PT1972719T - Disposição com uma laje de betão estrutural prefabricado e um processo para instalar a mesma - Google Patents

Disposição com uma laje de betão estrutural prefabricado e um processo para instalar a mesma Download PDF

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PT1972719T
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Albajar Molera Luis
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Aftrav (Asociacion De Fabricantes De Traviesas Para Ferrocarril)
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    • EFIXED CONSTRUCTIONS
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Description

DESCRIÇÃO
DISPOSIÇÃO COM DMA LAJE DE BETÃO ESTRUTURAL PREFABRICADO E UM
PROCESSO PARA INSTALAR A MESMA
Campo da invenção A presente invenção refere-se a uma laje de betão estrutural prefabricada e ao processo de instalação da mesma, sendo a dita laje do tipo que suporta os carris nos quais circulam os vagões ferroviários e tendo na sua face ou superfície inferior uma camada de elastómero, de preferência de aglomerado de borracha, fixada de forma descontínua na laje, com a dita camada de elastómero unida ao substrato para suportar a laje, de forma a criar lajes independentes.
Estado da arte anterior
Os sistemas de via assente em laje são formados geralmente por uma laje de betão reforçado ou pré-esforçado na qual estão dispostos os sistemas de fixação do carril por onde circulam os vagões ferroviários.
No estado da técnica existem diferentes sistemas de via assente em laje prefabricada conhecidos, que têm uma laje prefabricada independente das lajes adjacentes com uma forma consideravelmente prismática e feita de betão reforçado ou pré-esforçado e uma camada de material de baixa rigidez ou uma camada elástica (de elastómero, cimento asfáltico, etc.) posicionada entre a laje prefabricada e o substrato da via (normalmente betão, conforme ilustrado nas patentes EP 1 045 069 Α2, ΕΡ Ο 516 612 Al, DE 28 57 105 Ai ou DE 100 18 112 Al) . Os elementos de ancoragem incorporados no substrato e alojados nas cavidades geometricamente idênticas feitas na laje são usados para ancorar entre o substrato e a laje prefabricada. A finalidade da camada elástica é principalmente reduzir a rigidez vertical da unidade formada pela via, pela fixação da laje da via e pelo substrato, em comparação com a via tradicional com travessas e balastro. Outra finalidade é reduzir igualmente o desgaste causado pelo atrito da superfície de contacto que existe entre o substrato, quando é feito de betão, e a laje de betão prefabricada. Este desgaste deve-se à transmissão de forças para o substrato com as travagens e as acelerações longitudinais e centrífugas.
As mais importantes forças ou ações longitudinais horizontais nestes sistemas têm origem em, para além do tráfego ferroviário indicado previamente, deformações do betão (contração e fluência) variáveis temporalmente e em variações térmicas temporais. As deformações referidas são diferentes no substrato e na laje prefabricada, o que causa esforços capazes de fissurar o betão da laje se, devido à união, o substrato restringir o encolhimento desimpedido da laje prefabricada.
Existem duas grandes soluções para prevenir ou limitar esta restrição. A primeira solução consiste em posicionar por injeção uma camada de vários centímetros de cimento e argamassa asfáltica ou de outro tipo de argamassa flexível entre a laje prefabricada (já posicionada) e o substrato já endurecido antes de posicionar as lajes da via. Esta solução apresenta uma flexibilidade horizontal e vertical considerável, bem como uma união limitada aos dois betões que endureceram muito antes da aplicação, pelo que a restrição das diferenças da deformação horizontal de ambos os betões é muito reduzida. A segunda solução, normalmente associada a lajes de betão prefabricadas reforçadas, utiliza uma camada de elastómero fina com cerca de 5 mm fixada numa superfície da laje prefabricada por uma das faces da camada de elastómero e em que a face oposta da dita camada contacta com um betão usado para nivelar o substrato, sendo esta dita face proporcionada com um agente antiaderente (cera ou parafina). Este agente antiaderente cancela a união que ocorreria de outra forma entre o elastómero e o betão nivelador incorporado no local e que, caso o agente antiaderente não fosse usado, não endureceria em contacto com o elastómero. Isto acentua-se com a utilização das camadas elásticas de aglomerado de borracha com uma superfície granulada grosseira (2 mm a 4 mm), para cujo efeito se utiliza uma camada antiaderente de parafina com um agregado impalpável para proporcionar adicionalmente a propriedade alisadora da superfície de contacto.
Em ambas as soluções, especialmente na segunda, não existe virtualmente nenhuma união entre a camada elástica e o betão ou argamassa inferior no qual se apoia, sendo, portanto, necessários batentes de betão encarregados por absorver as forças horizontais causadas pela circulação dos comboios nas lajes.
Na primeira solução, são usados dois batentes de forma cilíndrica, localizados no exterior das extremidades longitudinais da laje da via, enquanto na segunda solução os batentes são normalmente dois em número localizados interiormente e possuem uma forma retangular, sendo forrados internamente com o elastómero, que constitui um prolongamento do elastómero inferior da laje. As dimensões em planta destes batentes são sempre consideráveis (superiores a 600 mm) , sendo necessárias outras perfurações com um diâmetro reduzido para a instalação, servindo as ditas perfurações para permitir a injeção do cimento asfáltico ou do betão de enchimento, de modo a completar o acesso a estes materiais à base completa da laje.
Uma análise numérica dos esforços devido, a contração e a fluência do betão da laje prefabricada restringidas com o substrato de betão, justifica a necessidade de prevenir a união entre ambos os betões através da camada de elastómero não unida mencionada. Os valores obtidos indicam uma fissuração excessiva com quantidades normais de reforço e, no caso das lajes prefabricadas, a perda temporal da força de pré-esforço total em caso de união. O contraste consiste na obrigação de dispor de batentes ou elementos de betão consideráveis, normalmente rodeados por uma camada plástica, que ligam a laje da via prefabricada e o betão do substrato, permitindo a absorção das forças horizontais de travagem, aceleração, continuidade do carril, etc.
Explicação da invenção A presente invenção consiste numa disposição estrutural prefabricada que tem uma laje de betão e um processo para a instalação da mesma, sendo do tipo que suporta os carris nos quais circulam os vaqões ferroviários e tendo na sua face ou superfície inferior uma camada de elastómero, de preferência de aglomerado de borracha, fixado na laje sem qualquer camada ou mistura de adesão intermédia. 0 dito betão estrutural pode ser reforçado, pré-esforçado ou reforçado com fibras.
Por meio da presente laje, as cargas da disposição são transmitidas ao substrato formado pelo solo ou betão compactado melhorado através de uma argamassa rígida autocompactável ou argamassa de cimento Portland e juntaram-se naturalmente sem qualquer material antiaderente intermédio, tanto ao substrato como à camada elástica. A laje prefabricada tem várias perfurações de forma cilíndrica grosseira, de preferência a cada 2 m, com um diâmetro entre 10 % e 16 % da largura da laje, que são forradas internamente ou revestidas por elastómero com uma espessura superior à do elastómero ou camada elastomérica disposta sob a laje e enchidas pela argamassa autocompactável na situação de montagem final. O diâmetro reduzido das perfurações permite distribui o pré-esforço da laje de modo a ser uniforme e proporciona, portanto, uma solução para uma laje estruturalmente correta.
Um primeiro objetivo da presente invenção é uma disposição estrutural que tenha uma laje e uma camada elastomérica de acordo com a reivindicação 1, isto é, uma laje de betão prefabricada estrutural, isto é, reforçada ou pré-esforçada e com uma secção retangular. A dita laje é usada preferencialmente num sistema de via assente em laje no qual são fixados os carris de comboio e que tem uma camada elastomérica suportada num substrato através da argamassa vazada após o posicionamento da laje no substrato, com as ditas laje e a camada elastomérica a terem orifícios ou perfurações verticais para vazar a argamassa. A camada elastomérica é fixada de forma descontínua numa das suas faces à superfície inferior da laje prefabricada, apenas através de determinados pontos ou áreas que cobrem parcialmente a dita superfície inferior e que nunca se estendem ao longo de toda a superfície de contacto com a laje. A dita camada elastomérica une-se similarmente num modo continuo à argamassa vazada subsequentemente, devido à união natural existente entre a argamassa e o elastómero. A laje tem pelo menos quatro orifícios verticais para vazar a argamassa autocompactável e uma segunda camada elastomérica independente da camada elastomérica inferior, disposta na mesma como um forro interior. 0 processo de instalar o mencionado o sistema de via assente em laje compreende os seguintes passos: 1 - Prefabrico das lajes de betão estruturais, de preferência que compreendem inserções na superfície superior para fixar os carris, conhecidos como fixadores ou tarraxas para prender subsequentemente o carril, de preferência perfurações cilíndricas com o seu forro ou camisa de elastómero, uma camada de elastómero fixada ligeira e/ou provisoriamente a uma série de pontos específicos à superfície inferior da laje, mas não completamente aderido ou unido a toda a dita superfície da laje. A dita camada elastomérica é posicionada na superfície inferior da laje depois de o betão na mesma ter endurecido. 2 - Após o transporte da laje para a sua localização, são realizados o posicionamento no local e a implantação horizontal e vertical das lajes em relação ao substrato. Nesta operação podem ser usadas armações de metal ou outros elementos provisórios com elementos hidráulicos e mecânicos, o que permitirá ajustar geometricamente a laje, e que serão suportados no substrato e integrados provisoriamente na laje, com a laje a ficar na sua posição definitiva e a ser suportada pelas armações mencionadas. 3 - Subsequentemente a injeção da argamassa de união autocompactável, nivelamento e enchimento, realizados sem vibração, sendo a argamassa distribuída através dos orifícios ou perfurações preferencialmente cilíndricas que existem na laje e distribuídos uniformemente na base para permitir um enchimento completo com a dita argamassa autocompactável do espaço existente entre a laje e o substrato. Conforme mencionado, esta operação é realizada sem qualquer vibração mediante a utilização de argamassas e betões autocompactáveis e a pressão na unidade produzida ao encher as referidas perfurações. 4-0 último passo do processo de instalação consiste no endurecimento da argamassa, na remoção das fixações provisórias ou pedestais e na realização dos ajustes geométricos finais do carril a instalar na laje.
Além dos passos anteriores, o carril deve ser instalado na laje de betão prefabricada estrutural, podendo a dita instalação ser realizada prévia ou subsequentemente ao vazamento do betão, isto é, antes ou depois do terceiro passo descrito previamente.
Portanto, um segundo objetivo da presente invenção é um processo de instalação uma laje de betão de acordo com a reivindicação 10. Tanto a laje como o processo de instalação objetos da presente invenção possibilitam, portanto, que não haja coesão na superfície de contacto entre a laje prefabricada e a camada de elastómero, pois não existe agente de ligação, mas havendo atrito entre o betão e o elastómero. Existe da mesma forma um atrito e uma união consideráveis na superfície de contacto entre a camada de elastómero e a argamassa autocompactável após o endurecimento da argamassa em contacto direto com o referido elastómero. O desempenho da laje prefabricada instalada em diferentes esforços está detalhado abaixo:
Deformações variáveis temporalmente (contração e fluência) e deformações térmicas da laje prefabricada. Estas deformações ocorrem temporalmente sem a presença do peso dos comboios, não havendo restrição da deformação pela camada de elastómero nestas condições, visto que a coesão é virtualmente nula e inválida e não existem esforços verticais consideráveis no contacto laje-elastómero; portanto, o atrito não atua. Isto previne a fissuração nas lajes reforçadas e a quase totalidade de perdas dependentes temporalmente da força de pré-esforço em lajes pré-esforçadas .
Dadas ações de travagem e de aceleração horizontal longitudinal e ações transversais. Estas ações ocorrem com a presença de comboios, o que causa os subsequentes esforços verticais normais ou a ativação do atrito entre a laje e superfície superior da camada elástica inferior. Uma grande parte das forças horizontais, usualmente superiores a 50 % nos casos normais, é transmitida ao substrato através desta camada de elastómero de uma forma amplamente distribuída e com pequenas fluências e desvios. Este comportamento, em conjunto com as forças consideravelmente inferiores a 50 % transmitidas às perfurações enchidas com argamassa que atuam para este efeito como conectoras, representa uma clara vantagem em termos de desvios e esforços, comparativamente a outros sistemas em que, por terem uma substância antiaderente na superfície de contacto entre o elastómero e o betão de enchimento do substrato, todas as forças horizontais são transmitidas de uma forma concentrada através da ligação retangular ou elementos de ancoragem cujas dimensões devem ser consideradas.
Determinadas cargas verticais como uma secção composta. O atrito faz com que o comportamento integral da laje e da camada de elastómero após a passagem do veículos, que em conjunto com a união permanente da argamassa autocompactável com o elastómero e com o substrato, provoque deformações contínuas na unidade e esforços nos materiais, principalmente na laje, muito inferiores às que correspondem ao comportamento com deslizamento nas superfícies de contacto entre os diferentes materiais que integram as soluções usadas na técnica com a aplicação de uma camada antiaderente.
Outra característica objeto da presente invenção e uma consequência da geometria simples da laje, das perfurações com diâmetro reduzido e da possibilidade de variar as espessuras da camada elástica consiste no caráter modular do sistema, visto que permite adaptar a quantidade de tirantes de pré-esforço da laje a esta finalidade, algo que pode ser obtido de uma forma geometricamente simples.
Esta propriedade de adaptação modular tem duas consequências práticas importantes: 1 - Utilização do sistema com substratos ou com outras superfícies inferiores num intervalo de rigidezes amplo. Com esta finalidade, a rigidez e a espessura da camada elásticas são adaptadas, o que também permite cumprir o intervalo de momentos de flexão correspondentes e também a quantidade de reforço ativo do pré-esforço. 2 - Obtenção de frequências típicas da unidade de massa não amortecida de laje prefabricada, isto é, a unidade ferroviária que desliza nos carris, com um intervalo predeterminado, particularmente aplicável em condições ambientais exigentes com controlo preciso das vibrações transmitidas à estrutura ou piso portante, como pontes, por exemplo. Para este efeito são necessárias espessuras consideráveis (vários centímetros de camada elástica) e a obtenção de uma flexibilidade superior força também a redução da superfície da camada elástica.
De forma resolver o anterior ou para reduzir os custos, é possível substituir a camada contínua de elastómero por uma banda de elastómero periférica com perfurações a sobrepor-se aos orifícios da laje e uma área central feita de um material com uma rigidez muito reduzida, como poliestireno expandido, e uma espessura superior à da banda periférica.
Esta solução mantém a filosofia comportamental da forma de realização descrita previamente com uma camada continua de elastómero em termos de comportamento sob cargas horizontais e de simplicidade de implementação com a injeção conjunta da camada de argamassa de cimento Portland autocompactável rigida.
Esta forma de suporte alternativa envolve uma modificação dos esforços a que o sistema e em particular a laje estão sujeitos e que se resolve com a adaptação da quantidade de pré-esforço . A condição da laje pré-esforçada possibilita a natureza modular da solução, adaptando o nivel de pré-esforço a cada caso, devido ao caráter reversível desta tecnologia, isto é, a capacidade de fechar as fissuras (com uma largura de fissura restante inferior a 0,05 mm, o que implica um valor aceitável num ambiente agressivo) quando as sobrecargas não atuam e devido ao facto de o elemento de betão estar comprimido numa situação de peso permanente. Esta propriedade de pré-esforço envolve adicionalmente uma reserva de capacidade de resistência considerável no caso de cavidades localizadas e de endurecimentos do solo de suporte e num elevado desempenho contra a fadiga e em durabilidade.
Nas duas soluções propostas, as lajes adjacentes são independentes entre si, isto é, uma laje é independente da laje ou das lajes adjacentes na transmissão da flexão, apesar de o espaço existente entre as lajes prefabricadas ser ou não enchido com a argamassa autocompactável, que não transmite os momentos de flexão entre as lajes.
Descrição dos desenhos
Abaixo faz-se referência às seguintes figuras que acompanham a descrição de uma forma não limitante com vista a facilitar a compreensão da invenção. A Figura 1 mostra uma vista explodida dos componentes da laje prefabricada. A Figura 2 mostra uma vista em planta superior do sistema de via assente em laje objeto da presente invenção. A Figura 3 mostra uma vista transversal de acordo com o plano AB da Figura 2. A Figure 4 mostra uma secção de uma segunda solução do sistema devia assente em laje. A Figura 5 mostra uma vista inferior parcial da base do sistema de via assente em laje da Figura 4. A Figura 6 mostra uma vista em planta da laje prefabricada de acordo com a presente invenção em que uma disposição dos tirantes de pré-esforço 11 pode ser observada na mesma. A Figura 7 uma vista em planta superior da laje prefabricada com os carris instalados.
Descrição de uma forma de realização preferida
Na primeira solução da laje prefabricada 3 objeto da presente invenção, que pode ser observada nas figuras 1, 2, 3 e 6, a laje 3 é pré-esforçada tanto longitudinal como transversalmente com uma força de pré-esforço centrada, proporcionada preferencialmente por duas camadas de tirantes simétricas. A dita laje tem faces planas e paralelas, com dimensões entre 5 m e 6 m de comprimento, de preferência 5,1 m ou 5,75 m; entre 2 me 2,8 m de largura, preferencialmente 2,5 m; e entre 0,15 m e 0,25 m de espessura, de preferência 0,20 m; incluindo pelo menos quatro perfurações completas 5, de preferência seis em número, distribuídas uniformemente na base, duas fileiras de três perfurações e com uma secção longitudinal consideravelmente cilíndrica e com uma secção horizontal circular com um diâmetro médio de 0.3 m. A secção longitudinal pode ser troncocónica e a secção horizontal elíptica. Esta distribuição das perfurações 5 e o diâmetro reduzido dos mesmos permite uma disposição otimizada dos tirantes de pré-esforço no interior da laje 3, além de possibilitar uma injeção fiável da argamassa autocompactável 2. A situação, as dimensões e a utilização de qualquer material para a conceção da laje foram objeto evidentemente de cálculos e ensaios complexos. A camada de elastómero 4 é preferencialmente formada por um aglomerado de borracha de grão fino unido ou cimentado normalmente com poliuretano e uma espessura superior a 3 mm. O elastómero 6 que reveste o interior dos orifícios 5, portanto aplicável como um forro, tem uma espessura superior ao da camada inferior para regular a rigidez horizontal do tampão forrado, que resulta do endurecimento da argamassa autocompactável vazada no interior das ditos perfurações, de forma que os esforços horizontais provocados pelos comboios são absorvidos em grande parte pela superfície inferior da laje suportada na camada de elastómero 4 e, adicionalmente, a restrição dos batentes devido a contração, fluência e efeitos térmicos é muito reduzida.
Também é apropriado que a camada de argamassa autocompactável 2, que resulta de vazar a mesma através das perfurações 5 na laje 3, tenha, devido às condições de construção, uma espessura média superior a 4 cm, de forma a absorver as irregularidades do substrato 1.
Outra forma de realização (não coberta nas reivindicações) consiste em substituir a camada de elastómero continua 4 mencionada por uma banda de elastómero periférica 8 com orifícios a sobrepor-se às perfurações 5 da laje e uma área central 9 feita de um material que tenha uma rigidez muito reduzida como poliestireno expandido, e uma espessura maior que a banda exterior 8.
As lajes prefabricadas 3 são longitudinal e transversalmente esforçadas por meio de tirantes de pré-esforço 11, com a disposição dos ditos tirantes 11 a ser geometricamente compatível com os orifícios ou perfurações cilíndricas 5 que atravessam as lajes 3.
Nas duas soluções propostas, as lajes adjacentes 3 são independentes entre si, conforme pode ser observado na Figura 2, isto é, a laje 3 é independente da laje ou lajes adjacentes 3 para a transmissão da flexão, apesar de o espaço 10 existente entre as lajes prefabricadas ser ou não enchido pela argamassa autocompactável, que não transmite os momentos de flexão entre as lajes.
Para instalar a laje prefabricada foram usados materiais disponíveis recentemente como a argamassa autocompactável, que permite usar espessuras reduzidas, bem como injetar sem vibração através das preferencialmente seis perfurações 5, os aglomerados de borracha recém-desenvolvidos e de pós-esforço não-ligante, que permitem usar grãos muito finos, autoalimentastes, e obter propriedades elásticas e superficiais personalizadas. A geometria completamente plana da superfície superior permite utilizar fixadores do tipo SFC por RAILTECH 12, em que a placa de metal que suporta o fixador, dada a inclinação do carril 13, está presa na laje prefabricada 3 por meio de duas inserções intermédias, de forma a ser possível obter uma via assente em laje polivalente dispondo quatro inserções para suportar e formar pares separados por uma distância de 116,5 mm, e fixando a placa de metal em qualquer dos pares de inserções. Esta solução tem a vantagem de poder utilizar uma fixação normal, comprovada, que já tenha sido usada com resultados positivos in situ em via assente em laje de betão, pelo que esta nova aplicação no caso da laje prefabricada implica melhorias consideráveis, tanto na construção como na fiabilidade e na precisão final. Conforme sabido, uma linha é "polivalente" se a fixação tiver duas posições, uma para a bitola internacional (UIC) e outra para a bitola local, por exemplo a bitola ibérica, de modo que consiga funcionar inicialmente nesta bitola e subsequentemente numa bitola internacional (UIC) com a alteração da posição dos carris para esta segunda posição do fixador. 0 processo para instalar as lajes descritas previamente é realizado num substrato e compreende os seguintes passos:
Prefabrico das lajes de betão estrutural com uma secção retangular com pelo menos quatro perfurações, uma camada de elastómero fixada numa série de pontos específicos ou não completamente unida por montagem da camada elástica na laje prefabricada de betão parcialmente endurecida sem um agente de ligação na superfície inferior da laje,
Transporte para o local de posicionamento da laje,
Posicionamento no local e implantação vertical e horizontal das lajes em relação ao substrato por meio de fixações provisórias,
Injeção, nivelamento e enchimento com a argamassa de ligação autocompactável, com a argamassa distribuída pelos orifícios ou perfurações existentes na laje para permitir um enchimento completo do espaço existente entre a laje e o substrato com a dita argamassa autocompactável sem necessidade de vibração,
Endurecimento da argamassa, e
Remoção das fixações provisórias para implantação.
Também é possível instalar fixadores de carril na laje tanto antes de injetar a argamassa como depois do seu endurecimento, estando a dita argamassa autocompactável rígida.
As lajes são instaladas separadamente entre si, estando unidas apenas pela argamassa vazada no interior de cada laje.
DOCUMENTOS REFERIDOS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de documentos referidos pelo autor do presente pedido de patente foi elaborada apenas para informação do leitor. Não é parte integrante do documento de patente europeia. Não obstante o cuidado na sua elaboração, o IEP não assume qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.
Documentos de patente referidos na descrição • EP 1045069 A2 [0003] • EP 0516612 Al [0003] • DE 2857105 Al [0003] • DE 10018112 Al [0003]
Lisboa, 14 de novembro de 2017

Claims (15)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Uma disposição estrutural prefabricada pré-esforçada ou reforçada que compreende uma laje de betão (3) com uma secção retangular, para um sistema de via assente em laje onde serão fixados os carris, e uma primeira camada de material elastomérico (4), a laje (3) e com a camada elastomérica (4) a ter os orifícios ou perfurações verticais (5) para vazar através dos mesmos uma argamassa autocompactável (2) para que a camada (4) seja suportada num substrato através da dita argamassa (2) e a camada (4) seja unida naturalmente à dita argamassa (2) de uma forma contínua, caracterizada por: a dita camada elastomérica (4) ser fixada de uma forma descontínua numa das faces à superfície inferior da laje prefabricada (3) e apenas através de certos pontos ou áreas a cobrir parcialmente a dita superfície inferior, nunca a ser estendida ao longo da superfície de contacto com a laje (3), -de modo que a primeira camada elastomérica (4) se une de uma forma contínua à argamassa de ligação autocompactável (2) com o substrato devido à união natural existente entre a dita argamassa e o elastómero depois de vazar a dita argamassa, tem pelo menos quatro orifícios verticais (5) que têm no interior uma segunda camada elastomérica (6) que revestem o interior dos orifícios (5) como um forro interior, independente da primeira camada elastomérica anterior (4).
  2. 2. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a dita primeira camada elastomérica (4) estar disposta ao longo de toda a superfície inferior da laje (3).
  3. 3. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os orifícios ou perfurações verticais (5) terem um diâmetro de 10 % a 16 % da largura da laje.
  4. 4. Uma disposição estrutural de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por a laje ser longitudinal e transversalmente pré-esforçada por meio de tirantes de pré-esforço (11), com a disposição dos ditos tirantes (11) a ser geometricamente compatível com as aberturas ou orifícios cilíndricos que atravessam as lajes.
  5. 5. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os ditos tirantes de pré-esforço (11) estarem posicionados em duas camadas simétricas.
  6. 6. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a sua superfície superior ter simultaneamente inserções ou fixadores roscados em duas posições, uma posição para a bitola ferroviária ibérica e a outra posição para a bitola ferroviária internacional (UIC).
  7. 7. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a sua superfície superior e a sua superfície inferior serem planas e paralelas.
  8. 8. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os orifícios ou perfurações (5) terem uma secção longitudinal troncocónica ou cilíndrica.
  9. 9. Uma disposição estrutural de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os orifícios ou perfurações (5) terem uma secção horizontal circular ou elíptica.
  10. 10. Um processo para instalar a laje prefabricada de acordo com a reivindicação 1 num substrato, do tipo usado para a construção de uma via assente em laje, caracterizado por compreender os seguintes passos: Prefabrico das lajes de betão estruturais com uma secção retangular com pelo menos quatro perfurações (5) , uma primeira camada elastomérica (4) fixada numa série de pontos específicos à superfície inferior da laje e uma segunda camada elastomérica (6) fixada nas perfurações (5) como um forro interno, - Transporte para o local de posicionamento da laje, - Posicionamento no local e implantação vertical e horizontal das lajes em relação ao substrato por meio de fixações provisórias, - Injeção, nivelamento e enchimento com a argamassa de ligação autocompactável (2), com a argamassa distribuída pelos orifícios ou perfurações (5) existentes na laje para permitir um enchimento completo do espaço existente entre a laje e o substrato com a dita argamassa autocompactável sem necessidade de vibração, - Endurecimento da argamassa, e - Remoção das fixações provisórias de implantação.
  11. 11. Um processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por os fixadores de carril serem instalados antes do transporte da laje.
  12. 12. Um processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por ter um passo adicional a realizar antes do passo de injeção da argamassa ou depois do endurecimento da mesma que consiste na fixação do carril aos fixadores no mesmo.
  13. 13. Um processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a argamassa vazada ser argamassa autocompactável rígida.
  14. 14. Um processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por as lajes serem instaladas separadas entre si e serem unidas apenas pela argamassa vazada no interior das lajes.
  15. 15. Um processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a primeira camada de elastómero (4) não estar completamente unida à superfície inferior da laje pela montagem da dita laje na laje prefabricada de betão parcialmente endurecido sem qualquer agente de ligação. Lisboa, 14 de novembro de 2017
PT80053176T 2007-03-23 2008-03-20 Disposição com uma laje de betão estrutural prefabricado e um processo para instalar a mesma PT1972719T (pt)

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