PT2655290T - Acelerador de endurecimento para hidratação de gesso - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "ACELERADOR DE ENDURECIMENTO PARA HIDRATAÇÃO DE GESSO"
Esta invenção relaciona-se com um aditivo acelerador para a hidratação de gesso. Mais especificamente, relaciona-se com um aditivo acelerador que reduz o periodo inicial de indução que retarda o endurecimento do gesso. 0 gesso acabado de extrair é conhecido como "landplaster". É um minério que inclui sulfato de cálcio di-hidratado e também é conhecido como gesso, "plaster" ou terra alba. Em muitos depósitos o gesso inclui até 50% em peso de sulfato de cálcio di-hidratado. O sulfato de cálcio di-hidratado é calcinado a temperaturas superiores a 150°C para remover parte da água de hidratação, formando sulfato de cálcio hemi-hidratado, também conhecido como gesso calcinado, estuque, Gesso de Paris, sulfato de cálcio semi-hidratado ou silfato de cálcio meio-hidratado. Quando é adicionada água, o sulfato de cálcio hemi-hidratado cristaliza com a água, formando novamente o di-hidrato. Com o progresso da reação forma-se uma matriz de cristais entrelaçados de sulfato de cálcio di-hidratado, que endurece. A reação é representada pela fórmula:
São conhecidas muitas substâncias que aceleram a velocidade de hidratação do sulfato de cálcio hemi-hidratado. A duração do endurecimento é determinada por um de dois mecanismos. Existe um retardamento inicial no periodo de indução, enquanto são formados alguns cristais "iniciadores". Após este periodo de indução, a velocidade da reação aumenta até uma velocidade padrão. A maioria dos aceleradores aumentam a velocidade de hidratação. Por exemplo, a maioria dos compostos sulfato actuam como aceleradores de endurecimento de acordo com o principio de LeChatlier. Conhecem-se poucas substâncias que reduzam o periodo de indução. A mais bem conhecida destas é o sulfato de cálcio di-hidratado. 0 gesso extraido do subsolo é ineficaz como acelerador de endurecimento para reações de hidratação. A moagem de sulfato de cálcio di-hidratado expõe novos locais de nucleação que aceleram a fomação do gesso dihidratado. A exposição à humidade desativa os locais de nucleação num periodo que pode ser de poucas horas. Para preservar as superfícies ativas, conhece-se o tratamento do sulfato de cálcio di-hidratado mordo com um amido, tal como um açúcar, para evitar a oxidação. Quando adicionado a uma suspensão de gesso calcinado em água, o amido dissolve-se rapidamente, expondo os locais de cristais ativos. Os locais de cristais ativos funcionam como cristais "semente" que facilitam a formação de cristais de sulfato de cálcio dihidratado numa matriz entrelaçada. Exemplos de sulfato de cálcio revestido são HRA e CSA, descritos nas Patentes U.S. N°s. 2,078,199 e 3,573,947, respetivamente.
Outro acelerador conhecido é descrito na Patente U.S. N° . 6,409, 825. Este acelerador inclui sulfato de cálcio di-hidratado moido, em água, com pelo menos um aditivo selecionado do grupo que consiste em um composto fosfónico orgânico, um composto contendo fosfato ou misturas destes. Tal como no CSA e HRA, as partículas de gesso atuam acelerando a cristalização inicial durante as reações de hidratação. Este ecelerador particular exibe uma longevidade substancial e mantém a sua eficácia ao longo do tempo, de modo que o ecelerador húmido de gesso pode ser fabricado, armazenado e mesmo transportado semanas ou meses após a sua manufatura. O acelerador húmido de gesso é utilizado em quantidades variando desde cerca de 5 a cerca de 80 libras por mil pés quadrados (24,3 a 390 g/m2) de produto em placa. A WO 02/05861 AI revela uma composição injetável para um material mineral substituto do osso, em que um primeiro componente da reação compreendendo sulfato de cálcio hemi-hidratado, um segundo componente da reação compreendendo fosfato de cálcio e um acelerador são proporcionados como pó seco. O pó seco é misturado com um liquido aquoso para a reação.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção relaciona-se com uma suspensão de gesso de acordo com a reivindicação 1 e com um método de fabrico de um artigo de gesso de acordo com a reivindicação 6. Outras realizações são matéria das reivindicações dependentes. Todas as realizações descritas neste pedido e gue não estejam de acordo com o âmbito de proteção das reivindicações, são, por isso, excluídas da presente invenção.
Numa primeira realização da invenção, uma suspensão ou pasta de brushite é combinada com sulfato de cálcio hemi-hidratado para formar uma suspensão de gesso. A brushite comporta-se de modo semelhante ao sulfato de cálcio hemi-hidratado por atuar como semeador de cristais e iniciar rapidamente a cristalização. Verificou-se, com surpresa, gue a suspensão de brushite não se degrada com o tempo ou com a humidade, como sucede com o sulfato de cálcio hemi-hidratado. Assim, a brushite não necessita da adição de um revestimento para manter a sua atividade ao longo do tempo, em comparação com os aceleradores de endurecimento do sulfato de cálcio hemi-hidratado.
Outro resultado surpreendente desta invenção consiste em a brushite sob a forma de suspensão atuar como um acelerador de endurecimento. Geralmente, os fosfatos e fosfonatos são conhecidos como fortes retardadores do endurecimento para as reações de hidratação do gesso. A brushite em pó não atua como ecelerador de endurecimento. Não se esperava que uma suspensão de brushite fosse um acelerador tão eficaz.
Este acelerador de endurecimento também difere dos outros aceleradores de endurecimento por não serem necessários outros aditivos nem para iniciar nem para manter a eficácia do produto. Uma vez na forma de uma pasta ou suspensão aquosa, a atividade da suspensão de brushite mantem-se durante semanas. Isto reduz do acelerador de endurecimento, em comparação com outos aceleradores de endurecimento sólidos conhecidos, que necessitam de aditivos.
Um produto com base em gesso, obtido com utilização de brushite húmida como acelerador de endurecimento, constitui uma segunda realização. 0 produto possui as moléculas de brushite integradas como parte da matriz de sulfato de cálcio di-hidratado e está distribuído uniformemente pela matriz. Quando é utilizado sulfato de cálcio di-hidratado revestido como agente semeador, está presente no produto um residuo do amido adicionado. Não são utilizados aditivos com a brushite, formando o produto de gesso com menos interrupções na matriz de cristais.
Um método de fabrico da suspensão contendo brushite constitui uma terceira realização desta invenção. 0 método inclui a moagem de brushite em água. A brushite húmida é combinada com sulfato de cálcio hemi-hidratado e água para formar uma suspensão de gesso. É formado um produto a partir da suspensão de gesso e deixa-se endurecer. É obtido um acelerador de endurecimento comparável sem o passo de co-moagem da brushite sólida com um amido ou formação de um seu revestimento. A brushite é útil em produtos onde são utilizados outros aceleradores de endurecimento.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Um componente principal da suspensão de gesso é o sulfato de cálcio hemi-hidratado. 0 sulfato de cálcio hemi-hidratado produz pelo menos duas formas cristalinas , dependendo do método de calcinação. 0 gesso calcinado alfa é obtido por um processo continuo, ou processo de minério em blocos, em que o sulfato de cálcio di-hidratado é calcinado sob pressão. 0 gesso calcinado alfa forma cristais menos aciculares do que o gesso calcinado beta, permitindo que os cristais fiquem mais próximos, formando um gesso mais denso e mais forte. A morfologia dos cristais permite que a água flua facilmente por entre os cristais, necessitando de menos água para formar uma suspensão fluida de gesso. Os cristais mais alongados são caraterísticos do gesso calcinado beta. Esta estrutura cristalina resulta um produto menos denso porque os cristais estão dispostos de forma menos compacta. A forma beta também necessita de mais água para fluidificar o gesso calcinado. Em aplicações onde a dureza é importante, é geralmente preferido o gesso calcinado alfa, apesar do seu preço mais elevado e disponibilidade limitada.
Quando se escolhe um gesso calcinado para uma aplicação, é gesso calcinado beta é frequentemente selecionado, devido à sua disponibilidade e preço reduzido. Porque o gesso calcinado beta também é mais vulgar pode acarretar custos mais reduzidos de transporte e armazenamento, do que a forma alfa. Contudo, a estrutura dos cristais torna difícil obter-se um gesso forte e denso porque é necessária mais água para produzir uma suspensão de gesso com uma dada fluidez. Quando o gesso seca, os vazios que foram ocupados pela água permanecem na matriz cristalina, enfraquecendo-a e produzindo um produto possuindo menos resistência do que a do gesso feito com quantidades menores de água. Uma suspensão de gesso com pouca água, tal como a que é obtida com o gesso calcinado alfa, é particularmente útil numa aplicação, como a regularização de pavimentos, onde a resistência é importante. Quando o custo do produto deve ser minimizado, é frequentemente selecionado o gesso calcinado beta. A presença de sulfato de cálcio anidro, como uma parte menor do sulfato de cálcio hemi-hidratado, também é contemplado nesta invenção.
Ainda outra forma cristalina que é útil é o gesso sintético. 0 gesso sintético é um subproduto da dessulfurização dos efluentes gasosos em centrais elétricas alimentadas a carvão. Pode ser utilizado intercambiado com gesso natural, em algumas aplicações. A menos que especificado de outro modo, a referência "sulfato de cálcio hemi-hidratado" pretende incluir o gesso calcinado alfa, o gesso calcinado beta, gesso sintético, sulfato de cálcio anidro ou combinações destes. 0 sulfato de cálcio hemi-hidratado forma desde cerca de 50% a cerca de 99% dos componentes secos, em peso, da suspensão de gesso. Em algumas realizações, o sulfato de cálcio hemi-hidratado forma desde cerca de 70% a cerca de 98% em peso, dos componentes secos.
Outro dos componentes da suspensão é uma suspensão de brushite. A brushite é um hidrofosfato de cálcio (CaHP04-2H20) , um mineral de ocorrência natural, também conhecido como fosfato dicálcico di-hidratado. Verificou-se que a brushite húmida era útil como acelerador de endurecimento em suspensões de gesso. Enquanto que a maioria dos aceleradores de endurecimento aumenta a velocidade de reação depois desta se iniciar, a brushite húmida, na forma de uma pasta ou suspensão, atua reduzindo o tempo de indução, que é o periodo entre a adição do catalisador e a ocasião em que se inicia uma reação visivel. No caso de gesso calcinado a hidratação é uma reação exotérmica. A duração da reação de hidratação é frequentemente medida em termos de aumento da temperatura da suspensão de gesso. A temperatura da suspensão de gesso começa a subir mais rapidamente quando é utilizada uma suspensão de brushite como acelerador de endurecimento. Apesar de não se pretender seguir uma teoria, julga-se que a suspensão de brushite atua formando cristais semente para formação do sulfato de cálcio di-hidratado. No produto endurecido, os cristais de brushite e a água que a transportava torna-se parte integral da matriz de cristais de sulfato de cálcio di-hidratado, distribuindo-se uniformemente pelo produto.
Ao contrário de outros aceleradores de endurecimento, a suspensão de brushite não perde potência ao longo do tempo. Os locais ativos sobre o cristal de brushite, que catalisam a hidratação do gesso calcinado não se deterioram ao longo de periodos de semanas. Verificou-se que a brushite envelhecida em suspensão era tão eficaz como uma suspensão de brushite recém-moida, sem tratamento. A suspensão de brushite envelhecida durante mais de 24 horas é mais vantajosa que o sulfato de cálcio di-hidratado, dado que não necessita de revestimento para manter a sua capacidade para formar cristais semente. 0 acelerador húmido de brushite é preparado por moagem húmida de brushite por qualquer método adequado. Em algumas realizações a brushite tem um tamanho de partículas inferior a 40 microns. Se necessário, é morda até se conseguir um tamanho de partículas desde cerca de 1 micron a cerca de 20 microns. Um método preferido de moagem é num moinho de bolas. O meio de moagem (bolas) é maior e mais denso do que as partículas iniciais de brushite, para uma moagem óptima. Numa realização, 50 gramas de brushite são moídas com 34 bolas, em presença de 60 cc de água. É obtida uma pasta satisfatória de brushite em 45 minutos.
As quantidades relativas de água e brushite podem situar-se em qualquer relação adequada. Quando é utilizada a moagem húmida. A quantidade de água é a necessária para permitir que ocorra a moagem húmida. A água em excesso da necessária para moagem deve ser minimizada, para reduzir o custo de armazenagem e transporte do acelerador. Em algumas realizações preferidas, a brushite moída forma uma pasta ou suspensão espessa. A inclusão de água em excesso não afeta a eficácia do produto, de modo que pode ser produzido um acelerador menos viscoso, onde a quantidade ou peso da água não constitui problema. Algumas realizações utilizam água em quantidades de pelo menos 40% em peso da suspensão de brushite. A suspensão de brushite é utilizada para catalisar a hidratação de uma suspensão de gesso, em quantidades para proporcionar desde cerca de 0,015% a ceca de 2% de brushite seca, com base no peso de sulfato de cálcio hemi-hidratado, seco. Em algumas realizações, a suspensão de brushite é utilizada em quantidades de cerca de 0,1% a cerca de 1%, na mesma base. A quantidade exata a ser selecionada depende de diversos fatores. A origem do gesso calcinado afeta a velocidade de endurecimento, dado que algumas impurezas atuam como aceleradores ou retardantes do endurecimento. As condições do processo também devem ser consideradas quando se escolhe a quantidade de acelerador de endurecimento. Na manufatura de produtos de gesso em placa, a quantidade de acelerador de endurecimento é selecionada para se atingir um grau desejado de secagem no corte. Numa linha de manufatura de alta velocidade a placa de gesso tem, por exemplo, entre 40% e 45% de endurecimento quando atinge a zona de corte. O produto pode possuir um endurecimento tão elevado como 60% a zona de corte, numa unidade de baixa velocidade. Se a mistura de gesso tem demasiado acelerador, pode resultar na cristalização do di-hidrato no equipamento de mistura. Pouco acelerador conduz ao abrandamento da linha de produção, de modo a que o produto esteja suficientemente solidificado para ser manejado ou cortado. As quantidades de aceleradores de endurecimento ou de retardantes do endurecimento podem ter de ser ajustados para equilibrar estes fatores.
Também é contemplado que a suspensão de brushite possa ser utilizada em combinação com outros aceleradores de endurecimento. Dado que a brushite reduz o periodo de indução, em algumas realizações é utilizada com aceleradores de endurecimento que aumentai a velocidade de hidratação, tornando mais rápidos ambos os aspetos do mecanismo de reação. Sabe-se que muitos aceleradores de endurecimento influenciam a velocidade da reação de hidratação. Estes aceleradores incluem, mas não se limitam, a ácidos, compostos sulfato, incluindo sulfato de aluminio, potassa e bissulfato de sódio e outros do mesmo tipo. Outras realizações da invenção combinam a suspensão de brushite com outros compostos que reduzem o periodo de indução. Como discutido acima, o sulfato de cálcio di-hidratado, também conhecido como "landplaster", é bem conhecido como acelerador de endurecimento. 0 "landplaster" recém mordo é útil como um acelerador adicional, assim como o "landplaster" mordo, revestido com açúcar ou outro amido ou o acelerador húmido de gesso acima descrito.
Preparou-se uma suspensão de gesso, combinando a suspensão de brushite, sulfato de cálcio hemi-hidratado e água. Apesar de a brushite ser mais eficaz quando a suspensão de brushite e o gesso calcinado são adicionados ao mesmo tempo, a suspensão de brushite pode ser adicionada em qualquer ocasião, desde antes de o gesso calcinado ser adicionado à água medida, até depois de a suspensão de gesso ser descarregada do misturador. Antes da preparação da suspensão de gesso, a suspensão de brushite é frequentemente combinada com outros ingredientes húmidos para formar uma mistura de componentes secos. De modo a exibir uma aceleração do endurecimento, a suspensão de brushite é adicionada à suspensão de gesso antes do periodo de indução para se completar a reação de hidratação. Por exemplo, pode ser adicionada à água do processo antes, simultaneamente ou depois da adição de outros produtos componentes. A brushite, alternativamente, é adicionada à suspensão de gesso separadamente dos outros componentes. Na manufatura de painéis de gesso é desejável ter o produto com um endurecimento de 50% na faca onde os painéis são cortados. O local de adição da brushite é, opcionalmente, utilizado para controlar a extensão da reação. A quantidade de acelerador de endurecimento pode também ser aumentada ou diminuída para se conseguir o grau desejado de endurecimento.
Outros componentes aditivos secos são selecionados dependendo da natureza do produto desejado. Em muitos casos não é necessário misturar cuidadosamente os ingredientes secos. A adição dos ingredientes secos medidos, tal como com um saco de descarga, é suficiente para assegurar que os ingredientes secos são todos expostos à água, substancialmente ao mesmo tempo. A suspensão de gesso é transformada num produto por qualquer meio conhecido na arte. Para pavimentação, a suspensão de gesso é vertida diretamente numa área preparada, onde é desejado o pavimento. Podem ser fabricados painéis estruturais vertendo a suspensão de gesso sobre um material de suporte, moldando a suspensão de gesso ou por feltragem de uma suspensão de gesso e fibras.
Em todos os produtos obtidos com a suspensão de gesso, a brushite é incorporada na matriz entrelaçada de partículas de gesso e distribuída por todo o produto.
Nos exemplos abaixo foram testados cubos de agregados com duas polegadas, quanto à densidade e resistência à compressão. Prepararam-se os moldes dos cubos selando o fundo do molde com geleia de petróleo para evitar vazamentos e lubrificou-se o molde um um agente desmoldante aprovado, como o WD-40. 0 material das amostras foi vertido pela aresta dos cubos até ficarem cheios até aproximadamente Ή. Utilizando uma pequena espátula, o material da amostra foi vigorosamente agitado, de aresta a aresta, durante 3-5 segundos, eliminando todas as bolhas no cubo.
Os cubos foram depois cheios até ligeiramente acima do bordo e o material de amostragem restante foi vertido numa taça para testes adicionais. 0 excesso da amostra foi removido dos cubos de amostra 10 minutos após a secagem Vicat e removeram-se cuidadosamente os cubos dos moldes. Colocaram-se, até ao dia seguinte, numa estufa com ventilação, a 110°F (43°C) ou até se obter constância de peso. A densidade das amostras foi determinada pesando um número de cubos secos e aplicando a fórmula:
Densidade (lb/ft3; 1 lb/ft3 = 16 kg/m3) = (Peso dos Cubos * 0,47589) e numero de cubos
Os cubos de agregado foram utilizados para testar a resistência à compressão utilizando uma máquina de testes de compressão. Os cubos foram colocados entre dois pratos. Foi aplicada força aos cubos conforme os pratos eram empurrados. A máquina registou as libras de força necessárias para esmagar o cubo. A força total, em libras, foi convertida para libras por polegada quadrada (psi; 1 psi = 0,07 kg/cm2) , por divisão pela área de superfície da amostra, neste caso, 4 polegadas2 (10,16 cm2). EXEMPLO 1
Estudou-se a aceleração de endurecimento de DCPDH, utilizando um estudo de aumento de temperatura. Quando ocorre a aceleração do endurecimento para formar a matriz de cristais di-hidratados, a temperatura da suspensão de gesso sobe devido à geração de calor durante a cristalização. As temperaturas são indicadas em °C (°F). A velocidade da reação exotérmica da DCPDH na suspensão de gesso do Exemplo 1 foi determinada utilizando um Temperature Rise System (TRS) . A unidade de TRS é um detetor eletrónico que mediu o calor libertado a partir da reação exotérmica de hidratação do sulfato de cálcio hemi-hidratado em sulfato de cálcio di-hidratado. Cada amostra continha 250 gramas de suspensão de gesso que tinha sido embebida duramte 10 segundos e manualmente misturada durante 10 segundos. O sensor foi colocado numa taça onde se verteu a mistura. Esta taça foi colocada num ambiente de temperatura quase-estável (recipiente de "Styrofoam"). Os dados de temperatura foram recolhidos por um sistema informatizado de aquisição de dados. Os dados recolhidos são mostrados na Tabela 2, abaixo: TABELA 2
Aumento de Temperaturas em Aceleradores Sólidos de
Endurecimento
Tempo CSA HRA DCPDH DCPDH
Fresco Envelhecido 0,2__24,0 (75,2) 24,0 (75,2) 23,7 (74, 6) 23, 0 (73,4) 0,3__23, 9 (75, 1) 24,1 (75,4) 23, 8 (74, 8) 23,5 (74,3) 0,4__24,0 (75,2) 24,2 (75, 6) 23, 8 (74, 9) 23,7 (74,7) 0,5__24,1 (75,3) 24,3 (75,8) 23, 9 (75, 1) 24,0 (75,2) 0, 6__24,1 (75,4) 24,4 (76, 0) 24,0 (75,2) 24,1 (75,3) 0,7__24,2 (75,5) 24,5 (76, 1) 24,1 (75,3) 24,2 (75,5) 0,8__24,2 (75,5) 24, 6 (76, 3) 24,1 (75,4) 24,3 (75,7) 0, 9__24,3 (75,7) 24,7 (76, 5) 24,2 (75, 6) 24,4 (76, 0) 1.0 __24,3 (75, 8) 24,8 (76, 7) 24,3 (75, 8) 24,5 (76, 1) 1.1 __24,4 (75, 9) 24, 9 (76, 9) 24,4 (75, 9) 24, 6 (76, 3) 1.2 __24,4 (76, 0) 25, 0 (77,0) 24,4 (76, 0) 24,7 (76, 5) 1.3 __24,5 (76, 1) 25, 1 (77,2) 24, 6 (76, 2) 24,8 (76, 6) 1.4 __24, 6 (76, 3) 25,3 (77, 6) 24,7 (76, 5) 24, 9 (76, 9) 1.5 __24,7 (76, 5) 24,4 (77, 8) 24,8 (76, 7) 25, 1 (77, 1) 1, 6__24,8 (76, 6) 25, 6 (78,0) 24, 9 (76, 8) 25,3 (77,3) 1.7 __24,8 (76, 7) 25,7 (78,2) 25, 0 (77, 0) 25,3 (77,5) 1.8 | 24, 9 (76, 9) 25, 8 (78,5) | 25, 1 (77,2) | 25, 4 (77,7) 1, 9__25, 1 (77,2) 26, 1 (79, 0) 25,3 (77, 6) 25, 6 (78, 1) 2.0 __25,2 (77,4) 26, 2 (79,2) 24,4 (77, 8) 25,7 (78,3) 2.1 __25,3 (77,5) 26, 4 (79, 5) 25, 6 (78, 1) 25, 8 (78,5) 2.2 __25,4 (77,7) 26, 6 (79, 8) 25,7 (78,3) 26, 0 (78, 8) 2.3 __25, 6 (78, 1) 26, 9 (80,5) 26, 0 (78, 8) 26, 3 (79, 3) 2.4 | 25, 7 (78,3) 26, 9 (80,5) | 26, 1 (79, 0) | 26, 4 (79, 6)
Esta tabela demonstra o aumento inicial de temperatura que é obtido com a suspensão de brushite como acelerador de endurecimento. Em comparação com CSA ou HRA, a brushite proporciona uma perfil semelhante de aumento de temperatura. Isto prova que a DCPDH (brushite) acelera as reaçõs de hidratação pelo mesmo mecanismo, isto é, por formação de cristais semente e redução do periodo de indução. A atividade de brushite recém morda (DCPDH Fresca) e de uma suspensão de brushite que foi morda mais de 48 horas após a preparação (DCPDH Envelhecida) , também foi comparada. Não existem diferenças significativas nos perfis de aumento de temperatura entre as suspensões de brushite fresca e envelhecida. Contudo, é do conhecimento geral que o gesso envelhecido perde a sua eficácia como acelerador de endurecimento. EXEMPLO 2
Prepararam-se CSA e HRA com um revestimento de 5% em peso de açúcar, como descrito acima. Preparou-se o fosfato dicálcico di-hidratado ("DCPDH") mordo por moagem de 50 gramas de fosfato dicálcico di-hidratado com 60 cc de água, num moinho de bolas, com 34 bolas, durante 45 minutos. O DCPDH mordo não possuia revestimento protetor. Combinaram-se amostras de 500 g de estuque de Detroit com os aceleradores de endurecimento mostrados na Tabela 1 e com 700 gramas de água para formar uma suspensão de gesso. A quantidade de suspensão de brushite na Fórmula 3 foi escolhida para incluir 2,5 gramas de sólidos na suspensão de gesso. Prepararam-se e testaram-se três amostras de cada composição. Cada amostra é reportada na tabela abaixo, conjuntamente com os valores médios para cada amostra. TABELA 1
Este exemplo mostra que a resistência à compressão do produto obtido com DCPDH é comparável à dos gessos para revestimento CSA ou HRA.
Apesar de ter sido mostrada e descrita uma realização particular de acelerador de endurecimento para hidratação de gesso, será tomado em consideração pelos técnicos da matéria que podem ser efetuadas alterações e modificações sem que se afastem da invenção, nos seus aspetos latos e como estabelecido nas reivindicações que se seguem.
Lisboa, 19 de setembro de 2017
Claims (6)
- REIVINDICAÇÕES1. Suspensão de gesso compreendendo: Sulfato de cálcio hemi-hidratado; e Um acelerador de endurecimento, em que o acelerador de endurecimento é uma suspensão de brushite moída e água e em que a brushite moída está presente em quantidades de 0,015% a 2% em peso de brushite seca, com base no peso de sulfato de cálcio hemi-hidratado seco.
- 2. Suspensão de gesso da reivindicação 1, em que a suspensão de brushite referida é envelhecida mais de 24 horas, antes da suspensão de brushite referida ser moída.
- 3. Suspensão de gesso da reivindicação 1, em que a referida suspensão de gesso compreende pelo menos um acelerador ou retardante de velocidade de hidratação.
- 4. Suspensão de gesso da reivindicação 1, em que a brushite moída referida não é revestida.
- 5. Produto de gesso, compreendendo: Uma matriz de cristais de sulfato de cálcio di-hidratado com Cristais de brushite moida, distribuídos uniformemente pela matriz referida, em que a brushite moída referida está presente em quantidades de 0,015% a 2% em peso de brushite seca, com base no peso de sulfato de cálcio hemi-hidratado presente.
- 6. Método para obtenção de um artigo em gesso, compreendendo o método: Obtenção de uma suspensão de brushite moída com água em quantidades que atinjam de 0,015% a 2% em peso de brushite moída seca, com base no peso de sulfato de cálcio hemi-hidratado seco; Mistura da suspensão de brushite, sulfato de cálcio hemi-hidratado e água, para formar uma suspensão de gesso; Formação de um produto a partir da suspensão de gesso referida; e Permitir o endurecimento da suspensão de gesso. Lisboa, 19 de Setembro de 2017 REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento da patente europeia. Ainda que tenha sido tomado o devido cuidado ao compilar as referências, podem não estar excluídos erros ou omissões e o IEP declina quaisquer responsabilidades a esse respeito. Documentos de patentes citadas na Descrição * US 2078199 A * US 6409825 B * US 3573947 A » WQ 0205881 AI
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