PT1809845E

PT1809845E - Porta rápida com cortina flexível

Info

Publication number: PT1809845E
Application number: PT05817344T
Authority: PT
Inventors: Bernard Kraeutler
Original assignee: Nergeco Sa
Priority date: 2004-11-08
Filing date: 2005-11-08
Publication date: 2010-06-11
Also published as: FR2877684B1; US8783327B2; JP4847463B2; FR2877684A1; EP1809845B1; AU2005303701A1; WO2006051213A1; ATE462860T1; RU2377380C2; BRPI0517677A; RU2007116587A; JP2008519185A; CN101052777A; US20070261305A1; CA2585759C; BRPI0517677B1; CN101052777B; DE602005020340D1; EP1809845A1; AU2005303701B2

Description

ΕΡ 1809845

DESCRIÇÃO

PORTA RÁPIDA COM CORTINA FLEXÍVEL O presente invento refere-se a uma porta rápida com cortina flexível.

As portas com cortina flexível, quer sejam de dobrar ou de enrolamento vertical, têm como particularidade serem manobradas a velocidades lineares significativas. Uma porta com cortina flexível de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 é conhecida através da patente DE-U-29623251. Estas velocidades significativas de abertura e de fecho foram possibilitadas pela fraca inércia da cortina flexível, geralmente feita em PVC ou em material flexível semelhante.

Portanto, é essencial dar segurança ao funcionamento destas portas e evitar, no momento de uma colisão acidental entre uma pessoa ou um objecto e a cortina, um esmagamento ou uma lesão da pessoa, do objecto ou da cortina.

Existem vários sistemas que asseguram uma certa segurança do funcionamento das portas rápidas com ecrã flexível por detecção de objectos ou de pessoas que se encontram acidentalmente por baixo da cortina ou na sua proximidade imediata, quando se fecha.

Um primeiro sistema de detecção prevê que se equipe um perímetro à volta da porta com detectores de presença. Geralmente, são necessários vários detectores de presença para dar segurança a um perímetro suficiente para detectar a presença de uma pessoa ou de um objecto durante uma fase de fecho da porta, o que apresenta então um risco de colisão e de esmagamento ou de danificação da cortina. Estes sistemas são todavia caros e podem ser sensíveis a alertas falsos.

Existem igualmente sistemas de detecção que funcionam com base no princípio da detecção de um contacto. A detecção de um contacto durante a fase de fecho da cortina gera um sinal, geralmente eléctrico, que acciona uma paragem da fase de fecho da cortina.

No caso de cortina equipada com barras de reforço, designadamente na sua parte baixa, um sistema de detecção conhecido consiste em juntar um meio de detecção por baixo da barra de reforço rígida inferior. Este meio de detecção que, por exemplo, pode ser uma almofada de ar, esmaga-se contra a barra rígida no momento de uma colisão com uma pessoa ou com um objecto. 0 esmagamento do meio de detecção contra a barra rígida é convertido num sinal eléctrico que acciona uma paragem da cortina e a sua reabertura imediata.

No caso de uma almofada de ar que entra em colisão com uma pessoa, esta esmaga-se contra a barra rígida inferior da cortina. Este esmagamento provoca uma sobrepressão na almofada que é detectada por um pressostato.

Este tipo de sistema de segurança apresenta numerosos inconvenientes com a utilização. 2

Em primeiro lugar, só podem detectar objectos situados acidentalmente no plano de abertura da cortina, isto é, na vertical da barra inferior.

Um segundo inconveniente maior reside no facto de os meios de detecção se encontrarem na parte baixa da cortina por baixo da barra rigida inferior. Consequentemente, estes meios de detecção são expostos a numerosas agressões. A primeira agressão é o contacto repetido com o solo no caso de uma porta de dobrar ou com enrolamento vertical.

Isso conduz a um desgaste extremamente rápido destes meios de detecção. Além disso, quando a porta é aberta, os meios de detecção podem ser embatidos e deteriorados por máquinas que passam através da porta. Em caso de disfuncionamento do sistema de detecção, a cortina só pode descer esmagando a pessoa ou o objecto que se encontra na sua trajectória e ser ela própria deteriorada neste caso.

Um inconveniente suplementar deste tipo de meios de detecção reside no facto de, no caso de uma colisão segundo uma componente horizontal, a colisão se fazer entre uma pessoa, por exemplo a cabeça desta pessoa e a barra inferior que é pesada e rigida, o que pode ocasionar ferimentos que podem ser graves. Do mesmo modo, uma colisão com uma máquina pode ter igualmente consequências significativas para o objecto ou máquina que atravessa a porta, assim como para os meios de detecção de contacto que são directamente expostos dado que estão suspensos na barra inferior. 3

Além disso, estes meios de detecção apresentam um tempo de resposta que pode ser relativamente longo, o que os torna ineficazes quando equipam portas rápidas com cortina flexível. Efectivamente, os meios de detecção são posicionados numa banda flexível suspensa por baixo da barra inferior; a fraca espessura desta banda que reveste os meios de detecção faz com que esta banda seja esmagada antes que pare o motor de accionamento da cortina. Apesar da acção dos meios de detecção, produz-se inevitavelmente um contacto com a barra rígida inferior, o que pode ter consequências eventualmente graves.

Portanto, um objectivo do invento é propor uma porta rápida com cortina flexível que tem meios de detecção de colisão entre uma cortina flexível e uma pessoa ou um objecto, que sejam fiáveis e largamente insensíveis ao desgaste.

Um outro objectivo do invento é propor uma porta rápida com cortina flexível que tem meios de detecção que podem detectar uma colisão que se produz segundo uma direcção horizontal entre uma cortina flexível e uma pessoa ou um objecto.

De maneira conhecida em si, uma porta rápida compreende: - uma estrutura que compreende montantes e um elemento transversal que permite guiar uma cortina, 4 - meios electromecânicos suportados pela estrutura que permitem manobrar a cortina entre uma posição de abertura e uma posição de fecho, apresentando a cortina, na sua extremidade livre, um elemento de lastração e de impermeabilidade.

De acordo com o invento, a porta apresenta meios de detecção de obstáculo portados pelo menos parcialmente pelo elemento de reforço, sendo os referidos meios de detecção de obstáculo adjacentes ao elemento de lastração e de impermeabilidade e situados a montante deste, na trajectória de fecho da cortina, entre o elemento de reforço e o elemento de lastração e de impermeabilidade e em que os referidos meios de detecção de obstáculo são integrados no interior da parte inferior da cortina.

Assim, a ideia base do invento é integrar na própria cortina, meios de detecção de obstáculo para dar segurança ao funcionamento da porta.

Isto é realizado colocando-os a montante do elemento de lastração e de impermeabilidade. Por a montante entende-se por cima do elemento de lastração e de impermeabilidade no caso de uma porta com abertura vertical, devendo o termo a montante ser entendido em relação à trajectória de fecho da cortina. Os meios de detecção são protegidos mecanicamente pelo elemento de lastração e de impermeabilidade. No presente caso são accionados pela deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade quando a cortina entra em contacto com um obstáculo que se encontra por baixo da cortina quando esta se fecha. 5

Nota-se adicionalmente que, no caso de o elemento de lastração e de impermeabilidade ser flexível, deforma-se e acciona os meios de detecção, no momento de uma colisão, qualquer que seja a direcção segundo a qual se produz a colisão. Noutros termos, será detectada uma colisão segundo uma componente vertical, horizontal ou segundo uma componente de orientação qualquer.

De acordo com uma forma de realização preferida do invento, os meios de detecção de obstáculo apresentam uma posição de funcionamento normal da cortina na qual os meios de detecção são paralelos ao elemento de lastração e de impermeabilidade e uma posição de funcionamento anormal da cortina na qual os meios de detecção de obstáculo são desviados ou separados do seu eixo paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade por uma deformação ou um deslocamento do elemento de lastração e de impermeabilidade quando este encontra um obstáculo.

De acordo com uma forma de realização preferida do invento, a cortina apresenta pelo menos um elemento de reforço paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade, sendo os meios de detecção situados entre o elemento de reforço e o elemento de lastração e de impermeabilidade. Esta disposição faz evidenciar claramente a integração dos meios de detecção na cortina.

Para regular a sensibilidade dos meios de detecção nomeadamente em função da velocidade da cortina, prevê-se que os meios de detecção de obstáculo estejam situados a uma distância parametrizável do elemento de lastração e de impermeabilidade. 6

Numa forma de realização dos meios de detecção de obstáculo, estes são constituídos por uma célula emissora de um feixe, suportada numa extremidade do elemento de reforço e uma célula receptora do feixe, suportada na outra extremidade da barra de reforço, estando o feixe entre a célula emissora e a célula receptora, paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade e sendo susceptível de ser cortado por uma deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade quando este encontra um obstáculo.

Numa forma de realização, o elemento de lastração e de impermeabilidade compreende, na sua face em frente do feixe, em cada uma das suas extremidades, pelo menos uma marcação que vem cortar o feixe, quando o elemento de lastração e de impermeabilidade é deformado quando encontra um obstáculo.

De acordo com uma possibilidade, cada extremidade da barra flexível de reforço recebe uma estaca na qual é fixada a célula receptora e a célula emissora.

Para permitir a regulação do entre-eixo entre o elemento de lastração e de impermeabilidade e o feixe, cada estaca apresenta vários locais de recepção das células emissora e receptora.

Conforme o caso, o feixe definido entre a célula emissora e a célula receptora é um feixe do grupo constituído por um feixe óptico, um feixe acústico, um feixe laser, um feixe radar com ângulo de varrimento estreito. 7

Numa outra forma de realização dos meios de detecção de obstáculo, estes são constituídos por um cabo esticado paralelamente ao elemento de lastração e de impermeabilidade, susceptível de ser deformado por uma deformação ou deslocamento do elemento de lastração e de impermeabilidade quando este encontra um obstáculo.

Para a sustentação do cabo, a barra de reforço apresenta em cada uma das suas extremidades uma estaca, sendo o cabo esticado entre as duas estacas.

De acordo com uma forma de realização nota-se que o cabo é mantido numa estaca por uma mola e na outra estaca por um contacto com puxador que se pode accionar em caso de deformação do cabo.

Numa forma de execução, os meios de detecção são ligados uma ligação filar à electrónica ou à electromecânica de comando dos meios electromecânicos de accionamento da cortina. 0 invento refere-se a vários tipos de porta, nomeadamente: - a porta é uma porta com enrolamento que apresenta uma cortina com painel único, - a porta é uma porta que se dobra que apresenta uma cortina com painel único, - a porta é uma porta que se dobra que apresenta uma cortina com painel duplo. 8

De maneira preferida, o elemento de lastração e de impermeabilidade é constituído por uma mola recoberta por uma manga de espuma, livre nas suas extremidades ou que tem em cada uma das suas extremidades uma ponteira que se pode engatar numa corrediça de um montante. Esta forma de realização do elemento de lastração e de impermeabilidade é interessante na medida em que este elemento com esta estrutura pode deformar-se tanto numa direcção confundida com plano da cortina como numa direcção perpendicular ao plano da cortina bem como em toda outra direcção compreendida entre o plano da cortina e um plano perpendicular. 0 elemento de lastração e de impermeabilidade poderia igualmente ser constituído por uma almofada preenchida com areia, grânulos ou todo outro material de enchimento que assegure a sua capacidade de deformação.

Numa forma de realização, a parte de extremidade da cortina apresenta uma cobertura em U que vem fixar-se nas faces exteriores da cortina que integra um forro no qual é enfiado o elemento de lastração e de impermeabilidade.

Para evitar os accionamentos parasitas, isto é, não consecutivos de uma colisão dos meios de detecção com um obstáculo, a parte inferior da porta está equipada com espaçadores situados à volta dos meios de detecção.

Em termos de acção consecutiva a um incidente, o accionamento dos meios de detecção gera pelo menos uma acção do grupo constituído por: - uma paragem da cortina, 9 uma abertura da cortina - a emissão de um sinal, - a emissão de um sinal sonoro, - a emissão de um sinal luminoso, - a emissão de um sinal hertziano, - o accionamento de uma acção, - o accionamento de uma informação, - um incremento no histórico de acidentes.

Este grupo não é limitativo e a acção encetada poderia ainda ser o envio de uma mensagem electrónica ou telefónica, o accionamento de uma câmara ou de um aparelho fotográfico.

De acordo com uma possibilidade, o elemento de reforço situado a montante do elemento de lastração e de impermeabilidade é guiado em pelo menos uma das suas extremidades em funcionamento normal da porta.

Vantajosamente o elemento de reforço é constituído por uma barra flexível que apresenta uma flexibilidade de conjunto que lhe permite não experimentar deformação permanente em caso de colisão.

No caso de uma porta com cortina flexível com dois painéis, o elemento de reforço é constituído por duas barras paralelas ligadas por vigas.

Vantajosamente, os meios de detecções de obstáculo estão integrados no interior da parte inferior da cortina. 10

Para a sua boa compreensão, o invento é descrito em referência ao desenho aqui anexado que representa, a titulo de exemplo não limitativo, vários tipos de cortinas que integram meios de detecção de obstáculo, de acordo com o invento. A Figura 1 - é uma vista lateral de uma cortina dupla de uma porta que se dobra. A Figura 2 é uma vista em corte segundo II-II da figura 1. A Figura 3 é uma vista lateral da parte inferior da cortina de uma porta com enrolamento vertical. A Figura 4 é uma vista em corte segundo IV-IV da figura 3. A Figura 5 é uma vista de uma porta que se oculta lateralmente que não faz parte do invento. A Figura 6 mostra uma outra forma de realização de meios de detecção de obstáculo numa porta com enrolamento vertical. A Figura 7 é uma vista em perspectiva expandida de uma outra forma de realização de meios de detecção de obstáculo numa porta com enrolamento horizontal.

Como mostram as figuras, os meios de detecção de obstáculo podem ser incluídos em portas rápidas com cortina flexível. De um modo geral, trata-se de portas que têm uma 11 estrutura que compreende montantes e um elemento transversal que permite guiar a cortina, e meios electromecânicos (motor eléctrico, redutor, electrónica ou electromecânica de comando) suportados pela estrutura que permite manobrar a cortina entre uma posição de abertura e uma posição de fecho. A estrutura destas portas é largamente conhecida e não será descrita mais adiante. Precisar-se-á contudo que certas portas rápidas são equipadas com uma cortina que apresenta na sua extremidade livre um elemento de lastração e de impermeabilidade. Este elemento de lastração e de impermeabilidade flexível tem por função assegurar uma tensão da cortina e quando a porta está fechada assegurar uma boa impermeabilidade da porta esmagando-se contra o solo sem ser estragado pelos contactos repetidos com o solo.

Por simplificação, precisa-se que os elementos que se encontram nas diferentes formas de realização são designados pelas mesmas referências numéricas.

Para a descrição do invento, referir-se-á para já à figura 1.

Esta representa a parte inferior de uma porta que se dobra com cortina 2 dupla. Obviamente, a parte superior desta porta compreende uma motorização eléctrica que permite fazer subir e descer esta cortina.

Na parte inferior desta porta, pode ver-se que a cortina 2 apresenta dois painéis 4 e 5 que portam cada um, uma barra de retesar horizontal 7 e 8. Estas duas barras de 12 retesar 7,8 são ligadas entre si por uma viga 9 de ligação que se pode ver claramente na figura 1.

Na extremidade da cortina, prevê-se uma cobertura 10 em U que é fixada em cada um dos painéis 7,8. Esta cobertura 10 é geralmente realizada num material denso resistente aos contactos repetidos com o solo. A cobertura 10 em U recebe um forro 12 no qual é enfiado um elemento de lastração e de impermeabilidade 13. Este elemento de lastração e de impermeabilidade 13 compreende duas pequenas massas 14 de lastro em cada uma das extremidades da barra. É disposta uma mola 15 entre estas pequenas massas 14 de lastro, sendo o conjunto enfiado numa manga de espuma 16. Nota-se igualmente que o elemento de lastração e de impermeabilidade 13 apresenta ponteiras de orientação 17 que podem vir engatar-se em corrediças com as quais estão equipados os montante 18 da porta.

Quando se faz referência à figura 2, pode ver-se que a cortina está equipada com uma estaca 20 que é aparafusado na viga que liga os dois retesadores.

Deve notar-se que a cortina 2 apresenta uma estrutura simétrica e encontra-se a mesma construção na outra extremidade das barras de retesar 7, 8. O ponto totalmente caracteristico desta cortina é que a estaca suporta uma célula 21 que emite um feixe 23 óptico paralelo e a montante do elemento de lastração e de impermeabilidade 13. Em frente desta célula 21 emissora, a segunda estaca de suporte está equipado por seu lado com uma célula receptora. Numa outra possibilidade, uma das 13 estacas 20 está equipada com uma célula emissora/receptora enquanto a outra estaca recebe simplesmente uma célula passiva de reenvio do feixe. A célula receptora é ligada por uma ligação filar 22 à electrónica ou à electromecânica de comando da cortina 2.

Nota-se por outro lado, que o elemento de lastração e de impermeabilidade 13, recebe na sua face que está em frente das estacas 20 de suporte, em cada uma das suas extremidades, uma marcação 24 de detecção que é constituída por um perfil em L. O funcionamento do dispositivo de detecção é portanto o seguinte. Quando o elemento de lastração e de impermeabilidade 13 encontra, ao longo da sua descida um obstáculo, deforma-se dado que é constituído na sua parte essencial, por uma mola e uma manga de espuma. A deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade 13 modifica a posição de equilíbrio de uma ou das duas marcações 24 que vêm então cortar o feixe que é normalmente paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade 13. Sendo o feixe 23 cortado, é enviado um sinal à electrónica ou à electromecânica de comando da porta que dá então a ordem, por um lado, de paragem da descida da cortina, e por outro lado, de a fazer subir.

Portanto, vê-se que, no momento de uma colisão, com uma pessoa por exemplo, esta colisão faz-se com um elemento que é essencialmente flexível e que, ao longo da sua deformação, dá uma ordem de subida da cortina. 14

De maneira muito interessante nota-se que a estaca 24 apresenta duas zonas de acolhimento 26,27 para a célula emissora 21 do feixe 23, de tal modo que se pode fazer variar o entre-eixo que existe entre o elemento de lastração e de impermeabilidade e o eixo do feixe. Assim, no caso de uma porta lenta, poderá ter-se um entre-eixo relativamente significativo, enquanto no caso de uma porta que desce com uma grande velocidade, será necessário ter um dispositivo sensivel e, nesse caso, o entre-eixo entre o elemento de lastração e de impermeabilidade e o eixo do feixe será o mais pequeno possível para ter uma detecção, a mais rápida possível.

As figuras 3 e 4 mostram o dispositivo que equipa uma porta com enrolamento vertical. Os meios de detecção são completamente comparáveis aos que acabaram de ser descritos.

Como se mostra na figura 3, uma porta com enrolamento vertical apresenta uma cortina que tem um painel 28 único que, ao nível da sua extremidade inferior, apresenta uma cobertura em U 10 que vem fixar-se em cada uma das faces do painel 28. É formado um forro 12 na cobertura em U no qual é enfiado um elemento de lastração e de impermeabilidade 13, que tem a mesma estrutura da descrita precedentemente, isto é, um elemento que apresenta uma certa massa para lastrar a cortina, mas que apresenta uma certa maleabilidade para se deformar no momento de um choque. A figura 3 mostra que a cortina integra uma barra de retesar 29 transversal, sendo esta barra transversal de retesar 29 um elemento clássico das cortinas de porta com 15 enrolamento vertical. Esta barra de retesar suporta em cada uma das suas extremidades, uma estaca 20; uma destas estacas recebe uma célula emissora 21, enquanto a outra recebe uma célula receptora. Estas duas células 21 definem portanto um eixo de feixe 23 paralelo ao eixo do elemento de lastração e de impermeabilidade inferior.

Em funcionamento normal, o eixo do feixe 23 é estritamente paralelo ao eixo do elemento de lastração e de impermeabilidade 13.

Como se pode ver na figura, nota-se que o elemento de lastração e de impermeabilidade suporta, em cada uma das suas extremidades, uma marcação 24 quer dizer um perfil em forma de L. Quando o elemento de lastração e de impermeabilidade 13 encontra um obstáculo, deforma-se e a marcação 24 vem cortar o feixe óptico. O corte deste feixe óptico 23 é sinalizado à electrónica ou à electromecânica de comando da porta que ordena uma subida da cortina.

Deve notar-se que a electrónica ou a electromecânica de comando pode accionar qualquer outro sinal, visual ou sonoro que permite alertar um acidente. Além disso, pode ser feita uma contagem de acidentes para conhecer o histórico da porta. A figura 5 mostra uma porta que funciona de acordo com um principio diferente, que não faz parte do invento, na medida em que a cortina 2 se oculta lateralmente entre a sua posição de abertura e a sua posição de fecho. 16 A estrutura dos meios de detecção é completamente comparável à concretizada para portas que se dobram ou com enrolamento vertical. Efectivamente, encontra-se nesta porta um elemento de lastração e de impermeabilidade 13 que, obviamente, no presente caso, é orientado segundo a direcção vertical, este elemento de lastração e de impermeabilidade apresenta uma estrutura completamente comparável à do elemento de lastração e de impermeabilidade das portas precedentemente descritas, quer dizer uma mola revestida de espuma.

Uma barra de retesar 30 paralela à barra de extremidade suporta duas estacas 24, sendo uma equipada com uma célula emissora 21, sendo a outra equipada com uma célula receptora, de tal maneira que seja definido entre estas duas células, um feixe 23 paralelo à barra de extremidade.

Quando a cortina 2 entra em colisão com um obstáculo, quer seja uma pessoa ou um objecto, o elemento de lastração e de impermeabilidade 13 deforma-se e uma ou as marcações 24 vêm cortar o feixe 23 definido entre as duas células, isso acciona então ao nível da electrónica ou da electromecânica de comando uma acção apropriada e pré-determinada que é geralmente a paragem do motor e a abertura da porta acompanhada eventualmente com um sinal sonoro ou visual. Se foi representada no desenho uma porta com ocultação lateral que tem uma única cortina, obviamente pode sempre encarar-se equipar com um dispositivo de detecção de contacto, uma porta com ocultação lateral que tem duas cortinas maleáveis. 17

Deve notar-se que o dispositivo de detecção de acordo com o invento pode tomar uma outra forma de realização representada na figura 6 dado que é possível prever, paralelamente ao eixo do elemento de lastração e de impermeabilidade, um cabo 30 que, numa das suas extremidades é retido por uma mola 31 numa estaca 20 de suporte, e na sua outra extremidade, é retido pela estaca de suporte por intermédio de um contacto com puxador 32.

Durante uma deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade 13 consecutiva a uma colisão com um obstáculo, o elemento de lastração e de impermeabilidade vem contactar o cabo e modifica a tensão. Esta modificação de tensão transmite-se ao nível do contacto com puxador 32 por um sinal eléctrico que é transmitido à electrónica ou à electromecânica de comando que, também aí, toma a acção pré-determinada apropriada. A Figura 7 ilustra uma outra forma de realização dos meios de detecção de obstáculos na qual uma célula 21 é ligada a uma barra de reforço transversal 29 por uma estaca 24. Na forma de realização ilustrada, a estaca 24 compreende dois suportes 34 simétricos que apresentam cada um, uma parte côncava que pode vir encerrar a barra de reforço transversal 29. Os dois suportes 34 encerram, por outro lado, uma placa 35. A placa 35 apresenta como se pode ver na figura 7 duas hastes roscadas 37; estas hastes roscadas têm por função receber uma ferragem 38. Nota-se que a ferragem 38 na qual é fixada a célula 21 apresenta uma fresta oblonga 39 que pode ser enfiada na haste roscada 37. Esta disposição permite regular a posição da célula 21 em relação ao elemento 13. Obviamente, uma outra estaca 18 simétrica à que acabou de ser descrita pode ser colocada na outra extremidade da barra de reforço transversal 29. 0 invento nas suas diferentes formas de realização apresenta portanto as numerosas vantagens indicadas. Efectivamente, o dispositivo de detecção é totalmente protegido dado que se encontra, em relação ao elemento de lastração e de impermeabilidade ou à barra de extremidade, na sua face oposta à sua face que está em contacto com o solo ou com um montante. Isso contribui favoravelmente para a fiabilidade geral do dispositivo.

Por outro lado, este dispositivo pode ser muito facilmente parametrizável dado que são previstas, nas estacas 20 de suporte, diferentes posições para as células emissora e receptora.

Além disso, o dispositivo funciona no caso de uma colisão segundo uma direcção diferente da vertical, por exemplo horizontal, ou segundo uma qualquer componente compreendida entre estas duas direcções, dado que, em qualquer dos casos que foram descritos, quando a barra inferior é deslocada segundo uma componente horizontal, o feixe ou o cabo, consoante os casos, é cortado ou é distendido, o que tem por efeito accionar a abertura da cortina.

Lisboa, 14 de Maio de 2010 19

Claims

ΕΡ 1809845 REIVINDICAÇÕES 1. Porta com cortina flexível que compreende: - uma estrutura que compreende montantes e um elemento transversal que permitem guiar uma cortina (2) flexível, - meios electromecânicos suportados pela estrutura que permitem manobrar a cortina entre uma posição de abertura e uma posição de fecho, comportando a cortina (2) flexível: - na sua extremidade livre, um elemento de lastração e de impermeabilidade (13), - pelo menos um elemento de reforço paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade. caracterizada por a porta apresentar meios de detecção de obstáculo portados pelo menos parcialmente pelo elemento de reforço, sendo os referidos meios de detecção de obstáculo adjacentes ao elemento de lastração e de impermeabilidade (13) e situados a montante deste, na trajectória de fecho da cortina, entre o elemento de reforço e o elemento de lastração e de impermeabilidade (13) e por os referidos meios de detecção de obstáculo serem integrados no interior da parte inferior da cortina (2).
2. Porta com cortina flexível de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os meios de detecção de obstáculo ΕΡ 1809845 apresentarem uma posição de funcionamento normal da cortina na qual os meios de detecção são paralelos ao elemento de lastração e de impermeabilidade (13) e uma posição de funcionamento anormal da cortina na qual os meios de detecção de obstáculo são desviados ou separados do seu eixo paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade por uma deformação ou um deslocamento do elemento de lastração e de impermeabilidade (13) quando este encontra um obstáculo.
3. Porta de acordo com a reivindicação 1 ou a reivindicação 2, caracterizada por a cortina apresentar pelo menos um elemento de reforço paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade, estando os meios de detecção situados entre o elemento de reforço e o elemento de lastração e de impermeabilidade (13).
4. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por os meios de detecção de um obstáculo estarem situados a uma distância parametrizável do elemento de lastração e de impermeabilidade (13).
5. Porta de acordo com uma das reivindicações 2 a 4, caracterizada por os meios de detecção de obstáculo serem constituídos por uma célula (21) emissora de um feixe (23) suportada numa extremidade do elemento de reforço e uma célula receptora do feixe (23) suportada na outra extremidade da barra de reforço, sendo o feixe (23) entre a célula emissora e a célula receptora, paralelo ao elemento de lastração e de impermeabilidade e sendo susceptível de ser cortado por uma deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade quando este encontra um obstáculo. 2 ΕΡ 1809845
6. Porta de acordo com uma das reivindicações 2 a 5, caracterizada por o elemento de lastração e de impermeabilidade compreender, na sua face em frente do feixe (23) , em cada uma das suas extremidades, pelo menos uma marcação que vem cortar o feixe (23), quando o elemento de lastração e de impermeabilidade (13) é deformado ou deslocado quando este encontra um obstáculo.
7. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por cada extremidade do elemento de reforço receber uma estaca (20) na qual é fixada a célula receptora (21) e a célula emissora.
8. Porta de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por cada estaca (21) apresentar vários locais (26, 27) de recepção das células emissora e receptora.
9. Porta de acordo com a reivindicação 5 a 8, caracterizada por o feixe (23) definido entre a célula emissora e a célula receptora ser um feixe do grupo constituído por um feixe óptico, um feixe acústico, um feixe laser, um feixe radar com ângulo de varrimento estreito.
10. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por os meios de detecção serem constituídos por um cabo (30) esticado paralelamente ao elemento de lastração e de impermeabilidade (13), susceptível de ser deformado por uma deformação do elemento de lastração e de impermeabilidade (13) quando este encontra um obstáculo.
11. Porta de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por o elemento de reforço apresentar em cada uma das suas 3 ΕΡ 1809845 extremidades uma estaca, sendo o cabo esticado entre as duas estacas (20).
12. Porta de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por o cabo ser mantido numa estaca (20) por uma mola e na outra estaca por um contacto com puxador que se pode accionar em caso de deformação do cabo.
13. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizada por os meios de detecção serem ligados a uma ligação filar (22) à electrónica ou à electromecânica de comando dos meios electromecânicos de accionamento da cortina.
14. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada por a porta ser uma porta com enrolamento que apresenta uma cortina com painel único (28).
15. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada por a porta ser uma porta que se dobra que apresenta uma cortina com painel único.
16. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada por a porta ser uma porta que se dobra que apresenta uma cortina com painéis duplos (4, 5).
17. Porta de acordo com uma das reivindicações 14 a 16, caracterizada por o elemento de lastração e de impermeabilidade (13) ser constituído por uma mola (15) recoberta por uma manga de espuma (16) livre nas suas extremidades ou que tem em cada uma das suas extremidades 4 ΕΡ 1809845 uma ponteira (17) que se pode engatar numa corrediça de um montante.
18. Porta de acordo com uma das reivindicações 13 a 17, caracterizada por a parte de extremidade da cortina apresentar uma cobertura (10) em U que vem fixar-se nas faces exteriores da cortina que integra um forro no qual o elemento de lastração e de impermeabilidade é enfiado.
19. Porta de acordo com uma das reivindicações 13 a 18, caracterizada por a parte inferior da porta estar equipada com espaçadores situados à volta dos meios de detecção.
20. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 19, caracterizada por o accionamento dos meios de detecção gerar pelo menos uma acção do grupo constituído por: - uma paragem da cortina, - uma abertura da cortina, - a emissão de um sinal, - a emissão de um sinal sonoro, - a emissão de um sinal luminoso, - a emissão de um sinal hertziano, - o accionamento de uma acção, - o accionamento de uma informação, - um incremento no histórico de acidentes.
21. Porta de acordo com uma das reivindicações 4 a 20, caracterizada por o elemento de reforço situado a montante do elemento de lastração e de impermeabilidade (13) ser guiado em pelo menos uma das suas extremidades em funcionamento normal da porta. 5 ΕΡ 1809845
22. Porta de acordo com uma das reivindicações 4 a 21, caracterizada por o elemento de reforço ser constituído por uma barra flexível (29) que apresenta uma flexibilidade de conjunto que lhe permite não experimentar deformação permanente em caso de colisão.
23. Porta de acordo com uma das reivindicações 16 a 22, caracterizada por o elemento de reforço ser constituído por duas barras paralelas (7,8) liqadas por viqas (9).
24. Porta de acordo com uma das reivindicações 1 a 23, caracterizada por os meios de detecção de obstáculo estarem inteqrados no interior da parte inferior da cortina. Lisboa, 14 de Maio de 2010 6