PT1574365E - Ponte de passagem de uma passagem entre dois veículos ligados entre si por uma articulação - Google Patents

Description

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Por consequência, a invenção resulta do problema de se procurar realizar uma passagem que também seja utilizável com articulações nas quais o ponto de articulação não tenha uma posição fixa. 0 problema é solucionado de acordo com a invenção de forma que a ponte de passagem possua duas placas de piso que se sobrepõem uma a outra, que são deslizáveis uma relativamente a outra, compreendendo a articulação um suporte de articulação que está montado numa das partes do veículo, assentando a placa de piso inferior sobre o suporte de articulação, com liberdade de deslizamento, apoiando-se a placa de piso superior sobre a placa de piso inferior, na zona do suporte de articulação.

Desta forma torna-se evidente que a ponte de passagem já não se apoia sobre as partes móveis da articulação, mas sim sobre a parte fixa da articulação. Isto significa que existe uma parte da ponte de passagem que não está apoiada, de forma que neste caso pode haver flexões. No entanto, esta parte livre da ponte de passagem é relativamente curta, visto que a articulação em cruz, como já se explicou anteriormente, também é curta por construção.

Das reivindicações dependentes depreendem-se outras características e realizações vantajosas da invenção.

Assim, de acordo com uma característica especial da invenção, prevê-se que a placa de piso superior seja, por construção, flexível e resistente a abrasão. Como já foi dito anteriormente, a placa de piso superior desliza sobre a placa de piso inferior. Por consequência, é vantajosa a existência, nesta zona, de uma determinada resistência a abrasão e também de facilidade de deslizamento entre as duas placas de piso, que pode ser alcançada especialmente se, por exemplo, a placa de piso superior for construída de plástico. A placa de piso inferior também deverá ter uma construção elástica, visto que também ela é submetida a deformações, por exemplo, em movimentos irregulares. Nesta conformidade, a placa de piso inferior pode ser construída da mesma forma que a placa de piso superior.

De acordo com uma outra característica da invenção, para conferir a uma placa de piso de plástico, deste tipo, a necessária estabilidade, são integrados no plástico das placas de piso elementos de reforço. Isto quer dizer que, por exemplo, no caso de uma placa de piso produzida por um processo de moldagem por injecção, os correspondentes elementos de reforço são moldados por injecção, na forma de guarnições.

Como a placa de piso inferior, quando o veículo descreve uma curva, também exerce um movimento relativo em relação ao suporte da articulação, sobre o qual assenta, é necessário que seja possível ocorrer um movimento de deslizamento entre a superfície do suporte da articulação, por um lado, e a face inferior da placa de piso inferior, por outro lado. Nesta conformidade, está prevista a existência de elementos de deslizamento sobre o suporte de articulação, para o movimento de deslizamento da placa de piso inferior. No entanto, também é concebível a montagem inversa dos elementos de deslizamento na placa de piso inferior. Estes elementos de deslizamento podem ser peças de plástico, que são especialmente resistentes a abrasão e, além disso, possuem um reduzido coeficiente de atrito.

Vantajosamente, o suporte de articulação possui uma travessa, que está montada sobre o suporte de articulação na zona de transição da placa de piso inferior para a superior. Esta travessa serve de suporte e apoio adicional para a placa de piso inferior, uma vez que a travessa, para os movimentos de deslizamento da placa de piso inferior, também possui nesta zona elementos de deslizamento correspondentes.

Como já foi elucidado anteriormente, a ponte de passagem anteriormente descrita presta-se, de acordo com a invenção, em especial, para uma chamada articulação em cruz. Uma articulação em cruz deste tipo possui dois braços articulados montados em cruz, sendo os braços articulados fixados, por uma das extremidades, com liberdade de rotação, no suporte da articulação, e pela sua outra extremidade, com liberdade de rotação, em cavaletes de articulação, estando os cavaletes de articulação montados na outra parte do veiculo. Importa frisar novamente, neste ponto, que a presente invenção tem aplicação tanto em veículos articulados, como também num veículo tractor com um reboque acoplável. Uma articulação cruzada deste tipo é ainda caracterizada pelo facto de os braços articulados possuírem, cada um, na parte terminal, um ressalto para a recepção de um amortecedor, na zona da união ao suporte de articulação, sendo o amortecedor construído, por exemplo, como uma unidade de cilindro hidráulico e êmbolo, que está liqada ao suporte de articulação. Torna-se evidente, desta forma, que a união dos braços articulados, por exemplo, ao descrever-se uma curva, realiza um amortecimento.

Para se garantir que, nos trajectos em curva, a placa inferior não sobressai lateralmente além da placa de piso superior, a placa de piso inferior possui, na zona da placa de piso superior, uma zona terminal em forma de espigão, por conseguinte, de forma sensivelmente cónica.

Como já foi elucidado anteriormente, especialmente no caso da utilização das pontes de passagem numa passagem de um veículo constituído por um veículo tractor e um reboque, o veículo tractor pode ser utilizado separadamente do atrelado. Isto significa também que a ponte de passagem tem que ser também facilmente separável. Nesta conformidade, está previsto que a placa de piso inferior, que está fixada a outra parte do veículo, possua uma charneira na zona dos cavaletes de articulação, para se poderem rodar as placas de piso para cima, no caso da parte posterior do veículo ser desacoplada da parte anterior do veículo.

Além disso, prevê-se que o bordo frontal da placa de piso superior seja construída, na zona da passagem, retraído em forma de arco em relação a placa de piso inferior. Em Última análise, com uma placa de piso superior retraída desta forma economiza-se material, o que conduz a uma redução dos custos. Alem disso, as duas placas de piso sobrepõem-se na zona do suporte de articulação. É essencial, sobretudo, o seguinte aspecto: em consequência da placa de piso superior retraída, quando em movimento tem lugar uma velocidade relativa entre as duas placas de piso menor do que, ao contrário, quando a placa de piso superior se sobrepõe a placa de piso inferior numa grande superfície. Isto serve, em Última análise, para o conforto dos passageiros e também para a sua segurança. Na zona do bordo frontal da placa de piso superior existe ainda um lábio de vedação, para impedir a entrada de sujidade, de cima, na articulação. A invenção será elucidada mais pormenorizadamente a seguir, a título de exemplo, com base nos desenhos: a figura 1 a figura 2 a figura 2a a figura 3 mostra uma vista em planta da ponte de passagem, sendo igualmente reconhecível a articulação em cruz; mostra uma vista lateral de acordo com a linha II - II da figura 1; mostra um corte ampliado de acordo com a figura 2; mostra uma vista de acordo com a linha III - III da figura 1. A ponte de passagem, assinalada no seu todo com 1, compreende a placa de piso inferior 2 e a placa de piso superior 3. A placa de piso inferior 2 apoia-se sobre os dois cavaletes de articulação 4, que estão fixados ao chassis do veículo anterior 5. A placa de piso superior 3 apoia-se sobre o suporte de articulação, assinalado com 20, e está ligada rigidamente, por meio de parafusos, tanto com este, como também com o chassis 6 do veículo posterior. Entre a placa de piso superior 3 e o suporte de articulação 20 encontra-se uma folga vertical X (figura 2), configurada na forma de uma bolsa, que serve para a recepção em movimento da placa de piso inferior 2. O suporte de articulação 20 apresenta, além disso, uma travessa 21, que se estende totalmente paralelamente ao eixo transversal da articulação, ou paralelamente ao eixo transversal do veículo, repousando a placa de piso inferior sobre a travessa 21, com liberdade de remoção. Para o efeito, a travessa 21 possui elementos de deslizamento 9, sobre os quais desliza a placa de piso inferior. O suporte de articulação 20 apresenta outros elementos de deslizamento 9 entre a placa de piso inferior 2 e o suporte de articulação 20, para a placa de piso inferior 2. No entanto, a disposição dos elementos de deslizamento também pode ser a inversa, isto é, realizar-se na placa de piso. A construção da articulação propriamente dita processa-se da seguinte forma: a articulação, designada globalmente com 30, possui os dois braços de articulação 31 e 32, que se cruzam. Numa das suas extremidades, os dois braços da articulação estão montados, com liberdade de rotação, cada um, no cavalete de articulação 4, com o auxílio de um suporte 4a. Nas suas outras extremidades os braços da articulação 31 e 32 são recebidos pelo suporte de articulação 20. O suporte de articulação 20 também possui um apoio 20a, em cada caso, para a recepção, com liberdade de rotação, dos dois braços de articulação. Cada um dos braços da articulação está dotado, na sua extremidade, com um ressalto 31a ou 32a, estando montado em cada um dos referidos ressaltos uma unidade de cilindro e êmbolo 25, que está ligada ao cavalete de apoio 26 do suporte de articulação 20. A união da unidade de cilindro e êmbolo 25, ou do amortecedor 25, tanto ao ressalto 31a ou 32a, como também ao cavalete de apoio 26, é mantida em cada caso articulada em rotação. A placa de piso inferior 2 apresenta, adicionalmente, uma charneira 8 na zona do ponto central do suporte 4a do cavalete de articulação 4, para se poder rodar para cima a placa de piso inferior. A placa de piso superior 3 possui, na parte frontal, na zona de transição para a placa de piso inferior 2, uma retracção 12 em forma de arco, acompanhando a retracção 12 sensivelmente o contorno da travessa 21. 0 lábio de vedação, que forma a extremidade frontal, está assinalado com 23. Este lábio de vedação impede a penetração de sujidade na articulação.

Além disso, a placa de piso inferior 2 apresenta um contorno em forma de espigão na zona do suporte de articulação 20, assinalado pela seta 16, para impedir, ao percorrer-se uma curva, que a placa de piso inferior sobressaia lateralmente em relação a placa de piso superior 3. O fole que envolve a ponte e a articulação foi omitido nos desenhos.

Lisboa,

Claims (12)

1. Passagem com uma ponte de passagem Lli, com um fole e com uma articulação (30), para a ligação de dois veículos, por exemplo, de um autocarro articulado ou de um veículo com reboque, caracterizada por a ponte de passagem (1) possuir duas placas de piso (2, 3) que se sobrepõem, que são móveis em deslizamento uma em relação a outra, compreendendo a articulação (30) um suporte de articulação (20) montado numa das partes do veículo, assentando a placa de piso inferior (2) sobre o suporte de articulação (20) , com liberdade de deslizamento, assentando a placa de piso superior (3) sobre a placa de piso inferior (2) na zona do suporte de articulação (20).

2. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as placas de piso superior e/ou inferior (2, 3) serem flexíveis e resistentes a abrasão.

3. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as placas de piso superior e/ou inferior (2, 3) serem feitas de um plástico.

4. Passagem de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por serem integrados elementos de reforço no plástico das respectivas placas de piso (2, 3).

5. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por serem montados, sobre o suporte de articulação (20), elementos de deslizamento (9) para a placa de piso inferior (2).

6. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o suporte de articulação (20) possuir uma travessa (21) , que está montada sobre o suporte de articulação (20) na zona da transição da placa de piso inferior (2) para a placa de piso superior (3).

7. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a articulação (30) possuir dois braços (31, 32) dispostos cruzados entre si, estando os braços fixados, por uma das extremidades, com liberdade de rotação, no suporte da articulação (20), e pela sua outra extremidade, com liberdade de rotação, em cavaletes de articulação (4), estando os cavaletes de articulação (4) montados na outra parte do veiculo.

8. Passagem de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por os braços de articulação (31, 32) possuírem, cada um, na parte terminal, um ressalto (31a, 32a), na zona da união ao suporte de articulação (20), para a recepção de um amortecedor (25), estando o amortecedor (25) ligado ao suporte de articulação (20).

9. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a placa de piso inferior (2) possuir uma parte terminal em forma de espigão, na zona da placa de piso superior (3).

10. Passagem de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por a placa de piso inferior (2) possuir uma charneira (8) na zona dos cavaletes de articulação (4), para se rodar a placa de piso inferior (2) para cima.

11. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o bordo frontal da placa de piso superior (3) ser construído retraído em forma de arco na zona da transição para a placa de piso inferior (2).

12. Passagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o lado frontal da placa de piso superior (3) possuir estende um lábio de vedação (23), que se comprimento do lado frontal.