0 a 9,0. O pH das composições pode ser ajustado por métodos conhecidos na técnica, p.ex., através do uso de uma base apropriada que neutraliza a carga negativa nos ácidos gordos, através do uso de um tampão apropriado, ou uma sua combinação. Uma variedade de bases e tampões é adequada para uso com as emulsões da presente invenção. Um perito na técnica apreciará que a adição de tampão à emulsão afetará não só o pH final, mas também a força iónica da emulsão. Tampões de elevada força iónica podem impactar negativamente o potencial zeta da emulsão e são, portanto, não desejáveis. Numa forma de realização especifica, o pH é ajustado até ao valor desejado por adição de hidróxido de sódio, tal como uma solução de hidróxido de sódio a 0,1 N ou hidróxido de sódio a 1 N. De modo a estabilizar adicionalmente a emulsão da invenção contra processos oxidativos, um antioxidante pode estar presente. Numa forma de realização preferencial, a emulsão compreende um antioxidante, preferencialmente alfa-tocoferol. A emulsão de acordo com a presente invenção compreende opcionalmente um ou mais aditivos farmaceuticamente aceitáveis, tais como agentes acidificantes, alcalinizantes, ligantes, quelantes, complexantes, solubilizantes, antisséticos, conservantes (incluindo antimicrobianos e antioxidantes), agentes de suspensão, agentes estabilizantes, agentes molhantes, agentes modificadores da viscosidade, solventes, crioprotetores, diluentes, lubrificantes e outros materiais biocompatíveis ou agentes terapêuticos. Em certas formas de realização, tais aditivos auxiliam na estabilização da adicional da emulsão ou em tornar as emulsões da presente invenção biocompativeis.
De acordo com uma forma de realização preferencial da invenção, a densidade a 25 °C da fase de óleo, em particular a densidade da mistura consistindo em triglicerideos b) que é preferencialmente MCT, e composto semif luorado, varia entre 0,9 e 1,1 g/cm3, mais preferencialmente varia entre 0,95 e 1,05 g/cm3 ou cerca de 0,95 a cerca de 1,10 g/cm3. Num aspeto adicional da invenção, a densidade da fase de óleo não se desvia de mais do que 10%, preferencialmente não mais do que 5%, especialmente não mais do que 3% da densidade da fase aquosa. A fase aquosa compreende todos os ingredientes que estão na fase continua e a fase de óleo compreende todos os componentes que estão na fase descontinua.
Foi descoberto que podem ser alcançados bons resultados de diagnóstico com emulsões tendo um tamanho de goticulas de óleo na gama nano. De acordo com um aspeto preferencial da invenção, as particulas da fase descontinua têm um diâmetro médio das particulas preferencialmente variando de 1 a 500 nm, mais preferencialmente de 10 a 400 nm e adicionalmente preferencialmente de 50 a 350 nm, medido com espetroscopia de correlação de fotões (PCS) a 25 °C.
Uma forma de realização adicional da invenção é a emulsão da invenção para uso como um medicamento.
Foi descoberto que o composto semifluorado presente na emulsão da presente invenção é absorvido por monócitos/macrófagos de tal maneira que as células se tornam especificamente marcadas, que podem ser utilizadas diagnóstico em métodos de imagiologia. Surpreendentemente foi descoberto um potencial de diagnóstico para a visualização de processos inflamatórios, em particular do sistema cardiovascular, e linfonodos.
Portanto, as emulsões da invenção são adequadas para serem usadas como um agente de contraste ou agente de intensificação do contraste. Em particular para as técnicas de imagiologia de ressonância nuclear magnética, as emulsões são adequadas uma vez que o referido composto de carbonos semifluorados das emulsões é especificamente enriquecido e distribuído nos tecidos inflamatórios.
Outro aspeto da invenção é a emulsão da invenção para uso como um agente de intensificação do contraste ou agentes de contraste para a deteção de diagnóstico, por meio de um procedimento de imagiologia utilizando técnicas de MR.
Uma forma de realização adicional da presente invenção é a emulsão da invenção para uso como um agente de contraste para a deteção de diagnóstico, por meio de um procedimento de imagiologia, em particular onde o processo de imagiologia é baseado na medição da ressonância nuclear magnética do isótopo 19F. A avaliação das medições correspondentes e sua conversão numa imagem é conhecida de uma pessoa perita, como pode ser visto, por exemplo, a partir de:
Haacke Μ E, Brown W R, Thompson M R, Venkasetan R: Magnetic Resonance Imaging-Physical principles and Sequence Design, Wiley, Nova Iorque, 1999;
Yu J X, Kodibagkar V D, Cui W, Mason R P. 19F: a versatile reporter for non-invasive physiology and pharmacology using magnetic resonance; Curr Med Chem. 12: 819- 48, 2005;
Wernick Μ N, Aarsvold J N Emission Tomography: The Fundamentals of PET and SPECT, Academic Press, Londres, 2004 .
As emulsões são em particular adequadas para detetar processos inflamatórios. De acordo com um aspeto adicional da invenção, a emulsão é para a deteção de diagnóstico, por meio de um procedimento de imagiologia, de processos inflamatórios selecionados do grupo consistindo em reação inflamatória periférica a enfartes tais como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral; inflamação de órgãos, tal como miocardite, encefalite, meningite; esclerose múltipla; inflamação do trato gastrointestinal, tal como doença de Crohn; inflamação dos vasos, tal como arteriosclerose, em particular placas vulneráveis; deteção de abcessos e também artrite, em que o processo de imagiologia é baseado na medição da ressonância nuclear magnética do isótopo 19F.
Noutro aspeto da invenção, a emulsão é para uso na deteção de diagnóstico, baseada em procedimentos de imagiologia não invasivos emulsão do sistema cardiovascular, incluindo o miocárdio, artérias e veias; reações inflamatórias ocorrendo nos processos de doença como enfarte do miocárdio, miocardite, aterosclerose e trombose levando a processos inflamatórios e degenerativos da vasculatura encontrados na neurologia tal como acidente vascular cerebral ou tumor; pulmologia tal como trombose, inflamação, sarcoidose; gastroenterologia tal como tumor, doenças inflamatórias do intestino tal como doença de Crohn; e reumatologia tais como doenças autoimunes dos vasos tais como arterite de Takayasu.
Uma forma de realização adicional da invenção refere-se a um método compreendendo aquisição de procedimentos de imagiologia não invasivos de um paciente a quem a emulsão da invenção foi previamente administrada de modo a dissolvê-la na corrente sanguínea do paciente.
Preferencialmente, o procedimento de imagiologia não invasivo é um procedimento de imagiologia de MR.
Num aspeto preferencial adicional do método da invenção, o processo de imagiologia é baseado na medição da ressonância nuclear magnética do isótopo 19F ou do isótopo 19F e do isótopo 9H. A presença de isótopos 19F e/ou 18F nos compostos fluorados permite a vantagem de usar dispositivos já conhecidos e existentes no hospital, nomeadamente espetroscopia de ressonância magnética nuclear com isótopos 19F e/ou o uso de espetroscopia de emissão de positrões de isótopos 18F.
Pelo uso da emulsão de acordo com a invenção, as seguintes condições patológicas podem ser especialmente detetadas: 1) Visualização de linfonodos e seu alargamento patológico a) cancros que afetam diretamente os linfonodos: doença de Hodgkin, linfomas não-Hodgkin; b) metástases tumorais, por exemplo, do cancro de mama; c) infeções virais e bacterianas, por exemplo, sifilis, tuberculose; 2) Reações de inflamação na zona de fronteira de a) enfartes, por exemplo, enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral; b) tumores; 3) inflamação de órgãos: miocardite, encefalite, meningite (meninges cerebrais e espinais); 4) esclerose múltipla; 5) inflamações do trato gastrintestinal, por exemplo, doença de Crohn; 6) inflamação dos vasos, por exemplo, arteriosclerose, especialmente as assim chamadas "placas vulneráveis"; 7) deteção de abcessos; 8) deteção de artrite. A emulsão da presente invenção é usualmente administrada parenteralmente antes do inicio do processo de imagiologia. Numa forma de realização preferencial, a emulsão é administrada intravenosamente ou intra-articularmente.
Um aspeto adicional da invenção é um método para a deteção de um processo inflamatório compreendendo: (a) administração da emulsão da invenção a um sujeito com sua necessidade; e (b) visualização do composto contendo flúor no referido sujeito, em que o referido processo inflamatório é preferencialmente selecionado do grupo consistindo em: um cancro que afeta diretamente os linfonodos; um processo inflamatório na zona de fronteira de um enfarto ou tumor; inflamação de um órgão; esclerose múltipla; inflamação do trato gastrointestinal; inflamação dos vasos; artrite; e abscesso.
Uma forma de realização adicional da invenção é um método para o fabrico da emulsão da presente invenção compreendendo os seguintes passos: i) proporcionar de uma mistura compreendendo a) um composto semifluorado da fórmula I: CF3~CCF2)r(CH2}rCH3 (I) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um inteiro variando de 1 a 10, b) um triglicerideo que é miscivel com o composto semifluorado a 20 °C, preferencialmente um triglicerideo de cadeia média (MCT) e c) um emulsificante, e d) água; e ii) homogeneização da mistura, preferencialmente homogeneização da mistura num homogeneizador de elevada pressão; iii) esterilização opcional da emulsão.
Noutro aspeto, o método de fabrico compreende os passos: i) dissolução do composto semifluorado no triglicerideo b) que é preferencialmente o triglicerideo de cadeia média; e ii) emulsificação da fase de óleo na fase aquosa, preferencialmente na presença do emulsificante.
De acordo com uma forma de realização especifica, a composição aquosa é homogeneizada de modo a produzir uma suspensão homogénea, antes de a referida composição aquosa ser combinada com a composição oleosa.
Numa forma de realização específica, a homogeneização é realizada a mars do que ou igual a 350 bar, ou mars do que ou igual a 370 bar.
Em formas de realização específicas, os métodos de fabrico das emulsões envolvem os passos de dissolução do emulsificante em meio aquoso (ao invés de em óleo), adição da fase de óleo à fase aquosa (ao invés de vice-versa) , e homogeneização a mars do que ou igual a 350 bar. Estes passos resultam em emulsões com propriedades vantajosas em termos de tamanho das partículas e estabilidade da emulsão.
Noutra forma de realização específica, a emulsão é empacotada em recipientes selados, e esterilizada, tal como por aquecimento até pelo menos 121 °C (p.ex., 121 °C a 123 °C) durante um mínimo de 15 minutos de tempo de espera. O programa da autoclave pode ser um ciclo rotativo.
Uma forma de realização adicional da invenção é um recipiente contendo a emulsão da invenção. O material do recipiente é preferencialmente selecionado do grupo consistindo em vidro e polímeros orgânicos e suas misturas. Polímeros orgânicos preferenciais são polietileno e/ou polipropileno.
Numa forma de realização preferencial do método de fabrico da invenção, o referido método compreende os seguintes passos: a) preparação de uma mistura por a-1) preparação de uma mistura compreendendo água e um emulsificante, a-2) preparação de uma mistura homogénea compreendendo o composto semifluorado e o triglicerídeo, a-3) combinação da mistura obtida no passo a-1) com a mistura obtida no passo a-2); e b) homogeneização da mistura obtida no passo a) , preferencialmente homogeneização da mistura obtida no passo a) com um homogeneizador de elevada pressão.
Numa forma de realização especialmente preferencial do método de fabrico da emulsão da presente invenção, o referido método compreende os seguintes passos: a) preparação de uma mistura por a-1) preparação de uma mistura compreendendo os componentes solúveis em água da emulsão, preferencialmente uma mistura compreendendo água, emulsificante e agente de tonicidade, em particular uma mistura compreendendo água, fosfolipido, oleato de sódio e glicerol, a-2) preparação de uma mistura homogénea dos componentes solúveis em óleo da emulsão, preferencialmente uma mistura compreendendo o composto semifluorado, o triglicerideo e um antioxidante, mais preferencialmente uma mistura compreendendo F6H8, MCT e alfa-tocofero1, a-3) combinação da mistura obtida no passo a-1) com uma mistura obtida no passo a-2); e b) homogeneização da mistura obtida no passo a) para preparar uma pré-emulsão; c) homogeneização adicional da mistura obtida no passo b) por um homogeneizador de elevada pressão.
Foi surpreendentemente descoberto que podem ser obtidos melhores resultados por homogeneização da emulsão no passo b) e passo c) numa gama de temperaturas preferencial entre 30 e 70 °C, mais preferencialmente entre 40 e 60 °C.
Numa forma de realização adicional do método de fabrico é aplicado um passo d) em que a emulsão é esterilizada, preferencialmente por aquecimento até pelo menos 121 °C durante um minimo de 15 minutos.
As quantidades e componentes preferenciais da emulsão são mencionados em conjunção com a emulsão da invenção.
Um aspeto adicional da invenção é um método para operação de um tomógrafo de ressonância magnética. Neste método, um campo magnético alternado é emitido e uma absorção do campo magnético emitido por uma amostra a ser examinada é detetada. Estes passos do método correspondem à operação usual de um tomógrafo de ressonância magnética. O método inventivo serve para a deteção de um composto semifluorado da fórmula I: CFr(CF2)x”CCH2)y"CH3 (!) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10 numa emulsão da presente invenção. O método inventivo é caracterizado por a frequência do campo magnético alternado estar entre B x 40,045600 MHz/T e B x 40,065600 MHz/T, sendo B a intensidade do campo magnético em Tesla.
De modo a se obter a frequência acima mencionada para o campo magnético alternado, os seguintes passos do método foram realizados:
Em primeiro lugar, a frequência do campo magnético alternado foi escolhida com B x 40,05560 MHz/T. De modo a se detetar um composto desconhecido contendo um átomo de flúor é usada uma ampla largura de banda de excitação e receção (p.ex., +/- 5 kHz). No meio esta banda de excitação está a frequência de excitação do núcleo do átomo de flúor (40,05560 MHz/T). Esta frequência é definida como a posição zero.
Durante a excitação, o espetro caracteristico do composto contendo flúor desconhecido aparece a uma certa frequência deslocada. Se este não for o caso, a largura de banda escolhida (p.ex., +/- 5 kHz) tem de ser ampliada.
Após o espetro especifico ter sido encontrado a uma certa frequência, o espetro de excitação é deslocado por escolha de uma frequência deslocada apropriada. Os inventores descobriram que uma frequência de deslocamento de +/- 100 Hz a +/- 10000 Hz é apropriada. Por escolha de uma tal frequência, a larga de banda de excitação e receção pode ser significativamente reduzida, obtendo-se assim uma redução do ruido tal que possa ser obtida uma melhor razão de sinal em relação ao ruido.
Um aspeto adicional da invenção relaciona-se com um método para deteção numa amostra a ser examinada de um composto semifluorado da fórmula I: CF3~CCF2V(0H2}rCH3 {1} em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10 numa emulsão da invenção. Neste método, um campo magnético alternado é emitido e uma absorção do campo magnético emitido por uma amostra a ser examinada é detetada. Estes passos correspondem à operação usual de um tomógrafo de ressonância magnética.
De acordo com esta invenção, pelo menos uma imagem de protões de flúor 19F é sobreposta sobre uma imagem de protões de 1H. Deste modo, os protões da imagem de 9Η são exibidos como uma imagem em escala de cinzento e os protões da imagem de flúor 19F são exibidos por uso de um gradiente de cor, indicando uma extremidade deste gradiente de cor uma baixa concentração de protões de flúor 19F e indicando a outra extremidade deste gradiente de cor uma elevada concentração de protões de flúor 19F.
Estes passos do método podem ser aplicadas por exemplo para atribuição do sinal de flúor detetado a uma certa parte do corpo de um paciente. Para este propósito é possivel interpolar o volume de 19F e o volume de 9H de modo a se obter uma melhor resolução. Como explicado, a imagem de protões de 9H é exibida como uma imagem de escala de cinzento ao passo que a imagem de protões de flúor 19F pode ser exibida por exemplo como um gradiente de cor mudando de preto para verde ou de azul para vermelho por exemplo.
Em primeiro lugar é gerado um video tridimensional. No entanto é preferencial que subsequentemente sejam geradas imagens bidimensionais de cada camada, mostrando cada uma delas uma secção transversal da amostra a ser examinada. É preferencial que sejam calculadas projeções de intensidade máxima (MIPs). Estas imagens de camada bidimensionais mostram de um modo abrangente em cuja estrutura anatómica o agente de contraste está presente.
Numa forma de realização preferencial desta invenção, os sinais de perturbação gerados por protões de 19F numa segunda amostra que não deve ser examinada são eliminados.
Tais sinais de perturbação podem por exemplo ser gerados pelo agente de contraste no figado ou baço de um paciente. 0 agente de contraste no figado pode causar um sinal de perturbação muito forte quando se tenta, durante um processo de imagiologia, detetar por exemplo uma inflamação na região do coração de um paciente, uma vez que o figado está localizado muito próximo do coração.
De modo a se eliminarem tais sinais de perturbação é possivel comparar o valor para a concentração de flúor num primeiro pixel com os valores de todos os pixels vizinhos no espaço tridimensional em volta deste primeiro pixel. Deste modo, se a diferença entre os valores para a concentração de flúor de dois pixels adjacentes for inferior a um limiar, estes dois pixels são considerados como pertencendo a um agrupamento de pixels, p.ex., ao figado do paciente. Este agrupamento de perturbação de pixels pode ser removido da imagem obtida se este agrupamento não representar a amostra a ser analisada (neste caso, o coração do paciente) . A remoção deste agrupamento de perturbação pode ser realizada por exemplo manualmente.
Quando se sobrepõem imagens de flúor 19F com a imagem de protões de 9Η é preferencial que estas imagens tenham sido obtidas sem alteração a geometria de medição o que significa que ambos os conjuntos de dados contêm sinais do mesmo volume. 0 ruido que pode estar presente nas imagens de protões de flúor 19F pode ser suprimido por cálculo da média das diferentes aquisições. 0 desvio padrão σ do ruido é medido por meio do que 3 · σ ou 5 · σ pode ser usado como um limiar para o sinal a ser detetado. Isto significa que somente os sinais que são três vezes maiores do que o desvio padrão do ruido são considerados como sendo um sinal "real". Este limiar pode ser adaptado pelo usuário tal que seja possivel adaptar as imagens obtidas à quantidade de ruido. É preferencial que os últimos passos do método mencionados não sejam aplicados às imagens de protões de ΧΗ uma vez que estes têm uma SNR maior.
Todos os passos do método que foram discutidas no contexto da última invenção mencionada estão basicamente relacionadas com passos de processamento de sinal e portanto podem ser realizados independentemente do processo de aquisição de dados em qualquer momento e qualquer lugar. Em particular, a realização destes passos do método não requer a presença do corpo de um paciente.
As formas de realização preferenciais das emulsões usadas nos métodos da invenção são descritas em conjunção com a emulsão da invenção.
No que se segue, a invenção é adicionalmente ilustrada por meio de exemplos:
Secção experimental
Exemplos 1-3
As emulsões da secção experimental foram geralmente preparadas como se segue: 1) mistura do emulsificante com água; 2) preparação de uma mistura dos componentes hidrofóbicos tais como MCT, composto fluorado e opcionalmente a-tocoferol; 3) adição da mistura aquosa do passo 1) à mistura de óleo do passo 2); 4) homogeneização da emulsão com um homogeneizador de elevada pressão 3 vezes a 700 bar e 2 vezes a 1000 bar num homogeneizador de elevada pressão Panda® Plus 2000. A Tabela 1 mostra composições de emulsões óleo em água e a Tabela 2 mostra os respetivos dados de estabilidade no armazenamento a 20 °C. As quantidades referidas na Tabela são % por peso (% por p) com base no peso total da emulsão.
Tabela 1: Composições de emulsões óleo em água de acordo com os exemplos 1 a 3 da invenção e Exemplo Comparativo 9
n Perfluorohexiloctano ex Novaliq, Alemanha 2) Triglicerideos de cadeia média (50-80% por p de ácido gordo-Cg e 20-50% por peso de ácido gordo-Cio) 3) Fosfolipido de ovo ex Lipoid GmbH, Alemanha
Tabela 2: Dados de estabilidade no armazenamento das emulsões de acordo com os exemplos 1 a 3
0 diâmetro médio das partículas (ZMédio) e o índice de polidispersão (P.I.) foram determinados por espetroscopia de correlação de fotões (PCS). A Figura 1 mostra os dados para os testes de estabilidade no armazenamento como refletidos na Tabela 2 bem como os dados dizendo respeito ao exemplo comparativo 9. A Figura IA mostra o crescimento das partículas das emulsões de acordo com os exemplos 1 a 3 bem como exemplo comparativo 9. A medição do crescimento das partículas começou imediatamente após o fabrico da emulsão. A Figura IA mostra que o diâmetro médio das partículas das gotículas de óleo no espaço de 28 dias aumenta em cerca de 11% para o exemplo 1, em cerca de 15% para o exemplo 2, em cerca de 17% para o exemplo 3 e em cerca de 23% para o exemplo comparativo 9. 0 aumento do crescimento das partículas é maior quanto maior for a concentração do composto semifluorado. A Fig. 1B mostra a dependência do aumento do crescimento das partículas sobre a concentração do composto semifluorado F6H8. A Tabela 2A reflete os dados que são mostrados nas Figuras 1, IA e 1B. Os testes de armazenamento foram levados a cabo a 20 °C.
Tabela 2A
Foi descoberto que pode ser alcançado um equilíbrio otimizado de uma elevada concentração do composto semifluorado (que é necessário para se alcançar um bom contraste na medição de MR) e uma emulsão estável no armazenamento se a densidade das gotículas de óleo (MCT e composto semifluorado) for aproximadamente a mesma que a densidade da fase aquosa. Por adaptação da densidade da fase de óleo para a densidade da fase aquosa, os fenómenos de coalescência das gotículas bem como fenómenos de sedimentação, que desestabilizam a emulsão, podem ser diminuídos. A Figura 1C mostra os resultados da medição da densidade de diferentes misturas de MCT e F6H8. A cerca de 38,5% por p de F6H8 e cerca de 61,5% por p de MCT (peso com base no peso total da fase de óleo) , a densidade da mistura de óleo corresponde à densidade da fase aquosa. EXEMPLOS COMPARATIVOS 1-8, 9A e 10-12
Brometo de perfluoro-octilo (PFOB) é um agente de contraste conhecido para espetroscopia de ressonância magnética. Foi descoberto que o PFOB não pode ser dissolvido em MCT. Portanto foram preparadas emulsões em que o PFOB é estabilizado por brometo de perfluorodecilo (PFDB) que pode ser dissolvido em PFOB. A Tabela 3 e Tabela 4 mostram as composições de emulsões óleo em água dos exemplos comparativos 1-8, 9A e 10-12 e a Tabela 6 mostra os respetivos dados de estabilidade no armazenamento a 20 °C. As quantidades referidas nas Tabelas 2 e 4 são % por peso (% por p) com base no peso total da emulsão.
Tabela 3: Exemplos Comparativos 1 a 4
2) Brometo de perfluoro-octilo ex ABCR GmbH &amp; Co. KG, Alemanha 2) Brometo de perfluorodecilo ex ABCR GmbH &amp; Co. KG, Alemanha 3) Fosfolipido de ovo ex Lipoid GmbH, Alemanha
Tabela 4: Exemplos comparativos 5 a 8
o Brometo de perfluoro-octilo 2) Brometo de perfluorodecilo 3) Fosfolipido ex Lipoid GmbH, Alemanha
Tabela 5: Exemplos Comparativos 9A e 10 a 12
n Brometo de perfluoro-octilo ex ABCR GmbH &amp; Co. KG, Alemanha 2) Brometo de perfluorodecilo ex ABCR GmbH &amp; Co. KG, Alemanha 3) Fosfolipido de soja ex Lipoid GmbH, Alemanha
Tabela 6: Dados de estabilidade no armazenamento das emulsões de acordo com os Exemplos comparativos 1 a 8, 9A e 10 a 12
A Figura 2 mostra os dados para os testes de estabilidade no armazenamento como refletidos na Tabela 6. Na parte esquerda da Fig. 2, os dados para as emulsões de acordo com os Exemplos comparativos 1 a 4 e na parte direita os dados para as emulsões de acordo com os Exemplos comparativos 5 a 8 estão ilustrados. A Figura 2A mostra os dados para os testes de estabilidade no armazenamento para o Exemplo 9A e 10 a 12.
Como pode ser visto a partir da Tabela 6 e Figura 2 bem como Fig. 2A, as emulsões dos exemplos comparativos 1 a 8, 9A e 10 a 12 mostram um aumento significativo do tamanho médio das partículas ao longo de um periodo de armazenamento de 28 dias.
Em contraste, as emulsões de acordo com os exemplos 1 a 3 da invenção são muito mais estáveis no armazenamento. Durante um tempo de armazenamento de 28 dias somente pôde ser observado um ligeiro aumento do tamanho médio de partícula da emulsão (Fig. 1 e Tabela 2).
Teste com emulsificante diferente
Foi surpreendentemente descoberto que as emulsões da presente invenção podem ser adicionalmente estabilizadas pela seleção do emulsificante. O emulsificante Lipid S PC-3 é considerado menos adequado (Fig. 2) e não foi adicionalmente testado para as emulsões da invenção. A Tabela 7 mostra emulsões da presente invenção de acordo com os exemplos 4 e 5.
Tabela 7: Composições de emulsões óleo em água de acordo com os exemplos 4 e 5
Componente Exemplo 4 Exemplo 5 n Perfluorohexiloctano ex Novaliq, Alemanha 2) Triglicerideos de cadeia média (50-80% por p de ácido gordo-Cg e 20-50% por peso de ácido gordo-Cio) 3) Fosfolipido de Ovo ex Lipoid GmbH, Alemanha 4) Fosfolipido ex Lipoid GmbH, Alemanha (fosfolipido de soja com 14 a 25% por p de glicolipido)
As emulsões de acordo com o exemplo 4 e exemplo 5 são adicionalmente analisadas se as condições de esterilização afetam a estabilidade das emulsões. As emulsões foram esterilizadas numa autoclave rotativa e são comparadas com emulsões não esterilizadas (condição de esterilização: aquecimento até 121 °C durante 15 min a 2 bar). A Tabela 8 mostra os dados de estabilidade das emulsões de acordo com os exemplos 4 e 5 sem esterilização e após esterilização.
Tabela 8: Dados de estabilidade no armazenamento para os exemplos 4 e 5 da invenção sob condições esterilizadas e não esterilizadas
A Figura 3 mostra os dados para os testes de estabilidade no armazenamento como refletidos na Tabela 8. Na parte esquerda da Fig. 3, os dados para as emulsões de acordo com o exemplo 4 e na parte direita os dados para as emulsões de acordo com o exemplo 5 estão ilustrados. A Figura 3 e Tabela 8 mostram que a emulsão de acordo com o exemplo 5 é mais estável do que a emulsão do exemplo 4. A emulsão de acordo com o exemplo 5 é também mais estável após a emulsão ter sido esterilizada numa autoclave rotativa.
Adicionalmente, as emulsões dos exemplos 4 e 5 foram armazenadas durante 168 dias a 40 °C. Foi surpreendentemente descoberto que a emulsão do exemplo 5 mesmo a uma temperatura de armazenamento de 4 0 °C não alterou significativamente a estabilidade física (Fig. 4). A Fig. 4 mostra os resultados de teste de 3 amostras da emulsão de acordo com o exemplo 5. A Fig. 3A mostra os resultados de teste de 3 amostras da emulsão de acordo com o exemplo 4.
Exemplo 6 da invenção:
Tabela 9: Composição da emulsão de acordo com o Exemplo 6
A emulsão de acordo com o exemplo 6 foi preparada por preparação de uma mistura homogénea de F6H8, MCT e alfa-tocoferol a 50 °C. Separadamente, uma mistura do emulsificante Lipoid S 75 e do coemulsificante oleato de sódio em conjunto com glicerol e água é misturada num dispositivo de mistura de rotor/estator (Ultra Turrax) a 50 °C a 15000 rpm durante 20 minutos. Subsequentemente, a mistura compreendendo MCT, F6H8 e alfa-tocoferol é dada à mistura aquosa e homogeneizada a 50 °C com um Ultra Turrax (tipo T 25 ex IKA) a 20000 rpm durante 20 minutos. A pré-emulsão obtida é subsequentemente adicionalmente homogeneizada num homogeneizador de elevada pressão (APV tipo 1000/2000) [cinco ciclos a 500 bar e subsequentemente a 60 bar]. A emulsão obtida é subsequentemente esterilizada a 121 °C durante 15 minutos numa autoclave.
Foi surpreendentemente descoberto que a emulsão do exemplo 6 mesmo a uma temperatura de armazenamento de 4 0 °C não alterou significativamente a estabilidade física mesmo após três meses (Fig. 4A). A Figura 4A mostra os resultados de teste da emulsão de acordo com o exemplo 6. A composição da emulsão do exemplo 6 foi usada para medições de MRI in vivo.
De modo a se verificar se as emulsões de F6H8/MCT podem ser visualizadas in vivo por meio de MRI e detetadas no tecido alvo foram realizados primeiros exames farmacocinéticos. A Figura 5 mostra Efeitos de Poça de sangue de um modo exemplar. A Figura 5 mostra a emulsão 6 de acordo com a invenção no coração como o tecido alvo na Poça de sangue. Reconstruções 3D exemplares da T2 TSE anatómica e as sequências 3D de 19F coloridas foram reconstruídas comummente num conjunto de dados a partir de um rato como um conjunto de dados total (A) e com o figado removido por computação (B). Na linha em baixo é mostrado o conjunto de dados completo 3D (C) com o coração como um detalhe ampliado (D).
Assim sendo pode ser mostrado que as emulsões de acordo com a invenção podem ser visualizadas in vivo no miocárdio. Adicionalmente foi examinada a representação de um enfarto em MRI. Os resultados são mostrados na seguinte Figura 6. A Figura 6 mostra: (A) Tórax de rato em secção transversal na região do miocárdio in vivo numa imagem de MRI ponderada em T2 (1,5 Tesla, Philips), que está sobreposta com a imagem de 19F (1H/19F) colorida, com a mesma geometria 24 h após a aplicação da emulsão de acordo com o Exemplo 6. (B) 0 miocárdio como um detalhe ampliado da imagem de 9H/19F, que mostra o enriquecimento do agente de contraste contendo flúor no nivel do enfarte do miocárdio, e o local de adesão entre o pericárdio e as costelas causado pela cirurgia. (C) Registo in situ do coração do rato, que mostra uma inflamação fortemente pronunciada do pericárdio (contorno verde) ao lado da área de enfarte.
Assim sendo pôde ser mostrado que o agente de contraste se torna enriquecido na área de enfarte. Adicionalmente, as imagens de MRI foram comparadas com as secções histológicas, o que é mostrado na Figura 7.
Figura 7: (A) Tórax de rato em secção transversal na região do miocárdio in vivo numa imagem de MRI ponderada em T2 (1,5 Tesla, Philips), que está sobreposta com a imagem 19F (1H/19F) colorida, com a mesma geometria 24 h após a aplicação da emulsão de acordo com o Exemplo 6. (B) 0 miocárdio como um detalhe ampliado da imagem de 9H/19F, que mostra o enriquecimento do agente de contraste contendo flúor no nivel do enfarte do miocárdio, e o local de adesão entre o pericárdio e as costelas causado pela cirurgia. (C) Coloração de HE de uma secção histológica de eixo curto [7 ym] exemplar do miocárdio de ratos com enfarte mostrada sob A. A área do miocárdio com enfarte é mostrada em azul na coloração de HE.
As emulsões foram testadas em dois modelos: o modelo de enfarte do miocárdio, a linha de tempo do qual é refletida na Fig. 8; e o modelo de miocardite, o tempo do qual é refletido na Fig. 9.
Indução do enfarte
Como animais foram usados ratos SD tendo um peso de 200 a 350 g.
Anestesia: Estes animais são sedados numa caixa de anestesia por inalação de isoflurano, e depois anestesiados por uma administração intramuscular. É para ser garantida anestesia que assegura ausência dor mesmo durante a anestesia. Portanto, os animais obtêm uma mistura de anestesia e analgesia com: 0,15 mg/kg de medetomidina + 0,05 mg/kg de fentanil + 2,0 mg/kg de midazolam i.m.; a antagonização é efetuada com 0,75 mg/kg de atipamezol + 0,12 mg/kg de naloxona + 0,2 mg/kg s.c. Devido às nossas experiências prévias com flunixina (2,5 mg/kg s.c.) deveremos empregá-la como uma preparação para a terapia de dor pós-operativa. Se a terapia falhar deveremos considerar uma modificação da terapia analgésica com buprenorfina (0,05 mg/kg s.c.).
Subsequentemente, o animal obtém uma administração de atropina i.m. durante a intubação subsequente para suporte da circulação e para proteção contra irritações vagais.
Agentes de contraste à base de flúor em doenças cardiovasculares:
Mesmo se o uso de medetomidina seja recomendável basicamente somente para animais com um sistema cardiovascular saudável tem de ser esperado em animais jovens saudáveis (as medidas cardiotorácicas planeadas são realizadas com animais tendo um peso corporal de cerca de 200 g) que o mecanismo de Frank-Starling não esteja ainda totalmente amadurecido. Portanto, a bradicardia mediada pela atividade central-antissimpaticotónica da medetomidina pode não ser suficientemente compensada por um aumento do volume sistólico. A administração de atropina causa um aumento do trabalho cardiaco. No entanto, a vasoconstrição desencadeada pela estimulação de recetores a2 periféricos não altera substancialmente o fluxo de sangue coronário (bem como cerebral e renal) , tal que uma carga cardíaca específica não é para ser assumida aqui, e o efeito cronotrópico da atropina para a situação global da circulação deve ser predominante. É portanto considerado que uma condição circulatória hipertensiva transiente deve ser bem tolerada, o que está de acordo com observações clínicas na fase pós-operativa. Adicionalmente tomar sempre a ligação coronária e o seu possível efeito (agudo) no desempenho de bombeamento do coração é tomado em consideração. No entanto, devido à complexidade da operação manual e à variância da anatomia coronária dos animais de teste, uma lei universal não pode ser formulada.
Os efeitos hipertensivos diminuem imediatamente após a antagonização pós-operativa da medetomidina, tal que a duração da hipertensão permaneça dentro de limites razoáveis e, acima de tudo, controlável.
Uma vez que os animais são entubados no contexto da medida operativa existem riscos de irritações vagais (com bradicardia consecutiva) por um lado, e de intubação complicada no caso de hipersalivação por outro; este último é também consistente com as nossas experiências. Estes riscos podem ser reduzidos por uma administração pré-operativa de atropina
Levando tudo em consideração foi encontrada uma indicação para a administração pré-operativa da atropina.
Após a etapa de tolerância ter começado, o rato é rapado e desinfetado no lado esquerdo. 0 rato é subsequentemente conectado à bomba de respiração, que é definida a uma frequência de 75-80 batidas por minuto e um volume corrente de 2,0 mL (para ratos pesando 200-250 g). É aconselhável conectar o animal à bomba de respiração tão tarde quanto possivel antes de a toracotomia ser iniciada, porque a respiração artificial significa sempre outra intervenção no organismo.
Após a bomba de respiração estar conectada, o tórax pode ser aberto com uma pinça curva ao nivel das 5a e 6a costelas. Isto deve ser feito com o máximo cuidado, porque o pulmão pode ser ferido facilmente deste modo. A cavidade torácica tem de ser aberta ao longo de um comprimento de cerca de 1,0 cm a 1,5 cm para que o afastador da ferida caiba. Logo que uma área de operação suficientemente grande tiver sido criada, opcionalmente por uma dissecção de tecido mole correspondente, o curso da artéria coronária sinistra tem de ser detetado. Ela tem origem a partir da aorta entre o tronco pulmonar e o apêndice atrial esquerdo, facilmente reconhecida por uma linha de gordura epicárdica. No entanto, a artéria coronária sinistra não pode ser frequentemente vista, ou somente parcialmente, porque os vasos coronários de ratos não correm superficialmente, mas dentro do miocárdio. O principal ramo da artéria coronária sinistra, o LAD (descendente anterior esquerdo), corre substancialmente em linha reta a partir da raiz aórtica até ao ápice do coração. Um dos ramos laterais proximais (Dl ou 02) do LAD é desligado por uma ligadura coronária. A sutura-ligadura do ramo lateral Dl ou 02 é efetuada por uma sutura de nó único. Uma oclusão do próprio LAF (proximal) causaria um cenário de enfarte demasiado estendido, que é somente raramente sobrevivido pelos animais. Subsequentemente, a caixa torácica é fechada em duas camadas (suturas das costelas e pele). As costelas são fechadas por duas ou três suturas de nó único. Os músculos do peito são meramente colocados uns em cima dos outros. A costura da pele é fechada por uma sutura de glover continua. 3 dias após a ligadura, as emulsões contendo fluorocarbono são administradas aos animais. Após 24 horas adicionais é realizada análise de MRI (ver Fig. 8). A todos os animais é dada analgesia a cada 12 horas ao longo da duração inteira do teste de 6 dias: flunixina (Finadyne) 2,5 mg/kg de massa corporal s.c.
Os dados gerais do desenvolvimento, tais como peso e compartimento, são adquiridos a partir de todos os animais duas vezes por semana.
Cirurgia de enfarte:
Estes animais são sedados numa caixa de anestesia por inalação de isoflurano, e depois anestesiados por administração intramuscular de uma solução mista de Domitor®/Dormicum® (0,3 mg de medetomidina e 4 mg de midazolam por kg de peso corporal) . Subsequentemente, os animais obtêm uma administração de atropina (0,01 mg de atropina por kg de massa corporal, s.c.) durante a intubação subsequente para suporte da circulação e para proteção contra irritações vagais.
Exames de MRI:
Estes animais obtêm exclusivamente uma anestesia por inalação (oxigénio + isoflurano a 2,0%). Este último é bem tolerável, e os animais não têm fase de despertar longa posteriormente.
Enquanto sob anestesia foram administrados aos animais os agentes de contraste à base de flúor através da veia da cauda.
Modelo de inflamação do miocárdio:
Todos os animais obtêm uma administração i.v. de doxorrubicina ou solução salina isotónica uma vez por semana ao longo de um período de 6 semanas consecutivas. Cada administração é efetuada sob anestesia geral. Uma semana após a última administração, os animais são administrados com a emulsão da invenção. 24 horas mais tarde, a análise de MRI é realizada. A emulsão de acordo com o Exemplo 6 foi modificada na medida em que o emulsif icante foi substituído por um fosfolípido peguilado. Foi descoberto que a opsonização das gotículas de emulsão é significativamente reduzida. Devido a este efeito era esperado que a quantidade de composto de fluorocarbono (F6H8) na área de inflamação estivesse abaixo do limite de deteção. No entanto foi surpreendentemente descoberto que a miocardite poderia mesmo ser visualizada o que é mostrado na Fig. 11.
Nos dias de exame na MRI, os animais obtêm uma anestesia por inalação (mistura de isoflurano e oxigénio de 1,5%-2,5%) . Adicionalmente é administrada aos animais uma dose dos compostos de agente de contraste à base de flúor através da veia da cauda durante o exame dependendo do grupo ao qual pertencem. Após o último exame de MRI, o respetivo animal é sacrificado pelo proporcionar de sobredose de isoflurano, e os órgãos são subsequentemente removidos.
Todos os animais obtêm adicionalmente uma analgesia. Para este propósito é empregue paracetamol AL, porque tem somente um pequeno efeito anti-inflamatório. Os animais obtêm o paracetamol através da água de beber a uma dosagem de 150 mg/kg de peso corporal ao longo do periodo experimental inteiro.
Os dados gerais de desenvolvimento, tais como peso e comportamento, são adquiridos diariamente a partir de todos os animais.
Indução da miocardite:
Os animais obtêm exclusivamente uma anestesia por inalação (oxigénio + isoflurano a 2,0% + gás hilariante) . Este último é bem tolerável e não leva a uma fase de despertar prolongada. Com o inicio da anestesia, os animais obtêm uma analgesia correspondente.
Exames de MRI:
Os animais obtêm exclusivamente uma anestesia por inalação (oxigénio + isoflurano a 2,0%). Este último é bem tolerável e não leva a uma fase de despertar prolongada. Enquanto sob anestesia é administrado aos animais um agente de contraste à base de flúor através da veia da cauda.
Os resultados de MR de um enfarte de um animal tratado com a composição do Exemplo 6 são refletidos na Fig. 10 e de uma miocardite em que o animal é tratado com uma emulsão como descrito no Exemplo 6 com a exceção de que o emulsificante é substituído por um fosfolipido peguilado são refletidos na Fig. 11.
Lisboa, 20 de fevereiro de 2017

Claims (15)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Emulsão aquosa compreendendo: a) um composto semifluorado da fórmula I: CF3-CCF2VCCH2)y-€H3 (I) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10, b) um triglicerídeo que é miscível com o composto semifluorado a 20 °C; e c) um emulsificante.
  2. 2. Emulsão, de acordo com a reivindicação 1, em que o composto semifluorado é perfluorohexiloctano (F6H8) e/ou perfluorobutilpentano (F4H5).
  3. 3. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações precedentes, em que a quantidade do composto de carbonos semifluorados a) e do triglicerídeo b), que é preferencialmente um triglicerídeo de cadeia média, varia de 5 a 40% por p, preferencialmente 10 a 30% por p, especialmente 15 a 25% por p, com base no peso total da emulsão.
  4. 4. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações precedentes, em que a razão de pesos do composto de carbonos semifluorados a) em relação ao triglicerídeo b) , que é preferencialmente um triglicerídeo de cadeia média (MCT), varia de 1:20 a 1:0,20, preferencialmente 1:15 a 1:0,25, mais preferencialmente 1:10 a 1:0,30, adicionalmente preferencialmente 1:4 a 1:0,35, especialmente 1:2 a 1:0,4.
  5. 5. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações precedentes, para uso como um agente de contraste ou agente de intensificação do contraste.
  6. 6. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações precedentes, para uso como um agente de intensificação do contraste ou agente de contraste para a deteção de diagnóstico, por meio de um procedimento de imagiologia utilizando técnicas de MR.
  7. 7. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 5, para uso na deteção de diagnóstico, por meio de um procedimento de imagiologia, de processos inflamatórios selecionados do grupo consistindo em reação inflamatória periférica a enfartes tais como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral; inflamação de órgãos, tal como miocardite, encefalite, meningite; esclerose múltipla; inflamação do trato gastrointestinal, tal como doença de Crohn; inflamação dos vasos, tal como arteriosclerose, em particular placas vulneráveis; deteção de abcessos e também artrite, em que o processo de imagiologia é baseado na medição da ressonância nuclear magnética do isótopo 19F.
  8. 8. Emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 5, para uso na deteção de diagnóstico, com base em procedimentos de imagiologia não invasivos do sistema cardiovascular, incluindo o miocárdio, artérias e veias; reações inflamatórias ocorrendo em processos de doença como enfarte do miocárdio, miocardite, aterosclerose e trombose levando a processos inflamatórios e degenerativos da vasculatura encontrados em neurologia tais como acidente vascular cerebral ou tumor; pulmologia tal como trombose, inflamação, sarcoidose; gastroenterologia tal como tumor, doenças inflamatórias do intestino tal como doença de Crohn; e reumatologia tal como doenças autoimunes dos vasos tais como arterite de Takayasu.
  9. 9. Uso da emulsão, de acordo com as reivindicações 1 a 5, num procedimento de imagiologia de ressonância magnética.
  10. 10. Método para o fabrico da emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 8, compreendendo os passos de: a) preparação de uma mistura por mistura de - um composto semifluorado da fórmula I: CF3-(eF2)s4CH2)rCH3 (I) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10, um triglicerídeo que é miscível com o composto semifluorado a 20 °C, - um emulsificante; e - água b) homogeneização da mistura obtida no passo a); e c) esterilização opcional da emulsão.
  11. 11. Método de acordo com a reivindicação 10, compreendendo os seguintes passos: a) preparação de uma mistura por a-1) preparação de uma mistura compreendendo água e um emulsificante, a-2) preparação de uma mistura homogénea compreendendo o composto semifluorado e o triglicerídeo, a-3) combinação da mistura obtida no passo a-1) com a mistura obtida no passo a-2); e b) homogeneização da mistura obtida no passo a) , preferencialmente homogeneização da mistura obtida no passo a) com um homogeneizador de elevada pressão.
  12. 12. Método para operação de um tomógrafo de ressonância magnética para a deteção de um composto semifluorado da fórmula I: cf3-{cf2mch2^ch3 (i) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10, numa emulsão como definida numa ou mais das reivindicações 1 a 8, o método compreendendo os passos do método: - emissão de um campo magnético alternado, - deteção de uma absorção do campo magnético emitido por uma amostra a ser examinada, caracterizada por a frequência do campo magnético alternado estar entre H • 40,05650 MHz/T e H · 40,06150 MHz/T, sendo H a força do campo magnético em Tesla.
  13. 13. Método para deteção, numa amostra a ser examinada, de um composto semifluorado da fórmula I: CF3-CCF2)x-CCH2V'£H3 (I) em que x é um número inteiro variando de 1 a 8 e y é um número inteiro variando de 2 a 10 numa emulsão, de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 8, o método compreendendo os seguintes passos do método: - emissão de um campo magnético alternado, - deteção de uma absorção do campo magnético emitido por uma amostra a ser examinada, caracterizada pelos seguintes passos do método: - sobreposição de pelo menos uma imagem de protões de flúor 19F sobre uma imagem de protões de 9H, por meio do que a imagem dos protões de 9H é exibida como uma imagem de escala de cinzento e a imagem dos protões de flúor 19F é exibida usando um gradiente de cor, uma extremidade deste gradiente de cor indicando uma baixa concentração de 19F e a outra extremidade deste gradiente de cor indicando uma elevada concentração de 19F.
  14. 14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelos seguintes passos do método: - eliminação de sinais de perturbação gerados por protões de flúor 19F, numa segunda amostra a não ser examinada, pelos seguintes passos do método: - comparação do valor para a concentração de flúor num primeiro pixel com valores de todos os pixels no espaço tridimensional à volta deste primeiro pixel, por meio do que, se a diferença entre os valores para a concentração de flúor de dois pixels adjacentes se encontrar abaixo de um limiar, estes dois pixels são considerados como pertencendo a um agrupamento de pixels, - remoção deste agrupamento de perturbação de pixels da imagem obtida, se o agrupamento não representar a amostra a ser examinada.
  15. 15. Método compreendendo a aquisição de procedimentos de imagiologia não invasivos de um paciente, ao qual a emulsão de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 8 foi previamente administrada de modo a dissolvê-la na corrente sanguínea do paciente.
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